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Avaliação educacional

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02/03/2019 AVALIAÇÃO EDUCACIONAL – Blog do Freitas | Destinado a temas sobre avaliação educacional. Contra a destruição do sistema …
https://avaliacaoeducacional.com/ 1/25
MEC: a ideologia acima de tudo
Publicado em 28/02/2019
O ministro Velez, conservador, já está no terceiro comunicado do MEC, informa a Folha de São Paulo, em sua
missão de ajustar à lei suas “afoitices” ideológicas. A versão original da polêmica nota do Ministro saiu de um
rompante deste, sem que o setor jurídico do MEC fosse consultado.
A versão original não só tem um slogan de campanha, o que é manifestamente ilegal inclusive pelo apelo religioso,
como revela a cartilha autoritária pela qual atuam os conservadores: a imposição de seus valores aos demais em
todas as áreas. Eles acham que possuem os princípios perenes da “fundação do mundo”, alguns deles deturpados
pelos próprios liberais e claro, pelos socialistas.
Para incredulidade geral da nação, o Ministro queria demonstrações de que sua determinação (depois disfarçada
de recomendação) havia sido cumprida, através de filmagens que deviam ser enviadas ao MEC, esquecendo-se de
que as escolas de educação básica estão sob administração de estados e municípios e não do governo federal. Eis
como agem os conservadores. Os liberais (e talvez até mesmo os neoliberais) ficaram vermelhos e engoliram seco.
A pressão obrigou Bolsonaro a dizer ao ministro que deveria “pedir desculpas e desfazer” a solicitação.
Mas, ante o silêncio inicial do governo, coube aos estados (e ao Conselho Nacional de Secretários de Educação)
bloquear a doutrinação militar pretendida pelo MEC. O Conselho Estadual de Educação de São Paulo acaba de
emitir um Parecer que deveria ser lido pelo Ministro como parte de sua formação “cívica”. Cabe ao Conselho
Estadual regular as normas das escolas públicas e privadas do Estado e não ao MEC.
Mas, dos conservadores devemos esperar isso mesmo. Há 200 anos ou mais que eles convertem seus valores em
“carolices” cívicas, religiosas e ideológicas, que julgam iluminar o mundo. Já não entusiasmam mais ninguém, a
não ser eles mesmos, em uma espécie de “auto-fragelação” pelos “descaminhos da humanidade” que devem ser
contidos com a educação cívica e a obediência à “ordem natural das coisas”. Já se esqueceram dos efeitos
deletérios que a ditadura militar criou na juventude quando esta foi confinada nas escolas para atender a gestos
como este – bem lembrado por Hélio Schwartsman em um texto na Folha de São Paulo: Eu me orgulho de não
saber o hino.
A função dos 10 minutos de glória que os conservadores (olavetes e evangélicos no governo) ganharam neste
início de governo é arranjar votos para passar as reformas dos neoliberais. Já gastaram boa parte dos 10 minutos
elegendo Bolsonaro e criando uma série de manobras diversionistas. Não sem consequências, são, de certa forma,
os “bobos da corte” destinados aos momentos de diversão. Os liberais (de olho em 2022) assistem, pois o que
interessa é a agenda econômica “o resto não tem pressa”.
Entre o pessoal ligado à educação, à medida que o tempo passa, a paciência vai acabando.
Publicado em Militarização de escolas, Velez no Ministério | Marcado com Resistência | Deixe um comentário
Espírito Santo ignora carta de Ministro
Publicado em 27/02/2019
AVALIAÇÃO EDUCACIONAL – Blog do Freitas
Destinado a temas sobre avaliação
educacional. Contra a destruição do
sistema público de educação e contra a
desmoralização dos professores pelas
políticas de responsabilização.
02/03/2019 AVALIAÇÃO EDUCACIONAL – Blog do Freitas | Destinado a temas sobre avaliação educacional. Contra a destruição do sistema …
https://avaliacaoeducacional.com/ 2/25
Seguindo posição do CONSED – Conselho Nacional de Secretários de
Educação -, o Estado do Espírito Santo também declara que não vai
atender carta do Ministro.
O texto alerta que, mesmo voluntariamente, os gestores “não deverão
produzir imagens dos alunos para fins alheios às atividades da Secretaria”.
Publicado em Assuntos gerais, Militarização de escolas, Velez no Ministério | Marcado com Resistência | Deixe um comentário
Maranhão ignora carta do Ministro
Publicado em 27/02/2019
Seguindo posição do CONSED – Conselho Nacional de Secretários de Educação -, o Maranhão declarou que
também não vai atender carta do Ministro. No texto o governo do Estado afirma que:
“o foco do Maranhão é discutir a qualidade da educação a partir de um
ambiente escolar do livre pensar e agir, ou seja, democrático,
participativo e que incentiva o protagonismo juvenil para a formação
de cidadãs e cidadãos conscientes, responsáveis e críticos”.
 
Publicado em Assuntos gerais, Militarização de escolas, Velez no Ministério | Marcado com Resistência | Deixe um comentário
CNTE: carta de Ministro é doutrinamento
Publicado em 27/02/2019
A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação – CNTE – divulgou Nota Pública na qual critica a carta
enviada pelo Ministério da Educação às escolas brasileiras e afirma que a iniciativa do Ministro “escancara um
governo despreparado” e “explicita a indigência intelectual a que estamos submetidos”.
Leia íntegra aqui.
Publicado em Militarização de escolas, Velez no Ministério | Marcado com Resistência | Deixe um comentário
Paraíba ignora pedido do Ministro da Educação
Publicado em 26/02/2019
Seguindo posição do CONSED – Conselho Nacional de Secretários de Educação -, Paraíba declara que também
não vai atender carta do Ministro.
“O secretário de educação disse que a carta do ministro é um “rompante”. “Ela não foi discutida em
nenhum momento, nem com a secretaria da Paraíba, nem com nenhuma outra secretaria de
Educação. Ela fere o principio da autonomia”, afirmou Trindade.”
02/03/2019 AVALIAÇÃO EDUCACIONAL – Blog do Freitas | Destinado a temas sobre avaliação educacional. Contra a destruição do sistema …
https://avaliacaoeducacional.com/ 3/25
Leia mais aqui.
Publicado em Militarização de escolas, Velez no Ministério | Marcado com Resistência | Deixe um comentário
CONSED orienta ignorar nota do Ministro da Educação
Publicado em 26/02/2019
A decisão do Estado de Pernambuco de ignorar a determinação do
MEC está baseada em nota do Conselho Nacional de Secretários de
Educação – CONSED – que igualmente entendeu que a “ação fere
não apenas a autonomia dos gestores escolares, mas dos entes da
federação. Agrega ainda que o ambiente escolar deve estar imune a
qualquer tipo de ingerência político-partidária. De quebra, envia um
“recado” ao Ministro: “priorizem um verdadeiro pacto na busca pela
aprendizagem”.
Publicado em Assuntos gerais, Militarização de escolas, Velez no Ministério | Marcado com Resistência | 1 Comentário
Pernambuco ignora nota do Ministro da Educação
Publicado em 26/02/2019
A Secretaria de Educação do Estado de Pernambuco decidiu ignorar a nota do Ministro da Educação que
determinava leitura de sua carta sob os acordes do Hino Nacional. Ela
considerou que a determinação fere a autonomia das instituições
escolares e dos Estados.
Publicado em Militarização de escolas, Velez no Ministério | Marcado com Resistência | Deixe um comentário
MEC: carta de Ministro deve ser lida e filmada em escolas
Publicado em 25/02/2019
Inacreditável. Hoje à tarde o Ministro da Educação divulgou carta de sua autoria juntamente com instruções para
que ela seja lida nas escolas no primeiro dia de aula. Além disso, enviou instruções para que a leitura seja feita
com os alunos perfilados ante a bandeira, cantando o hino nacional. Trechos da atividade devem ser filmados e
enviados à Secretaria de Comunicação do governo com identificação da escola. Eis o email com as instruções:
“Prezados Diretores, pedimos que, no primeiro dia da volta às aulas, seja lida a carta que segue
em anexo nesta mensagem, de autoria do Ministro da Educação, Professor RicardoVélez
02/03/2019 AVALIAÇÃO EDUCACIONAL – Blog do Freitas | Destinado a temas sobre avaliação educacional. Contra a destruição do sistema …
https://avaliacaoeducacional.com/ 4/25
Rodríguez, para professores, alunos e demais funcionários da escola, com todos perfilados diante
da bandeira do Brasil (se houver) e que seja executado o hino nacional.
Solicita-se, por último, que um representante da escola filme (pode ser com celular) trechos curtos
da leitura da carta e da execução do hino nacional. E que, em seguida, envie o arquivo de vídeo
(em tamanho menor do que 25 MB) com os dados da escola (nome, cidade, número de alunos, de
professores e de funcionários) para os seguintes endereços eletrônicos:
Email 1 
Email 2
Eis a carta do Ministro:
A carta diz:
Brasileiros! Vamos saudar o Brasil dos novos tempos e celebrar a
educação responsável e de qualidade a ser desenvolvida na nossa
escola pelos professores, em benefício de vocês, alunos, que
constituem a nova geração. Brasil acima de tudo. Deus acima de
todos!
Publicado em Militarização de escolas, Velez no Ministério | Marcado com "Nova" Direita, Direto do fundo do poço | 6 Comentários
Vouchers e neovouchers: como fugir da regulação
Publicado em 24/02/2019
Um informe do National Center for Policy Education, nos Estados Unidos, resume a situação do uso de vouchers
na educação daquele pais, usados para financiar com dinheiro público o pagamento de mensalidades nas escolas
privadas e religiosas. O uso vouchers faz parte do desejo de Paulo Guedes no governo Bolsonaro e consta do
programa do PSL de Bolsonaro.
