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Apostila para Concurso - Assistente Administrativo - Nova Concursos

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Instituto Federal de Educação, Ciência, e Tecnologia Goiano
IF-GOIANO
Assistente em Administração
Edital Nº 35/2018
DZ067-2018
DADOS DA OBRA
Título da obra: Instituto Federal de Educação, Ciência, e Tecnologia Goiano - IF-GOIANO
Cargo: Assistente em Administração
(Baseado no Edital Nº 35/2018)
• Língua Portuguesa
• Matemática 
• Informática
• Conhecimentos Específicos
Gestão de Conteúdos
Emanuela Amaral de Souza
Diagramação/ Editoração Eletrônica
Elaine Cristina
Thais Regis
Produção Editorial
Leandro Filho
Capa
Joel Ferreira dos Santos
APRESENTAÇÃO
CURSO ONLINE
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Desejamos-lhe muito sucesso nesta nova etapa da sua vida! 
Obrigado e bons estudos!
*Índice de aprovação baseado em ferramentas internas de medição.
PASSO 1
Acesse:
www.novaconcursos.com.br/passaporte
PASSO 2
Digite o código do produto no campo indicado no 
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O código encontra-se no verso da capa da apostila.
*Utilize sempre os 8 primeiros dígitos.
Ex: FV054-18
PASSO 3
Pronto!
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SUMÁRIO
Língua Portuguesa
1. Interpretação textual: efeitos de sentido, hierarquia dos sentidos do texto, situação comunicativa, pressuposição, 
inferência, ambiguidade, ironia, figurativização, polissemia, intertextualidade, linguagem não-verbal. .............................. 01
2. Modos de organização do texto: descrição, narração, exposição, argumentação, diálogo e esquemas retóricos 
(enumeração de ideias, relações de causa e consequência, comparação, gradação, oposição etc.). ................................... 01
3. Estrutura textual: progressão temática, parágrafo, período, oração, pontuação, tipos de discurso, mecanismos de 
estabelecimento da coerência, coesão lexical e conexão sintática. ................................................................................................... 36
4. Gêneros textuais: editorial, notícia, reportagem, resenha, crônica, carta, artigo de opinião, relatório, parecer, ofício, 
charge, tira, pintura, placa, propaganda institucional/educacional etc. ........................................................................................... 58
5. Estilo e registro: variedades linguísticas, formalidade e informalidade, formas de tratamento, propriedade lexical, 
adequação comunicativa. ....................................................................................................................................................................................63
6. Língua padrão: ortografia, regência, concordância nominal e verbal, flexão verbal e nominal, pronome, advérbio, 
adjetivo, conjunção, preposição. ....................................................................................................................................................................... 73
Matemática 
1. Conjuntos Numéricos: Números naturais e números inteiros: operações, relação de ordem, divisibilidade, máximo 
divisor comum e mínimo múltiplo comum; Números fracionários e decimais: operações, relação de ordem, propriedades 
e valor absoluto. .......................................................................................................................................................................................................01
2. Razão e Proporção: Grandezas diretamente e inversamente proporcionais; Regra de três simples e composta; 
Porcentagem; Juros simples e composto. ...................................................................................................................................................... 11
3. Funções: Conceito e representação gráfica de funções afim, quadrática e modular. ............................................................. 25
4. Sistemas de equações lineares com duas incógnitas: Resolução, discussão e representação geométrica. ................... 33
5. Geometria: Figuras geométricas planas: ângulos, retas, polígonos, circunferências e círculos; Relações métricas nos 
polígonos; Perímetro de polígono e comprimento de circunferência; Área de polígono e do círculo. ................................ 38
6. Noções de Estatística: Apresentação de dados estatísticos: tabelas e gráficos. Medidas de centralidade: média 
aritmética, média ponderada, mediana e moda ......................................................................................................................................... 70
7. Geometria Espacial: Poliedros e Corpos Redondos, Relações métricas nas formas geométricas espaciais ................... 80
8. Geometria Analítica: Ponto e Reta................................................................................................................................................................ 87
9. Análise Combinatória: Princípio Fundamental da Contagem, Arranjo Simples, Permutação Simples, Combinação 
Simples. ........................................................................................................................................................................................................................95
10. Probabilidade. ....................................................................................................................................................................................................95
Informática
1. Sistemas operacionais Windows: recursos básicos de utilização: janelas, menus, atalhos, ajuda e suporte 
gerenciamento de pastas e arquivos; pesquisas e localização de conteúdo; gerenciamento de impressão; instalação e 
remoção de programas; configuração no Painel de Controle; configuração de dispositivos de hardware; configuração 
de aplicativos. ............................................................................................................................................................................................................01
2. Aplicativos para edição de textos, planilha eletrônica e editor de apresentação por meio de software livre e de software 
comercial: ambiente do software; operações básicas com documentos; edição e formatação do texto; tratamento de 
fontes de texto; verificação ortográfica e gramatical; impressão; utilização de legendas, índices e figuras. ...................... 21
3. Navegadores de Internet e serviços de busca na Web: redes de computadores e Internet; elementos da interface 
dos principais navegadores de Internet; navegação e exibição de sítios Web; utilização e gerenciamento dos principais 
navegadores de Internet. ......................................................................................................................................................................................55
4.Hardware, periféricos e conhecimentos básicos de informática: tipos de computador; tipos de conectores para 
dispositivos externos; dispositivos de entrada, saída, armazenamento e comunicação de dados. ........................................ 01
SUMÁRIO
ConhecimentosEspecíficos
Fundamentos da Administração: processo administrativo (planejamento, organização, direção e controle); desempenho 
organizacional (produtividade, eficiência, eficácia e efetividade); ....................................................................................................... 01
Rotinas administrativas e de escritório; .......................................................................................................................................................... 10
Comunicação organizacional; organização, sistemas e métodos; stakeholders da organização; ........................................... 11
Ética na administração; responsabilidade social e ambiental; conceitos básicos de sustentabilidade organizacional. .. 20
Documentação e Arquivo: organização de arquivo; modelos de arquivos; técnicas e métodos de arquivamento. ........ 26
Noções sobre tecnologias da informação. .................................................................................................................................................... 50
Funções Organizacionais: gestão de pessoas; orçamento e finanças; patrimônio; materiais; compras no serviço público 
e logística. ...................................................................................................................................................................................................................50
Gestão da Qualidade. .............................................................................................................................................................................................72
Gestão de Serviços. .................................................................................................................................................................................................90
Gestão Financeira. .................................................................................................................................................................................................100
Gestão de Recursos Humanos. .........................................................................................................................................................................101
Gestão de Recursos Materiais. ..........................................................................................................................................................................105
Comunicação Organizacional. ..........................................................................................................................................................................107
Noções de Contabilidade. ..................................................................................................................................................................................115
Orçamento Público. ..............................................................................................................................................................................................116
Classificação de despesas e receitas. .............................................................................................................................................................124
Administração Pública: princípios; ..................................................................................................................................................................125
Atos e poderes da administração pública....................................................................................................................................................129
Legislação: Lei n. 8.112/1990 - Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União, das Autarquias e das Fundações 
Públicas Federais e Lei n. 11.091, de 12 de janeiro de 2005 e alterações posteriores; ..............................................................147
Lei n. 8.666/93 - normas gerais sobre licitações e contratos administrativos pertinentes a obras, serviços (inclusive de 
publicidade), compras, alienações e locações no âmbito dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios; ...............................................................................................................................................................................................................186
Decreto n. 5.450/2005 e Lei n. 10.520/2002 - Aquisições e contratações por Pregão Eletrônico; ........................................218
Decreto n. 7.892/2013 - Sistema de Registro de Preços. .......................................................................................................................225
Redação empresarial e oficial. ..........................................................................................................................................................................230
Administração Geral. ............................................................................................................................................................................................253
Correspondência. ...................................................................................................................................................................................................230
LÍNGUA PORTUGUESA
1. Interpretação textual: efeitos de sentido, hierarquia dos sentidos do texto, situação comunicativa, pressuposição, 
inferência, ambiguidade, ironia, figurativização, polissemia, intertextualidade, linguagem não-verbal. .............................. 01
2. Modos de organização do texto: descrição, narração, exposição, argumentação, diálogo e esquemas retóricos 
(enumeração de ideias, relações de causa e consequência, comparação, gradação, oposição etc.). ................................... 01
3. Estrutura textual: progressão temática, parágrafo, período, oração, pontuação, tipos de discurso, mecanismos de 
estabelecimento da coerência, coesão lexical e conexão sintática. ................................................................................................... 36
4. Gêneros textuais: editorial, notícia, reportagem, resenha, crônica, carta, artigo de opinião, relatório, parecer, ofício, 
charge, tira, pintura, placa, propaganda institucional/educacional etc. ........................................................................................... 58
5. Estilo e registro: variedades linguísticas, formalidade e informalidade, formas de tratamento, propriedade lexical, 
adequação comunicativa. ....................................................................................................................................................................................63
6. Língua padrão: ortografia, regência, concordância nominal e verbal, flexão verbal e nominal, pronome, advérbio, 
adjetivo, conjunção, preposição. ....................................................................................................................................................................... 73
1
LÍNGUA PORTUGUESA
1. INTERPRETAÇÃO TEXTUAL: EFEITOS DE 
SENTIDO, HIERARQUIA DOS SENTIDOS 
DO TEXTO, SITUAÇÃO COMUNICATIVA, 
PRESSUPOSIÇÃO, INFERÊNCIA, 
AMBIGUIDADE, IRONIA, FIGURATIVIZAÇÃO, 
POLISSEMIA, INTERTEXTUALIDADE, 
LINGUAGEM NÃO-VERBAL.
