Resumo Bruna

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Acadêmica : Bruna de Albuquerque – 10º Semestre
O MUNDO CONTEMPORÂNEO DO TRABALHO E A SAÚDE MENTAL DO TRABALHADOR
	Nos dias atuais, vivenciamos a globalização e desenvolvimento crescente em diversos setores do mundo, principalmente no cenário tecnológico e no mundo do trabalho. O artigo aborda como é tratada a subjetividade e saúde mental do trabalhador nesse contexto, levando em consideração a formação tradicional e a maneira que alguns profissionais trabalham com este tema, maneira esta que muitas vezes, acaba por minimizar ou ignorar as dimensões subjetiva e mesmo psicológica do trabalhador, priorizando aspectos econômicos e de interesse apenas da organização. 
	A saúde mental no trabalho é um conceito amplamente estudado e conhecido pelo campo da saúde, em especial na Psicologia. No trabalho, diversos são os fatores envolvidos na satisfação e motivação, ou, em caso contrário, são considerados agravantes para adoecimento e sofrimento ligado ás atividades laborais. Podemos citar as relações interpessoais satisfatórias, reconhecimento pelo trabalho bem feito, e até bonificações em salário ou outro incentivo fornecido pela organização como fatores positivos e que colaboram para manutenção da saúde mental, uma vez que proporcionam bem-estar. 
Já outros fatores como ambiente desfavorável para desenvolvimento das atividades, conflitos com colegas de trabalho e chefes, trabalho considerado alienante e falta de promoções e reconhecimento podem gerar frustrações, vindo a interferir significativamente na saúde mental do colaborador. O trabalho pode ser considerado alienante, quando é tratado apenas como uma fonte de renda, sem qualquer prazer em executar atividades laborais. Muitas empresas anulam a subjetividade do funcionário, prezando apenas pelos objetivos financeiros e de produção estabelecidos por esta. 
Ainda, de acordo com o artigo, alguns estilos de administração podem levar ao adoecimento do funcionário, até mesmo em cargos mais próximos á gerência e aqueles que já possuem estabilidade profissional podem experimentar situações de insegurança e competição, o que é nomeado por Daniele Linhart (2009) como “precariedade subjetiva”. Esta característica, de acordo com a autora, é imposta aos funcionários no trabalho contemporâneo, através dos estilos de administração. Estes fatores podem vir a desencadear resultados desastrosos para o funcionário, em dimensões pessoais, profissionais e nas relações interpessoais. 
Neste sentido, o profissional deve ter um olhar mais cuidadoso a sua saúde mental, uma vez que, frustrações, situações estressantes, dentre outras situações negativas que ocorrem neste meio podem resultar em sofrimento mental considerável, e até incapacitante. 
As consequências podem ser temporárias ou ao contrário, definitivas se não tratadas com a devida atenção, vindo a ameaçar a reinserção profissional no mercado de trabalho. Ressalta-se a importancia da implantação de uma política pública de reabilitação profissional e reinserção no mercado de trabalho. 
Esta política levaria em consideração o acompanhamento ao trabalhador com dificuldades de reingressar no mercado de trabalho após afastamento, ou demissão voluntária por motivos de insatisfação, enfermidade física ou mental, produzida pelas atividades laborais. Não conseguir um novo trabalho, pode ser frustrante ao trabalhador, e prejudicar significativamente sua saúde mental. 
Um acompanhamento profissional adequado, com tratamento voltado as necessidades de reabilitação profissional deste colaborador faria toda a diferença, uma vez que teria sua subjetividade resgatada, vindo a ter uma nova perspectiva profissional e incentivo para retornar ao mercado de trabalho.
REFERÊNCIA 
Seligmann-Silva, Edith, Hespanhol Bernardo, Márcia, Maeno, Maria, Kato, Mina, O mundo contemporâneo do trabalho e a saúde mental do trabalhador. Revista Brasileira de Saúde Ocupacional [en linea] 2010, 35 (Sin mes) : [Fecha de consulta: 11 de marzo de 2019] Disponible en:<http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=100515726002> ISSN 0303-7657