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A N E S T E S I O L O G I A PROFESSOR Me. RAFAEL SABOIA APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA Carga horária • 60h aula - 40h Teórica / 20h Prática • Duas avaliações: • 1ª - Questões objetivas + Subjetivas • 2ª - Prova colegiada • 3ª - Avaliação final 2ª Chamada NORMAS DA DISCIPLINA CRONOGRAMA Bibliografia LISTA DE MATERIAIS PARA PRÁTICA • 01 Seringa tipo carpule • Agulha curta para anestesia carpule 30 G • Agulha longa para anestesia carpule 27 G • Tubete anestésico LISTA DE MATERIAIS PARA PRÁTICA 2025 2025 HISTÓRIA DA ANESTESIA HISTÓRIA DA ANESTESIA • O termo anestesia (do grego an, privado de + aísthesis, sensação) foi sugerido pelo médico e poeta norte-americano Oliver Wendel Holmes • A palavra, entretanto, já existia na língua grega, tendo sido empregada no sentido de insensibilidade dolorosa, pela primeira vez, por Dioscórides, no século I dC HISTÓRIA DA ANESTESIA Relatos das primeiras anestesias • 2000 a.C Escritos encontrados na Babilônia e Grécia de procedimentos cirúrgicos sem relatos de dor HISTÓRIA DA ANESTESIA Relatos das primeiras anestesias • Chineses (2000 a.C) • Acupuntura • Assírios (1000a.C) • Compressão da carótida HISTÓRIA DA ANESTESIA Relatos das primeiras anestesias • Índios peruanos • Mascavam folhas de coca, conhecidas no idioma quéchua como kunka sukunka (goela adormecida) • Depois despejavam a saliva sobre a ferida do doente para anestesiá-la HISTÓRIA DA ANESTESIA Relatos das primeiras anestesias • Hipócrates (460-370 a.C) • Esponja sonífera • Embebida em substâncias sedativas e analgésicas extraídas de plantas • Era colocada em baixo das narinas do paciente até que ele dormisse • Para desperta-lo utilizava-se uma esponja com vinagre Hipócrates - Pai da medicina HISTÓRIA DA ANESTESIA Relatos das primeiras anestesias • Dioscórides (século I) • Descobriu os efeitos anestésicos da mandrágora - uso no exército HISTÓRIA DA ANESTESIA HISTÓRIA DA ANESTESIA Século V Igreja • Dor Justo castigo de Deus e, por isso, deveria ser aceita com submissão e enfrentada a sangue frio • 1591 Eufane MacAyane, jovem mãe escocesa, foi enterrada viva por pedir alívio para a dor no parto HISTÓRIA DA ANESTESIA Outros recursos utilizados • Gelo ou neve • Bebidas alcoólicas • Hipnose • Pancadas fortes na cabeça (Concussão cerebral) Quando de nada adiantavam, as cirurgias eram realizadas a frio, com os doentes imobilizados à força HISTÓRIA DA ANESTESIA HISTÓRIA DA ANESTESIA 1275 • O alquimista espanhol Raimundo Lulio (1235-1315) descobriu que o vitríolo (ácido sulfúrico) misturado ao álcool e posteriormente destilado produzia um fluído branco e adocicado chamado de vitríolo doce, mais tarde conhecido como éter 1600 • Paracelso, alquimista e médico suíço, usou a substância em galinhas e posteriormente para aliviar a dor dos seus pacientes HISTÓRIA DA ANESTESIA 1772-1773 • Joseph Priestley (1733-1804), químico inglês, descobriu o óxido nitroso (N2O) • Humphrey Davy, assistente de Priestley, inalou o gás e sentiu tamanho bem-estar que caiu na gargalhada • Por conta deste episódio, passou a chamar gás hilariante HISTÓRIA DA ANESTESIA • “Folias do éter” e “festas do gás do riso” • N e s t a s r e u n i õ e s , o s participantes entorpeciam- se com essas drogas e saboreavam seus efeitos HISTÓRIA DA ANESTESIA • Crawford Williamson Long (1815-1878) • Se machucou em uma dessas festas e não detectar dor alguma • Em 1842, na pequena cidade de Jefferson, no estado da Geórgia, nos Estado Unidos, o éter foi por ele usado pela primeira vez com propósitos cirúrgicos • Long retirou dois cistos do pescoço do amigo James Venable, após