2. MODOS DE ORGANIZAÇÃO DO TEXTO: 
DESCRIÇÃO, NARRAÇÃO, EXPOSIÇÃO, 
ARGUMENTAÇÃO, DIÁLOGO E ESQUEMAS 
RETÓRICOS (ENUMERAÇÃO DE IDEIAS, 
RELAÇÕES DE CAUSA E CONSEQUÊNCIA, 
COMPARAÇÃO, GRADAÇÃO, OPOSIÇÃO 
ETC.). 
Leia o texto abaixo de Franz Kafka, O silêncio das sereias:
Prova de que até meios insuficientes - infantis mesmo 
podem servir à salvação:
Para se defender da sereias, Ulisses tapou o ouvidos 
com cera e se fez amarrar ao mastro. Naturalmente - e 
desde sempre - todos os viajantes poderiam ter feito coisa 
semelhante, exceto aqueles a quem as sereias já atraíam 
à distância;mas era sabido no mundo inteiro que isso não 
podia ajudar em nada. O canto das sereias penetrava tudo 
e a paixão dos seduzidos teria rebentado mais que cadeias e 
mastro. Ulisses porém não pensou nisso, embora talvez tivesse 
ouvido coisas a esse respeito. Confiou plenamente no punhado 
de cera e no molho de correntes e, com alegria inocente, foi ao 
encontro das sereias levando seus pequenos recursos.
As sereias entretanto têm uma arma ainda mais terrível 
que o canto: o seu silêncio. Apesar de não ter acontecido 
isso, é imaginável que alguém tenha escapado ao seu canto; 
mas do seu silêncio certamente não. Contra o sentimento 
de ter vencido com as próprias forças e contra a altivez daí 
resultante - que tudo arrasta consigo - não há na terra o que 
resista.
E de fato, quando Ulisses chegou, as poderosas cantoras 
não cantaram, seja porque julgavam que só o silêncio poderia 
conseguir alguma coisa desse adversário, seja porque o ar de 
felicidade no rosto de Ulisses - que não pensava em outra 
coisa a não ser em cera e correntes - as fez esquecer de todo 
e qualquer canto.
Ulisses no entanto - se é que se pode exprimir assim - 
não ouviu o seu silêncio, acreditou que elas cantavam e que 
só ele estava protegido contra o perigo de escutá-las. Por 
um instante, viu os movimentos dos pescoços, a respiração 
funda, os olhos cheios de lágrimas, as bocas semiabertas, 
mas achou que tudo isso estava relacionado com as árias 
que soavam inaudíveis em torno dele. Logo, porém, tudo 
deslizou do seu olhar dirigido para a distância, as sereias 
literalmente desapareceram diante da sua determinação, e 
quando ele estava no ponto mais próximo delas, já não as 
levava em conta.
Mas elas - mais belas do que nunca - esticaram o corpo 
e se contorceram, deixaram o cabelo horripilante voar livre 
no vento e distenderam as garras sobre os rochedos. Já 
não queriam seduzir, desejavam apenas capturar, o mais 
longamente possível, o brilho do grande par de olhos de 
Ulisses.
Se as sereias tivessem consciência, teriam sido então 
aniquiladas. Mas permaneceram assim e só Ulisses escapou 
delas.
De resto, chegou até nós mais um apêndice. Diz-se 
que Ulisses era tão astucioso, uma raposa tão ladina, que 
mesmo a deusa do destino não conseguia devassar seu 
íntimo. Talvez ele tivesse realmente percebido - embora isso 
não possa ser captado pela razão humana - que as sereias 
haviam silenciado e se opôs a elas e aos deuses usando como 
escudo o jogo de aparências acima descrito.
(KAFKA, Franz. O silêncio das sereias. In. http://
almanaque.folha.uol.com.br/kafka2.htm)
O que nos diz Franz Kafka a respeito do silêncio das 
sereias? Por que o silêncio seria mais mortal do que o seu 
canto?
Ler um texto é muito mais do que decodificar um 
código, entender seu vocabulário. Isso porque o conjunto 
de palavras que compõem um texto são organizados de 
modo a produzir uma mensagem. Há várias formas de 
se ler um texto. Iniciamos primeiramente pela camada 
mais superficial, que é justamente o início da “tradução” 
do vocabulário apresentado. Compreendidas as palavras, 
ainda nesse primeiro momento, verificamos qual tipo de 
texto se trata: matéria de jornal, conto, poema. Entretanto, 
ainda assim não lemos esse conjunto de palavras em sua 
plenitude, isso porque ler é, antes de mais nada, interpretar.
A palavra interpretação significa, literalmente, explicar 
algo para si e para o outro. E explicar, outra palavra 
importante numa leitura, consiste em desdobrar algo que 
estava dobrado. Assim sendo, podemos entender que ler 
um texto é interpretá-lo, e para tanto se faz necessário 
desdobrar suas camadas, suas palavras, até fazê-las suas, 
para assim chegar a uma camada mais profunda do que a 
inicial – a da mera “tradução” das palavras.
Um texto é sempre escrito por alguém. Um autor, 
quando lança as palavras num papel, faz na intenção de 
passar uma mensagem específica para o leitor. Muitas vezes 
temos dificuldades em captar qual a mensagem ele está 
tentando nos dizer. Entretanto, algo é sempre importante 
lembrar: textos são feitos de palavras, e todas as ferramentas 
para se entender o texto estão no próprio texto, no modo 
como o autor organizou as palavras entre si.
Tudo isso pode ser resumido numa simples frase: texto 
é uma composição estruturada em camadas de sentido. 
Da mesma forma que para conhecer uma casa é preciso 
adentrá-la e entender sua estrutura, compreender um texto 
é decompô-lo, camada a camada, desde o conhecimento 
da autoria até o sentido final. Isso requer uma atitude ativa 
do leitor, e não meramente passiva.
Você já se perguntou por que em concursos públicos e 
vestibulares é sempre exigida interpretação textual? Pense. 
Não basta apenas conhecer as regras gramaticais de uma 
língua, também é importante entender os sentidos que essa 
2
LÍNGUA PORTUGUESA
língua pode expressar. Se não conseguimos interpretar um 
texto, como conseguiremos interpretar o mundo em que 
vivemos?
Assim sendo, ler o texto se faz da mesma forma que se 
lê o mundo: a partir de suas peculiaridades, ultrapassando 
a camada mais ingênua da vida e do texto, entendo as 
entrelinhas da mensagem, ou seja, o que está subentendido.
Quando falamos de leitura, falamos antes de níveis de 
leitura, pois é a partir desse processo que alcançamos uma 
interpretação efetiva. Vejamos:
1 – Níveis de leitura
a) Primeiro Nível – é o mais superficial e consiste em 
iniciar o aprendizado dos significados das palavras. É o 
próprio ato de decodificação de uma língua. Nesse nível 
ainda não é possível realizar a interpretação de um texto, 
já que não se possui ainda familiaridade com os sentidos 
de uma palavra.
b) Segundo Nível – é o contato mais familiar com um 
texto, através do conhecimento de qual gênero se trata 
(notícia, conto, poema), do seu autor e dos benefícios que 
essa leitura poderia trazer. Imagine você uma livraria. Há 
vários exemplares para escolher. Então você analisa o título 
do livro, o autor, lê rapidamente a contracapa e também 
um trecho do livro. O segundo nível da leitura diz respeito 
a essa primeira familiarização com um texto.
c) Terceiro Nível – é o momento da leitura 
propriamente dita. O primeiro passo é entender em 
qual gênero se encontram as palavras. Se forem textos 
de ficção (como conto, romance) devemos nos atentar 
às falas e ações das personagens. Caso se trate de uma 
crônica ou texto de opinião, é importante prestar atenção 
no vocabulário utilizado pelo autor, pois nestes gêneros as 
palavras são escolhidas minuciosamente a fim de explicitar 
um determinado sentido. Quando se tratar de um poema, 
também é importante analisar o vocabulário do poeta, 
lembrando-se que na poesia a mensagem sempre diz mais 
do que parece dizer.
No momento de interpretar um texto, geralmente 
ultrapassamos o terceiro nível da leitura, chegando ao 
quarto e quinto, quando precisamos reler o material em 
questão, centrando-se em partes específicas. Frente as 
perguntas de interpretação, cuidado com as opções 
muito generalizadoras, estas tentam confundir o leitor, já 
que representam apenas leituras superficiais do assunto. 
Por isso mesmo, sempre muita atenção no momento da 
leitura, para que não caia nas famosas “pegadinhas” dos 
avaliadores.
2) Ideia central
Um texto sempre apresenta uma ideia central e, muitas 
vezes, na primeira leitura não a captamos. Assim, algumas 
estratégias são válidas para atingir esse propósito.
1) Qual o gênero textual?
2) O texto poderia ser resumido numa frase, qual?
3) A frase representa a ideia central, qual é essa ideia?
4) Como o autor desenvolve essa ideia ao longo do 
texto?
5) Quais as palavras mais recorrentes nesse texto?
Caso você consiga responder essas perguntas 
certamente você terá as ferramentas necessárias para 
interpretar o texto.
Utilizemos como exemplo o texto de FranzKafka citada 
anteriormente. Leia o texto novamente. Agora responda as 
questões:
1) Qual o gênero textual?
Trata-se de um conto, ou seja, um texto de ficção.
2) O texto poderia ser resumido numa frase, qual?
Utilizando as palavras do autor: As sereias entretanto 
têm uma arma ainda mais terrível que o canto: o seu silêncio
3) A frase representa a ideia centra, qual é essa ideia?
O autor parece nos dizer que o silêncio é mais mortal 
que a própria fala, ou seja, pode ferir mais.
4) Como o autor desenvolve essa ideia ao longo do 
texto?
a) Muitos já escaparam do canto das sereias, nunca do 
seu silêncio;
b) Quando o herói Ulisses passa pelas sereias, elas não 
cantam, precisam de uma arma maior;
c) Ulisses foi mais astuto que as sereias – frente o 
silêncio mortal que elas lançavam, ele o ignorou, usando a 
mesma arma do inimigo para enfrentá-lo.
