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Políticas Educacionais no Brasil. Entende- se por política educacional as decisões que o Poder Público, isto é, o Estado, toma em relação à educação. No Brasil, ela é marcada por uma sucessão de reformas que visam solucionar os problemas encontrados na área, e acabam por caracteriza- la como descontínua e pouco efetiva (SAVIANI, 2008). Na realidade, algumas políticas educacionais se tornam pouco efetivas por não trabalhar na resolução de forma definitiva aos problemas existentes na área da educação, onde o poder público elabora suas políticas educacionais que não seguem adiante e não alcançam todas as pessoas, além de serem de baixa qualidade. Levando a acreditar que contradições no plano formal não precisam serem resolvidos, pois não afetariam a implementação do projeto real objetivado pelo governo, parecendo deixar de fora do horizonte dos interesses vitais do estado, quaisquer solução da questão de fundo da educação brasileira. Esse descompasso entre as necessidades e soluções decorrem da forma como os problemas da educação são identificados e as resoluções propostas prescritas, que parecem não se comunicarem. Outro ponto que pode causar políticas educacionais falhas são os projetos deficientes criados por gestores sem competência e sem comprometimento na elaboração de tais políticas. Por isso cabe aos políticos gestores desenvolverem políticas educacionais efetivas que promovam uma educação justa para todos. As políticas educacionais quando feitas de maneira efetiva são de extrema importância para a sociedade, uma vez que por meio dessas políticas pode- se garantir uma educação melhor para todos. Para Pedro Demo a política participativa é um importante instrumento que contribui para um bom desenvolvimento das políticas públicas educacionais, uma vez que a sociedade pode se manifestar e cobrar sobre a aplicação dos direitos sociais. Algumas políticas participativas, como as políticas de defesa da cidadania, dos direitos humanos, por exemplo, tem a função de diminuir essa deficiência de conhecimento dos indivíduos, essa pobreza política dos estudantes e futuros responsáveis pelo país, pobreza política que, de acordo com Pedro Demo, se traduz no déficit de cidadania, na dificuldade do indivíduo em se tornar organizado e consciente em prol de seus interesses. Ainda segundo Demo (1994), outras políticas participativas, como as políticas educacionais, também contribuem para o enfrentamento da pobreza política das pessoas. O Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), já referido, é um exemplo de política participativa e educacional adotada pelo Estado, focando especificamente, como remete o próprio nome, o livro didático e os sujeitos que o utilizam na escola. Ao se pensar em política participativa, entende-se que o PNLD pode propiciar o enfrentamento da pobreza política, na medida em que, por exemplo, oferece livros didáticos gratuitos a milhares de alunos, obras estas que, dependendo do seu conteúdo e da maneira como for trabalhado em sala de aula, pode contribuir na formação de cidadãos críticos, capazes de reivindicar seus direitos. Assim, a especialização na educação do poder judiciário pode ser relacionada as políticas que devem ser efetivas nos âmbitos sociais, como na educação por exemplo, que serve de base para a formação dos indivíduos e carece de investimentos internos, devendo assim o Poder público desenvolver leis de incentivo e melhorias nas condições da educação, para enquadrar os direitos humanos na dialética entre igualdade e diferença, no sentido de vencer as desigualdades ao mesmo tempo em que reconhece a diversidade. Referências Bibliográficas: AZEVEDO, Janete M. Lins de. A educação como política pública. Campinas, SP: Autores Associados. 3ª ed., 2004. 78p. DEMO, Pedro. Educação e qualidade. 6. ed. São Paulo: Papirus, 2001. SAVIANI, Dermeval. A nova lei da educação: trajetória, limites e perspectivas. 2. Ed. Campinas/SP:Autores Associados, 2008; SAVIANI, Dermeval. Política educacional brasileira: limites e perspectivas. Revista de Educação PUC Campinas, Campinas, n.24, jun, 2008, p.7‐16. SALOMÃO BARROS XIMENES - 223 uma dogmática…artigos dedicados à especificação do direito à educação ______. Política e educação no Brasil: o papel do Congresso Nacional em legislação do ensino. São Paulo: Cortez, 1987; ______. Da nova LDB ao plano nacional de educação: por uma política educacional. Campinas/SP:Autores Associados, 1998;
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