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(BRUNO RICARDO F TORRES) CONTABILIDADE GERENCIAL NAS MICRO EMPRESAS Relevância para a sociedade

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CONTABILIDADE GERENCIAL NAS MICRO EMPRESAS: Relevância para a sociedade.
Bruno Ricardo Ferreira Torres[1: Aluno do Curso de Ciências Contábeis da Universidade CEUMA. Email: bruno.23t@hotmail.com]
José Francisco Belfort Brito[2: Professor Mestre, Pesquisador da Universidade CEUMA, Avaliador de Periódicos CAPES e Consultor Contábil de Administração Pública, Privada e do Terceiro Setor.]
Resumo
A pesquisa teve como principal objetivo apresentar a importância da contabilidade gerencial para o sucesso no desempenho das micro e pequenas empresas e sua relevância para a sociedade. Tratou-se de uma revisão bibliográfica da literatura. A pesquisa foi realizada por meio da análise de artigos científicos em bases de dados online que tratavam a respeito do tema contabilidade gerencial nas micro empresas e sobre sua relevância para a sociedade. Os estudos apontaram que a contabilidade gerencial permite que as empresas tenham as condições necessárias para se manterem no mercado, além de orientar os empresários nos processos de tomada de decisão, manter empregos e gerar renda e também contribui no desenvolvimento social e econômico. A contabilidade gerencial tem papel importantíssimo para a sobrevivência das micro empresas no mercado, pois permite que seus gestores tenham conhecimento de suas funções e possam tomar as decisões corretas quanto ao desenvolvimento da empresa, e seu papel social está ligado a geração de emprego e renda e desenvolvimento social e econômico.
Palavras - Chave: Contabilidade Gerencial; Micro Empresas; Sociedade. 
		
Abstract
The main objective of the research was to present the importance of managerial accounting for the success in the performance of micro and small companies and their relevance to society. It was a bibliographical review of the literature. The research was carried out through the analysis of scientific articles in online databases that dealt with the subject of managerial accounting in micro enterprises and their relevance to society. The studies pointed out that the managerial accounting allows companies to have the necessary conditions to stay in the market, besides guiding the entrepreneurs in the processes of decision making, maintaining jobs and generate income and also contributes to social and economic development. Managerial accounting plays a very important role in the survival of micro enterprises in the market because it allows their managers to be aware of their functions and to make the right decisions regarding the development of the company, and their social role is linked to the generation of employment and income and social and economic development.
Keywords: Management accounting; Micro Companies; Society.
		
INTRODUÇÃO
Diante das frequentes transformações do setor mercantil, econômico e financeiro, gerou-se o crescimento da concorrência entre as empresas, entre os mais diversos setores. Desse modo, surgiu inevitavelmente a necessidade das empresas se aperfeiçoarem cada vez mais em seus processos para que assim tornem-se mais competitivas e estejam prontas a disputar de modo igual no mercado. E como meio para atender tais necessidades, o empresariado tem um instrumento que possibilita isso no processo administrativo, a Contabilidade Gerencial, que é uma vertente da contabilidade tradicional.
Esta competitividade fez com que os empresários queiram ter mais qualidade e um melhor desempenho em seus processos, com maior aproveitamento de seus recursos para que deste modo, desenvolva produtos melhores. A contabilidade deve ser utilizada como uma ferramenta fundamental para gestão e tomada de decisão e não meramente como solução de necessidades fiscais, as respostas a estas necessidades levarão as empresas a ter melhores desempenhos, busca-se assim respostas com qualidade no tempo correto. 
A contabilidade gerencial é utilizada como uma ferramenta fundamental, pois gera informações para ajudar na tomada de decisões. É neste processo de tomada de decisão que os gestores encontram mais dificuldades. Estes têm a responsabilidade de gerenciar subordinados e os processos de produção. E estas informações, das quais precisam para realizar todos esses processos, são fornecidas pela contabilidade.
A Contabilidade Gerencial utiliza-se de outras áreas de conhecimento não ligada à contabilidade. Utiliza conceitos da administração da produção, da estrutura organizacional, assim como da administração financeira, área mais extensa onde toda contabilidade empresarial se encontra. A contabilidade é o instrumento que ajuda a administração a tomar decisões. 
A sociedade passa por uma crise global. Momento esse que se põe em risco o desenvolvimento e a sustentabilidade de algumas empresas que estão mais focadas com sua sobrevivência financeira. A contabilidade gerencial é fundamental para o desenvolvimento e sustentabilidade econômica destas empresas, pois gera benefícios e proporciona uma maior visibilidade diante das partes interessadas, isto porque quando mais visíveis as suas contas e resultados, tem-se a possibilidade de maior captação de recursos.