5) Quais as palavras mais recorrentes no texto?
Silêncio, canto, sereias, Ulisses, herói, astucioso.
Assim sendo, o texto que inicialmente parecia 
enigmático, após as respostas das perguntas sugeridas, 
parece mais claro. Ou seja, Franz Kafka se utiliza da ficção 
para nos dizer que a indiferença é uma arma mais mortal 
que o próprio enfrentamento.
Analisemos agora um poema, um dos mais conhecidos 
da literatura brasileira, No meio do caminho, de Carlos 
Drummond de Andrade:
No Meio do Caminho – Carlos Drummond de 
Andrade
No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.
Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra
(ANDRADE, Carlos Drummond de. No meio do 
caminho. In. http://www.revistabula.com/391-os-dez-
melhores-poemas-de-carlos-drummond-de-andrade/)
3
LÍNGUA PORTUGUESA
A mensagem parece simples, mas se trata de um 
poema. Quando precisamos interpretar esse tipo de 
gênero, é essencial perceber que as palavras dizem mais do 
que o senso comum, por isso se faz importante interpretá-
las com cuidado. Vamos às perguntas sugeridas:
1) Qual o gênero textual?
Poema
2) O texto poderia ser resumido numa frase, qual?
Tinha uma pedra no meio do caminho
3) A frase representa a ideia central, qual é essa ideia?
Pedra no caminho é uma frase de sentido popular que 
significa dificuldade. O poeta parece usar uma frase banal 
num poema para indicar que pedra é muito mais do que 
pedra, é uma dificuldade.
4) Como o autor desenvolve essa ideia ao longo do 
texto?
Através da repetição da frase “tinha uma pedra no 
meio caminho”. Escrito diversas vezes, soa como uma lição 
a ser aprendida.
5) Quais as palavras mais recorrentes nesse texto?
Pedra, meio, caminho
Quando realizamos essas perguntas, paramos para 
refletir sobre a mensagem do texto em questão. E mais, 
quando precisamos interpretar um texto, após a leitura 
inicial, é necessário ler detalhadamente cada parte (seja 
parágrafo, estrofe) e assim construir passo a passo o 
“desdobramento” do texto.
3) Dicas importantes para uma interpretação de 
texto
- Faça uma leitura inicial, a fim de se familiarizar com o 
vocabulário e o conteúdo;
- Não interrompa a leitura caso encontre palavras 
desconhecidas, tente inicialmente fazer uma leitura geral;
- Faça uma nova leitura, tentando captar as entrelinhas 
do texto, ou seja, a intenção do autor ao escrever esse 
material;
- Lembre-se que no texto não estão as suas ideias, 
e sim as do autor, por isso cuidado para não interpretar 
segundo o seu ponto de vista;
- Nas questões interpretativas, atente para as 
alternativas generalizadoras, as que apresentam palavras 
como sempre, nunca, certamente, todo, tudo, geralmente 
tentem confundir aquele que realiza uma leitura mais 
superficial;
- Das alternativas propostas, haverá uma completamente 
sem sentido (para captar o leitor mais desatento) e duas 
mais convincentes. Para escolher a correta, procure no 
texto indícios que a fundamente.
EXERCÍCIOS
1. De acordo com o ditado popular “invejoso nunca 
medrou, nem quem perto dele morou”,
a) o invejoso nunca teve medo, nem amedronta seus 
vizinhos;
b) enquanto o invejoso prospera, seus vizinhos 
empobrecem;
c) o invejoso não cresce e não permite o crescimento 
dos vizinhos;
d) o temor atinge o invejoso e também seus vizinhos;
e) o invejoso não provoca medo em seus vizinhos.
2. Leia e responda:
“O destino não é só dramaturgo, é também o seu 
próprio contra-regra, isto é, designa a entrada dos 
personagens em cena, dá-lhes as cartas e outros objetos, e 
executa dentro os sinais correspondentes ao diálogo, uma 
trovoada, um carro, um tiro.”
Assinale a alternativa correta sobre esse fragmento 
deD. Casmurro, de Machado de Assis:
a) é de caráter narrativo;
b) é de caráter reflexivo;
c) evita-se a linguagem figurada;
d) é de caráter descritivo;
e) não há metalinguagem.
3. “Tão barato que não conseguimos nem contratar 
uma holandesa de olhos azuis para este anúncio.”
No texto, a orientação semântica introduzida pelo 
termo nem estabelece uma relação de:
a) exclusão;
b) negação;
c) adição;
d) intensidade;
e) alternância.
Texto para a questão 4.
– Ah, não sabe? Não o sabes? Sabes-lo não?
– Esquece.
– Não. Como “esquece”? Você prefere falar errado? E o 
certo é “esquece” ou “esqueça”? Ilumine-me. Mo
diga. Ensines-lo-me, vamos.
– Depende.
– Depende. Perfeito. Não o sabes. Ensinar-me-lo-ias se 
o soubesses, mas não sabes-o.
– Está bem. Está bem. Desculpe. Fale como quiser.
(L. F. Veríssimo,Jornal do Brasil, 30/12/94)
4. O texto tem por finalidade:
a) satirizar a preocupação com o uso e a colocação das 
formas pronominais átonas;
b) ilustrar ludicamente várias possibilidades de 
combinação de formas pronominais;
c) esclarecer pelo exemplo certos fatos da concordância 
de pessoa gramatical;
4
LÍNGUA PORTUGUESA
d) exemplificar a diversidade de tratamentos que é 
comum na fala corrente.
e) valorizar a criatividade na aplicação das regras de 
uso das formas pronominais.
5. Bem cuidado como é, o livro apresenta alguns 
defeitos. Começando com “O livro apresenta alguns 
defeitos”, o sentido da frase não será alterado se continuar 
com:
a) desde que bem cuidado;
b) contanto que bem cuidado;
c) à medida que é bem cuidado;
d) tanto que é bem cuidado;
e) ainda que bem cuidado.
Texto para as questões 6 e 7.
“Eu considerei a glória de um pavão ostentando o 
esplendor de suas cores; é um luxo imperial. Mas andei 
lendo livros, e descobri que aquelas cores todas não 
existem na pena do pavão. Não há pigmentos. O que há 
são minúsculas bolhas d’água em que a luz se fragmenta, 
como em um prisma. O pavão é um arco-íris de plumas.
Eu considerei que este é o luxo do grande artista, atingir 
o máximo de matizes com um mínimo de elementos.
De água e luz ele faz seu esplendor, seu grande 
mistério é a simplicidade. Considerei, por fim, que assim é o 
amor, oh minha amada; de tudo que ele suscita e esplende 
e estremece e delira em mim existem apenas meus olhos 
recebendo a luz do teu olhar. Ele me cobre de glórias e me 
faz magnífico.”
(Rubem Braga,200 Crônicas Escolhidas)
6. Nas três “considerações” do texto, o cronista preserva, 
como elemento comum, a idéia de que a sensação de 
esplendor:
a) ocorre de maneira súbita, acidental e efêmera;
b) é uma reação mecânica dos nossos sentidos 
estimulados;
c) decorre da predisposição de quem está apaixonado;
d) projeta-se além dos limites físicos do que a motivou;
e) resulta da imaginação com que alguém vê a si 
mesmo.
7. Atente para as seguintes afirmações:
I - O esplendor do pavão e o da obra de arte implicam 
algum grau de ilusão.
II - O ser que ama sente refletir em si mesmo um 
atributo do ser amado.III - O aparente despojamento da obra de arte oculta 
os recursos complexos de sua elaboração.
De acordo com o que o texto permite deduzir, apenas:
a) as afirmações I e III estão corretas;
b) as afirmações I e II estão corretas;
c) as afirmações II e III estão corretas;
d) a afirmação I está correta;
e) a afirmação II está correta.
Texto para as questões 8 e 9.
“Em nossa última conversa, dizia-me o grande 
amigo que não esperava viver muito tempo, por ser um 
“cardisplicente”.
– O quê?
– Cardisplicente. Aquele que desdenha do próprio 
coração.
Entre um copo e outro de cerveja, fui ao dicionário.
– “Cardisplicente” não existe, você inventou – triunfei.
– Mas seu eu inventei, como é que não existe? – 
espantou-se o meu amigo.
Semanas depois deixou em saudades fundas 
companheiros, parentes e bem-amadas. Homens de bom 
coração não deveriam ser cardisplicentes.”
8. Conforme sugere o texto, “cardisplicente” é:
a) um jogo fonético curioso, mas arbitrário;
b) palavra técnica constante de dicionários 
especializados;
c) um neologismo desprovido de indícios de 
significação;
d) uma criação de palavra pelo processo de composição;
e) termo erudito empregado para criar um efeito 
cômico.
9. “– Mas se eu inventei, como é que não existe?”
Segundo se deduz da fala espantada do amigo do 
narrador, a língua, para ele, era um código aberto:
a) ao qual se incorporariam palavras fixadas no uso popular;
b) a ser enriquecido pela criação de gírias;
c) pronto para incorporar estrangeirismos;
d) que se amplia graças à tradução de termos científicos;
e) a ser enriquecido com contribuições pessoais.
Texto para as questões 10 e 11.
“A triste verdade é que passei as férias no calçadão 
do Leblon, nos intervalos do novo livro que venho 
penosamente perpetrando. Estou ficando cobra em 
calçadão, embora deva confessar que o meu momento 
calçadônido mais alegre é quando, já no caminho de volta, 
vislumbro o letreiro do hotel que marca a esquina da rua 
onde finalmente terminarei o programa-saúde do dia. Sou, 
digamos, um caminhante resignado. Depois dos 50, a gente 
fica igual a carro usado, é a suspensão, é a embreagem, é o 
radiador, é o contraplano do rolabrequim, é o contrafarto do 
mesocárdio epidítico, a falta da serotorpina folimolecular, 
é o que mecânicos e médicos disseram. Aí, para conseguir 
ir segurando a barra, vou acatando os conselhos. Andar 
é bom para mim, digo sem muita convicção a meus 
entediados botões, é bom para todos.”
