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A LICITUDE DO SEGUNDO CASAMENTO DE ACORDO COM O EVANGELHO (1)

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INTRODUÇÃO
Nas últimas décadas tem sido crescente o número de divórcios no Brasil de acordo com o IBGE 2016, desde 1970 o Brasil cresce vertiginosamente no que tange as dissoluções matrimoniais, litigiosas ou não. Nesse sentido, observa-se uma mudança na percepção social a respeito do casamento, trazendo para a esfera teológica uma importante questão a ser avaliada, a legitimidade do segundo casamento e sua validade segundo a vontade de Deus, tornando então imprescindível o estudo a respeito das escrituras que vise esclarecer aspectos inerentes a essa mudança no cenário matrimonial e dos possíveis aspectos que legitimam o divórcio e o segundo casamento dentro da percepção teológica. Faz-se necessário, antes de tudo, entender a natureza dessa instituição denominada casamento, assim como sua origem e implicações sociais resultantes do mesmo. Assim, diante da complexidade de situações potenciais decorrentes do casamento, a compreensão das diretrizes do Divino e suas orientações devem ser aprofundadas com a finalidade de auxiliar a sociedade evangélica na consecução das suas práticas.
Em vista da natureza divina do casamento, sua origem observada no livro de Gênesis partindo da Vontade de Deus em promover uma companhia para o homem e conseguinte felicidade, a legitimidade do casamento orbita inicialmente no fato de que tal união não partiu da terra e nem da instituição humana, mas da Divina. A esse respeito, o casamento manifesta os interesses de Deus na medida em que faz erigir a primeira instituição entre homem e mulher, entre humanos, dando origem a família. 
Para os estudiosos da filosofia jurídica, dogmas e legislações, o casamento representa um núcleo de interesses que antecede o próprio Estado. A esse respeito, Virgílio de Sá Pereira estabelece que nem mesmo o Estado pode legislar acerca da família, tendo em vista que o casamento e a família antecedem o Estado, formam e modelam o Estado. O entendimento pelo viés teológico e jurídico se demonstram harmoniosos na compreensão de que a instituição familiar do casamento são os precursores de qualquer instituição humana ou social que se tenha registro. Nesse sentido, legislar acerca do casamento manifesta árdua tarefa na investigação e explanação de um juízo adequado, uma vez que apenas Deus pode fazê-lo. 
Na medida em que o trabalho se desenvolve, torna-se imprescindível compreender quais as situações na qual o divórcio é lícito na prerrogativa teológica, para tal observa-se as referências bíblicas e interpretações decorrente das mesmas a esse respeito. Decerto, embora o tema do divórcio implique diretamente na ruptura de laços validados pelo Divino, entende-se que a natureza humana é capaz de subverter determinadas práticas sociais e culturais a ponto de infringir as determinações e princípios do evangelho Cristão. A esse respeito, destaca-se a necessidade de se observar as situações que podem fazer com que o divórcio seja o caminho mais adequado a seguir, a fim de evitar maiores prejuízos a parte e a Vontade Divina. 
Uma vez observado o estudo pertinente ao casamento e ao divórcio, o presente trabalho visa debater acerca da validade do segundo casamento de acordo com as escrituras sagradas e estudos teológicos das mesmas, utilizando-se de pesquisa bibliográfica e exploratória, a presente pesquisa objetiva a apresentação e análise dos dados fornecidos a esse respeito e seus impactos culturais e sociais em conformidade com o cenário atual. A partir da compreensão da licitude e procedimentos sugeridos para a validação do segundo casamento, o presente estudo demonstrar a fragilidade promovida pela mudança cultural acerca da instituição do casamento criada por Deus com a finalidade de possibilitar ao homem a consecução da Sua vontade, assim como debater sobre o segundo casamento e os cenários que o tornam legítimo ou não de acordo com as escrituras. Promovendo assim um estudo inerente as atuais problemáticas da sociedade contemporânea e fomentando o conhecimento bíblico e teológico no enfrentamento dos possíveis desvios e más informações a respeito da instituição familiar e sua conformidade com a vontade de Deus.
O CASAMENTO DE ACORDO COM AS ESCRITURA
O casamento antecede todas as instituições humanas, sendo a primeira manifestação vinculativa entre dois seres humanos. Embora sua origem seja a partir da manifestação da vontade no Divino, a criação do casamento teria como propósito imediato impedir que o homem ficasse só. Como demonstrado na bíblia: E disse o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea. (Gênesis 2.18)”. Mas decerto, a criação de uma companheira e a consecução do casamento demonstra a preocupação do Divino com a felicidade do homem, como prova de que o amor de Deus pelo homem preconizou Suas ações, demonstrando por conseguinte que o casamento foi criado a fim de promover a felicidade para o homem e impedir que o mesmo fique só.