Os princicipais autores utilizados na pesquisa foram: Atkinson (2008/2011); Corbett Neto (1997); Laurentino(2008); Jiambalvo (2002); Padoveze(2012); Ludícibus(2000/2010); Neves(1998); Amorim(2014). Considerando-se a relevância do tema abordado por este trabalho, o presente artigo tem como problema de pesquisa: Qual a relevância da contabilidade gerencial para a sociedade? Tal questionamento há de requerer tanto uma revisão bibliográfica quanto a utilização de mecanismos de observação ou coleta de informações capazes de permitirem que a temática investigada atinja o objetivo geral da pesquisa que é: apresentar a relevância da contabilidade gerencial para a sociedade e para o sucesso no desempenho das micro e pequenas empresas.
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Para que o presente artigo atinja seus propósitos, é necessário que se faça uma contextualização acerca das teorias e artigos existentes, cujo proposito será o de dar consistência técnica-cientifica a este trabalho. Nesse sentido, é requerida uma abordagem aos seguintes temas: Contabilidade Gerencial; Micro Empresas; Contabilidade Gerencial nas Micro Empresas e sua relevância para a sociedade que entende-se ser o caminho para a analise do problema suscitado neste artigo.
2.1 Contabilidade Gerencial
A Contabilidade Gerencial surgiu em decorrência da necessidade dos usuários internos de terem em mãos informações que pudessem auxiliá-los no controle e na tomada de decisões. A área de custos é um dos ramos da contabilidade que ganhou grande relevância dentro da Contabilidade Gerencial por disponibilizar aos gestores um leque de opções importante, tanto em relação ao controle com na área decisorial (GARCIA, p.10, 2016).
Segundo Carraro et al (p.12, 2018) a Contabilidade Gerencial é o ramo da Contabilidade que tem por objetivos: Auxiliar a gestão com importantes informações, ajudando-a no processo de tomada de decisão, alocação de recursos, revisão do posicionamento estratégico, cálculos de custos e verificação da satisfação dos clientes; Fornecer, para os mais diversos usuários, internos e externos, informações para a tomada de decisão, devendo ser útil aos propósitos que cada usuário busca atingir.
A realidade contemporânea revela que o número de empresas fracassadas devido à falta do saber gerencial é muito grande, pois parece simples controlar uma empresa, mas a realidade é bem diferente. A falta de gestão empresarial pode levar a entidade à falência. O vetor de conhecimento gerencial é capaz de aprimorar a eficiência da gestão das micro e pequenas empresas, que são as que mais sofrem devido à falta de gestão, já que normalmente são administradas pelo próprio proprietário, o qual normalmente tem o conhecimento operacional, mas o falta o gerencial. Nesse sentido o conhecimento gerencial é um diferencial competitivo de destaque para o alongamento da vida de qualquer organização (FERRONATO, 2011). 
Para Iudícibus(1980, Apud Nakagawa, 1993 p. 74), contabilidade é objetivamente, um sistema de informação e avaliação destinado a prover seus usuários com demonstrações e análises de natureza econômica, financeira, física e de produtividade, com relação a entidade de objeto de contabilização. O objetivo principal da contabilidade, portanto, é permitir a cada grupo principal de usuário a avaliação da situação econômica e financeira da entidade, num sentido estático bem como fazer inferências sobre suas tendências futuras. Em ambas as avaliações, todavia as demonstrações contábeis constituirão elementos necessários, mas não suficientes.
A contabilidade gerencial se caracteriza por ser uma área contábil autônoma, pelo tratamento dado à informação contábil, que enfoca planejamento, controle e tomada de decisão, dentro de um sistema de informação contábil. A contabilidade gerencial é relacionada com o fornecimento de informações para os administradores, isto é, aqueles que estão dentro da organização e que são responsáveis pela direção e controle de suas operações, a contabilidade gerencial pode ser constatada como contabilidade financeira, que é relacionada com o fornecimento de informações para os acionistas, credores e outros que estão de fora da organização (MENEZES, 2010, p. 12).
Segundo Ricardino (2005, p. 19) existem três teorias para o surgimento da contabilidade gerencial, a primeira delas é: que a contabilidade gerencial surgiu quando a contabilidade começou fornecer, para fins gerenciais, informações estatísticas para propósito de planejamento, decisão e controle. A segunda ele se baseia na obra de Johnson e Kaplan (1987) que acreditam que o surgimento da contabilidade gerencial foi na revolução industrial quando as organizações comerciais, em vez de depender dos mercados externos para trocas econômicas diretas, passaram a conduzir trocas econômicas internas. E a terceira aponta o surgimento da contabilidade gerencial na Inglaterra no século XII, onde eram utilizadas informações com fins gerenciais, na administração das propriedades agrícolas.
Para Marion (2011) a contabilidade gerencial é um grande instrumento que auxilia a administração a tomar decisões, onde coleta todos os dados econômicos, mensurados monetariamente, registrando e sumarizando formas de relatórios ou de comunicados, que contribuem para a tomada de decisões. Ela é voltada para fins internos, procurando suprir os gerentes de um elenco maior de informações, exclusivamente para a tomada de decisões.
