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Profº Mestre Paulo Pereira Doutorando em Linguística Faculdade AREA 1 Trocas de informação Uso de sistema simbólico Materialização do pensamento/sentimento em signos Transmitir uma mensagem Communicare (compartilhar, pôr em comum) A comunicação pode ser considerada o processo social básico, primário, porque é ela que torna possível a própria vida em sociedade. Vida em sociedade significa intercâmbio. E todo intercâmbio entre os seres humanos só se realiza por meio da comunicação. A comunicação preside, rege, todas as relações humanas. O que é produzido e vendido pela comunicação? Uma mercadoria cada vez mais valiosa, apesar de imaterial: informação, ou seja, notícias, dados, ideias, conhecimento, ficção, cultura, arte. O ato de comunicar algo ou de comunicar-se (com alguém)... O verbo vem do latim communicare, que significa participar, fazer, saber, tornar comum. Quando eu comunico alguma coisa a alguém essa coisa se torna comum a ambos. Quando se publica uma notícia ela passa a fazer parte da comunidade. Comunicação, comunhão, comunidade são palavras que têm a mesma raiz e estão relacionadas à mesma ideia de algo compartilhado. A etimologia da palavra sugere que se trate de um conceito eminentemente social na sua origem. Assim sendo, em primeiro lugar diz respeito ao homem. Em segundo lugar, trata- se de um fenômeno concreto, objetivo, que ocorre quando um ser A transfere uma informação a um ser B. Em terceiro lugar, a comunicação seria um processo ativo, ou seja, envolve na sua essência um propósito, que é o de se influenciar outro ser, modificar seu comportamento, obter uma resposta. Em quarto lugar, a tendência da relação comunicativa a se fechar em círculo, ou mais propriamente a evoluir segundo um espiral de influências. Mas o termo comunicação, com o tempo, perdeu toda a nitidez conceitual e adquiriu significados muito amplos e variados. Pode se aplicar o termo hoje a tudo o que signifique contato, ligação, relação, união, passagem, além de diálogo, entendimento, contágio e convívio. Comunicação educativa, comunicação persuasiva, comunicação artístico cultural, comunicação jornalística, comunicação educativa , comunicação visual, comunicação sonora (ou auditiva) , comunicação tátil, comunicação olfativa , comunicação gustativa, intrapessoal, Interpessoal, intergrupal, intragrupal, comunicação empresarial, comunicação humana pode ser dividida em particular ou fechada (entre namorados, por exemplo), e pública, ou aberta (comício na praça, televisão). 1. A Teoria Matemática da Informação/Comunicação 2.Teoria Hipodérmica 3.Teoria Funcionalista 4. A Teoria Crítica 5.Teoria Culturológica 6. A Teoria dos signos 7.Noções sobre os estudos de Recepção Linguagem é um conjunto de sinais de que o homem se serve para comunicar-se. A comunicação humana é realizada de várias maneiras, por meios de apelos visuais, auditivos, linguagem corporal e principalmente pela linguagem verbal. A linguagem não é só um sistema um instrumento utilizado para a comunicação ou veiculação de informações, mas principalmente, uma forma de mostrarmos socialmente aquilo que pensamos que somos ou que entendemos do mundo. A língua é uma construção de determinada sociedade e, portanto, um conjunto de escolhas que representam os valores, os modos de se ver, sentir e ser dos grupos sociais. O conjunto de regras de uma língua é estudada pela gramática. A língua é exterior aos indivíduos, e por isso, este não podem criá- las ou modificá-las individualmente. Ela só existe em decorrência de espécie de contato coletivo que se estabeleceu entre as pessoas e ao quais todos aderiram. É claro que a distinção que se faz entre linguagem, língua e fala tem caráter meramente metodológico, uma vez que esses três conceitos revelam aspectos diferentes de um processo amplo, que o da comunicação humana. Isso, provavelmente, explique a razão por que a maioria das pessoas emprega essas três palavras para designar uma mesma realidade. Linguagem é todo sistema de sinais convencionais que nos permite realizar atos de comunicação. Ao nosso redor pode-se observar vários tipos de linguagens, tais como, a linguagem dos surdos-mudos, dos sinais de trânsito, a linguagem que usamos, etc. Além da linguagem verbal, cuja unidade básica é a palavra (escrita, falada), existe linguagens não-verbais que são aquelas que utilizamos para atos de comunicação outros sinais que não palavras, como a música, a dança, etc. Mais recentemente com o aparecimento da informática, surgiu também a linguagem digital, que permite armazenar e transmitir informações em meios eletrônicos. Portanto a língua é um aspecto da linguagem. Trata-se de um sistema de natureza gramatical. Pertence a um grupo de indivíduos, formado por um conjunto de sinais (palavras) e por um conjunto de regras e combinações