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11 Teorias da Personalidade, Teoria Psicoterápica e Abordagens

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TEORIAS DA PERSONALIDADE E TEORIA PSICOTERÁPICA 
 
1 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 
Teorias Da Personalidade 
A personalidade ainda é um tema instigante para aqueles buscam sua compreensão. Isso porque não 
há uma definição exata de como ela construída e quais os principais fatores que a influenciam. A 
única base que temos são os princípios do ponto de vista de estudiosos — as teorias da 
personalidade. 
A palavra personalidade vem do latim persona, máscara teatral que artistas usavam para interpretar 
diferentes papéis e identidades nos palcos. O que define a personalidade de um indivíduo é a sua 
construção pessoal, baseada nas características de seu temperamento. 
Chamamos de personalidade o conjunto de características cognitivas, afetivas e volitivas que formam 
a construção pessoal de um indivíduo. Ela está diretamente ligada à forma como interiorizamos 
nossos sentimentos, pensamentos, valores e experiências. 
Embora pareçam a mesma coisa, é importante diferenciar personalidade de comportamento. 
Enquanto a primeira está ligada às atitudes, ações e reações (pois relaciona-se à interiorização dos 
sentimentos), o comportamento na verdade é a exteriorização daquilo que define a nossa 
personalidade. 
As Características Da Personalidade 
Organizada E Consistente 
Nós costumamos expressar certos aspectos de nossa personalidade em diferentes situações e 
nossas respostas a estímulos são geralmente estáveis. 
Comportamental 
Nós reagimos a pessoas e objetos em nosso ambiente de acordo com nossa personalidade. A 
escolha de nosso parceiro, nossa carreira, enfim, cada aspecto de nossa vida é afetado pela nossa 
personalidade. 
Biológica E Psicológica 
Embora a personalidade seja psicológica, ela também é influênciada pelas necessidades biológicas 
e, dependendo da situação, podemos ter comportamentos diferenciados. 
Freud (1856/1939) 
O famosíssimo “Pai da Psicanálise” possui teorias controversas, porém a teoria mais importante de 
Freud é a subdivisão da personalidade em três sistemas: O id, o ego e o superego. O id é guiado pelo 
instinto e busca a satisfação das necessidades; o superego é o conjunto de valores morais e sociais 
que aprendemos, ou seja, o id é todo impulso, enquanto o superego é o que freia os impulsos e nos 
acusa se fazemos algo que consideramos errado, o que chamamos de consciência. O ego é o 
mediador entre o id e o superego. É o componente de nossa personalidade que toma as decisões. 
Allport (1897/1967) 
Allport acreditava que a personalidade é determinada biologicamente quando nascemos e moldada 
de acordo com as experiências do ambiente em que vivemos. 
Adorno (1903/1969) 
Adorno propôs que o preconceito é resultado do tipo de personalidade de um indivíduo. Ele elaborou 
um questionário que denominou de Escala F (de Fascismo). Segundo Adorno, traços de 
personalidade profundos predispõem alguns indivíduos a terem ideias totalitárias e altamente 
TEORIAS DA PERSONALIDADE E TEORIA PSICOTERÁPICA 
 
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antidemocráticas, sendo, portanto, altamente preconceituosos. As evidências que deram suporte a 
sua tese são estudos de casos, testes psicométricos e entrevistas em clínicas com pessoas que 
possuíam pais muito rígidos. 
De acordo com Adorno, pessoas com personalidades preconceituosas têm obsessão por status, 
respeitam e são submissos a figuras autoritárias e se preocupam com poder e firmeza. Entretanto, 
sua tese foi altamente contestada, pois nem sempre filhos de pais rígidos são preconceituosos e 
algumas pessoas preconceituosas não toleram autoritarismo, além do que, não se sabe porque 
determinadas pessoas têm preconceito com relação a certos grupos e não a outros. 
Eysenck (1916/1997) 
Através das respostas de questionários que entregou a 700 soldados com perturbações neuróticas, 
ele chegou à conclusão de que o comportamento poderia ser representado por duas dimensões de 
comportamento: introvertido-extrovertido e instável-estável. Ele denominou-as de traços de 
personalidade. 
Introvertido / Extrovertido 
Os introvertidos são reservados, planejam as ações e controlam as emoções. Eles tendem a ser 
sérios, confiáveis e pessimistas. 
Já os extrovertidos são sociáveis, gostam de excitação e desafios. Tendem a ser livres, otimistas e 
impulsivos. 
Neurótico Ou Instável / Estável 
Os neuróticos são ansiosos, preocupados e mudam constantemente de humor. São muito emotivos e 
têm dificuldade para se acalmar. 
Os estáveis são calmos e despreocupados. Não reagem com intensidade aos problemas. 
Posteriormente Eysenck adicionou uma terceira dimensão de comportamento, que seria a do 
Psicoticismo. Nesta estariam inseridas as pessoas que não possuem empatia (a capacidade de 
colocar-se no lugar dos outros). Elas seriam pessoas cruéis, solitárias, agressivas e problemáticas. 
Cattell (1905/1998) 
Cattell discordou de Eysenck afirmando que não era possível compreendera a personalidade 
observando apenas 3 dimensões de comportamento. Ele fez uma pesquisa de fontes diferentes, 
utilizando dados de vidas de pessoas, questionários e testes objetivos e chegou à conclusão de que 
haviam dezesseis traços de personalidade comuns a todas as pessoas. Segundo Cattell, todos temos 
traços de temperamento e traços dinâmicos. Os traços dinâmicos são superficiais, são muito óbvios e 
facilmente identificados por outras pessoas, ao passo que os traços de temperamento são mais 
importantes, porém menos visíveis e ocultos em aspectos diferentes do comportamento. 
Processos Da Personalidade 
As diversas teorias da personalidade diferenciam-se também quanto à maneira como explicam a 
dinâmica da personalidade, ou seja, a motivação e outros aspectos que levam à ação observável. 
Algumas teorias, ditas hedonistas, afirmam que o comportamento humano tem dois objetivos 
principais: a busca de prazer e evitar sensações desagradáveis. Assim as necessidades humanas 
surgem de um aumento da pressão interna (desagradável) que exige uma solução (ver pulsões) ou 
ainda da busca de um estado de maior prazer, por exemplo, de fama, dinheiro, poder, 
reconhecimento, etc. 
TEORIAS DA PERSONALIDADE E TEORIA PSICOTERÁPICA 
 
3 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 
Outras teorias, pelo contrário, partem do princípio de que o ser humano busca sobretudo 
sua autorrealização, ou seja, seu desenvolvimento pleno enquanto pessoa. Segundo tais teóricos, o 
desenvolvimento de si-mesmo possui um valor tão importante para o ser humano, que ele estaria 
disposto aceitar um aumento de tensão e estresse para atingi-lo. Outras teorias dão ainda maior 
ênfase aos processos cognitivos, ao esforço do indivíduo de compreender a si mesmo e ao mundo 
que o cerca. Para tais autores o maior esforço do ser humano não está tanto direcionado ao 
hedonismo ou à autorrealização, mas à busca de consistência interna e compreensão do mundo. Isso 
significa aqui, que o ser humano está empenhado a construir (cognitivamente) uma autoimagem e 
uma imagem do mundo que os cerca consistentes, mesmo que à custa de dores e desprazeres. No 
correr do desenvolvimento da psicologia da personalidade a pesquisa deu ênfase maior ora a um tipo 
de motivação ora a outro. No entanto a pesquisa recente parece apontar para um quadro mais 
complexo, em que os diferentes tipos de motivação desempenham um papel de importância variada, 
mas sempre em interação. 
A Teoria Da Personalidade Ao Longo Da História 
O desejo de desvendar os mistérios da personalidade vem de muitos e muitos séculos, 
especificamente do século IV a.C., na Grécia Antiga. Hipócrates, considerado o “pai da medicina”, 
criou a teoria dos humores corporais, que inspirou Galeno a desenvolver a tipologia acerca dos 
temperamentos. 
Galeno definiu quatro tipos de temperamentosprimários: sanguíneo, no qual o humor corporal é 
predominante do sangue; colérico, caracterizado por ser facilmente irritável; melancólico, mais 
sensível e introvertido; e fleumático, mais calmo e conciliador. 
Essas teorias incentivaram o surgimento de outros estudos que resultariam, séculos mais tarde, 
nas teorias da personalidade — mais precisamente no século XX, quando efetivamente psicólogos e 
psiquiatras, a fim de tratar transtornos mentais, mergulharam fundo nas pesquisas buscando 
embasamento teórico sobre a personalidade. 
Dentre as teorias da personalidade mais conhecidas hoje estão a de Sigmund Freud e Carl Gustav 
Jung, que serão apresentadas neste conteúdo. 
Teoria Da Personalidade Segundo Freud 
É também conhecida como teoria psicanalítica da personalidade, devido à psicoterapia — prática 
defendida pelo neurologista austríaco Sigmund Freud. 
Para Freud, toda ação é movida por forças internas, que estão diretamente ligadas ao prazer, ou 
seja, para ele o desenvolvimento da personalidade é regido pela libido. 
A personalidade é desenvolvida no indivíduo quando criança, tendo como motivadores primários os 
impulsos sexuais e agressivos. A fim de explicar a sua teoria, Freud subdividiu a estrutura da 
personalidade em três sistemas: o id, o ego (eu) e o superego (eu superior). 
id: seria o sistema original da personalidade, ligado às ações primárias e às pulsões inconscientes, ou 
seja, as satisfações e prazeres corporais. 
ego: lado racional, que obedece aos princípios da realidade, controlando os impulsos do id. 
superego: lado da personalidade responsável pelos valores sociais e morais. É o superego que dá a 
noção de certo e errado ao indivíduo. 
Segundo Duane e Sydney Schultz, autores do livro Theories of Personality, a subdivisão do ponto de 
vista de Freud explica os processos psicológicos trabalhando juntos, funcionando como um todo na 
personalidade, onde o id desempenha o fator biológico, o ego o psicológico e superego o social. 
TEORIAS DA PERSONALIDADE E TEORIA PSICOTERÁPICA 
 