O informe também dá uma visão geral de uma nova forma de vouchers chamada por Kevin Welner de
neovouchers – o uso de créditos fiscais para pagamento das mensalidades, permitindo que as escolas privadas e
religiosas estejam fora do alcance regulatório do Estado – incluindo a regulação da qualidade.
Para ele, “as políticas de neovouchers têm menor probabilidade de vir com regulamentos e transparência”; é “um
sistema não regulamentado, não transparente, projetado para ser confuso e para minar as restrições
constitucionais”.
Welner escreveu um livro sobre os neovouchers que mostra como o uso de crédito fiscal para pagar matrículas se
institui no lugar dos vouchers tradicionais. Para David C. Berliner, o livro de Welner é:
“Um ótimo livro expondo como as mensalidades pagas com créditos fiscais – um voucher de outro
nome – trabalham para mudar a educação de um bem público para um privado, colocando em
risco a democracia ao longo do caminho. Welner explica com maestria como os créditos fiscais
para as mensalidades ocultam o apoio crescente dos governos estaduais a escolas privadas e
sectárias com dinheiro público. Ele fornece uma descrição concisa, clara e acadêmica do que são
essas políticas, como chegaram aqui e os danos que causam. Tudo o que você queria saber sobre o
02/03/2019 AVALIAÇÃO EDUCACIONAL – Blog do Freitas | Destinado a temas sobre avaliação educacional. Contra a destruição do sistema …
https://avaliacaoeducacional.com/ 5/25
motivo pelo qual os créditos fiscais para mensalidades estão se tornando mais comuns e mais
perigosos, escritos por um dos estudiosos mais confiáveis do país.”
O informe abaixo divulgado pelo National Center for Policy Education dá uma panorâmica de como andam as
várias modalidades de vouchers nos Estados Unidos.
A maré virou contra os vouchers?
No final do ano passado, em Montana, a Suprema Corte do Estado derrubou um programa de
neovouchers que estava no seu terceiro ano, por considerá-lo inconstitucional ao financiar com
créditos fiscais escolas religiosas privadas.
Em novembro, no Arizona, os eleitores rejeitaram a proposta de expansão das Contas de Bolsas de
Empoderamento usando impostos estaduais que os pais podem usar para pagar educação em
casa, escola particular e outras despesas educacionais. Uma auditoria realizada pelo procurador-
geral do estado subsequentemente descobriu que os pais haviam gasto ou tentado gastar os fundos
em despesas como cosméticos, álbuns de música não-educacionais e entrada em casas de diversão.
Alguns anos antes disso, a Suprema Corte de Nevada concluiu que o plano de voucher “Education
Savings Account” do estado violava a constituição de Nevada por causa de um mecanismo de
financiamento que tirava dinheiro das escolas públicas.
No Colorado, em 2017, uma lista de candidatos ao conselho escolar financiados pela Federação
Americana de Professores parou um grupo de opositores apoiados pelos Koch, o qual apresentou
um programa piloto de vouchers escolares em um subúrbio conservador de Denver.
E em nível nacional, a Lei de Empregos e Cortes de Imposto de 2017 apoiada pelos republicanos
pode ter a consequência (quase certamente não intencional) de reduzir substancialmente os
benefícios fiscais federais para doadores ricos que apoiam os programas de neovouchers. A
orientação da Receita Federal sobre o assunto é esperada a qualquer momento, de acordo com
Carl Davis, um especialista em política tributária que é o diretor de pesquisa do Instituto de
Tributação e Política Econômica.
Davis também estima que esses e outros programas de vouchers custam quantias consideráveis de
dinheiro. Os programas de neovouchers sozinhos, diz ele, estão desviando mais de US $ 1 bilhão
anualmente da receita das escolas públicas do Estado. Em uma sessão de perguntas e respostas em
um boletim anterior do National Center for Educational Policy, Davis observou que a perda está
aumentando rapidamente, com o programa da Flórida crescendo 25% ao ano.
Quando a Secretária DeVos assumiu o Departamento de Educação dos EUA, ela deu um forte
incentivo para um programa de vouchers federais ou incentivo. Depois de dois anos, tudo o que ela
tem a mostrar com esses esforços é uma nova lei que permite que 529 planos de poupança com
vantagens fiscais (que antes eram apenas para matrícula nas faculdades) sejam usados para
despesas de ensino em escolas primárias e secundárias privadas e religiosas.
Enquanto isso, estudos recentes da Louisiana, Ohio, Washington DC e Indiana mostraram que
receber voucher está associado à diminuição nos resultados de testes de matemática (para os
escores de artes da linguagem, um estudo mostrou diminuição, enquanto três estudos não
encontraram diferença). Enquanto alguns proponentes mudaram a referência, argumentando que
os resultados dos testes não são mais o caminho certo para avaliar tais programas, outros têm
02/03/2019 AVALIAÇÃO EDUCACIONAL – Blog do Freitas | Destinado a temas sobre avaliação educacional. Contra a destruição do sistema …
https://avaliacaoeducacional.com/ 6/25
moderado seu apoio com medo de que os contribuintes possam querer anexar regulamentos ou
transparência às escolas privadas que recebem verbas públicas.
Seguindo os passos de décadas de vitórias e expansões, esses contratempos levantam a questão: a
maré dos vouchers poderia estar se revertendo?
Certamente, ainda têm um caminho a percorrer. Neovouchers existem atualmente em 19 estados,
enquanto os vouchers tradicionais estão disponíveis em pelo menos 15 estados e no Distrito de
Columbia. Cinco estados têm contas de poupança para educação, como as do Arizona, que cobrem
não apenas as mensalidades, mas também outras despesas educacionais, como as relacionadas à
educação em casa; cinco fornecem créditos fiscais individuais para despesas escolares privadas; e
quatro oferecem deduções fiscais individuais. Os legisladores na Geórgia planejam expandir seu
programa de neovouchers, enquanto os legisladores em Kentucky estarão pressionando para criar
um programa de neovouchers.
Além disso, os juízes da Suprema Corte têm sido cada vez mais favoráveis aos vouchers. O caso
decisivo da Suprema Corte de 2001, Zelman vs. Simmons-Harris, concluiu que os vouchers de
Cleveland nãoviolavam a Cláusula de Estabelecimento da Primeira Emenda, embora os pais
tivessem permissão para usá-los em escolas religiosas. Uma sentença da Suprema Corte norte-
americana de 2010 (Arizona Christian School Tuition vs. Winn) concluiu que os contribuintes não
tinham legitimidade para contestar a constitucionalidade da lei de neovouchers do Arizona. E na
decisão de 2017 da Trinity Lutheran Church of Columbia vs. Comer, a Corte sinalizou que pode
derrubar as restrições estatais ao financiamento do programa se esses programas não oferecerem
o financiamento em igualdade de condições às instituições religiosas. Teremos que ver se o
Tribunal aplica essa regra para derrubar as restrições estatais ao financiamento de escolas
religiosas.
Enquanto isso, a expansão dos vouchers convencionais – mas não dos neovouchers ou contas de
poupança para educação – parece ter parado. E os vouchers, seja qual for sua forma, ainda não se
espalharam para a maioria dos estados, apesar do apoio de doadores conservadores, como os
irmãos Koch, e a Lynde and Harry Bradley Foundation.
Esses desenvolvimentos relacionados a vouchers relativos à pesquisa, à política e à lei podem ou
não restringir a prática de desviar fundos públicos para a educação privada. Mas, por enquanto,
vale a pena ficar de olho na direção da maré.
Publicado em Escolas Charters, Homeschooling, Privatização, Segregação/exclusão, Velez no Ministério, Vouchers | Marcado com "Nova" Direita, política com evidência,
Revisões NEPC, Vouchers | Deixe um comentário
Joice Hasselmann é contra mais dinheiro na educação
Publicado em 22/02/2019
A deputada do PSL, partido de Bolsonaro, é contra mais dinheiro para a educação, pois os “professores não sabem
ensinar”.
Acesse aqui.
Publicado em Assuntos gerais, Velez no Ministério | Marcado com Desqualificação professor, Direto do fundo do poço | 2 Comentários
MEC pede de volta a BNCC da Formação
Publicado em 20/02/2019
02/03/2019 AVALIAÇÃO EDUCACIONAL – Blog do Freitas | Destinado a temas sobre avaliação educacional. Contra a destruição do sistema …
https://avaliacaoeducacional.com/ 7/25
O governo Bolsonaro pediu de volta o texto da BNCC da formação de professores que o governo Temer havia
encaminhado ao Conselho Nacional de Educação (CNE) – informa Paulo Saldaña da Folha de São Paulo.
Leia aqui.
Publicado em Velez no Ministério | Marcado com BN da Formação Prof. | Deixe um comentário
Os pais precisam organizar-se contra a doutrinação militar
Publicado em 19/02/2019
Em post anterior falamos sobre a militarização de escolas públicas no Distrito Federal. Neste, divulgo as regras
recebidas por uma escola que está em seu quarto dia de militarização. Uma mãe divulgou o seguinte relato nas
redes:
“Aos pais e professores que defendem a imposição da militarização nas escolas públicas do DF vou
dar meu depoimento como mãe de alunas cuja escola foi uma das escolhidas. Tentarei ser sucinta.
