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Periódico de direito previdenciário

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USO DO EPI – EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL –E CONCESSÃO DE BENEFÍCIO DE APOSENTADORIA ESPECIAL
Acadêmicos
Allan Pretto da Silva
Fernando Barros Martinhago
Professor
Lucas de Costa Alberton
Escola Superior de Criciúma- ESUCRI
Direito matutino- trabalho 7º semestre
04/05/2015
1 - APOSENTADORIA ESPECIAL
A aposentadoria especial é um beneficio da previdência social, concedido aos trabalhadores que estão expostos a agentes nocivos químicos, físicos ou biológicos ou a associação desses agentes prejudiciais dentro do período mínimo exigido para a concessão do benefício. São atividades classificadas como sendo insalubres ou periculosas.
A CLT – Consolidação das Leis do Trabalho define em seu artigo 189 trabalho insalubre, “Serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos”. No mesmo texto legal o artigo 193 define o que é trabalho ou atividade perigosa,
São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco acentuado em virtude de exposição permanente do trabalhador a:       (Redação dada pela Lei nº 12.740, de 2012)
I - inflamáveis, explosivos ou energia elétrica;       (Incluído pela Lei nº 12.740, de 2012)
II - roubos ou outras espécies de violência física nas atividades profissionais de segurança pessoal ou patrimonial.       (Incluído pela Lei nº 12.740, de 2012)
§ 1º - O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa. (Incluído pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)
§ 2º - O empregado poderá optar pelo adicional de insalubridade que porventura lhe seja devido. (Incluído pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)
§ 3º Serão descontados ou compensados do adicional outros da mesma natureza eventualmente já concedidos ao vigilante por meio de acordo coletivo.       (Incluído pela Lei nº 12.740, de 2012)
§ 4o  São também consideradas perigosas as atividades de trabalhador em motocicleta. (Incluído pela Lei nº 12.997, de 2014)
Definidas insalubridade e periculosidade, e, submetendo-se o trabalhador a algumas dessas situações deve o trabalhador comprovar ter preenchido o requisito principal que é a exposição ao agente nocivo, o cidadão que desejar gozar deste benefício precisa comprovar também que trabalhou pelo tempo mínimo necessário para a concessão deste benefício, este período varia de profissão para profissão podendo ser de 15, 20 ou 25 anos.
A aposentadoria em 15 anos é devida apenas para quem trabalha em subsolo, nas frentes de serviço na extração de minério, já a aposentadoria em 20 anos é devida também para quem trabalha em subsolo, porém afastado da frente de serviço, e também para quem trabalha sob a exposição de amianto.
Por fim a aposentadoria em 25 anos é devida para todos aqueles que trabalham sob a exposição de ruídos, calor ou exposição de produtos químicos ou biológicos entre outros que prejudicam ou venham a prejudicar a saúde do trabalhador.
1.1 - PERÍODO DE CARÊNCIA
Segundo o artigo 25 da Lei 8.213 de 1991, Lei de Benefícios, independentemente da modalidade que se enquadre o trabalhador que desejar gozar do benefício de aposentadoria especial, precisa cumprir também o período de carência de 180 meses. Em outras palavras, precisa contribuir para previdência social pelo período mínimo de 15 anos para poder gozar do benefício estando exposto a esta modalidade de serviço.
De acordo com o artigo 64 do decreto 4.729 de 2003, uma vez cumprida a carência exigida e o tempo mínimo, dependendo da categoria que se enquadre, a aposentadoria especial será devida ao segurado empregado, trabalhador avulso e ao contribuinte individual, sendo que a este ultimo somente quando cooperado filiado a cooperativa de trabalho ou de produção.
Conforme o §3 do artigo 68 do decreto 3.048 de 1999: “§ 3o  A comprovação da efetiva exposição do segurado aos agentes nocivos será feita mediante formulário emitido pela empresa ou seu preposto, com base em laudo técnico de condições ambientais do trabalho expedido por médico do trabalho ou engenheiro de segurança do trabalho”.