(João Ubaldo Ribeiro,O Estado de S. Paulo, 6/8/95)
10. No período que se inicia em “Depois dos 50...”, o 
uso de termos (já existentes ou inventados) referentes a 
áreas diversas tem como resultado:
a) um tom de melancolia, pela aproximação entre um 
carro usado e um homem doente;
b) um efeito de ironia, pelo uso paralelo de termos da 
medicina e da mecânica;
5
LÍNGUA PORTUGUESA
c) uma certa confusão no espírito do leitor, devido à 
apresentação de termos novos e desconhecidos;
d) a invenção de uma metalinguagem, pelo uso de 
termos médicos em lugar de expressões corriqueiras;
e) a criação de uma metáfora existencial, pela oposição 
entre o ser humano e objetos.
11. Na frase “Aí, para conseguir ir segurando a barra, vou 
acatando os conselhos...”. Aí será corretamente substituído, 
de acordo com seu sentido no texto, por:
a) Nesse lugar
b) Nesse instante
c) Contudo
d) Em conseqüência
e) Ao contrário
12. A prosopopéia, figura que se observa no verso 
“Sinto o canto da noite na boca do vento”, ocorre em:
a) “A vida é uma ópera e uma grande ópera.”
b) “Ao cabo tão bem chamado, por Camões, de 
‘Tormentório’, os portugueses apelidaram-no de ‘Boa 
Esperança’.”
c) “Uma talhada de melancia, com seus alegres caroços.”
d) “Oh! eu quero viver, beber perfumes, Na flor silvestre, 
que embalsama os ares.”
e) “A felicidade é como a pluma...”
13.
Folha: De todos os ditados envolvendo o seu nome, 
qual o que mais lhe agrada?
Satã: O diabo ri por último.
Folha: Riu por último.
Satã: Se é por último, o verbo não pode vir no passado.
(O Inimigo Cósmico, Folha de S. Paulo, 3/9/95)
Rejeitando a correção ao ditado, Satã mostra ter usado 
o presente do indicativo com o mesmo valor que tem em:
a) Romário recebe a bola e chuta. Gooool!
b) D. Pedro, indignado, ergue a espada e dá o brado de 
independência.
c) Todo dia ela fez tudo sempre igual.
d) O quadrado da hipotenusa é igual à soma dos 
quadrados dos catetos.
e) Uma manhã destas, Jacinto, apareço no 202 para 
almoçar contigo.
14. Reflita sobre o diálogo abaixo:
X – Seu juízo melhorou?
Y – Bom... é o que diz nosso psiquiatra.
Em Y:
(1)Bomnão se classifica como adjetivo.
(2)éedizestão conjugados no mesmo tempo.
(3)oé pronome demonstrativo.
(4)psiquiatraé o núcleo do sujeito.
Somando-se os números à esquerda das declarações 
corretas com referência a Y, o resultado é:
a) 6
b) 7
c) 8
d) 9
e) 10
15. “(...) a gíria desceu o morro e já ganhou rótulo de 
linguagem urbana. A gíria é hoje o segundo idioma do 
brasileiro. Todas as classes sociais a utilizam.”
(Rodrigues, Kanne. Língua Solta.O Povo. Fortaleza, 
30/12/93. Caderno B, p. 6)
Assinale a letra em que não se emprega o fenômeno 
lingüístico tratado no texto.
a) A linguagem tida como padrão, galera, é a das 
classes sociais de maior prestígio econômico e cultural 
b) Gíria não é linguagem só de marginal, como pensam 
alguns indivíduos desinformados.
c) Apesar de efêmera e descartável, a gíria é um barato 
que enriquece o idioma.
d) “A gíria enriquece tanto a linguagem como o poder 
de interação entre as comunidades. Sacou?!”
e) O economista começou a falar em indexação, 
quando rolava um papo super cabeça sobre babados mil.
(Exercícios retirados de http://soldosana.blogspot.com.
br/2012/03/simulado-portugues-iii-20-questoes-com.html)
GABARITO
01. C 02. B 03. B 04. A 05. E 06. C 07. D 08. C 09. E 10. B
11. C 12. C13. E 14. E 15. B
PRESSUPOSTOS E SUBENTENDIDOS.
Texto:
“Neto ainda está longe de se igualar a qualquer um des-
ses craques (Rivelino, Ademir da Guia, Pedro Rocha e Pelé), 
mas ainda tem um longo caminho a trilhar (...).”
Veja São Paulo, 26/12/1990, p. 15.
Esse texto diz explicitamente que:
- Rivelino, Ademir da Guia, Pedro Rocha e Pelé são cra-
ques;
- Neto não tem o mesmo nível desses craques;
- Neto tem muito tempo de carreira pela frente.
O texto deixa implícito que:
- Existe a possibilidade de Neto um dia aproximar-se 
dos craques citados;
- Esses craques são referência de alto nível em sua es-
pecialidade esportiva;
- Há uma oposição entre Neto e esses craques no que 
diz respeito ao tempo disponível para evoluir.
6
LÍNGUA PORTUGUESA
Todos os textos transmitem explicitamente certas infor-
mações, enquanto deixam outras implícitas. Por exemplo, 
o texto acima não explicita que existe a possibilidade de 
Neto se equiparar aos quatro futebolistas, mas a inclusão 
do advérbio ainda estabelece esse implícito. Não diz tam-
bém com explicitude que há oposição entre Neto e os ou-
tros jogadores, sob o ponto de vista de contar com tempo 
para evoluir. A escolha do conector “mas” entre a segunda 
e a primeira oração só é possível levando em conta esse 
dado implícito. Como se vê, há mais significados num texto 
do que aqueles que aparecem explícitos na sua superfície. 
Leitura proficiente é aquela capaz de depreender tanto um 
tipo de significado quanto o outro, o que, em outras pa-
lavras, significa ler nas entrelinhas. Sem essa habilidade, o 
leitor passará por cima de significados importantes ou, o 
que é bem pior, concordará com ideias e pontos de vista 
que rejeitaria se os percebesse.
Os significados implícitos costumam ser classificados 
em duas categorias: os pressupostos e os subentendidos.
Pressupostos: são ideias implícitas que estão implica-
das logicamente no sentido de certas palavrasou expres-
sões explicitadas na superfície da frase. Exemplo:
“André tornou-se um antitabagista convicto.”
A informação explícita é que hoje André é um antitaba-
gista convicto. Do sentido do verbo tornar-se, que significa 
“vir a ser”, decorre logicamente que antes André não era 
antitabagista convicto. Essa informação está pressuposta. 
Ninguém se torna algo que já era antes. Seria muito estra-
nho dizer que a palmeira tornou-se um vegetal.
“Eu ainda não conheço a Europa.”
A informação explícita é que o enunciador não tem co-
nhecimento do continente europeu. O advérbio ainda dei-
xa pressuposta a possibilidade de ele um dia conhecê-la.
As informações explícitas podem ser questionadas 
pelo receptor, que pode ou não concordar com elas. Os 
pressupostos, porém, devem ser verdadeiros ou, pelo me-
nos, admitidos como tais, porque esta é uma condição para 
garantir a continuidade do diálogo e também para forne-
cer fundamento às afirmações explícitas. Isso significa que, 
se o pressuposto é falso, a informação explícita não tem 
cabimento. Assim, por exemplo, se Maria não falta nunca a 
aula nenhuma, não tem o menor sentido dizer “Até Maria 
compareceu à aula de hoje”. Até estabelece o pressuposto 
da inclusão de um elemento inesperado.
Na leitura, é muito importante detectar os pressupos-
tos, pois eles são um recurso argumentativo que visa a 
levar o receptor a aceitar a orientação argumentativa do 
emissor. Ao introduzir uma ideia sob a forma de pressu-
posto, o enunciador pretende transformar seu interlocutor 
em cúmplice, pois a ideia implícita não é posta em discus-
são, e todos os argumentos explícitos só contribuem para 
confirmála. O pressusposto aprisiona o receptor no sistema 
de pensamento montado pelo enunciador.
A demonstração disso pode ser feita com as “verdades 
incontestáveis” que estão na base de muitos discursos po-
líticos, como o que segue:
“Quando o curso do rio São Francisco for mudado, será 
resolvido o problema da seca no Nordeste.”
O enunciador estabelece o pressuposto de que é certa 
a mudança do curso do São Francisco e, por consequên-
cia, a solução do problema da seca no Nordeste. O diálogo 
não teria continuidade se um interlocutor não admitisse ou 
colocasse sob suspeita essa certeza. Em outros termos, ha-
veria quebra da continuidade do diálogo se alguém inter-
viesse com uma pergunta deste tipo:
“Mas quem disse que é certa a mudança do curso do rio?”
A aceitação do pressuposto estabelecido pelo emissor 
permite levar adiante o debate; sua negação compromete 
o diálogo, uma vez que destrói a base sobre a qual se cons-
trói a argumentação, e daí nenhum argumento tem mais 
importância ou razão de ser. Com pressupostos distintos, o 
diálogo não é possível ou não tem sentido.
A mesma pergunta, feita para pessoas diferentes, pode 
ser embaraçosa ou não, dependendo do que está pressu-
posto em cada situação. Para alguém que não faz segredo 
sobre a mudança de emprego, não causa o menor embara-
ço uma pergunta como esta:
“Como vai você no seu novo emprego?”