Vejam algumas das regras que foram passadas essa semana aos alunos:
Calça jeans azul
Coque (menina) e cabelos curtos (menino)
Só é permitida uma pulseira
Brinco só um ponto de luz
Anel só tipo aliança
Tênis preto
Mochila de lado
Não pode amarrar agasalho na cintura
Devem bater continência
Os maiores (nono ano) deverão fiscalizar os mais novos (quando tiverem o uniforme)
Deverão se dirigir aos oficiais como “sim senhor comandante”
Não pode encostar na parede dentro da sala
Hoje foi o quarto dia. Ontem minha filha desabou chorando nos meus braços: “eu não sou militar
mamãe!” Ela nunca teve problema com a escola.
Ontem o professor dela perguntou porque o silêncio dentro da sala… ele disse que estava
preocupado… E quando perguntam se estão gostando todos os alunos dizem NÃO.
Perguntem aos seus filhos. Pensem se isso será bom aos nossos filhos como dizem…
E os professores destas escolas, do lado de quem vão ficar? Do lado da conveniência ou vão defender seus
estudantes?
02/03/2019 AVALIAÇÃO EDUCACIONAL – Blog do Freitas | Destinado a temas sobre avaliação educacional. Contra a destruição do sistema …
https://avaliacaoeducacional.com/ 8/25
Os pais do DF precisam criar uma organização de pais especificamente com a finalidade de lutar coletivamente
contra a militarização. Essa não é uma batalha para se enfrentar sozinho. Podem inspirar-se no movimento de
pais “opt out” americano (veja aqui). Lá a bandeira é a luta contra os testes, mas ele pode ter outros objetivos. O
que importa é que os pais se unam em ações concretas de proteção aos seus filhos contra políticas improvisadas
que não têm nenhuma base empírica que as justifique. Isto sim é doutrinação.
A doutrinação militar das escolas será amplamente recusada pelos alunos. Primeiro em silêncio, depois em ações.
Será um belo momento para o fortalecimento das entidades estudantis também e levará ao desenvolvimento de
novas lideranças estudantis. Estas novas lideranças serão fundamentais na construção de uma nova fase da
democracia brasileira.
Publicado em Militarização de escolas, Segregação/exclusão, Velez no Ministério | Marcado com Direto do fundo do poço, Resistência, Segregação | 1 Comentário
Pobreza, sentido!
Publicado em 18/02/2019
A definição de escolas candidatas a serem militarizadas em Brasília, por exemplo, é feita em base ao IDEB, IDH e
mapa da violência. Ou seja, é coisa destinada a pobre. É política que não se ousaria sugerir para outro estamento
social do andar de cima.
Para adoçar a pílula tenta-se passar a ideia de que as escolas militares têm melhor desempenho por terem
“ordem”, o que levaria, em tese, a um aumento do IDEB nas escolas militarizadas. O problema não seria a
aprendizagem, mas a disciplina, pensam, e se ela for controlada, a aprendizagem melhora. Uma reportagem de
Paulo Saldaña na Folha de São Paulo mostra a falácia desta expectativa: “os dados mostram que estas unidades
não são uma panaceia“.
A militarização de escolas em escala, como está sendo proposta, é uma fria para o próprio modelo de escolas
militares. Quando o estudante opta por estar em uma escola destas, ele já aceita o padrão disciplinar e de
exigências constantes nela. Coisa muito diferente é que o poder público, sem se propor a dar opção de outro
modelo de escola pública democrática e de qualidade, coopte os pais e professores para aceitar a militarização.
É descaradamente política de homogeneização de valores conservadores com a desculpa de que a “ordem” leva ao
“progresso” (para os pobres). Os ricos já têm o progresso, pois em algum momento tiveram ordem, vale dizer,
disciplina. Como diria Miguel Arroyo, há aí um “padrão de humanização” excludente.
Estas ideias conservadoras são proto-fascistas, tanto quanto as ideias neoliberais que imaginam a liberdade
pessoal advinda de um darwinismo social onde a competição gera qualidade. E elas não se restringem à política
educacional. Já temos propostas para que se condecorem os policiais que chacinam a marginalidade que
produzimos e também para que os mortos nestes circunstâncias tenham seus órgãos obrigatoriamente doados.
Estas ideias insólitas sempre aparecem no andar de cima. Bill Gates também criou uma tese sobre os pobres.
Segundo ele, o “mal funcionamento executivo do cérebro das crianças pobres” causa não só os problemas na sala
de aula, mas também afeta negativamente o seu nível socioeconômico, a saúde física e até mesmo o uso de drogas
e encarceramento por crimes.
Gerald Coles, um psicólogo educacional, escreve em Counterpunch que Bill Gates e Mark Zuckerberg pensam em
financiar pesquisas sobre neurologia porque acreditam que o cérebro das crianças que não vão bem nos testes,
não trabalha bem. Diz:
“Por que muitas crianças pobres não estão aprendendo e tendo sucesso na escola? Para o
bilionário Bill Gates, que financiou o início dos fracassados Padrões Básicos de Currículo,e tem
02/03/2019 AVALIAÇÃO EDUCACIONAL – Blog do Freitas | Destinado a temas sobre avaliação educacional. Contra a destruição do sistema …
https://avaliacaoeducacional.com/ 9/25
financiado o fracassado movimento das escolas charter, e Mark Zuckerberg, do Facebook, é hora
de procurar outra resposta, no nível neurológico. O mau funcionamento das crianças pobres,
particularmente o “funcionamento executivo” de seus cérebros, ou seja, a memória de trabalho do
cérebro, a flexibilidade cognitiva e o controle inibitório devem ser a razão pela qual seu
desempenho acadêmico não é melhor.
Leia mais aqui.
A militarização não passa de artifício para “separar o joio do trigo”, como se diz. Incentivará a divisão social e a
fragmentação nacional. Com esta concepção, vamos criar uma linha direta entre as escolas militarizadas e as
prisões, excluindo os estudantes (especialmente os mais pobres e negros) com problemas comportamentais. Já
somos a terceira população carcerária no mundo e ela vai aumentar com esta política.
Entre outras regras, a política das escolas militares restabelece o boletim de comportamento. Há um certo número
de pontos relativos à disciplina que se forem superados, motiva a exclusão do aluno daquela escola.
Para muitas destas crianças que serão excluídas, a escola seria o único lugar que a protegeria do convívio com a
criminalidade. Expulsas dela, não terão saída. Mesmo que se dirijam a outra escola, chegarão lá já estigmatizadas
e continuarão seu processo de exclusão. As demais escolas do entorno que receberão estes alunos expulsos ou que
não se adaptam, terão repercussões internas graves motivando mais militarização.
Onde você acha que isto nos conduzirá?
Publicado em Militarização de escolas, Segregação/exclusão, Velez no Ministério | Marcado com "Nova" Direita, Direto do fundo do poço, Segregação | 6 Comentários
FONEC denuncia criminalização de movimentos sociais
Publicado em 14/02/2019
O Fórum Nacional de Educação do Campo distribui nota a propósito de reportagem veiculada pela Rede Record
no programa Domingo Espetacular no último domingo, 10 de fevereiro de 2019. Em um de seus pontos diz:
“Porém, em que pese o esforço e a organização em busca dos direitos das crianças, adolescentes e
jovens do campo, o Brasil ainda consta no mapa das maiores desigualdades educacionais entre
cidade e campo, seja nos índices de pessoas alfabetizadas, seja nos níveis de escolarização. Dados
do próprio MEC indicam que nos últimos 15 anos foram fechadas mais de 30 mil escolas no meio
rural.
Sobre esta, sim, verdadeira violação de direitos, não identificamos iniciativas de denúncia pelas
grandes redes de mídia. Não identificamos manifestações de nenhum daqueles especialistas e
juristas convidados à reportagem. Não conhecemos iniciativa parlamentar de ”fiscalização
rigorosa” sobre a situação de milhões de crianças que vivem no campo, no Brasil, que viajam até 6
horas diárias, em condições absolutamente precárias e ilegais, para frequentar a escola. Estas
sim, são as verdadeiras violações aos direitos das crianças.
O FONEC desafia as grandes redes de mídia à realização de reportagens sobre a situação da
educação das crianças, adolescentes e jovens do campo, no Brasil. Desafia especialistas, juristas,
parlamentares à ações de denúncia e de iniciativas para o enfrentamento, pelo Estado, das
verdadeiras violações de direitos que acontecem todos os dias País afora.”
Baixe a íntegra aqui.
Publicado em Assuntos gerais | Marcado com "Nova" Direita, Direto do fundo do poço | Deixe um comentário
02/03/2019 AVALIAÇÃO EDUCACIONAL – Blog do Freitas | Destinado a temas sobre avaliação educacional. Contra a destruição do sistema …
https://avaliacaoeducacional.com/ 10/25
Dossiê: Dimensões da privatização na educação básica
Publicado em 14/02/2019
A Revista on line de Política e Gestão Educacional traz novo Dossiê:
Acesse aqui.
Apresentação/Prefácio – Dossiê: dimensões de privatização na educação básica: diferentes contextos em análise.
Teise Garcia
Artigos
Estado do conhecimento sobre financiamento da educação obrigatória e privatização a partir do web of science,
2015-2018. Andrey Mori, Theresa Adrião.
O papel da parceria global para a educação na promoção dos referentes da globalização nos planos setoriais da
educação dos PALOP. Rui da Silva.
A adoção da nova gestão pública nas agendas governamentais em diferentes países: influências nas reformas
educacionais e no ensino médio mineiro. Maria Vieira Silva, Leonice Matilde Richter.