Segundo Padoveze (p.12, 2012) a contabilidade gerencial parte das informações existentes na contabilidade financeira e faz os complementos necessários para o uso dos gestores. Não tem modelos específicos de relatórios. As informações contábeis gerenciais devem ser apresentadas em relatórios desenvolvidos para cada tomada de decisão e adaptados para o perfil do usuário do relatório.
Conforme Jardim et al (p. 3, 2015), a tomada de decisão ocorre em reação a um problema. Um problema existe quando se verifica uma discrepância entre o estado atual das coisas e o estado desejável, o que exige uma avaliação dos cursos de ação alternativos para atingir esse estado desejável. Explicam ainda que a tomada de decisão é uma parte importante no comportamento organizacional. Mas a forma como as pessoas tomam decisões e a qualidade de suas escolhas dependem muito de suas percepções. Ocorre que a maioria dos problemas não se apresenta de forma tão clara, exigindo uma apurada percepção para identificar a causa real da origem da não conformidade.
Contabilidade gerencial é a área da contabilidade que procura estabelecer o futuro no desenvolvimento de uma empresa e determiná-la. Trabalha alinhada ao planejamento estratégico e é extremamente importante para qualquer tipo de empresa. É através dela que se tem controle de todas as atividades financeiras, como empréstimos, contratações, investimentos, desinvestimentos, financiamentos etc. Uma empresa, que não possui o controle sobre tais atividades, pode sofrer consequências financeiras e também tributárias (AMORIM, 2014, p.11).
Atkinson et al (2011, p.17) observa que a informação contábil gerencial também consiste em avaliar o desempenho dos operadores/trabalhadores, gerentes, executivos, e ,assim, estes recebem o feedback de seu desempenho, e dão uma oportunidade para verificar onde está o erro e habilita-se a aprender pela experiência passada para melhorar no futuro. Assim, as entidades serão bem-sucedidas, e mostra ao mercado como processos operacionais eficientes fazem uma diferença positiva dentro de uma organização, que cria valores pela informação a tempo.
O processo de contabilidade gerencial deve ser obtido através do processamento da coleta de dados e informações que serão armazenadas e processadas no sistema de informações da empresa. Com a integração das informações obtidas nos vários departamentos, a contabilidade gerencial proporciona aos seus administradores informações que permitem avaliar o desempenho de atividades, de projetos e de produtos da empresa, bem como a sua situação econômico-financeira através da apresentação de informações claras e objetivas de acordo com a necessidade de cada usuário (CREPALDI, 2011, p. 2).
A meta da contabilidade gerencial é fornecer as informações de que eles precisam para o planejamento, o controle e a tomada de decisão. Se o seu objetivo é ser um gerente eficaz, é imprescindível um entendimento profundo de contabilidade gerencial. Este autor ressalta que o planejamento é uma atividade fundamental para todas as empresas. Um plano comunica as metas da empresa aos empregados e especifica os recursos necessários para atingi-las (JIAMBALVO, 2002, p. 2).
Conforme Iudícibus (1998, p. 23), um contador gerencial dever ser: Elemento com formação bastante ampla, inclusive com conhecimento, pelo menos dos objetivos ou resultados que podem ser alcançados com métodos quantitativos. Deve estar cônscio de certos conceitos de microeconomia e, acima de tudo, deve observar como os administradores reagem à forma e o conteúdo dos relatórios contábeis. Cada administrador tem características próprias, mas uma grande maioria não apreciaria, por exemplo, um exemplar de um balancete do razão com trinta paginas, para a tomada de decisões. Também não visualiza bem um demonstrativo operacional apresentado na forma de debito-credito.
Conforme Sá (1971), a Contabilidade Gerencial, através de um sistema de informações, métodos e conhecimento da organização e da utilização do planejamento, fornecerá informações para atender à necessidade de seus usuários, com relatórios que demonstram os resultados por atividades, comparando-se o planejado com o realizado, para análise da gestão organizacional.
A Contabilidade Gerencial também deve utilizar-se de técnicas desenvolvidas por outras disciplinas, como financeira e custos, voltada para fins internos, em que deve procurar suprir as necessidades dos gerentes sobre as principais informações, e ter como objetivo o enfoque em todos os temas do processo de tomada de decisão. Ela só existirá se houver uma atividade que faça com que ela passe a existir. Uma organização contém o sistema gerencial se dentro dela tiver pessoas que consigam demonstrar os Conceitos Contábeis em atuação pratica (SANTOS, 2014, p.15).
Ainda que a função da contabilidade gerencial seja produzir e/ou gerenciar informações úteis que auxiliarão os gestores na gestão de sua empresa, não é utilizada pela maioria dos pequenos empresários que tomam suas decisões baseados apenas na experiência e no feeling que não são mais fatores decisivos no quadro atual. Varias empresas, principalmente pequenas, tem falido ou enfrentam sérios problemas de sobrevivência, pois a maioria dos contadores tem se dedicado unicamente a tender as exigências fiscais e as rotinas trabalhistas e esquecem-se da principal finalidade da contabilidade gerencial (KASSAI, p.13, 1997).
