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DANIELE BELLESE DOS SANTOS CBIO 2014 PASTAFINAL

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ 
CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTÁGIO SUPERVISIONADO II – LICENCIATURA EM 
CIÊNCIAS BIOLÓGICAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Maringá 
2014 
 
 
 
DANIELE BELLESE DOS SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTÁGIO SUPERVISIONADO II – LICENCIATURA EM 
CIÊNCIAS BIOLÓGICAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho apresentado ao curso de Ciências 
Biológicas do Centro Universitário de Maringá 
como requisito parcial à obtenção de conceito 
na disciplina de estágio Supervisionado II, sob 
a orientação da Prof.ª Dra SANDRA ANDREA 
PIERINI 
 
 
 
 
 
 
 
 
Maringá 
2014 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
INTRODUÇÃO............................................................................................................4 
DESENVOLVIMENTO ENSINO FUNDAMENTAL 
1. PLANEJAMENTO DA REGÊNCIA..........................................................................6 
2. RELATO GERAL DA REGÊNCIA..........................................................................12 
3. CONSIDERAÇÕES................................................................................................13 
DESENVOLVIMENTO DO ENSINO MEDIO 
4. PCNEM..................................................................................................................14 
5. RESENHA DO LIVRO - PREVENÇÃO E RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS 
DISCIPLINARES: GUIA PARA EDUCADORES........................................................31 
6. RESUMO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO DO INSTITUTO DE EDUCAÇÃO 
ESTADUAL DE MARINGÁ.........................................................................................35 
7. RESUMO DA PALESTRA - A ESCOLA E O ALUNO, REFLEXÕES SOBRE A 
ATUALIDADE.............................................................................................................40 
8. AVALIAÇÃO DO LIVRO DIDÁTICO.......................................................................42 
9. RELATO GERAL DO ESTÁGIO DE OBSERVAÇÃO............................................43 
10. PLANEJAMENTO ANUAL...................................................................................44 
11. PLANEJAMENTO DA REGÊNCIA ......................................................................50 
12. RELATO GERAL DA REGÊNCIA........................................................................60 
13. AVALIAÇÃO ........................................................................................................62 
14. RELATO DO ESTÁGIO NÃO CONVENCIONAL.................................................64 
CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................................65 
REFERÊNCIAS..........................................................................................................66 
APÊNDICES...............................................................................................................68 
ANEXOS....................................................................................................................90 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
INTRODUÇÃO 
 
Apesar de ser um período muito curto, estágio supervisionado proporciona ao 
discente a oportunidade de vivenciar situações reais da vida de um professor, é o 
momento em que os alunos que não vivenciaram outro tipo de prática podem fazer 
uma aproximação real entre o que aprendem na universidade e o que vão ensinar. 
Possibilita desenvolver habilidades e comportamentos necessários as diferentes 
situações que um professor pode vir a enfrentar em sala de aula. É um momento de 
grandes desafios a serem enfrentados pelos discentes e importante para a 
construção da própria identidade profissional. 
 BARBOSA e AMARAL (2009, p. 3676) dizem que o ato de ensinar 
 
[…] não é só transmitir e nem fazer aprender saberes. É sim, por 
meio dos saberes, humanizar, socializar, ajudar o sujeito a acontecer 
através da tomada de posse de uma parte do patrimônio humano 
que é o conhecimento. Vale lembrar que não se trata apenas de 
tomar posse, mas saber o que fazer com esse conhecimento. É ser 
você mesmo, um homem que ocupa uma posição social, que existe 
na forma de sujeito singular e plural. 
 
 
 Neste sentido o estágio se torna muito importante, pois precisamos de um 
contato prévio com aqueles que serão ensinados por nós. Precisamos exercitar o 
ato de ministrar aulas, antes de estarmos realmente inseridos no mercado de 
trabalho, além disso, o estágio nos permite um olhar de educador em relação à 
profissão. 
 A escola tem por responsabilidade formar cidadãos conscientes, críticos e 
ativos na sociedade. Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) prezam a 
aprendizagem, a capacidade de construção do saber e crítica do educando, e os 
conteúdos ensinados passam a perder a importância em si mesma, pois o aluno 
deve construir seu próprio conhecimento. 
 Segundo Bondia (2002), para que o pensamento científico seja incorporado 
pelo educando como uma prática de seu cotidiano é preciso que a Ciência esteja ao 
seu alcance e o conhecimento tenha sentido e possa ser utilizado na compreensão 
da realidade que o cerca. 
O professor deve avaliar o contexto em que a escola está inserida, e a partir 
disso planejar suas aulas de forma a levar o aluno a construir seu conhecimento 
 
 
 
5 
 
dentro do seu contexto de vida. Assim, o aluno terá maior interesse pela aula e 
melhor compreensão daquilo que esta sendo ensinado. 
 Para Montimer (2002), a sala de aula deve ser encarada como objeto de 
pesquisa. Para ele é preciso compreender as relações estabelecidas pelos 
estudantes com o conhecimento, não se esquecendo da influência das relações 
afetivas entre os alunos e entre aluno e professor. Isso pode ser vivenciado no 
estágio. 
 Um bom relacionamento entre professor e aluno, dentro e fora de sala de aula 
gera influências no bom comportamento do aluno, essas relações positivas dentro 
de classe são indispensáveis para um ambiente de respeito, disciplina e educação. 
Essa aproximação do professor com o aluno trás efeitos positivos para o 
aprendizado. 
 Para Januário (2008), o Estágio Supervisionado poderá ser um agente 
contribuidor na formação do professor, caracterizando-se como objeto de estudo e 
reflexão. Ao estagiar, o futuro professor passa enxergar a educação com outro olhar, 
procurando entender a realidade da escola e o comportamento dos alunos dos 
professores e dos profissionais que a compõem. Com isso faz uma nova leitura do 
ambiente (escola, sala de aula, comunidade), procurando meios para intervir 
positivamente. 
 No estágio encontramos a oportunidade de aprender a ministrar aulas na 
prática, conhecer a realidade do dia-a-dia da profissão que escolhemos para 
exercer. Sabemos que o aprendizado é muito mais eficaz quando é adquirido por 
meio da prática. As aulas em sala de aula ensinam conceitos e teorias que são 
necessárias aos futuros professores, mas a vivência no estágio permite assimilar 
vários elementos que foram ensinados teoricamente. 
 Um dos grandes desafios de um acadêmico de licenciatura é adquirir 
experiência para o processo educacional, o estágio tem o papel de moldar o 
discente para esse processo. No estágio o acadêmico tem que lidar com situações 
reais de uma sala de aula, o que exige atitudes da parte dele. Todo esse processo 
de “praticar a teoria”, de vivenciar situações, contribui para a formação do futuro 
professor, ajudam no processo de amadurecimento desse profissional. 
 
 
 
 
6 
 
DESENVOLVIMENTO ENSINO FUNDAMENTAL 
 
1. Planejamento da Regência 
 
PLANO DE AULA1 
IDENTIFICAÇÃO: Daniele Bellese dos Santos 
ESCOLA: Instituto de Educação Estadual de Maringá 
DISCIPLINA/EDUCAÇÃO BÁSICA: Ciências/Ensino Fundamental 
ANO: 8º TURMA: B DATA: 26/03/2013 
TEMA: O SISTEMA DIGESTÓRIO 
1. CONTEÚDOS: 
 A transformação dos alimentos; 
 Digestão química e mecânica; 
 O papel da boca na digestão; 
 Glândulas salivares e enzimas; 
 Estrutura do dente e saúde bucal. 
 2. OBJETIVOS: 
Geral: Compreender os processos e as estruturas que dão início a digestão. 
Específicos: 
 Identificar as estruturas que dá início a digestão; 
 Diferenciar a digestão química da mecânica; 
 Compreender a importância das glândulas salivares e das enzimas na digestão dos 
alimentos; 
 Esquematizar a estrutura dos dentes; 
 Demonstrar a importância do cuidado com os dentes. 
3. METODOLOGIA: 
3.1. Procedimento: 
 O conteúdo será passado por meio de aula dialogada, buscando no primeiro momento o 
conhecimento prévio do aluno. Desta maneira, procura-se trazer a realidade do educando para o 
contexto da sala de aula. 
Explicar o conteúdo de forma sistematizada para melhor compreensão, utilizando exemplos e 
meios alternativos. 
Será realizado um pequeno experimento em sala de aula utilizando copo descartável, pão e 
material biológico (saliva). O objetivo é fazer com que o aluno possa observar o processo de 
degradação do alimento realizado pelas enzimas. 
3.2. Recursos didáticos: 
 Quadro e giz; 
 Livro didático; 
 Copo descartável e pão. 
4. AVALIAÇÃO: 
Os alunos irão elaborar um pequeno relatório referente ao experimento explicando a digestão 
química de forma mais aprofundada. Para isso deverão realizar uma pesquisa. 
5. REFERÊNCIAS: 
 
GEWANDSZNAJDER, Fernando. Ciências: nosso corpo. 3ª Ed. São Paulo: Ática, 2008. (8º 
ano). 
 