submetê-lo à inalação do éter HISTÓRIA DA ANESTESIA • Para confirmar o feito, posteriormente amputou dois dedos do filho de um escravo • O primeiro sob o efeito de éter e o segundo depois de cessado seu efeito • Como o rapaz sé acusou dor na segunda intervenção, estava comprovado o poder da anestesia • Em 1846, ele já havia realizado oito cirurgias sem constatação de dor HISTÓRIA DA ANESTESIA 11 de Desembro de 1844 • Horace Wells teve a idéia de usar o óxido Nitroso para realizar extrações dentárias • Pediu a um colega que realizasse a exodontia de um siso que o incomodava utilizando inalação com o gás hilariante • O procedimento não doeu nada. • “Começou uma nova era na extração dentária!” • Além de deixá-lo imune à dor, o gás causou-lhe euforia e bem-estar HISTÓRIA DA ANESTESIA • Confiante, fez uma demonstração perante professores e estudantes da Faculdade de Medicina de Harvard, em Boston • Na hora decisiva, o estudante que lhe serviu de cobaia apresentou sinais de e x c i t a ç ã o , e n t e n d i d a p e l o s observadores como sinais de dor • Wells foi expulso sob a acusação de impostor HISTÓRIA DA ANESTESIA • Ao fazer nova tentativa em sua cidade, administrou quantidade excessiva de gás, e o paciente sofreu uma parada respiratória • Desanimado, abdicou da profissão de dentista HISTÓRIA DA ANESTESIA • 16 de outubro de 1846, • No anfiteatro cirúrgico do Hospital Geral de Massachusetts, em Boston, ocorreu a primeira demonstração pública com éter, realizada por uma dupla de profissionais: o cirurgião John Collins Warren e o dentista William Thomas Green Morton • Foi realizada a remoção de um tumor de um jovem de 17 anos sob anestesia ( por meio de um aparelho inalador) HISTÓRIA DA ANESTESIA Curiosamente, a cena deixou de ser documentada porque o fotógrafo sentiu-se mal ao presenciar o ato cirúrgico. Contudo o acontecimento foi posteriormente imortalizado em um quadro do pintor Roberto Hinckley, datado de 1882. HISTÓRIA DA ANESTESIA HISTÓRIA DA ANESTESIA • Morton, porém não revelava a n a t u r e z a q u í m i c a d a substância que utilizava, dando-lhe o nome de letheon (do grego lethe, r io do esquecimento) HISTÓRIA DA ANESTESIA • Com a ajuda e consultoria do médico Charles Thomas Jackson, ele criou o composto, que nada mais era o éter sulfúrico puro misturado com óleos aromáticos, para disfarçar a sua verdadeira natureza • Objetivava o lucro HISTÓRIA DA ANESTESIA • Wells, desgostoso e amargurado com seu fracasso, suicidou-se em 1848, aos 33 anos, abrindo uma veia do braço e inalando éter ao mesmo tempo • Morton, empobrecido, desacreditado por Jackson, morreu subitamente em uma via pública aos 49 anos • Jackson tornou-se alcoólatra e terminou seus dias em um hospício, onde morreu em 1880, aos 75 anos • Long morreu aos 63 anos, em 1878, de hemorragia cerebral MALDIÇÃO??? HISTÓRIA DA ANESTESIA 1847 • O substituto do éter, o clorofórmio, foi usado pela primeira vez em 1847, por James Simpson, obstetra francês, em um trabalho de parto Nascimento da “Anestesia” Em 1847, ele realizou o primeiro parto sem dor da história, para o terror dos cristãos mais fervorosos, que acreditavam que as dores do parto eram uma recomendação direta de Deus e que com isso não se deveria brincar. A mãe da menina, no entanto, ficou para lá de agradecida e batizou a criança de Anestesia. HISTÓRIA DA ANESTESIA 1847 • A rainha Vitória solicitou os serviços de Simpson, que trouxe ao mundo os príncipes Leopoldo e Beatriz, os dois últimos filhos da soberana da Inglaterra rainha Victoria da Inglaterra (1819-1901) teve 9 filhos e se considerava “uma vaca”, além de temer o parto ela ainda achava os seus recém-nascidos