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Embora apresente os conceitos de consciente e subconsciente e a ideia de que a personalidade tem 
relações com a infância, a teoria de Freud acaba sendo um tanto quanto limitada por apontar 
motivações sexuais e agressivas como fatores determinantes a todas as ações do indivíduo. 
Teoria Da Personalidade Junguiana 
Para Carl Gustav Jung, a personalidade — ou psique, como ele a chamava — é formada por 
sistemas isolados que atuam de forma dinâmica uns sobre os outros. 
O psiquiatra e psicoterapeuta era um estudioso assíduo, bebeu de várias fontes e por muito tempo foi 
um dos discípulos de Freud. Embora viesse a usar suas referências sobre consciente e 
subconsciente, Jung não concordava com a visão de Freud sobre os fatores de motivação da 
personalidade. 
Na visão junguiana, existem quatros funções psicológicas básicas (sentir, pensar, perceber e intuir) e 
dois tipos de caráter (introvertido e extrovertido). Cada indivíduo desperta em si uma função básica e 
um tipo de caráter, originando assim a sua personalidade. 
Ao todo, a teoria de Jung apresenta oito tipos de personalidade: 
Reflexivo Extrovertido 
Personalidade de indivíduos mais racionais e objetivos, que geralmente apresentam cargos 
importantes. Os reflexivos extrovertidos são céticos, pouco sensíveis, narcisistas, prepotentes e 
manipuladores. 
Reflexivo Introvertido 
Pessoas com essa personalidade são definidas pelo lado intelectual e um forte apego à filosofia. 
Embora sejam muito interessantes, possuem dificuldade de relacionamento e são bastante teimosas. 
Sentimental Extrovertido 
Essa psique é facilmente encontrada em mulheres. Os sentimentais extrovertidos são empáticos e 
compreensivos, possuem facilidade de comunicação e relacionamento, forte poder de sedução e 
persuasão; no entanto, tendem a sofrer mais com rejeições. 
Sentimental Introvertido 
Geralmente são pessoas solitárias, possuem dificuldade de relacionamento, gostam de silêncio, são 
melancólicas, pouco sociáveis e fazem o possível para não chamar a atenção, mas são sensíveis às 
necessidades alheias. 
Perceptivo Extrovertido 
Essa personalidade possui um lado místico, forte percepção e identificação com objetos. Indivíduos 
perceptivos extrovertidos são muito bons com detalhes e costumam colocar o seu prazer como 
prioridade. 
Perceptivo Introvertido 
A maior característica dessa personalidade é a ênfase sensorial. É caracterizada por valorizar cores, 
texturas e formas como uma maneira de exteriorizar suas emoções. Geralmente são indivíduos 
relacionados à arte e à música. 
Intuitivo Extrovertido 
TEORIAS DA PERSONALIDADE E TEORIA PSICOTERÁPICA 
 
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Pessoas aventureiras fazem parte dessa personalidade. São ativas, inquietas, determinadas e 
corajosas, mas em geral egoístas e não ligam muito para o bem-estar coletivo. 
Intuitivo Introvertido 
Personalidade característica de indivíduos extremamente sensíveis, com alto senso intuitivo. É muito 
comum pessoas assim estarem ligadas à religião. Os intuitivos introvertidos também são 
idealizadores, muito criativos e sonham alto. 
Tanto a teoria de Freud quanto a de Jung são questionáveis, incertas e limitadas, que se diferem por 
fatores associados ao embasamento de cada um. Por um lado temos o determinismo da teoria 
freudiana, por outro a ideia do exercício de livre arbítrio defendida pela teoria de Jung. 
Contudo, ambos os estudos sobre teorias da personalidade são de extrema importância hoje ao 
campo da psicologia e psiquiatria, ainda que não sejam efetivas em seu propósito. Freud e Jung 
colaboraram significativamente com suas ideias para a evolução da psicanálise, e ainda orientam 
novos pesquisadores. 
Definição E Conceito De Personalidade Conforme A Psicologia Forense. 
A definição de personalidade é para a grande maioria dos autores que remeteram à base do presente 
trabalho o conjunto peculiar de aspectos que diferenciam a grande maioria das pessoas naturais, no 
meio de uma gama de pessoas tanto de culturas iguais quanto de diferentes. Porquanto o conceito de 
personalidade é o perfil apresentado por um determinado indivíduo, onde a sua conjuntura civil, 
ideológica, moral, pessoal, seu modo de agir, seu comportamento no entorno da sociedade é 
emitidos extrinsecamente. A personalidade de certo indivíduo é a reflexão de um complexo de fatores 
desde o fisiológico ao psicológico, ela é a combinação da constituição temporal e fruto da construção 
do caráter e temperamento individual, estes latentes em cada um de nós. 
Vale ressaltar que cada pessoa possui uma espécie diferente de personalidade, pois seria impossível 
haver pessoas com iguais pensamentos e personalidades. A personalidade é condicionada por duas 
variáveis: às inatas e aquelas que adquirimos com o nosso desenvolvimento fisiológico e social. As 
primeiras remetem a compreensão de fatores fisiológicos, químicos, físicos, não vem ao caso no 
presente artigo, entretanto é importante frisar que a segunda variável compreende o fator caráter é a 
consistência de princípios e valores adquiridos com o passar cronológica em cada indivíduo. 
Conceito De Personalidade No Âmbito Jurídico. 
A personalidade é, portanto, o conceito básico da ordem jurídica, o qual é expandido a todas as 
pessoas, consagrando-a e garantindo-a na legislação civil e nos direitos fundamentais inerentes a 
pessoa humana, independente de origem, grupo étnico, idade, sexo entre outras distinções. É um 
direito latente a pessoa humana, sendo intransmissível, inalienável, indisponível e não passível de 
sofrer redução. Nesta última característica deve não ser confundida com a capacidade, esta pode ser 
limitada reducionalmente.Para Clovis Beviláqua, “é a aptidão, reconhecida pela ordem jurídica a 
alguém, para exercer direitos e contrair obrigações. 
Os direitos da personalidade são dotados de caracteres especiais, à medida que são destinados à 
proteção eficaz da pessoa humana em todos os seus atributos de forma a proteger e assegurar sua 
dignidade como valor fundamental. Constituem, segundo Bittar, "direitos inatos (originários), 
absolutos, extra-patrimoniais, intransmissíveis, imprescritíveis, impenhoráveis, vitalícios, necessários 
e oponíveis erga omnes." 
Muitas pessoas buscam uma explicação do que vem a ser personalidade e como ela surgiu. 
Desde as civilizações mais remotas a humanidade se preocupava em tentar achar uma explicação 
para a distinção de comportamentos e personalidades humanas, no entanto sempre se deparava com 
TEORIAS DA PERSONALIDADE E TEORIA PSICOTERÁPICA 
 
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um grande porquê, ou seja, inúmeras dúvidas. tal assunto ainda continua ocasionando duvidas, 
algumas delas inexplicáveis do ponto de vista psicológico, enquanto outras são compreendidas até 
no entorno do estudo biológico. Para melhor entender, localizar um significado a personalidade é tão 
difícil quanto responder a estas três perguntas, a seguir: de onde eu vim, quem eu sou e para onde 
eu irei? Por tal fato alguns autores, os quais ocorrerão o detalhamento suas contribuições pelo 
intermédio de teorias explicativas sobre a origem da personalidade. Como o fez Freud, Adler, Jung, 
Perls entre outros. Por isso há o surgimento de diversas teorias da personalidade, estas são 
divergentes quanto à forma com que é explicada a dinâmica da personalidade, ou seja, o processo 
motivacional e outros aspectos etiológicos. 
Sigmund Freud 
Biografia 
Sigmund Freud (1856 – 1939) era judeu, estudou medicina em Viena. Estudou psiquiatria, 
desenvolveu e aprimorou o estudo psicanalítico. Ele é considerado por muitos como o pai da 
psicanálise. Freud sofreu bastante críticas, na medida em que seus trabalhos tornavam-se cada vez 
mais acessíveis a população em geral, ele sabia que seus trabalhos eram predominantemente 
empíricos, ou seja, consistiam em descrições por meio de processos observatórios e que um dia iriam 
ser superados por pesquisas aperfeiçoadas em neurologia. 
Teoria Da Personalidade – A Teoria Psicanalítica. 
Freud inicia seu pensamento com a ideia de que nada existe aço acaso, há uma causa para todo tipo 
de pensamento, ideia similar à da ação e da reação, todo pensamento é fruto de uma ação anterior, 
nenhum pensamento surge sem houver um processo motivacional. Tanto o consciente quanto o 
inconsciente podem levar a elaboração e desenvolvimento de um determinado processo mental. 
O determinismo psicológico era uma grande marca presente no pensamento de Freud, para ele todos 
os pensamentos, emoções, ações, ideias tem uma causa, nada vem ao acaso e de modo 
indeterminado. Os impulsos insatisfeitos e os provenientes do inconsciente causam a maioria dos 
determinados eventos psicológicos. Daí a personalidade ser uma força resultante de diversos vetores 
psicossociais sexuais. 
A personalidade humana é dividida em três grandes superestruturas, estas compreendem os 
seguintes complexos psicológicos: Ego, Id e Superego. O Ego é a parte da personalidade que toma 
as decisões a respeito de que impulsos do Id deverão ser satisfeitos e de que modo. O Id é a parte 
inicial da personalidade, é a partir dela em que o Ego e o Superego se desenvolvem, ele é 
responsável pela concretização dos impulsos biológicos mais básicos inerentes a pessoa humana. 
Porquanto o Superego é a parte cognitiva da personalidade que está encarregada de julgar e 
distinguir o que é certo e o que está errado, de uma maneira geral, ele é a reprodução dos valores e 
costumes internacionalizados pelo indivíduo. 
Sigmund acreditava que havia durante os primeiros cinco anos de vida, o fato de o indivíduo ficar 
sujeito a diferentes estágios de desenvolvimentos fisiológicos, os quais influem na dinâmica do 
desenvolvimento da personalidade humana. A partir daí ele fundamentou uma ampla definição de 
sexualidade e a existência de períodos de desenvolvimento psicossexual. Essas fases são 
determinadas, pelo fato de os impulsos provenientes do Id, os quais se encontram em processo de 
busca do prazer sexual, acabam por se concentrarem em determinadas áreas do corpo humano e em 
continua atividade. 
O primeiro ano de vida do homem, Freud o denominou de fase oral do desenvolvimento psicossocial. 
Nela os bebês obtêm prazer no entorno de suas bocas, situação principalmente observável durante a 
sensação de prazer deles durante os atos de amamentação e sucção, assim eles começam a colocar 
tudo o que veem em suas bocas, a fim de obterem prazer. No segundo ano de vida, ocorre uma fase 
TEORIAS DA PERSONALIDADE E TEORIA PSICOTERÁPICA 
 