 
 
 
7 
 
PLANO DE AULA 2 
IDENTIFICAÇÃO: Daniele Bellese dos Santos 
ESCOLA: Instituto de Educação Estadual de Maringá 
DISCIPLINA/EDUCAÇÃO BÁSICA: Ciências/Ensino Fundamental 
ANO: 8º TURMA: B DATA: 26/03/2013 
TEMA: O SISTEMA DIGESTÓRIO 
1. CONTEÚDOS: 
 O SISTEMA DIGESTÓRIO 
 2. OBJETIVOS: 
Geral: 
 Identificar o caminho percorrido pelo alimento e os processos envolvidos. 
Específicos: 
 Compreender o caminho que o alimento faz durante o processo de digestão; 
 Entender a importância da epiglote e dos movimentos peristálticos; 
 Identificar a importância das enzimas e do ácido clorídrico na digestão; 
 Caracterizar a importância dos órgãos anexos; 
 Identificar onde ocorre a digestão química propriamente dita; 
 Entender onde ocorre a absorção dos nutrientes. 
3. METODOLOGIA: 
3.1. Procedimento: 
 
O conteúdo será passado por meio de aula dialogada, no primeiro momento daremos 
continuidade ao conteúdo já iniciado na aula anterior. Demonstraremos de forma ilustrativa os 
órgãos e os processos realizados pelo sistema digestório. 
Para melhor compreensão dos educandos serão utilizadas imagens reais dos órgãos a serem 
trabalhados, utilizando a TV pen drive. 
 
3.2. Recursos didáticos: 
 Quadro negro e giz; 
 TV pendrive; 
 Material didático; 
 Livro didático. 
4. AVALIAÇÃO: 
 
Será aplicado um questionário de 15 questões sobre o conteúdo. 
5. REFERÊNCIAS: 
GEWANDSZNAJDER, Fernando. Ciências: nosso corpo. 3ª ed. São Paulo: Ática, 2008. (8º 
ano). 
 
 
 
 
 
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PLANO DE AULA 3 e 4 
IDENTIFICAÇÃO: Daniele Bellese dos Santos 
ESCOLA: Instituto de Educação Estadual de Maringá 
DISCIPLINA/EDUCAÇÃO BÁSICA: Ciências/Ensino Fundamental 
ANO: 8º TURMA: B DATA: 05/04/2013 
TEMA: SISTEMA DIGESTÓRIO E ALIMENTAÇÃO EQUILIBRADA 
1. CONTEÚDOS: 
 Intestino delgado; 
 Vilosidades e micro vilosidades (Absorção de nutrientes) 
 Enzimas digestivas e sua função; 
 Fígado e sua função; 
 Intestino grosso; 
 Problemas intestinais/ Cereais, Tubérculos e raízes; 
 Verduras, legumes, frutas; 
 Leite e seus derivados/ Carne e ovos; 
 2. OBJETIVOS: 
Geral: Compreender absorção dos nutrientes e a importância de uma boa 
alimentação. 
Específicos: 
 Identificar a função do intestino delgado; 
 Observar a importância das micro vilosidades; 
 Entender a importância do suco pancreático para a quebra das 
macromoléculas; 
 Compreender a função do fígado e do intestino delgado; 
3. METODOLOGIA: 
3.1. Procedimento: 
Aula dialogada com retomada do conteúdo anterior e exposição de fotos na TV 
pendrive. Daremos continuidade no conteúdo programado, visando o 
entendimento das estruturas do sistema digestório e suas respectivas funções. 
Será dado início ao novo conteúdo, A alimentação equilibrada por meio de aula 
dialogada. 
3.2. Recursos didáticos: 
Quadro e giz/ TV pendrive/ Livro didático. 
4. AVALIAÇÃO: 
Será entregue uma lista de exercícios sobre o assunto trabalhado, estes 
exercícios serão entregues na próxima aula. A atividade terá valor máximo 0,5 
pontos. 
5. REFERÊNCIAS: 
GEWANDSZNAJDER, Fernando. Ciências: nosso corpo. 3ª ed. São Paulo: 
Ática, 2008. (8º ano). 
 
 
 
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PLANO DE AULA 5 
IDENTIFICAÇÃO: Daniele Bellese dos Santos e Jean Marcos Vieira dos Santos 
ESCOLA: Instituto de Educação Estadual de Maringá 
DISCIPLINA/EDUCAÇÃO BÁSICA: Ciências/Ensino Fundamental 
ANO: 8º TURMA: B DATA: 09/04/2013 
DURAÇÃO: 50 minutos (1 h/a) 
TEMA: A alimentação equilibrada 
1. CONTEÚDOS: 
 Produtos ricos em gorduras e açucares; 
 O perigo das bebidas alcoólicas; 
 Obesidade: o que é e o que fazer; 
 Anorexia nervosa e bulimia 
 2. OBJETIVOS: 
Geral: 
 Compreender os riscos que uma má alimentação pode nos trazer. 
Específicos: 
 Compreender que uma alimentação com muita gordura e açúcar pode nos 
trazer riscos; 
 Salientar os problemas que o álcool pode nos trazer; 
 Identificar as causas da obesidade, como prevenir e tratar. 
 Entender sobre anorexia, bulimia e a diferença entre elas. 
3. METODOLOGIA: 
3.1. Procedimento: 
Será dada uma aula dialogada, fazendo uma retomada do conteúdo passado e 
apresentação do novo conteúdo. 
3.2. Recursos didáticos: 
Quadro, giz, e Livro didático. 
4. AVALIAÇÃO: 
Será entregue uma nova lista de exercícios sobre “A alimentação equilibrada” 
que deverá ser entregue na próxima aula. Esta lista de exercício valerá no 
Máximo 0,5 pontos. 
5. REFERÊNCIAS: 
GEWANDSZNAJDER, Fernando. Ciências: nosso corpo. 3ª ed. São Paulo: 
Ática, 2008. (8º ano). 
 
 
 
 
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PLANO DE AULA 6 e 7 
IDENTIFICAÇÃO: Daniele Bellese dos Santos 
ESCOLA: Instituto de Educação Estadual de Maringá 
DISCIPLINA/EDUCAÇÃO BÁSICA: Ciências/Ensino Fundamental 
ANO: 8º TURMA: B DATA: 12/04/2013 
TEMA: A alimentação equilibrada e Revisão para Prova 
1. CONTEÚDOS: 
 Anorexia nervosa e bulimia; 
 O Perigo do alimento contaminado; 
 Desnutrição; 
 A Conservação dos alimentos; 
 Revisão para Prova 
 2. OBJETIVOS: 
Geral: 
 Compreender os cuidados que devemos ter ao se alimentar 
Específicos: 
 Diferenciar e compreender Anorexia e Bulimia; 
 Compreender a importância de um alimento bem conservado para evitar 
contaminação; 
 Entender as causas da Desnutrição; 
 Tirar possíveis dúvidas referente ao conteúdo trabalhado para um bom 
desempenho na prova. 
 
3. METODOLOGIA: 
3.1. Procedimento: 
Será dada uma aula dialogada, fazendo uma retomada do conteúdo passado e 
apresentação do novo conteúdo. Sempre buscando questioná-los, para que eles 
pensem sobre o conteúdo. 
Na Segunda aula será revisado o conteúdo de maneira a sanar as possíveis 
dúvidas dos alunos. A Revisão será baseada nos questionários que os alunos 
responderam e entregaram.3.2. Recursos didáticos: 
Quadro e giz; 
Livro didático. 
4. AVALIAÇÃO: 
O Questionário será entregue. Valerá de 0 a 0,5 pontos. 
5. REFERÊNCIAS: 
GEWANDSZNAJDER, Fernando. Ciências: nosso corpo. 3ª ed. São Paulo: 
Ática, 2008. (8º ano). 
 
 
 
 
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PLANO DE AULA 8 
IDENTIFICAÇÃO: Daniele Bellese dos Santos 
ESCOLA: Instituto de Educação Estadual de Maringá 
DISCIPLINA/EDUCAÇÃO BÁSICA: Ciências/Ensino Fundamental 
ANO: 8º TURMA: B DATA: 16/04/2013 
TEMA: Avaliação dos conteúdos obtidos 
1. CONTEÚDOS: 
 Sistema Digestório; 
 A alimentação equilibrada. 
 
 2. OBJETIVOS: 
Geral: 
 Responder a avaliação de forma satisfatória. 
 
Específicos: 
 
 Identificar e responder as questões que abordam os conteúdos trabalhados 
em sala. 
 
3. METODOLOGIA: 
3.1. Procedimento: 
Será entregue avaliação e os alunos terão 50minutos para sua realização. O valor 
da avaliação é de 0 a 7,0 pontos. 
 
3.2. Recursos didáticos: 
No ato da avaliação não será utilizado nenhum recurso. 
4. AVALIAÇÃO: 
Será realizada a avaliação do semestre valendo de 0 a 7,0 pontos. 
 
5. REFERÊNCIAS: 
GEWANDSZNAJDER, Fernando. Ciências: nosso corpo. 3ª ed. São Paulo: 
Ática, 2008. (8º ano). 
 
 
 
 
 
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2. RELATO GERAL DA REGÊNCIA 
 
Entre os meses de março e abril realizou-se o Estágio de regência no ensino 
de Ciências, no Instituto de Educação Estadual de Maringá, localizado no centro da 
cidade. A regência foi ministrada para o 8º ano B e foram ministradas 8 horas/aula. 
Eram aproximadamente 30 alunos, alguns um pouco agitados, porém, 
demonstraram interesse e participaram das aulas. A professora responsável pela 
turma era bem enérgica e possuía domínio da turma. 
Os conteúdos ministrados foram Sistema Digestório e Alimentação 
Equilibrada. As aulas foram dialogadas com a utilização do quadro negro e também 
da TV pen drive para passar dois vídeos aos alunos, referente ao conteúdo. 
 Os alunos foram participativos, fizeram muitas perguntas, gostaram muito do 
vídeo trabalhado, alguns eram agitados, o que dificultava o trabalho docente, pois 
era necessário parar a aula para chamar a atenção deles. Em meio às perguntas foi 
possível perceber que muitos alunos, eram esforçados, inteligentes e tinha facilidade 
para entender o conteúdo. 
 Os alunos receberam duas listas de exercícios referentes ao conteúdo 
trabalhado, à atividade valia nota, porém, nem todos entregaram. No dia da 
avaliação foi trabalhada uma revisão dos conteúdos com os alunos, eles 
participaram fazendo perguntas e tirando dúvidas, logo após foi aplicada a 
avaliação. Mesmo a revisão tendo sido feita no mesmo dia da prova os alunos não 
foram bem e as notas ficaram abaixo do esperado. No ultimo dia os alunos 
lamentaram o final do estágio. 
 A regência oportunizou ao estagiário lidar com situações diversas de uma 
sala de aula, ele sente a responsabilidade de estar à frente de uma turma passando 
o conhecimento adquirido. É preciso estudo, paciência e dedicação. 
 
