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livro uniasselvi pos pla anejamento estratégico na Educação

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CAPÍTULO 2
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO NA EDUCAÇÃO
A partir da perspectiva do saber fazer, neste capítulo, você terá os seguintes 
objetivos de aprendizagem:
  Conceituar Estratégia e Planejamento Estratégico.
  Conhecer e apresentar as razões para a elaboração do Planejamento 
Estratégico na Educação.
  Identifi car os princípios que norteiam o Plano de Desenvolvimento da Educação, 
verifi cando a relação deste com o Planejamento Estratégico.
  Demonstrar o processo de implementação do PDE e sua aplicabilidade na 
escola.
28
 Planejamento Institucional
28
29
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO NA EDUCAÇÃO
29
 Capítulo 2 
CONTEXTUALIZAÇÃO
No capítulo 1, enfocamos elementos introdutórios do Planejamento 
Institucional com o propósito de situá-lo no panorama global deste Caderno 
de Estudos. Os elementos de historicidade, bem como, os aspectos legais e 
administrativos, proporcionaram encaminhamentos para uma profícua refl exão 
acerca da importância de ser o sujeito no pensar/fazer o planejamento, tanto 
na esfera pública como privada. 
O presente capítulo tem a preocupação de discutir procedimentos de 
planejamento estratégico inerente as Instituições, sejam elas de ensino ou de 
produção material. O título sugere alguns questionamentos, pois não é comum 
aplicar este tipo de planejamento na escola básica. Você deve estar inquirindo: 
Não é esta uma metodologia empregada nas empresas e, portanto, adequada 
às organizações voltadas para o capital com o intuito do lucro? Então, por 
que adotar o Planejamento Estratégico – PE na escola? 
Nosso intuito é apresentar algumas ideias básicas a respeito da natureza 
do PE de modo a estabelecer um entendimento mais amplo sobre o mesmo, 
seus elementos básicos e etapas, como forma de orientar a sua produção 
na Instituição Educacional. Serão propostas algumas ações no sentido 
de aproximar o pensar e o agir estratégico na escola. Sem essa interação, 
qualquer esforço desenvolvido nessa área se limita a uma programação 
estratégica com benefícios, nem sempre, efi cientes para a melhoria do 
desempenho institucional.
Na realidade, Planejamento Estratégico – PE é mais uma ferramenta 
que a escola possui para projetar ações de maneira previsível e mais segura. 
Este procedimento é sugerido no Plano de Desenvolvimento da Escola - PDE 
instituído na educação no Governo Lula dentro do Programa de Aceleração da 
Economia – PAC como forma mais efi ciente de se alcançar os objetivos nele 
previstos. Para tanto, trataremos também, deste tema para o seu entendimento 
e aplicabilidade.
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO: CONCEITUAÇÃO, 
DEFINIÇÃO E RELEVÂNCIA
 
