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METABOLISMO AERÓBICO E ANAERÓBICO Amanda Menezes http://www.youtube.com/watch?v=OEApWsQivi4 – glicolise 1 http://www.youtube.com/watch?v=E5qv3DrEpEQ – glicolise 2 http://www.youtube.com/watch?v=SnTI8128OW0 – glicolise http://www.youtube.com/watch?v=imtR7DvqXBQ - glicolise, ciclo de krebs e fosforilação 1 Alimentos Suprir as necessidades de energia Fornecer matéria-prima para obtenção dos compostos que o corpo precisa Carboidratos, gorduras e proteínas – quebra – absorvidas na parede do intestino 2 INTRODUÇÃO Carboidratos Di e polissacrídeos – fragmentados por enzimas e ácidos estomacais – monossacarídeos Energia extraída dos monossacarídeos – Glicólise 3 INTRODUÇÃO GLICÓLISE 4 Uma molécula de glicose é degradada em uma série de reações catalisadas por enzimas, gerando duas moléculas do composto de três átomos de carbonos - piruvato. Durante a glicólise, parte da energia livre é conservada sob a forma de NADH e ATP; É uma via central quase universal do catabolismo da glicose, a via com maior fluxo de carbono na maioria das células. GLICÓLISE 5 Uma visão geral: a glicólise tem duas fases A quebra da glicose, formada por seis átomos de carbono, em duas moléculas de piruvato, cada uma com três carbonos, ocorre em 10 etapas, sendo que as 5 primeiras consistem na fase preparatória. 6 Hexocinase Fosfo-hexose-isomerase Fosfofrutocinase-1 Aldalose Triose-fosfato-isomerase 7 6) Gliceraldeído-3-fosfato-desidrogenase 7) Fosfoglicerato - cinase 8) Fosfoglicerato – mutase 9) Enolase 10) Piruvato - cinase GLICÓLISE 8 Uma visão geral: a glicólise tem duas fases Fase preparatória - ATP é investido e gliceraldeído-3-fosfato é o produto; Fase compensatória - dois piruvatos, 4 ATPs e NADH são formados. GLICÓLISE 9 Uma visão geral: a glicólise tem duas fases O piruvato formado poderá seguir três vias catabólicas alternativas: Ciclo de Krebs sob a forma de Acetil-CoA; Fermentação do ácido lático; Fermentação alcoólica. 10 DESTINOS DO PIRUVATO EM CONDIÇÕES ANAERÓBIAS: FERMENTAÇÃO 11 O piruvato é um ponto de junção no catabolismo; Em condições aeróbias, o piruvato é oxidado a acetato; Em condições de hipóxia, o NADH é regenerado a NAD+ por outros processos. Piruvato é o receptor final de elétrons na fermentação láctica NAD+ é regenerado a partir de NADH; Redução do piruvato a lactato - Lactato desidrogenase; Não há variação líquida de NADH e NAD+ 12 13 O lactato pode ser reciclado – levado pelo sangue até o fígado onde é convertido e glicose durante um período de recuperação da atividade física DESTINOS DO PIRUVATO EM CONDIÇÕES ANAERÓBIAS: FERMENTAÇÃO 14 Fermentação alcoólica Produção de etanol a partir da glicose; Ação da enzima piruvato descarboxilase; Álcool desidrogenase no segundo passo; 15 Sabe-se que a glicose pode ser oxidada por duas maneiras a oxidação anaeróbica e a aeróbica, sendo o rendimento da oxidação anaeróbica muito baixo, a oxidação completa até CO2 e H2O sob condições aeróbicas é a maneira preferida pelas células devido ao seu alto rendimento energético. RESPIRAÇÃO CELULAR 16 O processo de “respiração celular” ocorre em três estágios: Estágio 1: Produção do acetil do acetil-coenzima A (Queima de Açucares, Ácidos graxos e Aminoácidos). Estágio 2: Introdução do acetil no ciclo com oxidação a CO2 e produção do NADH e FADH2. Estágio 3: Liberação dos elétrons na cadeia transportadora de elétrons com síntese de ATP. 17 CICLO DE KREBS 18 Ciclo do ácido cítrico ou ciclo do ácido tricarboxílico Início do processamento aeróbico da glicose Via final comum para a oxidação de moléculas dos alimentos – aminoácidos, ácidos graxos e carboidratos. A maioria dessas moléculas entra no ciclo na forma de acetil-CoA. CICLO DE KREBS 19 O Piruvato é Oxidado a Acetil-CoA e CO2 Oxidação de carboidratos - glicose é transformada em piruvato Piruvato - transportado para o interior da mitocôndria - carreador de piruvato. Na matriz mitocondrial o piruvato é descarboxilado pelo complexo piruvato desidrogenase, formando Acetil-CoA. CICLO DE KREBS 20 O Piruvato