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denominada fase anal, nela acreditava-se que o prazer é verificado na região anal, principalmente no 
instante em que as crianças retêm e/ou expelem fezes, no entanto nessa fase ocorre um conflito, em 
que os agentes são os pais, estes buscam impor aos filhos ou tutelados uma educação sanitária 
adequada. 
Na próxima fase, denominada por Freud como fálica é a em que as crianças começam a acariciar 
seus genitais, com o objetivo de sentirem prazer. Elas começam a observar as diferenças entre o 
sexo masculino e o feminino, ao ponto de dirigir seus impulsos sexuais ao genitor de sexo oposto, 
entretanto quando tal impulso extravasa seus limites, ocorre um problema conceituado por Freud 
como complexo de Édipo. Nele ocorre um conflito de interesses entre a criança e o genitor se seu 
mesmo sexo, ou até mesmo ao de sexo oposto. Posteriormente ocorre um período denominado de 
latência, o qual vai dos 7 aos 12 anos, nele as crianças ficam cada vez mais preocupadas com o 
meio externo e com os seus corpos. A partir da adolescência, no início do período denominado 
puberdade vem à tona uma fase conhecida como genital, esta é a última fase, a da maturação 
sexual. 
Freud acreditava que qualquer problema em alguma dessas fases ocasionaria o surgimento de um 
posterior problema de personalidade em alguma pessoa, durante sua fase adulta. Por tal motivo, as 
ocorrências adequadas de fatos ao longo das fases do desenvolvimento sexual ser primordiais para 
determinar uma boa relação na personalidade de um dado individuam. v.g. uma pessoa que tem o 
desenvolvimento da fase oral prejudicada por algum fato, no futuro será uma pessoa que tem prazer 
oral. 
Carl Gustav Jung. 
Carl Gustav Jung (1875-1961) morou, em sua vida toda, na Suíça. Estudou psiquiatria em zurique. 
Foi o mais famoso estudioso que rompeu com Freud, inicialmente ele foi um dos seguidores mais 
dedicados do ultimo, porem com o passar dos tempos, Jung passou a discordar das ideias e algumas 
teorias Freudianas, assim fundou sua própria escola de psicologia. Esta denominada de psicologia 
analítica. Ele defendia que a introspecção ativa seria um meio para haver uma mudança psíquica no 
indivíduo. Ele estava preocupado era com a parte imersa do grande iceberg, que compreendia a 
mente humana, ou seja, o inconsciente. 
Teoria Da Personalidade – A Psicologia Analítica. 
Jung desenvolveu uma metapsicologia bastante aprimorada e elaborada. Ele acreditava que, além de 
haver o inconsciente pessoal descrito por Freud, existe inclusive um inconsciente coletivo, ou melhor, 
dizendo uma parte que compreende uma considerável parte da mente que é comum a todos os seres 
humanos. Tal inconsciente consiste de imagens fundamentais e peculiares herdadas de nossos 
antepassados. Jung examinou algumas pessoas que relataram em seus sonhos, coisas comuns a 
maioria das pessoascomo, por exemplo, sonho com imagens de abutres, estas aparecem em 
escritos religiosos, mitologias mesmo desconhecidos pela pessoa que sonhou. 
Como Isaac Newton já afirmara anteriormente, toda ação possui uma reação de igual intensidade, 
tudo com o objetivo de haver um equilíbrio de forças. De maneira similar, Jung afirmava que para 
qualquer atitude consciente, há uma compensação inconsciente sempre igual a primeira. Daí, Jung 
ao buscar a interpretação de sonhos ocorridos no inconsciente, entendeu que estes serviam para 
compensar alguma coisa ocorrida no consciente, tudo para manter o equilíbrio e a harmonia. 
Em sua teoria da personalidade, assim como a de Freud a parte do aparelho psíquico chamado ego é 
também um complexo, possui a mesma função que o ego freudiano, o qual tem como função 
proporcionar o fator necessário para ocorrer a adaptação psicológica do indivíduo com a realidade. 
Assim o mesmo poder interagir perfeitamente o seu microcosmo intrapsíquico com o mundo externo e 
poder manter uma harmonia adequada com o id e o superego em seu complexo psíquico. 
TEORIAS DA PERSONALIDADE E TEORIA PSICOTERÁPICA 
 
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Algumas coisas em que as pessoas acreditam ser possessões, imagens que aparecem em sonhos, 
personalidade separada como nos casos de personalidades múltiplas, alucinações; conforme Carl 
Jung tais fatos consistem em manifestações provenientes da luta entre o Ego e alguns complexos 
emocionais sobrecarregados. Estes da mesma maneira que algum liquido no interior de uma garrafa 
agitada estar a pressionando para escapar do referido recipiente, assim estar tais complexos em 
conflito com a parte racional. Por isso quando eles extravasam o recipiente mental, ocorrem algumas 
anomalias psíquicas. 
A personalidade humana estava dividida em complexos interligados parcialmente, contudo no centro 
de tudo estava o ego, sendo assim, diversos outros complexos servem como auxilio ao ego. Para 
Jung a sombra é a imagem inversa da personalidade de um dado indivíduo, ela é o inverso de toda a 
manifestação psicológica do mesmo, ou seja, é a oposição corrente aos valores interiorizados no 
complexo psíquico geral estabelecido pelo ego na concretização das relações externas. 
O referido autor estabeleceu alguns conceitos como anima e ânimos, o primeiro corresponde à 
deposição das experiências femininas na herança psíquica de um homem; porquanto a segunda 
corresponde ao inverso da anterior. Ambos possuem a capacidade de conectar o ego ao mundo 
introspectivo e, assim ser o mesmo projetado sobre as relações sociais. Quando algum daqueles está 
conectado a sombra, a mulher, por exemplo, pode ver os atributos interiores de homem como 
indesejáveis a si e quando encontra esses atributos em si, sente-se culpada e com grande remoço. 
Para Jung para que o nosso complexo psíquico se desenvolva é necessário haver o conflito entre o 
consciente e o inconsciente, tudo com o objetivo de fazer com que nossa personalidade se 
desenvolver completamente. Ocorrendo, assim um processo denominado individuação. "é o velho 
jogo do martelo e da bigorna: entre os dois, o homem, como o ferro, é forjado num todo indestrutível, 
num indivíduo. Isso, em termos toscos, é o que eu entendo por processo de individuação" (Jung). Tal 
processo consiste na criação de um novo centro psíquico, o qual se chama self, este será o centro da 
personalidade total, assim como o ego é o centro do consciente. 
Alfred Adler. 
Alfred Adler (1870-1937), filho de um comerciante judeu de classe media nasceu no suburbio de 
Viena e passou lá grande parte de sua vida. Ele passou por inúmeras dificuldades medicas em sua 
vida. Um clínico geral, ele em 1902 tornou-se um dos quatro membros originais do círculo de Freud. 
Adler divergia com as idéias de Freud em alguns pontos de vista sobre neurose e infantossexuais, 
motivo que o levou a posteriormente romper seus vínculos com uma sociedade, o qual ele presidia. 
Sua teoria da personalidade postulou um empenho por auto-estima e tentativa de superar um 
sentimento de inferioridade. 
Teoria Da Personalidade - Psicologia Individual. 
Adler em sua teoria sobre a personalidade igualava saúde psicológica à consciência social 
construtiva, dessa maneira ele desenvolveu um sistema de analise psicológica, o qual denominou de 
psicologia individual, este ainda continua ainda sendo utilizado em clinicas localizadas em diversos 
países. Sua principal contribuição para a sociedade mundial foi o estabelecimento de centros de 
orientação psicológica na área infantil em Viena, os quais serviram como base para a criação de 
outros centros orientadores em toda parte do mundo. 
É fundamental, lembrar que Adler foi enormemente influênciado pelas idéias darwinistas em relação 
ao processo evolutivo humano. Ele observava as pessoas como seres em plena união, apesar de 
serem entidades biológicas distintas. Ela acreditava que havia um darwinismo social, o qual 
enfatizava o fato de haver a sobrevivência das pessoas mais fortes e adequadas ao meio social, 
dessa forma os indivíduos que não estiverem devidamente adaptados não sobreviveriam no interior 
da sociedade. Em fim o mundo é dos mais fortes e adaptados, viver na sociedade é um privilegio dos 
melhores. 
TEORIAS DA PERSONALIDADE E TEORIA PSICOTERÁPICA 
 