2. 2 Micro Empresas
As pequenas empresas surgiram com a atividade produtiva colonial. De fato, é impossível separara história do Brasil da história da pequena empresa. Evidências, documentos e relatos apontam para o litoral do estado de São Paulo as origens da agricultura e da indústria brasileira, mais precisamente nas cidades de São Vicente e Santos. Suas origens étnicas prováveis viriam dos primeiros colonizadores (portugueses, belgas e holandeses) e dos índios brasileiros convertidos em pequenos fornecedores de alimentos. Os primeiros pequenos empresários brasileiros atuavam na agricultura, transporte, manufatura, serviços e comércio. Os pequenos produtores não ficaram vivendo à margem e dependentes da grande empresa açucareira. Muito menos se dedicavam apenas às atividades secundárias e de suporte à grande empresa colonial (MACHADO, OLIVEIRA e SOUZA, 2007).
No capitalismo contemporâneo, as condições de sociabilidade sofreram transformações profundas como resultado da reconfiguração do padrão da riqueza no espaço global. Nesse contexto, a articulação entre investimento e trabalho estimulou processos de expansão dos negócios de pequeno porte. Os pequenos negócios apresentam características específicas que restringem o nível e a continuidade de suas atividades, tais como insuficiência de capital e de capacitação técnico-administrativa (Cacciamali, 1997, p. 85).
Para a efetiva caracterização das MPEs no Brasil, algumas considerações em relação ao seu posicionamento diferenciado na economia são necessárias. Elas não são grandes organizações miniaturizadas, e não são organizadas e geridas de forma departamentalizada ou segmentada. Normalmente atuam em um mercado de bens, produtos e serviços com características de demanda elástica e com grandes flutuações no tempo; apresentam baixa dificuldade de barreiras para entrar no mercado e devido principalmente a concorrência, possuem grandes dificuldades de sobrevivência, sendo que a esmagadora maioria desaparece em menos de dois anos (ROCHA, p. 28, 2008).
Apesar de sua importância no ciclo econômico brasileiro, a maior parte das microempresas não possuem uma longa expectativa de vida, pois uma em cada quatro empresas não conseguem chegar ao primeiro ano de vida. Isso ocorre devido à alta taxa de mortalidade que tem origem a partir dos desafios e dificuldades que estas empresas encontram no mercado como, por exemplo, alguns fatores econômicos e a falta de experiência para o planejamento e para fazer uma boa gestão financeira, que são fatores importantes para a sobrevivência em um ambiente cada dia mais competitivo (SILVA, 2004).
Segundo Merrill (1959), ao lado dos inúmeros problemas que as firmas menores enfrentam, observa alguns pontos em que elas se apresentam em superioridade sobre as organizações maiores, que em regra são de natureza operacional. Entende que o desenvolvimento de novos produtos nas pequenas empresas é mais realístico através das atividades diárias tio que experiências em tubos de ensaio. Também é menos arriscado, pois pode ser feito em escala limitada e a custo mínimo. Considera também a micro empresa mais flexível e versátil e, se estiver alerta com referência às reações do mercado e às ações dos concorrentes, tem mais agilidade de ação, podendo decidir mais rapidamente quanto aos preços, prazos de entrega, alterações na produção, atendimento de reclamações etc.
Segundo Neto e Teixeira (2011), apesar do importante papel representado pelas microempresas e empresas de pequeno porte, estas não possuem critério único universalmente aceito para defini-las. Vários indicativos podem ser utilizados para a classificação das microempresas e empresa de pequeno porte na economia do Brasil, que é definido de duas maneiras por diferentes órgãos: o primeiro é pelo valor da receita bruta anual, e o segundo é pelo número de pessoas ocupadas.
As Micro e Pequenas empresas vêm adquirindo, ao longo dos últimos anos, uma importância crescente no país, sendo inquestionável o seu relevante papel socioeconômico desempenhado. Tal importância no âmbito nacional dimensiona essa afirmativa, ao constatar que as MPE geraram, em 2011, 27% do Valor Adicionado do conjunto de atividades pesquisadas (PIB), tendo sido observado uma elevação desse percentual quando comparado aos anos anteriores, quando representava 21% em 1985 e 23,2% em 2001. Essa importância também pode ser referida em termos de emprego e de remunerações (SEBRAE, 2015).
Segundo o SEBRAE (2013), 99% das empresas brasileiras são micro e pequenas empresas, assim estas também são responsáveis por grande parcela dos empregos gerados. Além disso, as micro e pequenas empresas deixam para o Brasil inúmeros benefícios, como: aumento do PIB (Produto Interno Bruto) nacional, diversidade de produtos vendidos ou serviços prestados, arrecadação de impostos, entre outros.