Tendências do acesso à educação integral no Brasil: percursos dissonantes na educação básica. Sabrina
Moehlecke.
Os reformadores empresariais e as políticas educacionais: análise do movimento todos pela base nacional comum.
Andresa Costola, Raquel Fontes Borghi.
20 anos de produção científica sobre o SARESP (1996-2016): reflexões acerca dos desdobramentos na prática
docente e da privatização. Hayla Emanuelle Torrezan, Regiane Helena Bertagna, Henrique Kendi Nakamura.
Políticas governamentais para a educação básica na Paraíba: a privatização como estratégia de hegemonia.
Antônio Lisboa Leitão de Souza.
A gestão escolar no contexto da privatização na Educação Básica. Teise Garcia.
Acesse aqui.
Publicado em Links para pesquisas, Privatização | Marcado com Indicações de Leitura, Resistência | Deixe um comentário
Julio Barros: militarizar escolas não é proposta democrática
Publicado em 14/02/2019
Julio Barros discute a implantação de escolas cívico-militares no Distrito Federal:
“No âmbito distrital, seguindo a tônica de Bolsonaro, o Governo do Distrito Federal (GDF)
anunciou, na última semana, que também iniciará o processo de militarização de quatro escolas
públicas do DF. A ação que faz parte do projeto SOS Segurança e terá parceria com a Polícia
Militar (PM), surgiu como resposta à crescente onda de violência dentro do ambiente escolar, seja
contra professores, servidores ou entre os próprios estudantes. Entretanto, o enfrentamento à essa
violência está associado apenas ao uso de técnicas repressivas que ignoram os reais problemas
enfrentados na rede pública de ensino.”
Leia aqui.
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Leandro Beguoci: escolas X famílias?
Publicado em 13/02/2019
Beguoci alerta para o debate equivocado que o homeschooling gera na sociedade opondo escolas e famílias.
Ambas instituições têm seus espaços e competências garantidos na formação das crianças e deveriam ser vistas
como partícipes de um esforço integrado pela educação das crianças.
“Se as famílias brasileiras quiserem fazer algo pela educação dos seus filhos, o pior caminho é
levar as crianças para casa. Além de privá-las do convívio em sociedade (afinal, os pequenos não
poderão viver numa bolha para sempre), vão reforçar o mito de que qualquer um pode ensinar.”
Leia mais aqui.
Mesmo considerando a chegada das plataformas on line de aprendizagem isso continua sendo verdade, pois tais
plataformas apesar de serem apresentadas como “ensino personalizado”, de fato são guiadas por algoritmos pré-
definidos e não têm nada de “personalizado” – além dos efeitos colaterais que já tratamos aqui outras vezes.
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Levin: os “vouchers” deformam a democracia
Publicado em 13/02/2019
O economista Henry Levin publicou em 2017 um texto sobre a questão da “escolha da escola pelos pais” e os
“vouchers” cujo título era: “Em todo o mundo,a escolha da escola não melhorou o desempenho”. Diane Ravitch
nos lembra deste texto em seu blog.
Nele o autor alerta que os pais já têm uma grande influência sobre seus filhos e a retirada destes da escola pública,
colocando-os em escolas privadas segregadas, os privará de experiências compartilhadas com outros estudantes e
que são fundamentais para os valores da democracia. Por outro caminho, o autor alerta que o que está em jogo
nesta política educacional segregacionista é a própria democracia.
Para Levin:
“Em todo o mundo, o crescente populismo e as políticas de identidade estão levando ao aumento
da demanda das famílias por tipos específicos de escolas que espelhem suas ideologias. Em alguns
países, isso levou à substituição do sistema escolar público por “vouchers” do governo que podem
ser usados para pagar as escolas particulares.”
O argumento para tal é o mesmo proposto pelo neoliberal Milton Freedman em 1955, ou seja, que a instalação de
competição entre as escolas conduzirá a um melhor desempenho dos estudantes nas escolas, além de permitir que
os pais escolham a escola segundo a preferência educacional que tenham.
Segundo o autor, 80% dos estudantes matriculados em escolas particulares nos Estados Unidos estão em
instituições religiosas “que refletem as crenças familiares, mas não necessariamente os valores de uma
democracia”. Diz o autor:
“Alguns argumentaram que incentivos competitivos induzidos pela escolha da escola levarão a
melhores resultados educacionais. No entanto, há poucas evidências para apoiar essa afirmação.”
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Mas, o destaque mais importante do autor é que:
“A universalização da escolha da escola irá minar uma experiência compartilhada e exacerbar
ainda mais o conflito e a divisão social.”
Leia a íntegra aqui.
No Brasil, a era dos vouchers na educação básica está para ser iniciada com Bolsonaro e seu ministro da Economia
Paulo Guedes. No ministério da Família, Damares advoga pelo homeschooling que quer segregar as crianças em
suas casas e vai puxar políticas de voucher. Enquanto isso, uma manobra diversionista do MEC, destinada apenas
a desativar críticas, diz que o homeschooling será apenas complementar à escola e não em sua substituição. No
entanto, se fosse isso, não seria necessário nenhuma MP. Enquanto o MEC abafa e, como sempre, evita a
discussão, a ministra Damares dá de ombros (ao MEC e às pesquisas) e diz que vai enviar sua MP diretamente ao
Congresso.
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Indicações de Leitura, Reformadores empresariais, Terceirização, Vouchers | Deixe um comentário
SERES: uma Secretaria de (não) Regulação no MEC
Publicado em 12/02/2019
Já dissemos por aqui que o fato do MEC estar entregue a quem não entende de educação e, em vários casos nem
de gestão, tem uma intencionalidade e uma justificativa que está baseada na própria concepção neoliberal do
desmonte do Estado. Para esta vertente, o mercado se autorregula sem a intervenção do Estado. Regulações
encarecem o “produto” com exigências de qualidade mais definidas, e interferem com os lucros. Além disso,
aumentam o tamanho do Estado e exigem mais impostos, o que novamente interfere com os lucros.
Não adianta ver o que ocorreu em Brumadinho, onde a Vale e a criada Agência Nacional de Mineração com ares
de independência do Estado, com representantes não raramente que refletem os próprios interesses das
mineradoras, não deram conta de garantir a segurança da população. O livre mercado odeia regulação – seja do
Estado ou não.
Para os neoliberais as teses do “livre mercado” se aplicam a todas as áreas, incluindo a educação, saúde, segurança
etc. Imagine-se, agora, uma área como a do ensino superior privado sem regulação, ou o que dá no mesmo,
“autorregulada”.
O ministro da educação Velez Rodrigues – o pensador – indicou um de seus alunos, também filósofo e sem
experiência em gestão, para uma de suas Secretarias, a SERES – Secretaria de Regulação do Ensino Superior do
MEC. De acordo com Marco Antonio Barroso Faria, novo gestor da SERES, “a ideia é reduzir a atuação do MEC
nos processos.” E complementa: “Como liberal que sou, na medida em que o setor se autorregular, o estado
precisa intervir menos”. E por aí vai o recital neoliberal.
Leia mais aqui.
Vamos ter uma “Secretaria de Regulação do Ensino Superior” cujo objetivo é não regular o ensino superior.
Voltamos ao tempo do “fio de bigode” e logo com quem: empresários envolvidos em uma competição de vida ou
morte pelo mercado do ensino superior.
Esta orientação reflete o pensamento atual do MEC e não apenas da SERES. Vamos ter um MEC para desmontar
o MEC.
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O método da “direita neoliberal”
Publicado em 11/02/2019
O método da direita neoliberal tem incluído, em países onde já estão há mais tempo, uma agressão generalizada a
toda forma de organização sindical e dos movimentos sociais que lutam em defesa de direitos. Esta ação permite
que o “poder neoliberal”, tendo destruído a democracia representativa, converse diretamente com o “cidadão”.
Com isso, ele passa por cima dos sindicatos e outras organizações, desmobiliza-os e negocia diretamente com os
“interessados” de forma isolada.
Esta ação é acompanhada, simultaneamente, pelo incentivo dado para que organizações sociais e grupos de apoio
às ideias neoliberais, financiados por bilionários ou por empresas, assumam o trabalho de viabilizar o
convencimento dos “interessados”, induzindo-os à aceitação das ideias neoliberais.
É um jogo casado que ao mesmo tempo que diz empoderar o cidadão, desarticula as suas representações e
instrumentos de defesa coletiva e que têm mais força. Vende o empoderamento do cidadão, mas aposta na sua
fragmentação e no seu enfraquecimento. É isso que significa “empoderar o cidadão” e, ao mesmo, destruir os
movimentos sociais e cooptar as lideranças locais. É por isso que o ministro da educação diz que “é preciso mais
Brasil e menos Brasília”.
Uma das manifestações deste método é o que está anunciado pela Secretaria de Educação do Rio de Janeiro,
permitindo que as escolas, por exemplo, decidam se querem ou não policiais armados dentro delas. Será criado, é
claro, algum método de consulta: adesão direta, manifestação nos conselhos, ou algo assim, que formalizará a
opção da escola.
Assim, aos poucos, as ações vão sendo deslocadas para a ponta e implementadas em várias frentes. A luta fica
fragmentada e o orçamento da educação vai sendo usado para financiar este tipo de ação periférica o que leva,
junto a outras medidas de privatização, ao sub-financiamento e à extinção da escola pública: chega-se ao paradoxo
de que não se tem dinheiro para montar uma biblioteca, mas se tem para pagar um policial que nas horas de folga
permaneça armado dentro da escola colocando em risco a vida de todos.