9 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 
“O objetivo da superioridade de cada indivíduo é pessoal e único. Depende do significado que ele dá 
a vida. esse significado não é uma questão de palavras. É construído sobre seu estilo de vida e nela 
se introduz (Adler, 1956, p. 167).” “sentimentos de inferioridade não são, em si, anormais. São a 
causa de todo progresso na situação da espécie humana (Adler, 1956, p. 117).” A psicologia 
individual baseia-se firmemente no terreno da evolução e sob este prisma encara toda luta humana 
como uma luta pela perfeição Adler, 1964ª, pp. 36-37).” 
O homem individualista para Adler era aquele que estar apto ao lema conhece-te a ti mesmo e 
conheceras o universo e os deuses, no entanto este não deveria privar-se da coletividade 
cooperativa, visto que esta é um aspecto muito importante do comportamento social. Somente a partir 
da cooperação com outros e do perfeito funcionamento cognitivo, podemos superar nossos 
sentimentos de inferioridade. As três maiores tarefas que um ser humano defronta-se são o trabalho, 
amizade e o amor. Todas elas são inerentes a condição humana, não importa de qual pessoa análise 
e observe. O ambiente social molda a sociedade em si. 
É imprescindível, frisar que Adler considera o ambiente social possui considerável importância para o 
desenvolvimento da personalidade de um indivíduo, dessa maneira ele diverge de Freud, o qual 
acredita que há um determinismo no desenvolvimento da personalidade humana. Adler busca 
compreender o comportamento humano por seus objetivos e finalidades, mais do que através de 
suas causalidades. Ele acaba por interpretar que o meio social influência muito mais do que o meio 
interior, no que condiz ao desenvolvimento ou organização do fator psíquico. 
Fato é que Adler foi bastante influênciado pela teoria psicanalítica de Freud, especialmente quanto à 
importância das relações maternas, ao desenvolvimento psicológico nos primeiros anos de vida entre 
outros setores. Adler menciona em sua teoria da personalidade que há um princípio dinâmico, este 
direciona cada um de nós ao futuro sempre direcionando a uma meta especifica. Uma vê, que a meta 
passa a tornar-se foco geral nosso aparelho psíquico modifica-se rumo à concretização dele, v.g. 
quando uma pessoa deseja escrever um livro, a sua mente molda-se e a direciona para essa pessoa 
realizar tal tarefa. Outro fato é que o mundo real deve agir sobre o mundo das idéias, de modo queas 
fantasias tornem-se meros objetos acessórios e não principais. 
Para Adler o sentimento de inferioridade deve ser superado pelo de domínio, assim um homem que 
domina suas fraquezas torna-se cada vez mais forte, ele aprende com seus erros, a fraqueza nada é 
mais do que um resultado da comparação entre uma pessoa e o homem médio. O ser perfeito é 
aquele que busca a sua superação, não acreditando que estar inferior aos demais, sendo assim ele 
adota o sentimento motivador como a chave de sua vida, dessa maneira ele sobrevive e prospera 
num mundo onde há uma seleção natural dos seres existentes. Valem lembrar que muitos obstáculos 
irão bater de frente contra os homens, no entanto o forte derruba todos eles. 
“Em quase todas as pessoas ilustres encontramos alguma imperfeição orgânica, e ficamos com a 
impressão de que elas foram dolorosamente testadas no início da vida, mas lutarm e superaram suas 
dificuldades (Adler, 1931, p. 248).” 
Outro fator primordial para o desenvolvimento da personalidade observado por Adler é o fato de as 
crianças que são primogênitas quando deixam de possuir tal característica em virtude de ter nascido 
outra criança mais nova, tornam-se conservadoras, deixam de lado a pastilha, ficam inseguros. 
Willian James. 
Willian James nasceu numa família rica da nova Inglaterra em 1842, estudou inicialmente pintura, 
porem interessou-se por ciência. Ingressou em Havord, posteriormente ficou depressivo, contudo em 
1870, Willian James conseguiu se recuperar de tal mal. A partir de sua recuperação, ele assumiu um 
cargo de professor em Harvard, em seguida em Stanford. Ele foi o terceiro presidente da associação 
Norte-Americana de psicologia (1894-1895). Ele definia a psicologia como uma explanação sobre 
estados de consciência como tais; tal definição está estimulando nos dias atuais, muitos estudantes e 
TEORIAS DA PERSONALIDADE E TEORIA PSICOTERÁPICA 
 
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pesquisadores. James não se limitou, em seus estudos, apenas a um ramo da psicologia, mas sim 
procurou escrever, estudar e compreender sobre todos. 
Teoria Da Personalidade - Psicologia Da Consciência. 
A personalidade, para James, surge através da interação entre o instinto e hábitos da consciência e 
os aspectos pessoais volitivos. O pensamento é parte de uma consciência pessoal, porém não existe 
independentemente da pessoa, o seu processo existe da mesma forma em que pode ser 
experimentado ou percebido tanto do ambiente interno quanto do externo. O pensamento nunca pode 
ser igual, o que pensamos uma vez nunca mais pode ser pensado outra vez e o que pensamos ser 
um pensamento repetido é na realidade uma simples modificação de um outro pensamento anterior, 
assim afirmava James. Dentro de cada uma das diversas consciências há pensamentos contínuos, a 
consciência já parte articulada e não desarticulada. 
Willian James iniciou um grande estudo a respeito da psicologia da consciência, através de 
experiências realizadas e inúmeras fundamentações filosóficas por parte do referido, mesmo assim 
tal tema não passou a ser o centro das atenções nos estudos psicológicos. A compreensão do que 
vem a ser consciência ainda não pode ser explicado, visto tal definição não ser passível de resposta, 
mas o que vem a ocorrer é a assimilação de hipóteses provenientes de respostas experimentais. O 
estudo da consciência envolve a busca pela resposta de alguns fatos, como por exemplo, o que 
acontece com a consciência, quando a mesma é alterada devido a algum fator provocado como a 
meditação, hipnose, drogas psicodélicas entre outros fatores. 
Entender que a consciência faz gerar algumas distinções, daí acreditamos que a nossa percepção 
como seres próprios, distintos uns dos outros, tal fato possa ser apenas um simples artifício 
empregado como uma porta em nossa consciência interna. A maioria do mundo acredita que o 
transcendental determina nossa consciência, porquanto tal afirmação remete a idéia de no fundo da 
consciência o homem ser uma peça condicionada e não livre. Por tal motivo James rejeita a idéia de 
um deus condicionador, a verdadeira verdade, acreditando a evolução pessoal é o fator que importa 
realmente ao desenvolvimento humano e ao crescimento psicológico liberto de idéias aprisionadoras. 
Alguns fatos como os sentimentos, o homem deve evitar ou abraça-los de vez. 
Carl Rogers. 
Carl Rogers (1902 – 1987) nasceu em Oak Park, Illinois, numa família, cuja pratica religiosa era 
altamente fundamentalista, daí sua infância e educação terem sidas limitadas pela ideologia de seus 
pais. Viveu sua infância em meio ao isolamento social. Ele tornou-se um pastor e começou a se 
interessar pelo estudo no ramo da psicologia, iniciando com analises empíricas sociais, 
desenvolvendo posteriormente suas teorias sobre a personalidade. Rogers buscou um novo plano de 
ação da psicologia, de modo que esta deveria se desenvolver através da interação entre pacientes no 
interior de grupos reabilitadores. 
Teoria Da Personalidade – A Perspectiva Do Cliente. 
A teoria de Carl Rogers foi desenvolvida a partir do delineamento de suas experiências clinicas, e a 
partir da assimilação de diversas fontes e sistemas intelectuais. Ele lançou como uma de suas 
premissas fundamentais, a de que as pessoas utilizam suas experiências pessoais para se definirem 
por completo. Rogers busca a definição de diversos conceitos relativos ao estudo psicológico, a partir 
dos quais buscam a elaboração de teorias da personalidade e modelos terapêuticos, formas de 
mudanças na personalidade. A sua corrente ideológica ficou conhecida como humanista, visto que 
ele observa e delineia o homem de uma maneira otimista em suas qualidades pessoais e reis, ao 
ponto de propor que o homem é um ser mutável para melhor. 
Ele acreditava que o homem, da mesma forma que outros sistemas complexos vivos apresentam 
tendências à adaptação, evolução e atualização em seus fundamentos fisiológicos e psicológicos. Em 
TEORIAS DA PERSONALIDADE E TEORIA PSICOTERÁPICA 
 
