Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
AULA 16: REVISÃO 2 Atenção farmacêutica ATENÇÃO FARMACÊUTICA Aula 16: Revisão 2 AULA 16: REVISÃO 2 Atenção farmacêutica Introdução à Atenção Farmacêutica; Medicamentos Isentos de Prescrição – conceito; 1.Medicamentos Isentos de Prescrição nas principais manifestações. AULA 16: REVISÃO 2 Atenção farmacêutica Segurança, custo e eficácia medicamentosa • Eficácia • É a capacidade de um medicamento de produzir os efeitos benéficos pretendidos em um indivíduo de uma determinada população, em condições ideais de uso. • Segurança • A segurança de um medicamento é relativa, dado que todo o fármaco pode ser tanto prejudicial quanto benéfico; • Importância da pesquisa clínica para o desenvolvimento de novos fármacos; • Abrangem estudos de eficácia e segurança (fase pré-clínica e estudos clínicos de fase I a fase III para que o fármaco possa pleitear a condição de medicamento). PILARES DA TERAPIA MEDICAMENTOSA AULA 16: REVISÃO 2 Atenção farmacêutica Segurança, custo e eficácia medicamentosa • Limitações dos ensaios clínicos • População superselecionadas (em geral, exclui crianças, gestantes, idosos e lactantes); • Definições de uso restritas; • Adesão dos pacientes monitorados difere da utilização da população em geral; • Não avaliam todas as questões de segurança de um fármaco. • Fase IV – pós-comercialização do produto • Prioriza-se a notificação nos 5 primeiros anos de comercialização do produto; • Detectar eventos adversos pouco frequentes ou não esperadas (farmacovigilância). PILARES DA TERAPIA MEDICAMENTOSA AULA 16: REVISÃO 2 Atenção farmacêutica • Gastos com medicamento ocupam importante parte do orçamento da saúde (STORPIRTIS, et al. 2013); • Necessidade de maximizar os benefícios com o uso dos recursos disponíveis; • Importância da Farmacoeconomia através da avaliação econômica; • Área da economia da saúde que estuda a relação entre medicamentos e aspectos econômicos; • Tipos de análise: • Minimização de custo; • Custo-benefício; • Custo-efetividade; • Custo-utilidade. O CUSTO DA TERAPIA MEDICAMENTOSA Segurança, custo e eficácia medicamentosa AULA 16: REVISÃO 2 Atenção farmacêutica • Consenso de Atenção Farmacêutica (2002) – educação em saúde como componente da Atenção farmacêutica. • Ações de educação voltadas: • Para o paciente: promoção do uso racional de medicamentos, adesão ao tratamento, participação em programas de educação em saúde; • O farmacêutico pode desenvolver ações de educação em saúde através de atividades individuais ou coletivas (ex.: orientação farmacêutica e educação em saúde); • Para a equipe de saúde: suporte de informação especializada; • Farmacêutico hoje considerado profissional mais adequado para assumir a Educação Sanitária do paciente. O PAPEL DO FARMACÊUTICO NA DISPENSAÇÃO DE MIP Educação sanitária e atenção farmacêutica AULA 16: REVISÃO 2 Atenção farmacêutica • Na redução da falta de compreensão em relação às instruções da receita médica; • Na certificação de que o paciente compreende sua doença e os objetivos de seu tratamento; • Na orientação sobre o uso correto de medicamento; • Na orientação sobre as interações potenciais do medicamento; • Na detecção, prevenção e solução dos PRM; • Na avaliação do progresso do paciente em direção ao objetivo terapêutico; • Na participação de trabalhos em equipes multidisciplinares. POSSIBILIDADES DE ATUAÇÃO DO FARMACÊUTICO Educação sanitária e atenção farmacêutica AULA 16: REVISÃO 2 Atenção farmacêutica • A educação sanitária pressupõe o desenvolvimento de habilidades de comunicação: • Saber questionar e ouvir; • Saber avaliar as habilidades de aprendizado do paciente e adaptar as mensagens; • Saber observar a interpretar mensagens não verbais; • Saber avaliar atitudes e comportamentos relacionados