é Oxidado a Acetil-CoA e CO2 Reação geral - descarboxilação oxidativa (irreversível) no qual o grupo carboxil é removido do piruvato na forma de uma molécula de CO2 e os dois carbonos remanescentes são convertidos ao grupo acetil da acetil-CoA. 21 Conversão de piruvato em Acetil-CoA Cinco coenzimas TPP – Tiamina Pirofosfato FAD – Flavina Adenina Dinucleotídeo CoA - Coenzima A NAD - Nicotinamida Adenina Dinucleotídeo Lipoato 22 23 Visão Geral do Ciclo FOSFORILAÇÃO OXIDATIVA 24 Estágio final do metabolismo produtor de energia nos organismos aeróbicos. Todas as etapas oxidativas na degradação dos carboidratos, gorduras e aminoácidos convergem para esse estágio final da respiração celular, no qual a energia proveniente da oxidação é responsável pela síntese de ATP. 25 A fotofosforilação é a maneira pela qual os organismos fotossintéticos capturam a energia do sol e a utilizam para fazer ATP. A fosforilação oxidativa e a fotofosforilação são responsáveis pela maior parte do ATP sintetizado na maioria dos organismos, na maior parte do tempo. Em eucariotos, a fosforilação oxidativa ocorre nas mitocôndrias e a fotofosforilação nos cloroplastos. FOSFORILAÇÃO OXIDATIVA 26 Membrana Externa Totalmente permeável à pequenas moléculas e íons Membrana Interna Matriz Contém: • Complexo piruvato desidrogenase • enzimas do ciclo do ácido cítrico Impermeável a pequenas moléculas e íons, incluindo H+ Contém: Enzimas da fosforilação oxidativa Canais transportadores de moléculas Cristas TEORIA QUIMIOSMÓTICA Oxidação dos transportadores de elétrons é acoplada com o bombeamento de prótons (1) para fora da matriz mitocondrial gerando um gradiente eletroquímico (2). Os prótons fluem de volta a matriz mitocondrial atravéx do complexo ATPsintase que fosforila o ADP utilizando um fosfato inorgânico (3) Resumo da fosforilação oxidativa (1) (2) (3) Conceito importante: A energia “redox” contida nos carreadores de elétrons reduzidos (NADH, FADH2) pode ser convertida em gradiente eletroquímico O gradiente eletroquímico pode ser convertido em energia química na forma de ATP 27 27 O MODELO QUIMIOSMÓTICO Matriz Espaço Intermembrana Citoplasma NADH + H+ NAD+ Succinato Fumarato ½ O2 + 2H+ H2O ADP + Pi ATP 28 28 FOTOSSÍNTESE 29 FOTOSSÍNTESE Reações luminosas (reações fotoquímicas geradoras de ATP e poder redutor na forma de NADPH) Reações escuras de fixação de CO2 (Ciclo de Calvin, biossíntese de carboidratos) 30 Organismos fotossintéticos utilizam a energia de luz solar para fabricar glicose e outros orgânicos produtos... ...que células heterotróficas usam como fonte de energia e de carbono. Células fotossintéticas Células heterotróficas CO2 H20 O2 Carboidrato fase fotoquímica (fase luminosa ou fase clara ) Reações de assimilação do carbono (biossíntese de carboidrato) NADP+ ADP + Pi NADPH ATP Sol a fonte última de energia de todos os processos biológicos H2O O2 CO2 Carboidrato As reações da fase luminosa produzem NADPH e ATP utilizando a energia solar... ...que são utilizados nas reações de assimilação de carbono, para reduzir o CO2 para formar carboidratos 31 31 Cloroplasto Organela fotossintética 3 membranas Externa Interna Tilacóide 3 compartimentos Intermembrana Stroma Tilacóide Clorofila Sistemas de captação de energia Folha Epiderme superior Epiderme inferior 2mm Espaço Intermembrana Membrana externa Membrana interna Membrana tilacóide Espaço tilacóide Granum stroma Cloroplasto Granum 32 32 Espectro das radiações eletromagnéticas * - einstein = 6 x 1023 fótons Raios X U.V. Raios Gama Infra Vermelho Microondas Ondas de Rádio Tipo de radiação Comprimento de onda <1nm 100nm <1mm <1metro Milhares de metros Comprimento de onda (nm) Energia (KJ/einstein*) Violeta Azul Cian Verde Amarelo Laranja Vermelho Luz Visível O espectro das radiações eletromagnéticas é composto por: Raios gama Raios X Radiação ultravioleta (U.V.) Luz visível Microondas Ondas de rádio As diferentes cores correspondem a radiações com diferentes comprimentos de onda e a fótons contendo diferentes quantidades de energia 33 33 Clorofila-a