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UNICHRISTUS_CURSO CIÊNCIAS CONTÁBEIS UNICHRISTUS CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: CONTABILIDADE E LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA I TEMA DE AULA: UNIDADE I - O ESTADO E O PODER DE TRIBUTAR (...) 5. Os princípios jurídicos de tributação UNICHRISTUS_CURSO CIÊNCIAS CONTÁBEIS 5. Os Princípios Jurídicos de Tributação Os princípios jurídicos de tributação constituem limitações da competência tributária, dentre os quais, destacam-se: Os Princípios Gerais de Tributação: Federativo (Competência); Legalidade; Irretroatividade da lei; Anterioridade; Isonomia ou igualdade; Capacidade contributiva; Uniformidade; Proibição de cobrança de taxas; Os Princípios Específicos de Tributação: Vedação ao confisco; Liberdade de tráfego; Não Concessão de Isenção; Não diferenciação tributária; Não cumulatividade; Seletividade. UNICHRISTUS_CURSO CIÊNCIAS CONTÁBEIS 5. Os Princípios Jurídicos de Tributação • Federativo – art. 18, CF/88: A organização política- administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos da Constituição. • Consequência: As pessoas jurídicas de direito público (U, E, DF ou M) não podem interferir nas competências tributárias umas das outras. Portanto, o ente tributante limita-se a instituir o tributo nos limites de sua competência constitucional. UNICHRISTUS_CURSO CIÊNCIAS CONTÁBEIS 5. Os Princípios Jurídicos de Tributação • Legalidade Fiscal – art. 150, I, CF/88: é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça; Garante a segurança nas relações entre o Contribuinte e o Fisco, devendo ser disciplinadas por lei. A Lei instituidora do tributo deve prevê: 1. Descrição do Fato tributável; 2. A definição da Base de Cálculo e Alíquotas; 3. Sujeitos Passivo e Ativo da relação obrigacional. UNICHRISTUS_CURSO CIÊNCIAS CONTÁBEIS 5. Os Princípios Jurídicos de Tributação • Irretroatividade – (art. 150, III, “a”, CF/88): Estabelece ser vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios cobrar tributo em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado; • Anterioridade de Exercício – art. 150, III, “b”, CF/88: Estabelece ser vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios cobrar tributo no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou; UNICHRISTUS_CURSO CIÊNCIAS CONTÁBEIS 5. Os Princípios Jurídicos de Tributação • Exceção ao Princípio da Anterioridade de Exercício - não se aplica a regra da anterioridade de exercício aos seguintes tributos da competência da União (§ 1º, do art. 150, CF/88): • - empréstimos compulsórios, para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência, na forma do art. 148, I, CF/88; • - II; IE; IPI; Operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores; Impostos extraordinários, em caso de guerra ou sua iminência. UNICHRISTUS_CURSO CIÊNCIAS CONTÁBEIS 5. Os Princípios Jurídicos de Tributação • Anterioridade Nonagesimal – art. 150, III, “c”, CF/88: Estabelece ser vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios antes de decorridos 90 dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado a anterioridade de exercício de que trata o art. 150, III, b), da CF/88. • Exceção: não se aplica a regra da anterioridade Nonagesimal (§ 1º, do art. 150, CF/88): • - empréstimos compulsórios, para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência, na forma do art. 148, I, CF/88; • - II; IE; IR; Operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores; Impostos extraordinários, em caso de guerra ou sua iminência. • - Para fixar a Base de Cálculo do IPVA e IPTU. UNICHRISTUS_CURSO CIÊNCIAS CONTÁBEIS 5. Os Princípios Jurídicos de Tributação • Isonomia – art. 150, II, CF/88: é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos; Decorre do Princípio da Isonomia Jurídica, segundo o qual todos são iguais perante a Lei, o que significa "tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais na medida em que eles se desigualam", visando sempre o equilíbrio entre todos. Logo, não fere tal princípio o Imposto Progressivo, em função da capacidade contributiva. UNICHRISTUS_CURSO CIÊNCIAS CONTÁBEIS 5. Os Princípios Jurídicos de Tributação São Corolários do Princípio da Igualdade Tributária: • Capacidade contributiva – art. 145, §1º, CF/88: O princípio da capacidade contributiva é corolário do princípio da igualdade, na