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fim, com o transcorrer cronológico, os homens absorvem cada vez mais experiências, vivenciam 
novos fatos, aprendem novas coisas, ficam cada vez mais fortes e se adaptam melhor ao ambiente 
externo e interno, dessa forma adquire cada vez mais capacidade de possuir autoconfiança, 
liberdade, criatividade e responsabilidade em suas ações. 
A experiência é a chave para haver o aprimoramento da consciência interior, no interior do campo da 
experiência está o self, o qual não se reduz a imutabilidade, estabilidade, porem se for analisado em 
um determinado instante irá refletir uma noção de estabilidade. Ele sofre modificação à medida, em 
que as situações se alteram, ele não é apenas uma reprodução instantânea de algo em si, mas um 
fator que sofre inúmeras modificações de acordo com a situação posta em evidencia. O self é 
simplesmente a visão que uma determinada pessoa tem de si mesma, de modo que julga e analisa a 
si, exemplificadamente através de experiências ocorridas no passado e/ou no presente, de modo que 
as façam buscar a interpretação de si mesmas. 
O self ideal é o conjunto de características que o indivíduo aprecia em sua conjuntura psicossocial, de 
modo que não embasa a noção de igualdade com a pessoa media, ele simplesmente idealiza a si 
como algo maior e impenetrável de problemas, ou seja, seu self é seu deus pessoal. A auto-imagem 
ideal de um indivíduo o leva em muitos casos ao desenvolvimento de um narcisismo pessoal, ao 
ponto de fazer com que o indivíduo auto valorizas-se infinitamente. 
“Isto é o que, em nossa opinião, constitui o estado de alienação de si. O indivíduo faltou com a 
sinceridade consigo mesmo, para com a significação “organismica” de sua experiência,a fim de 
conservar a consciência positiva do outro, falsificou certas experiências vividas e representou para si 
mesmo estas experiências com os mesmos índices de valor que tinham para o outro. Tudo isto se 
produziu involuntariamente, como um processo natural e trágico alimentado durante a infância” 
(Rogers, 1959, p. 202 na ed. Brás.). 
Como exemplificado anteriormente um indivíduo que imita e assimila experiências e valores criados e 
interiorizados por outro indivíduo, está realmente alienado, ele foge a sua realidade social buscando 
um self não existente e não desenvolvido em seu interior, ele apenas utiliza de sua capacidade 
imitativa para projetar tais realizações virtuais e as tornam reais em seu interior. 
Frederik Perls. 
Frederik Salomon Perls (1893 – 1970), era de origem judaica, estudou medicina em Berlim. Foi 
psicanalista, ele sofreu grande influência de uma corrente de pensamento denominada gestaltista, daí 
posteriormente ele desenvolver uma terapia com base nos fundamentos de tal corrente ideológica, no 
entanto suas concepções não são valorizadas de imediato. Somente a partir da década de 60 é que 
seus trabalhos são aceitos, e assim influênciaram as terapias surgidas posteriormente nos EUA. 
Teoria Da Personalidade – Gestalt-Terapia. 
Perls conceituou que ocorre um inatismo no que diz respeito ao desenvolvimento biológico e 
psicológico de um determinado indivíduo, melhor explicando, o indivíduo torna-se o que ele é de 
acordo com sua predisposição interior a ser o que ele é no momento. Fato semelhante ao 
determinismo pregado por Lombroso, o qual dizia que um criminoso já nasceu criminoso, e não se 
tornara um criminoso. Frederik Perls critica fortemente a teoria da psicanálise em relação a esta 
afirmar que a conjuntura ideológica da agressão e do sadismo está localizada na fase oral, pois ele 
acreditava que tal conjuntura estava localizada na fase anal do desenvolvimento infantil. 
A gestalt-terapia foi descrita por Perls como uma terapia existencial, ou seja, uma simples proposta 
de caráter clinico baseada em uma filosofia velada em silogismos, a mesma era utilizada mediante a 
princípios existencialistas. Ele insistia que algum indivíduo, somente pode ser compreendido através 
da descrição realizada de maneira direta pela sua própria pessoa, ou seja, um homem só pode ser 
compreendido se for interpretado por si mesmo. Tal teoria ofereceu uma visão ampla a respeito de 
TEORIAS DA PERSONALIDADE E TEORIA PSICOTERÁPICA 
 
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diversos campos sociais, de modo que busca uma compreensão cada vez mais adequada das 
inúmeras relações entre o homem, o planeta, os objetos e a natureza como se tudo fosse parte de 
um único jogo. 
Os seres animados e os inanimados se encontram em relações de interdependências recíprocas, 
visto que dependem uns dos outros para existirem. Perls definiu a atividade psicológica humana 
simplesmente como uma determinada atividade realizada por uma pessoa completa, a qual é 
desenvolvida mediante um desgaste bem menos de energia do que a gasta no empenho da atividade 
física. Para o referido pensador, pensar é menos cansativo do que correr. 
“O organismo age e reage a seu meio com maior ou menor intensidade; à medida que diminui a 
intensidade, o comportamento físico se transforma em comportamento mental. Quando a intensidade 
aumenta, o comportamento mental torna-se comportamento físico” (Perls, 1973, p. 28 na Ed. Brás.). 
Nota-se que Perls acreditava que não havia no homem uma separação nítida entre suas sensações, 
seus pensamentos e as suas ações, tudo era parte de um todo interdependente e integrado formando 
um único complexo de ações múltiplas. A personalidade é um puro reflexo de todo esse complexo de 
ações, ela é uma rede resultante da ligação de todas essas ações desempenhadas pelos complexos 
interligados. 
Na gestalt o terapeuta é apenas um facilitador e não um condicionador do comportamento psicológico 
de seus clientes, assim como Sócrates por meio da dialética busca fazer com que o seu ouvinte 
conheça a si mesmo, assim é a gestalt. O terapeuta faz com que o seu paciente compreenda a si e 
se conscientize descobrindo assim seus pontos fortes e os seus pontos fracos, a partir daí o seu 
bem-estar podem ser garantidos, inclusive o seu crescimento espiritual e psicológico. 
Portanto cada uma das teorias da personalidade apresentadas no decorrer do presente trabalho 
apresenta um valor de relevância especificadamente único, visto que cada uma delas buscou 
abordagens e definições teóricas na maioria das vezes distintas, conflitantes em algum ou vários 
pontos. Tais teorias são resultados de ramificações ideológicas surgidas no decurso da árvore dos 
estudos psicológicos e psicanalíticos, em tal ponto que fica evidente seus semelhantes pontos de 
origem entre duas ou mais teorias, mesmo sendo todas distintas e conflitantes. Entretanto tais 
conflitos são fundamentais para haver os desenvolvimentos de trabalhos cada vez melhores. 
O estudo psicológico é em si fruto de analises, observações empíricas, entretanto em algumas teorias 
pode ocorrer o fato de tais procedimentos estarem baseados em dogmas dedutivos. O que se 
percebe é que o homem utiliza de seu altruísmo e de sua autovalorização e acaba por questionar 
uma dada teoria, desse modo ele busca a criação de sua própria teoria, em muitas vezes consegue 
superar as suas expectativas e da comunidade em geral. A ciência possui como um de seus dogmas 
o fato de que nada que existe é insuperável, sempre irá existir algo que irá alcançar tal fato inicial. Por 
isso, nenhuma teoria cientifica possui sua duração infinita, o que ocorre é que ela tem de lutar para 
não ser superada a todo instante, devido a existirem ilimitadas ideias e mentes brilhantes em toda a 
comunidade cientifica. 
O presente trabalho buscou contribuir com o crescimento e com a divulgação da psicologia forense, 
visto que ela é raramente explorada no âmbito jurídico, devido a estar colocada em uma posição 
secundaria na lista das ciências do direito, sabe-se que a mesma é a chave para a compreensão 
humana. O indivíduo que consegue compreender a psicologia humana acaba por dominar as ações 
humanas e os frutos provenientes delas, os quais remetem a pratica no mundo jurídico. 
A Terapia Centrada no Cliente de Carl Rogers (Abordagem Centrada na Pessoa) 
A História Da Terapia Centrada No Cliente 
Carl Rogers é amplamente considerado como um dos psicólogos mais influentes do século 20. 
TEORIAS DA PERSONALIDADE E TEORIA PSICOTERÁPICA 
 
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Ele era um pensador humanista e acreditava que as pessoas são fundamentalmente boas. Rogers 
também sugeriu que as pessoas têm uma tendência atualizante, ou um desejo de realizar seu 
potencial e se tornar as melhores pessoas que podem ser. 
Rogers começou inicialmente a chamar sua técnica de terapia não-diretiva. Embora seu objetivo 
fosse ser o mais não-diretivo possível, ele finalmente percebeu que os terapeutas guiam os clientes 
mesmo de maneiras sutis. Ele também descobriu que os clientes muitas vezes buscam os seus 
terapeutas para algum tipo de orientação ou direção. Eventualmente, a técnica veio a ser conhecida 
como terapia centrada no cliente ou terapia centrada na pessoa. Hoje, a abordagem de Rogers 
para a terapia é muitas vezes referida por qualquer um destes dois nomes, mas também é 
frequentemente conhecida simplesmente como terapia Rogeriana. 
É também importante notar que Rogers foi deliberado no seu uso do termo cliente, em vez 
de paciente. Ele acreditava que o termo paciente implicava que o indivíduo estava doente e 
procurava a cura de um terapeuta. 
Usando o termo cliente preferivelmente, Rogers enfatizou a importância do indivíduo em procurara 
ajuda, controlando seu destino, e superando suas dificuldades. Essa auto-direção desempenha um 
papel vital na terapia centrada no cliente. 
Bem como psicanalista Sigmund Freud, Rogers acreditava que a relação terapêutica pode levar a 
insights e mudanças duradouras em clientes. 
Enquanto Freud se concentrava em oferecer interpretações do que ele acreditava serem os conflitos 
inconscientes que levaram aos problemas de um cliente, Rogers acreditava que o terapeuta deveria 
permanecer não-diretivo. Ou seja, o terapeuta não deve dirigir o cliente, não deve fazer julgamentos 
sobre os sentimentos do cliente, e não deve oferecer sugestões ou soluções. Em vez disso, o cliente 
deve ser um parceiro igual no processo terapêutico. 
Como Funciona A Terapia Centrada No Cliente? 
Profissionais de saúde mental que utilizam essa abordagem se esforçam para criar um ambiente 
terapêutico que é conformável, de não-julgamento, e com empatia. Dois dos elementos-chave da 
terapia centrada no cliente são: 
▪ Não é diretiva. Os terapeutas permitem que os clientes liderem a discussão e não tentam dirigir o 
cliente em uma direção específica. 
▪ Enfatiza consideração positiva incondicional. Os terapeutas demonstram total aceitação e apoio 
aos seus clientes sem julgamento. 
De acordo com Carl Rogers, um terapeuta centrado no cliente precisa de três qualidades-chave: 
Genuinidade 
O terapeuta precisa compartilhar seus sentimentos honestamente. Ao modelar esse comportamento, 
o terapeuta pode ajudar a ensinar o cliente a desenvolver essa habilidade importante. 
Olhar Positivo Incondicional 
O terapeuta deve aceitar o cliente como ele é e exibir suporte e cuidados, não importa o que o cliente 
está enfrentando ou experimentando. Rogers acreditava que as pessoas muitas vezes desenvolvem 
problemas porque estão acostumadas a apenas receber apoio condicional; Aceitação que só é 
oferecida se a pessoa estiver em conformidade com certas expectativas. Ao criar um clima de 
consideração positiva incondicional, o cliente se sente capaz de expressar suas verdadeiras emoções 
sem medo de rejeição. 
TEORIAS DA PERSONALIDADE E TEORIA PSICOTERÁPICA 
 
