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Modelos Neoclassicos Keynesianos de Demanda po Moeda

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Unidade Acadêmica de Economia
Disciplina: Economia Monetária
Créditos: 04 Carga Horária: 60h
Profª.: Karla Vanessa B. S. Leite Email: kvanessaleite@gmail.com
Aula 5:
Modelos Neoclássicos Keynesianos de Demanda por Moeda
Referência Básica:
CARVALHO, F. J. C de. et al. Economia Monetária e 
Financeira. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007 (capítulo 5)
Modelos que serão discutidos
• Modelo de composição de carteiras (Tobin)
• Abordagem de estoques (Baumol-Tobim)
• Modelo de racionamento de crédito (Stiglitz)
É importante ressaltar que:
• Contribuições teóricas de Tobin (1956 e 1958) e Baumol (1952)  reformulação profunda das proposições de
Keynes
• Keynes:
 Demanda precaucional e especulativa incerteza
 Mundo dicotômicomoeda e títulos
• Tobin:
 Os agentes tomam decisões orientados cálculos probabilísticos de risco
 Carteira mista de composição de ativos monetários e não-monetários combinação de moeda e títulos
• Baumol-Tobin
 Demanda transacional também é sensível à taxa de juros  agentes podem aplicar parte dos seus recursos em
títulos
• Até anos 1970: teoria keynesiano-neoclássica estudo da demanda por moeda
• A partir dos anos 1970: oferta de crédito (oferta de moeda) Stiglitz
O modelo de composição de carteira de Tobin
Críticas a Keynes
• Discussão da relação entre moeda e taxa de juros
 Demanda transacional
 Demanda especulativa (1958)
o Keynes: demanda que depende da taxa de juros importante elemento para a formulação da PM
• Tobin aceitou a ideia fundamental de Keynes quanto à relação entre moeda e taxa de juros
 Criticou o modo pelo qual Keynes expôs este argumento
 Desenvolveu um modelo que reformulou a demanda especulativa um dos pilares da síntese neoclássica
• Keynes:
 Demanda transacional (meios de pagamento)
 Demanda especulativa (reserva de valor)
 Diferenças entre moedas e outros ativos
• Para Tobin:
 A lógica do raciocínio está correta
 Detalhamento do argumento é que é falho
 Demanda especulativa parece depender de um comportamento irracional
 Implicação empírica da teoria de Keynes parece contrariar a realidade
Crítica à hipótese de Keynes sobre expectativas
• Keynes
 Demanda especulativa por moeda é positiva quando a expectativa é de alta da taxa de juros (baixa do preços dos 
títulos)
• Relação entre taxa de juros e preço dos títulos
• Decisão do investidor sobre a compra de um título
 Taxa de juros a ser paga no período em que reterá o papel na sua carteira
 Valor de venda do papel no final do período
o Depende de qual será a taxa de juros naquela data  determina quanto outros investidores estarão dispostos a
pagar pelo papel
• Expectativas de taxas de juros são cruciais na decisão de aplicação em títulos financeiros
• Tobin
 Títulos perpétuos
o Não tem data para a redenção
o Rende juros perpetuamente
o O investidor pode vender em mercado secundário
o O emissor não tem a obrigação de redimi-lo
 Fórmula do valor presente para títulos com redenção infinita: P = 
𝐴
𝑟
𝑎𝑢𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑟 𝑟𝑒𝑑𝑢𝑧𝑒𝑚 𝑃
• Teoria da demanda especulativa
 Expectativas de aumentos da taxa de juros  retenção de moeda  comprar títulos mais baratos no momento 
posterior
 Como se formam essas expectativas? 