A bíblia evidencia que a criação do casamento objetivava a socialização do homem, tendo em vista que Deus forneceria a fecundidade para que o homem pudesse então multiplicar a terra com seus descendentes, como visto em Gn 1:28 que diz: “E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra.”. O fornecimento de Deus da fecundidade dava provas que de que a previsão da convivência entre homens só seria possível a partir da compreensão do casamento como a célula original da humanidade e de suas instituições. A esse respeito, o casamento antecede o Estado e a legislação humana e inicia por conseguinte a socialização e humanização da terra, como Vontade divina.
Embora o casamento tenha sua origem no divino, a instituição é formada primeiramente por seres humanos e isso por si só já demonstra a necessidade de se compreender a fundo os limites dessa instituição e suas conformidades com o divino. O crescimento dos divórcios manifesta risco a tal instituição pois evidencia um colapso social e cultural que afeta a instituição mais antiga da humanidade, nesse sentido compreender quais os principais aspectos a serem preservados do casamento e os hábitos inadequados que possam implicar na sua fragilização possibilitará a tomada de ações e a promoção de informações válidas que auxiliem o homem temente a Deus de proceder em conformidade com a Sua vontade. O casamento deve promover o bem pois se alicerça nas graças e desígnios do Bom, competindo ao homem o exercício constante de superar suas fraquezas e fragilidades a fim de buscar constantemente a harmonia com a vontade de Deus.
A CRIAÇÃO DO CASAMENTO
A criação do casamento dentro da bíblia está diretamente associada a criação do homem. Na primeira referência ao casamento, a palavra esclarece que o primeiro objetivo do casamento foi a supressão da solidão que o homem não deveria sentir. Entende-se, de forma consensual entre os teólogos, que no princípio Deus convivia com o homem, tal convivência, no entanto não seria capaz de impedir que o homem, sem o casamento, viesse a sentir-se sozinho. Então, observa-se a esse respeito que a socialização do homem só seria possível na convivência com outro humano, mas que tal socialização só se daria a partir da instituição do casamento. 
O casamento a esse respeito significa a máxima preconização sócio institucional que um homem pode ter, pois o casamento implica no entendimento de que nem mesmo o pai e a mãe de um indivíduo podem ser superiores ao casamento dos seus filhos, como destacado em Gênesis 2:24: “Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne.”. A expressão ‘uma só carne’, sugere que o casamento dentro do viés teológico a partir da explanação do Divino, resulte na criação de um ‘novo indivíduo’, uma aliança na qual a carne se une pela vontade do espírito. Ser um novo indivíduo, tal transformação, é irreversível pelo ponto de vista prático, tendo em vistaque a importância do casamento se equivale ao estabelecimento de uma aliança resultante em uma nova modalidade de ser humano. 
O casamento também pode ser observado pelo viés sociológico, tendo em vista o fato de perfazer a primeira instituição humana conhecida e legitimada com essa finalidade. Por instituição, segue a definição de instituição enquanto comunhão de pessoas sob a mesma finalidade e de formar harmoniosa. No viés sociológico, de acordo com Engels a criação da família resultou na possibilidade do homem assegurar seus direitos acerca da propriedade, através das linhas sucessórias o homem poderia então criar regras para a divisão dos seus bens e herança. Nesse sentido, o casamento fornece ao indivíduo uma proteção legal, dentro do qual os mecanismos e dispositivos da lei são erigidos visando fornecer ao indivíduo um conjunto de condutas que o auxiliará na manutenção da família e dos seus bens ante ao Estado.
O casamento também pode ser observado no ponto de vista antropológico, pois o ser humano, como qualquer outro animal, depende da interação com outros da sua espécie para a consumação da sua felicidade. Nesse sentido, assim como no viés sociológico, o Antigo Testamento no livro de gênesis já se antecipava a tais aspectos, pois na medida em que Deus criou o homem para não deixa-lo viver de solidão, também estava ciente da socialização decorrente da fecundação e multiplicação do homem sobre a terra. Havendo a necessidade da legitimação primeira da célula familiar a fim de preservar as diretrizes do bem comum e portanto da Vontade Divina. 
 POSSIBILIDADES DO DIVÓRCIO
 O SEGUNDO CASAMENTO
A SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA E O DISTANCIAMENTO DO EVANGELHO
INFLUENCIAS CULTURAIS E DESVIOS DO ENSINAMENTO
A PERCEPÇÃO DA ATUALIDADE E A NECESSIDADE DO ESTUDO
FATORES DE INFLUENCIA E COMPROMETIMENTO
A LIBERTAÇÃO PELA VERDADE
O ESTUDO E ALIMENTO ESPIRITUAL
A RECONCIALIAÇÃO
O SEGUNDO CASAMENTO E SUA LICITUDE DIVINA
CONCLUSÃO: A FAMÍLIA E O DIVINO

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