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Rogers explicou: 
“Consideração positiva incondicional significa que quando o terapeuta está experimentando uma 
atitude positiva, aceitando como o cliente é, naquele momento, o movimento terapêutico ou a 
mudança é mais provável. Envolve a vontade do terapeuta para o cliente ser o sentimento que está 
acontecendo naquele momento – confusão, ressentimento, medo, raiva, coragem, amor ou orgulho 
… O terapeuta premia o cliente de uma maneira total e não condicional “. 
Compreensão Empática 
O terapeuta precisa ser reflexivo, agindo como um espelho dos sentimentos e pensamentos do 
cliente. O objetivo disso é permitir que o cliente obtenha uma compreensão mais clara de seus 
próprios pensamentos, percepções e emoções internas. 
Ao exibir estas três características, os terapeutas podem ajudar os clientes a crescer 
psicologicamente, se tornarem mais autoconscientes, e alterar o seu comportamento através de 
autodireção. Neste tipo de ambiente, um cliente se sente seguro e livre de julgamento. Rogers 
acreditava que este tipo de atmosfera permite aos clientes desenvolver uma visão mais saudável do 
mundo e uma visão menos distorcida de si mesmos. 
A Importância Do Autoconceito 
Autoconceito também desempenha um papel importante na abordagem centrada na pessoa. 
Rogers definiu o autoconceito como um conjunto organizado de crenças e ideias sobre o eu. O auto-
conceito desempenha um papel importante na determinação não só de como as pessoas vêem a si 
mesmas, mas também como elas veem e interagem com o mundo em torno delas. 
Às vezes o autoconceito se alinha bem com a realidade, o que Rogers chamou de congruência. Em 
outros casos, as autopercepções são por vezes irrealistas ou não em sintonia com o que existe no 
mundo real. Rogers acreditava que todas as pessoas distorcem a realidade até certo ponto, mas 
quando o autoconceito está em conflito com a realidade, a incongruência pode resultar. Por 
exemplo, um rapaz pode perceber-se como um atleta forte, apesar de seu desempenho real no 
campo revela que ele não é particularmente hábil e poderia usar a prática extra. 
Através do processo de terapia centrada na pessoa, Rogers acreditava que as pessoas 
poderiam aprender a ajustar o seu autoconceito, a fim de alcançar a congruência e uma visão 
mais realista de si e do mundo. 
Por exemplo, imagine uma jovem que se vê como desinteressante e com uma fala pobre, apesar do 
fato de que outras pessoas a acham fascinante e bastante envolvente. Já que suas autopercepções 
não são congruentes com a realidade, ela pode sentir pobre autoestima como resultado. A 
abordagem centrada no cliente se concentra em fornecer uma consideração positiva incondicional, 
empatia e apoio genuíno, a fim de ajudar a cliente a alcançar uma visão mais congruente de si 
mesma. 
Terapia Centrada No Cliente Na Cultura Popular 
O ator Bob Newhart retratou um terapeuta que utilizou terapia centrada no cliente no The Bob 
Newhart Showque foi ao ar em 1972-1978. 
Quão Eficaz É A Terapia Centrada No Cliente? 
Vários estudos em larga escala mostraram que as três qualidades que Rogers enfatizou, 
genuinidade, consideração positiva incondicional e compreensão empática, são todas benéficas. No 
entanto, alguns estudos sugeriram que esses fatores isoladamente não são necessariamente 
suficientes para promover uma mudança duradoura nos clientes. 
TEORIAS DA PERSONALIDADE E TEORIA PSICOTERÁPICA 
 
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Uma avaliação que analisou a eficácia da terapia centrada na pessoa sugeriu que esta abordagem 
foi eficaz para indivíduos que sofrem de problemas de saúde mental comuns, como depressão e 
ansiedade, e pode até ser útil para aqueles que experimentam sintomas mais moderados a graves. 
Psicoterapia Corporal 
Psicoterapia corporal também chamado de psicoterapia orientada para o corpo, é uma 
abordagem para psicoterapia que aplica princípios básicos de psicologia somática. Originou-se no 
trabalho de Pierre Janet, Sigmund Freud e particularmente Wilhelm Reich que o desenvolveu 
como vegetoterapia. Dentre as modalidades de terapia corporal, a análise bioenergética é uma 
psicoterapia relacional enraizada nas diferentes funções do self: sua função energética, sensorial, 
muscular, emocional e representações mentais. A abordagem terapêutica combina o trabalho com 
processos energéticos, movimento, postura, expressão emocional, imagens, análise psicológica e 
experiência relacional. Lida com a liberação do organismo das tensões musculares crônicas. Facilita 
a aprendizagem da auto-regulação dos afetos; como lidar com intimidade afetiva e dificuldades 
sexuais; como compreender e dissolver formas repetitivas e dolorosas de se relacionar. O processo 
terapêutico inclui experiência corporal e interação entre cliente e terapeuta. 
"Quando você não tem palavras para seus sentimentos, para o que lhe aconteceu, para o que está 
faltando em você, ouvimos a sua ressonância interna-os segredos silenciosos - que vivem em seu 
corpo. Ajudamos a sentir e amplificar esta ressonância interna até que o seu movimento esteja 
suficientemente próximo da superfície para penetrar na consciência." (Robert Lewis, M.D) 
O processo metodológico se baseia na compreensão dos padrões primários de apego e das 
respostas caracterológicas aos déficits, traumas e conflitos que se desenvolveram durante a vida. 
Examina-se a história pessoal, como ela influencia a estrutura do self, assim como a forma e a 
motilidade do corpo, e particularmente o impacto nos relacionamentos e na capacidade para o prazer, 
a alegria e socialização.A Abordagem Psicanalítica 
Compreendendo A Abordagem Psicanalítica E Seu Funcionamento 
Todos nós, em algum momento, já passamos por situações conflitantes em nossas vidas. Situações 
em que não entendemos os nossos sentimentos e emoções, em que não vemos saída, em que tudo 
o que nos resta são dúvidas e desconfianças. Para nos ajudar a resolver todos estes 
questionamentos e encontrar razões para esses sentimentos é que existe o psicólogo. Ele é o 
profissional que, através da abordagem psicanalítica, ajuda as pessoas na busca pelo 
autoconhecimento. 
Como Ocorre A Abordagem Psicanalítica? 
A psicanálise preocupa-se em entender como funciona a mente humana, partindo do princípio de que 
muitos dos processos psíquicos são inconscientes. Na abordagem psicanalítica, nossas emoções e 
atitudes são o resultado de fatores dos quais não temos consciência. 
O paciente é levado a refletir e se enxergar de outra maneira durante a abordagem psicanalítica. Com 
o auxílio do psicólogo, durante as sessões de análise, o paciente passa a conhecer melhor a própria 
mente e a identificar a razão de seus sentimentos, conflitos e emoções. 
A pessoa é vista como um todo na abordagem psicanalítica. Não são considerados somente os 
sintomas e circunstâncias atuais, mas é feito um acompanhamento muitas vezes durante anos, 
observando o cotidiano do paciente e suas reações diante de várias situações e, também, suas 
relações interpessoais. 
TEORIAS DA PERSONALIDADE E TEORIA PSICOTERÁPICA 
 
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Entendendo O Problema E Identificando Sua Origem 
Quando ouvimos falar em psicanálise, logo nos vem em mente o retorno ao passado para entender o 
presente. Porém, nem sempre acontecimentos vividos na infância ou a influência dos pais têm 
reflexos diretos em nossas atitudes. É necessário entender o problema e identificar a origem, se 
remete ao passado ou pertence ao presente e tratá-lo da forma correta, sempre respeitando as 
condições do paciente em falar sobre determinado assunto. 
O tratamento psicanalítico não se propõe somente a tratar de distúrbios psíquicos, mas também é 
válido para aquelas pessoas que procuram se conhecer melhor e buscam novas perspectivas. 
O Papel Do Psicólogo 
Outra associação que fazemos ao pensar em psicanálise é a imagem do paciente no divã em 
conversa com o psicólogo. Nem sempre é exatamente assim. O paciente senta numa poltrona ou 
cadeira confortável e fala frente a frente com o psicólogo. Tudo baseado em uma relação de respeito 
e confiança entre os dois. O diálogo é a principal ferramenta para a abordagem psicanalítica. 
O psicólogo leva o paciente a se voltar para dentro e descobrir no inconsciente a razão para seus 
sofrimentos psíquicos, suas atitudes e sensações. Desta forma, ele colabora para que o objetivo da 
abordagem psicanalítica seja alcançado. Psicólogo e paciente não precisam necessariamente se 
tornar amigos. Porém, para o tratamento ser eficaz, é importante que a relação seja próxima, 
principalmente no que se refere à confiança. 
Ajustando Comportamentos 
É fundamental que haja sinceridade e disponibilidade por parte do paciente para falar livremente 
sobre situações de sua vida, seus sentimentos, suas fantasias, sua história. Cabe ao profissional 
ouvir atentamente e desvendar o que leva o paciente a apresentar certos desequilíbrios. 
A partir da identificação da origem de uma determinada emoção ou atitude, inicia-se o tratamento 
para ajustar o comportamento e, assim, aliviar o sofrimento psíquico do paciente. A terapia leva o 
paciente, na maioria das vezes, a resultados duradouros e melhora significativamente a qualidade de 
vida dele. 
Como Funciona A Psicanálise Como Terapia? 
A psicanálise é apenas uma das várias abordagens que podem ser utilizadas pelos psicólogos nos 
atendimentos. Saiba como funciona um processo terapêutico dentro da psicanálise. 
Dentro da psicologia, você pode encontrar diversas abordagens para lidar com problemas emocionais 
e comportamentais. Antes de iniciar um acompanhamento, o melhor é compreender qual é a 
formação do profissional escolhido e quais técnicas ele utilizará durante o processo terapêutico. 
A psicanálise é uma das abordagem que pode apresentar resultados eficientes para aliviar sintomas 
de sofrimentos psíquicos. Entenda como funciona este tipo de terapia e saiba se é a mais indicada 
para você. 
Uma Breve Definição Da Psicanálise 
A teoria da psicanálise busca entender o funcionamento da mente humana e parte do princípio de 
que os processos psíquicos são, em boa parte, inconscientes. Ou seja, para a psicanálise, nós não 
temos consciência de vários fatores que definem nossas emoções e comportamentos. 
TEORIAS DA PERSONALIDADE E TEORIA PSICOTERÁPICA 
 