O efeito da mesma pergunta seria catastrófico se ela se 
dirigisse a uma pessoa que conseguiu um segundo empre-
go e quer manter sigilo até decidir se abandona o anterior. 
O adjetivo novo estabelece o pressuposto de que o inter-
rogado tem um emprego diferente do anterior.
Marcadores de Pressupostos
- Adjetivos ou palavras similares modificadoras do 
substantivo
Julinha foi minha primeira filha.
“Primeira” pressupõe que tenho outras filhas e que as 
outras nasceram depois de Julinha.
Destruíram a outra igreja do povoado.
“Outra” pressupõe a existência de pelo menos uma 
igreja além da usada como referência.
- Certos verbos
Renato continua doente.
O verbo “continua” indica que Renato já estava doente 
no momento anterior ao presente. 
Nossos dicionários já aportuguesaram a palavrea co-
pydesk.
O verbo “aportuguesar” estabelece o pressuposto de 
que copidesque não existia em português.
- Certos advérbios
A produção automobilística brasileira está totalmente 
nas mãos das multinacionais.
O advérbio totalmente pressupõe que não há no Brasil 
indústria automobilística nacional.
7
LÍNGUA PORTUGUESA
- Você conferiu o resultado da loteria? 
- Hoje não.
A negação precedida de um advérbio de tempo de 
âmbito limitado estabelece o pressuposto de que apenas 
nesse intervalo (hoje) é que o interrogado não praticou o 
ato de conferir o resultado da loteria.
- Orações adjetivas
Os brasileiros, que não se importam com a coletividade, 
só se preocupam com seu bemestar e, por isso, jogam lixo na 
rua, fecham os cruzamentos, etc.
O pressuposto é que “todos” os brasileiros não se im-
portam com a coletividade.
Os brasileiros que não se importam com a coletividade 
só se preocupam com seu bemestar e, por isso, jogam lixo na 
rua, fecham os cruzamentos, etc.
Nesse caso, o pressuposto é outro: “alguns” brasileiros 
não se importam com a coletividade.
No primeiro caso, a oração é explicativa; no segundo, 
é restritiva. As explicativas pressupõem que o que elas ex-
pressam se refere à totalidade dos elementos de um con-
junto; as restritivas, que o que elas dizem concerne apenas 
a parte dos elementos de um conjunto. O produtor do tex-
to escreverá uma restritiva ou uma explicativa segundo o 
pressuposto que quiser comunicar.
Subentendidos: são insinuações contidas em uma fra-
se ou um grupo de frases. Suponhamos que uma pessoa 
estivesse em visita à casa de outra num dia de frio glacial 
e que uma janela, por onde entravam rajadas de vento, 
estivesse aberta. Se o visitante dissesse “Que frio terrível”, 
poderia estar insinuando que a janela deveria ser fechada.
Há uma diferença capital entre o pressuposto e o su-
bentendido. O primeiro é uma informação estabelecida 
como indiscutível tanto para o emissor quanto para o re-
ceptor, uma vez que decorre necessariamente do sentido 
de algum elemento linguístico colocado na frase. Ele pode 
ser negado, mas o emissor coloca o implicitamente para 
que não o seja. Já o subentendido é de responsabilidade 
do receptor. O emissor pode esconder-se atrás do sentido 
literal das palavras e negar que tenha dito o que o receptor 
depreendeu de suas palavras. Assim, no exemplo dado aci-
ma, se o dono da casa disser que é muito pouco higiênico 
fechar todas as janelas, o visitante pode dizer que também 
acha e que apenas constatou a intensidade do frio.
O subentendido serve, muitas vezes, para o emissor 
protegerse, para transmitir a informação que deseja dar a 
conhecer sem se comprometer. Imaginemos, por exemplo, 
que um funcionário recémpromovido numa empresa ou-
visse de um colega o seguinte:
“Competência e mérito continuam não valendo nada 
como critério de promoção nesta empresa...”
Esse comentário talvez suscitasse esta suspeita:
“Você está querendo dizer que eu não merecia a pro-
moção?”
Ora, o funcionário preterido, tendo recorrido a um su-
bentendido, poderia responder:
“Absolutamente! Estou falando em termos gerais.”
SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS – SEMÂNTICA
As palavras, na origem da linguagem humana, surgi-
ram para se referir às coisas que preenchem o mundo. Para 
cada ser havia uma expressão correspondente, pois este é 
o princípio da comunicação, fazer referência aos objetos 
através das palavras. Entretanto, já que o ser humano pos-
sui criatividade em todos os seus atos, no processo de evo-
lução da língua foram criadas mais de uma palavra para se 
referir ao mesmo ser. Além disso, outras expressões, por se-
rem pouco usadas, podem nos confundir, remetendo a um 
sentido contrário do que pensávamos. Todas essas ques-
tões fazem parte da área da gramática chamada Semân-
tica, a qual busca investigar o significado das palavras.
Nesse sentido, a semântica apresenta como foco alguns 
tópicos de estudo:
a) Sinonímia e Antonímia
b) Homonímia e Paronímiac) Polissemia e Monossemia
d) Denotação e Conotação
e) Hiperonímia e Hiponímia
a) Sinonímia e Antonímia
Quando as palavras apresentam significados semelhan-
tes afirmamos que elas são sinônimas, já que apresentam 
relação de sinonímia. Vejamos alguns sinônimos:
1) prosperidade: sucesso, bonança, ventura, fortuna
2) casa: vivenda, morada, lar, moradia, domicílio
3) acesso: admissão, ingresso, entrada
4) prestação: pagamento, conta, amortização
5) misantropo: antissocial, impopular, solitário, reser-
vado
6) inexorável: rígido, firme, implacável
7) égide: abrigo, suporte, defesa, resguardo
8) vicissitude: inconstância, instabilidade, mutabilidade
9) ímpio: descrente, incrédulo, impiedoso
10) bélico: guerreiro, belicoso, combatente
Quando os vocábulos indicam sentidos opostos consi-
deramo-nos antônimos, pois está numa relação de anto-
nímia:
1. livre: cativo, refém, acorrentado
2. tristeza: alegria, felicidade, contentamento
3) beleza: fealdade, feiura
4) quente: frio, gelado
5) aprovação: negação, desaprovação
6) forte: fraco, frágil, medroso
7) pobreza: fortuna, riqueza, abastança
8) esforçado: preguiçoso, pusilânime, fraco
8
LÍNGUA PORTUGUESA
b) Homonímia e Paronímia
Muitas palavras apresentam mesma grafia ou mesmo som. Vejamos:
- Fui ao concerto ontem. (espetáculo)
- Levei o carro ao conserto. (reparo)
- A colher está sobre o prato. (utensílio)
- Se eu colher a flor ela morrerá. (verbo)
À princípio podemos imaginar que a semelhança gráfica ou fonética indica uma equiparação semântica, mas se obser-
varmos os exemplos citados acima percebemos que é um equívoco.
Palavras homônimas são aquelas que apresentam grafia ou som semelhantes, mas com significados distintos. Elas são 
divididas em:
* Homônimas Perfeitas: apresentam grafia e som idênticos, mas significados distintos:
cedo (verbo ceder)
cedo (advérbio de tempo)
rio (curso de água)
rio (verbo rir)
* Homônimas Homófonas: apresentam som semelhante, mas grafias distintas.
Conserto - reparo
Concerto - espetáculo
Acender – colocar fogo
Ascender - subir
Laço - nó
Lasso - frouxo
Insipiente - ignorante
Incipiente - principiante
Espiar - observar
Expiar - sofrer
Incerto - impreciso
Inserto - inserido
Russo – da Rússia
Ruço - pardo
Estático - imóvel
Extático – em êxtase
* Homônimas Homógrafas: apresentam grafia idêntica, mas pronúncia distinta.
Colher - verbo
Colher - utensílio
Almoço - alimentação
Almoço – verbo, 1º pessoa do singular
Choro – pranto, ato de chorar
Choro – verbo, 1º pessoa do singular
Paronímia
Palavras que apresentam grafias parecidas, mas com sentidos diferentes. Geralmente nos confundem devido a essa 
semelhança. Vejamos:
9
LÍNGUA PORTUGUESA
absolver (perdoar, inocentar) absorver (aspirar, sorver)
apóstrofe (figura de linguagem) apóstrofo (sinal gráfico)
aprender (tomar conhecimento) apreender (capturar, assimilar)
arrear (pôr arreios) arriar (descer, cair)
ascensão (subida) assunção (elevação a um cargo)
bebedor (aquele que bebe) bebedouro (local onde se bebe)
cavaleiro (que cavalga) cavalheiro (homem gentil)
comprimento (extensão) cumprimento (saudação)
deferir (atender) diferir (distinguir-se, divergir)
delatar (denunciar) dilatar (alargar)
descrição (ato de descrever) discrição (reserva, prudência)
descriminar (tirar a culpa) discriminar (distinguir)
despensa (local onde se guardam mantimentos) dispensa (ato de dispensar)
docente (relativo a professores) discente (relativo a alunos)
emigrar (deixar um país) imigrar (entrar num país)
eminência (elevado) iminência (qualidade do que está iminente)
eminente (elevado) iminente (prestes a ocorrer)
estada (permanência em um lugar) estadia (permanência temporária em um lugar)
flagrante (evidente) fragrante (perfumado)
fluir (transcorrer, decorrer) fruir (desfrutar)
imergir (afundar) emergir (vir à tona)
inflação (alta dos preços) infração (violação)
infligir (aplicar pena) infringir (violar, desrespeitar)
mandado (ordem judicial) mandato (procuração)
precedente (que vem antes) procedente (proveniente; que tem fundamento)
ratificar (confirmar) retificar (corrigir)
recrear (divertir) recriar (criar novamente)
soar (produzir som) suar (transpirar)
sortir (abastecer, misturar) surtir (produzir efeito)
sustar (suspender) suster (sustentar)
tráfego (trânsito) tráfico (comércio ilegal)
vadear (atravessar a vau) vadiar (andar ociosamente)
(http://www.soportugues.com.br/secoes/seman/seman7.php)
EXERCÍCIOS
1)Assinale a alternativa correta, considerando que à direita de cada palavra há um sinônimo.
a) emergir = vir à tona; imergir = mergulhar
b) emigrar = entrar (no país); imigrar = sair (do país)
c) delatar = expandir; dilatar = denunciar
d) deferir = diferenciar; diferir = conceder
e) dispensa = cômodo; despensa = desobrigação
10
LÍNGUA PORTUGUESA
2) Indique a letra na qual as palavras completam, corre-
tamente, os espaços das frases abaixo.