ao uso de medicamentos e o nível de colaboração do paciente; • Assim, farmacêuticos e estudantes de farmácia devem desenvolver essas habilidades em sua educação profissional. A EDUCAÇÃO SANITÁRIA E O PROCESSO DE COMUNICAÇÃO Educação sanitária e atenção farmacêutica AULA 16: REVISÃO 2 Atenção farmacêutica • Conjunto de técnicas e medidas que visam assegurar a manutenção da qualidade e segurança dos produtos disponibilizados e dos serviços prestados em farmácias e drogarias, com o fim de contribuir para o uso racional desses produtos e a melhoria da qualidade de vida dos usuários. • Manual de Boas Práticas • Inclui a descrição das atividades desenvolvidas na farmácia através dos Procedimentos Operacionais Padrão (POP). • RDC nº 44/2009 • Dispõe sobre Boas Práticas Farmacêuticas para o controle sanitário do funcionamento, da dispensação e da comercialização de produtos; • Dispõe sobre a prestação de serviços farmacêuticos em farmácias e drogarias. DEFINIÇÃO Boas práticas farmacêuticas AULA 16: REVISÃO 2 Atenção farmacêutica • Capítulo VI – Dos Serviços Farmacêuticos • Atenção farmacêutica • Acompanhamento e a avaliação da eficácia do tratamento prescrito; • Promoção do uso racional de medicamentos; • Atenção farmacêutica domiciliar; • Aferição de parâmetros fisiológicos (ex. aferição de pressão e temperatura) e parâmetros bioquímico (teste de glicemia capilar); • Administração de medicamentos (nebulização, aplicação de injetáveis). RDC nº 44/2009 Boas práticas farmacêuticas AULA 16: REVISÃO 2 Atenção farmacêutica • Capítulo VI – Dos Serviços Farmacêuticos • Atenção farmacêutica • Objetiva a prevenção, detecção e resolução de problemas relacionados a medicamentos, promover o uso racional dos medicamentos, a fim de melhorar a saúde e qualidade de vida dos usuários; • Os serviços devem ser registrados, com o consentimento do usuário; • Dados do usuário e do farmacêutico, orientações e intervenções; • POP deverá dispor sobre a metodologia de avaliação dos resultados; • Contribuição para a farmacovigilância. RDC nº 44/2009 Boas práticas farmacêuticas AULA 16: REVISÃO 2 Atenção farmacêutica • Capítulo VI – Dos Serviços Farmacêuticos • Atenção farmacêutica domiciliar – serviço de atenção farmacêutica disponibilizado pelo estabelecimento farmacêutico no domicílio do usuário; • Aferição dos parâmetros fisiológicos e bioquímicos permitidos; • Finalidade fornecer subsídios para a atenção farmacêutica e o monitoramento da terapia medicamentosa; • Fisiológicos - pressão arterial e temperatura corporal; • Bioquímico - glicemia capilar; • Encaminhar ao médico caso seja observada qualquer discrepância. RDC nº 44/2009 Boas práticas farmacêuticas AULA 16: REVISÃO 2 Atenção farmacêutica • “Ciência e atividades relativas à detecção, avaliação, compreensão e prevenção de efeitos adversos ou quaisquer outros possíveis problemas relacionados a medicamentos” (Organização Mundial da Saúde, 2002). • Objetivos • Melhorar o cuidado e a segurança do paciente em relação ao uso do medicamento e todas as intervenções médicas e paramédicas; • Melhorar a saúde pública e a segurança em relação ao uso de medicamentos; • Contribuir na avaliação do benefício, dano, efetividade e risco dos medicamentos; • Promover a compreensão, educação e treinamento clínico em Farmacovigilância e sua efetiva comunicação ao público. DEFINIÇÃO E OBJETIVOS Farmacovigilância AULA 16: REVISÃO 2 Atenção farmacêutica • Reações adversas a medicamentos (RAM); • Medicamentos de baixa qualidade e notificações de perda de eficácia; • Erros de medicação; • Uso de medicamentos para indicações não aprovadas e para as quais não há base científica adequada (usooff lable); • Casos de intoxicação aguda e crônica, abuso e uso indevido de medicamentos; • Avaliação da mortalidade relacionada a