As micro e pequenas empresas desempenham papel relevante para a economia brasileira. São agentes econômicos muito flexíveis, que proporcionam dinamismo ao mercado e representam significativas vantagens socioeconômicas para o país. Atuantes em todos os setores de atividade, estas empresas representam um “fôlego” extra para a economia nacional. Significam o sustento de muitas famílias brasileiras, são grande porta de entrada dos jovens no mercado de trabalho e também a alternativa de renda para muitos que já passaram dos 40 anos de idade (RIBEIRO, p. 6, 2015).
Cerpaldi (2011, p. 11), destaca que as empresas de pequeno porte normalmente são administradas pelos próprios sócios, que tem formação técnica ligada ao seu negocio, mas não possui formação administrativa de gestão, como administração, finanças, economia, marketing etc. E que essa falta de conhecimento tem levado um grande numero de falências, recuperações judiciais e encerramento das pequenas empresas nos seus primeiros anos de vida. 
Sobre isso, SOUZA; SILVA; SOUZA, (2013, p.64) mostram ainda que, normalmente, as micro e pequenas empresas são familiares, pois os funcionários são todos membros de uma mesma família e, nos primeiros anos após sua abertura, mostram-se inseguras com relação a diversos aspectos do comportamento do mercado. O mau planejamento e a falta de competência do empresário são as principais causas apontadas como responsáveis pela falência de muitas micro e pequenas empresas, pois a maioria dos empresários não é capacitada para efetuar a gestão do negócio.
Segundo Laurentino (2008, p.50), para que as Micro e Pequenas Empresas sobrevivam em um ambiente competitivo e um cenário de incertezas, é importante destacar que seus gestores estejam bem assessorados e recebam informações que prevejam os problemas, que subsidiem decisões racionais, ao invés de apenas demonstrações estáticas que revelam dados passados. Cada vez mais, tem se intensificado a utilização da informação e do conhecimento nas organizações, levando-as a adotar formas alternativas de gestão, centradas na informação e no conhecimento, que as habilitem para lidar com as contínuas mudanças tecnológicas e mercadológicas. A informação assume um papel decisivo para a sobrevivência e o desenvolvimento das organizações, e as MPEs bem informadas passaram a ser sinônimo de organizações bem sucedidas, com menos incertezas e os riscos, e contribui para que a organização alcance seus objetivos. 
Para o desenvolvimento econômico-social do País, o comprometimento de parcela importante da renda das famílias com gastos em bens e a contratação de serviços junto às MPE é sinal de que os programas de governo, as leis e as políticas públicas em favor dessas empresas prosseguem avançando no caminho da expansão dos pequenos negócios, de forma que os menores empreendimentos estão conseguindo se disseminar e ficando cada vez mais próximo do público final, cumprindo com a sua função econômica (JÚNIOR, p. 10, 2017).
A discussão sobre a importância das microempresas é longa e aponta o seu incentivo como solução para o desenvolvimento do País, diminuição da pobreza, da marginalidade, das desigualdades sociais e da concentração de renda (Queiroz, 2002). Sua importância para tal desenvolvimento é comentada por Barros (1978, p. 60), ao dizer que apequena e média empresa contribuem significativamente, “quer seja do ponto de vista econômico, quer seja do ponto de vista social e inclusive político”.
As pequenas e micro empresas são uma das principais bases de sustentação da economia brasileira, quer pela sua enorme capacidade geradora de empregos, quer pelo representativo número de estabelecimentos desconcentrados geograficamente. Oferecem atuação complementar aos empreendimentos de grande porte; atuação estratégica no comércio exterior, possibilitando a diversificação na pauta de exportações e tornam a economia menos suscetível às variações que ocorrem na conjuntura comercial mundial. Possuem, ainda, a capacidade de gerar uma classe empresarial legitimamente nacional, aumentando a participação da economia privada na economia do país (DAHER, p.4, 2012).
2.3 Contabilidade Gerencial nas micro e pequenas empresas e sua relevância para a sociedade
Gerenciar um investimento de pequeno, médio ou até mesmo de grande porte requer competência na tomada de decisões, metas claras e definidas, seriedade, bom conhecimento de mercado, no entanto, de nada adiantam todos esses fatores, se o gestor não puder dispor de balanços financeiros e informes contábeis frequentes que possam lhe permitir conhecer o capital de que dispõe em números precisos, bem como uma boa equipe de trabalho (BOTELHO, 1993, p.50).
De acordo com Atkinson (2008), a informação contábil gerencial é usada em atividades de tomadas de decisão, aprendizagem, planejamento e controle. As informações que os sistemas de contabilidade gerencial produzem apóiam as necessidades operacionais e estratégias da empresa. As medições da condição econômica da empresa  ‐ como o custo e a rentabilidade dos produtos, serviços e clientes da organização ‐ apenas estão disponíveis a partir dos sistemas de contabilidade gerencial.