Quem possui deficiência auditiva não consegue ______ 
os sons com nitidez.
Hoje são muitos os governos que passaram a combater 
o ______ de entorpecentes com rigor.
O diretor do presídio ______ pesado castigo aos prisio-
neiros revoltosos.
a) discriminar - tráfico - infligiu
b) discriminar - tráfico - infringiu
c) descriminar - tráfego - infringiu
d) descriminar - tráfego - infligiu
e) descriminar - tráfico - infringiu 
3) No ______ do violoncelista ______ havia muitas pes-
soas, pois era uma ______ beneficente.
a) conserto - eminente - sessão
b) concerto - iminente - seção
c) conserto - iminente - seção
d) concerto - eminente - sessão
4)Indique o item em que o antônimo da palavra ou ex-
pressão em destaque está corretamente apontado.
a) duradouro sucesso - efêmero
b) fama em ascendência - excelsa
c) elegante região - carente
d) sala lotada - desabitada
5) A palavra tráfico não dever ser confundida com tráfe-
go, seu parônimo. Em que item a seguir o par de vocábulos 
é exemplo de homonímia e não de paronímia?
a) estrato / extrato
b) flagrante / fragrante
c) eminente / iminente
d) inflação / infração
e) cavaleiro / cavalheiro
6)(FMPA- MG)Assinale o item em que a palavra desta-
cada está incorretamente aplicada:
a) Trouxeram-me um ramalhete de flores fragrantes.
b) A justiça infligiu pena merecida aos desordeiros.
c) Promoveram uma festa beneficiente para a creche.
d) Devemos ser fieis aos cumprimentos do dever.
e) A cessão de terras compete ao Estado.
7)Levando em consideração o contexto atribuído pelos 
enunciados, empregue corretamente um dos termos pro-
postos pelas alternativas entre parênteses.
a) O atacante aproveitou a jogada distraída e deu o 
___________ no adversário. (cheque/xeque)
b) O visitante pôs a _____________ no cavalo, despediu-se 
de todos e seguiu viagem. (cela/sela)
c) No presídio, todos os ocupantes foram trocados de 
_____________. (cela/sela)
d) O filme a que assisti pertence à ______ das dez. (se-
ção/sessão/cessão)
8)Em “o prefeito deferiu o requerimento do contribuin-
te”, o termo grifado poderia perfeitamente ser substituído 
por:
a) apreciou;
b) arquivou;
c) despachou favoravelmente;
d) invalidou;
e) despachou negativamente.
9)Leia as frases abaixo:
1 - Assisti ao ________ do balé Bolshoi;
2 - Daqui ______ pouco vão dizer que ______ vida em 
Marte.
3 - As _________ da câmara são verdadeiros programas 
de humor.
4 - ___________ dias que não falo com Alfredo.
Escolha a alternativa que oferece a seqüência correta de 
vocábulos para as lacunas existentes:
a) concerto – há – a – cessões – há;
b) conserto – a – há – sessões – há;
c) concerto – a – há – seções – a;
d) concerto – a – há – sessões – há;
e) conserto – há – a – sessões – a .
10) Indique a alternativa que contém a seqüência ne-
cessária para completar as lacunas abaixo:
“A ______ de uma guerra nuclear provoca uma grande 
_______ na humanidade e a deixa_______com relação ao fu-
turo da vida na terra.”
a) espectativa – tensão – exitante;
b) espectativa – tenção – hesitante;
c) expectativa – tensão – hesitante;
d) expectativa – tensão – hezitante;
e) espectativa – tenção – exitante.
11)Complete as lacunas, com a expressão necessária, 
que consta nos parênteses:
É necessário ________ (cegar-segar) os galhos salientes 
do _______ (bucho-buxo), de modo a que se possa fazer 
_____ (xá-chá) com as folhas mais novas.”
a) segar – buxo – chá;
b) segar – bucho – xá;
c) cegar – buxo – xá;
d) cegar – bucha – chá;
e) segar – bucha – xá.
12)Marque a alternativa que se completa corretamente 
com o segundo elemento do parênteses:
a) O sapato velho foi restaurado com a aplicação de 
algumas ________ (tachas-taxas);
b) Sílvio _________ na floresta para caçar macacos (imer-
giu-emergiu);
c) Para impedir a corrente de ar, Luís _______ a porta 
(cerrou-serrou);
d) Bonifácio ________ pelo buraco da fechadura (expia-
va-espiava);
e) Quando foi realizado o último ________ ? (censo-sen-
so).
11
LÍNGUA PORTUGUESA
13) (AGENTE DE TRÂNSITO - CESGRANRIO - 2005) Mar-
que a opção em que a palavra entre parênteses éINACEI-
TÁVELpara completar a frase.
(A) O _______________ às vezes pode parecer monótono. 
(quotidiano)
(B) O _______________ desta divisão está errado. (cociente)
(C) No trânsito todos têm uma _______________ de res-
ponsabilidade. (quota)
(D) Já dirige há _______________ anos. (cinqüenta)
(E) Enguiçamos a _______________ quilômetros do posto 
de gasolina (douze)
(Exercícios retirados de http://tudodeconcursoseves-
tibulares.blogspot.com.br/2013/01/paronimos-homoni-
mos-questoes-vestibular.html)
GABARITO
1) A 2) A 3) D 4) A 5) A 6) C 7)a) xeque b) sela c) 
cela d) sessão 8) C 9) D 10) C 11) A 12) D 13) E
c) Polissemia e Monossemia
Palavras são criadas pelo homem para realizar a comu-
nicação, e a própria palavra “comunicação” implica a noção 
de comunidade. Inicialmente uma palavra pode referir-se 
a um único ser, entretanto, a língua é tão viva quão vivo é 
o homem e, por isso mesmo, o vocábulo pode acabar re-
metendo a sentidos diversos, dependendo dos usos e das 
situações.
À princípio, todas as palavras são monossêmicas, ou 
seja, possuem um único sema, significado. Com o hábito, 
muitas delas vão tomando outros significados e podem se 
tornar polissêmicas, com vários sentidos distintos.
Apesar da criatividade inerente à atividade humana, 
muitas expressões permanecem monossêmicas, principal-
mente as ligadas à conteúdo mais objetivo e formal:
Ex.: décimo, salário, monossílabo, hospedagem.
Entretanto, qualquer palavra, por mais objetiva que 
seja, quando usada por um poeta num poema, tem sem 
sentido automaticamente modificado. Atente a este poe-
ma da poetisa carioca Ana Cristina César:
“Tenho ciúmes desde cigarro que você fuma. Tão dis-
traidamente.”
Podemos interpretar literalmente todas as expressões 
contidas nesse poema e acreditar nas palavras da autora. 
Ou, como se trata de um poema, podemos desconfiar de 
suas palavras e entender “cigarro”, “ciúmes” ou “distraida-
mente” de maneira mais criativa.
Polissemia
Polissemia é um fenômeno comum a qualquer palavra, 
pois ao longo de sua história uma expressão vai adquirindo 
sentidos diferentes. Quando um vocábulo pode ser inter-
pretado de formas múltiplas, denominamos tão ocorrência 
de polissemia. Veja um exemplo:
1) Comprei uma cabeça de alho.
2) Ele é o cabeça da equipe.
3) Cortei a cabeça no treino.
4) José tem cabeça boa para matemática.
Se “cabeça” se referia apenas a uma parte do corpo hu-
mano, no processo de socialização e comunicação adquiriu 
sentidos diferentes. É essencial entendermos tal distinção 
semântica, já que estas ocorrências fazem parte também 
do que chamamos interpretação de texto e de mundo. Ve-
jamos algumas:
João é cabo da marinha. (posto militar)
Quebrou o cabo da vassoura.
Sente-se! O banco é confortável. (assento)
Vou sacar o dinheiro no Banco do Brasil. (instituição fi-
nanceira)
A manga está muito doce. (fruta)
Sua manga está rasgada. (parte da roupa)
Meu pé está inchado. (parte do corpo)
O pé do sofá está rachado (parte de um móvel, base)
Iremos a uma peça semana que vem. (espetáculo tea-
tral)
Falta uma peça neste brinquedo (parte)
João é uma peça! (figura)
Luciano não come muito frango (carne animal)
O gol do empate foi um frango do goleiro. (falha)
Esse brinquedo precisa de pilha (bateria)
Até a divulgação do resultado Maria estará numa pilha 
de nervos. (soma)
Para que essa pilha de livros sobre o sofá? (montante)
d) Denotação e conotação
Continuando o estudo a respeito da significação das 
palavras, outro ponto importante é a direção pela qual a 
mensagem é enviada. Pode-se enviar todo tipo de men-
sagem, as mais sérias e formais; e as mais emotivas e pes-
soais.
Quando selecionamos o tipo de mensagem que deseja-
mos enviar, automaticamente haverá uma escolha de voca-
bulário que irá garantir a intenção deseja. Por isso mesmo, 
no tocante a esse envio, a semântica divide a linguagem 
em duas direções: a linguagem denotativa e a conotativa.