 
 
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3. CONSIDERAÇÕES 
 
O estágio permitiu vivenciar um pouco da realidade escolar, observar o 
comportamento dos alunos, saber o que fazer em algumas situações. Uma 
experiência muito significativa, principalmente para os discentes que nunca haviam 
estado à frente de uma turma. 
Permitiu aplicar parte dos conhecimentos adquiridos na disciplina de didática 
no que diz respeito à forma de ministrar os conteúdos, afim de que os alunos 
compreendessem melhor os conteúdos. 
 Apesar do pouco tempo, o estágio nos permitiu uma maior segurança para 
enfrentar os desafios que virão depois de formados. Muitas vezes após esta 
experiência, o discente que antes não queria ser professor, acaba se identificando 
com a docência e passa a vê-la como uma opção profissional. 
 
 
 
 
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DESENVOLVIMENTO ENSINO MÉDIO 
 
4. PCNEM 
 
O objetivo dos Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio (PCNEM) é 
debater os caminhos a ser tomado pela aprendizagem em diferentes contextos e 
condições das escolas do nosso país e auxiliar na organização da escola. A Lei de 
Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996 propõe uma reformulação do 
ensino médio e o PCN buscou atender a essa necessidade de atualização do ensino 
para estimular uma democratização social e cultural efetiva pelo aumento de jovens 
a completar a educação básica, em resposta à globalização que tem deixado de fora 
do mercado os trabalhadores sem qualificação. 
 A nova Lei estabelece o ensino médio como conclusão do ensino básico, este 
deixa de ser uma fase preparatória para o ensino superior, e passa formar cidadãos, 
preparando-os para a vida. As transformações ocorridas em nossa sociedade que 
culminaram nessas modificações da educação, não deixaram o conhecimento 
menos disciplinar em nenhuma das três áreas - Ciências da Natureza e Matemática; 
Ciências Humanas e Linguagens e Códigos - em que o ensino médio foi disposto. O 
propósito de concluir a formação do estudante nessa fase torna necessária uma 
articulação entre essas áreas. 
 A falta de reciprocidade entre a atual escola e a necessidade formativa se 
reflete nos projetos pedagógicos das escolas. A reflexão do projeto pedagógico leva 
o professor a entender a importância de seu trabalho para que sejam atingidas as 
metas propostas. Sem a reflexão, o professor pode não saber como conduzir o 
aprendizado de maneira satisfatória. 
 Anteriormente, a maioria dos alunos do ensino médio estavam ali de 
passagem para o ensino superior. Hoje esses alunos buscam qualificação para vida. 
Isso exige uma mudança na educação atual, de forma que ela se torne capaz de 
atender esses novos objetivos. 
 Determinar por onde começar e as dificuldades que serão enfrentadas, facilita 
a criação de estratégias e a busca de recursos para a implantação desse novo 
ensino médio. As mudanças educacionais já começaram há mais de cinco anos, e 
 
 
 
15 
 
os professores estão construindo novos modelos educacionais em parceria com a 
comunidade e com os alunos. 
Os objetivos da nova escola são mais amplos. É preciso levar em conta a 
realidade do aluno e da escola e evitar a criação de novas disciplinas ou dificultar o 
trabalho das que já existem. A LDB coloca que o principal objetivo da educação 
básica é formação comum para o exercício da cidadania, portanto, o professor não 
pode deixar de considerar a realidade do aluno. 
Cada área do saber contem conhecimentos que não se limitam em tópicos 
disciplinares, esses temas estruturadores não se restringem, eles reúnem metas 
educacionais comuns, tanto às disciplinas da área como das outras áreas. Desta 
forma as competências e conhecimentos são desenvolvidos em conjunto e se 
reforçam mutuamente. 
É necessário estabelecer metas comuns entre as disciplinas de todas as 
áreas e trabalharem de maneira interdisciplinar. Para isso é importante o 
comprometimento dos professores e o envolvimento da comunidade, para elaborar 
um projeto pedagógico de forma que os objetivos educacionais estejam expressos 
em práticas formativas de cada disciplina e de seu conjunto. 
Para possibilitar a articulação entre as áreas é preciso conhecer e determinar 
as temáticas e métodos comuns. É preciso interesse da escola e dos professores 
para relacionar as nomenclaturas e partilhar culturas. 
 Nas diretrizes e parâmetros que organizam o ensino médio, a Biologia, a 
Física, a Química e a Matemática integram uma mesma área do conhecimento. 
Essas ciências são os instrumentos da cultura cientifica e tecnológica, que são fases 
da Evolução do homem. 
 Recomendam uma articulação didática e pedagógicainterna à sua área na 
condução do aprendizado, em salas de aula ou em outras atividades dos alunos. Na 
elaboração do programa de ensino de cada uma das quatro disciplinas, deve-se 
levar em conta o fato de que elas incorporam e compartilham, de forma explícita 
reintegrada, conteúdos de disciplinas afins. 
 As competências gerais, que orientam o aprendizado no ensino médio, 
devem ser promovidas pelo conjunto das disciplinas dessa área, que é mais do que 
uma reunião de especialidades. Respeitar a diversidade das ciências, conduzir o 
ensino dando realidade e unidade, é compreender que muitos aprendizados 
 
 
 
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científicos devem ser promovidos em comum, ou de forma convergente, pela 
Biologia, Física, Química e Matemática, a um só tempo reforçando o sentido de cada 
uma dessas disciplinas e propiciando ao aluno a elaboração de abstrações mais 
amplas, tais como: o domínio de linguagens, para a representação e a comunicação 
científico tecnológicas; a articulação dessa nomenclatura, desses códigos e 
símbolos em sentenças, diagramas, gráficos, esquemas e equações, a leitura e 
interpretação destas linguagens; representação e comunicação; investigação e 
compreensão e caráter histórico da construção desses conhecimentos. 
A interdisciplinaridade, promovida por um aprendizado com contexto, não 
deve ser vista como um produto suplementar a ser oferecido eventualmente se der 
tempo, porque sem ela o conhecimento desenvolvido pelo aluno estará fragmentado 
e será ineficaz. Para isso, os professores precisam relacionar as nomenclaturas e os 
conceitos de que fazem uso nas demais disciplinas, construindo, com objetivos mais 
pedagógicos do que epistemológicos, uma cultura científica mais ampla. 
Os conteúdos de biologia propostos no PCNEM propõe uma biologia 
temática, para isso, utiliza seis temas estruturadores que serão colocados a seguir. 
 
1- Interação entre os seres vivos 
 
As relações e concepções entre os seres vivos e o meio constituem um 
conjunto de dependência recíproca, ou seja, a vida e meio físico interagem entre si 
resultando em uma estrutura organizada, formando um sistema. 
A noção de sistema também põe em evidência o fato de que o ser humano é, 
ao mesmo tempo, agente e paciente das transformações e possibilita dimensionar o 
significado dessas modificações para a evolução e permanência da vida no planeta. 
As discussões também permitem que os alunos percebam que o desenvolvimento 
sustentável de uma sociedade só será possível com a redução das desigualdades 
sociais. Assim, os assuntos associados a esse tema favorecem o desenvolvimento 
das competências de julgar e elaborar ações de intervenção no ambiente, construir 
argumentações consistentes para se posicionar relativamente às questões 
ambientais, formular diagnósticos e propuser soluções para os problemas 
ambientais com base nos conhecimentos científicos e avaliar a extensão dos 
problemas ambientais brasileiros. . 
 
 
 
17 
 
A interdependência da vida se dá em identificar e analisar um ambiente 
conhecido às características de um ecossistema para o ano letivo do ensino médio, 
descrevendo o conjunto vivo autossuficiente nele contido para: 
• Reconhecer que os seres vivos em um ecossistema, independentemente de ser 
um lago, uma floresta, um campo ou um simples jardim, mantêm entre si, múltiplas 
relações de convivência indiferente ou de ajuda mútua com alguns e de conflito com 
outros, a ponto de prejudicá-los ou de se prejudicar. 
• Fazer um levantamento de dados, pesquisando variados tipos de registros, 
referentes às condições ambientais – luminosidade, umidade, temperatura, chuvas, 
características do solo, da água – existentes em ecossistemas diferentes. 
• Avaliar o significado das interações estabelecidas entre os indivíduos para o 
conjunto das espécies envolvidas e para o funcionamento do sistema. 
• Relacionar a estabilidade dos ecossistemas com a complexidade das interações 
estabelecidas entre os organismos das populações na natureza. 
Os movimentos dos materiais e da energia na natureza 
Em um dado ecossistema (uma mata preservada, um terreno baldio, um 
trecho de praia, por exemplo), observar as condições do meio e os seres vivos ali 
existentes para: 
• identificar as relações alimentares estabelecidas entre esses organismos, 
empregando terminologia científica adequada; 
• interpretar as relações alimentares como uma forma de garantir a transferência de 
matéria e de energia do ecossistema; 
• identificar a origem da energia existente em cada nível de organização desse 
ecossistema; 
• representar graficamente as transferências de matéria e de energia ao longo de um 
sistema vivo. 
Desorganizando os fluxos da matéria e da energia: a intervenção 
humana e os desequilíbrios ambientais 
Diversas fontes de informação (textos científicos, reportagens jornalísticas ou 
imagens) que discutam a exploração e o uso dos recursos naturais pela sociedade: 
• analisar a maneira como o ser humano interfere nos ciclos naturais da matéria para 
recriar sua existência, retirando materiais em uma velocidade superior à que podem 
 