A implementação do planejamento estratégico é muito recente no meio 
escolar. A escola até então, vislumbrava somente o planejamento pedagógico, 
com as questões relacionadas apenas aos aspectos de ensino e aprendizagem. 
Outros enfoques da escola seguiam a reboque neste planejamento, sem muita 
PE é mais uma 
ferramenta que a 
escola possui para 
projetar ações de 
maneira previsível e 
mais segura.
30
 Planejamento Institucional
30
ênfase. A autora Andrade, (2004, p.11) em consonância com o afi rmado, coloca 
que, atualmente, essa situação mudou em virtude das grandes e contínuas 
transformações do espaço político, social, técnico, científi co-informacional, que 
passaram a exigir um novo modelo de escola, um novo perfi l de diretor-gestor. 
A par disso, a escola também deverá lidar e se preocupar com as questões 
organizacionais, seja ela particular ou privada. 
Adequar a escola para acompanhar a “metamorfose ambulante” do 
mundo informacional deve ser uma das preocupações primeiras do gestor 
na condução da escola. Albuquerque (2002, p. 35) alerta que, “A rapidez 
das mudanças tecnológicas, a globalização da economia e o acirramento 
da competição entre empresas e entre países geram impactos signifi cativos 
sobre a gestão das organizações, levando à necessidade de repensar seus 
pressupostos e modelos”.
Essas mudanças são perceptíveis no nosso entorno devido à intensidade 
com que penetram e modifi cam o modo operante de nossas vidas. Elas 
interferem de forma incisiva na condução das instituições escolares, 
requerendo procedimentos dinâmicos de gestão educacional, com vistas à 
fl exibilização, à contínua adequação e a lidar com o inesperado. Por estes 
motivos é necessário que conheçamos, compreendamos e apliquemos na 
escola, o Planejamento Estratégico. Não como mais um documento, mas, 
como o documento a ser construído pela comunidade escolar.
Planejar estrategicamente possibilita a gestão educacional antever 
difi culdades, projetar possíveis ações que visem ao sucesso da instituição, 
calcular com maior precisão custos, despesas e investimentos, estar mais 
preparado para conviver num ambiente de mudanças rápidas e de intensa 
competição. Para tanto, é imprescindível que o Planejamento Estratégico seja 
materializado nas diversas áreas que compõem estas instituições. Ou seja, 
que o gestor escolar desenvolva ações que viabilizem a integração entre 
o planejamento e sua implantação, entre o planejamento e o pensamento 
estratégico e entre pensamento e ação estratégica. 
Que estratégias? O que signifi ca o termo estratégia?
O termo estratégia é originário da Grécia. Deriva-se da palavra 
estratego, que signifi ca general, cargo de um comandante de armada, uma 
espécie de ministro da guerra da antiga Atenas. Segundo Houaiss (2001, 
p. 1261) estratégia é “[...] a arte de coordenar a ação das forças militares, 
políticas, econômica e morais simplifi cadas na condução de um confl ito ou na 
preparação da defesa de uma nação ou comunidade de nações”.
 Planejar 
estrategicamente 
possibilita a gestão 
educacional antever 
difi culdades, projetar 
possíveis ações que 
visem ao sucesso da 
instituição, calcular 
com maior precisão 
custos, despesas e 
investimentos, estar 
mais preparado para 
conviver num ambiente 
de mudanças rápidas e 
de intensa competição.
31
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO NA EDUCAÇÃO
31
 Capítulo 2 
É um termo que deve ser levado a efeito não somente num campo de 
guerra, com o intuito de derrotar o inimigo; mas, em todo contexto que se 
necessita vencer desafi os. Colombo (2004, p.18) reforça que este “É o caminho 
ou a maneira considerada adequada para alcançar, de forma diferenciada, os 
desafi os estabelecidos”. Estrategicamente a instituição utiliza seus pontos 
fortes e fracos, existentes e potenciais para que seus objetivos sejam atingidos, 
levando em conta as oportunidades e contexto em que está inserida. Neste 
sentido, o saber/fazer o caminho é um indicativo da possibilidade da chegada. 
Mas, cuidado para não confundir as ações estratégicas com as ações de 
rotina da escola. As Estratégicas são as ações previstas com início, meio e fi m, 
voltadas para o objetivo de melhorar o desempenho da escola. E, Rotinas são 
aquelas que realizamos continuadamente na escola, por exemplo, matrícula 
dos alunos, emissão de transferências, limpeza. Pode-se, no entanto, pensar 
estrategicamente um modo de oferecer maior qualidade aos serviços que são 
prestados à escola.
Aliando à compreensão mais elaborada de estratégia, procuramos a 
seguir, apresentar alguns conceitos de Planejamento Estratégico, na tentativa 
de ampliar o entendimento e socializá-lo no cotidiano institucional, onde 
a escola, frente ao panorama volátil que descrevemos anteriormente, não 
poderá furtar-se desta produtiva e efi ciente tarefa. 
Estabelecer parâmetros comparativos entre os conceitos apresentados 
por alguns autores, remete-nos à refl exão exata do saber/fazer, ou seja, o 
tema em estudo. Partindo deste pressuposto, dizemos que não há conceitos 
certos ou errados, mas, que há conceitos que expressam a mesma realidade 
com uma óticadiferente. 
Na opinião de Luck (2000, p.10), “o planejamento estratégico é o esforço 
disciplinado e consistente, destinado a produzir decisões fundamentais 
e ações que guiem a organização escolar, em seu modo de ser e de fazer, 
orientado para resultados com forte visão de futuro.” É possível observar neste 
conceito a ênfase ao processo disciplinador do trabalho, a seriedade que a ele 
deve ser desprendido.
 