Contabilidade gerencial é uma das áreas da organização com as funções específicas de gestão, decisão, mensuração e Informação. Seu objetivo é coordenar a otimização do desempenho econômico visando ao crescimento da riqueza da empresam, onde sua responsabilidade é a disponibilidade de sistemas de informações econômicas como suporte de gestão da empresa e o atendimento ás normas e legislações vigentes e tem a autoridade de determinar os conceitos de mensuração econômica da empresa (CORONADO, 2006).
A contabilidade gerencial fornece as informações necessárias para que os gestores analisem a situação das empresas e possam tomar as decisões necessárias para a gestão da organização. Por meio das informações contábeis, é possível traçar planos e objetivos para otimizar a gestão, o desempenho e a competitividade das empresas no mercado em que atuam (OLIVEIRA, p.20, 2016).
A Contabilidade Gerencial utiliza-se de diversos campos do conhecimento, como a própria contabilidade geral, de custos, como também a administração, planejamento estratégico, estrutura organizacional, microeconomia, entre outros. O campo gerencial está passando por grandes inovações e oportunidades de crescimento, devido aos avanços tecnológicos e à necessidade de um profissional apto a competir diante da globalização. O desenvolvimento da função gerencial depende fundamentalmente do desempenho do contador em interagir-se com os diversos níveis da empresa, para estabelecer metas e objetivos a serem alcançados, podendo assim haver um crescimento e um aumento na lucratividade da empresa (SÁ, 1999).
Para Kaplan (2003; p. 210), do ponto de vista gerencial, diz que, a contabilidade deveria ser a fonte das perguntas que a administração tem de responder no sentido lato de levantar as perguntas que a administração esteja por si só suficientemente curiosa para querer ver respondidas. Diz ainda que a contabilidade voltada à administração não é a administração propriamente dita, não podendo ser confundida com ela. Porém, pode-se fazer da contabilidade um instrumento de auxílio aos propósitos gerenciais, propiciando uma melhor execução das tarefas administrativas.
Laurentino (2008, p. 47) retrata que “A adaptação das micro e pequenas empresas, para os novos paradigmas do mercado, exige capacidade de inovação, flexibilidade, rapidez, qualidade, produtividade, dentre outros requisitos.” Então, entende-se que a parte estratégica de uma empresa se torna cada dia relevante, papel este que a contabilidade gerencial efetua com plena confiabilidade de informação, e mostra ao gestor maior astucia para enfrentar os desafios do mercado.
Mas, mesmo com todos os esforços, a maior parte dos empresários da pequena e média empresa ainda faz pouco uso da contabilidade para gerenciar os negócios. Essa postura pode até ser uma opção, entretanto é importante que essas empresas tenham consciência de que é necessário manter a escrituração contábil em dia, pois podem vir a precisar dela em várias ocasiões. Na prática, esses empresários ainda não encontram ou percebem muitos motivos para manterem um departamento ou contratarem um serviço terceirizado de contabilidade com o objetivo de obter informações que auxiliam na tomada de decisão (MIRANDA, 2013, p.12).
Sobre a sua relevância para a sociedade, Neto (2009, p.1) afirma que, das informações produzidas pela Contabilidade, vale-se o governo para cobrança de tributos. Com maior ênfase, dessas informações valem-se os empresários, para a orientação de seus processos de tomada de decisões, objetivando a saúde e prosperidade de seus negócios. Negócios saudáveis e prósperos permitem a manutenção de empregos e a geração de renda. A Contabilidade exerce importantíssimo papel na manutenção de uma sociedade que ofereça oportunidades a todos aqueles que desejam progredir.
Segundo Martins (p. 95, 2009), a contabilidade gerencial pode ser considerada como uma fonte de alimentação de informações valiosas para a entidade, pois a contabilidade é e deve ser alimentada com os dados gerados por todos os centros de lucro que compreendem a unidade empresarial, pode-se assim dizer que é na contabilidade que os fatores ocorridos na entidade se transformam em lançamentos contábeis, que consequentemente vão gerar dados que poderão ser transformados em informações gerenciais capazes de dar suporte na tomada de decisão nas mais variadas áreas administrativas.
Sá (2004, p.10) corrobora que, com esta visão o profissional deve ser considerado um dos profissionais de maior relevância na sociedade, cujo trabalho quando realizado com ética, responsabilidade profissional e obediência à lei, tem forte influência positiva no seio da sociedade, garantindo e respaldando as decisões que interferem frontalmente na vida das pessoas. A sua importância vem sendo percebida gradualmente, diante da incumbência do contador de intermediador entre o contribuinte e o Fisco e a percepção, pela sociedade, do papel estratégico da contabilidade para a gestão e sucesso dos negócios.