 
 
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ser repostos naturalmente ou devolvendo em quantidades superiores às suportadas 
pelos ecossistemas até que a degradação deles se complete; 
• avaliar diferentes medidas que minimizem os efeitos das interferências humanas 
nos ciclos da matéria; 
• propor, debater e divulgar junto à comunidade medidas que podem ser tomadas 
para reduzir a poluição ambiental, distinguindo as de responsabilidade individual e 
as de responsabilidade coletiva e do poder público. 
Problemas ambientais brasileiros e desenvolvimento sustentável: uma 
relação possível? 
A partir de dados e informações referentes às modificações, pelas quais 
passaram os principais biomas brasileiros em quinhentos anos de exploração, o 
aluno deverá saber: relacionar a densidade e o crescimento da população com a 
sobrecarga dos sistemas ecológico e social, relacionar os padrões de produção e 
consumo com a devastação ambiental, redução dos recursos e extinção de espécies 
apontar as contradições entre conservação ambiental; uso econômico da 
biodiversidade, expansão das fronteiras agrícolas e extrativismo e avaliar a 
possibilidade de serem adotadas tecnologias ambientais saudáveis. 
Analisar propostas elaboradas por cientistas, ambientalistas, representantes 
do poder público referentes à preservação e recuperação dos ambientes brasileiros, 
fazer um levantamento das propostas que têm sido elaboradas visando ao 
desenvolvimento sustentável da sociedade brasileira e sistematizá-las em um texto. 
Em uma determinada região (uma favela, um bairro, o entorno da escola) 
deverão também realizar estudos para avaliar as condições ambientais, identificando 
o destino do lixo e do esgoto, o tratamento dado à água, o modo de ocupação do 
solo, as condições dos rios e córregos e a qualidade do ar, entrevistar os moradores, 
ouvindo suas opiniões sobre as condições do ambiente, suas reclamações e 
sugestões de melhoria, elaborar propostas visando à melhoria das condições 
encontradas, distinguindo as de responsabilidade individual das que demandam a 
participação do coletivo ou do poder público e identificar as instâncias da 
administração pública que poderiam receber as reivindicações e encaminhá-las. 
O aluno deve mencionar ainda em seu texto os impactos ambientais que mais 
o incomoda, assim como, os padrões de consumo e produção e consumo com a 
devastação ambiental, bem como, a redução dos recursos à extinção das espécies. 
 
 
 
19 
 
 
2- Qualidade de Vida das Populações Humanas 
Qualidade de vida é um método usado para medir as condições de vida deum ser humano, esse método envolve bem físico, mental, psicológico e emocional, 
relacionamento sociais, também saúde, educação e outras circunstâncias da vida. 
Este tema trata a questão da saúde como um estado que não se restringe à 
ausência de doenças e procura relacioná-la com as condições de vida das 
populações – renda, educação, trabalho, habitação, saneamento, transporte, lazer, 
alimentação, longevidade, liberdade de expressão, participação democrática. 
Qualidade de vida foi um conceito criado pelo economista J.K. Galbraith, em 
1958, que veicula uma visão diferente das prioridades e efeitos dos objetivos 
econômicos de tipo quantitativo. De acordo com este conceito, as metas político-
econômicas e sociais não deveriam ser perspectivadas tanto em termos de 
crescimento econômico quantitativo e de crescimento material do nível de vida, mas 
sim de melhoria em termos qualitativos das condições de vida dos homens. Isso só 
seria possível através de um melhor desenvolvimento de infraestrutura social, ligado 
à supressão das disparidades, tanto regionais como sociais, à defesa e 
conservação do meio ambiente, etc. 
Geralmente, saúde e qualidade de vida são dois temas muito relacionados, uma 
vez que a saúde contribui para melhorar a qualidade de vida dos indivíduos e esta é 
fundamental para que um indivíduo ou comunidade tenha saúde. Mas, não significa 
apenas saúde física e mental, mas sim que essas pessoas estejam bem consigo 
mesmo, com a vida, com as pessoas que os cercam, enfim, ter qualidade de vida é 
estar em equilíbrio. 
A Constituição Federal de 1988 traz em seu corpo um disposto sobre saúde na 
sessão II Art. 196: 
“A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas 
que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário 
às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.” 
 
Considerando o disposto e o quesito qualidade de vida, levamos em conta o 
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) das populações, assim como as 
condições de sobrevivência das mesmas, ressaltando fatores relevantes como 
saneamento, moradia, acesso aos serviços públicos de saúde. De mesmo modo 
 
 
 
20 
 
podemos relacionar as condições sócias econômicas, fatores biológicos e culturais 
dos povos almejando construir noção de qualidade de vida e enfatizar o que é 
saúde. 
 Fazer uma pesquisa com os países desenvolvidos e países que ainda estão em 
desenvolvimento em relação à saúde humana. Desenvolver um levantamento 
através de tabelas para uma breve comparação que evidenciem as diferenças nos 
indicadores de saúde das populações avaliadas. 
Indicadores de saúde da população de diferentes regiões brasileiras, juntamente 
com a secretaria de saúde para identificar a disponibilidade de serviços e materiais 
disponíveis para aquela região. E por fim fazer uma breve pesquisa com os 
moradores para opiniões de melhorias para a tal região e encaminhar essa pesquisa 
para os responsáveis de saúde. 
 As agressões à saúde das populações serão abordadas da seguinte forma: 
-Analisar dados e identificar as principais doenças que afetam a população brasileira 
considerando idade, sexo, nível de renda. 
- Após a identificação, distinguir as doenças parasitárias e infectocontagiosas, as 
degenerativas, as ocupacionais, as carências, as sexualmente transmissíveis e as 
provocadas por toxinas ambientais. 
- Elaborar medidas preventivas para essas doenças, através de pesquisas 
bibliográficas. 
- Planejar explicações sobre a evolução da incidência das Doenças sexualmente 
transmissíveis (DST‟s). 
- Adotar cuidados com o próprio corpo e promover a saúde sexual e reprodutiva dos 
indivíduos. 
- A partir da análise de dados, promover uma discussão sobre os riscos da gravidez 
na adolescência e as maneiras de preveni-las. 
- Levantar dados sobre as condições da previdência social e nível de emprego nas 
diferentes regiões brasileiras na última década, e propor um debate sobre essas 
condições e possíveis medidas para transformá-las, em que os alunos participantes, 
representem o posicionamento de diferentes lideranças. 
Já a saúde ambiental é tratada com os alunos de forma a analisar dados 
sobre as condições de saneamento básico de várias regiões brasileiras, e das 
regiões onde os alunos moram, comparando com outros estados e cidades. 
 
 
 
21 
 
Relacioná-lo também com doenças contagiosas e parasitárias, criando nos alunos 
um pensamento consciente relacionando-o com os diversos níveis sociais. 
 Mostrar aos alunos as formas de tratamento de água, destino do lixo e 
esgoto, de modo a fazer com que alunos também saibam relacionar os conceitos 
políticos em relação ao tratamento do lixo, pois hoje em dia a política não se 
preocupa tanto com o tratamento do lixo de forma correta, por isso criar no aluno a 
consciência de separação do lixo e a importância da reciclagem para um melhor 
tratamento dos resíduos. Relacionar também a vida nas zonas rurais, periferias 
urbanas e grandes cidades em relação a doenças endêmicas, mostrando ao aluno o 
quão grande é essa diferença social. 
 Tudo isso pode ser mostrado aos alunos não somente de forma teórica, 
principalmente em relação ao tratamento da água e esgoto e destino do lixo, esses 
são temas que podem ser mostrados aos alunos de forma prática, podendo fazer 
com que eles conheçam essas práticas mais de perto. 
 
3- Identidade dos Seres Vivos 
 Neste tema são abordados as características que diferenciam um ser vivo de 
um ser inanimado, focando em estruturas e funções de células e seus componentes. 
Também traz ao aluno o entendimento de quais são as tecnologias relacionadas a 
manipulações genéticas e suas respectivas utilidades. Todos esses aspectos devem 
ser trabalhados pelo professor no decorrer de todo o ensino médio. Seus tópicos 
são: 
A organização dos seres vivos 
As funções vitais básicas 
DNA: a receita e o seu código 
Tecnologias de manipulação do DNA 
 Cada um desses tópicos requer mais do que apenas apresentações orais do 
conteúdo, mas é de extrema importância à utilização de materiais didáticos, artigos, 
aulas práticas, etc; para que os alunos tenham uma melhor compreensão dos 
assuntos e o entendimento mais amplo de suas aplicações. 
 Abaixo se encontram os temas sugeridos pelo PCNEM para serem 
trabalhados em sala de aula. 
 3.1 A organização celular da vida 
 
 
 