O formulário a que se refere o §3 denomina-se Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP). Este PPP é um dos requisitos principais no momento do requerimento do benefício da aposentadoria especial, pois é por meio dele que será comprovada a efetiva exposição do segurado aos agentes nocivos a sua saúde.
De acordo com o §6 do artigo 68, do decreto 4.729 de 2003, a empresa deverá elaborar e manter atualizado o PPP, abrangendo todas as atividades desenvolvidas pelo trabalhador e fornecer a este, quando ocorrer a rescisão do contrato do trabalhador empregado ou do desligamento do cooperado, sob pena de multa.
Segundo o site da previdência social o PPP deverá ser emitido também "pela cooperativa de trabalho ou de produção, no caso de cooperado filiado; pelo órgão gestor de mão-de-obra, no caso de trabalhador avulso portuário e pelo sindicato da categoria, no caso de trabalhador avulso não portuário."
1.2 - EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
Os EPI – Equipamento de Proteção Individual são equipamentos indispensáveis em algumas atividades profissionais. Conforme o site Guia Trabalhista EPI “é todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado a proteção contra riscos capazes de ameaçar a sua segurança e a sua saúde”. Muito se tem falado ultimamente acerca da eficiência destes materiais, no sentido de haver ou não o trabalhador, exposto às atividades relacionadas como insalubres, direito à aposentadoria especial. 
O mesmo site aponta um rol dos equipamentos de proteção individual, trata-se de um rol exemplificativo, ou seja, o mais básico, haja vista que cada atividade profissional exige até mais de um destes equipamentos ou outros dependendo de sua complexidade: Proteção auditiva: abafadores de ruídos ou protetores auriculares, proteção respiratória: máscaras e filtro, proteção visual e facial: óculos e viseiras, proteção da cabeça: capacetes, proteção de mãos e braços: luvas e mangotes, proteção de pernas e pés: sapatos, botas e botinas, proteção contra quedas: cintos de segurança e cinturões. 
 2 - O USO DO EPI E A CONCESSÃO DE APOSENTADORIA ESPECIAL
De acordo com o artigo 166 da CLT, as empresas são obrigadas a fornecerem aos trabalhadores empregados, de forma gratuita, equipamento de proteção individual (EPI) adequado ao risco da atividade e em perfeito estado de conservação e funcionamento, sempre que as medidas gerais de proteção não conseguirem oferecer completa proteção ao mesmo contra os riscos de acidentes e danos a sua saúde.
Acontece que no ano de 2014 chegou ao STF a discussão se "o equipamento de proteção individual (EPI) consegue, de forma eficaz, reduzir danos ao trabalhador, haveria ainda que se falar em aposentadoria especial?".
Depois de algum tempo discutindo o STF, chegou a duas conclusões sobre o tema: 1° Se o equipamento de proteção individual (EPI) reduzir danos ao trabalhador, este não terá direito a aposentadoria especial; e 2° se o empregado comprovar que foi exposto a ruído acima dos limites legais de tolerância — como no caso de quem trabalha com equipamentos muito barulhentos —, a declaração de seu chefe sobre a eficácia do EPI no Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP), que descreve as atividades exercidas pelo funcionário, não descaracterizará o tempo de serviço especial para a aposentadoria.
Segundo Jurisprudência do TRF da 3° Região:
PREVIDENCIÁRIO. AGRAVO LEGAL. EPI EFICAZ NÃO AFASTA RECONHECIMENTO DE TEMPO DE SERVIÇO ESPECIAL. PRECEDENTES DOE. STJ E DESTA C. CORTE. AGRAVO A QUE SE NEGA PROVIMENTO. - Quanto à existência de EPI eficaz, a eventual neutralização do agente agressivo pelo uso de equipamentos de proteção individual não tem o condão de descaracterizar a natureza especial da atividade exercida, uma vez que tal tipo de equipamento não elimina os agentes nocivos à saúde que atingem o segurado em seu ambiente de trabalho, mas somente reduz seus efeitos, não sendo motivo suficiente para afastar o reconhecimento do tempo de serviço em condições especiais pretendida. Precedentes do E. STJ e desta C. Corte.