Bacterio clorofila clorofila-b Ligação saturada na bacterioclorofila Cadeia de fitol ligação insaturada na ficocianobilina ficoeritrobilina ficocianobilina b-caroteno luteína (xantofila) Fotopigmentos Clorofilas a e b e bacterioclorofila são os coletores primários da energia luminosa. Ficoeritrobilina e ficocianobilina (ficobilinas) são os pigmentos antena em cianobactérias e algas vermelhas. Caroteno (um carotenóide) e luteína (uma xantofila) são pigmentos acessórios nas plantas. As áreas sombreadas em rosa são os sistemas conjugados (Alternando ligações simples e duplas), que são em grande parte responsáveis pela absorção da luz visível. 34 34 Espectros de absorção dos fotopigmentos clorofila-b b-caroteno luteina Ficoeritrina Ficocianina Clorofila a Espectro da luz do Sol Absorção 300 400 500 600 700 800 Comprimento de onda (nm) Clorofila absorvem as regiões vermelha e azul do espectro deixando a luz verde ser refletida ou transmitida A combinação das clorofilas com os pigmentos assessórios - plantas aproveitarem a maior parte da energia disponível na luz do sol Proporções relativas são características de cada espécie de organismo fotossintético que podem ter cores como azul, verde e marrom. 35 35 Ficobilissoma FC-ficocianina FE-ficoeritrina AP-aloficocianina Luz 480-570 nm 550-650 nm FE FC AP AP FE FC Centro de reação da clorofila a Membrana tilacóide Transferência de éxiton Presente em Cianobactérias e Algas vermelhas Ficobilinas Ficoeritrobilina Ficocianobilina Associadas a proteínas – ficobiliproteínas Ficobilissomos - complexos altamente organizados Estruturas primárias de coleta de energia 36 36 Organização dos fotossistemas na membrana tilacóide Luz Carotenóides e outros pigmentos acessórios Clorofilas antena ligadas à proteína Estas moléculas absorvem luz e transferem até o centro de reação Centro de reação: converte a energia absorvida em energia química Pigmentos estão arranjados em fotossistemas Os fotossistemas reúnem de forma compacta várias centenas de clorofilas, antenas e outros pigmentos acessórios ao redor de um centro de fotorreação A absorção de um fóton por qualquer clorofila antena provoca a excitação do centro de reação por transferência de éxitons Moléculas coletoras de luz, ou moléculas antena 37 37 Complexo produtor de O2 Luz Luz Gradiente de H+ complexo cit_b6f Plastoquinona Segunda quinona Clorofila receptora de elétrons Filoquinona Plastocianina Fd:NADP+ oxidoreductase Fotossistema I Fotossistema II Integração dos fotossistemas I e II nos cloroplastos O elétron é transferido da H2O para NADP+ A posição na escala vertical de cada transportador de elétrons reflete seu potencial padrão de redução Para aumentar a energia dos elétrons derivados da água cada elétron deve ser energizado duas vezes pelos fótons absorvidos pelos fotossistemas I e II 38 38 Circuito dos prótons e dos elétrons nos tilacóides Luz Luz Membrana tilacóide Lúmen (lado P) Plastocianina F1FoATP sintase Elétrons (Setas azuis) removidos da água passam pelo fotossistema II (PSII), e através de uma cadeia de transportadores plastoquinina (PQ) complexo citocromo b6f plastocianina alcançam o fotossistema I (PS I) que finalmente os entrega ao NADP+ Prótons - Entram no lúmen do tilacóide pelo fluxo de elétrons através do complexo citocromo b6f - Retornam ao estroma através de canais da F1Fo ATP sintase. 39 39 Comparação entre mitocôndrias, cloroplastos, bactérias Mitocôndria Matrix (lado N) Espaço intermembranar (lado P) Cloroplasto Lúme do Tilacóide (lado P) Estroma (lado N) Espaço Intermembranar (lado P) Bactéria (E. coli) Citosol (lado N) 40 40 RESUMO DAS ETAPAS DA FASE CLARA DA FOTOSSÍNTESE Absorve luz visível tornando-se excitada Transfere sua energia de excitação para outras moléculas de clorofila até o centro de reação No centro de reação um elétron é tranferido da clorofila excitada para uma cadeia de transporte de elétrons A vacância eletrônica (falta de elétrons) da clorofila oxidada é preenchida por um elétron vindo de um doador (H2O) Durante a transferência de elétrons, é