22 
 
 Utilizando instrumentos óticos, observando fotos e diversas representações, 
pesquisando textos científicos: identificar na estrutura de diferentes seres vivos a 
organização celular como característica fundamental de todas as formas vivas; 
comparar a organização e o funcionamento de diferentes tipos de células para 
estabelecer a identidade entre elas; representar diferentes tipos de células; 
relacionar a existência de características comuns entre os seres vivos com sua 
origem única. 
 3.2 As funções vitais básicas 
 Registrar o caminho das substâncias do meio externo para o interior das 
células e vice-versa, por meio da observação ao microscópio ou da realização de 
experimentos para perceber que a constante interação entre ambiente e célula é 
controlada pelas membranas e envoltórios celulares; analisar imagens e 
representações relacionadas aos diferentes tipos de transporte através da 
membrana celular; analisar os processos de obtenção de energia pelos sistemas 
vivos – fotossíntese, respiração celular – para identificar que toda a energia dos 
sistemas vivos resulta da transformação da energia solar; traçar o percurso dos 
produtos da fotossíntese em uma cadeia alimentar; descrever o mecanismo básicode reprodução de células de todos os seres vivos (mitose) a partir de observações 
ao microscópio ou de suas representações; associar o processo de reprodução 
celular com a multiplicação celular que transforma o zigoto em adulto e reconhecer 
que divisões mitóticas descontroladas podem resultar em processos patológicos 
conhecidos como cânceres. 
 3.3 DNA: a receita da vida e o seu código 
 Localizar o material hereditário em células de diferentes tipos de organismo 
observadas ao microscópio, em fotos e representações esquemáticas; identificar a 
natureza do material hereditário em todos os seres vivos, analisando sua estrutura 
química para avaliar a universalidade dessa molécula no mundo vivo; construir um 
modelo para representar o processo de duplicação do DNA; estabelecer relação 
entre DNA, código genético, fabricação de proteínas e determinação das 
características dos organismos; analisar esquemas que relacionem os diferentes 
tipos de ácidos nucléicos, as organelas celulares e o mecanismo de síntese de 
proteínas específicas; relatar, a partir de uma leitura de referência, a história da 
 
 
 
23 
 
descoberta do modelo da dupla-hélice do DNA, descrita na década de 1950 pelo 
biólogo J. Watson e pelo físico F. Crick. 
 3.4 Tecnologias de manipulação do DNA 
 Identificar, a partir da leitura de textos de divulgação científica, as principais. 
Tecnologias utilizadas para transferir o DNA de um organismo para outro: enzimas 
de restrição, vetores e clonagem molecular; fazer um levantamento de informações 
sobre a participação da engenharia genética na produção de alimentos mais 
nutritivos e resistentes a pragas e herbicidas, de produtos farmacêuticos, hormônios, 
vacinas, medicamentos e componentes biológicos para avaliar sua importância; 
fazer um levantamento de informações para identificar alguns produtos originários de 
manipulação genética que já estejam circulando no mercadobrasileiro; relacionar 
entre os organismos manipulados geneticamente aqueles que são considerados 
benéficos para a população humana sem colocar em risco o meio ambiente e 
demais populações e os que representam risco potencial para a natureza, 
analisando os argumentos de diferentes profissionais. 
 
4- Diversidade da vida 
Caracterizar a diversidade da vida, sua distribuição nos diferentes ambientes, 
e compreender os mecanismos que favoreceram a enorme diversificação dos seres 
vivos, constituem finalidades desse tema. Existe uma grande diversidade de vida 
espalhada pela superfície do planeta Terra. Cada região apresenta um conjunto 
próprio de seres vivos que estão adaptados ao clima entre outros fatores 
característicos daquele local. O essencial, no entanto, é que os alunos percebam 
que os desequilíbrios ambientais, intensificados pela intervenção humana, têm 
reduzido essa diversidade, o que está ameaçando a sobrevivência da própria vida 
no planeta. 
A análise da distribuição da biodiversidade é uma competência que pode ser 
trabalhada dentro do tema Diversidade da vida. De modo geral, as regiões que 
apresentam maior biodiversidade coincidem com o maior índice de desigualdade 
social, baixo desenvolvimento humano. Portanto, para reduzir os problemas na 
manutenção da biodiversidade nestas regiões é necessário reduzir a desigualdade 
social. 
 
 
 
24 
 
O tema Diversidade da vida é dividido em quatro unidades temáticas, onde 
cada uma irá abordar de forma diferenciada este tema, dando enfoque dez de as 
mutação até os impactos ambientais. Segue abaixo os assuntos que devem ser 
abordados em cada unidade temática. 
4.1 A origem da diversidade 
• Construir o conceito de mutação, analisando os efeitos de determinados agentes 
químicos e radioativos sobre o material hereditário. 
• Reconhecer o papel das mutações como fonte primária da diversidade genética, 
analisando possíveis efeitos sobre o código genético provocados pelos erros na 
molécula do DNA. 
• Reconhecer a reprodução sexuada e o processo meiótico como fonte de 
variabilidade genética. 
• Relacionar os processos responsáveis pela diversidade genética para elaborar 
explicações sobre a grande variedade de espécies no planeta. 
• Fazer um levantamento de informações sobre os reinos em que estão divididos os 
seres vivos e suas principais características para elaborar um quadro resumo. 
4.2 Os seres vivos diversificam os processos vitais 
• Reconhecer os princípios básicos e as especificidades das funções vitais dos 
animais e plantas, a partir da análise dessas funções em seres vivos que ocupam 
diferentes ambientes. 
• Caracterizar os ciclos de vida de animais e plantas, relacionando-os com a 
adaptação desses organismos aos diferentes ambientes. 
• Estabelecer as relações entre as várias funções vitais do organismo humano. 
• Localizar os principais órgãos em um esquema representando o contorno do corpo 
humano. 
4.3 Organizando a diversidade dos seres vivos 
• Reconhecer a importância da classificação biológica para a organização e 
compreensão da enorme diversidade dos seres vivos. 
• Conhecer e utilizar os principais critérios de classificação, as regras de 
nomenclatura e as categorias taxonômicas reconhecidas atualmente. 
• Reconhecer as principais características de representantes de cada um dos cinco 
reinos, identificando especificidades relacionadas às condições ambientais. 
 
 
 
25 
 
• Construir árvores filogenéticas para representar relações de parentesco entre 
diversos seres vivos. 
4.4 A diversidade ameaçada 
 Identificar em um mapa as regiões onde se encontra a maior diversidade de 
espécies do planeta, caracterizando suas condições climáticas; reconhecer as 
principais características da fauna e da flora dos grandes biomas terrestres, 
especialmente dos brasileiros; assinalar em um mapa a distribuição atual dos 
principais ecossistemas brasileiros e compará-la com a distribuição deles há um 
século atrás; fazer um levantamento das espécies dos principais ecossistemas 
brasileiros que se encontram ameaçadas; implantar projetos que auxiliem as 
pessoas com baixa renda que tem moradia em locais onde o bioma está ameaçado, 
combatendo desta forma a desigualdade social; debater as principais medidas 
propostas por cientistas, ambientalistas e administração pública para preservar o 
que resta dos nossos ecossistemas ou para recuperá-los; relacionar as principais 
causas da destruição dos ecossistemas brasileiros; comparar argumentos favoráveis 
ao uso sustentável da biodiversidade e tomar posição a respeito do assunto. 
 
5-Transmissão da vida, ética e manipulação gênica 
No tema Transmissão da vida, ética e manipulação genica serão tratados os 
fundamentos da hereditariedade com destaque para a transmissão dos caracteres 
humanos, como os experimentos de Mendel, o aconselhamento genético e doenças 
relacionadas, como por exemplo o albinismo. A compreensão desses fundamentos é 
essencial para que os alunos possam conhecer e avaliar o significado das 
aplicações, que têm sido utilizadas no diagnóstico e tratamento de doenças, na 
identificação de paternidade e investigações criminais. Além disso, permitem que os 
alunos sejam introduzidos nos debates das implicações éticas, morais, políticas e 
econômicas das manipulações genéticas. A hereditariedade é um fenômeno que 
representa a condição de semelhança existente entre ascendentes e descendentes, 
através da contínua transferência de instruções contidas no DNA, orientando a 
formação, desenvolvimento e manutenção do ser vivo. Dessa forma, a 
hereditariedade se expressa a partir do conjunto de todas as características contidas 
no núcleo das células gaméticas. 
 
 
 
26 
 
Nos experimentos de Mendel,a ervilha foi utilizada porque é uma planta fácil 
de cultivar, de ciclo reprodutivo curto e que produz muitas sementes. A variedade 
que flores púrpuras podiam ser comparadas com a que produzia flores brancas; a 
que produzia sementes lisas poderia ser comparada com a que produzia sementes 
rugosas, e assim por diante. Outra vantagem dessas plantas é que os componentes 
envolvidos na reprodução sexuada do vegetal ficam encerrados no interior da 
mesma flor, protegidas pelas pétalas. Isso favorece a autopolinização, formando 
descendentes com as mesmas características das plantas genitoras. A partir da 
autopolinização obteve linhagens puras, e efetuou, então, artificialmente, uma 
polinização cruzada: pólen de uma planta que produzia apenas semente amarela foi 
depositado em outra planta que só produzia semente verde, ou seja, cruzou duas 
plantas puras entre si. Outra unidade refere-se à noções sobre os heredogramas, 
uma forma de representar através de símbolos, as relações de parentesco entre 
indivíduos de uma mesma família. 
O Aconselhamento Genético é uma consulta médica especializada para 
pessoas que estão preocupadas com a ocorrência ou a possibilidade da ocorrência 
de uma doença genética em sua família, a probabilidade ou risco de desenvolvê-la 
ou transmiti-la à próxima geração e sobre as opções para sua prevenção ou 
tratamento. Outra razão para a consulta genética é a falta de diagnóstico preciso de 
um bebê, criança, adolescente ou adulto com características faciais diferentes, 
malformação, problema de desenvolvimento físico ou sexual, crescimento lento, 
dificuldades de fala, locomoção e aprendizado. O geneticista vai pesquisar e 
diagnosticar doenças raras, em conjunto e como apoio a colegas médicos de outras 
especialidades. 
O câncer por exemplo, é uma doença onde células alteradas multiplicam-se 
de maneira descontrolada, mais rapidamente do que as células normais do tecido à 
sua volta, invadindo-o. Geralmente, têm capacidade para formar novos vasos 
sanguíneos que as nutrirão e manterão as atividades de crescimento descontrolado, 
o acúmulo dessas células forma os tumores malignos. Uma das causas dessa 
doença é pré-determinada geneticamente, mas fatores ambientais também podem 
contribuir, como exposição à produtos radioativos. O albinismo é uma anomalia 
genética, na produção de melanina, esta anomalia é a causa da ausência total ou 
parcial de pigmentação da pele, dos olhos e dos cabelos. O albinismo é hereditário. 
 