12
LÍNGUA PORTUGUESA
Linguagem denotativa
A linguagem denotativa está ligada à mensagem mais 
clara e objetiva, sem riscos de ambiguidade ou problemas 
de interpretação. Seu foco é uma comunicação impessoal, 
de modo a não cometer prejuízo de sentido. Usamos esse 
tipo de linguagem em situações mais formais ou informa-
tivas, como também nos textos jornalísticos e científicos. 
Atente ao exemplo abaixo:
“Apósantecipar o pagamento do último lote das 
contas inativas do FGTSpara quem nasceu em dezembro, 
aCaixa Econômica Federalvai abrir todas as agências no 
dia 10 de julho, segunda-feira, 2 horas antes para paga-
mento exclusivo do benefício. Nas regiões em que os ban-
cos abrem às 9h, as agências daCaixaabrirão às 8h e terão 
o horário de atendimento prorrogado em 1 hora.
SAIBA MAIS SOBRE OS SAQUES DAS CONTAS INA-
TIVAS
Além disso, cerca de 2 mil agências daCaixaabrirão no 
sábado (8), entre 9h e 15h –clique aqui para ver a lista 
de agências. As agências selecionadas terão atendimento 
exclusivo para realizar pagamento de contas vinculadasF-
GTS, solucionar dúvidas, promover acertos de cadastro dos 
trabalhadores e emitir senha do Cartão Cidadão.
Prevista inicialmente para começar no dia 14, a quinta 
e última fase foi antecipada para o próximo sábado, dia 8. 
Assim, em vez de apenas 18 dias para conseguir sacar o 
dinheiro, os beneficiários nascidos em dezembro terão 24 
dias para fazer os saques.”
(http://g1.globo.com/economia/seu-dinheiro/noticia/
apos-antecipar-pagamento-de-ultimo-lote-do-fgts-inati-
vo-caixa-vai-abrir-agencias-mais-cedo.ghtml)
Percebemos que o texto acima apresenta uma lingua-
gem clara, chegando mais diretamente a todo tipo de lei-
tor, evitando interpretações equivocadas.
Linguagem Conotativa
Muitas vezes a objetividade da linguagem denotativa 
não é suficiente para o que se deseja expressar. Isso por-
que em momentos de emoção e subjetividade, o emissor 
não procurar filtrar sua mensagem a fim de torná-la mais 
impessoal. Quando a linguagem privilegia um modo pes-
soal de envio, seleciona um vocabulário próprio, a partir 
de metáforas e usos individuais de certos vocábulos. Cha-
mamos de linguagem conotativa esse modo de expressão 
mais poético, criativo e subjetivo da linguagem:
Ex.:
“Ainda me lembro da primeira vez em que te vi, naque-
le momento eu tive a certeza de você era mesmo o Amor 
da minha vida! Desde aquele dia não consegui tirar você 
do meu pensamento, mesmo sem saber quem você era, 
sabia que seria minha (meu). Eu me apaixonei por você, 
desde o primeiro momento em que te vi! Eu quase não 
acreditei quando ouvi você dizer sim, quando você aceitou 
ser minha namorada, minha! Foi um momentomágico! E 
ainda é mágico poder estar com você todos os dias, poder 
te abraçar, te tocar, sentir teu cheiro, provar do teu sabor, 
beijar você. Como é mágico poder te amar! Saber que você 
é minha, que os teus carinhos são meus, que teus melhores 
beijos são para mim e saber que o seu amor é só meu! 
Eu nem poderia imaginar que a nossa história seria assim, 
repleta de amor e felicidade! Eu nem poderia imaginar que 
eu saberia amar desta maneira, com todo o meu ser. E esse 
amor é teu, somente teu. Eu Te Amo Muito meu Amor. 
Você é tudo pra mim!”
(http://www.amor.com.br/cartas-de-amor.html)
Nas cartas de amor, mensagens pessoais, diálogos en-
tre próximos testemunhamos em grande parte a presença 
da linguagem conotativa. Esta é a mais humana das lingua-
gens e, por isso, mesmo, pode dar origem à ambiguidade e 
interpretações equivocadas.
e) Hiperônimos e Hipônimos
Quanto tratamos da significação das palavras, é im-
portante recordar que cada termo não está independente, 
pelo contrário, faz parte de um grupo semântico. Isso por-
que os vocábulos, por mais que representem um ser, tam-
bém integram uma categoria maior. Por exemplo, temos a 
palavra “gato”, a qual se refere a um determinado animal. 
Entretanto, além disso, podemos realocar tal expressão 
dentro de uma categoria mais abrangente, a dos “mamífe-
ros”. Podemos concluir, assim, que um aspecto importante 
dentro do estudo significativo da linguagem é a diferença 
entre os hiperônimos e hipônimos, termos que se referem a 
grupos semânticos gerais ou mais específicos.
Hiperônimos: palavras que indicam grupos semânticos 
genéricos, de maior abordagem, aqueles que atraem sub-
categorias. Vejamos:
Mamíferos é hiperônimo de gato e cachorro
Frutos é hiperônimo de maçã e banana
Alimento é hiperônimo de salada e feijoada
Legume é hiperônimo de chuchu e beterraba
Doença é hiperônimo de resfriado e anemia
Animais é hiperônimo de gato e pato
Hipônimos: palavras que constituem esse grupo maior 
chamado hiperônimo, seu raio de significação é mais restri-
to e específico, já que se refere a seres particulares:
Margarida é hipônimo de flor
Gato é hipônimo de felino
Lagartixa é hipônimo de réptil
Homem é hipônimo de mamífero
Alicate é hipônimo de ferramenta
Sabiá é hipônimo de ave.
13
LÍNGUA PORTUGUESA
EXERCÍCIOS
1. Foram insuficientes as ....... apresentadas, ....... de se 
esclarecerem os .......
a) escusas - a fim - mal-entendidos
b) excusas - afim - mal-entendidos
c) excusas - a fim - malentendidos
d) excusas - afim - malentendidos
e) escusas - afim - mal-entendidos
2. Este meu amigo .......... vai ..........-se para ter direito ao 
título de eleitor.
a) extrangeiro - naturalizar
b) estrangeiro - naturalisar
c) extranjeiro - naturalizar
d) estrangeiro - naturalizar
e) estranjeiro - naturalisar
3. Assinale a alternativa em que todas as palavras estão 
corretamente grafadas:
a) quiseram, essência, impecílio
b) pretencioso, aspectos, sossego
c) assessores, exceção, incansável
d) excessivo, expontâneo, obseção
e) obsecado, reinvidicação, repercussão
4. O orador “ratificou” o que afirmara. O termo destaca-
do pode ser substituído sem prejuízo de sentido por:
a) negou
b) corrigiu
c) frisou
d) confirmou
e) enfatizou
5. “A ............... de uma guerra nuclear provoca uma gran-
de .............. na humanidade e a deixa ............... quanto ao fu-
turo.”
a) espectativa - tensão - exitante
b) espectativa - tenção - hesitante
c) expectativa - tensão - hesitante
d) expectativa - tenção - hezitante
e) espectativa - tenção - exitante
6. Assinale a alternativa que possa substituir, pela or-
dem, as partículas de transição dos períodos abaixo, sem 
alterar o significado delas: “Em primeiro lugar, observemos 
o avô. Igualmente, lancemos um olhar para a avó. Também 
o pai deve ser observado. Todos são altos e morenos. Con-
seqüentemente a filha também será morena e alta.”
a) primeiramente, ademais, além disso, em suma
b) acima de tudo, também, analogamente, finalmente
c) primordialmente, similarmente, segundo, portanto
d) antes de mais nada, da mesma forma, por outro lado, 
por conseguinte
e) sem dúvida, intencionalmente, pelo contrário, com 
efeito
7. Estava ....... a ....... da guerra, pois os homens ....... nos 
erros do passado.
a) eminente, deflagração, incidiram
b) iminente, deflagração, reincidiram
c) eminente, conflagração, reincidiram
d) preste, conflaglação, incidiram
e) prestes, flagração, recindiram
8. Indique a alternativa correta:
a) O ladrão foi apanhado em flagrante.
b) Ponto é a intercessão de duas linhas.
c) As despesas de mudança serão vultuosas.
d) Assistimos a um violenta coalizão de caminhões.
e) O artigo incerto na Revista das Ciências foi lido por 
todos nós.
9. “A solidão é um retiro de ......., mas ninguém vive sem-
pre em trégua, .......só, ....... o preguiçoso, eternamente em 
repouso.”
a) descanço, tampouco, exceto
b) descanso, tãopouco, exceto
c) descanço, tão pouco, esceto
d) descanso, tampouco, exceto
e) descanso, tão pouco, esceto
10. “Durante a .......... solene era .......... o desinteresse do 
mestre diante da.......... demonstrada pelo político.”
a) seção - fragrante - incipiência
b) sessão - flagrante - insipiência
c) sessão - fragrante - incipiência
d) cessão - flagrante - incipiência
e) seção - flagrante - insipiência
11. Em “Repare bem o braço que ninguém sabe de 
onde circunda o busto da moça e a quer levar para um 
lugaresconso.” A palavra sublinhada só não pode conotar 
a ideia de:
a) um lugar de volúpia
b) um lugar escondido, suspeito
c) um lugar desconhecido, misterioso
d) um lugar escolhido, eleito
e) um lugar escuro, recôndito
12. Considerando-se a relação Veneza (cidade) - gatu-
ramo (pássaro) como modelo, as palavras que sucessiva-
mente completariam a relação: Califórnia- pretos - morrer 
- Gioconda - cem mil réis, seriam:
a) estado, raça, ação, escultura, dinheiro
b) país, povo, fato, escultura, valor
c) província, etnia, acontecimento, literatura, moeda
d) estado, raça, acontecimento, pintura, valor
e) território, gente, ação, música, moeda
14
LÍNGUA PORTUGUESA
13. Há palavras escritas de modo INCORRETO na alter-
nativa:
(A) Investimentos maciços em educação, saúde e re-
forma agrária constituíram a fórmula utilizada por países 
mais atrasados do que o Brasil, para reduzir os índices de 
pobreza.