medicamentos; • Interações medicamentosas adversas com substâncias químicas, outros medicamentos e alimentos. QUESTÕES DE RELEVÂNCIA PARA A FARMACOVIGILÂNCIA Farmacovigilância AULA 16: REVISÃO 2 Atenção farmacêutica • Evento adverso a medicamentos (EAM) • Qualquer ocorrência médica desfavorável, que pode surgir durante o tratamento com um medicamento, mas que não tem, necessariamente, relação causal com esse tratamento. • Reação adversa a medicamentos (RAM) • Resposta a um fármaco que seja prejudicial, não intencional, e que ocorre em doses normalmente utilizadas em seres humanos para profilaxia, diagnóstico ou tratamento de doença, ou para modificação de uma função fisiológica. DEFINIÇÕES RELEVANTES NA FARMACOVIGILÂNCIA Farmacovigilância AULA 16: REVISÃO 2 Atenção farmacêutica • Classificação das RAM • Reações adversas do tipo A • Efeito farmacológico aumentado, mas considerado qualitativamente normal; • Resposta terapêutica exagerada em decorrência dos efeitos farmacológicos primários, resposta farmacológica secundária, ou ação farmacológica em locais não associados com a ação terapêutica desejada; • Exemplos: hipoglicemia com glibenclamida. • Reações adversas do tipo B • Efeito qualitativamente bizarro quanto aos efeitos farmacológicos; • Exemplos: anafilaxia por penicilinas. REAÇÃO ADVERSA A MEDICAMENTOS (RAM) Farmacovigilância AULA 16: REVISÃO 2 Atenção farmacêutica • Queixa técnica • Suspeita de alteração/irregularidade de um produto/empresa relacionada a aspectos técnicos ou legais, e que poderá ou não causar dano à saúde individual e coletiva; • Ou seja, ainda não causou dano. • Erros de medicação • Qualquer evento evitável que pode, de fato ou potencialmente, levar ao uso inadequado do medicamento independente do risco de lesar ou não o paciente e do fato de o medicamento se encontrar sob o controle de profissionais de saúde, do paciente ou do consumidor. DEFINIÇÕES RELEVANTES NA FARMACOVIGILÂNCIA Farmacovigilância AULA 16: REVISÃO 2 Atenção farmacêutica • Importância da utilização da abordagem sistêmica na visão e análise dos erros; • Homens são falíveis e todas as organizações irão conviver com uma taxa de erro; • Erros são consequências e não causas; • Deve-se estudar as causas envolvidas e não apenas saber quem foi; • O sistema deve ser mais seguro; • Criação de uma cultura de segurança promovendo a notificação dos erros; • Isso não significa tolerância a ações intencionais de risco, a profissionais que não seguem as regras de segurança de forma proposital ou reincidente. ERROS DE MEDICAÇÃO Farmacovigilância AULA 16: REVISÃO 2 Atenção farmacêutica Medidas de prevenção • Inovações tecnológicas (ex.: prescrição informatizada); • Sistema de código de barras; • Reconciliação de medicamentos; • Procedimentos seguros para armazenamento e dispensação; • Cuidados especiais com os Medicamentos injetáveis e os Medicamentos Potencialmente Perigosos (MPP); • Protocolos de uso, divulgação, centralização de processos, dupla conferência, monitoramento das práticas. ERROS DE MEDICAÇÃO Farmacovigilância AULA 16: REVISÃO 2 Atenção farmacêutica • Vigilância passiva • Notificação voluntária: método mais tradicional e de fácil implementação, porém enfrenta problemas de subnotificação; • Notificação intensificada: notificações on-line (ex.: NOTIVISA), Projeto Farmácias Notificadoras; • Série de casos. • Vigilância ativa • Programas de gerenciamento de risco; • Instituições sentinelas; • Estudos observacionais. MÉTODOS EM FARMACOVIGILÂNCIA Farmacovigilância AULA 16: REVISÃO 2 Atenção farmacêutica • Objetivos • Subsidiar o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS) na identificação de reações adversas ou efeitos não desejados dos produtos; • Aperfeiçoar o conhecimento sobre os efeitos dos produtos e, quando indicado, alterar