desta. É uma instituição social de caráter abstrato, exterior aos indivíduos que a utilizam, que somente concretiza através da fala e que é também um ato individual de vontade e inteligência. No entanto, se compreendermos a língua como fruto de um processo de construção histórica e social, concluiremos que ela está em constante transformação; sem cristaliza-se em formas eternas, ela muda. Porque o ser humano é assim, mutante e criativo. As necessidades humanas se alteram, e com elas a língua que as representa e cria referenciais históricos. Tudo que significa Onde atua a semiose O que gera um sentido, significados, inicia um processo de significação e construção de sentidos Signo = significado + significante Significado: conceito Significante: forma gráfica + som Toda palavra que possui um sentido é considerada um signo linguístico. Exemplo: “Livro” é um signo linguístico. Um conceito - ou seja, o significado (signifié); Uma imagem acústica - ou seja, o significante (signifiant), ou forma fonológica em termos generativos. Arbitrariedade: uma das características do signo linguístico é o seu caráter arbitrário. Não existe uma razão para que um significante (som) esteja associado a um significado (conceito). Isso explica o fato de que cada língua usa significantes (som) diferentes para um mesmo significado (conceito). Linearidade: os componentes que integram um signo se apresentam um após o outro, tanto na fala como na escrita. Comunidade: http://www.youtube.com/watch?v=NBFkxIjvWPU Jogo semântico: vocábulo MANGA Polissemia Intertextualidade Contexto Aquele que emite a mensagem, codificando-a em palavras chama-se EMISSOR. Quem recebe a mensagem de a decodifica, ou seja, apreende a ideia, é chamado de RECEPTOR. Aquilo que é comunicado, o conteúdo da comunicação é chamado de MENSAGEM. CÓDIGO é o sistema linguístico escolhido para a transmissão e recepção da mensagem. REFERENTE, por sua vez, é o contexto em que se encontram o emissor e o receptor. O MEIO pelo qual esta mensagem é transmitida é nomeado CANAL. Referencial ou informativa Poética ou estética Fática Emotiva ou expressiva Conativa ou apelativa Metalinguística A função informativa ou referencial: centra-se na mensagem sobre um referente (informação), sendo um discurso marcado pela objetividade, neutralidade e imparcialidade, fazendo uso de pouca adjetivação e de frases claras do tipo declarativas (também é comum o uso da terceira pessoa - ele, elas). As notícias jornalísticas e as informações técnicas e científicas são exemplos do discurso com função informativa. A função enfática: centra-se sobre o canal de comunicação, procurando estabelecer,prolongar ou verificar o contato. Quando se testa um microfone ou telefone, em saudações militares e afins, usa-se a função enfática. Ex.: Alô. Função emotiva ou expressiva: o objetivo do emissor é transmitir suas emoções e anseios. A realidade é transmitida sob o ponto de vista do emissor, a mensagem é subjetiva e centrada no emitente e, portanto, apresenta-se na primeira pessoa. A pontuação (ponto de exclamação, interrogação e reticências) é uma característica da função emotiva, pois transmite a subjetividade da mensagem e reforça a entonação emotiva. Essa função é comum em poemas ou narrativas de teor dramático ou romântico. Função conativa ou apelativa: o objetivo é de influenciar, convencer o receptor de alguma coisa por meio de uma ordem (uso de vocativos), sugestão, convite ou apelo (daí o nome da função). Os verbos costumam estar no imperativo (Compre! Faça!) ou conjugados na 2ª ou 3ª pessoa (Você não pode perder! Ele vai melhorar seu desempenho!). Esse tipo de função é muito comum em textos publicitários, em discursos políticos ou de autoridade. Função metalinguística: essa função refere-se à metalinguagem, que é quando o emissor explica um código usando o próprio código. Quando um poema fala da própria ação de se fazer um poema, por exemplo. Veja: “Pegue um jornal Pegue a tesoura. Escolha no jornal um artigo do tamanho que você deseja dar a seu poema. Recorte o artigo.” Este trecho da poesia, intitulada “Para fazer um poema dadaísta” utiliza o código (poema) para explicar o próprio ato de fazer um poema. Função poética: o objetivo do emissor é expressar seus sentimentos através de textos que podem ser enfatizados por meio das formas das palavras, da sonoridade, do ritmo, além de elaborar novas possibilidades de combinações dos signos linguísticos. É presente em textos literários, publicitários e em letras de música. Por exemplo: negócio/ego/ócio/cio/0 Na poesia acima “Epitáfio para um banqueiro”, José de Paulo Paes faz uma combinação de palavras que passa a ideia do dia a dia de um banqueiro, de acordo com o poeta. A língua popular ou coloquial A língua culta ou padrão A norma-padrão Gíria Linguagem vulgar
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