o Keynes: nível de taxa de juros normal
o Tobin:
 Primeiro problema da abordagem de Keynes
- Taxa de juros inalterada por um período relativamente longo
- Os agentes acreditariam que essa seria a taxa normal
- A demanda especulativa seria zerada
- No equilíbrio, não haveria demanda especulativa
 Segundo problema
- Grupo de agentes acredita que r vai aumentar  vendem títulos e retém moeda
- Grupo de agentes acredita que r vai diminuir  retém títulos
o Resultado: especialização da carteira (não diversificação)  isso não se verifica nos estudos empíricos
o Tobin (1958): reformular a teoria da demanda especulativa da moeda com bases teóricas mais sólidas e melhores 
resultados empíricos
O Modelo de Tobin
• Remuneração esperada de um título depende:
 Rendimento (A) – juros 
 Ganho de capital potencial (g) – preço 
• A taxa de retorno de mercado é dada por: PT = 
𝐴
𝑟
• g é dado pela diferença de preço entre o preço de compra e o preço de venda esperado (𝑃𝑇
𝐸):
g = 
𝑷𝑻
𝑬 −𝑷𝑻
𝑷𝑻
• A é considerado como sendo fixo
• A um 𝑷𝑻
𝑬 corresponde uma rata de juros esperada, que é dada por: r = 
𝐴
𝑃𝑇
𝐸
• Logo, g = 
𝐴
𝑟𝐸
−
𝐴
𝑟
𝐴
𝑟
• Dividindo por A e multiplicando por r, temos: g = 
𝑟
𝑟𝐸
- 1 (1)
• Assim, a taxa de retorno total é dada por: e = g + r (2) 
• Substituindo (1) em (2), temos que a taxa de retorno total é: e = r + 
𝑟
𝑟𝐸
- 1
• Títulos: remuneração e
• Ativos monetários: remuneração nula
Se e > 0: aplica em títulos
Se e < 0: aplica em moeda
• Nível crítico da taxa de juros 
 Zeraria a remuneração dos títulos
 r que torna e = 0
 r = 
𝒓𝑬
(𝟏+ 𝒓𝑬)
= rc
 r > rc : aplica toda a riqueza em títulos (demanda por moeda é nula)
 r < rc : aplica toda a riqueza em ativos monetários (perda de capital esperada > rendimento esperado)
 r = rc : o agente seria indiferente
 Essa seria, de acordo com Tobin, a abordagem de Keynes
A Abordagem da Escolha de Ativos
• Remover as limitações do modelo de Keynes
• Carteiras de ativos  não serão constituídas por um único tipo de ativo  combinação/diversificação de ativos
Características Básicas do Modelo de Composição de Carteira
• Suposto básico: o agente dispõe de 2 ativos  escolher diversas combinações misto entre segurança e 
rentabilidade
• Quanto mais títulos na carteira, maior o risco
 Risco x retorno (aversão ao risco)
 Ganhos esperados proporcionais ao montante de títulos na carteira
 Rendimento total: juros + ganho de capital
 Remuneração de uma carteira de ativos: e = r + g
• Indivíduos atribuem probabilidades aos ganhos de capital esperados
 Média das probabilidades: ganho mais provável
 Desvio padrão dos ganhos esperados medida do risco associado à acumulação de riqueza sob a forma de títulos
• Tarefa do indivíduo otimizador
 Dada a distribuição de probabilidade e a preferência entre risco e retorno (curvas de indiferença)  selecionar a 
combinação entre moeda e títulos que proporcione maiores retornos e menores riscos (posição ótima)
• Curvas de oportunidade
 Combinação entre risco e rendimento
 Oportunidades disponíveis dos agentes
 Curvas de indiferença: objetivos e preferências dos agentes
• Maximização da satisfação
 Ponto de tangência entre a curva de oportunidade e a mais alta curva de indiferença
O Modelo de Composição de carteira
• Descrever como um indivíduo faz sua escolha entre moedas e títulos
• Rendimento
• Problema proposto: quais as proporções em que o investidor dividirá sua carteira entre moeda e títulos?
 A1 e A2: proporções em que uma carteira é dividida entre moeda e títulos (A1 + A2 = 1)
 Não podem ser negativos, mas um deles pode ser nulo
 São independentes do volume de riqueza a ser investido
• Retorno total de uma carteira: R = A1 x 0 + A2 x (r + g) = (r + g)
• g é uma variável aleatória com valor esperado nulo e variância conhecida
• Risco do portfólio é gerado pela parcela mantida em títulos medido pelo desvio padrão da produção de g
Moeda: nulo
Títulos: juros e ganho de capital
• Relação entre risco e retorno
 Curva de oportunidades
• Ponto de equilíbrio entre risco e remuneração esperada  confrontar a curva de oportunidade com a função de
utilidade o indivíduo (curvas de indiferença) formato depende da natureza das preferências do investidor
Tipos de Preferências Individuais
• 3 tipos de preferência Diversificador (avesso ao risco)
 Jogador
 Amante dos riscos
• Diversificador
 A medida que o risco aumenta exige acréscimos crescentes de remuneração
 Avesso ao risco
• Jogador
 Tudo ou nada
 Preferencias mais inclinadas do que a reta orçamentária: moeda
 Preferencias menos inclinadas do que a reta orçamentária: títulos
• Amante do risco
 Comportamento que busca a maximização do risco
 Aceita uma menor remuneração esperada  ganhos elevados de capital no futuro
 Incorre em riscos maiores
• Tobin
 Curvas de indiferença dos diversificadores como base para seu modelo de demanda por moeda
 Deduzir uma função de demanda por moeda: analisar o que ocorre quando varia a taxa de juros
 Quanto maior a taxa de juros, maior a inclinação da curva de oportunidade
o Maior remuneração: tangencia curvas de indiferença cada vez mais altas
o União dos pontos de tangência: curva de carteira ótima
o Aumenta a taxa de juros  aumenta a proporção dos recursos aplicados em títulos  reduz a demanda por moeda
 Função de demanda especulativa: LS = m (y0)
 Expansão da taxa de juros
o Liberação de maiores parcelas de ativos monetários para aplicação em títulos
o Maiores riscos e maiores retornos
o Função de demanda por moeda para especulação é inversamente proporcional à taxa de juros
Concluindo...