Nos Estados Unidos este método é usado em alguns estados e distritos também para decidir se uma escola deve ou
não ser privatizada (transformada em “escola charter” ou se deve ser incluída no programa de “escolha” através do
uso de “vouchers). O esquema atua identificando as lideranças locais e procurando convencê-las (ou até mesmo
corrompê-las com fartos recursos) de forma que elas arrastem outros pais ou membros dos conselhos.
O trabalho destas agências neoliberais é feito com muitorecurso financeiro, com a mídia apoiando e com
organizações sociais ou “think tanks” que geram as justificativas e fazem a advocacia das ideias neoliberais.
Contrapor-se a isso, exigirá esforço significativo e paciência.
Esta forma de luta da direita neoliberal exige que seja desenvolvida uma ação de campo – não apenas via grupos
nas mídias, mas junto aos pais, professores e estudantes locais com o objetivo de disputar a aceitação das ideias
contrárias ao neoliberalismo (incluído aí o combate ao próprio conservadorismo). Da mesma forma, exige que os
sindicatos ou centrais sindicais, bem como os movimentos sociais tenham uma organização ou representação
ramificada e local para coordenar lutas específicas e locais.
Mas a vantagem é que, hoje, sabemos como a direita neoliberal opera. Além disso, os métodos que podem ser
usados contra a escola pública, também podem ser usados para construir a maioria a favor dela, no interior das
lutas locais – ainda que em condições adversas. É assim que nos Estados Unidos os referendos, conselhos
escolares nos distritos ou nas escolas estão, em muitos estados organizando a resistência e iniciando um processo
de contenção da privatização e têm obstado a entrada de suas escolas públicas em programas suicidas que visam
sub-financiar e destruir a escola pública.
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A guerra é longa, e é feita de muitas batalhas. É preciso construir um grande arco de alianças nas comunidades
locais e nas escolas em defesa da escola pública estatal. Assim que começarem a aparecer os resultados negativos
desta ideias nas comunidades, a adesão à luta irá se ampliar. O neoliberalismo (e suas ideias educacionais), apesar
de sua arrogância, tem pés de barro.
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RJ: policiais armados nas escolas é burrice…
Publicado em 11/02/2019
A Secretaria de Educação Estadual do Rio de Janeiro pretende colocar policiais armados dentro das escolas, onde
os pais e professores concordarem. É preciso que se tenha consciência do que significa isso para os profissionais
que trabalham na escola e para os próprios estudantes: isso não vai resolver o problema da violência, vai agravar.
Sempre que se diz isso, vem a argumentação de que os bandidos precisam ser coibidos. Foi assim com a
justificativa da intervenção militar nas favelas do Rio de Janeiro. Pergunta-se, agora que a intervenção acabou, de
que adiantou?
Vai ser criado um Programa Estadual de Integração de Segurança – PROEIS – e que pretende pagar para policiais
atuarem dentro das escolas em seus períodos de folga.
Leia aqui.
É extremamente perigoso, para os profissionais da educação e seus estudantes, conviverem com armas dentro das
escolas. O exemplo é o caso americano onde esta política foi usada e que tem levado milhares de professores e
estudantes às ruas contra esta prática.
Por um lado, militarizam-se escolas, por outro prega-se o endurecimento das regras disciplinares e, agora, fala-se
em colocar pessoal armado dentro das escolas. Não é este o caminho. Isso levará a mais violência e a mais
exclusão. Vai repercutir nos alunos mais pobres e negros que serão mais frequentemente expulsos da escola
criando uma linha direta entre a escola e a prisão.
Vou repetir informações que já disponibilizei em outro post:
Nos Estados Unidos, o aumento do controle disciplinar nas escolas tem sido considerado danoso
para a educação dos jovens e criado uma “linha direta” entre as escolas e as prisões, o que levou a
Associação Nacional de Educação americana (2016) a se manifestar sobre a prática:
“Linha direta da escola para prisão significa o uso de políticas e práticas que estão direta e
indiretamente empurrando estudantes negros para fora da escola e colocando-os no caminho para a
prisão, incluindo, mas não limitando-se a: políticas severas de disciplina escolar que abusam da
suspensão e expulsão, aumento do policiamento e vigilância que cria ambientes parecidos com
prisões nas escolas, excesso de confiança no encaminhamento para a aplicação da lei e no sistema de
justiça juvenil, e um ambiente acadêmico voltado para testes de alto impacto e alienantes.”
A escalada da violência nos Estados Unidos tem, obviamente, outras causas além dos processos de
privatização das escolas, mas a exigência de níveis mais altos de desempenho dos estudantes nas
escolas, pela reforma empresarial, tem lavado ao aumento do controle disciplinar e à segregação
dos estudantes de origem mais pobres e negros (Scott, Moses, Finnigan, Trujillo, & Jackson, 2017)
e certamente favorece e acaba por justificar tais ações.
02/03/2019 AVALIAÇÃO EDUCACIONAL – Blog do Freitas | Destinado a temas sobre avaliação educacional. Contra a destruição do sistema …
https://avaliacaoeducacional.com/ 15/25
Um estudo de DeJarnatt, Wolf & Kalinich (2016) afirma que:
“(…) o Chicago Tribune relatou que, durante o ano letivo de 2012-2013, as escolas charters
[terceirizadas] de Chicago expulsaram os estudantes de forma muito mais alta do que as escolas
públicas de Chicago. Eles relataram que, para cada 10.000 alunos, as escolas charter expulsaram 61
alunos enquanto as escolas públicas expulsaram 5. O Boston Globe relatou de forma semelhante que
as escolas terceirizadas de Massachusetts tinham maior probabilidade de suspender ou expulsar
estudantes. O artigo cita uma escola charter de Boston que submeteu quase 60% de sua população
estudantil a suspensão durante o ano letivo de 2012-2013” (p. 22).
A escalada de violência, por vários motivos, faz com que, hoje, mais que nunca, se debata nos
Estados Unidos a colocação da polícia no interior das escolas, ao lado do endurecimento nas
regras disciplinares destas. O saldo é apresentado por Sam Sinyangwe, diretor do Projeto
Mapping Police Violence (Giroux, 2018):
“Os dados (…) que existem (…) mostram que mais policiais nas escolas levam a mais criminalização
dos estudantes e, especialmente, estudantes negros e pardos. Todos os anos, cerca de 70 mil crianças
são presas nas escolas … [Além disso] desde 1999, 10 mil policiais adicionais foram colocados nas
escolas, sem impacto na violência. Enquanto isso, cerca de um milhão de estudantes foram presos
por atos que seriam punidos anteriormente com detenção ou suspensão, e os estudantes negros têm
três vezes mais chances de ser presos do que seus pares brancos. ”
Leia aqui.
O Rio de Janeiro não pode aceitar isso e tem que fazer um trabalho, via sindicatos, universidades, organizações
estudantis e outras junto aos pais, professores e estudantes para que não caiam nesta armadilha.
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Entidades alertam sobre escolas cívico-militares
Publicado em 11/02/2019
Nota das entidades nacionais sobre a adoção do modelo de Escolas Cívico-Militares
Baixe aqui.
O governo federal, por meio do Decreto n. 9.465/2019, propôs uma alteração na estrutura organizacional do
Ministério da Educação (MEC) e criou a Subsecretaria de Fomento às Escolas Cívico-Militares, vinculada à
Secretaria de Educação Básica. Essa Subsecretaria assume a função de “promover, fomentar, acompanhar e
avaliar, por meio de parcerias, a adoção por adesão do modelo de escolas cívico-militares nos sistemas de ensino
municipais, estaduais e distrital, tendo como base a gestão administrativa, educacional e didático-pedagógica
adotada por colégios militares do Exército, Polícias e Bombeiros Militares” (Brasil, 2019).
Essa medida pretende responder, como argumenta o governo, a dois anseios da população: desejo de ensino de
qualidade (escolas estruturadas e disciplina escolar) e garantia de segurança.São anseios reais e compreensíveis,
mas há equívocos que precisamos apontar.
Primeiro, há exemplos de escolas públicas não militares ou militarizadas com ainda melhores dados de excelência,
a exemplo dos antigos CEFETs e atuais Institutos Federais e os Colégios de Aplicação ligados às Universidades
Federais, como evidenciam dados do próprio IDEB. Cabe observar que boa estrutura, boa carreira docente e
ambiente escolar disciplinado não devem ser confundidos com militarização, mas sim com investimentos
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públicos, administração profissional e comprometida, observância aos preceitos legais e gestão democrática
contando com a participação da comunidade escolar.
Em segundo lugar, esta política educacional fere o direito universal à educação de qualidade para todos os
cidadãos, tendo caráter excludente uma vez que a militarização é proposta como um modelo de “escolas de alto
nível”, às quais serão garantidas as condições diferenciadas efetivas para o funcionamento, enquanto as demais
escolas das redes públicas regulares padecem em precárias condições infraestruturais, tecnológicas, pedagógicas e
de pessoal. As experiências de militarização, que vêm acontecendo no Brasil, revelam também um modelo de
escolarização excludente e seletivo, uma vez que as escolas militarizadas têm o poder de decidir sobre a
permanência ou não dos estudantes e apresentam graves índices de retenção; reservam vagas para os filhos de
membros de determinadas forças armadas ou polícia militar; obrigam ao uso de uniformes caros e cobram
contribuições mensais das famílias, ferindo a Constituição Federal quanto à gratuidade do ensino público. Esses
fatores fazem com que a escola militarizada seja destinada apenas aos estudantes com melhores condições
socioeconômicas, tornando-se, efetivamente, uma escola pública elitizada.