Colombo (2004, p. 17), considera “Planejamento Estratégico um importante 
instrumento de gestão que auxilia, consideravelmente, o administrador 
educacional em seu processo decisório na busca de resultados mais efetivos e 
competitivos para a instituição de ensino”. 
Daft, (1999,p.129.) nos oferece um conceito mais amplo e pormenorizado, 
em que afi rma que o 
O planejamento 
estratégico é o 
esforço disciplinado e 
consistente, destinado 
a produzir decisões 
fundamentais e 
ações que guiem a 
organização escolar, 
em seu modo de ser 
e de fazer, orientado 
para resultados com 
forte visão de futuro.
32
 Planejamento Institucional
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plano estratégico é um esquema que defi ne as atividades 
das organizações e a elaboração de recursos na forma de 
capital, de pessoal, de espaço e de instalações exigidas 
para se atingir esses alvos. O planejamento estratégico 
tende a ser de longo prazo e deve defi nir as ações para os 
próximos dois a cinco anos. O planejamento é transformar 
as metas da organização em realidade dentro desse período 
de tempo. 
Conforme sustentam os autores, acima citados, as escolas precisam 
ser administradas estrategicamente para que vislumbrem seus objetivos, 
estratégias e metodologias que devem ser adotadas de acordo com a 
instituição e suas especifi cidades. Qualquer que seja a metodologia a ser 
empregada, deve prever ações fortemente sintonizadas com o momento 
histórico da instituição. 
A metodologia processual do Planejamento Estratégico servirá para 
identifi car as ações que irão garantir um potencial de excelência no desempenho 
da escola. A forma mais efi caz de se construir um plano estratégico é por 
meio do Planejamento Participativo, conforme já discutimos no 1º. Capítulo, 
que é o procedimento que envolve e agrega sugestões e contribuições dos 
diversos segmentos da comunidade escolar, com defi nição clara de funções e 
responsabilidades. 
Assim, o desafi o inicial do dirigente envolvido na implantação de práticas 
inovadoras na sua realidade é defi nido como uma visão de futuro integrada e 
fl exível. Lembrar que o plano é dinâmico e que o planejamento estratégico não 
pode “engessar” a instituição, ao contrário, deve prepará-la para responder 
pro-ativamente à dinâmica do ambiente e ao sujeito que pretende formar.
O Planejamento Estratégico envolve uma refl exão ampla e aprofundada 
sobre a organização, iniciando pela defi nição da missão, da visão e de 
estratégias organizacionais, incluindo a defi nição de objetivos, fi nalidades, 
metas e diretrizes organizacionais. Ou seja, ao planejar estrategicamente, 
percebe-se claramente, o porquê e para quê a instituição existe, o que ela faz 
e como faz.
Ao defi nir a missão da escola, deve-se ter claro o motivo pelo qual ela foi 
criada, tendo presente as novas exigências do mundo atual; e, se questionar: 
Quem somos nós? O que fazemos? E por que fazemos o que fazemos? Estas 
três questões auxiliarão na identifi cação real da escola, a missão; que funciona 
como uma espécie de “pano de fundo” da instituição. 
A visão, outro aspecto importante a identifi car, é composta pelo modo 
O planejamento 
estratégico tende a ser 
de longo prazo e deve 
defi nir as ações para 
os próximos dois a 
cinco anos.
33
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO NA EDUCAÇÃO
33
 Capítulo 2 
como a instituição/escola se projeta, como se vê, estabelecendo uma 
análise interna. Sem perder de vista a oportunidade, analisando as situações 
favoráveis e desfavoráveis, deve-se elaborar uma análise externa.
 
Toda a instituição de ensino precisa ter bem clara a sua fi losofi a, composta 
pela missão e a visão, cujos princípios e valores devem estar internalizados 
por todos que fazem parte do processo educativo. O sucesso ou o fracasso 
da instituição de ensino está muito ligado ao que ela acredita e naquilo que 
transmite para a comunidade.
FUNDAMENTOS TEÓRICOS E PRÁTICOS DO 
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO COMO FERRAMENTA 
PARA GESTÃO DA EDUCAÇÃO INSTITUCIONAL
Historicamente, a construção de Planejamento Estratégico é recente. 
Passou a ser assimilado e utilizado nas empresas comerciais e industriais 
a partir de 1950 e mais tarde por outros tipos de organizações, como as de 
educação superior. Atribuíam os problemas de administração à ausência de 
um instrumento que fosse capaz de antever problemas e de propor possíveis 
soluções para enfrentar e vencer os desafi os. 
 
A partir dessa necessidade, que foi concebido o Planejamento Estratégico, 
como um processo pelo qual uma coletividade estabelece uma opção e 
um compromisso por transformar uma dada realidade. Tornando-a mais 
signifi cativa pela adoção de novas formas de agir e o de largo alcance. Sua 
efetivação, entretanto, deve estar assentada na metodologia participativa 
delineada na literatura sobre planejamento participativo. É no nível estratégico 
que as questões operacionais ganham signifi cado. Se os planejamentos são 
feitos de modo participativo, assegura-se a compreensão e o comprometimento 
das pessoas. 
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO: COMO OCORRE?
Onde estamos?
Aonde pretendemos
chegar?
PLANO ESTRATÉGICO
Plano Estratégico é o caminho que a Instituição
escolhe para seguir, com base na situação presente
com vistas ao que pretende alcançar.
34
 Planejamento Institucional
34
Considerando que o planejamento e os seus modelos devem ser 
específi cos de cada escola, expomos a seguir algumas etapas que podem 
ser adaptadas conforme a realidade da escola pública ou privada. O 
primeiro passo é o diagnóstico. Esta etapa oferece subsídios necessários 
para verifi car como está a instituição. É a refl exão inicial. Com base nas 
indicações de Colombo, (2004) discutiremos detalhadamente esse processo 
de elaboração do Planejamento Estratégico que se constitui dos seguintes 
momentos: Diagnóstico Estratégico, Estratégia – foco e posicionamento, 
Desdobramento e Ativação. 
a) Diagnóstico Estratégico
O diagnóstico estratégico é o primeiro passo do processo de planejamento 
e através dele que a organização irá obter informações que direcionará todo 
o trabalho. O diagnostico estratégico divide-se em dois momentos: o de 
fundamentos e o de análise e alinhamento. 
Os Fundamentos do Planejamento estratégico são:
• Negócio: Negócios consistem no conhecimento profundo dos pontos fortes 
da base competitiva da escola e no entendimento do principal benefício 
esperado. 
• Missão: É o norte. É a razão de ser da instituição de ensino no seu negócio. 
É um forte componente para a estruturação do planejamento estratégico, 
servindo de alicerce para o seu desenvolvimento. 
• Princípios: Pode–se dizer que constituem a carta magna da instituição. 
São os compromissos assumidos pela instituição de ensino e servem de 
base para as estratégias, ações e decisões. Somente serão válidos se 
forem adotados e praticados por todos, portanto, devem ser concisos e 
simples. Exemplos: Compromisso com a qualidade. Responsabilidade 
social. Ética em todas as ações.
 