Desta decisão, nota-se que o tribunal entendeu pouco importar se o equipamento é ou não eficaz no sentido de proteção total ou redução ao trabalhador em atividade insalubre ou perigosa, o que se levou em conta foi a real execução de serviço nocivo à saúde do trabalhador, nada mais que obrigação da empresa disponibilizar o equipamento e ainda frisou que é o trabalho que é especial, seu meio de execução é o que importa para reconhecer a insalubridade.
Mas, em sentido contrário, a recente decisão do STF – Supremo Tribunal Federal – ARE 664335, provocou, novamente, discussão acerca desta matéria, visto que para uns a utilização dos equipamentos não enseja perda do direito da aposentadoria especial e para outros com a utilização dos equipamentos não poderá o trabalhador ter o direito ao benefício é o que afirma aquela corte:
RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DIREITO CONSTITUCIONAL PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA ESPECIAL. ART. 201, § 1º, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. REQUISITOS DE CARACTERIZAÇÃO. TEMPO DE SERVIÇO PRESTADO SOB CONDIÇÕES NOCIVAS. FORNECIMENTO DE EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI. TEMA COM REPERCUSSÃO GERAL RECONHECIDA PELO PLENÁRIO VIRTUAL. EFETIVA EXPOSIÇÃO A AGENTES NOCIVOS À SAÚDE. NEUTRALIZAÇÃO DA RELAÇÃO NOCIVA ENTRE O AGENTE INSALUBRE E O TRABALHADOR. COMPROVAÇÃO NO PERFIL PROFISSIOGRÁFICO PREVIDENCIÁRIO PPP OU SIMILAR. NÃO CARACTERIZAÇÃO DOS PRESSUPOSTOS HÁBEIS À CONCESSÃO DE APOSENTADORIA ESPECIAL. CASO CONCRETO. AGENTE NOCIVO RUÍDO. UTILIZAÇÃO DE EPI. EFICÁCIA. REDUÇÃO DA NOCIVIDADE. CENÁRIO ATUAL. IMPOSSIBILIDADE DE NEUTRALIZAÇÃO. NÃO DESCARACTERIZAÇÃO DAS CONDIÇÕES PREJUDICIAIS. BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO DEVIDO. AGRAVO CONHECIDO PARA NEGAR PROVIMENTO AO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. [...] 8. O risco social aplicável ao benefício previdenciário da aposentadoria especial é o exercício de atividade em condições prejudiciais à saúde ou à integridade física (CRFB/88, art. 201, § 1º), de forma que torna indispensável que o indivíduo trabalhe exposto a uma nocividade notadamente capaz de ensejar o referido dano, porquanto a tutela legal considera a exposição do segurado pelo risco presumido presente na relação entre agente nocivo e o trabalhador. 9. A interpretação do instituto da aposentadoria especial mais consentânea com o texto constitucional é aquela que conduz a uma proteção efetiva do trabalhador, considerando o benefício da aposentadoria especial excepcional, destinado ao segurado que efetivamente exerceu suas atividades laborativas em “condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física”. 10. Consectariamente, a primeira tese objetiva que se firma é: o direito à aposentadoria especial pressupõe a efetiva exposição do trabalhador a agente nocivo à sua saúde, de modo que, se o EPI for realmente capaz de neutralizar a nocividade não haverá respaldo constitucional à aposentadoria especial. 11. A Administração poderá, no exercício da fiscalização, aferir as informações prestadas pela empresa, sem prejuízo do inafastável judicial review. Em caso de divergência ou dúvida sobre a real eficácia do Equipamento de Proteção Individual, a premissa a nortear a Administração e o Judiciário é pelo reconhecimento do direito ao benefício da aposentadoria especial. Isto porque o uso de EPI, no caso concreto, pode não se afigurar suficiente para descaracterizar completamente a relação nociva a que o empregado se submete. 12. In casu, tratando-se especificamente do agente nocivo ruído, desde que em limites acima do limite legal, constata-se que, apesar do uso de Equipamento de Proteção Individual (protetor auricular) reduzir a agressividade do ruído a um nível tolerável, até no mesmo patamar da normalidade, a potência do som em tais ambientes causa danos ao organismo que vão muito além daqueles relacionados à perda das funções auditivas. [...] 13. Ainda que se pudesse aceitar que o problema causado pela exposição ao ruído relacionasse apenas à perda das funções auditivas, o que indubitavelmente não é o caso, é certo que não se pode garantir uma eficácia real na eliminação dos efeitos do agente nocivo ruído com a simples utilização de EPI, pois são inúmeros os fatores que influenciam na sua efetividade, dentro dos quais muitos são impassíveis de um controle efetivo, tanto pelas empresas, quanto pelos trabalhadores. 14. Desse modo, a segunda tese fixada neste Recurso Extraordinário é a seguinte: na hipótese de exposição do trabalhador a ruído acima dos limites legais de tolerância, a declaração do empregador, no âmbito do Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP), no sentido da eficácia do Equipamento de Proteção Individual - EPI, não descaracteriza o tempo de serviço especial para aposentadoria. [...]. (Sem grifo no original).