medida em que, o principal parâmetro de desigualdade a ser levado em consideração para a atribuição de tratamento diferenciado às pessoas é, exatamente, sua capacidade contributiva. • Uniformidade: proíbe a União de instituir tributo que não seja uniforme em todo o país ou que favoreça ou privilegie determinado Estado ou Município. Não configura violação ao princípio em questão a concessão de incentivos fiscais concedidos pela União para promover o equilíbrio do desenvolvimento sócio-econômico entre as diversas regiões do país, na medida das desigualdades que tais regiões apresentem com as demais. (Art. 151,I, CF/88). • Não-diferenciação Tributária: Ao contrário dos demais princípios vistos anteriormente, a vedação aqui tratada refere-se aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios de estabelecer diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino (art. 152, da CF/88). Excetua, portanto, a União desta proibição. UNICHRISTUS_CURSO CIÊNCIAS CONTÁBEIS 5. Os Princípios Jurídicos de Tributação • Proibição de Cobrança de Taxas – art. 5º, XXXIV – São a todos assegurados, independentemente, da cobrança de taxas: a) O direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direito ou contra ilegalidade ou abuso de poder; b) A obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal. • Proibição ao Confisco – art. 150, IV, CF/88: é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios utilizar tributo com efeito de confisco. OBS: Nenhum ente tributante pode vir a cobrar tributo em valor tão elevado, de modo a vir a abalar ou desfalcar o patrimônio do contribuinte, em face da proibição do efeito confiscatório e o desrespeito à capacidade econômica, ambos proibidos. UNICHRISTUS_CURSO CIÊNCIAS CONTÁBEIS 5. Os Princípios Jurídicos de Tributação • Liberdade de Tráfego – art. 150, V, CF/88: é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público; • Não concessão de isenção – art. 151, III, CF/88 – é vedado à União instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do DF ou dos Municípios. UNICHRISTUS_CURSO CIÊNCIAS CONTÁBEIS 5. Os Princípios Jurídicos de Tributação • Não cumulatividade – art. 153, § 3º,II; art. 154, I; art. 155, § 2º, I; art. 195, § 4º da CF/88: terão que ser não cumulativos o ICMS, o IPI, os impostos residuais, quando instituídos pela União e as contribuições sociais residuais. • Seletividade – art. 153, § 3º, I; art. 155, § 2º, III, da CF/88 – O imposto será seletivo quando as suas alíquotas são diminuídas devido à essencialidade da mercadoria ou serviço prestado. IPI SERÁ SELETIVO ICMS PODERÁ SER SELETIVO UNICHRISTUS_CURSO CIÊNCIAS CONTÁBEIS DAS LIMITAÇÕES DO PODER DE TRIBUTAR AS IMUNIDADES São limitações constitucionais ao poder de tributar consistentes na delimitação da competência tributária constitucionalmente conferida aos entes políticos. Difere, pois, da isenção, visto que esta opera no âmbito do exercício da competência do ente político que institui o tributo, optando por dispensar, legalmente, o seu pagamento em determinadas situações. UNICHRISTUS_CURSO CIÊNCIAS CONTÁBEIS DAS LIMITAÇÕES DO PODER DE TRIBUTAR • As mais importantes imunidades estão previstas no art. 150, VI, CF/88, ao estabelecer ser vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios instituir impostos sobre: • a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros; • b) templos de qualquer culto; • c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei; • d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão. • e) fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras musicais ou literomusicais de autores brasileiros (...) (Acrescentado pela EC 75/13) UNICHRISTUS_CURSO CIÊNCIAS CONTÁBEIS TED: - Os Princípios Jurídicos de Tributação • TED: Leia atentamente o Art. 150 da CF/88 e identifique os princípios a que se referem os incisos I a V do referido dispositivo constitucional. Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça; II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos; III - cobrar tributos: a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado; b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou; c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b; IV - utilizar tributo com efeito de confisco; V - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo poder público;
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