Fazem parte dos fundamentos da análise e alinhamento os seguintes 
aspectos:
• Análise do ambiente: São visões consistentes do que poderá ser o amanhã. 
Não devem ser conclusivas, pois não são fatos, apenas instrumentos de 
diagnóstico. É o processo de identifi cação de oportunidades, ameaças, 
forças e fraquezas que afetam a organização no cumprimento da sua 
missão. Esteprocesso deve observar três momentos: os fatores internos, 
os fatores externos, a concorrência e a quem serve.
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PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO NA EDUCAÇÃO
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 Capítulo 2 
• Competências competitivas: “Competência não é um estado, e sim um 
processo de transformação e de refi namento contínuo” (COLOMBO 2004, 
p, 24). Consiste na mobilização do saber/fazer/ser/querer. A inovação deve 
ser o valor máximo e envolver uma profunda competência da instituição de 
ensino. 
• Alinhamento: Todos os dados adquiridos nos fundamentos e na análise, 
não podem ser considerados isoladamente, devem ser conectados 
formando um conjunto de aspectos que nortearão a composição da 
estratégia.
Se você deseja saber mais sobre estratégias, indicamos o livro: 
CLAVEL, J. A Arte da Guerra: Sun Tzu. Rio de Janeiro: Record, 2000.
“Se conhecemos o inimigo (ambiente externo) e a nós mesmos (ambiente 
interno), não precisamos temer o resultado de uma centena de combates. 
Se nos conhecemos, mas não ao inimigo, para cada vitória sofreremos uma 
derrota. Se não nos conhecemos nem ao inimigo, sucumbiremos em todas as 
batalhas” (Sun Tzu).
b) Estratégia: foco e posicionamento
A importância da estratégia está diretamente alinhada ao foco e 
posicionamento, que são: visão, perspectivas equilibradas, objetivos, 
indicadores, metas e estratégias competitivas.
• Visão: É projetada de maneira coletiva e deve representar a aspiração 
maior da instituição, por exemplo: Ser referencial de excelência na 
educação infantil; Tornar-se a maior instituição de ensino na Região; 
ou ainda, Ser uma escola presente, auto-sustentável, referência para 
as demais escolas, contribuindo para a formação de pessoas íntegras, 
competentes e socialmente respeitáveis. 
• Perspectivas equilibradas. Formam o direcionamento e o foco de atenção. 
São cinco as perspectivas:
- Financeira: O Planejamento estratégico e o orçamento anual devem 
caminhar juntos, pois cada instituição encontra-se numa base 
fi nanceira específi ca e os objetivos futuros não podem perder isto de 
vista.
36
 Planejamento Institucional
36
- Cliente e mercado: Identifi cação do público-alvo da escola é 
altamente relevante para se estabelecerem estratégias seguras. É 
recomendada a utilização de pesquisas para saber o que o cliente e 
o mercado esperam para tomar decisões precisas e resultados mais 
efetivos.
- Processos internos: Cabe ao gestor educacional analisar em quais 
processos críticos deve buscar alcançar e manter a excelência para 
se destacar perante o mercado. Cabe fazer questionamentos, defi nir 
e mapear toda a cadeia de valores da instituição de ensino. Deve 
concentrar-se em seus pontos fortes, não ignorar suas defi ciências, 
mas sim, potencializar as competências.
- Tecnológica: O gestor deve estar atento a todas as tendências 
e inovações tecnológicas, pois é um diferencial na concorrência. 
É relevante o gestor considerar: Qual é a vida útil dos diversos 
equipamentos em uso na instituição? Os profi ssionais da 
educação e da administração estão capacitados? Precisarão de 
novas qualifi cações?
- Aprendizado e crescimento: A instituição de ensino deveria 
ser como uma empresa, um modelo de aprendizagem para toda 
a comunidade. É importante incluir nos objetivos, ações como 
investimentos e reciclagem da equipe acadêmica.
• Objetivos Estratégicos: Os objetivos devem constituir um desafi o, 
portanto, é recomendável apresentarem certo nível de difi culdade e 
de exigência. Não podem ser inatingíveis, pois causaria frustração aos 
profi ssionais envolvidos. Outro aspecto a ser considerado é com relação 
ao custo para a concretização dos objetivos, e analisar a proporcionalidade 
perante o benefício a ser obtido. Os objetivos precisam ser priorizados; 
pois, orientam o processo decisório.
• Indicadores: Os indicadores servem de estímulo e mobilização para 
as mudanças. Não se devem criar muitos indicadores, apenas aqueles 
