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Língua Portuguesa para Ministério do Trabalho e Emprego - AFT Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales - Aula 01 AULA 01 Olá, estimados alunos e futuros servidores públicos! Hoje, na aula 01, do curso de teoria e de questões comentadas, apresentarei um tema recorrente nas provas da ESAF: PRONOMES. Para refletir: "Se você quer ser bem-sucedido, precisa ter dedicação total, buscar seu último limite e dar o melhor de si mesmo." (Ayrton Senna) Venham comigo! Prof.Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 42 ATENÇÃO! ESSE M ATERIAL PERTENCE AO SITE: W W W .M ATERIALPARACONCURSOS.COM Língua Portuguesa para Ministério do Trabalho e Emprego - AFT Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales - Aula 01 PRONOMES Entramos na aula 01 e nosso curso. A partir de agora, estudaremos os pronomes. Amigos, pronome é a classe de palavras que serve para representar (pronome substantivo) ou acompanhar (pronome adjetivo) um substantivo , determinando-lhe a extensão do significado. Dica para memorização: Pronome Adjetivo ^ Acompanha o substantivo Pronome Substantivo ^ Substitui o substantivo Exemplos: Essa porta está trancada. ("Essa” é pronome adjetivo, pois acompanha o substantivo "porta”) Aquela porta, João tentou abri-la, mas não conseguiu. ("Aquela” é pronome adjetivo, pois acompanha o substantivo "porta”; "la” é pronome substantivo, pois substitui o substantivo "porta”: João tentou abrir a porta, mas não conseguiu.) CLASSIFICAÇÃO Segundo a tradição gramatical, os pronomes são classificados em pessoais (em que se incluem os pronomes de tratamento), possessivos, demonstrativos, indefinidos, interrogativos e relativos. Para efeito de prova da ESAF, interessam-nos os pronomes pessoais, de tratamento, possessivos, demonstrativos e relativos. PRONOMES PESSOAIS Indicam as pessoas do discurso. Dividem-se em retos e oblíquos. > Retos - são as pessoas do discurso. 1â: eu (singular) / nós (plural) 2â: tu (singular) / vós (plural) 3â: ele (singular) / eles (plural) Os pronomes pessoais retos funcionam, geralmente, como sujeito da oração. Exemplos: Ontem eu estudei muito. (sujeito) Tu serás aprovado no concurso. (sujeito) Nós seremos aprovados nas provas. (sujeito) Prof.Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 42 ATENÇÃO! ESSE M ATERIAL PERTENCE AO SITE: W W W .M ATERIALPARACONCURSOS.COM Língua Portuguesa para Ministério do Trabalho e Emprego - AFT Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales - Aula 01 Dica estratégica! Memorizem o seguinte: os pronomes EU e TU sempre exercerão a função de sujeito . Exemplos: Eu fui ao curso ontem. Tu serás aprovado no concurso. E por que eu disse que os pronomes pessoais geralmente desempenham a função de sujeito? Porque os pronomes ELE(S)/ELA(S), NÓS, VÓS, além da função de sujeito, podem desempenhar outras funções sintáticas. Exemplos: Eles terminaram a prova há pouco. (sujeito) É necessário entregar a prova a eles. (objeto indireto) > Oblíquos - são pronomes que sempre desempenham o papel de complemento (objeto direto, objeto indireto, complemento nominal etc). Exemplos: Não o conheço. (objeto direto) Aquela moça era essencial a t i . (complemento nominal) Por sua vez, os pronomes oblíquos subdividem-se em: Átonos - não possuem acento tônico e não são antecedidos por preposição: me, te , se , o(s), a(s), lhe(s), nos, vos . Exemplos: Entregue-me o documento. Ao guarda, os cidadãos devem obedecer-lhe. Importante para a ESAF! Os pronomes oblíquos desempenham importante papel de coesão textual. Exemplo: “Capitu deu-me as costas, voltando-se para o espelhinho. Peguei-Jhe dos cabelos, colhi-os todos e entrei a alisá-los com o pente (...)” (Machado de Assis. In: Dom Casmurro) No excerto acima, verificamos que: - o pronome oblíquo “lhe” (“Peguei-lhe”) refere-se a “Capitu”, indicado uma ideia de posse (Peguei os cabelos de Capitu = Peguei os cabelos dela.) - o pronome oblíquo “os” (“colhi-os”) refere-se a cabelos; - a forma pronominal “los” (“alisá-los”) também se refere a cabelos. Nas duas últimas análises, as formas pronominais “os” e “los” remetem semanticamente ao mesmo referente no texto: “cabelos”. A ESAF chama esse processo de “cadeia de coesão textual”. Prof.Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 42 ATENÇÃO! ESSE M ATERIAL PERTENCE AO SITE: W W W .M ATERIALPARACONCURSOS.COM Língua Portuguesa para Ministério do Trabalho e Emprego - AFT Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales-Aula 01 Fiquem atentos à morfossintaxe: - as formas pronominais o(s), a(s) somente desempenham a função de objeto direto . Exemplos: Não a conheço. (a = objeto direto) V i-os ontem. (os = objeto direto) - as formas pronominais me, te , se , nos, vos podem ser usadas como objeto direto ou objeto indireto . A função sintática, portanto, dependerá do contexto. Exemplos: O dono da festa convidou-me. ("convidar” = verbo transitivo direto; "me” = objeto direto) O professor deu-me uma explicação. ("dar” = verbo transitivo direto e indireto; "uma explicação = objeto direto; "me” = objeto indireto) - as formas me, te , lhe, nos, vos podem ser usadas em lugar dos pronomes possessivos (ideia de posse), desempenhando a função de adjunto adnominal. Exemplos: Acariciava-lhe as mãos. (Acariciava suas mãos.) Observou-nos a fisionomia. (Observou nossa fisionomia.) - a forma pronominal lhe(s) representa substantivos regidos das preposições a ou para. Exemplos: Emprestei o livro ao aluno . (= Emprestei-lhe o livro. "lhe” ^ objeto indireto) Emprestei o livro para o aluno. (= Emprestei-lhe o livro. "lhe” ^ objeto indireto) Manuela foi fiel a ele durante o namoro. (= Foi-lhe fiel durante o namoro ^ complemento nominal) Tônicos - possuem acento tônico e são precedidos por preposição. Sempre funcionam como complementos, sendo representados por mim , comigo , t i , contigo , ele, ela, s i, consigo, nós, comosco, vós , convosco, eles, elas. Exemplos: Entregue o documento a mim . Ao guarda, os cidadãos devem obedecer a ele. F I Q U E atento! As formas pronominais se , si e consigo são exclusivamente reflexivas, ou seja, só podem ser usadas em relação ao próprio sujeito da oração. Exemplos: João feriu-se . Ele só pensa em s i. O advogado trouxe consigo um livro. Prof.Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 42 ATENÇÃO! ESSE M ATERIAL PERTENCE AO SITE: W W W .M ATERIALPARACONCURSOS.COM Língua Portuguesa para Ministério do Trabalho e Emprego - AFT Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales - Aula 01 Recapitulando... Pronomes oblíquos (sempre complementos) Pessoas Pronomes retos Átonos Tônicos sem preposição com preposição 1- Eu (sempre sujeito) me mim, comigo 3 U ) 2 - Tu (sempre sujeito) te ti, contigo ' t f í 3- Ele/Ela o, a, lhe, se ele, ela 1- Nós nos nós, conosco _3 2 - Vós vos vós, convosco 3- Eles/Elas os, as, lhes, se eles, elas EMPREGO DOS PRONOMES PESSOAIS Um assunto que é de extrema relevância nas provas é o emprego dos pronomes pessoais. > Eu e Tu X Mim e Ti Os pronomes eu e tu , normalmente, não aparecem antecedidos por preposição. Neste caso, em regra, deveremos empregar os pronomes oblíquos mim e t i . Exemplos: Deram o doce para mim . Nada mais há entre mim e t i . Todos ficaram contra o juiz e mim . (Todos ficarão contra o juiz e (contra) mim .) Dica estratégica! Normalmente, a frase se apresenta na seguinte progressão: SUJEITO + VE RBO + COMPLEMENTO Entretanto, a banca organizadora pode tentar confundi-los (isso não ocorrerá com vocês!) . Exemplos: Para eu , estudar isso é fácil. (errado) Para mim , estudar isso é fácil. (correto) Na ordem direta, teríamos "Estudar isso é fácil para mim”. É impossível para eu ir à sua festa. (errado) É impossível para mim ir à sua festa. (correto) Na ordem direta,teríamos "Ir à sua festa é impossível para mim”. Prof.Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 42 ATENÇÃO! ESSE M ATERIAL PERTENCE AO SITE: W W W .M ATERIALPARACONCURSOS.COM Língua Portuguesa para Ministério do Trabalho e Emprego - AFT Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales - Aula 01 Entretanto, existem casos em que será admitido o emprego dos pronomes EU e TU após preposições. Ainda assim, desempenharão a função de sujeito. Exemplos: Deram o doce para eu comer. (eu = sujeito do verbo "comer”) Entre eu pedir e você entender há uma grande diferença. (eu = sujeito do verbo "pedir”) Chegou uma ordem para tu viajares. (tu = sujeito do verbo "viajar”) Trouxe um livro para tu leres. (tu = sujeito do verbo "ler”) Aprendemos que os pronomes do caso reto "ele(s)/ela(s)”, em regra, não funcionam como objeto. Exemplos: Não vi ela. (errado) ^ é marca da linguagem coloquial, falada. Não a vi. (correto) ^ em conformidade com o padrão culto escrito. O "a” é objeto direto. Entretanto, se esses pronomes ("ele” e "ela”) estiverem precedidos de TODO e SÓ (= apenas), desempenharão a função de complemento. Exemplos: Recomendei só (= apenas) ele. Convocaram todas elas. É preciso chamar a atenção de vocês para o seguinte: quando o pronome ele(s)/ela(s) exercer a função de sujeito , não haverá a contração com a preposição de . Isso aparece frequentemente em provas. Exemplos: Chegou a hora dos senadores falarem a verdade. (errado) Chegou a hora de os senadores falarem a verdade. (correto) Entretanto, segundo as lições de Evanildo Bechara, na obra Moderna Gramática Portuguesa, editora Lucerna, pág. 567, a frase "Está na hora de a onça beber água (posição mais frequente).” é um "meio de expressão que aproxima dois vocábulos (a preposição de e o artigo a) que a tradição do idioma contrai em da, surgindo assim outro modo de dizer: Está na hora da onça beber água. Em consonância com as lições do eminente gramático, essa "construção não tem repugnado os ouvidos dos que melhor conhecem e escrevem a língua Prof.Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 42 ATENÇÃO! ESSE M ATERIAL PERTENCE AO SITE: W W W .M ATERIALPARACONCURSOS.COM Estratégiar n N r i i R « ; n < ;C O N C U R S O S Língua Portuguesa para Ministério do Trabalho e Emprego - AFTTeoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales - Aula 01 portuguesa. Alguns gramáticos viram aí, entretanto, um solecismo, pelo fato de se reger de preposição um sujeito. Na realidade, não se trata de regência preposicional do sujeito, mas do contato de dois vocábulos que, por hábito e por eufonia, costumam vir incorporados na pronúncia. A lição dos bons autores nos manda aceitar ambas as construções, de a onça beber água e da onça beber água’’. “A não combinação da preposição com o sujeito garante o valor expressivo da preposição e a ênfase posta no sujeito: É tempo de o povo querer melhores escolas, diferente, sob o aspecto de expressividade, de É tempo do povo querer melhores escolas’’. O gramático encerra as considerações mencionando que “a simples - e contrária à dupla possibilidade que a tradição literária registra - solução gramatical de rejeitar uma forma com privilégio de outra empobrece os recursos estilísticos da 1. (ESAF-2002/TCU-Adaptada) Analise o segmento abaixo quanto à ortografia e morfologia. I. O fato do patrimônio gerar empregos e receitas por meio do turismo não abule o paradoxo de que nativos e visitantes se distanciam do fenômeno cultural tanto quanto pessoas que, longe daquelas paragens, pouco valor atribuem a heranças destituídas de familiaridade. Comentário: O segmento acima apresenta alguns erros, a saber: O primeiro e incontestável ocorreu no trecho “não abule o paradoxo”: a forma em destaque nos remete ao verbo “abolir”. Lembram-se das lições sobre verbos defectivos? Lá estava o verbo “abolir”. Ah! Fabiano, não queremos decorar listas. Então, meus amigos, sempre que houver dúvidas quanto à conjugação de uma forma verbal, recorram a um outro verbo, tentando empregar o paradigma deste último. Por exemplo, o verbo “demolir”, flexionado na 3â pessoa do singular do presente do indicativo, apresenta-se sob a forma “demole”. Aplicando a dica do paradigma, percebemos que a flexão correta do verbo “abolir” na 3a pessoa do singular é “abole”. O outro pode (ou não) ser considerado um desvio gramatical, a depender do ponto de vista. Primeiramente, segundo as lições de Evanildo Bechara, a contração da preposição de com o artigo definido o no trecho “O fato do patrimônio gerar empregos” também deve ser aceita (vejam os comentários teóricos acima). Esse é o mesmo posicionamento de Domingos Paschoal Cegalla, na obra Novíssima Gramática da Língua Portuguesa. Entretanto, em conformidade com as lições de boa parte dos gramáticos, a expressão “o patrimônio” exerce a função de sujeito do verbo “gerar” e, para que a Prof.Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 42 (...) língua”. ATENÇÃO! ESSE M ATERIAL PERTENCE AO SITE: W W W .M ATERIALPARACONCURSOS.COM Língua Portuguesa para Ministério do Trabalho e Emprego - AFT Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales - Aula 01 ênfase seja mantida nesse sintagma, a preposição de não deve se fundir com o artigo o: “O fato de o patrimônio gerar empregos (...)”. Portanto, corrigindo o período, temos a dupla possibilidade de construção: O fato de o patrimônio gerar empregos e receitas por meio do turismo não abole o paradoxo de que nativos e visitantes se distanciam do fenômeno cultural tanto quanto pessoas que, longe daquelas paragens, pouco valor atribuem a heranças destituídas de familiaridade. O fato do patrimônio gerar empregos e receitas por meio do turismo não abole o paradoxo de que nativos e visitantes se distanciam do fenômeno cultural tanto quanto pessoas que, longe daquelas paragens, pouco valor atribuem a heranças destituídas de familiaridade. (tendência da ESAF) Gabarito: Errado. 2. (ESAF-2010/ICMS-RJ-Adaptada) Julgue a afirmativa a seguir, a respeito do excerto abaixo. Durante muito tempo, a tributação foi vista apenas como um instrumento de receita do Estado. Apesar desta missão ser, por si só, relevante, na medida em que garante os recursos financeiros para que o Poder Público bem exerça seu mister, a verdade é que, pouco a pouco, descobriu-se outra faceta não menos importante na tributação. Atualmente, com a predominância do modelo do Estado Social, a despeito dos fortes movimentos no sentido do ressurgimento do liberalismo, não se pode abrir mão do uso dos tributos como eficazes instrumentos de política e de atuação estatal, nas mais diversas áreas, sobretudo na social e na econômica. Deve ser ressaltado que a política tributária, embora consista em instrumento de arrecadação tributária, necessariamente não precisa resultar em imposição. O governo pode fazer política tributária utilizando-se de mecanismos fiscais através de incentivos fiscais, de isenções, entre outros mecanismos que devem ser considerados com o objetivo de conter o aumento da arrecadação de tributos. (Maria de Fátima Ribeiro & Natália Paludetto Gesteiro, A busca da cidadania fiscal no desenvolvimento econômico: função social do tributo. http://www.diritto.it/archivio - acesso em 3/6/2010, com adaptações) I. Preservam-se a coerência textual e a correção gramatical ao substituir desta (l.2) por de esta. Comentário: Ao mencionar que “preservam-se a coerência textual e a correção gramatical”, o examinador da banca evidenciou que o trecho “Apesar desta missão ser, por si só, relevante (...)” está correto. E por que isso? Ora, meus amigos, a ESAF adota o posicionamento de Evanildo Bechara e de Domingos Paschoal Cegalla, os quais consideram correta a contração da preposição de com o pronome demonstrativo esta na frase “Apesar desta missão ser,por si só, relevante (...)”. Prof.Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 42 ATENÇÃO! ESSE M ATERIAL PERTENCE AO SITE: W W W .M ATERIALPARACONCURSOS.COM Língua Portuguesa para Ministério do Trabalho e Emprego - AFT Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales - Aula 01 Entretanto, há gramáticos que consideram tal contração um solecismo, prescrevendo a construção em separado da preposição de com o termo posterior. Com isso, primam pela ênfase no sintagma que desempenha a função de sujeito: "Apesar de esta missão ser, por si só, relevante (...)”. Logo, a afirmativa da banca está correta. Gabarito: Correto. VERBOS, PRONOMES E ADAPTAÇÕES a) Se o verbo for finalizado em som nasal (-M, -ÃO ou - ÕE) , os pronomes o(s), a(s) serão transformados em no(s), na(s), respectivamente. Exemplos: Quando encontrarem o material, tragam-no até mim. (tragam + o = tragam-no) Sempre que meus pais têm roupas velhas, dão-nas as pobres. (dão + as = dão-nas) Aquele rapaz põe-nos em situações embaraçosas. (põe + os = põe-nos) b) Se a forma verbal terminar em R, S ou Z, essas terminações deverão ser retiradas, mudando os pronomes o(s), a(s) para -lo(s), -la(s), respectivamente. Exemplos: Quando encontrarem as apostilas, deverão trazê-las até mim. (trazer + as = trazê-las) As garotas ingênuas, o conquistador sedu-las com facilidade. (seduz + as = sedu-las) Os estudantes temiam o novo diretor e resolveram desafiá-lo . (desafiar + o = desafiá-lo) c) Se a forma verbal terminar em - MOS (1â pessoa do plural), a terminação - s deve ser retirada quando, na colocação enclítica (pronome átono após o verbo), receberem pronomes átonos de mesma pessoa (nós). Exemplos: Encontramo-nos ontem à noite. (encontramos + nos = encontramo-nos) Recolhemo-nos cedo todos os dias. (recolhemos + nos = recolhemo-nos) Observação: Com o pronome lhe(s), o verbo não sofre alteração. Exemplos: "concedem às crônicas” - concedem-lhes "faltar às crônicas” - faltar-lhes Prof.Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 42 ATENÇÃO! ESSE M ATERIAL PERTENCE AO SITE: W W W .M ATERIALPARACONCURSOS.COM Língua Portuguesa para Ministério do Trabalho e Emprego - AFT Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales - Aula 01 PRONOMES DE TRATAMENTO São formas empregadas no trato com as pessoas, familiar ou respeitosamente. Representam a 2- pessoa do discurso (com quem se fala), porém toda a concordância deve ser feita com a 3- pessoa (singular ou plural). Exemplos: Vossa Excelência saiu com vossos assessores. (errado) Vossa Excelência saiu com seus assessores. (correto) Vossa Majestade e vossos súditos venceram a guerra. (errado) Vossa Majestade e seus súditos venceram a guerra. (correto) Tratamento Abreviatura Para Vossa Excelência V. Exa- altas autoridades e oficiais-generais Vossa Magnificência V. Maga. reitores de universidades Vossa Alteza V. A. príncipes e duques Vossa Majestade V. M. reis e imperadores Vossa Reverendíssima V. Revma. monsenhores, cônegos, superiores religiosos e sacerdotes Vossa Eminência V. Em-. cardeais Vossa Santidade V. S. papa Vossa Senhoria V. S-. demais autoridades e particulares Prof.Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 42 ATENÇÃO! ESSE M ATERIAL PERTENCE AO SITE: W W W .M ATERIALPARACONCURSOS.COM Língua Portuguesa para Ministério do Trabalho e Emprego - AFT Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales - Aula 01 Dica estratégica! Os pronomes de tratamento devem ser precedidos de VOSSA (com quem se fala), quando nos dirigimos diretamente à pessoa, e de SUA (de quem se fala), quando falamos sobre a pessoa. Exemplos: Vossa Excelência discursou bem. (com quem se fala) Vossa Excelência, Senhor deputado, pode ajudar-me? (com quem se fala) Sua Excelência, a presidente Dilma, discursou bem. (de quem se fala) Sua Excelência, o deputado, viajou. (de quem se fala) UNIFORMIDADE DE TRATAMENTO O pronome você é de tratamento informal e designa a 2ã pessoa do discurso (com quem se fala), ainda que o verbo com ele concorde na forma de 3ã pessoa. A falta de correlação dos respectivos pronomes possessivos e verbos é considerada erro. Quem não conhece a famosa propaganda da Caixa Econômica Federal ? Vem para a Caixa você também. Segundo o padrão culto escrito da língua, a propaganda acima está errada, porque o verbo “vir” foi empregado na 2a pessoa do singular. Porém, o corret o seria empregá-lo na 3â pessoa: Venha para a Caixa você também. (correto) Por sua vez, o pronome tu designa a 2ã pessoa (com quem se fala), devendo seus verbos e pronomes possessivos ser empregados em 2ã pessoa. Considera-se erro a falta de correlação entre os pronomes possessivos e os pessoais e os respectivos verbos. Exemplo: Venha para a Caixa tu também. Segundo o padrão culto escrito da língua, a propaganda acima está errada, porque o verbo “vir” foi empregado na 3â pessoa do singular. Porém, o correto seria empregá-lo na 2â pessoa para concordar com a forma pronominal “tu”: Vem para a Caixa tu também. (correto) Dica estratégica! Tenham cuidado com o sujeito elíptico ou desinencial. Exemplo: Se vieres à festa, traz teu irmão. (sujeito elíptico = tu ^ Se tu vieres à festa, traz(e) teu irmão.) Prof.Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 42 ATENÇÃO! ESSE M ATERIAL PERTENCE AO SITE: W W W .M ATERIALPARACONCURSOS.COM Estratégiar n N r i i R « ; n < ;C O N C U R S O S Língua Portuguesa para Ministério do Trabalho e Emprego - AFTTeoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales - Aula 01 3. (ESAF-2006/ENAP-Adaptada) Em relação ao texto abaixo, analise a afirmação a seguir. Ninguém melhor do que Voltaire definiu a real essência da democracia quando escreveu: "Posso não concordar com uma só palavra do que dizes, mas defenderei até à morte o teu direito de dizê-las”. Ter ideias e comportamentos políticos ou sociais diversos de outros indivíduos não significa, necessariamente, transformá-los em inimigos ferrenhos. Afinal, o que se combate são as ideias do outro e não sua pessoa. I. O emprego de segunda pessoa em “teu” concorda com o emprego de “dizes” . Comentário: No discurso, é importante manter a uniformidade de tratamento. Segundo o contexto, a forma verbal "dizes” está flexionada na 2a pessoa do singular do presente do indicativo. E como percebemos essa flexão? Por meio da desinência número-pessoal "-s”. Portanto, o pronome possessivo "teu” foi corretamente empregado. Gabarito: Certo. Estritamente relacionados com os pronomes pessoais estão os pronomes possessivos, pois estes indicam posse em relação às pessoas do discurso. Em termos de prova, é importante que vocês saibam que o emprego dos possessivos de terceira pessoa seu(s), sua(s) pode gerar ambiguidade na frase. Exemplos: José, Pedro levou o seu chapéu. (frase ambígua) João ficou com Maria em sua casa. (frase ambígua) Nos exemplos acima, temos duas frases ambíguas, isto é, em "José, Pedro levou o seu chapéu.”, não é possível identificar a quem pertence o "chapéu", ao passo que em "João ficou com Maria em sua casa”., a posse da "casa” pode ser atribuída tanto a "João” quanto a "Maria”. Prof.Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 42 (Adaptado de Alfredo Ruy Barbosa, Jornal do Brasil, 11/03/2006) PRONOMES POSSESSIVOS 1â pessoa: meu(s), minha(s), nosso(s), nossa(s) 2â pessoa: teu(s), tua(s), vosso(s), vossa(s) 3â pessoa: seu(s), sua(s) Exemplos: Aqueles óculos são meus. Os livros são seus? ATENÇÃO! ESSE M ATERIAL PERTENCE AO SITE: W W W .M ATERIALPARACONCURSOS.COM Língua Portuguesa para Ministério do Trabalho e Emprego - AFT Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales - Aula 01 Para evitar esse vício de linguagem (a ambiguidade), apresento a vocês duas alternativas: 1â) acrescentar os termos reforçativosdele(s), dela(s), forma menos usual. Exemplos: José, Pedro levou o seu chapéu dele. (o chapéu é de Pedro) Com o acréscimo do termo reforçativo dele (contração da preposição "de” + o pronome "ele”), eliminou-se a ambiguidade. Logo, o chapéu pertence a "Pedro”. João ficou com Maria em sua casa dela. (A casa pertence a Maria) Com o acréscimo do termo reforçativo dela (contração da preposição "de” + o pronome "ela), eliminou-se a ambiguidade. Logo, a casa pertence a "Maria”. Estranharam as construções acima? Pois é, mas ambas estão corretíssimas. Há, ainda, uma outra opção (mais usual): 2â) trocar o pronome possessivo seu(s), sua(s) pelos elementos dele(s), dela(s). Exemplos: José, Pedro levou o chapéu dele. (o chapéu é de Pedro) João ficou com Maria na casa dela. (A casa pertence a Maria) Nos exemplos acima, foram retirados os pronomes possessivos "seu” e "sua”, e foram acrescidos os elementos "dele” e "dela”, respectivamente. Assim, elim inou -se a ambiguidade das construções. ATENÇÃO! ESSE MATERIAL PERTENCE AO SITE: WWW.MATERIALPARACONCURSOS.COM PRONOMES DEMONSTRATIVOS Os pronomes demonstrativos situam os seres no tempo e no espaço, em relação às pessoas do discurso. São os pronomes isto , isso , aquilo , este(s), esse(s), aquele(s), esta(s), essa(s), aquela(s). Exemplos: Esta caneta é do curso. (A caneta está próxima ao falante - quem fala) Essa caneta é sua. (A caneta está próxima ao ouvinte - com quem se fala) Aquela caneta é da Samara. (A caneta está distante do falante e do ouvinte - de quem se fala) EMPREGO DOS PRONOMES DEMONSTRATIVOS É importante que vocês saibam empregar corretamente os pronomes demonstrativos, pois eles desempenham papel importante de coesão textual. - Esse, essa, isso (referência anafórica) - para situar o que já foi expresso. Exemplos: Azul e verde, essas são as cores de que mais gosto. Prof.Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 42 ATENÇÃO! ESSE M ATERIAL PERTENCE AO SITE: W W W M ATERIALPARACO NC URSO S.C O M Língua Portuguesa para Ministério do Trabalho e Emprego - AFT Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales - Aula 01 Na frase acima, o pronome demonstrativo "essas” retoma as cores "azul” e "verde”. Por isso, dizemos que é um pronome anafórico, ou seja, resgata um elemento que já havia sido mencionado na superfície textual. Para memorizar: Referência Anafórica ^ retoma o que foi dito Antes. - Este, esta, isto (referência catafórica) - para situar o que ainda será expresso. Exemplos: As cores de que mais gosto são estas: azul e verde. Na frase acima, o pronome demonstrativo "estas” introduz as cores "azul” e "verde”, que ainda serão citadas. Por isso, dizemos que é um pronome catafórico, ou seja, refere-se a elemento(s) que ainda não foi/foram mencionado(s) na superfície textual. - Este, esta, isto - em referência a um termo imediatamente anterior. Exemplos: O fumo é prejudicial à saúde, e esta deve ser preservada. No período acima, o pronome demonstrativo "esta” retoma o substantivo "saúde”, evitando sua repetição desnecessária no contexto. - Este(s), esta(s) e isto - em relação ao que foi mencionado por último, e aquele(s), aquela(s), aquilo , em relação ao que foi nomeado em primeiro lugar, diferenciando os elementos anteriormente citados na superfície textual. Exemplo: José de Alencar e Machado de Assis são importantes escritores brasileiros; este (Machado de Assis) escreveu Dom Casmurro; aquele (José de Alencar), Iracema. Os pronomes demonstrativos podem, ainda, indicar marcação temporal. - Tempo presente em relação ao falante: empregam-se este, esta e isto . Exemplo: Este ano pretendo passar no concurso. - Tempo passado ou futuro próximos em relação ao falante: empregam-se esse, essa e isso . Exemplo: Esses anos vindouros serão excepcionais em termos de concursos públicos. Prof.Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 42 ATENÇÃO! ESSE M ATERIAL PERTENCE AO SITE: W W W .M ATERIALPARACONCURSOS.COM Língua Portuguesa para Ministério do Trabalho e Emprego - AFT Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales - Aula 01 - Tempos muito distantes em relação ao falante: empregam-se aquele(s), aquela(s) e aquilo . Exemplo: Naquela época eu estudava muito. tome nota! Os pronomes oblíquos o , a, os , as equivalerão a aquele(s), aquela(s), aquilo quando estiverem apostos ao pronome relativo que e à preposição de. Exemplos: Não concordo com o que ele falou. (= Não concordo com aquilo que ele falou.) Sua camisa é igual à da vitrine. (= Sua camisa é igual àquela da vitrine.) No último exemplo acima, houve a fusão entre a preposição "a” e o "a” inicial do pronome demonstrativo “aquela”. Graficamente, esse fenômeno, conhecido como crase, é representado por meio do emprego do acento grave. Veremos isso mais detidamente na aula oportuna. É importante chamar a atenção de vocês para a existência de dois tipos de coesão referencial: a exofórica e a endofórica. - Exofórica (ou dêitica) - ocorre quando o referente está fora da superfície textual, ou seja, faz parte da situação comunicativa (extratextual). Exemplos: Porque será que ele não chegou ainda? O termo “ele”, sem uma referência específica, não possibilita que o leitor faça a inferência sobre a pessoa de quem se fala. Por isso, o pronome ele, no contexto em que se encontra, é dêitico. Lá é muito quente. O advérbio “Lá”, sem demonstrar o lugar no texto, não situa o leitor acerca do espaço a que se refere. Sendo assim, o advérbio lá, no contexto em que está inserido, exerce função dêitica (ou díctica). - Endofórica: ocorre quando o referente se encontra expresso no texto (intratextual). Exemplos: João disse que estava a caminho. Por que será que ele não chegou ainda? (ele refere-se a João) Nas férias, viajei para Mato Grosso do Su l. Lá é muito quente. (Lá refere-se a Mato Grosso do Sul) Prof.Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 42 ATENÇÃO! ESSE M ATERIAL PERTENCE AO SITE: W W W .M ATERIALPARACONCURSOS.COM Língua Portuguesa para Ministério do Trabalho e Emprego - AFT Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales - Aula 01 4. (ESAF-2009/SEFAZ-SP-Adaptada) Em relação ao texto abaixo, analise a proposição. É importante notar que a taxa de juros anual média de 141,12% é escandalosa para o Brasil, cuja inflação anual é estimada em torno de 6,5%. A redução dos juros que se verificou em dezembro certamente não reflete as mudanças que beneficiaram os bancos (redução do compulsório e ligeira melhora na captação de recursos), mas apenas a menor procura por crédito. A discreta queda dos juros não deve aumentar a procura por crédito pelas pessoas físicas que estão conscientes de que não é o momento de se endividar, nem favorecerá uma redução da inadimplência. No máximo, interessará às pessoas jurídicas que buscam crédito de curtíssimo prazo ou financiamentos para exportação, embora as facilidades oferecidas pelo Banco Central tenham um custo muito elevado. Sabe-se que uma redução da taxa Selic nunca repercute plenamente nas taxas de juros dos bancos, que, sob o pretexto da elevação da inadimplência, aumentaram os seus spreads (diferença entre a taxa de captação e de aplicação). O governo está tentando obter uma redução desse spread, até agora sem grande sucesso. Para uma redução sensível das taxas de juros, duas medidas seriam necessárias: reduzi-las nos bancos públicos (Caixa Econômica e Banco do Brasil) e, especialmente, em função de uma taxa Selic menor, reduzir o interesse dos bancos em aplicar seus excedentes de caixa em títulos da dívida mobiliária federal, que oferecem juros elevados e total garantia. (O Estado de S. Paulo, Editorial, 16/1/2009) I. Em “ reduzi-las” (linha 14), o pronome “-las” retoma o antecedente “medidas” (linha 14). Comentário: Esse tipo de questão é muito recorrente nas provas da ESAF.Então, é preciso ter bastante atenção. Os pronomes oblíquos desempenham um importante papel na coesão textual. Isso ocorre com forma pronominal “las”. Ela evita a repetição da expressão "taxas de juros”, retomando-a por meio do processo anafórico: “Para uma redução sensível das taxas de juros, duas medidas seriam necessárias: reduzir as taxas de juros nos bancos públicos...” “Para uma redução sensível das taxas de juros, duas medidas seriam necessárias: reduzi das nos bancos públicos...” E por que o pronome oblíquo “a” se transformou em “las”? Devido à terminação “R” do verbo “reproduzir”: reproduzir + as = reproduzi-las. Gabarito: Errado. 5. (ESAF-2010/MTE-Adaptada) Em relação ao texto, analise a proposição a seguir. Tão logo a catástrofe do terremoto no Haiti requisitou uma ação coletiva mundial, com inúmeros atores envolvidos na ajuda humanitária - países, organizações não governamentais, empresas e os milhares de anônimos e famosos - , a situação caótica do país devastado impôs um desafio: a quem caberá a organização das próximas etapas de reconstrução do país mais pobre do Ocidente? Como coordenar a ajuda que vem de todos os cantos do planeta? Como estabelecer um plano viável de recuperação da infraestrutura e das instituições haitianas? O Haiti, que já vivia uma situação fragilíssima, de extrema miséria - 80% da sua população está abaixo da linha da pobreza e sobrevive com menos Prof.Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 42 ATENÇÃO! ESSE M ATERIAL PERTENCE AO SITE: W W W .M ATERIALPARACONCURSOS.COM Língua Portuguesa para Ministério do Trabalho e Emprego - AFT Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales - Aula 01 de US$ 2 diários (por volta de R$ 108 ao mês) - entrou em colapso. Como era de se esperar, com porto, aeroporto e estradas arruinados ou semidestruídos, com a escassez de água, alimentos e remédios, iniciaram-se ondas de saques, e o próprio governo local transferiu a administração da crise para outros países e instituições. (Jornal do Brasil, Editorial, 18/01/2010) I. A expressão “país mais pobre do Ocidente” (linha 5) é elemento de uma cadeia de coesão textual, pois retoma os antecedentes “ país devastado” (linha 4) e “Haiti” (linha 1). Comentário: A cadeia de coesão textual nada mais é do que um recurso utilizado no texto para que elementos remetam semanticamente a outros componentes textuais. Analisando o contexto, percebemos que a expressão "país mais pobre do Ocidente” faz referência anafórica (ao que já foi citado) aos antecedentes "país devastado” e "Haiti”. Dessa forma, fazemos referência a esses elementos, evitamos a repetição desnecessária de palavras na superfície textual. Gabarito: Certo. 6. (ESAF-2010/CVM) Em relação aos elementos coesivos do texto, assinale a opção correta. Hoje não há mais dúvida a respeito do aquecimento global e de outros problemas gerados pelo consumo de energia e pela industrialização. Não se pode deter o desenvolvimento e não se pode mantê-lo sem aumento do consumo global de energia. A principal fonte de energia hoje são os combustíveis fósseis e o maior vilão dessa história é a emissão de CO2 na atmosfera (embora não seja o único). Parece irreversível a tendência à sua redução pela adoção de novas e mais eficientes tecnologias e fontes de energia. Acabar drasticamente e de imediato com as emissões de CO2 e com a utilização de combustíveis fósseis não é possível. Por outro lado, adotar novas tecnologias que aumentem ou estimulem ainda mais o seu consumo, nem pensar. O século XX viu a consolidação da Era do Petróleo, motor do desenvolvimento mundial desde o final do século XIX até hoje, no começo do século XXI. Esse ciclo de predominância do petróleo deve ser aos poucos substituído por um predomínio do gás natural, junto com, ou antecedendo, um período de aumento de variedade das fontes de energias e ganho das energias naturais e renováveis (sempre como complementares), do hidrogênio e figalmente da energia atômica. (Pergentino Mendes de Almeida http://www.correiocidadania.com. br/content/view/4881/9/, acesso em 29/10/2010) a) Em "mantê-lo” (linha 3), o pronome "-lo” retoma o antecedente "consumo” (linha 2). b) A expressão "dessa história” (linha 4) retoma o antecedente "consumo global de energia” (linha 3). c) Em "seu consumo” (linha 9) "seu” refere-se a "combustíveis fósseis” (linha 7). d) Em "sua redução” (linha 5) "sua” refere-se a "industrialização ” (linha 2). e) A expressão "Esse ciclo” (linha 11) retoma o antecedente "começo do século XXI” (linha 10). Prof.Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 42 ATENÇÃO! ESSE M ATERIAL PERTENCE AO SITE: W W W .M ATERIALPARACONCURSOS.COM Língua Portuguesa para Ministério do Trabalho e Emprego - AFT Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales - Aula 01 Comentário: A referência correta encontra-se na opção (C). A expressão "seu consumo” retoma o elemento textual “combustíveis fósseis”. Notem que o pronome possessivo "seu” não gera ambiguidade no período, auxiliando no processo de referência anafórica (referindo-se ao que já foi citado no texto). Vejamos os erros das demais opções: A) Errada. Segundo o contexto, percebemos que a forma pronominal “lo” refere-se ao “desenvolvimento” (linha 2). B) Errada. Nesta opção, a expressão “essa história” retoma o excerto “A principal fonte de energia hoje são os combustíveis fósseis” (linhas 3 e 4). D) Errada. O vocábulo “redução” refere-se à “emissão de CO2” (linha 4). E) Errada. A expressão “Esse ciclo” retoma o segmento “Era do Petróleo” (linha 9). Gabarito: C. 7. (ESAF-2012/CG U-Adaptada) O Brasil vive uma situação intrigante: enquanto a economia alterna altos e baixos, a taxa de desemprego cai de forma consistente. Uma das possíveis causas é a redução do crescimento demográfico, que desacelera a expansão da população apta a trabalhar. Com menos pessoas buscando uma ocupação, a taxa de desemprego pode cair mesmo com o baixo crescimento. Isso é bom? Depende. Por um lado, a escassez de mão de obra reduz o número de desempregados e aumenta a renda. Por outro, eleva os custos e reduz a competitividade das empresas, o que pode levá-las a demitir para reequilibrar as contas. É uma bomba-relógio que só pode ser desarmada com o aumento da produtividade - para manter o emprego, os trabalhadores precisarão ser treinados para produzir mais. (Adaptado de Ernesto Yoshida, Outro ângulo. Exame, ano 46, n. 7,18/4/2012) I. Provoca-se erro gramatical, com consequente incoerência textual, ao alterar as relações de coesão no texto, inserindo o termo desse desemprego depois de “causas” (linha 2). Comentário: A inserção do termo “desse desemprego” depois de “causas” (linha 2) acarreta incoerência textual. Inicialmente, o autor transmitiu a informação de que “a taxa de desemprego cai de forma consistente”. Por isso, incluir a expressão “desse desemprego” seria contraditório, prejudicando as ideias íp o texto. Sendo assim, essa locução poderia ser substituída, por exemplo, pelo termo “dessa queda”, referindo-se ao excerto “a taxa de desemprego cai de forma consistente”, desempenhando, inclusive, um importante papel coesivo na superfície textual. Gabarito: Certo. Prof.Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 42 ATENÇÃO! ESSE M ATERIAL PERTENCE AO SITE: W W W .M ATERIALPARACONCURSOS.COM Língua Portuguesa para Ministério do Trabalho e Emprego - AFT Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales - Aula 01 PRONOMES RELATIVOS Os pronomes relativos referem-se a um termo anterior, chamado antecedente, estabelecendo uma relação de subordinação entre as orações (sempre iniciam orações subordinadas adjetivas). Os pronomes relativos são: Pronome Exemplos QUE - empregado com o intuito de substituir um substantivo (pessoa ou coisa), evitando sua repetição na frase. Observação : pode sempreser substituído por o qual (e flexões). Roubaram a peça que era rara no Brasil. (= a peça) Roubaram a peça a qual era rara no Brasil. QUAL (e variações) - refere-se a coisas ou pessoas, sendo sempre antecedido de artigo , que concorda em gênero e número com o elemento antecedente. Os assuntos sobre os quais conversamos estão resolvidos. (= os assuntos) Meu irmão comprou a lancha sobre a qual eu falei a você. (= a lancha) QUEM - refere-se a pessoas (ou coisas personificadas) e geralmente aparece precedido de preposição , inclusive quando funcionar como objeto direto. Nesse último caso, passará à condição de objeto direto preposicionado. As pessoas, de quem falamos ontem, não vieram. (= as pessoas) A garota, a quem conheci há duas semanas, está em minha sala. (= a garota) Observação: Quando o pronome QUEM exercer a função de sujeito, não virá precedido de preposição. Isso só ocorrerá quando o pronome “quem” puder ser substituído por pronome demonstrativo (o, a, os, as, aquele, aquela, aqueles, aquelas), acrescido do pronome relativo que. Nesses casos, o pronome "quem” será denominado de pronome relativo indefinido. Foi ele quem me disse a verdade. (= Foi ele o que me disse a verdade.) Quem com ferro fere com ferro será ferido. (= Aquele que com ferro fere com ferro será ferido.) ONDE - este pronome tem o mesmo valor de em que ou no qual (e flexões). Se a preposição “ em” for substituída pela preposição “ a” ou pela preposição “ de” , substituiremos, respectivamente, por aonde e de onde (ou donde ). O pronome onde só deve ser usado quando houver referência a lugar. Eu conheço a cidade em que sua sobrinha mora. Eu conheço a cidade na qual sua sobrinha mora. Eu conheço a cidade onde sua sobrinha mora. Eu conheço a cidade aonde sua sobrinha foi. Eu conheço a cidade de onde (ou donde ) sua sobrinha veio. Prof.Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 42 ATENÇÃO! ESSE M ATERIAL PERTENCE AO SITE: W W W .M ATERIALPARACONCURSOS.COM Língua Portuguesa para Ministério do Trabalho e Emprego - AFT Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales - Aula 01 Pronome Exemplos QUANTO - sempre antecedido de tanto, tudo, todos (e variações), concordando com esses elementos. Fale tudo quanto quiser falar. Traga todos quantos quiser trazer. Beba todas quantas quiser beber. COMO - antecede as palavras maneira, modo e forma. Este é o modo como se deve estudar para o concurso. Aquela é a forma como se praticam os exercícios. CUJO - tal como os pronomes relativos, refere-se a um antecedente, mas concorda (em gênero e número) com o consequente. Antipatizei com o rapaz cuja namorada você conhece. A árvore cujos frutos são venenosos foi derrubada. Esse pronome indica valor de posse (algo de alguém) e não aceita artigo anteposto ou posposto. Importante! Quando um elemento da oração (nome ou verbo) reger preposição, esta antecederá os pronomes relativos. Exemplos: As condições básicas de saúde, de que a população se mostra carente, deveriam ser oferecidas pelo governo. Eu conheço a cidade em que sua sobrinha mora. Eu conheço a cidade aonde sua sobrinha foi. O artista de cuja obra eu fa lara morreu ontem. As pessoas em cujas palavras acred ite i estão presas. 8. (ESAF-2005/STN-Adaptada) A respeito de aspectos linguísticos do trecho abaixo, analise a proposição a seguir. Só mais tarde alcancei compreender que a inteligência pode trabalhar até ao fim inteiramente alheia aos graves problemas religiosos que confundem o pensador que os quer resolver segundo a razão, se nenhum choque exterior veio perturbar para ela solução recebida na infância. A dúvida não é sinal de que o espírito adquiriu maior perspicuidade, é às vezes um simples mal-estar da vida. (Joaquim Nabuco, Minha formação) I. Os dois primeiros quês do texto, em “que a inteligência” (linha 1) e em “que confundem” (linha 2) são ambos pronomes relativos. Comentário: A questão exigiu a diferenciação dos "quês”. Na segunda ocorrência, há a retomada da expressão "graves problemas religiosos”, evitando sua repetição no texto. Prof.Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 42 ATENÇÃO! ESSE M ATERIAL PERTENCE AO SITE: W W W .M ATERIALPARACONCURSOS.COM Língua Portuguesa para Ministério do Trabalho e Emprego - AFT Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales - Aula 01 Portanto, temos um pronome relativo. Conforme estudamos nas lições, toda oração iniciada por um relativo é classificada como oração subordinada adjetiva (o assunto classificação das orações será estudado em aula futura). Na primeira ocorrência, porém, não há referência ao elemento anterior. O excerto "que a inteligência pode trabalhar ...” é complemento do verbo “compreender”, sendo classificado como uma oração subordinada substantiva objetiva direta, iniciada pela conjunção integrante “que”. Para facilitar a visualização, o trecho iniciado por esse conectivo pode ser substituído pelo pronome demonstrativo “isso”: “Só mais tarde alcancei compreender que a inteligência pode trabalhar...” :: “Só mais tarde alcancei compreender isso...” Gabarito: Errado. 9. (ESAF-2006/TCU) Assinale a substituição necessária para que o texto fique gramaticalmente correto. A situação social, política e econômica em que se encontra a população negra é conseqüência de um longo processo estrutural-histórico do qual mudanças dependem de políticas públicas amplas e pautas muito além das formulações dos preconceitos ou das discriminações do racismo como têm sido dadas. Aprofundar a base teórica significa aprofundar o campo das ações nas áreas do trabalho, da habitação, do urbanismo, da economia, da saúde, da cultura e da educação. (Henrique Cunha Jr. “Novos caminhos para os movimentos negros" in Política Democrática - Revista de Política e Cultura, Brasília: Fundação Astrogildo Pereira, Ano V, n. 12, agosto de 2005.) a) em que (linha 1) > na qual b) do qual (linha 2) > cujas c) de um (linha 2) > do d) têm sido (linha 4) > são e) nas ( linha 5) > em Comentário: A substituição necessária é encontrada na assertiva (B). Por meio do contexto, percebe-se que há uma relação de posse entre o substantivo “mudanças” e a expressão “um longo processo estrutural-histórico”. Sendo assim, devemos empregar o pronome relativo “cujas”, o qual remeterá ao termo antecedente (um longo processo estrutural-histórico), mas concordará em gênero (feminino) e número (plural) com o consequente (mudanças). Gabarito: B. 10. (ESAF-2008/STN) O texto abaixo serve de base para a questão 10. Com o advento do Estado Social e Democrático de Direito, ganhou força a tese que defende a necessidade de interpretar a relação jurídica tributária de forma contextualizada com o valor constitucional da solidariedade social. Isso não significa, porém, que a busca da solidariedade social prevalecerá sempre sobre todas as demais normas constitucionais, pois sempre existirão situações em que restará configurada a supremacia de outros valores, também positivados no texto constitucional. A solidariedade de que trata a Constituição, no entanto, é a solidariedade genérica, referente à sociedade como um todo, em oposição à solidariedade de grupos sociais Prof.Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 42 ATENÇÃO! ESSE M ATERIAL PERTENCE AO SITE: W W W M ATERIALPARACO NC URSO S.C O M Estratégiar n N r i i R « ; n < ;C O N C U R S O S Língua Portuguesa para Ministério do Trabalho e Emprego - AFTTeoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales - Aula 01 homogêneos, a qual se refere a direitos e deveres de um grupo social específico. Por força da solidariedade genérica, é lógico concluir que cabe a cada cidadão brasileiro dar a sua contribuição para o financiamento do "Estado Social e Tributário de Direito”. Infelizmente,é um fato cultural e histórico o contribuinte ver na arrecadação dos tributos uma "subtração”, em vez de uma contribuição a um Erário comum. Diante disso, o tema da solidariedade é fundamental, porque leva a uma reflexão sobre as razões pelas quais se pagam tributos, ou porque deva existir uma lealdade tributária. (Daniel Prochalski, Solidariedade social e tributação. http://jus2.uol.com.br/Doutrina/texto, acesso em 9/6/2010, com adaptações) Com relação ao emprego do pronome relativo, mantêm-se a coerência entre os argumentos e a correção gramatical do texto ao usar: a) por que em lugar de "pelas quais” b) na qual em lugar de "em que” c) que em lugar de "de que” d) a que em lugar de "a qual” e) em que em lugar de "que”. Comentário: O emprego dos pronomes relativos é importante não apenas no plano gramatical, mas também no textual. Analisando as opções, chegamos à conclusão de que a assertiva correta é a letra (a). Ao substituir a expressão "pelas quais” pela variante "por que”, mantêm-se a correção e a coerência do texto: "leva a uma reflexão sobre as razões pelas quais (por que) se pagam tributos (...)”. Vejamos os erros das demais opções: b) O correto seria substituir "em que” pela expressão "nas quais”, retomando o substantivo "soluções”. c) No contexto, a preposição "de”, constante da expressão "de que”, é exigida pelo verbo "tratar”, acarretando erro gramatical suprimir esse elemento. d) A expressão "a qual” desempenha a função de sujeito sintático do verbo "referir-se”, não admitindo, portanto, o acréscimo da preposição "a” antes de "que”. e) Por fim, a substituição proposta pela banca não é correta, pois não há elemento contextual que exige a preposição "em” antes do relativo "que”. Gabarito: A. 11. (ESAF-2008/STN) Assinale a opção em que a relação de referência está incorreta. O Brasil vive hoje seu primeiro momento plenamente democrático. Todas as experiências anteriores ou foram autoritárias ou tinhas algumas características da democracia, mas não a realizavam por completo. Boa parte desse resultado político se deve à Constituição em 1988, num sentido mais amplo que as regras por ela determinadas. Além do arcabouço institucional original, o espírito que norteou a confecção do texto constitucional e o aprendizado pôster têm produzido efeitos democratizantes na vida política brasileira. Ainda há, no plano da cidadania, distância entre o Brasil legal e o Brasil real. As formas de participação extra-eleitoral ainda são subaproveitadas. Grande parte da população não as usa. (Fernando Abrucio, Revista Época, 17 de setembro de 2008) a) "seu” (linha 1) se refere a "Brasil” (linha 1) b) "a” (linha 4) se refere a "democracia” (linha 4) c) "desse resultado político” (linha 5) se refere a "foram autoritárias” (linha 3) Prof.Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 42 ATENÇÃO! ESSE M ATERIAL PERTENCE AO SITE: W W W .M ATERIALPARACONCURSOS.COM Língua Portuguesa para Ministério do Trabalho e Emprego - AFT Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales - Aula 01 d) "ela” (linha 7) se refere a “Constituição de 1988” (linhas 5 e 6) e) “as” (linha 14) se refere a “formas de participação extra-eleitoral” (linhas 12 e 13) Comentário: Gabarito: Temos, aqui, uma questão sempre recorrente nas provas da ESAF. O examinador exigiu que o candidato tivesse conhecimento da função referencial anafórica dos pronomes, isto é, a retomada de algum vocábulo/expressão citado anteriormente por meio de uma forma pronominal. A partir das ideias do texto, notamos que a assertiva incorreta é a letra (C). Ao afirmar que o sintagma “desse resultado político” se refere ao predicado “foram autoritárias”, houve equívoco. De acordo com a superfície textual, a expressão “desse resultado político” se refere à era democrática, por meio do segmento “primeiro momento plenamente democrático”, tendo como novo estágio a “Constituição de 1988”. Gabarito: C. COLOCAÇAO PRONOMINAL Pessoal, há três casos para a colocação do pronome átono na oração, a saber: Próclise Exemplos • Pronome antes do verbo. Ocorre: a) com palavras de sentido negativo; Ninguém me emprestou a matéria. b) com advérbios sem pausa; Ontem se fez de morto. Observação! Se houver pausa após os advérbios, a colocação deverá ser enclítica (após o verbo). Ontem, fez-se de morto. (ênclise) c) com pronomes indefinidos ; Tudo me alegrava. d) com pronomes interrogativos; Quem lhe disse isso? e) com pronomes demonstrativos “isto”, “isso” e “aquilo”; Isso se faz assim. f) com conjunções subordinativas e pronomes relativos ; Quando me viu, o menino sorriu. A aula que me recomendou é ótima. g) quando houver a preposição “em” + gerúndio; h) em orações exclamativas e optativas. Em se tratando do concurso, estudarei muito. Que Deus o proteja! Vou me vingar! Prof.Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 42 ATENÇÃO! ESSE M ATERIAL PERTENCE AO SITE: W W W .M ATERIALPARACONCURSOS.COM Língua Portuguesa para Ministério do Trabalho e Emprego - AFT Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales - Aula 01 Mesóclise Exemplos • Pronome no meio do verbo. Ocorre com verbo no: Entregar-lhe-ei o documento. a) futuro do presente ; Entregar-lhe-ia o documento. b) futuro do pretérito . Observações: Se ocorrer qualquer dos casos de próclise, ainda que o verbo esteia no futuro do presente ou no futuro do pretérito, a colocação deverá ser Nunca te entregarei o documento. (próclise) Nunca te entregaria o documento. (próclise)proclítica (antes do verbo). Com o numeral "ambos”, ainda que o verbo esteia no futuro do presente ou no futuro do pretérito, a colocação deverá ser proclítica (antes do verbo). Ambos se mudarão na semana que vem. Ambos se mudariam na semana que vem. Ênclise Exemplos • Pronome após o verbo. A ênclise é a regra geral de colocação pronominal. Sendo assim, o pronome deverá ficar posposto ao verbo quando não ocorrer qualquer dos casos de próclise ou mesóclise. Deu-me boas dicas. (início de oração) Traga-me o café. (verbo no imperativo afirmativo) Cuidado! 1 -) O particípio não admite ênclise. Exemplos: Fornecido-me o material, comecei a estudar. (errado ) Fornecido a mim o material, comecei a estudar. (correto ) 2â) Não devemos usar a colocação pronominal enclítica (após o verbo) quando houver forma verbal no futuro do presente ou no fu turo do pretérito . Nestes casos, a colocação deve ser mesoclítica (no meio do verbo ). Exemplo: Entregar-te-ei o documento. (correto ) Entregar-te-ia o documento. (correto ) Mas: Nunca te entregarei o documento. (correto) Nunca te entregaria o documento. (correto) Prof.Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 42 ATENÇÃO! ESSE M ATERIAL PERTENCE AO SITE: W W W .M ATERIALPARACONCURSOS.COM Língua Portuguesa para Ministério do Trabalho e Emprego - AFT Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales - Aula 01 3-) Nas formas infinitivas antecedidas pela preposição "a”, a colocação deverá ser enclítica (após o verbo) se o pronome oblíquo for "o” ou "a”. Exemplos: Professor, estamos a admirá-lo . Se soubermos que haverá muito mais faxina, não continuaremos a fazê-la. Dica estratégica! Se a forma verbal infinitiva for antecedida pela preposição "a” e o pronome oblíquo for o " lhe”, admite-se tanto a próclise quanto a ênclise. Exemplos: Continuou a lhe fazer carinho. (correto) Continuou a fazer-lhe carinho. (correto) 4-) Quando houver duas palavras que exigem a próclise, é permitido intercalar o pronome oblíquo átono entre elas. A esse caso dá-se o nome de apossínclise. Exemplo: Se não me falha a memória, já vi aquela moça em algum lugar. (a forma pronominal "m e” ficou antes do verbo "falhar” devido à presença da palavra negativa "não”) Se me não falha a memória, já vi aquela moça em algum lugar. (a forma pronominal "me” ficouente o conectivo "se” e a palavra negativa "não”, caracterizando um caso de apossínclise) COLOCAÇÃO EM LOCUÇÕES VERBAIS (Formas possíveis e corretas) • Auxiliar + Infinitivo Próclise ao verbo auxiliar: Jamais lhe pretendo ensinar isso. Ênclise ao verbo auxiliar: Eu pretendo-lhe ensinar isso. Ênclise ao verbo principal: Eu pretendo ensinar-lhe isso. Ênclise ao verbo principal: Jamais devo ensinar-lhe isso. • Auxiliar + Gerúndio Próclise ao verbo auxiliar: Não lhe começo ensinando. Ênclise ao verbo auxiliar: Começo-lhe ensinando. Ênclise ao verbo principal: Começo ensinando-lhe. Ênclise ao verbo principal: Não começo ensinando-lhe. Prof.Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 42 ATENÇÃO! ESSE M ATERIAL PERTENCE AO SITE: W W W .M ATERIALPARACONCURSOS.COM Língua Portuguesa para Ministério do Trabalho e Emprego - AFT Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales - Aula 01 • Auxiliar + Particípio Próclise ao verbo auxiliar: Eu lhe tinha ensinado a matéria. Ênclise ao verbo auxiliar: Eu tinha-lhe ensinado a matéria. Próclise ao verbo auxiliar: Não lhe tinha ensinado a matéria. Dica estratégica! Na estrutura “ verbo auxiliar + particípio” , não se admite a colocação do pronome oblíquo após o verbo principal. Exemplos: Tinha ensinado-lhe a matéria. (errado) Não tinha ensinado-lhe a matéria. (errado) 12. (ESAF-2008/CG U-Adaptada) O governo não se preparou para fazer frente ao corte de receitas de R$ 40 bilhões. Em vez de buscar alternativas para compensar a morte anunciada, o Executivo contou com os recursos como se fossem permanentes.__________________ a proposta orçamentária de 2008, em que consta a previsão de arrecadação do tributo que, segundo a lei, estaria extinto. (“Enterrar cadáveres", Correio Braziliense, 15/1/2008, p. 16) I. É correto afirmar que a forma “Prova-o” completa com correção gramatical e propriedade vocabular a lacuna do trecho acima. Comentário: Conforme estudamos nas lições, o período não deve ser iniciado por pronome oblíquo átono. Sendo assim, a banca nos induz a aplicar a regra geral de colocação pronominal: a ênclise. A colocação enclítica (após o verbo) sempre ocorrerá quando não houver exigência de próclise ou mesóclise (vide tabela das páginas 70 e 71). Gabarito: Certo. 13. (ESAF-2010/Ministério do Trabalho e Emprego) Assinale a opção que corresponde a palavra ou expressão destacada no texto abaixo que foi empregada de acordo com as regras de concordância. Como nunca antes, a ordem e a cultura do capital mostram inequivocamente o seu rosto inumano, revelam a lógica perversa que as(1) dominam(2) internamente e que, antes, podiam ser escamoteadas(3) a pretexto do confronto com o socialismo: criam, por um lado, grande riqueza e concentração de poder à custa da devastação da natureza, da exaustão da força de trabalho e de uma estarrecedora pobreza. A utilização crescente da informatização e da robotização criam(4), ao dispensar o trabalho humano, os desempregados estruturais, hoje, totalmente descartáveis. E soma-se(5) aos milhões só nos países do Primeiro Mundo. (Adaptado de Leonardo Boff. Depois de 500 anos: que Brasil queremos? Petrópolis, RJ: Vozes, 2000, p.41.) Prof.Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 42 ATENÇÃO! ESSE M ATERIAL PERTENCE AO SITE: W W W .M ATERIALPARACONCURSOS.COM Língua Portuguesa para Ministério do Trabalho e Emprego - AFT Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales - Aula 01 a) (1) b) (2) c) (3) d) (4) e) (5) Comentário: Vamos analisar as opções. A) Esta é a resposta da questão. A forma pronominal "as” retoma a expressão "a ordem a e a cultura do capital” cujos núcleo são os vocábulos "ordem” e "cultura”. Portanto, a flexão no plural está correta. B) Incorreta. No trecho, o pronome relativo "que” é sujeito sintático do verbo "dominar”. Analisando o contexto, percebemos que essa forma pronominal representa semanticamente a expressão "a lógica perversa”, cujo núcleo é "lógica”. Portanto, o correto é "que as domina internamente”. C) Incorreta. A locução "podiam ser escamoteadas” tem como sujeito a expressão "a lógica perversa”, devendo, portanto, permanecer no singular: "A lógica perversa (...) podia ser escamoteada”. D) Incorreta. O verbo "criar” deve permanecer no singular para concordar com o núcleo do sujeito "A utilização crescente da informatização e da robotização”. E) Incorreta. O verbo "somar” deve permanecer na terceira pessoa do plural para concordar com o sujeito "os desempregados culturais”, cujo núcleo é "desempregados”. Gabarito: A. Leia o texto abaixo para responder à questão 14. Na teoria clássica, a finalidade do Estado é promover o bem comum da sociedade, considerado como o conjunto de condições que permite aos indivíduos atingirem o seu bem particular. Se o Estado propicia segurança, educação, saúde, trabalho, previdência, moradia e transporte, o indivíduo tem as condições mínimas para atingir a felicidade, a que todos os homens tendem. No entanto, é preciso fazer a distinção entre fins e meios. O bem comum é a finalidade e os direitos sociais, os meios para promovê-lo. Nesse diapasão, não se pode colocar a felicidade como direito a ser garantido pelo Estado. O que é dever do Estado é assegurar os meios para que cada um possa chegar à felicidade. (Ives Gandra Martins Filho, A felicidade e a constituição. Correio Braziliense, 8 de junho, 2010, com adaptações) 14. (ESAF-2010/ICMS-RJ) Provoca-se erro gramatical e incoerência textual ao fazer a seguinte substituição no texto: a) "permite” por permitem. b) "atingirem” por atingir. c) a vírgula depois de "sociais” por são. d) "a que” por a qual. e) "promovê-lo” por o promover. Comentário: Vamos analisar as opções. A) No segmento "considerado como o conjunto de condições que permite aos indivíduos atingirem seu bem particular”, o pronome relativo "que” é sujeito sintático do verbo "permitir”. Entretanto, percebe-se uma ambiguidade estrutural, pois essa forma pronominal Prof.Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 42 ATENÇÃO! ESSE M ATERIAL PERTENCE AO SITE: W W W .M ATERIALPARACONCURSOS.COM Língua Portuguesa para Ministério do Trabalho e Emprego - AFT Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales - Aula 01 pode referir-se tanto ao vocábulo "conjunto” quanto à palavra "condições”. Portanto, nessa última possibilidade, a forma verbal "permite” pode, sim, ser substituída por "permitem”. B) No segmento "considerado como o conjunto de condições que permite aos indivíduos atingirem seu bem particular”, o verbo "atingir” tem como sujeito o vocábulo "indivíduos”, o que valida a flexão no plural: "atingirem”. Entretanto, também é lícita a concordância do verbo "atingir” no singular, pois "indivíduos” não está explícito na oração "atingirem seu bem-estar”. Portanto, é facultativa a flexão do verbo "atingir”. C) A substituição proposta neste item denota que a vírgula, empregada após o vocábulo "sociais”, denota a supressão da forma verbal "são”. Percebemos que o verbo "ser” da segunda oração - "e os direitos sociais, os meios” - está oculto. Portanto, não há erro gramatical ao fazer essa explicitação. D) Para analisar este item, devemos ter por base o trecho "o indivíduo tem as condições mínimas para atingir a felicidade, a que todos os homens tendem”. No aludido trecho, o termo regente "tender” exige o emprego da preposição "a” (Todos os homens tendem A alguma coisa). Por sua vez, na expressão "a que”, o pronome relativo "que” faz referência ao substantivo "felicidade”. Ao fazermos a substituição por "a qual”, percebemos a ausência da preposição "a”. O correto seria substituir "a que” por "à qual”, a fim de não acarretar erro no emprego do acento grave indicativo de crase: "(...) felicidade, à qual todos os homens tendem”. E) Neste item, a substituição é facultativa. Segundo as lições de Evanildo Becharae de Rocha Lima, na presença da preposição "para” está correta a colocação proclítica "os meios para o promover”. Vale frisar que também está em conformidade com o padrão culto escrito a colocação enclítica "os meios para promovê-lo”. Gabarito: D. O texto abaixo serve de base para a questão 15. Com o advento do Estado Social e Democrático de Direito, ganhou força a tese que defende a necessidade de interpretar a relação jurídica tributária de forma contextualizada com o valor constitucional da solidariedade social. Isso não significa, porém, que a busca da solidariedade social prevalecerá sempre sobre todas as demais normas constitucionais, pois sempre existirão situações em que restará configurada a supremacia de outros valores, também positivados no texto constitucional. A solidariedade de que trata a Constituição, no entanto, é a solidariedade genérica, referente à sociedade como um todo, em oposição à solidariedade de grupos sociais homogêneos, a qual se refere a direitos e deveres de um grupo social específico. Por força ^ solidariedade genérica, é lógico concluir que cabe a cada cidadão brasileiro dar a sua contribuição para o financiamento do “Estado Social e Tributário de Direito” . Infelizmente, é um fato cultural e histórico o contribuinte ver na arrecadação dos tributos uma “subtração” , em vez de uma contribuição a um Erário comum. Diante disso, o tema da solidariedade é fundamental, porque leva a uma reflexão sobre as razões pelas quais se pagam tributos, ou porque deva existir uma lealdade tributária. (Daniel Prochalski, Solidariedade social e tributação. http://jus2.uol.com.br/Doutrina/texto, acesso em 9/6/2010, com adaptações) 15. (ESAF-2009/Receita Federal)Assinale a opção correta a respeito das relações de coesão no texto. a) Por meio do pronome "Isso” retoma-se a ideia de "advento do Estado Social e Democrático de Direito”. Prof.Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 42 ATENÇÃO! ESSE M ATERIAL PERTENCE AO SITE: W W W .M ATERIALPARACONCURSOS.COM Língua Portuguesa para Ministério do Trabalho e Emprego - AFT Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales - Aula 01 b) O substantivo "situações” resume e retoma as relações entre "o advento do Estado Social e Democrático de Direito” e "o valor constitucional da solidariedade social”. c) Por meio do pronome "a qual”, retoma-se "sociedade”. d) A expressão "outros valores” refere-se a valores que constam do texto constitucional. e) É classificado como "cultural e histórico” o fato de cada cidadão brasileiro dar sua contribuição para o financiamento do Estado. Comentário: A questão exigiu conhecimento dos recursos de coesão textual. A resposta correta encontra-se na assertiva (D). No excerto "(...) configurada a supremacia de outros valores, também positivados no texto constitucional”, a expressão "outros valores” remete a valores que constam do texto constitucional. E quais os erros das demais opções ? Vejamos. A) O pronome "isso” faz coesão anafórica ao fortalecimento da tese expressa no texto: defender "a necessidade de interpretar a relação jurídica tributária de forma contextualizada com o valor constitucional da solidariedade social”. B) No contexto, o substantivo "situações” tem função catafórica, antecipando a informação presente no trecho "restará configurada a supremacia de outros valores, também positivados no texto constitucional”. C) No contexto, a expressão relativa "a qual” faz referência ao trecho "solidariedade de grupos sociais homogêneos”. E) Por fim, a referência a um fato "cultural e histórico” alude ao fato de o contribuinte "ver na arrecadação dos tributos uma subtração”. Gabarito: D. 16. (ESAF-2009/Receita Federal-Adaptada) Assinale a opção em que o trecho constitui continuação coesa e coerente para o texto retirado do Editorial do jornal Zero Hora (RS), de 28/8/2009. Com a ajuda da tecnologia de comunicação e informação disponível, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) está desfazendo a imagem antiga de um órgão público moroso e desorganizado, que cobra mal, fiscaliza mal e presta mau serviço na hora em que o segurado a ele recorre para qualquer benefício. Conquistas administrativas e gerenciais recentes - alicerçadas nos sistemas computadorizados e, certamente, em reciclagens funcionais - permitem, por exemplo, que as aposentadorias sejam deferidas em alfflu ns minutos, com dia e hora agendados, ou que o próprio INSS alerte os trabalhadores quando sua aposentadoria já pode ser solicitada. Neste sentido, o Instituto liberou nesta semana mais um lote de correspondências avisando mais de 1,3 mil trabalhadores urbanos de que adquiriram condições de pleitear esse benefício. a) Trata-se de um avanço que engrandece o sistema de seguro social estabelecido no Brasil, mesmo que tal eficiência não se verifique ainda em todas as áreas, nem abranja toda a estrutura de um organismo que gerencia 11 distintos benefícios, que vão das aposentadorias às pensões por morte, do salário-família ao auxílio-acidente e ao auxílio- doença, entre outros. b) Cada um deles exige uma estruturação administrativa complexa e uma fiscalização adequada, tanto para que os cidadãos sejam atendidos com qualidade quanto para evitar que aproveitadores fraudem o sistema e prejudiquem seus beneficiários. Prof.Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 42 ATENÇÃO! ESSE M ATERIAL PERTENCE AO SITE: W W W .M ATERIALPARACONCURSOS.COM Língua Portuguesa para Ministério do Trabalho e Emprego - AFT Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales - Aula 01 Comentário: Vamos analisar as assertivas. A) Esta é a resposta da questão. As expressões "Trata-se de um avanço” e "tal eficiência” desempenham um importante papel coesivo, referindo-se a todo o trecho inicial, evidenciando as "Conquistas administrativas e gerenciais recentes”. B) Nesta opção, o segmento "cada um deles” remeteria a "mais de 1,3 mil trabalhadores urbanos”, excerto constante do primeiro trecho. Porém, há o complemento "exige uma estruturação administrativa complexa e uma fiscalização adequada” deixa clara a falta de sentido na mencionada relação. Gabarito: A. 17. (ESAF-2009/Receita Federal) Assinale a opção em que o trecho constitui continuação coesa e coerente para o texto abaixo, adaptado de Luiz Carlos Mendonça de Barros, Valor Econômico, 31/8/2009. Quem acompanha o dia a dia dos mercados financeiros sabe que o pensamento ultraliberal em relação à regulação dos mercados financeiros foi dominante desde a década de 1980, mas especialmente a partir do governo Clinton. Bush deu continuidade a essa visão. Os perigos associados a essa postura ficaram ainda maiores em função do aparecimento de uma série de inovações financeiras que criaram segmentos do mercado sem nenhum acompanhamento pelos órgãos reguladores. a) Essa era uma grande cooperativa de funcionários, de maneira que o pagamento de bônus por performance a cada período não causava distorções em relação ao valor futuro dos lucros dos acionistas. Esse sistema funcionou de forma correta por décadas no mercado financeiro. b) Nesse tipo de instituição, a maioria dos funcionários que recebe esses bônus participa também no capital da empresa. Além disso, essas empresas não tinham ações colocadas no mercado junto a investidores. c) Além desses espaços sem lei, instrumentos legítimos de busca de eficiência das instituições financeiras e que funcionaram adequadamente durante muito tempo foram sendo desvirtuados. d) Esse sistema de bônus é uma prática usada para estimular talentos, que nasceu em instituições financeiras organizadas sob a forma de associação de sócios. e) Mas a partir do momento em que se aprofundou a separação entre beneficiários desses bônus e os detentores de ações, a racionalidade do sistema foi destruída e uma nova fonte de risco criada. Neste momento, os mlcanismosque criavam estímulos positivos se tornaram instrumentos perigosos e destrutivos. Comentário: Questão semelhante à anterior. A resposta é encontrada na assertiva (C). No trecho "Além desses espaços sem lei”, a expressão "esses espaços sem lei”, por meio do pronome demonstrativo "esses”, desempenha o papel coesivo de retomar o excerto "segmentos do mercado sem nenhum acompanhamento pelos órgãos reguladores”. Portanto, este é o gabarito da questão. Nas demais opções, temos: A) O excerto "essa era uma grande cooperativa de funcionários” não apresenta referência no trecho anterior. Este, inclusive, não faz menção a "cooperativas”, mas sim a "mercados financeiros”. B) A ausência de referencial anterior para a expressão "esse tipo de instituição” tornou a opção incorreta. Além disso, o trecho inicial não fez alusão a "instituições”. Prof.Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 42 ATENÇÃO! ESSE M ATERIAL PERTENCE AO SITE: W W W .M ATERIALPARACONCURSOS.COM Língua Portuguesa para Ministério do Trabalho e Emprego - AFT Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales - Aula 01 D) Novamente, o erro ocorreu devido à falta de referencial anterior para a expressão "esse sistema de bônus”. E) Por fim, houve falta de referencial anterior para o segmento "esses bônus”. Gabarito: C. 18. (ESAF-2009/Receita Federal) Nas opções, são apresentadas propostas de continuidade do parágrafo abaixo. Assinale aquela em que foram atendidos plenamente os princípios de coesão e coerência textuais. Duas ameaças simétricas rondam a determinação dos termos de troca entre presente e futuro. A miopia temporal envolve a atribuição de um valor demasiado ao que está próximo de nós no tempo, em detrimento do que se encontra mais afastado. A hipermetropia é a atribuição de um valor excessivo ao amanhã, em prejuízo das demandas e interesses correntes. (Eduardo Giannetti. O valor do amanhã: ensaio sobre a natureza dos juros. São Paulo: Companhia das Letras, 2005) a) Contudo, a miopia temporal nos leva a subestimar o futuro, e a hipermetropia a supervalorizar o futuro, o que desfaz, em parte, a referida simetria. b) Por serem ameaças cujo resultado é idêntico, tanto a miopia temporal quanto a hipermetropia tornam irrelevante o fenômeno dos juros nas situações de troca entre presente e futuro. c) Apesar dessa simetria, não existe uma posição credora - pagar agora, viver depois - , mesmo porque sempre abrimos mão de algo no presente sem a expectativa de recebermos algo no futuro. d) Diante dessas ameaças, cabe perguntar se existe um ponto certo - um equilíbrio estável e exato - entre os extremos da fuga do futuro (miopia) e da fuga para o futuro (hipermetropia). e) Essa simetria conduz, portanto, à conclusão de que vale mais a pena subordinar o presente ao futuro, e não, o contrário, o que nos fará atribuir valor excessivo ao futuro, sem risco de incorrermos em hipermetropia temporal. Comentário: Vamos analisar as opções. A) O conectivo "contudo” apresenta valor semântico de oposição, mas relacionou, equivocadamente, ideias de causa e consequência. Para corrigir o erro, o mencionado conector pode ser substituído por outro de [/alor conclusivo ("portanto”, "assim” etc.). B) A opção contradiz a informação acerca da miopia temporal e a hipermetropia. Por se tratar de fenômenos antagônicos, não podem convergir para resultados iguais. C) Uma vez que não há oposição entre a "simetria” e o restante do trecho, o conectivo de concessão "apesar de” foi empregado incorretamente. D) Esta é a resposta da questão. A expressão "essas ameaças” desempenha importante papel coesivo, retomando a locução "duas ameaças”, no trecho anterior. Por fim, o que se diz acerca da "miopia” e da "hipermetropia” resume corretamente a ideia abordada no texto. E) Há contradição sobre o conceito de hipermetropia. Ademais, é incorreto inferir que a "miopia” é melhor do que a "hipermetropia”, uma vez que não texto não fornece subsídios para tal interpretação. Gabarito: D. Prof.Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 42 ATENÇÃO! ESSE M ATERIAL PERTENCE AO SITE: W W W .M ATERIALPARACONCURSOS.COM Língua Portuguesa para Ministério do Trabalho e Emprego - AFT Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales - Aula 01 19. (ESAF-2009/Receita Federal) Assinale a opção que corresponde a erro gramatical. O IDH é um índice que, pela simplicidade, se(1) disseminou mundialmente, tornando- se(2) um parâmetro de avaliação de políticas públicas na área social, o que não é pouco, levando-se em consideração que há respaldo científico. No entanto, para além das filigranas metodológicas, é preciso não se perder(3) de vista o ponto fundamental do IDH, que é medir a qualidade de vida para além de indicadores econômicos. Nesse sentido, ele é uma bem-sucedida alternativa ideológica do indicador puro e simples do Produto Interno Bruto, no qual(4) pode camuflar o real nível de bem-estar da maioria da população. Com o IDH, medir desenvolvimento humano passou a ser tão ou mais importante que aferir(5) o mero, e às vezes enganador, desenvolvimento econômico. (Jornal do Brasil, Editorial, 7/10/2009, adaptado.) a) (1) b) (2) c) (3) d) (4) e) (5) Comentário: Há erro gramatical na opção (D). A expressão relativa "no qual” remete ao sintagma "Produto Interno Bruto”, o qual exerce a função de sujeito da oração adjetiva "pode camuflar o nível (...) população”. Dessa forma, não pode ser preposicionado, sobretudo porque não há, no contexto, elemento que exija a preposição "em”, o que torna incorreto o emprego da expressão "no qual”. Assim, a reescrita correta é "Produto Interno Bruto, o qual pode camuflar o real nível (...)”. Gabarito: D. Leia o texto abaixo para responder à questão 20. A segunda metade dos anos 1990 foi caracterizada por crises nos países emergentes: México, Rússia, Brasil e Argentina. Em todos os casos, os países recorreram ao Fundo Monetário Internacional (FMI) para resolver seus problemas de endividamento externo e tiveram que se submeter a rigorosos programas de ajuste fiscal (redução de gastos públicos e aumento de impostos) e das contas externas exigidos pela organização. Após o período de retração do nível de atividade e aumento do desemprego, durante o qual a relação dívida/PIB e os déficits fiscais se acomodaram em níveis compatíveis com a capacidade de financiamento, todos os países, à exceção da Argentina, entraram em trljetória de crescimento, com estabilidade de preços. Como os fundamentos fiscais e monetários destes países estavam fortes, com equilíbrio fiscal, relação dívida/PIB e inflação sob controle, seus governos e bancos centrais puderam adotar políticas fiscais, monetárias, de crédito mais frouxas, que reverteram a trajetória de queda já no segundo trimestre de 2009. (José Márcio Camargo, Tragédia grega. IstoÉ, 10/02/2010, com adaptações) 20. (ESAF-2010/SUSEP) Assinale a opção em que os três termos remetem, por coesão textual, ao mesmo referente. a) "países emergentes” - "os países” - "se” b) "todos os casos” - "problemas de endividamento externo”- "seus” c) "Fundo Monetário internacional” - "seus” - "organização” d) "desemprego”- "o qual” - "se” e) "equilíbrio fiscal” - "políticas ... de crédito” - "que” Prof.Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 32 de 42 ATENÇÃO! ESSE M ATERIAL PERTENCE AO SITE: W W W .M ATERIALPARACONCURSOS.COM Língua Portuguesa para Ministério do Trabalho e Emprego - AFT Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales - Aula 01 Comentário: Questão sobre elementos coesivos do texto. A resposta da questão é a letra (A). A expressão "os países” encontra referencial anterior no termo "países emergentes”. O mesmo ocorre com a forma pronominal oblíqua "se”, remetendo aos países submetidos ao FMI. As demais opções apresentam algumas referências incorretas. B) A expressão "todos
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