(B) O problema da miséria no Brasil apresenta com-
ponentes bem mais perversos do que a simples escassez 
de recursos, que caracteriza o problema em outros países, 
como no continente africano.
(C) Os recursos gastos na área social acabam sendo in-
suficientes, como por exemplo, a parcela mínima destinada 
ao saneamento básico, importante para aumentar a expec-
tativa de vida da população.
(D) A desnutrição, resultado da falta de ingestão de 
proteínas e de outras substâncias, degenera em má-for-
mação do sistema neurológico, com danos irreversíveis, na 
maioria das vezes.
(E) Vários estudos afirmam que a taxa de miséria só bai-
xará quando houver crecimento da economia, assossiado 
a um modelo mais justo de distribuição de renda para a 
população.
14. Está correta a grafia de todas as palavras da frase:
(A) Ao ascender à condição de um grande sistema de 
mercados, a economia mundial propisciou o poder hege-
mônico dos grandes conglomerados financeiros.
(B) Se os grandes centros econômicos não se emiscuís-
sem decisivamente nas economias nacionais, talvez estas 
lograssem alcançar um índice expressivo de desenvolvi-
mento.
(C) Os economistas podem discentir quanto às soluções 
para o nosso desenvolvimento, mas reconhecem que o im-
perialismo econômico é um fator crucial para nosso atraso.
(D) A necessidade de sincronizar o ritmo de nossa eco-
nomia com o da expansão da economia global constitui 
uma das exigências mais difíceis de serematendidas.
(E) Não fosse a dicotomia das direções econômicas com 
que nos deparamos, o Brasil talvez não se firmasse numa 
posição de maior relevância entre os países emerjentes.
(Exercícios retirados de http://www.portuguesconcurso.
com/2009/08/semantica-exercicios-com-gabarito.html)
GABARITO
1.A 2.D 3.C 4.D 5.C 6.D 7.B 8.A 9.D 10.B 11.D 12.D
13.E 14.D
Comunicação 
A comunicação constitui uma das ferramentas mais im-
portantes que os líderes têm à sua disposição para desem-
penhar as suas funções de influência. A sua importância é 
tal que alguns autores a consideram mesmo como o “san-
gue” que dá vida à organização. Esta importância deve-se 
essencialmente ao fato de apenas através de uma comuni-
cação efetiva ser possível:
- Estabelecer e dar a conhecer, com a participação de 
membros de todos os níveis hierárquicos da organização, 
os objetivos organizacionais por forma a que contemplem, 
não apenas os interesses da organização, mas também os 
interesses de todos os seus membros.
- Definir e dar a conhecer, com a participação de 
membros de todos os níveis hierárquicos da organização, 
a estrutura organizacional, quer ao nível do desenho or-
ganizacional, quer ao nível da distribuição de autoridade, 
responsabilidade e tarefas.
- Definir e dar a conhecer, com a participação de mem-
bros de todos os níveis hierárquicos da organização, de-
cisões, planos, políticas, procedimentos e regras aceites e 
respeitadas por todos os membros da organização.
- Coordenar, dar apoio e controlar as atividades de to-
dos os membros da organização.
- Efetuar a integração dos diferentes departamentos e 
permitir a ajuda e cooperação interdepartamental.
- Desempenhar eficazmente o papel de influência atra-
vés da compreensão e atuação em conformidade satisfa-
ção das necessidades e sentimentos das pessoas por forma 
a aumentar a sua motivação.
Elementos do Processo de Comunicação
Para perceber desenvolver políticas de comunicação 
eficazes é necessário analisar antes cada um dos elemen-
tos que fazem parte do processo de comunicação. Assim, 
fazem parte do processo de comunicação o emissor, um 
canal de transmissão, geralmente influenciado por ruídos, 
um receptor e ainda o feedback do receptor.
- Emissor (ou fonte da mensagem da comunicação): 
representa quem pensa, codifica e envia a mensagem, ou 
seja, quem inicia o processo de comunicação. A codificação 
da mensagem pode ser feita transformando o pensamento 
que se pretende transmitir em palavras, gestos ou símbolos 
que sejam compreensíveis por quem recebe a mensagem.
- Canal de transmissão da mensagem: faz a ligação 
entre o emissor e o receptor e representa o meio através 
do qual é transmitida a mensagem. Existe uma grande 
variedade de canais de transmissão, cada um deles com 
vantagens e inconvenientes: destacam-se o ar (no caso do 
emissor e receptor estarem frente a frente), o telefone, os 
meios eletrônicos e informáticos, os memorandos, a rádio, 
a televisão, entre outros.
- Receptor da mensagem: representa quem recebe e 
descodifica a mensagem. Aqui é necessário ter em atenção 
que a descodificação da mensagem resulta naquilo que 
efetivamente o emissor pretendia enviar (por exemplo, em 
diferentes culturas, um mesmo gesto pode ter significados 
diferentes). Podem existir apenas um ou numerosos recep-
tores para a mesma mensagem.
15
LÍNGUA PORTUGUESA
- Ruídos: representam obstruções mais ou menos in-
tensas ao processo de comunicação e podem ocorrer em 
qualquer uma das suas fases. Denominam-se ruídos inter-
nos se ocorrem durante as fases de codificação ou desco-
dificação e externos se ocorrerem no canal de transmissão. 
Obviamente estes ruídos variam consoante o tipo de canal 
de transmissão utilizado e consoante as características do 
emissor e do(s) receptor(es), sendo, por isso, um dos crité-
rios utilizados na escolha do canal de transmissão quer do 
tipo de codificação.
- Retro-informação (feedback): representa a resposta 
do(s) receptor(es) ao emissor da mensagem e pode ser 
utilizada como uma medida do resultado da comunicação. 
Pode ou não ser transmitida pelo mesmo canal de trans-
missão.
 
Embora os tipos de comunicação sejam inúmeros, po-
dem ser agrupados em comunicação verbal e comunica-
ção não verbal. Como comunicação não verbal podemos 
considerar os gestos, os sons, a mímica, a expressão facial, 
as imagens, entre outros. É frequentemente utilizada em 
locais onde o ruído ou a situação impede a comunicação 
oral ou escrita como por exemplo as comunicações entre 
“dealers” nas bolsas de valores. É também muito utilizada 
como suporte e apoio à comunicação oral.
Quanto à comunicação verbal, que inclui a comunica-
ção escrita e a comunicação oral, por ser a mais utilizada na 
sociedade em geral e nas organizações em particular, por 
ser a única que permite a transmissão de ideias complexas 
e por ser um exclusivo da espécie humana, é aquela que 
mais atenção tem merecido dos investigadores, caracteri-
zando-a e estudando quando e como deve ser utilizada.
Comunicação Escrita
A comunicação escrita teve o seu auge, e ainda hoje 
predomina, nas organizações burocráticas que seguem 
os princípios da Teoria da Burocracia enunciados por Max 
Weber. A principal característica é o fato do receptor estar 
ausente tornando-a, por isso, num monólogo permanente 
do emissor. Esta característica obriga a alguns cuidados por 
parte do emissor, nomeadamente com o fato de se torna-
rem impossíveis ou pelo menos difíceis as retificações e as 
novas explicações para melhor compreensão após a sua 
transmissão. Assim, os principais cuidados a ter para que 
a mensagem seja perfeitamente recebida e compreendida 
pelo(s) receptor(es) são o uso de caligrafia legível e unifor-
me (se manuscrita), a apresentação cuidada, a pontuação 
e ortografia corretas, a organização lógica das ideias, a ri-
queza vocabular e a correção frásica. O emissor deve ainda 
possuir um perfeito conhecimento dos temas e deve tentar 
prever as reações/feedback à sua mensagem.
Como principais vantagens da comunicação escrita, 
podemos destacar o fato de ser duradoura e permitir um 
registro e de permitir uma maior atenção à organização 
da mensagem sendo, por isso, adequada para a transmitir 
políticas, procedimentos, normas e regras. Adequa-se tam-
bém a mensagens longas e que requeiram uma maior aten-
ção e tempo por parte do receptor tais como relatórios e 
análises diversas. Como principais desvantagens destacam-
-se a já referida ausência do receptor o que impossibilita o 
feedback imediato, não permite correções ou explicações 
adicionais e obriga ao uso exclusivo da linguagem verbal.
Comunicação Oral
No caso da comunicação oral, a sua principal caracte-
rística é a presença do receptor (exclui-se, obviamente, a 
comunicação oral que utilize a televisão, a rádio, ou as gra-
vações). Esta característica explica diversas das suas prin-
cipais vantagens, nomeadamente o fato de permitir o fee-
dback imediato, permitir a passagem imediata do receptor 
a emissor e vice-versa, permitir a utilização de comunica-
ção não verbal como os gestos a mímica e a entoação, por 
exemplo, facilitar as retificações e explicações adicionais, 
permitir observar as reações do receptor, e ainda a grande 
rapidez de transmissão. Contudo, e para que estas vanta-
gens sejam aproveitadas é necessário o conhecimento dos 
temas, a clareza, a presença e naturalidade, a voz agradável 
e a boa dicção, a linguagem adaptada, a segurança e auto-
domínio, e ainda a disponibilidade para ouvir.
Como principais desvantagens da comunicação oral des-
tacam-se o fato de ser efêmera, não permitindo qualquer re-
gistro e, consequentemente, não se adequando a mensagens 
longas e que exijam análise cuidada por parte do receptor.
Gêneros Escritos e Orais
Gêneros textuais são tipos específicos de textos de

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