Na prática, há contradição entre o trabalho dos docentes, encarregado do ensino, e a gestão militar, pois esta não
tem necessariamente formação pedagógica e se norteia por uma cultura institucional semelhante às instituições
militares, cujo fim é a proteção e a guerra e não a vida cidadã numa sociedade democrática.
Nesse sentido, o modelo também apresenta um enorme potencial de prejuízo para a formação dos adolescentes e
jovens quando valoriza excessivamente a disciplina e a obediência, por dois motivos: primeiro, por que a educação
necessariamente exige uma abertura para a criatividade e a novidade, que são sua parte integrante, pois crianças e
jovens vão à escola justamente para aprender e criar coisas novas através de conhecimentos historicamente
acumulados e elaboração de suas experiências; e, segundo, por que a própria experiência de socialização de
crianças e jovens exige também uma abertura para a brincadeira, para o lúdico, que não pode ficar submetido a
um ambiente rígido de disciplina, formaturas, desumanização e plena uniformização militarizada.
Por fim, cabe reforçar o papel fundamental que os policiais têm para a segurança pública, que inclui a segurança
nas escolas, mas uma coisa não pode ser confundida com a outra a ponto de a militarização ser colocada como a
“grande solução” para uma política pública efetiva, que garanta de fato um ensino público de qualidade, universal
e democrático.
Tendo em vista essas considerações, as entidades nacionais abaixo assinadas, manifestam sua preocupação e
alertam para o equívoco dessa proposição.
04 de fevereiro de 2019
Associação Brasileira de Currículo (ABdC)
Associação Brasileira de Ensino de Biologia (SBEnBio)
Associação Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências (ABRAPEC)
Associação de Pós-graduação e Pesquisa em Educação (ANPED)
Associação Nacional de Política e Administração Escolar (ANPAE)
Associação Nacional de História (ANPUH)
Associação Nacional de Pesquisadores em Financiamento da Educação (FINEDUCA)
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Associação Nacional pela Formação dos Profissionais da Educação (ANFOPE)
Centro de Estudos Educação e Sociedade (CEDES)
Fórum de Ciências Humanas, Sociais, Sociais Aplicadas , Letras e Artes (FCHSSALA)
Fórum Nacional de Diretores de Faculdades, Centros de Educação e equivalente das Universidades Públicas
(FORUMDIR)
Movimento Nacional em Defesa do Ensino Médio
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O futuro do CNE em um governo autoritário
Publicado em 11/02/2019
O Conselho Nacional de Educação foi aparelhado no governo Temer para cumprir o projeto dos reformadores
empresariais da educação. Agora, pensa-se alterar sua composição para cumprir a agenda estritamente ideológica
(a dos costumes) do governo Bolsonaro.
Segundo reportagem da Folha de São Paulo houve no MEC um pedido para que a equipe jurídica do ministério
preparasse um parecer para acabar com o Conselho Nacional de Educação – ou como é chamado no MEC:
Conselho Soviético de Educação – mas “acabou não prosperando”. Isso indica como o atual ministro lida com
câmaras democraticamente constituídas. Atualmente, ainda segundo a mesma reportagem, estuda-se interferir no
CNE sendo aventada a indicação de religiosos.
Leia aqui.
Nos próximos dias, o MEC deve anunciar ações para a ampliação das escolas civico-militares pelo país. A ideia
destas escolas é basear seu projeto formativo na pauta do “civismo, na hierarquia, no respeito mútuo, sem
qualquer tipo de ideologia” (sic!). Hoje elas estão concentradas em Goiás com certa de 50 delas já instaladas.
Quanto às políticas que estavam em curso em administrações anteriores, há indefinições.
 
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Doria descarta paulistas na educação de SP
Publicado em 10/02/2019
Doria está mesmo desiludido com os educadores paulistas. Convidou Paulo Hartung, ex-governador do Espírito
Santo, para compor o Conselho Estadual de Educação no Estado de São Paulo. Hartung estava desempregado
porque não quis concorrer a reeleição em seu Estado. E para Secretário Executivo da Secretaria de Educação de
São Paulo convidou Haroldo Rocha.
Ambos são privatistas. Haroldo Rocha chegou a ser cogitado para integrar a equipe de Temer. A opinião que os
professores do Espírito Santo têm de Haroldo pode ser vista neste abaixo assinado feito por ocasião de sua
indicação para a equipe de Temer, que acabou por não ocorrer.
“Vimos por este Manifesto expressar nossa indignação quanto às políticas de cunho gerencialista e
privatizantes implantadas no estado do Espírito Santo e denunciar ao povo brasileiro o significado
da ida para o MEC do atual secretário de Educação, Haroldo Corrêa Rocha, convidado para assumir
02/03/2019 AVALIAÇÃO EDUCACIONAL – Blog do Freitas | Destinado a temas sobre avaliação educacional. Contra a destruição do sistema …
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a Secretaria Geral daquela pasta. Durante todo o seu mandato como secretário da pasta no estado do
Espírito Santo, a diretriz basilar foi a falta de diálogo e o silenciamento de educadores, movimentos
sociais, associações científicas e do que vinha sendo produzido pela Universidade.
Desde 2015, a política educacional no Espírito Santo vem se constituindo a partir de gestão
centralizadora, autoritária e de ações articuladas com a iniciativa privada, ampliando as parcerias
público-privadas, contribuindo para a implementação da privatização do ensino público, para a
precarização do trabalho docentee, principalmente, para a perda da autonomia dos professores.
O modelo de gestão adotado no Espírito Santo tem imposto autoritarismo didático e de conteúdos às
escolas por meio de programas como o Pacto de Aprendizagem do Espírito Santo (PAES), Escola
Viva, Ensina Brasil, Jovens do Futuro, Ensino Híbrido, que desconsideram saberes e fazeres dos
professores/as e trabalhadores/as da educação. Desde 2015 houve redução dos investimentos na
educação em 68%, fechamento de 41 escolas públicas e de 6.507 turmas, deixando mais de 60.000
crianças e jovens de 4 a 17 anos fora da escola.
Portanto, a ida do Secretário que comandava a pasta de Educação no ES para o MEC não
surpreendeu os capixabas, porque demonstrou o coroamento de um projeto antidemocrático e
privatista para a educação brasileira, uma vez que se evidencia o alinhamento do Governo do Estado
do Espírito Santo com o Governo Temer, com a mercantilização do ensino público e com a negação
do direito à educação.
Não é por acaso que a pasta da educação estadual será assumida por outro economista, vinculado ao
grupo Espírito Santo em Ação, que congrega grupos de empresários capixabas. Com certeza, tudo
isso continuará trazendo enormes retrocessos para a educação não apenas no Espírito Santo, mas
para todo o Brasil.
Sendo assim, diante de mais esta etapa do golpe em curso no interior do MEC, conclamamos a
sociedade capixaba e a sociedade brasileira a expressarem a convicção firme que a educação é direito
social e que não aceitamos os modelos obscuros de gerencialismo e de privatismo em educação
defendidos pelo Senhor Haroldo Corrêa Rocha e por, agora, seus aliados no MEC.”
Assinaram:
Comitê Capixaba da Campanha Nacional pelo Direito à Educação; Fórum Permanente de
Educação Infantil do ES; CEDES-Centro de Estudos Educação e Sociedade; NEPALES – Núcleo de
Estudos e Pesquisas em Alfabetização, Leitura e Escrita do Espírito Santo; Fórum Nacional de
Mulheres Negras; União de Negros pela Igualdade – UNEGRO; Coletivo Feminista do Espírito
Santo; Conselho Municipal do Negro – CONEGRO; Fórum Capixaba de Lutas Sociais; Programa
de Extensão e Pesquisa Redes de Políticas no Território- CCHN/UFES; Grupo de Pesquisa
Pedagogia Histórico-Crítica e Educação Escolar; Círculo Palmarino.
Na Secretaria de Educação do Espírito Santo Haroldo implementou o Programa Escola Viva em 33 escolas
públicas em parceria com a ONG Instituto de Co-Responsabilidade:
“O novo modelo de escola em turno único, que no Espírito Santo é chamado de ESCOLA VIVA, já foi
implantado em diversos estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás, Pernambuco, Ceará, Piauí e
Sergipe, com o apoio do Instituto de Co-Responsabilidade pela Educação (ICE), que é uma entidade
privada, sem fins lucrativos, que trabalha com o desenvolvimento de ações que promovam a
qualidade do ensino e da aprendizagem na escola pública.
02/03/2019 AVALIAÇÃO EDUCACIONAL – Blog do Freitas | Destinado a temas sobre avaliação educacional. Contra a destruição do sistema …
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Leia aqui.
Para alguns, o programa Escola Viva coloca a educação do Espírito Santo na rota da privatização.
Haroldo Rocha vai trabalhar com o Secretário de Educação que Doria já havia anunciado: o ex-ministro da
educação de Temer, Rossiele Soares da Silva, que foi também Secretário de Educação no Amazonas. O posto de
Secretário Executivo, cargo que está logo abaixo do Secretário, mostra que a orientação privatista na educação do
Estado de São Paulo vai ser ampliada e acelerada.
Também fica clara a intenção de dar um “chega para lá” no pessoal do PSDB de São Paulo que até agora
comandou a educação paulista. Será que vai dar certo?