No mesmo sentido corrobora o artigo 194 da CLT “O direito do empregado ao adicional de insalubridade ou de periculosidade cessará com a eliminação do risco à sua saúde ou integridade física, nos termos desta Seção e das normas expedidas pelo Ministério do Trabalho”.
Desta decisão nota-se que o egrégio tribunal parece ter direcionado sua decisão no sentido de valoração subjetiva do grau de risco em que o trabalhador foi exposto. Ponto crítico, qual será a definição, ou melhor, qual o fator ou o teorema que poderá ser utilizado para valorar o quanto o trabalhador sofreu por sua atividade? Pois cada pessoa é diferente de outra, pode nesse caso, ter a capacidade de absorver mais os agentes de risco que outras. O que uma pessoa pode suportar outra pode não. Neste caso, parece, em uma análise preliminar, que não seria o melhor a se decidir, visto que nem todos os cidadãos se sujeitam a tais atividades por seu grau de risco, ou seja, coisa que nem todos estão dispostos a se submeter.
Outro ponto em discussão e levantado por Montibeller em estudo realizado no ano de 2012, é o caso dos trabalhadores que exercem atividades ao ar livre, ou seja, expostos às intempéries do tempo, como, por vezes chuva e o ponto de sua análise sob o sol, ou seja, a exposição aos raios nocivos ultravioleta.
A OJ 173 do TST – Tribunal Superior do Trabalho orienta: 
“ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. ATIVIDADE A CÉU ABERTO. EXPOSIÇÃO AO SOL E AO CALOR. (redação alterada na sessão do Tribunal Pleno realizada em 14.09.2012) – Res. 186/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012
I – Ausente previsão legal, indevido o adicional de insalubridade ao trabalhador em atividade a céu aberto, por sujeição à radiação solar (art. 195 da CLT e Anexo 7 da NR 15 da Portaria Nº 3214/78 do MTE).
II – Tem direito ao adicional de insalubridade o trabalhador que exerce atividade exposto ao calor acima dos limites de tolerância, inclusive em ambiente externo com carga solar, nas condições previstas no Anexo 3 da NR 15 da Portaria Nº 3214/78 do MTE.
Desta orientação Jurisprudencial colhe-se uma conclusão, o trabalhador exposto aos raios ultravioletas, ainda que sabido for nocivo para a saúde, não tem direito ao adicional de insalubridade, somente se comprovado ter sido exposto ao calor excessivo. Qual então será então este limite de exposição? 
Desta feita, insistimos, como e quem fará a aferição de incidência do calor necessária para então comprovar que está ou não acima dos limites de tolerância admitidos na Portaria 3214/78 do MTE – Ministério do Trabalho e Emprego. São cálculos matemáticos que não convém expô-los neste estudo. Mas que de certa forma também, a princípio, tem sua análise o quanto objetiva, aindaque tenham parâmetros de medição.
CONCLUSÃO
Diante do caso estudado percebe-se ser um assunto muito delicado de ser tratado, visto que diretamente afeta a saúde e principalmente a aposentadoria do trabalhador submetido a tais intempéries. Logicamente carece de debates, entre os poderes públicos e a sociedade, principalmente as classes de trabalhadores atingidas pela decisão um tanto inesperada. 