mais relevantes para a escola. É melhor ter poucos indicadores, mas que 
agregam valor à estratégia, a ter muitos, perdendo-se um precioso tempo 
na coleta de dados. 
- Indicadores Operacionais: comuns em rotinas, como por exemplo: 
número de horas de capitação; quantidade de professores com 
especialização, mestrado; Índice de acidente de trabalho, de falta, 
entre outros.
37
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO NA EDUCAÇÃO
37
 Capítulo 2 
- Indicadores de Resultados: direcionados para o desempenho global 
da organização. Exemplo: Índice de aumento do número de alunos; 
índice de evasão; lucratividade; índice de satisfação dos clientes. 
• Metas: A quantifi cação do que deve ser alcançado em determinado prazo. 
As metas podem ser de curto, médio ou longo prazo para os indicadores, os 
gestores educacionais projetam o que vai ser alcançado e quando (limite), 
bem como, assumem o compromisso e reiteram a responsabilidade de 
alcançar a visão estabelecida pela organização.
• Estratégias Competitivas: Abrange a análise do que fazer e também 
do que não fazer para alcançar os objetivos. Para cada estratégia é 
interessante considerar sua possível efi cácia nos cenários que foram 
levantados na etapa de análise de ambiente. O gestor educacional, ao fazer 
escolhas estratégicas, deve considerar o impacto e as consequências que 
elas trarão ao próprio segmento educacional, a longo prazo. É necessário 
verifi car se as estratégias estão sintonizadas com a visão de futuro. 
Lembre-se que a estratégia não deve ser considerada como único fator 
determinante para o sucesso ou fracasso da instituição de ensino.
c) Desdobramento e ativação
Outro aspecto importante na gestão escolar é o desdobramento e ativação, 
em que são apresentados o plano de ação, a consistência e aprovação, 
divulgação e implementação.
• Plano de ação: Segundo Colombo (2004, p.33), os planos de ação “[...] 
prevêem atividades programadas contendo o detalhamento de como 
deverá ser realizada e concretizada a estratégia para atingir o objetivo. É 
o desdobramento da estratégia para as diversas áreas da empresa a curto, 
médio e longo prazo”. Cabe ao gestor educacional determinar as áreas de 
ação e as respectivas equipes prevenindo possíveis confl itos interpessoais.
• Consistência e aprovação: Geralmente é nesta etapa, após a elaboração 
dos planos de ação e a verifi cação da consistência, que se providencia a 
documentação para a devida homologação.
• Divulgação: Os objetivos a serem alcançados precisam ser comunicados 
a todos o membros da equipe para que a estratégia da escola seja bem 
sucedida.
• Implementação: A estratégia precisa ser posta em prática. São várias 
as barreiras que as instituições de ensino encontram ao direcionar seus 
Com o foco obtém-se 
a atenção centrada 
nos objetivos; com 
a determinação, 
surge a energia, 
manifestada no vigor, 
no compromisso do 
profi ssional.
38
 Planejamento Institucional
38
esforços para colocar em prática o que foi desejado. Exemplos: falta de 
clareza e entendimento dos profi ssionais quanto à visão; desperdício de 
tempo ao realizar ações inefi cazes. É preciso motivar a equipe e deixar muito 
claro o que se deseja. Para diminuir as barreiras e superar os obstáculos é 
preciso preservar o foco e a determinação. Com o foco obtém-se a atenção 
centrada nos objetivos; com a determinação, surge a energia, manifestada 
no vigor, no compromisso do profi ssional.
d) Controle
Na gestão escolar é necessário um controle sistemático, acompanhando 
e participando ativamente no desenvolvimento dos trabalhos, realizando 
comparações entre situações alcançadas e previstas para assegurar-se de 
forma mais efetiva o desempenho a ser alcançado.
e) Aprendizado
Ao melhorar o processo ou inovar a sistemática de se fazer bem feito, 
os gestores levarãoa instituição a patamares superiores de excelência, 
permitindo, com isso, conduzi-la à liderança de mercado. 
Sobre a Gestão da Qualidade leia:
COLOMBO, Paulo Heitor. Gestão da Qualidade no Sistema Instituição de 
Ensino. In: COLOMBO, Sônia Simões. Gestão educacional: uma nova visão. 
Porto Alegre: Artmed, 2004, Capítulo 3, p. 51-66.
Q
U
A
L
I
F
I
C
A
R
Planejamento
Desejado
Planejamento
Estratégico
TRABALHAR FAZER
Planejamento
de Gestão
39
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO NA EDUCAÇÃO
39
 Capítulo 2 
Atividade de estudos
 