Publicado em Doria no Estado de SP, Meritocracia, Privatização, Responsabilização/accountability | Marcado com "Nova" Direita, Organizações Sociais | 5 Comentários
Pressões sobre a escola e o estudante: efeitos da Ritalina
Publicado em 08/02/2019
À medida que vamos adotando um enfoque cada vez mais baseado na “competição” seja no plano da sociedade
onde as teses neoliberais vão avançando, seja no interior das escolas com a correspondente conversão destas às
teses da reforma empresarial da educação, vai aumentando o volume de remédios baseados no metilfenidato
(comercialmente conhecido como Ritalina) usado para crianças diagnosticadas com TDAH – transtorno do déficit
de atenção com hiperatividade.
A competição nos testes de desempenho e o endurecimento da disciplina escolar proposto atualmente pelas
políticas públicas educacionais do governo vai agravar este quadro.
O estudo abaixo, destacado pelo Jornal da Ciência, mostra os efeitos do composto no desenvolvimento do cérebro
e é um alerta importante contra seu uso indiscriminado. Entre 2003 e 2012 houve um aumento no uso do
medicamento da ordem de 775%.
Pesquisadores analisam efeitos da Ritalina sobre o cérebro em desenvolvimento
Testes com ratos demonstram que o metilfenidato, nome não comercial do medicamento, pode
afetar diversos parâmetros neuroquímicos e comportamentais, levando, inclusive, a problemas de
memória e perdas de neurônios
Déficit de memória, perdas de astrócitos e neurônios e diminuição dos níveis de ATP, a moeda
energética das células, são alguns dos efeitos que o fármaco metilfenidato pode ter sobre o cérebro
em desenvolvimento, segundo estudo realizado em culturas de células e animais de laboratório por
pesquisadores do Departamento de Bioquímica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul
(UFRGS). O objetivo do trabalho, que fez parte da tese de doutorado de Felipe Schmitz, foi
entender como o tratamento crônico com a substância durante a infância pode afetar parâmetros
neuroquímicos e comportamentais em longo prazo.
Mais conhecido pelo nome comercial Ritalina, o metilfenidato é um medicamento estimulante do
sistema nervoso central indicado para o tratamento do Transtorno do Déficit de Atenção com
Hiperatividade (TDAH) e da narcolepsia. Nos últimos anos, contudo, seu uso indiscriminado –
seja pelo diagnóstico inadequado de TDAH, por sua utilização por pessoas sem o transtorno que
buscam se manter acordadas e focadas para um melhor desempenho no estudo ou no trabalho ou
mesmo como droga recreativa – tem preocupado cientistas e profissionais da saúde em todo o
mundo. Apesar de seu consumo crescente tanto entre crianças e adolescentes como em adultos (no
02/03/2019 AVALIAÇÃO EDUCACIONAL – Blog do Freitas | Destinado a temas sobre avaliação educacional. Contra a destruição do sistema …
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Brasil, o aumento foi de 775% entre 2003 e 2012, de acordo com estudo da Universidade do Estado
do Rio de Janeiro), pouco se sabe ainda sobre seus mecanismos de atuação e suas consequências
em longo prazo.
Leia mais aqui.
Publicado em Avaliação de professores, Avaliação na Educação Infantil, Meritocracia, Privatização, Responsabilização/accountability, Segregação/exclusão, Velez no Ministério
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O projeto Moro, a militarização de escolas e privatização
Publicado em 05/02/2019
Com o projeto de Moro para endurecer o combate à criminalidade, somado à militarização de escolas proposta por
Bolsonaro, e as privatizações (de prisões, escolas etc) de Guedes, já se pode ter uma ideia para onde vamos:
estamos criando uma linha direta que vai das escolas para as prisões – destino final para boa da juventude pobre e
negra. A variante é o cemitério.
É preciso lembrar que a elite financeira brasileira apelou para o neoliberalismo como último recurso para manter
suas taxas de acumulação de riqueza e sabe que a desigualdade vai aumentar, produzindo uma sub-classe de
segregados. Para ela, está sub-classe não tem “mérito”, e portanto, não tem direitos legítimos a reivindicar. Note-
se que sob o neoliberalismo,a desigualdade é equivalente a “falta de mérito”, assim como a riqueza é derivada do
“mérito”. Sem mérito, sem direitos reconhecidos.
O autoritarismo acompanha o neoliberalismo na medida em que esta “massa de fracassados” precisa ser
controlada para não sensibilizar os legisladores a atuarem a seu favor e, além disso, precisam ser controladas em
sua revolta. O autoritarismo é o que une os conservadores, os neoliberais e os militares no governo – apesar de
suas diferenças teóricas. Estamos diante de uma política social de “controle de danos” produzido conscientemente
pelas teses do darwinismo social neoliberal.
A classe média clama por medidas de combate à criminalidade, a qual crescerá com o aumento da desigualdade –
ou seja com o aumento das “massas fracassadas” da revolução 4.0. A solução está sendo apresentada por Moro:
prender mais gente por mais tempo. O populismo de direita vai prometer à classe média mais tranquilidade
punindo mais, por mais tempo e liberando armas para a população.
Como apontou Drauzio Varella:
“Frases como “lugar de bandido é na cadeia”, “tem que acabar com benefícios que encurtam
penas”, “vamos reduzir a maioridade penal” e, principalmente, “preso precisa trabalhar para
pagar os custos da prisão” soam como música aos ouvidos da sociedade acuada pela violência.”
Aqui, vai se cuidar da febre e não da causa da infecção. Mas a classe média vai gostar deste populismo de direita e,
como diz o próprio Varella, antes que os “idiotas de internet” digam que estou defendendo bandido, é bom dizer
que não é nada disso. Estou defendendo que se pare de criar bandidos com uma política que beneficia cada vez
mais o enriquecimento das elites e o empobrecimento da maioria da população.
As ações que estão sendo proposta pelo governo têm várias conexões a serem exploradas. Por exemplo, o projeto
de Moro, aparentemente não fala diretamente em privatização das prisões. Mas o projeto do Ministro da
Economia, Paulo Guedes – o vovô neoliberal saudoso de Pinochet – está baseado na destruição do Estado e na
privatização de tudo que puder ser privatizado. Seu seguidor em São Paulo, João Dória, já anunciou que vai
privatizar as prisões do estado que administra. O terreno está sendo preparado.
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Recentemente escrevemos que onde entra a privatização, ela secundariza objetivos sociais e os submete a
objetivos materiais: a geração do lucro. Portanto, se uma unidade prisional fica com presos acima do número
estipulado, tanto melhor, pois o número de presos é um elemento da definição de quanto a contratada recebe.
Prevalece o lucro e não a condição social a que são submetidos os presos. O pagamento é por pessoa presa e
quanto mais melhor. Mais ainda, como mostram os dados americanos sobre privatização de prisões, se as penas
são mais longas, tais contratadas, adoram, pois os presos ficarão mais tempo dando lucro nas prisões – melhor
ainda se trabalharem para pagar a conta.
Sobre estas questões Ravitch alerta em seu blog:
“Não se engane: o propósito da privatização é fazer lucro. A promessa da privatização é a
eficiência. Mas na sua busca por lucro e eficiência, a privatização cria incentivos perversos. Ela
incentiva a gestão privada de escolas charter a evitar ou se livrar de estudantes “caros” (a menos
que a fórmula de reembolso torne rentável mantê-los), incentiva hospitais com fins lucrativos a
diagnosticar pacientes e realizar cirurgias desnecessárias, incentiva os prestadores privados de
educação especial pré-escolares a diagnosticar erradamente crianças como se necessitassem de
serviços especiais para aumentar seus lucros (veja aqui). E incentiva gestores privados de prisões
a manter a população carcerária tão grande quanto possível, uma vez que uma cela vazia é uma
cela que não produz receita.”
Sobre as consequências da privatização de presídios, o Boletim da Conjur aponta que o lobby da privatização de
prisões defende, hoje, nos Estados Unidos, um conjunto de medidas jurídicas para não deixar seu faturamento
cair:
“1) Sentença mais longas. As sentenças nos EUA já estão entre as mais longas do mundo. E isso, ao
lado da pena mínima, seria uma das razões para os EUA terem a maior população carcerária do
mundo. As estatísticas revelam que os EUA têm 25% da população carcerária do mundo, enquanto
a população do país representa apenas 5% da população mundial. 2) A aprovação de leis que
requerem sentença mínima, independentemente das circunstâncias. Esse tipo de lei já existe nos
EUA para qualquer tipo de delito com uso de arma. 3) Uma grande expansão do trabalho de
prisioneiros, criando lucros que motivem o encarceramento de mais pessoas por períodos maiores
de tempo. 4) Mais punição para os prisioneiros, de forma a prolongar suas sentenças. Hoje, os
prisioneiros já podem ter suas penas aumentadas em 30 dias, em caso de qualquer ação que possa
ser qualificada como má conduta ou quebra de regra da prisão.”
Na outra ponta, o programa de Bolsonaro propõe a militarização das escolas e o endurecimento na disciplina
escolar, acompanhado de privatização da educação por vouchers e charters, o que tenderá a eliminar estudantes
mais pobres e principalmente negros da escola básica criando uma linha direta escola-prisão.
