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RESUMO – ANÁLISE CRÍTICA Escola Austríaca de Economia Correspondendo ao conjunto de economistas do século XIX cujo pensamento econômico era comum em diversos aspectos, a Escola Austríaca de Economia, também conhecida como Escola de Viena, foi uma das mais importantes correntes da ciência econômica de sua época. Sua denominação remete ao fato de seus principais expoentes serem austríacos e sua uniformidade de pensamento baseava-se em fundamentos e valores pertencentes a todos, como, por exemplo, a defesa de uma abordagem liberalista para a economia. A Escola Austríaca insere-se no contexto posterior à chamada Economia Clássica, com os pensadores Adam Smith (1723 – 1790) e David Ricardo (1772 – 1823) considerando economia como uma ciência autônoma, com objeto de pesquisa e metodologia próprios, além de ser fundamentada pela teoria do valor trabalho, que considera o preço de determinado produto ou serviço pelo trabalho empregado para o mesmo ser feito. Ademais, antecede Karl Marx (1818 – 1883), com sua crítica ao capitalismo e teoria socialista, cujos conceitos como "Alienação", "Revolução" e "Comunismo", são o núcleo do seu pensamento econômico e base de sua grande obra O Capital (1867) e que, embora critique o capitalismo, concorda com Smith e Ricardo em relação à teoria do valor trabalho, pois esta é fundamental dentro da teoria socialista. A concepção da Escola Austríaca ocorre após a publicação em Viena de Princípios de Economia Política (1871) por Carl Menger (1840 – 1921), de Teoria da Economia Política (1871) na Inglaterra por Willian Stanley Jevons (1835 – 1882) e Elementos de Economia Política Pura (1874) na França por Léon Walras (1834 – 1910), devido à forma como ambos manifestaram seu pensamento quanto ao capitalismo, o liberalismo e a economia de mercado, fazendo uma dura crítica ao socialismo de Marx. Assim, as contribuições austríacas foram de importante destaque e principais influentes no desenvolvimento da Teoria Neoclássica ou Marginalismo, incluindo a Lei da Utilidade Marginal Decrescente que contrapõe a teoria do valor trabalho. Além disso, seus membros afirmavam que a economia não deve se preocupar com toda a estrutura economia da sociedade, mas apenas com o indivíduo, pois entendê-lo permite compreender as leis econômicas vigentes, percebendo a variação em suas ações dependendo da época e contexto social que inabilita a possibilidade de aplicar a metodologia experimental das ciências exatas na economia. Constatou-se então, uma baixa popularidade e aceitação no meio acadêmico dessa forma de pensar a economia, devido sua aversão ao pensamento clássico, tendo, no entanto, como aspecto comum a visão de que a intervenção governamental é totalmente prejudicial em uma economia de livre mercado.
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