1) Escreva a Missão, a visão, e os princípios da escola em que trabalha ou 
ainda, de uma escola que já trabalhou, ou que conhece. 
 
a) MISSÃO: ____________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
b) VISÃO: _____________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
c) PRINCÍPIOS: _________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
2) Para a escola permanecer “viva” é necessário se adaptar às regras do jogo 
do momento, com respostas cada vez mais rápidas, efi cazes e fl exibilizar-
se para a mudança. Neste sentido, comente o que afi rmou Tito Lívio, cônsul 
romano: “Em tempo de emergência e difi culdade, o plano mais ousado é 
40
 Planejamento Institucional
40
sempre o mais seguro”.
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
A fi m de se planejar estrategicamente, é preciso levar em consideração 
os seus elementos e suas etapas, que delineamos no decorrer desta seção. 
A seguir, apresentaremos o Plano de Desenvolvimento da Escola - PDE do 
FUNDESCOLA, que explicita também, as etapas e orienta o seu processo de 
elaboração. 
PLANO DE DESENVOLVIMENTO DA ESCOLA - PDE 
O Plano de Desenvolvimento da Escola - PDE faz parte do Programa 
de Aceleração de Crescimento – PAC. É um Programa do Governo Federal 
Brasileiro lançado em 28 de janeiro de 2007, que engloba um conjunto de 
políticas econômicas planejadas para os quatro anos seguintes. Tem como 
objetivo acelerar o crescimento econômico do Brasil, prevendo investimentos 
de 503 bilhões de reais até 2010, sendo uma de suas prioridades a infra-
estrutura, como portos e rodovias.
Mas o que é o PDE? Qual a sua relação com a escola?
O PDE é um plano voltado para a educação, também conhecido como 
“PAC da Educação”. Tem como objetivos a qualidade e universalização. 
Qualidade no tocante à elevação do nível de escolaridade da população, 
à melhoria da qualidade do ensino em todos os níveis, à democratização 
da gestão do ensino público, à valorização dos profi ssionais da educação, 
desenvolvimento de sistemas de informação e da avaliação em todos os 
níveis e modalidades de ensino. E, a universalização visa à redução das 
desigualdades sociais e regionais no tocante ao acesso e à permanência, com 
sucesso, na educação pública na Educação Básica e Superior. 
É importante que fi que bem claro, o Plano de Desenvolvimento da 
Educação – PDE é uma ação governamental composto de diretrizes que as 
41
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO NA EDUCAÇÃO
41
 Capítulo 2 
instituições de ensino básico e superior, deverão estar em sintonia por meio 
de um processo gerencial que resultará na construção do Planejamento 
estratégico.
 
O PDE, como Processo de gestão, passa a ser o resultado do trabalho 
da comunidade escolar; pois, encontra no seu ambiente as informações 
necessárias à tomada de decisão, a respeitar as propostas da escola e ser 
instrumento para a gestão democrática. 
Os Princípios que fundamentam o PDE são:
 - liderança efetiva do Diretor;
- trabalho em equipe;
 
- decisões com base em fatos e dados;
 
- capacitação da equipe para trabalhar com a metodologia;
 
- suporte técnico da Secretaria;
 
- transferência de recursos fi nanceiros para as escolas.
Um dos grandes objetivos do Ministério da Educação, com relação ao 
PDE, é de mostrar à sociedade o que se passa dentro e fora da escola e 
realizar uma ampla prestação de contas. É importante a participação da 
sociedade nesse processo, tanto no planejameto com a gestão da escola, 
como no controle e avaliação das ações do governo nessas iniciativas do 
MEC. O Compromisso de Todos pela Educação deu o impulso a essa ampla 
mobilização social. 
 
O PDE é um instrumento guia para a gestão. Auxilia a escola na implantação 
ou revisão do seu Projeto Político Pedagógico, Planejamento Estratégico, na 
organização de seus Conselhos e no planejamento da formação continuada 
dos profi ssionais da e na escola. Para a elaboração e execução do PDE é 
necessário um grupo de sistematização, responsável pela organização das 
discussões, o Conselho Escolar e uma Equipe interna da escola.
Etapas de Implementação do PDE: 
 
PDE é uma ação 
governamental 
composto de diretrizes 
que as instituições 
de ensino básico e 
superior, deverão 
estar em sintonia por 
meio de um processo 
gerencial que resultará 
na construção 
do Planejamento 
estratégico.
 O PDE é um 
instrumento guia 
para a gestão. 
Auxilia a escola 
na implantação ou 
revisão do seu Projeto 
Político Pedagógico, 
Planejamento 
Estratégico, na 
organização de 
seus Conselhos e 
no planejamento da 
formação continuada 
dos profi ssionais da e 
na escola.
42
 Planejamento Institucional
42
 