formado um gradiente de prótons através da membrana, que energiza a síntese de ATP 41 FOTOSSÍNTESE: FASE ESCURA OU BIOQUÍMICA (CICLO DE CALVIN) No estroma dos cloroplastos Usa produtos da fase de luz e CO2 para montar carboidratos 42 A ASSIMILAÇÃO DE CO2 NA FASE ESCURA OCORRE EM 3 ESTÁGIOS Fixação do CO2 na ribulose-1,5-bifosfato com a formação de 3-fosfoglicerato (enzima ribulose bifosfato carboxilase/oxigenase ou RUBISCO) Conversão do 3-fosfoglicerato em gliceraldeído-3-fosfato (carboidrato) Regeneração da ribulose-1,5-bifosfato usando gliceraldeído 3 fosfato e ATP 43 Figure 8.13 The Calvin–Benson Cycle AÇÚCARES 3PG=3 fosfoglicerato G3P=Gliceraldeído 3 fosfato RUBP=Ribulose 1,5 -bifosfato 46 Figures\Chapter08\High-Res\life7e-fig-08-13-0.jpg OS 3 ESTÁGIOS DA ASSIMILAÇÃO FOTOSSINTÉTICA DE CO2 47 A RUBISCO É A ENZIMA RESPONSÁVEL PELA FIXAÇÃO DE CO2 NAS PLANTAS Ribulose-1,5-bifosfato + CO2 3-fosfoglicerato (2) (5 carbonos) (3 carbonos) É a enzima mais abundante da biosfera 50% das proteínas das folhas Tem atividade carboxilásica e oxigenásica (fotorrespiração) A FOTORRESPIRAÇÃO É UM PROCESSO DE DESPERDÍCIO NAS CÉLULAS VEGETAIS Catalizada pela atividade oxigenásica da RUBISCO, a enzima fixa O2 em vez de CO2 reduzindo o crescimento vegetal Ocorre em dias quentes e seco quando O2/CO2 aumenta Processo que consome ATP e NADH CO2 é liberado em vez de ser fixado em carboidrato (reduz em 25% a quantidade de carbono fixado em carboidrato) 49 Plantas C4 50 Em muitas plantas que crescem nos trópicos, evoluiu um mecanismo que contornou o problema da dispendiosa fotorrespiração. A etapa na qual o CO2 é fixado em um produto de três carbonos (plantas C3), o 3-fosfoglicerato, é precedida por várias etapas, uma das quais é a fixação temporária de CO2 em um composto de quatro carbonos (plantas C4 ). Plantas C4 51 Crescem em regiões de intensa luminosidade e altas temperaturas, têm várias características importantes: Velocidade fotossintética alta; Altas taxas de crescimento; Baixas taxas de fotorrespiração; Baixas taxas de perda de água; Estrutura foliar especializada. A fotossíntese nas folhas de plantas C4 envolve dois tipos de células: células do mesófilo e células da bainha vascular. Plantas C4 52 O primeiro intermediário no qual o CO2 é fixado é o oxaloacetato, um composto de quatro carbonos. Ocorre no citosol das células do mesófilo - catalisada pela fosfoenolpiruvato-carboxilase, para a qual o substrato é o HCO3 e não o CO2. O oxaloacetato é reduzido a malato às custas de NADPH ou convertido a aspartato – no mesófilo O malato ou aspartato passam para as células da bainha vascular. Neste local o malato é oxidado e descarboxilado para gerar piruvato e CO2. Plantas C4 53 Aspartato como carreador de CO2 - o aspartato que chega nas células da bainha vascular é transaminado para formar oxaloacetato, sendo reduzido a malato. O CO2 é liberado pela enzima málica ou pela PEP-carboxicinase. Este CO2 é novamente fixado, desta vez pela rubisco (reação igual a de plantas C3). O piruvato formado pela descarboxilação do malato nas células da bainha vascular é transferido de volta às células do mesófilo, onde é convertido em PEP (fosfoenol piruvato). 54 Plantas CAM 55 Plantas suculentas - reduz a perda de vapor de água através dos poros por onde o CO2 e o O2 precisam ingressar no tecido vegetal. Ao invés de separarem no espaço o aprisionamento inicial de CO2 e sua fixação pela rubisco como fazem as plantas C4, as plantas CAM, separam estes dois eventos ao longo do tempo. À noite quando o ar está mais fresco e úmido, os estômatos se abrem para permitir a entrada de CO2 que é fixado na forma de oxaloacetato. Plantas CAM 56 O oxaloacetato é reduzido a malato e armazenado em vacúlos. Durante o dia, os estômatos se fecham, impedindo a perda de água. O CO2 aprisionado ao longo da noite no malato é liberado como CO2 pela enzima málica. Este CO2 é assimilado pela ação da rubisco e das enzimas do ciclo de Calvin. 57 A FIXAÇÃO DE CO2 NAS PLANTAS C4 e CAM C4 CAM
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