• O modelo de carteira de ativos de Tobin permite a construção de uma teoria de demanda por moeda para
especulação  analisa a repartição do montante de riqueza líquida (W = B + M) entre títulos e moeda  função da
taxa de juros e das expectativas com relação à remuneração e ao risco associado aos ganhos de capital
A Abordagem de Estoques de Baumol-Tobin para a Demanda Transacional
• Demanda transacional em Keynes: proporcional à renda
• Baumol e Tobin: não é função apenas da renda, mas também da taxa de juros
Pressuposto Básico
• Indivíduo maximizador de uma função utilidade
• Deseja aplicar parte de sua riqueza em títulos que rendem juros e deixar apenas uma parte em moeda para fazer 
frente às transações
• No limite: o indivíduo aloca toda sua riqueza em títulos e ir vendendo para fazer pagamentos
 Por que não o fazem? Dificuldades e perdas na venda de títulos!
 Os agentes preferem reter alguma soma em dinheiro
• A retenção de moeda para fins transacionais, dependerá:
 Comparação entre as receitas das aplicações da riqueza líquida em títulos com os custos que resulta, dessa
aplicação
o Custos administrativos
o Custos de corretagem
o Perdas de oportunidade
• Ponto que maximiza a carteira dos agentes Rmg = Cmg (aplicações em títulos)
 Nível de retenção de títulos que maximiza a diferença entre ganhos de juros e custos de carteira
• Agentes racionais buscarão minimizar os custos de oportunidade da manutenção de saldos ociosos
• Aumentos na taxa de juros  redução nos saldos monetários retidos para a transação (aumenta a aplicação
em títulos)
 Demanda transacional apresentaria alguma sensibilidade em relação à taxa de juros
• Como determinar o nível ótimo de transações título moeda para atender o motivo transação?
 Duas situações:
 Não permitem aferir o número ótimo de transações que maximiza a satisfação de um indivíduo
• Exemplo numérico: principais conclusões
 Dependendo d taxa de juros, os indivíduos irão realizar mais ou menos transações
 Aumenta a taxa de juros  aumenta o número de transações  reter mais títulos
 Existe um custo para se realizar as transações (venda de títulos)
 A Rmg resultante do aumento do número de transações cresce a taxas decrescentes
• Número de transações que maximizam o ganho dos indivíduos: Rmg = Cmg
• O que ocorre com o aumento do número de transações?
 Aumenta o montante detido sob a forma de títulos
 Reduz os saldos retidos em moeda
• Aumentos na taxa de juros?
 Desloca a receita total e a receita marginal
 Aumenta o número ótimo de transações 
 Maior subdivisão do lote de riqueza inicial, desde que o Cmg se mantenha o mesmo
• Variações na taxa de juros provocam deslocamentos ao longo da curva de demanda transacional
• Variações na renda provocam deslocamento da curva de demanda transacional
Concluindo...
• Principal conclusão da abordagem Baumol-Tobim
 Aumentos na taxa de juros resultam em aumento do número de transações  aumenta o montante aplicado em
títulos
 Demanda transacional reage a variações na taxa de juros  movimento inverso na demanda por moeda para
transação
 Demanda transacional por moeda
Diretamente relacionada ao montante de renda
Inversamente relacionada à taxa de juros
Para concluir efetivamente: O Modelo de Racionamento de Crédito
• Ponto de partida: analisar porque o mercado de crédito não funciona como um mercado competitivo de bens e
serviços
• Por que os desajustes não são “resolvidos” através do movimento de preços da economia?
• Por que a taxa de juros cobrada nas operações de crédito não se comporta como o preço de uma mercadoria
qualquer?
 Existência de assimetria de informações nos mercados financeiros
 Pode afetar
 Bancos podem não atender à totalidade da demanda por crédito
 O racionamento é uma condição no mercado de empréstimos em que: oferta de fundos do emprestador <
demanda do tomador
O comportamento de cada tomador individual (risco moral)
O comportamento do conjunto de tomadores de crédito (seleção adversa)
Próxima aula:
A Demanda por Moeda no Modelo Monetarista: A Nova TQM
Referência Básica:
CARVALHO, F. J. C de. et al. Economia Monetária e Financeira. 2. ed. Rio 
de Janeiro: Elsevier, 2007 (capítulo 6)

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