Figura 1: Etapas de Implementação do PDE
Fonte: BRASIL. FNDE-DIPRO – Diretoria de Assistência 
a Programas Especiais-Fundescola (2009).
Sobre as etapas de implementação do PDE, a preparaçao é o primeiro 
momento. Esta etapa compreende o conhecimento do processo de elaboração 
e a mobilização para a ação. Grandeparte das informações necessárias 
está disposta no Projeto Político Pedagógico – PPP e no Planejamento 
Estratégico da Escola. A partir daí, seguem-se as etapas conforme sequência 
cronológica elencada na fi gura anterior. Observe que é um processo circular 
de retroalimentaçao, que ao concluir o ciclo, retorna ao processo inicial.
Para possibilitar aos profi ssionais da educação um contato mais direto 
com o PDE, foi disponibilizado quites para as escolas compostos de 02 
manuais do PDE, 01 manual de orientação fi nanceira, 01 caderno de estudo 
de caso, 01 DVD instrucional e um folder. Verifi que na escola este material e 
tome conhecimento do todo para ampliar sua compreensão.
O PDE serve como referencial maior da unidade escolar. Nele está contido 
o conjunto das ações da escola, incluindo o Projeto Político Pedagógico e o 
cálculo dos recursos fi nanceiros necessários ao desenvolvimento do plano. É 
um processo coordenado pela direçao da escola e conta com a participaçao 
dos profi ssionais que atuam no estabelecimento, a critério do gestor. A 
consolidação dos diversos PDEs por delegacias regionais de ensino e regiões 
6 1
5
2
4
3
PreparaçãoAutoavaliação
Coleta de
dados
Análise Situacional
Elaboração do Plano de Gestão
Implementação dos
Planos de Ação
PDEAcompanhamento e
Controle
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PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO NA EDUCAÇÃO
43
 Capítulo 2 
socioeconômicas dos estados constitui a principal base do planejamento 
estratégico plurianual e do orçamento do programa anual das secretarias de 
educação. O PDE é elaborado para um período de cinco anos e aprovado pelo 
colegiado escolar. Este Colegiado deve ser composto pela representatividade 
do grupo de professores, alunos, funcionários, direção, especialistas, técnicos 
e pais.
Para a concretização de muitas medidas do PDE, as escolas necessitam 
identifi car as metas e ações que a viabilizarão, indicando para cada ação os 
recursos necessários para a sua execução. Ou seja, o agente ou a linha de 
crédito de que a escola dispõe para fi nanciar a execução da ação. As metas 
e ações selecionadas poderão ser fi nanciadas com os recursos do MEC/
FNDE. Mas, para os recursos serem liberados, faz-se necessário, que os 
Planos de Aplicação sejam aprovados pelo Conselho Escolar e Secretaria; e, 
os municípios têm de ter aderido ao Programa de Dinheiro Direto na Escola – 
PDDE e estarem cadastrados no Sistema de Assistência à Educação - SAE. 
Ações pedagógicas, de gestão e de infra-estrutura, propostas no PDE, podem 
ser fi nanciadas com recursos do MEC/FNDE.
Este aporte nos faz refl etir sobre um importante segmento da escola, 
que fi ca a mercê da vontade política dos governantes, principalmente nas 
escolas públicas, para que haja cursos de aperfeiçoamento de formação 
continuada. É possível planejar para realizar na escola onde atua, juntamente 
com outras mais próximas, um curso para sanar defi ciências constatadas 
nos planejamentos realizados na escola – PPP, PDE ou PE fi nanciados com 
verbas federais. Conheça de perto o PDE/Escola que está no seu local de 
trabalho e “mãos à obra”.
É imprescindível, neste momento, que a instituição de ensino tenha 
conhecimento e discuta todas as medidas e ações estabelecidas pelo PDE 
para que ela seja, não apenas objeto, mas, sujeito e agente da mudança. 
Lançado há pouco mais de um ano, o Plano de Desenvolvimento da Educação 
- PDE impressiona pelos números. É composto de mais de 50 programas, o 
que torna difícil resumir neste capítulo.
Para saber mais sobre o PDE, acesse:
- http://portal.mec.gov.br/
- http://campconsultoria.com.br/forumcamp/downloads/Forum_Gestao/CGE
%20-%20Estudo%20Dirigido%206/pde_escola-recorte.pdf
Dentre todas as medidas adotadas pelo PDE citamos aqui algumas:
A consolidação dos 
diversos PDEs por 
delegacias regionais 
de ensino e regiões 
socioeconômicas 
dos estados constitui 
a principal base 
do planejamento 
estratégico plurianual 
e do orçamento do 
programa anual 
das secretarias de 
educação.
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 Planejamento Institucional
44
 - PROVA BRASIL.
 
- Programa Mais Educação.
 
- Novo censo escolar (educacenso).
 
- Olimpíada Brasileira da Língua \Portuguesa.
 
- Programa caminho da escola.
 
- Provinha Brasil.
 
- Programa Olhar Brasil.
 
- .Unidade de professor-equivalente.
 
- Coleção sobre a obra de educadores.
 
- Programa Incluir.
 
- Laboratório de Informática para todas as escolas públicas.
 
- Pl 619- Piso salarial para profi ssionais do Magistério.
 
- Programa Universidade Aberta do Brasil (UAB).
 
- Programa Saúde da Família.
 
- Pl Lei do Estágio.
 