Deve ser considerado um dever de todo contabilista demonstrar à sociedade sua responsabilidade social, utilizando seus conhecimentos e competências como forma de contribuir para o aumento da taxa de sucesso das empresas, gerando assim o desenvolvimento social e econômico de nosso país e, consequentemente, o desenvolvimento da própria profissão contábil. Com a ascensão da sociedade do conhecimento e a consequente redução da importância relativa dos processos industriais, o contabilista torna-se uma figura chave nos processos de gestão da formação empresarial por intermédio das ferramentas oferecidas pela contabilidade, em especial pela especialização da área gerencial. Neste novo contexto mundial, sendo que a informação é o maior valor, a sua correta e eficiente utilização pode gerar amplos benefícios sociais (REIS, 2013, p17).
O gestor de micro e pequeno negócio deverá conhecer seus custos para operacionalização, deverá diferenciar o que são investimentos de gastos, despesas, custos fixos, custos variáveis, saber seu ponto de equilíbrio, que nada mais é que reconhecer qual seu custo fixo, isso deverá ser usado para manutenção do capital investido e do que sepensar em investir. As empresas reconhecendo suas alternativas e os seus custos podem muito bem ao atingir seu lucro desejado, baixar preços e promoveram grandes descontos, dessa forma gerando mais vendas mesmo que esteja vendendo um produto sem ganho de lucro, pois já houve o lucro desejado no mês corrente, podemos estar citando isso como custo de oportunidade, a empresa deixa de ganhar o lucro dos produtos na promoção, mais estão sendo gerados resultados positivos com a comercialização (AGEU, p. 6, 2018).
A contabilidade nas pequenas empresas gera informações restritas as áreas legal, fiscal e burocrática e que, os empresários não utilizam as informações da contabilidade para fins administrativos. Logo, a contabilidade não desempenha um papel crítico nessas empresas. Os dados contábeis devem ser ajustados à realidade do negócio, auxiliando no acompanhamento das atividades realizadas, além de comparar o desempenho da empresa como um todo e seus departamentos, com o objetivo de produzir informações para a tomada de decisão dos gestores internos da organização, sendo essa uma das principais características da contabilidade gerencial (VALERIANO, p. 3, 2012).
METODOLOGIA DA PESQUISA
Em se tratando de metodologia, Martins (2005, p.80), afirma que, corresponde ao estabelecimento das atividades práticas necessárias para a aquisição de dados com os quais se desenvolverão os raciocínios que resultarão em cada parte do trabalho final. Cada procedimento é planejado em função de cada um dos objetivos específicos estabelecidos, ou seja, pensa-se a coleta de dados para cada problema expresso na forma de objetivo específico, os quais concorrerão para a consecução do objetivo geral.
Deste modo, a metodologia relaciona-se com o objetivo da pesquisa, é a maneira com a qual será guiada a pesquisa, a forma de obtenção de dados e informações, de modo que, que a metodologia é a parte principal de uma pesquisa, a forma com qual será trabalhado todos e quaisquer dados importantes à pesquisa.
No que se refere ao estudo bibliográfico, Cervo, Bervian e Silva (p. 13, 2007), relatam que praticamente todo o conhecimento humano pode ser disponível em livros ou em outros impressos. Quanto à natureza, esses documentos bibliográficos podem ser: primários – quando coletados em primeira mão, como pesquisa de campo, testemunho oral, depoimentos, entrevistas, questionários, laboratórios; secundários – quando são colhidos em relatórios, livros, revistas, jornais e outros impressos, magnéticos ou eletrônicos. 
Tratou-se de uma revisão bibliográfica de caráter descritivo, realizada através da análise de artigos científicos já publicados em bases de dados online e livros que tratavam sobre o tema. Foram coletados dados que dizem respeito a importância da contabilidade gerencial para o sucesso no desempenho das micro e pequenas empresas e sua relevância para a sociedade. A análise desses artigos já publicados viabilizou conhecer as contribuições científicas sobre o assunto abordado na presente pesquisa.
4 ANÁLISE DA PESQUISA 
Análise das informações obtidas por meio dos artigos e livros utilizados durante a pesquisa, artigos estes que tratavam do tema a importância da contabilidade geral para o sucesso no desempenho das micro e pequenas empresas e sua relevância para a sociedade. As informações obtidas foram devidamente selecionadas através de análises dos dados, sendo apresentados através de um check-list, onde foram identificadas as principais contribuições da contabilidade gerencial para as micro e pequenas empresas, e sua relevância para a sociedade.
Principais contribuições para a sociedade 
A sobrevivência de uma empresa nos dias de hoje está relacionada à capacidade de antever cenários adversos ou favoráveis e realizar mudanças rápidas de rumo para se adaptar a nova realidade. Nessas circunstâncias, a orientação contábil é fundamental para orientar através de suas diversas ferramentas o gestor nas decisões que precisam ser tomadas (PADOVEZE, 2000). A contabilidade aparece como uma ferramenta primordial para a gestão, indispensável para qualquer empresa que almeja crescimento, apoiando e ajudando o usuário nas tomadas de decisões seguras com informações claras e precisas.