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Esta teoria serve como uma abordagem para o tratamento de uma série de transtornos que causam 
sofrimento emocional, comofobias, compulsões e angústias. Por exemplo, quando alguém 
apresenta alterações de humor, problemas de autoestima, dificuldades de relacionamento no 
trabalho ou em relações amorosas, os psicanlistas buscam o explicação no inconsciente. 
A psicanálise foi criada por Sigmund Freud e, ao longo de mais de 100 anos, teve colaboração de 
outros autores como Melanie Klein, Donald Winnicott, Jacques Lacan, entre muitos outros. 
Como Funciona A Psicanálise? 
A imagem clássica da pessoa no divã conversando com o analista ajuda a explicar como funciona 
uma terapia psicanalítica. Tudo está pautado na relação de confiança entre o analista e cliente, 
sendo o diálogo o principal instrumento de trabalho. 
A abordagem criada por Freud usa o princípio da associação livre. A ideia é orientar a pessoa a 
conversar sobre vários temas com o analista, sem nenhum filtro. Seja acontecimentos e detalhes 
da vida cotidiana, devaneios ou lembranças de sonhos. Esse processo ajuda a trazer a tona certos 
pensamentos que, normalmente, não seriam acessados. 
Durante o processo terapêutico, investiga-se também as memórias e experiências da infância, 
que têm grande importância no entendimento do inconsciente. O profissional, por sua vez, irá ajudar 
a interpretar e organizar todas as informações e identificar de onde surge determinado trauma, 
inibições ou medos. 
Segundo a Sociedade Brasileira de Psicanálise do Rio de Janeiro (SBPRJ), as sessões geralmente 
tem uma duração de 45 a 50 minutos, com uma frequência de aproximadamente três vezes por 
semana. Esta alta periodicidade é fundamental para obter sucesso no processo de acessar o 
inconsciente. 
Quando Buscar Um Psicanalista? 
A SBPRJ apresenta algumas manifestações e sintomas que podem indicar a necessidade de buscar 
um profissional. Algumas delas são: 
• problemas em se relacionar no ambiente de trabalho ou familiar 
• sensação de vazio ou inadequação 
• dificuldade em expressar suas emoções 
• sentimento frequente de ressentimento ou mágoa 
• preocupações obsessivas 
• medos que a princípio possam ser injustificados 
Vale ressaltar que um tratamento psicanalítico não é somente destinado para tratar algum distúrbio, 
podendo ser uma boa ferramenta para quem deseja se conhecer melhor e descobrir novas 
perspectivas. 
Quais São Os Resultados Da Psicanálise? 
Identificando a origem de determinada emoção ou maneira de agir, é possível iniciar um trabalho para 
modificar um comportamento desajustado. A SBPRJ defende que a psicanálise mostra bons e 
duradouros resultados no alívio de sofrimento psíquico, ajuda a melhorar a qualidade de vida e as 
relações interpessoais. 
TEORIAS DA PERSONALIDADE E TEORIA PSICOTERÁPICA 
 
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Sobre A TC - Terapia Cognitiva Ou TCC - Terapia Cognitivo-Comportamental 
Terapia Cognitiva é um sistemade psicoterapia, proposto e desenvolvido pelo Dr. Aaron Beck e seus 
colaboradores, que integra um modelo cognitivo de psicopatologia e um conjunto de técnicas e 
estratégias terapêuticas baseadas diretamente nesse modelo. 
Em meados da década de 1950, o Dr. Beck, Professor de Psiquiatria da Universidade da 
Pennsylvania em Philadelphia e um eminente Psicanalista, conduziu estudos empíricos para 
comprovar princípios psicanalíticos. A partir de seus estudos, propôs um modelo de depressão, que, 
evoluindo em seus aspectos teórico e aplicado, constitui-se em um novo sistema de psicoterapia, que 
ele denominou inicialmente de Terapia Cognitiva e que hoje é mais amplamente conhecida como 
Terapia Cognitivo-Comportamental. 
A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) baseia-se na hipótese de vulnerabilidade cognitiva como 
um modelo de transtorno emocional. Seu princípio básico, que reflete uma postura construtivista, é de 
que nossas representações de eventos internos e externos, e não um evento em si, determinam 
nossas respostas emocionais e comportamentais. Nossas cognições ou interpretações, as quais 
refletem formas idiossincráticas de processar informação e representar o real, constituiriam a base 
dos transtornos emocionais, os quais seriam definidos, em TCC, mais propriamente como transtornos 
de processamento de informação. 
Fundamentada no princípio básico da TCC e, em particular, na hipótese de primazia das cognições 
sobre as emoções e comportamentos, em TCC busca-se a reestruturação cognitiva, a partir de uma 
conceituação cognitiva do paciente e de seus problemas. Inicialmente, objetiva devolver ao paciente 
a flexibilidade cognitiva, através da intervenção sobre as suas cognições, a fim de promover 
mudanças nas emoções e comportamentos que as acompanham. Ao longo do processo terapêutico, 
no entanto, atua diretamente sobre o sistema de esquemas e crenças do paciente a fim de promover 
sua reestruturação. Em paralelo à reestruturação cognitiva, o terapeuta cognitivo utiliza ainda uma 
abordagem de resolução de problemas. 
A TCC reflete aspectos interessantes em sua praxis. Baseia-se na noção de esquemas, construídos 
ao longo do desenvolvimento, cujo conjunto resume as percepções pelo indivíduo de regularidades 
do real com base em suas experiências históricas relevantes. Esquemas são definidos como 
superestruturas cognitivas que, em uma relação circular, organizam nossas experiências do real e 
são atualizados por elas, ao mesmo tempo em que guiam o foco de nossa atenção. TCC adota uma 
abordagem estruturada, mas apóia-se em uma relação colaborativa entre o terapeuta e o paciente, 
na qual ambos têm um papel ativo através do processo psicoterápico. Objetiva não apenas a 
resolução dos problemas imediatos do paciente, mas, através da reestruturação cognitiva, busca 
dotá-lo de um novo conjunto de técnicas e estratégias cognitivas para, a partir daí processar e 
responder ao real de forma funcional, sendo o funcional definido como formas que concorrem para a 
realização de suas metas. 
Características que a distinguem de outras formas de psicoterapia são o tempo curto e limitado e a 
eficácia comprovada através de estudos empíricos, em várias áreas de transtornos emocionais, como 
depressão, transtornos de ansiedade (transtorno de ansiedade generalizada, fobias, pânico, 
hipocondria, transtorno obsessivo-compulsivo), dependência química, transtornos alimentares, 
dificuldades interpessoais (terapia de casal e de família), transtornos psiquiátricos, etc., para adultos, 
crianças e adolescentes, nas modalidades individual e em grupo. Sua utilização no tratamento de 
psicoses apresenta resultados encorajadores. TCC ainda é indicada como coadjuvante no tratamento 
de transtornos orgânicos, e em intervenções nas áreas de educação, organizações e esportes. 
O Que É Terapia Cognitivo-Comportamental? 
Primeiro, podemos começar definindo com clareza o que é a terapia cognitivo comportamental, que 
surgiu nos Estados Unidos, da reunião de duas correntes das pesquisas em psicologia por lá: a 
TEORIAS DA PERSONALIDADE E TEORIA PSICOTERÁPICA 
 