- Brasil Alfabetizado.
Atividade de estudos
Após a leitura deste capítulo, questionamos: quais suas conclusões sobre o 
PDE? Qual sua importância para o desenvolvimento da educação? Qual a 
possibilidade de ser elaborado, na escola, os seus objetivos? Enfi m, exponha 
sua opinião com base crítica de quem possui conhecimento do assunto.
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PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO NA EDUCAÇÃO
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 Capítulo 2 
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este capítulo abordou enfoques pertinentes ao atual momento em que 
vivemos. Período de turbulência devido à velocidade que recebemos novas 
informações, a mutação de procedimentos e a urgência do que fazemos nos 
atropelam provocando, muitas vezes, danos irreparáveis. Parece catastrófi ca 
esta conclusão, no entanto, a escrita não tem esta intenção. E sim, de 
reconhecer no Planejamento Estratégico o grande parceiro para conquistarmos 
o sucesso da Instituição Educacional. 
Porém, para que o Planejamento Estratégico produza resultados concretos 
é necessário que haja a integração entre as ações de formulação e as de 
implementação. Prever um plano de ação que inclua o que, o como, o quando 
será realizado e quem dinamizará o processo, o estabelecimento dos prazos 
de execução, com as respectivas implicações fi nanceiras da implementação 
e a defi nição de indicadores, que permitirão o devido acompanhamento e 
avaliação. Sem esta integração, torna-se difícil a Instituição conviver num 
ambiente competitivo e dinâmico e, ao mesmo tempo, cumprir a missão 
institucional.
O ponto de partida, para uma mudança sólida, é o “querer” do corpo 
diretivo. Que, por sua vez, promoverá o engajamento de todos os integrantes 
da instituição. Em última análise, são as pessoas que irão garantir o sucesso da 
implementação de novas propostas e, com isto, a permanência da instituição 
no sistema e o devido cumprimento de seu papel na sociedade.
O planejamento estratégico deverá ser paulatinamente, introjetado e 
absorvido na vida das escolas. Mesmo os que demonstram resistência na 
aceitabilidade do PDE, confessam que as suas exigências e seu controle 
de execução, impostos pela secretaria de educação, fez com que ele fosse46
 Planejamento Institucional
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internalizado pelos gestores das unidades escolares. O PDE conseguiu seu 
intento, que foi introduzir nas escolas brasileiras as práticas do planejamento 
estratégico. Mesmo sendo concebido por instâncias externas à escola (Banco 
Mundial/Fundescola), sem a participação da mesma, o PDE implementou um 
novo modo de ser e de agir na gestão e na organização escolar. 
O PDE, de forma geral, é a trajetória que a escola, com seus mecanismos 
de participação e envolvimento, traça para si mesma, tendo por base a 
avaliação de sua identidade. O plano tem por base as fi nalidades da escola, 
a avaliação do aprendizado dos alunos, suas fi nalidades e as expectativas 
e consenso da comunidade escolar. É uma das formas de a escola exercer 
sua autonomia. É também, o instrumento que credencia todas as demandas 
da escola referentes à sua gestão pedagógica, aos seus recursos humanos, 
à sua infra-estrutura e aos seus recursos materiais. Defi ne a situação em 
que a escola deseja estar ao fi nal de cinco anos, em termos de efi ciência e 
rendimento dos alunos, do processo de ensino-aprendizagem a ser utilizado, 
das melhorias a serem introduzidas na infra-estrutura, dos serviços de apoio 
aos alunos, e dos processos administrativos e fi nanceiros.
As mudanças na educação não acontecem apenas por obra de Decretos, 
mas principalmente, pelo conhecimento e discussão do que está sendo 
oferecido e pelo poder de intervir e interagir no seio da Instituição Educacional, 
por meio do Planejamento de suas Ações, conquistando sua autonomia. 
Acreditamos ser a educação “chave mestre” da construção de uma sociedade 
mais solidária, mais organizada, mais justa, e com a consciência de seus 
direitos e deveres. 
No capítulo seguinte, abordaremos outra importante modalidade de 
Planejamento: Projeto Político Pedagógico. Estabeleceremos uma relação 
refl exiva entre os objetivos, elaboração, princípios que norteiam o Projeto 
Político Pedagógico - PPP e o que acabamos de apresentar neste capítulo 
sobre o PDE. 
REFERÊNCIAS 
ALBUQUERQUE, Lindolfo Galvão de. A Gestão Estratégica de Pessoas. 
In: FLEURY, Maria Tereza Leme (Org.). As Pessoas na Organização. São 
Paulo: Gente, 2002.
ANDRADE, Rosamari Calaes (Org.). Introdução: gestão da escola. In: 
ACURCIO, Marina Rodrigues Borges (coord.). A gestão da Escola. Porto 
Alegre/Belo horizonte: Artmed/Rede Pitágoras, 2004. (Coleção Escol em 
Ação; 4)
As mudanças na 
educação não 
acontecem apenas 
por obra de Decretos, 
mas principalmente, 
pelo conhecimento 
e discussão do que 
está sendo oferecido 
e pelo poder de 
intervir e interagir no 
seio da Instituição 
Educacional, por meio 
do Planejamento 
de suas Ações, 
conquistando sua 
autonomia.
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 Capítulo 2 
BRASIL. FNDE-DIPRO. Programa Nacional de Formação Continuada a 
Distância nas Ações do FNDE Disponível em: <http://www.fnde.gov.br/home/
index.jsp?arquivo=formacao_pela_escola.html>. Acesso: 20 fev. 2009. 
COLOMBO, Sônia Simões. Gestão educacional: uma nova visão. Porto 
Alegre: Artmed, 2004.
DAFT, Richard L. Administração. Rio de Janeiro: Editora S.A, 1999.
HOUAISS, Antônio. Dicionário Houaiss da língua portuguesa. Rio de 
Janeiro: Objetiva, 2001.
LUCK,Heloisa. A aplicação do planejamento estratégico na escola, Gestão 
em Rede, p.8-13,19 de abril de 2000.
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