 
 
27 
 
Outra doença hereditária é a fenilcetonúria. Os bebês não possuem uma enzima 
chamada fenilalanina hidroxilase, necessária para quebrar um aminoácido essencial 
denominado fenilalanina, e com excesso, ela causa danos ao sistema nervoso 
cerebral. Essa substância é encontrada em alimentos que contêm proteínas. 
A engenharia genética possibilita mapear o sequenciamento do genoma das 
espécies animais, incluindo o ser humano e dos vegetais, a criação de seres 
clonados, desenvolver a terapia genética e produzir seres transgênicos. Estas 
novas possibilidades no campo da genética passaram a preocupar governos e 
grande parte das sociedades envolvidas, pois se o processo for mal direcionado 
poderá prejudicar o patrimônio genético, inclusive irremediavelmente. Por este 
motivo já há previsão legal tutelando as atividades desta nova ciência. É um 
conjunto de técnicas que envolvem a manipulação de genes em determinado 
organismo, geralmente de forma artificial. Esta manipulação envolve duplicação, 
transferência e isolamento de genes, com o objetivo de produzir organismos 
geneticamente melhorados para desempenharem melhor suas funções e produzir 
substâncias úteis ao homem. Através da engenharia genética muitos hormônios 
passaram a ser produzidos por bactérias com DNA modificado, como por exemplo, 
a insulina, que era produzida por animais e causava alguns efeitos colaterais 
indesejáveis em seres humanos. 
Mapeamento genético, uma das áreas de abrangência da engenharia 
genética, é uma representação gráfica das distâncias entre genes e de suas 
posições relativas em um cromossomo. Essa distância é calculada a partir da 
porcentagem de genes recombinantes produzidos em cruzamentos ou taxa de 
crossing-over entre eles. Para se obter um mapa genético é preciso levar em 
consideração que quanto maior for a taxa de recombinação gênica, maior será a 
distância entre os genes e vice-versa. 
No Brasil já é possível curar doenças com células–troncos e com os 
genomas. Eles tratam as doenças, mas apenas se o médico pedir para que faça 
esse mapeamento sendo esta a única possibilidade de cura. 
O mapeamento genético é algo necessário para a nossa evolução. Essa 
técnica pode curar doenças que antes eram impossíveis pensar que sequer existia 
 
 
 
28 
 
cura, e pode evitar que crianças tenham anomalias por erro de divisão de suas 
células. 
 
6- Origem e evolução da vida 
 
 Este tema tem como objetivo abordar e confrontar as várias teorias existentes 
sobre o surgimento da vida e do Universo como um todo. 
 Como o ser humano sempre procura achar uma explicação para tudo, 
existem várias teorias científicas, mitológicas e religiosas sobre o tema e serão 
estudadas apenas as principais, que marcaram a história da humanidade até o 
presente. É possível observar que no campo científico cada teoria com o passar do 
tempo tenta refutar ou reforçar uma teoria anterior com argumentos baseados em 
experimentos tentando cada vez chegar mais próximo da atmosfera terrestre no 
inicio da vida. 
 Neste tema será possível ver a evolução humana, tanto biológica quanto 
cultural, e o impacto que a intervenção humana tem causado no meio ambiente. As 
unidades temáticas estudadas serão: 
6.1 Hipóteses sobre a origem da vida e a vida primitiva 
 Nesta unidade será estudada as diferentes teorias sobre a origem da vida, 
confrontando as mitológicas, religiosas e cientificas em vários momentos da história 
e que influenciaram a humanidade como um todo em cada época. 
 Dentre estes experimentos destacasse duas teorias que refutam a da 
Abiogênese de Aristóteles: os de Francesco Redi (1626-1697) com o experimento 
utilizando carne e dois potes, um com tela e outro aberto, e Louis Pasteur com o 
experimento com líquido nutritivo. Estas teorias ser abordado com textos 
explicativos, com vídeos que chamam maior atenção dos alunos e até mesmo 
fazendo experimentos, demonstrando estas teorias. 
6.2 Ideias evolucionistas e evolução biológica 
 Devemos fazer comparações entre as ideias evolucionistas de Charles Darwin 
e Jean-Baptiste de Lamarck onde o primeiro prima pela seleção natural das espécies 
de forma que os mais bem adaptados conseguem sobreviver e passar seus genes 
para a geração posterior e o segundo prega mais pelo uso e desuso, onde o próprio 
ser pode modificar suas características morfológicas perdendo uma função pelo não 
uso ou aumentando uma capacidade pelo uso frequente. 
 
 
 
29 
 
 Analisar os mecanismos que podem mudar as características de uma espécie 
como migrações, mutações, seleção e deriva genética, explicando as suas 
diferenças. 
 Fazer comparação entre os genes analisando sua frequência e função, 
podendo observar quais características foram preservadas e quais sumiram com o 
tempo, e montar uma arvore filogenética com escala de tempo, para se observar a 
evolução ocorrida entre as espécies. 
6.3 A origem do ser humano e a evolução cultural 
Primeiramente seria caracterizado o surgimento dos hominídeos, que se 
caracteriza no período Paleolítico, onde segundo o especialista sua trajetória teve 
inicio no continente Africano, de onde inclusive jamais saíram. 
Assim seria discorrido sobre a inteligência,que pode ter evoluído, com a capacidade 
de manejar ferramentas e objetos, como uma adaptação à caça nas savanas 
africanas. A transmissão de conhecimentos e a consequente evolução cultural só 
tiveram êxito em virtude de uma linguagem extremamente desenvolvida, com um 
complexo sistema de símbolos, capaz de comunicar um número infinitamente 
variado de informações. 
Desde o tempo das origens primitivas da cultura, todo desenvolvimento 
humano foi biológico e cultural, distinguem-se assim suas fases de desenvolvimento, 
transformações biológicas ao longo do tempo. 
Sobre as adaptações climáticas, na variação de temperaturas que poderá influenciar 
na distribuição dos organismos. As respostas adaptativas incluem, mudanças 
fisiológicas, morfológicas ou etiológicas, que garantem a sobrevivência e 
reprodução. 
6.4 A evolução sob intervenção humana 
Na natureza ao longo da evolução ocorre um processo chamado de evolução 
natural, contudo seres que desenvolvem características que facilitem sua 
sobrevivência levam vantagem em relação aos outros para sobreviver, e esses 
gradualmente ganham mais espaço e dominarão o ambiente, o que é um processo 
bastante lento, porém com a intervenção humana esse processo se dá mais 
rapidamente tanto na vida dos homens quanto dos animais. O homem tende a 
escolher aquilo que é mais vantajoso e que gera mais possibilidades de 
disseminação da espécie, tanto para si quanto para outros indivíduos. 
 
 
 
30 
 
Tal intervenção é usada na agricultura, medicina, farmacologia e outras áreas, 
e interfere seriamente na evolução natural. Dentre essas intervenções vemos os 
melhoramentos genéticos realizados em plantas e animais, assim como as 
evoluções na agricultura transgênica, como na soja e milho. Na farmacologia e 
medicina as melhoras genéticas e pesquisas com novos tratamentos e novas drogas 
que podem curar doenças que antes eram ditas como terminais e que geram 
qualidade de vida, aumentando a média de longevidade da população. 
 
 
 
31 
 
5. RESENHA DO LIVRO: PREVENÇÃO E RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS 
DISCIPLINARES: GUIA PARA EDUCADORES 
 
BOYNTON, Mark; BOYNTON, Christine; BREDA, Ana Paula Pereira. Prevenção e 
resolução de problemas disciplinares: guia para educadores. Porto Alegre: 
Artmed, 2008. 172 p. 
 
 Torna-se importante abordar a política de como tratar os alunos durante a 
condução em sala de aula com a finalidade de que problemas e diferenças sejam 
evitados antes de acontecerem. Alguns aspectos importantes que são verificados e 
podem ser interpretados como disciplinares, consistem em fixar de modo claro e 
dinâmico os seguintes pontos: relacionamentos positivos entre professor e aluno; 
parâmetros claros e definidos de comportamentos aceitáveis em sala de aula; 
habilidades de monitoramento e consequências. Sendo importante lembrar a 
necessidade e carência da parte docente, a consolidação do ensino de conteúdos. 
 Tanto o respeito mútuo, como uma verificação de maior respeito ao poder de 
imposição que o professor exerce frente ao aluno em sala de aula, são referências 
que necessitam ser relembradas e refletidas diariamente, porém, a chave para um 
bom comportamento dos alunos é um bom relacionamento entre professor e aluno, 
dentro e fora de sala de aula. Essas relações positivas dentro de sala de aula são 
indispensável para um ambiente de respeito, disciplina e educação. 
 O professor deve se manifestar de forma que demonstre motivação e 
humanização em relação às cobranças e outras conversas em sala de aula, assim, 
cria-se um contexto para fins e intenções comuns. A exigência de participação deve 
ser igual entre os alunos, isso é indispensável para que o ambiente disciplinar seja 
possível. 
 Algumas técnicas podem ser utilizadas pelos professores para um melhor 
bem estar entre professor e aluno, manifestando crescente interesse voltado a 
ambos, colocando maior credibilidade nos alunos, de forma construtiva, sem 
humilhações. Exercitar o orgulho positivo da classe é algo favorável para toda a sala 
de aula. O professor também deve apresentar maior preocupação em relação aos 
seus alunos e a aprendizagem deles nessas situações. 
 