Na economia brasileira a participação das micro empresas vem crescendo intensamente. Em 1985, representavam 21% do PIB. Já em 2001, 23,2%. De 2001 a 2011, o faturamento das micro e pequenas empresas saltou de R$ 144 bilhões para R$ 599 bilhões, em valores da época. A importância das micro e pequenas empresas é maior quando consideramos o Comércio, uma vez que representam 53,4% do PIB deste segmento. No setor de Serviços, os pequenos negócios representam 36,3% da produção. Já na Indústria, representam 22,5% (SEBRAE, 2014).
As micro e pequenas empresas foram responsáveis pela geração de 47,4 mil empregos no país em março. Esse número corresponde a 84% do total de postos criados no mês, que ficou em 56,1 mil (Valente, 2018).  Além de contribuir com a economia do pais o desenvolvimento das microempresas por meio da utilização da contabilidade gerencial ainda são responsáveis pela criação de novos postos de emprego.
Orientação de processos de tomada de decisão
Segundo Laurentino (2008, p.46) “a Contabilidade Gerencial capacita o empresário a assumir riscos, porque o conscientiza e ajuda a escolher oportunidade de mercado e promove a visão necessária sobre seu negócio”. Isto demonstra o quanto a contabilidade gerencial é importante no processo da tomada de decisões, pois ela permite que o empresário tenha visão plena de seu negócio, compreendendo como lidar com as mudanças constantes que o mercado apresenta e aprendendo como se adaptar a elas. 
“É um instrumento de apoio na gestão dos negócios que poderá contribuir significativamente para a eficiência operacional da organização, pois auxilia as empresas a coletar, processar e relatar informações para uma variedade de decisões operacionais e administrativas” (LARANOIT, 2010). Diante do mercado competitivo que existe nos dias atuais ter uma ferramenta que possibilite conhecer e obter o máximo de informações que o auxiliem em tomar a melhor decisão no que diz respeito ao futuro de seu negócio torna-se essencial, fundamental, primordial. 
 Desenvolvimento econômico e social
Schwarz (2004) afirma que “a contabilidade é uma ciência social que sempre esteve vinculada à história da civilização. Dessa forma é impossível dissociar a prática contábil dos interesses da sociedade onde a empresa e o contador está inserido. Afirmando assim que o papel social do Contador é orientar o contribuinte exercendo um papel importante de contribuir para o desempenho da responsabilidade social dos empreendimentos, orientando-o a destinarem parte dos seus resultados e tributos gerados diretamente às áreas sociais”.
A contabilidade permite que os profissionais sejam capazes de orientar os gestores quanto a execução correta de suas funções e as informações necessárias para que tome as decisões exatas em suas empresas, deste modo o gestor sente-se seguro quanto ao desenvolvimento de seu negócio, um negócio bem gerido, planejado e executado de forma correta contribui para que a sociedade em si se desenvolva social e economicamente trazendo para seu meio ambiente geração de emprego, renda e oportunidades para que tenha acesso a saúde e educação de qualidade, tudo isso por meio do serviço da contabilidade.
Manutenção de empregos e geração de renda
Segundo Pereira (p.19, 2017) “a contabilidade vem se apresentando como ferramenta imprescindível para o desenvolvimento econômico nos novos tempos, pois, além de cumprir um importante papel no processo de geração de emprego e renda, por meio da função empreendedora que desempenha, possui uma importante função social quando orientam e executam corretamente suas funções nos diversos tipos de empresas trazendo para os gestores a tranquilidade necessária para a execução dos negócios”.
As empresas por meio da execução corretade suas atividades já exercem o seu papel social, através do pagamento de seus tributos e contribuições permite a geração de emprego e renda, e a contabilidade viabiliza que as empresas planejem e executem suas atividades corretamente, pague seus tributos em dia e se desenvolva cada vez mais se mantendo assim no mercado e mantendo empregos e contribuindo para que a sociedade se desenvolva e cresça. Não havendo a gestão correta das informações ela pode provocar a falência de uma empresa acarretando prejuízos e perda empresários, empregados e toda a sociedade.
CONCLUSÃO
A contabilidade gerencial nas microempresas permite que os gestores tenham em mãos as informações necessárias para tomar as decisões corretas no que diz respeito a gestão de seu negócio, seu crescimento e desenvolvimento, permitindo ainda planejar o futuro de sua empresa, minimizando seus prejuízos e possíveis mudanças no mercado. Não existindo esta ferramenta tão essencial que é a contabilidade gerencial não é possível que um negócio perdure muito tempo no mercado, sem a visão de quem compreende a necessidade primordial para se manter estável economicamente.
Além de contribuir para que as empresas se mantenham no mercado com estabilidade a contabilidade também exerce o seu papel social, orientando quanto ao processo de tomada de decisão contribuindo assim para o sucesso do negócio, contribui na manutenção de emprego e geração de renda através da execução correta de suas atividades e também no desenvolvimento social e econômico, pois empresas bem sucedidas permitem a manutenção de empregos, gera-se renda e por fim favorece a educação e saúde com mais qualidade e o crescimento e desenvolvimento da sociedade.
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