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psicologia comportamental (ou behaviorismo) e da psicologia cognitiva. Em princípio, é até curioso 
observar que as duas correntes de pesquisa são discordantes em muitos aspectos. 
Quem conhece um pouco mais sobre a comportamental vai saber que muitos dos seus pressupostos 
(como não utilizar conceitos como “mente”, “psique”, entre outros) são utilizados na psicologia 
cognitiva, embora com outros nomes. Assim, na psicologia cognitiva não se fala de mente, mas se 
usa o termo cognição (que dá o nome à abordagem) e são usados conceitos como crenças, 
pensamentos recorrentes, atitudes mentais, etc. 
Ou seja, em princípio a união dentre a psicologia comportamental e a psicologia cognitiva não seria 
uma coisa esperada. Talvez para os defensores da psicologia cognitiva seja mais fácil utilizar os 
conceitos da psicologia comportamental, enquanto que para os behavioristas radicais isto seja um 
pouco mais complicado, ou, então, desnecessário. 
De todo modo, na prática da psicologia clínica muitos psicólogos, inicialmente nos Estados Unidos, e 
depois no mundo todo começaram a reunir as duas correntes e criou-se assim a chamada terapia 
cognitivo-comportamental, que se arroga o título de ser a terapia psicológica com mais resultados 
efetivos. E, como em sua epistemologia possui ideias próximas à biologia e a química, é muito 
respeitada no meio dos médicos. 
Além desta pequena história do começo deste tipo de terapia e da definição de que é a reunião da 
psicologia cognitiva e psicologia comportamental com objetivos clínicos, podemos definir a terapia 
cognitiva-comportamental como uma terapia que ajuda os pacientes a entender os seus 
pensamentos e os seus sentimentos e a sua influênciam nos seus comportamentos. 
Em outras palavras, ajuda a pessoa a conhecer melhor o seu modo de conceber, através dos 
pensamentos e sentimentos (cognição), os seus modos de agir (comportamento). Como disse, é um 
tipo de terapia muito respeitada no meio médico e é indicada para casos de fobia, dependência 
química, depressão e ansiedade. Mas também é indicada para o tratamento de outros sintomas como 
veremos abaixo. 
Características Da Terapia Cognitivo-Comportamental 
Ao contrário de outras linhas da psicologia, a terapia cognitivo comportamental é uma abordagem 
diretiva, geralmente com objetivos definidos e, consequentemente, com um prazo específico para a 
conclusão. Isto faz sentido se pensarmos que, ao invés de ter uma busca geral pelo 
autoconhecimento, o foco da TCC (sigla para Terapia Cognitivo-Comportamental) é resolver uma 
dificuldade, um problema ou sintoma. 
Assim, se o sujeito busca a terapia para curar o seu medo de andar da avião, o terapeuta não vai 
investigar toda a sua infância, seus sentimentos mais profundos e assim por diante. Como há um 
objetivo específico – curar o medo de andar de avião – a terapia vai se limitar a resolver este 
problema, e terá o seu fim quando o medo de andar de avião for superado, provavelmente em 
algumas sessões. 
Como o objetivo é descobrir as causas cognitivas para dificuldades comportamentais, o terapeuta vai 
investigar quais são os pensamentos, sentimentos e crenças negativos ou destrutivos que estão 
atrapalhando o sujeito a realizar uma dada ação – como andar de avião. Digamos que o pensamento 
por trás do medo seja de que o avião vai cair, com a visualização de cenas de destruição aérea, fogo, 
fumaça, e outras imagens contendo esta ideia. Com as técnicas específicas, tais pensamentos serão 
avaliados e modificados para que o medo gradualmente desapareça. 
A base, portanto, da terapia cognitivo-comportamental é que os pensamentos,sentimentos e crenças 
(cognições) desempenham um importante papel nos comportamentos. Se na terapia comportamental 
o enfoque maior esteve na influência do meio ambiente no comportamento (embora o chamado 
TEORIAS DA PERSONALIDADE E TEORIA PSICOTERÁPICA 
 
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comportamento encoberto também tenha sido estudado), na TCC a perspectiva é a de que o que 
acontece “dentro” do indivíduo, em sua cognição, tem maior relevância para que as mudanças sejam 
permanentes. 
Como acontece com qualquer linha teórica, a Terapia Cognitiva-Comportamental se dividiu em 
diferentes escolas como, por exemplo: 
• a TCC em Mindfulness, em inglês, a Mindfulness-based cognitive therapy (MBCT), 
• a Terapia de Aceitação e Compromisso, Acceptance and Committment Therapy (ACT), 
• a Terapia Comportamental Dialética, Dialectical Behaviour Therapy (DBT), 
• a Terapia do esquema, Schema Therapy 
Os benefícios da Terapia Cognitivo Comportamental 
Segundo o site da Associação Australiana de TCC, podemos notar 3 grandes benefícios: 
1. a TCC foi intensamente investigada em rigorosos testes clínicos científicos e, por isso, possui 
suporte empírico de que funciona; 
2. a TCC é estruturada, orientada para um objetivo, focada em dificuldades imediatas assim 
como estratégias de longo prazo e requer envolvimento ativo do cliente; 
3. a TCC é flexível, individual, e pode ser adotada para uma grande variedade de indivíduos e 
propósitos. 
Uma pergunta que muitas pessoas fazem é: 
A Terapia Cognitiva Comportamental funciona? 
Como dissemos, a TCC vem sendo testada em laboratório e testes clínicos controlados que 
comprovam a sua eficácia. Para determinados quadros como ansiedade pode ter resultados 
melhores (o que foi comprovado experimentalmente) do que o uso de medicamentos ou, então, ser 
utilizada em conjunto com os medicamentos e assim aumentar os resultados das drogas. Além disso, 
está comprovado que, embora seja uma terapia focada e objetiva, os resultados são duradouros, 
com a vantagem das estratégias aprendidas com o terapeuta poderem ser utilizadas em outras áreas 
da vida. 
Dizendo de forma mais específica, a TCC demonstrou a sua eficácia em pessoas com os seguintes 
problemas. 
• Ansiedade generalizada 
• Pânico 
• Transtorno Obsessivo Compulsivo 
• Fobias 
• Estresse Pós-Traumático 
• Depressão 
• Transtornos Alimentares 
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• Disfunções sexuais 
• Problemas de relacionamento 
• e Problemas de comportamento, entre outros. 
Como É A Primeira Sessão Da Terapia Cognitivo-Comportamental? 
Na primeira sessão, o terapeuta vai conduzir a consulta para saber do problema que o paciente 
gostaria de tratar, conhecer experiências passadas que estão ligadas a este problema e tipos de 
tratamento que já foram realizados ou estão sendo realizados no momento. O terapeuta vai informar 
sobre o que é a TCC e como funciona, e, também, vai deixar com que a pessoa possa expressar tudo 
o que achar relevante a respeito do problema específico que a trouxe para a consulta. 
Depois desta avaliação inicial, o terapeuta vai dar ao paciente o que ele pode esperar do tratamento e 
o prazo médio da terapia para a resolução daquele problema, embora o Conselho Federal de 
Psicologia oriente a não fazer previsão taxativa de resultados, o terapeuta pode informar como tem 
sido os resultados para aquele tipo específico de situação. 
Também conversa-se sobre o plano de tratamento, incluindo a definição mais clara dos objetivos e 
formas de descrever e saber do progresso das sessões. 
Como São As Outras Sessões Da Terapia Cognitivo-Comportamental? 
Como a TCC é focada em resultados, todo o processo terapêutico é bem planejado. Existem muitas e 
muitas técnicas que podem ser utilizadas, de modo que as consultas variam de indivíduo para 
indivíduo, mas, de uma maneira geral, podemos dizer que o terapeuta vai dar a oportunidade para o 
paciente contar o que aconteceu desde a última conversa e explicar o que mudou ou novos fatos 
relevantes, avaliar o progresso e medi-lo, e permitir que novas atividades sejam programadas com o 
intuito de aprender novas habilidades ou introduzir novos comportamentos em seu repertório. 
Além disso, embora haja o planejamento, as sessões podem variar de acordo com as dúvidas do 
paciente e o surgimento de novos fatos. 
O Que Acontece Entre As Sessões? 
Como a TCC é uma abordagem diretiva, também chamada de terapia do fazer (ao invés da terapia 
da fala), o paciente vai ser solicitado a fazer novas atividades, a se comportar de maneiras diferentes, 
a testar novos atos. Tudo, claro, dentro do planejamento do terapeuta e de forma segura para o 
paciente. Quer dizer, o paciente terá uma espécie de “dever de casa” para fazer enter as sessões e, 
deste modo, acelerar o processo terapêutico. 
Abordagem Existencial 
Não sendo uma verdadeira escola psicológica, é uma atitude que tem influenciado quase todas as 
formas de terapia que surgiram em oposição à psicanálise ortodoxa. Aliando-se à chamada terceira 
força em psicologia, a psicologia humanista passou a ser considerada existencial-humanista. 
Por existencialismo entende-se “o conjunto de doutrinas segundo as quais a filosofia tem como 
objetivo a análise e a descrição da existência concreta, considerada como ato e como uma liberdade 
que se constitui afirmando-se que tem unicamente como gênese ou fundamento esta afirmação de si” 
(Jolivet, 1975). Não se trata de uma única doutrina. Entretanto, existe algo de comum entre eles, que 
é a preocupação em compreender e explicar a existência humana. O existencialismo moderno surgiu 
na França e na Alemanha há mais de 40 anos. Parece não haver dúvidas em que o pensamento 
filosófico existencial procede das meditações de Kierkegaard, 
mas Heidegger, Sartre, Jaspers, Nietzsche, Buber são também nomes importantes na expressão 
TEORIAS DA PERSONALIDADE E TEORIA PSICOTERÁPICA 
 
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da convicção de que a realidade última somente pode ser encontrada na existência individual e 
concreta. 
O existencialismo caracteriza-se primeiramente pela afirmação de que a “existência precede à 
essência”. Até o século XIX, o pensamento predominante era intelectualista. 
Hegel faz uma tentativa de compreender o mundo racionalmente. Acreditando em uma razão 
universal, acredita também que nossos pensamentos e sentimentos apenas têm significado por que 
cada sentimento ou pensamento está ligado à nossa personalidade; toma lugar em uma história e um 
estado, isto é, em uma época específica na evolução dessa idéia universal. Não há como 
compreender a nossa interioridade, segundo ele, se não formos primeiro à totalidade do nosso self, 
depois para a totalidade da espécie humana e chegando à totalidade maior que é a idéia absoluta. O 
homem era visto como uma idéia universal. A essência ficava, pois em primeiro plano. 
O existencialismo focaliza o ser particular e concreto cuja responsabilidade e liberdade se fazem 
presentes. É o homem a categoria central da existência na expressão de Kierkegaard. E o que são 
essência e existência? A essência de uma coisa é o que resta, despojando-se-lhe de todo o 
contingente. É a coisa em si sem precisar de algo que a qualifique. A existência não é caracterizada 
como uma entidade estável, senão como uma relação constante consigo mesma e como o mundo; é 
uma contínua criação, um contínuo vir-a-ser. 
“Existência precede à essência” significa dizer que o homem precisa escolher a cada momento o que 
será no momento seguinte; só existindo poderá ser. Significa dizer que o indivíduo é um ser de quem 
não se pode afirmar nenhuma essência, uma vez que a essência invocaria uma

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