 
 
32 
 
 A frustração dos alunos pode ser evitada identificando suas causas e as 
reações dos alunos, bem como a problemática da situação. Outro ponto importante 
para implantação de comportamentos aceitáveis em sala de aula é a 
responsabilidade do próprio professor, assim, as regras ficam visíveis e podem ser 
adotadas por todos a qualquer momento. 
 A efetivação de um plano disciplinar de conduta é algo muito importante para 
a coletividade, coibindo comportamentos negativos futuros, podem ser destacados: 
expectativas de participação em debates em aula; expectativa para trabalho 
individual; material que deve ser trazido para a aula; requisição de ajuda ao 
professor e quando, onde e como entregar os trabalhos. 
 Não deve haver supressão por parte do professor na introdução de um plano 
disciplinar com normas rígidas e bem elaboradas para uma maior satisfação do seu 
trabalho, bem como o acompanhamento do plano disciplinar para que ele traga 
resultados. Sustentar uma proximidade junto aos alunos tanto física, psicológica 
quanto emocional, produz um efeito mágico, pois os alunos sentindo a presença e 
participação do professor em classe trás efeitos positivos para aprendizagem. 
 A utilização de habilidades de monitoramento, como oferecer maiores 
oportunidades de resposta, é uma ferramenta a favor do professor, faz com que 
todos se respeitem, não prejudicando o processo de aprendizagem, podendo 
também contribuir para o plano disciplinar. 
O professor precisa implantar as consequências para os comportamentos 
inadequados, os melhores planos disciplinares lutam para reduzir as punições por 
meio de um enfoque preventivo. O professor pode implantar várias consequências, 
essas intervenções se classificam em cinco grupos: 
- Reação do professor: por meio de comportamentos físicos ou verbais o professor 
indica se o comportamento do aluno é apropriado ou não. 
- Reconhecimento tangível: estratégias que mostrem aos alunos por meio de sinais 
ou símbolos sobre o comportamento adequado. 
- Custo direto: intervenções que levam a uma consequência direta para o mau 
comportamento: 
- Contingência de grupo: um grupo específico de alunos deve alcançar um 
comportamento adequado. 
 
 
 
33 
 
- Contingência de casa: o acompanhamento do comportamento do aluno ocorre na 
casa dele. 
 As estratégias usadas para estabelecer um ambiente organizado são os 
mesmos usados em sala de aula, pois se espera que o comportamento dos alunos 
em toda a escola deve ser o mesmo que em sala de aula. A precaução de 
problemas disciplinares pede maior atenção ao trabalho quanto à forma de 
abordagem e maneira de tratar no ambiente escolar. O sistema disciplinar deve ser 
estudado e reavaliado várias vezes. Para a inserção de um plano disciplinar 
institucional eficaz, é necessário que toda equipe escolar se baseie em uma filosofia 
comum. 
 O professor tem a necessidade de organizar uma equipe para realizar o 
monitoramento e orientações, no entanto, é importante o apoio de todos 
principalmente no momento de intervenção por violação de normas institucionais. A 
equipe escolar deve ter ciência de que mesmo possuindo várias abordagens 
preventivas para um plano disciplinar eficiente, sempre haverá a necessidade de um 
plano eficaz de consequências institucionais, porém a ênfase sempre será muito 
maior nas abordagens de prevenção. 
Muitas podem ser as consequências aplicadas para quem violar as normas, 
mas devem ser sempre de acordo as infrações, e aplicadasde maneira justa e 
coerente. Registro da ocorrência, detenção no almoço, encaminhamento a secretaria 
e suspensão são algumas das consequências que podem ser aplicadas. Também é 
importante impor regras em determinados locais da escola, como refeitórios, 
corredores, assembleias, quanto ao uso de aparelhos portáteis, normas sobre o 
vestuário entre outras que forem necessárias. 
Algumas estratégias disciplinares não devem ficar fora do foco de ação, como 
não repetir o comportamento do aluno; não apelar para humilhação; as reuniões 
com os pais devem sempre iniciar com considerações positivas; reuniões difíceis 
devem ser iniciadas sem a criança; contatar os pais do aluno que foi submetido a 
intervenções disciplinares antes que ele chegue em casa, dentre outras estratégias 
positivas e otimistas. 
Outras técnicas referentes a parâmetros são importantes, pois o plano de 
conduta deve ser ensinado para os alunos, o professor deve fazer sua parte 
ensinando e divulgando as normas institucionais. Após estabelecer normas claras de 
 
 
 
34 
 
comportamento, deve-se verificar se os alunos estão seguindo, para isso possuem 
algumas estratégias de monitoramento onde o objetivo é diminuir os problemas 
disciplinares na escola, são elas: passear pela sala; solicitar a participação dos 
alunos em qualquer momento; a eliminação de pontos cegos; ir até os alunos 
quando eles necessitarem de ajuda; utilizar atividades que prendam a atenção do 
aluno, entre outras. 
O papel do professor deve sempre ir além do que esta proposto a fazer no 
período de aula. O professor não deve permitir exceções às regras, a atenção deve 
ser voltada a problemas, visto que várias complicações juntas, podem se tornar 
complicações comprometedoras. A conscientização do professor em impedir o 
surgimento de alunos, considerados defensores públicos ou os que fazem deboche 
dos colegas de sala, é tarefa difícil, porém, indispensável para que o professor tenha 
condições de estabelecer parâmetros para que suas aulas não sejam 
comprometidas com as condutas de alguns alunos, que podem espalhar a falta de 
respeito e o desrespeito à submissão ao mestre durante a aula. 
A efetivação de normas e planos de ensino, as consequências e 
repercussões serão totalmente eficazes para a coletividade escolar. Os educadores 
possuem uma grande responsabilidade, pois sua atuação tem implicações na vida 
de cada aluno com quem eles interagem. Cabe aos educadores desenvolver 
relações positivas com os alunos ao mesmo tempo em que são firmes nas 
expectativas que depositam neles, assim estarão contribuindo para formar pessoas 
respeitosas e honestas que irão contribuir com a sociedade no futuro. 
 
 
 
 
 
35 
 
6. RESUMO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO DO INSTITUTO DE 
EDUCAÇÃO ESTADUAL DE MARINGÁ 
 
O Projeto Político Pedagógico do Instituto de Educação Estadual de Maringá 
– Paraná, trás em seus princípios filosóficos do trabalho escolar a rápida mudança 
que o homem vem enfrentando com o avanço de tecnologias de informações, graças 
às pesquisas cientificas no meio de convívio, mas que ainda nele se encontra um 
saber sistematizado excluído por questões capitais, no entanto aquele que tem uma 
permanência no ensino sai apto a ler e escrever, mas sua historia só será formada 
quando seu conhecimento e capacidade estiverem atualizados. A cada crise a 
escola é chamada para explicar aquilo que não fez pela população escolar atual, o 
que nos faz pensar se a escola é realmente responsável em formar cidadãos 
intelectuais ou trabalhadores. 
Pode-se afirmar que o homem passa a ser responsável por uma sociedade 
mais humana, cultural e social, pois o trabalho dignifica o homem. O ser humano 
nesta sociedade que se encontra precisa se tornar uma pessoa mais crítica, 
competente e humana para que as diferenças sociais passem a não mais existi. 
A escola tem que trabalhar de maneira onde o impulso ande junto ao 
conhecimento para que o sujeito consiga entrar na sociedade competitiva com 
formas de criar e responder seus desafios, para isso o rever da educação se torna 
cada vez mais árduo, tendo que ofertar atividades que os façam a criar, pensar, 
realizar e resolver desafios de forma conceituada, o que vale lembrar que o homem 
precisa de processos educativos para produzir a existência. 
É necessário oferecer uma educação completa, multidimensional e 
politécnica, sendo combinadas com tarefas do tipo intelectual. O homem é social, 
não é passivo mas ativo, interativo de forma determinada tanto pela sociedade 
quanto por si mesmo. 
A escola é o lugar onde suas metodologias e de seus mediadores sobre os 
alunos os fazem obter um saber sistematizado, comprovando que o professor é o 
elemento fundamental do ambiente escolar, para isso o Instituto de Educação 
Estadual de Maringá o adotou utilizando conhecimentos que os alunos já têm, para 
que criem situações que facilitem as generalizações. De acordo com Shimazaki 
 
 
 