De qualquer forma, o posicionamento que tomamos acerca da matéria é que independentemente do EPI reduzir, porque entendemos que apenas reduz os efeitos dos agentes nocivos no trabalhador, o benefício deveria ser mantido. É muita pretensão tentar adivinhar que em um universo de trabalhadores qual sofreu mais ou menos os efeitos do agente nocivo a que esteve submetido, quiçá estender a todos a extinção do direito. 
No mais, entendemos ser discutível e válidos ensaios de laboratórios que visem o aperfeiçoamento dos EPI, bem como das técnicas de trabalhos insalubres ou perigosos. Alguns, todavia, não tem como deixar de serem perigosos por sua natureza, como o vigilante, não meio que se possa utilizar ou inventar para reduzir seu risco. Mas acreditamos que outras atividades possam ter seus efeitos reduzidos por meio de novas técnicas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
RODAS, Sérgio. Redução da insalubridade. Uso de equipamento de proteção individual pode afastar aposentadoria especial. Consultor Jurídico. Disponível em: <http://www.conjur.com.br/2014-dez-12/uso-epi-afastar-aposentadoria-especial-reduza-danos>. Acesso em 02 de maio de 2015.
NASCIMENTO, Luciano. O uso de EPI pode retirar direito de aposentadoria especial, decide STF. Agência Brasil. Disponível em: <http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2014-12/uso-de-epi-pode-retirar-direito-aposentadoria-especial-decide-stf>. Acesso em 02 de maio de 2015.
Lei de Benefícios. www.planalto.gov.br. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm>. Acesso em 29 de abril de 2015.
Aposentadoria especial. agencia.previdencia.gov.br. Disponível em: <http://agencia.previdencia.gov.br/e-aps/servico/345>. Acesso em 29 de abril de 2015.
DECRETO Nº 4.729 - DE 9 DE JUNHO DE 2003. www.portaltributário.com.br. Disponível em: <http://www.portaltributario.com.br/legislacao/decreto4729_2003.htm>. Acesso em 30 de abril de 2015.
LEI Nº 6.514, DE 22 DE DEZEMBRO DE 1977. www.planalto.gov.br. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6514.htm>. Acesso em 02 de maio de 2015.
Consolidação das leis do trabalho. www.planalto.gov.br. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htm>. Acesso em 28 de abril de 2015.
DOBROVOLSKI, Marlene. WITKOWSKI, Valkiria. ATAMANCZUK, Mauricio João. 4º Encontro de engenharia e tecnologia dos campos gerais. Agosto de 2008. Segurança no trabalho: uso do EPI. Disponível em: < http://www.4eetcg.uepg.br/oral/56_2.pdf>. Acesso em 04 de maio de 2015.
TRF-3 - APELAÇÃO CÍVEL: AC 00018485620134036140 SP. www.jusbrasil.com.br. Disponível em: <http://trf-3.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/178122002/apelacao-civel-ac-18485620134036140-sp>. Acesso em 08 de maio de 2015.
MONTIBELLER, Bárbara. Direito ao adicional de insalubridade nas atividades a céu aberto com exposição aos raios solares. www.egov.ufsc.br. Disponível em: <http://www.egov.ufsc.br/portal/conteudo/direito-ao-adicional-de-insalubridade-nas-atividades-c%C3%A9u-aberto-com-exposi%C3%A7%C3%A3o-aos-raios-sol>. Acesso em 11 de maio de 2015.
Orientação Jurisprudencial da SD-1. www3.tst.jus.br. Disponível em: <http://www3.tst.jus.br/jurisprudencia/OJ_SDI_1/n_s1_161.htm>. Acesso em 11 de maio de 2015.
TAFNER, Elizabeth Penzlier e Da Silva, Everaldo. Metodologia do Trabalho Acadêmico. Portal Acadêmico Uniasselvi. Disponível em: <HTTPS://www.uniasselvi.com.br/aprendizagem/0-2.0/index.php>. Ed. Uniasselvi, Indaial 2012. Acesso em 10 de maio de 2015.

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