recomendações sobre seu uso e cuidados; • Promover ações de proteção à Saúde Pública por meio da regulação dos produtos comercializados no País; • As notificações geram um sinal entre o uso do medicamento e o desenvolvimento de RAM. NOTIFICAÇÃO Farmacovigilância AULA 16: REVISÃO 2 Atenção farmacêutica • Serviços de saúde, empresas e instituições, indústria farmacêutica, profissional de saúde e cidadãos devem notificar, mesmo que não se tenha certeza da relação entre causa e efeito. • Devem-se notificar preferencialmente: • RAM graves ou que não são comuns a um dado medicamento (inesperadas ou não descritas) ou RAM comuns que apresentam aumento desproporcional em sua frequência; • Perda de eficácia, interações medicamentosas, tolerância ou resistência ao tratamento medicamentoso, dependência e intoxicações; • Desvios de qualidade; • A notificação deve ocorrer o mais próximo possível do evento; • Sistema Nacional de Notificações para a Vigilância Sanitária (NOTIVISA). NOTIFICAÇÃO Farmacovigilância AULA 16: REVISÃO 2 Atenção farmacêutica • As notificações são avaliadas, considerando: • Qualidade da documentação; • Codificação; • Relevância; • Identificação de notificações duplicadas; • Avaliação do potencial de interferência local (problemas de conservação do produto, armazenamento, erros de dispensação, uso de medicamentos vencidos); • Avaliação de causalidade – Algoritmo de Karch & Lasagna; Algoritmo de Naranjo; • Força de associação, consistência, especificidade, temporalidade, gradiente biológico, plausibilidade, coerência, evidência experimental e analogia. NOTIFICAÇÃO Farmacovigilância AULA 16: REVISÃO 2 Atenção farmacêutica • As notificações são avaliadas, considerando: • Qualidade da documentação; • Codificação; • Relevância; • Identificação de notificações duplicadas; • Avaliação do potencial de interferência local (problemas de conservação do produto, armazenamento, erros de dispensação, uso de medicamentos vencidos); • Avaliação de causalidade – Algoritmo de Karch & Lasagna; Algoritmo de Naranjo; • Força de associação, consistência, especificidade, temporalidade, gradiente biológico, plausibilidade, coerência, evidência experimental e analogia. NOTIFICAÇÃO Farmacovigilância AULA 16: REVISÃO 2 Atenção farmacêutica INTERFACE ENTRE ATENFAR E FARMACOVIGILÂNCIA • A Atenção Farmacêutica é uma das entradas do sistema de Farmacovigilância, ao identificar e avaliar problemas/riscos relacionados à segurança, efetividade e desvios da qualidade de medicamentos, por meio do acompanhamento farmacoterapêutico ou outros componentes da Atenção Farmacêutica; • É papel do farmacêutico implantar a farmacovigilância em seus serviços (ex.: farmácia comunitária, farmácia hospitalar). Atenção Farmacêutica X Farmacovigilância AULA 16: REVISÃO 2 Atenção farmacêutica • BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. Diretrizes para estruturação de farmácias no âmbito do Sistema Único de Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2009. 44 p. : il. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos) • BRASIL, ANVISA. Resolução nº 44, de 17 de agosto de 2009. Dispõe sobre Boas Práticas Farmacêuticas para o controle sanitário do funcionamento, da dispensação e da comercialização de produtos e da prestação de serviços farmacêuticos em farmácias e drogarias e dá outras providências. Diário Oficial (da) República Federativa do Brasil, DF, n.157, p. 78-81,18 ago 2009, Seção 1. 2009. • Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA. Disponível em: <www.anvisa.gov.br> • Instituto para Práticas Seguras no Uso dos Medicamentos. Disponível em: <www.ismp-brasil.org> Saiba mais AULA 16: REVISÃO 2 Atenção farmacêutica AVANCE PARA FINALIZAR A APRESENTAÇÃO. VAMOS AOS PRÓXIMOS PASSOS? Revisão das aulas 8 a 14.
Compartilhar