Nos Estados Unidos, o aumento do controle disciplinar nas escolas tem sido considerado danoso para a educação
dos jovens e criado uma “linha direta” entre as escolas e as prisões, o que levou a Associação Nacional de
Educação americana (2016) a se manifestar sobre a prática:
“Linha direta da escola para prisão significa o uso de políticas e práticas que estão direta e
indiretamente empurrando estudantes negros para fora da escola e colocando-os no caminho
para a prisão, incluindo, mas não limitando-se a: políticas severas de disciplina escolar que
abusam da suspensão e expulsão, aumento do policiamento e vigilância que cria ambientes
parecidos com prisões nas escolas, excesso de confiança no encaminhamento para a aplicação da
lei e no sistema de justiça juvenil, e um ambiente acadêmico voltado para testes de alto impacto e
alienantes.”
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A escalada da violência nos Estados Unidos tem, obviamente, outras causas além dos processos de privatização
das escolas, mas a exigência de níveis mais altos de desempenho dos estudantes nas escolas, pela reforma
empresarial, tem lavado ao aumento do controle disciplinar e à segregação dos estudantes de origem mais pobres
e negros (Scott, Moses, Finnigan, Trujillo, & Jackson, 2017) e certamente favorece e acaba por justificar tais ações.
Um estudo de DeJarnatt, Wolf & Kalinich (2016) afirma que:
“(…) o Chicago Tribune relatou que, durante o ano letivo de 2012-2013, as escolas charters
[terceirizadas] de Chicago expulsaram os estudantes de forma muito mais alta do que as escolas
públicas de Chicago. Eles relataram que, para cada 10.000 alunos, as escolas charter expulsaram
61 alunos enquanto as escolas públicas expulsaram 5. O Boston Globe relatou de forma semelhante
que as escolas terceirizadas de Massachusetts tinham maior probabilidade de suspender ou
expulsar estudantes. O artigo cita uma escola charter de Boston que submeteu quase 60% de sua
população estudantil a suspensão durante o ano letivo de 2012-2013” (p. 22).
A escalada de violência, por vários motivos, faz com que, hoje, mais que nunca, se debata nos Estados Unidos a
colocação da polícia no interior das escolas, ao lado do endurecimento nas regras disciplinares destas. O saldo é
apresentado por Sam Sinyangwe, diretor do Projeto Mapping Police Violence (Giroux, 2018):
“Os dados(…) que existem (…) mostram que mais policiais nas escolas levam a mais
criminalização dos estudantes e, especialmente, estudantes negros e pardos. Todos os anos, cerca
de 70 mil crianças são presas nas escolas … [Além disso] desde 1999, 10 mil policiais adicionais
foram colocados nas escolas, sem impacto na violência. Enquanto isso, cerca de um milhão de
estudantes foram presos por atos que seriam punidos anteriormente com detenção ou suspensão, e
os estudantes negros têm três vezes mais chances de ser presos do que seus pares brancos. ”
Os planos de Moro, somados aos de Bolsonaro e Guedes sugerem que estamos trilhando o mesmo caminho.
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Artigos: Dossiê homeschooling
Publicado em 05/02/2019
Importante Dossiê da revista Pro-posições da Faculdade de Educação da UNICAMP discute a questão do
homeschooling.
Dossiê: Homeschooling e o direito à educação 
Dossier: Homeschoolig and the right to education
· Apresentação do Dossiê: Homeschooling e o Direito à Educação 
Luciane Muniz Ribeiro Barbosa (Universidade Estadual de Campinas, Brasil) 
Romualdo Luiz Portela de Oliveira (Universidade de São Paulo, Brasil) 
http://dx.doi.org/10.1590/1980-6248-2017-0121
· Homeschooling in the United States: Examining the Rationales for Individualizing Education 
T. Jameson Brewer (University of North Georgia, United States) 
Christopher Lubienski (Indiana University, United States) 
http://dx.doi.org/10.1590/1980-6248-2016-0040
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· Provisions for Homeschooling in Canada: Parental Rights and the Role of the State 
Lynn Bosetti (La Trobe University, Australia) 
Deani Van Pelt (Centre for Improvement in Education, Canada) 
http://dx.doi.org/10.1590/1980-6248-2016-0022
· O homeschooling e a crítica à escola: hibridismos e (des)continuidades educativas 
Álvaro Manuel Chaves Ribeiro (Universidade do Minho, Portugal) 
José Palhares (Universidade do Minho, Portugal) 
http://dx.doi.org/10.1590/1980-6248-2016-0098
· A Review of research on Homeschooling and what might educators learn? 
Brian Ray (National Home Education Research Institute, United States) 
http://dx.doi.org/10.1590/1980-6248-2016-0009
· Homeschooling: entre dois jusnaturalismos? 
Carlos Roberto Jamil Cury (Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Brasil) 
http://dx.doi.org/10.1590/1980-6248-2016-0006
· Educação na casa: perspectivas de desescolarização ou liberdade de escolha? 
Maria Celi Chaves Vasconcelos (Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Brasil) 
http://dx.doi.org/10.1590/1980-6248-2015-0172
· O novo cenário jurisprudencial do direito à educação no Brasil: o ensino domiciliar e outros casos no Supremo
Tribunal Federal 
Nina Beatriz Stocco Ranieri (Universidade de São Paulo, Brasil) 
http://dx.doi.org/10.1590/1980-6248-2016-0008
· Educação Domiciliar: encontrando o Direito 
Édison Prado de Andrade (Associação Brasileira de Defesa e Promoção da Educação Familiar – ABDPEF, Brasil) 
http://dx.doi.org/10.1590/1980-6248-2016-0062
· Neoliberalism as one of the foundations of homeschooling 
. O neoliberalismo como um dos fundamentos da educação domiciliar 
Romualdo Luiz Portela de Oliveira (Universidade de São Paulo, Brasil) 
Luciane Muniz Ribeiro Barbosa (Universidade Estadual de Campinas, Brasil) 
http://dx.doi.org/10.1590/1980-6248-2016-0097
https://www.fe.unicamp.br/lancamentos/3373?fbclid=IwAR0zKvxU-bItLmiH2Gdsa7Q6sUdacbr61kDN-
s7X_-9h9G84UMttIa-B3J0
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Rio: privatização na saúde conduz a fraude
Publicado em 04/02/2019
Fraude no Hospital Albert Schweitzer, no Rio, superfaturou contas em cerca de 550%, diz MP. Organização Social
contratada para administrar a unidade e várias UPAS é investigada por desviar dinheiro da saúde em várias
cidades do país. Pagamento de propina era feito até em caixas de vinho.
Veja aqui.
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Drauzio Varella: cadeias e demagogia
Publicado em 04/02/2019
Drauzio Varella alerta para a demagogia de certos políticos interessados em angariar votos com soluções fáceis,
entre elas a defesa de certas ideias improvisadas relacionadas ao setor prisional. Penso que elas se encaixam
perfeitamente nas pretensões de Dória para privatizar as prisões estaduais e nas de Moro, no governo federal.
Leia aqui.
Publicado em Assuntos gerais, Doria no Estado de SP, Privatização, Segregação/exclusão | Marcado com "Nova" Direita, Organizações Sociais, Parceria público-privada,
Terceirização | Deixe um comentário
Fechar escolas melhora a educação?
Publicado em 04/02/2019
Parece incrível que tenhamos que discutir isso, mas a visão economicista na educação é movida a uma fé na
economia de recursos como forma de potencializar a qualidade da educação. Segundo esta visão, o que precisamos
é “otimizar” gastos.
Ninguém é contra gastar adequadamente, mas o estudo divulgado abaixo mostra o que pode acontecer com estes
mantras educacionais de uma nota só. Escolas nunca são demais, se as tomamos como um centro cultural a
serviço da comunidade. Ocorre que a visão economicista substitui esta função da escola pelo entendimento de que
ela é uma “unidade de negócios”.
Compensa fechar escolas?
Oakland, na Califórnia, está sangrando suas escolas. Cerca de um terço das 76 escolas do distrito
pode fechar nos próximos cinco anos, de acordo com um anúncio feito em uma reunião do conselho
escolar de novembro. Na verdade, esta não é a primeira vez que o distrito fecha escolas,
recentemente.
Espera-se que os fechamentos economizem dinheiro em um distrito com matrícula decrescente e
com um déficit de US $30 milhões. O déficit já forçou cortes no financiamento para equipes
esportivas e bibliotecários escolares – levando muitas bibliotecas escolares a fechar. Durante anos,
as finanças de Oakland ficaram desordenadas, com uma reestruturação feita pelo Estado apenas
piorando o problema.
A superintendente de Oakland, Kyla Johnson-Trammell, disse que os fechamentos ajudarão o
distrito a oferecer uma educação melhor, concentrando dinheiro em um conjunto menor de
escolas. “No final das contas, não se trata de economizar um dólar, mas de reduzir
estrategicamente nosso alcance e aumentar a qualidade, porque esse é realmente o desejo de
muitos de nossos pais e alunos.” Um pensamento semelhante pode ser encontrado em outros
distritos escolares, como Chicago, Washington, DC e Detroit.
Mas o fechamento de escolas realmente economiza dinheiro? Melhora a educação?
Não necessariamente, de acordo com um resumo das pesquisas sobre estas políticas recentemente
publicado pelo National Education Policy Center. No estudo “Fechamento de escolas como
estratégia para remediar o baixo desempenho”, Gail Sunderman, da Universidade de Maryland,
Erin Coghlan e Rick Mintrop, da Universidade da Califórnia, Berkeley, concluem que os
fechamentos são “uma estratégia de alto risco/baixo ganho que não conseguem manter nem a
promessa de melhoria do desempenho do aluno, nem a de seu bem-estar não cognitivo.
02/03/2019 AVALIAÇÃO EDUCACIONAL – Blog do Freitas | Destinado

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