feios. Sem dúvida alguma, os ASPECTOS ÉTICOS E CONSIDERAÇÕES LEGAIS CONSIDERAÇÕES LEGAISCONSIDERAÇÕES LEGAIS Lei 12.842/13, de 10 de julho de 2013 que institui o chamado Ato Médico • Estabelece áreas de atividades privativas dos médicos, entre elas a aplicação de substâncias anestésicas e aquelas que poderão ser executadas por outros profissionais de saúde • VI - execução de sedação profunda, bloqueios anestésicos e anestesia geral; TIPOS DE ANESTESIA ANESTESIA GERAL • Estado de inconsciência reversível, imobilidade, analgesia e bloqueio dos reflexos autonômicos obtidos pela administração de fármacos específicos • O resultado da anestesia geral é obtido através da inalação ou administração endovenosa ANESTESIA GERAL • Características • Amnésia (perda temporária da memória) • Inconsciência (hipnose) • Analgesia (ausência da dor) • Relaxamento muscular • Bloqueio de reflexos autonômicos os quais devem ser controlados continuamente, assim como a homeostase das funções vitais ANESTESIA GERAL • Fases da anestesia geral • Indução • Manutenção • Emersão ANESTESIA GERAL BLOQUEIOS REGIONAIS OU PERIFÉRICOS • Perda reversível da sensibilidade, decorrente da administração de agente anestésico para bloquear ou anestesiar a condução nervosa a uma extremidade ou região do corpo • Ex: Bloqueio do Plexo Braquial, para cirurgias de ombro e membros superiores BLOQUEIOS REGIONAIS OU PERIFÉRICOS BLOQUEIOS REGIONAIS OU PERIFÉRICOS BLOQUEIOS REGIONAIS OU PERIFÉRICOS • Muitos nervos periféricos podem ser bloqueados eficazmente por meio da injeção de um anestésico local • O inicio e a duração do bloqueio estão relacionados com a droga utilizada e também com a concentração e seu volume • As anestesias raquideanas e peridural, também são consideradas bloqueios regionais. ANESTESIA RAQUIDIANA • Um anestésico local é i n j e t a d o n o e s p a ç o subaracnóide através de punção feita em espaço lombar in fer ior e se m i s t u r a a o l i q u i d o cefalorraquideano (LCR) ANESTESIA RAQUIDIANA • Ocorre bloqueio nervoso reversível • Raízes nervosas anteriores e posteriores • Gânglios das raízes nervosas posteriores e de parte da medula • Leva o indivíduo a perda da atividade autonômica, sensitiva e motora. ANESTESIA RAQUIDIANA • A punção é feita na posição sentada ou decúbito lateral, sendo possível direcionar a posição do bloqueio ANESTESIA RAQUIDIANA • Complicações • Hipotensão • Em bloqueios muito altos, pode ocorrer a parada respiratória • Cefaléia pós punção • Aplicação de anestésico em um espaço virtual e n t r e o l i g a m e n t o amarelo e a dura-mater ANESTESIA PERIDURAL (EPIDURAL,EXTRADURAL) ANESTESIA PERIDURAL (EPIDURAL,EXTRADURAL) • Vantagens • Menor incidência de cefaléia • Possibilidade de realização de bloqueios mais restritos • Maior facilidade de realização de técnicas com utilização de cateter (analgesia contínua) • Desvantagens • Maior quantidade de anestésico e consequentemente o maior risco de toxicidade • Início mais lento • Hipotensão (mais lenta que na raqui). ANESTESIA PERIDURAL (EPIDURAL,EXTRADURAL) • Complicações • Bloqueios insuficiente, e falhas, dor ou reflexos vicerais, dificuldade de passagem do cateter epidural • Função inadvertida da dura-mater com bloqueio total • Parada Cardio Respiratória • Convulsões • Hipotensão • Hematoma. ANESTESIA PERIDURAL (EPIDURAL,EXTRADURAL) • Aplicação do anestésico provoca o bloqueio da condução de impulsos ao longo dos axônios do sistema nervoso periférico, pela obstrução dos canais de sódio da membrana, impedindo sua despolarização ANESTESIA LOCAL A N E S T E S I O L O G I A OBRIGADO!!!
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