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(1995) o professor precisa buscar formas alternativas de trabalho, sabendo que toda 
pratica pedagógica precisa estar em uma concepção de mundo. 
Toda organização do trabalho pedagógico do Instituto de Educação Estadual 
de Maringá, se encontra embasado nos princípios que norteiam a escola como 
democrática, pública e gratuita sendo da igualdade, qualidade, gestão democrática, 
liberdade, valorização do magistério fundamentados na constituição Federal de 1988 
e na Lei n° 9.394/96 de Diretrizes e Bases da Educação Nacional-LDB. A 
Constituição Federativa do Brasil garante a educação como um direito gratuito a 
todos com dever do Estado e da Família, sendo ministrado de formas iguais que 
garantirá a permanência e a apropriação dos conhecimentos dos alunos onde o 
projeto ratifica a escola como sendo publica, laica e universal. 
A democratização da educação e da escola como sendo universalizada da 
gratuidade e da permanência é hoje uma exigência da classe trabalhadora onde 
todos têm seus direitos, e sendo uma sociedade participante e conhecedora, nesse 
modo a escola tem um grande desfio por ser de modo democrática, tendo que 
respeitar vários órgãos de representação escolar e trabalhar de forma coletiva com 
resultados comum. A gestão democrática deve estar ligada a todos aqueles que a 
norteiam seja eles: alunos, pais, professores, funcionários e pedagogos, sendo o 
diretor o representante escolar da comunidade escolar. A instituição escolar sendo 
democrática deve permitir debates abertos para um avanço de ideias, para que 
todos no âmbito pedagógico possam trabalhar de forma plena para um crescer da 
educação. 
O Projeto Político Pedagógico tem um conceito que busca expressar as 
concepções de homem, mundo, sociedade, trabalho, educação, cultura, ciência e 
tecnologia. Todos estes conceitos foram elaborados pelo coletivo da escola, Logo 
que o senso pedagógico se uniu de forma conceitual. O homem por ser uma ser 
natural e social o trás como um ser que atua na natureza de forma que a transforma 
através de diversas situações, que será passada de geração a geração por meio de 
sua educação e cultura. A forma de dividir e organizar o trabalho determina as suas 
relações políticas e sociais, O desenvolvimento do homem ocorre a partir do 
suprimento de suas necessidades materiais, sendo a base econômica fundamental. 
Nesta sociedade que vivemos se estrutura diversas ideologias, historias e 
cultura; uma sociedade capitalista tendo poucas ações sociais resultando em 
 
 
 
37 
 
conflitos entre classes. Saviani (1992) relata que não é somente a aparência que da 
o entendimento da sociedade, e sim é preciso compreender as Leis que regem na 
sociedade sendo elas históricas,portanto há uma necessidade de formar cidadãos 
de acordo com seus conhecimento e processos históricos e que suas relações não 
são naturais e sim produzidas pelo próprio homem. A escola tem então a função 
social de garantir o acesso aos saberes científicos produzidos pela humanidade e 
permitir que os estudantes conheçam a realidade no mundo em que vivem. 
A educação é então uma pratica social onde os homens são situados dentro 
da historia, ela não muda o mundo, mas o mundo pode ser mudado pela ação na 
sociedade e suas relações de trabalho. A cultura é resultado de toda produção, pois 
o homem em seu meio cultural inicia o processo de transformação, criando um 
mundo humano, e o mundo da cultura. 
Na educação a tecnologia pode aumentar as desigualdade ou promover a 
inclusão. É preciso lutar pela escolarização como um bem publico para que os 
desfavorecidos transformem sua própria concepção de poder. Para que todos 
tenham acesso à escola é preciso investimentos do governo em recursos 
tecnológicos para contribuir com o desenvolvimento do pensar, pois, estes recursos 
permitem que o indivíduo pense na sua realidade e se torne um cidadão. A 
cidadania é um processo onde a massa deixa de ser massa e passa a ser povo, 
criador de seu próprio destino. Para isso é preciso uma concepção de cidadania, 
plena e consciente. 
Pensando na formação como um todo, o ensino fundamental foi ampliado 
para nove anos e se tornou obrigatório o ingresso das crianças aos seis anos. 
Educar é humanizar, o ato educativo é produzir em cada indivíduo a humanidade, 
assim, cabe-nos pensar na continuidade dessa formação. Na atualidade temos os 
avanços tecnológicos, produção de massa, fragmentação do saber. Como o 
adolescente se encontra neste contexto, como percebe os princípios e valores que 
produzem a humanização dos homens? 
A sociedade organizada na base do trabalho fez com que o início do 
desenvolvimento fosse submetido às leis sócio históricas e não as leis biológicas, 
assim, o trabalho e a vida em sociedade permitem um salto no desenvolvimento 
histórico. É preciso rever os conceitos que tornou a adolescência uma fase natural 
do desenvolvimento, pois, a adolescência é uma construção social e não um período 
 
 
 
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natural do desenvolvimento. É algo produzido pela sociedade, é social e histórica, 
portanto não é natural. 
O trabalho do professor deve corresponder com as concepções de infância e 
adolescência como produção humana, é preciso conhecimento de diversos fatores, 
a fim de formar o indivíduo como um todo. O trabalho pedagógico deve ter 
continuidade, ser planejado, ter metodologia e o processo de ensino aprendizagem 
deve ser avaliado constantemente. O período escolar deve conduzir os alunos a 
uma formação emancipadora. 
A avaliação escolar deve ser centralizada na forma como o aluno aprende 
cuidando sempre da qualidade do saber. Deve ser contínua e buscar o 
desenvolvimento do aluno, deve detectar, prevenir a corrigir erros e promover novos 
caminhos para o processo de ensino e aprendizagem. A avaliação deve incluir o 
aluno no círculo da aprendizagem, tornando-a assim democrática. 
A avaliação deve ser constante e não apenas ser a parte final de um 
processo. Quando o professor percebe que o aluno não aprendeu, deve mudar as 
metodologias, verificar onde houve falhas e buscar novos resultados. Para mudar a 
prática de avaliação é preciso levar em conta diversos aspectos, essa transformação 
possibilitara avançar no processo de ensino aprendizagem e garantindo uma maior 
qualidade no ensino. 
Para isso é preciso que todos estejam envolvidos na reestruturação da 
escola, o papel do educador é construir uma sociedade diferente onde todos 
possuam o direito do saber, e para se dar conta deste papel ele deve estar 
comprometido com o processo de transformação. O Instituto de Educação Estadual 
de Maringá adota uma avaliação proposta pela LDB, onde se utiliza trimestres e a 
avaliação é expressa em notas por disciplina, de 0,0 a 10,0, onde a nota mínima 
para aprovação é 6,0. 
Este sistema de avaliação será utilizado tanto para o ensino fundamental, 
médio, normal integrado, para o profissional integrado. Quanto aos cursos 
subsequentes, as matrizes são semestrais, portanto serão utilizados dois bimestres 
para a periodicidade das avaliações. Os alunos vindos de outras escolas terão as 
notas adaptadas de bimestre para trimestre, seu desenvolvimento será 
acompanhado oportunizando recuperação de estudos. Quando necessário será 
providenciado adequação de conteúdo e avaliações. 
 
 
 
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Quando o aluno transferido possuir avaliação por conceitos com legendas, 
será respeitada a maior nota, quando não houver legenda serão utilizados os 
seguintes critérios: 
Excelente = 9,0 a 10,00; Ótimo = 7,0 a 8,9; Bom = 5,0 a 6,9; Regular = 0,0 a 4,9. 
Quando as notas foram descritivas, serão analisadas pelos pedagogos caso a caso. 
Quando não houver enquadramento em nenhum destes casos será discutido 
em conselho de classe, a partir do aproveitamento do aluno na instituição em que 
está matriculado. No caso da progressão parcial os alunos vindos desta modalidade 
poderão frequentar na respectiva disciplina em contra turno. 
 
 
 
 
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7. RESUMO DA PALESTRA SOBRE “A ESCOLA E O ALUNO, REFLEXÕES 
SOBRE A ATUALIDADE” 
 
No dia 6 de outubro de 2014 a Professora Doutora Lizia Helena Nagel proferiu 
uma palestra aos discentes dos cursos de Ciências Biológicas e Pedagogia do 
UniCesumar. O tema da palestra “A escola e o aluno, reflexões sobre a atualidade”. 
 A escola atual vive em crise por conta da liberdade excessiva, individualismo, 
consumismo exibicionista, existe hoje a necessidade de mostrar poder. Um exemplo 
é o adolescente que normalmente sente vergonha do carro velho que o pai possui e 
passa a menosprezá-lo por não ter um carro melhor. 
 O uso de drogas tanto lícitas como não lícitas estão mais em alta entre os 
alunos do ensino médio da classe média A. A fase da adolescência é a de viver 
experiências, querem mostrar aos colegas do grupo que convivem que são 
melhores, que são „os bons‟ para assim serem mais aceitos no grupo. 
 Independente da faixa etária ou classe social, as pessoas estão cada vez 
mais dependentes das redes sociais, seja por depressão, ansiedade ou outros 
motivos. Elas preferem manter relações virtuais e as usam como refúgio da 
realidade, isso atinge os alunos e também professores. 
 As agressões que a criança sofre ou presencia no lar, afeta diretamente seu 
desenvolvimento. Muitas crianças presenciam pai ou padrasto batendo em sua mãe, 
muitas vezes por estar alcoolizado, drogado ou por ciúme, essas mulheres tem 
medo de denunciar seus agressores, pois não se sentem seguros para tomar uma 
atitude. A criança que cresce em um ambiente violento, tende a ser violenta também. 
 Temos observado atos de violência no ambiente escolar, falta de respeito 
com professores e funcionários, muitas vezes, estes são até ameaçados pelos 
alunos. Muitos professores optam por conseguir atestados médico para se manter 
longe do ambiente escolar por um tempo. 
 Torna-se comum a violência social, onde um grupo exclui alguns indivíduos 
por não usarem a roupa da moda ou de grife, por conta do cabelo, raça, ou seja, 
ocorre discriminação e constrangimento, e isto acaba sendo muitas vezes, o motivo 
de atos de violência na escola. 
 É preciso parar de cultivar a aparência e voltar o foco para a inteligência, 
alunos e professores devem ter vontade de ouvir e estudar. É preciso compreender 
 
 
 
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o significado da educação, educar é construir e transformar relações já existentes 
em todos os níveis sociais.

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