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Ecologia 1 Fundamentos da Eciologia

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Cursinho Municipal de Marituba 
 
FUNDAMENTOS DA ECOLOGIA 
 
Ecologia é o estudo das interações dos seres vivos 
existentes no nosso planeta. E a ecologia pode ser 
dividida em duas linhas de estudo: 
 
Alelobiose: estuda a relação dos seres vivos com os 
fatores bióticos, ou seja, outros seres vivos. 
Ecobiose: estuda a interação doa seres vivos com os 
fatores abióticos, ou seja, temperatura, pH, salinidade, 
penetração de luz, clima, pressão, latitude, entre 
outros. 
 
 BIOSFERA E ECOSSISTEMAS 
 Cerca de 1 milhão de anos após ter se formado, a 
Terra ainda era um globo rochoso e quente, com 
alguma água acumulada na superfície. Sua 
atmosfera era provavelmente constituída por 
metano, amônia, gás hidrogênio e vapor de água, 
entre outros compostos. 
 À medida que o planeta foi se esfriando, acumulou-
se água nas depressões da crosta, e assim se 
originaram os primeiros lagos e mares da Terra. O 
intenso bombardeamento por radiações 
provenientes do Sol teria ocasionado alterações 
químicas e físicas nos componentes da atmosfera 
e da crosta terrestre, e, nesse cenário, a vida 
surgiu, há cerca de 3,5 milhões de anos. 
 Com o aparecimento dos seres vivos, uma nova 
entidade passou a fazer parte da constituição da 
Terra: além da litosfera (constituída pelas rochas e 
pelo solo), da hidrosfera (constituída pelas águas) 
e da atmosfera (constituída pelo ar), passou a 
existir a biosfera, representada pelos seres vivos e 
pelo ambiente em que vivem. 
 
ECOCONCEITOS 
 
Indivíduo – é a unidade de vida que se manifesta em 
um determinado local. 
Espécie – é o conjunto de indivíduos semelhantes 
(estruturalmente, funcionalmente e bioquimicamente) 
que se reproduzem naturalmente, originando 
descendentes férteis. 
População – é o conjunto de indivíduos de mesma 
espécie que vivem numa mesma área em determinado 
período. 
Ex.: população de ratos em um bueiro, em um 
determinado dia ou uma população de bactérias 
causando amigdalite por 10 dias. 
Comunidade (Biocenose ou Biota) – são diversas 
populações de espécies que vivem em uma mesma 
região constituindo uma comunidade biológica, também 
chamada biota ou biocenose ou conjunto de 
populações interdependentes que vivem na mesma 
área em determinado local. A biocenose de uma 
floresta, por exemplo, compõe-se de populações de 
 
 
 
 
 
 
 
 
arbustos, árvores, pássaros, formigas, microrganismos 
etc., que convivem e se inter-relacionam. 
Biótopo – para viver, a biocenose depende de fatores 
componentes físicos e químicos do ambiente. Em seu 
conjunto, esses componentes formam o biótopo, que 
significa "o local onde vive a biocenose". No exemplo 
da floresta, o biótopo é a área que contém o solo (com 
seus minerais e água) e a atmosfera (com seus gases, 
umidade, temperatura, grau de luminosidade etc.). Em 
outas palavras, são os fatores abióticos presente em 
determinada área. 
Ecossistema – é o conjunto formado pelo meio 
ambiente físico, ou seja, o BIÓTOPO (formado por 
fatores abióticos como: solo, água, ar) mais a 
comunidade (formada por componentes bióticos - seres 
vivos) que com o meio se relaciona. 
Bioma – é uma unidade biológica ou espaço 
geográfico caracterizado de acordo com o macroclima, 
a fitofisionomia (aspecto da vegetação de um lugar), o 
solo e a altitude específicos. 
Ex.: Bioma Amazônia. 
Biosfera – é o conjunto de todos os ecossistemas da 
Terra. É um conceito da Ecologia, relacionado com os 
conceitos de litosfera, hidrosfera e atmosfera. 
Habitat – significa "o local onde vive determinada 
espécie". É o local onde uma espécie pode ser 
encontrada, seu “endereço” dentro de um ecossistema. 
Exemplos: cavernas, pântanos, florestas. 
Tem sentido mais restrito de que biótopo, que se refere 
ao local onde vive toda a biocenose. Por exemplo, se 
quisermos falar do local onde vivem as girafas, 
devemos usar o termo habitat. Mas se quisermos nos 
referir ao local onde vive a biocenose da savana, 
falamos em biótopo. 
Nicho ecológico – é o papel que o organismo 
desempenha, isto é, a "PROFISSÃO" do no 
ecossistema. O nicho informa à custa de que se 
alimenta a quem serve de alimento, como se reproduz, 
etc. 
Exemplo: a fêmea do Anopheles (transmite malária) é 
um inseto hematófago (se alimenta de sangue), o leão 
atua como predador devorando grandes herbívoros, 
como zebras e antílopes. 
Ecótono – é a região de transição entre duas 
comunidades ou entre dois ecossistemas. Na área de 
transição (ecótono) vamos encontrar grande número de 
espécies e, por conseguinte, grande número de nichos 
ecológicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VESTIBULAR 2014 
Prof.: Paula Cruz Pré-vestibulandos 
ECOLOGIA 
Aula 01: Fundamentos da Ecologia 
Importante: 
1. A energia é unidirecional. 
2. A matéria é cíclica. 
FLUXO DE ENERGIA E MATÉRIA NOS 
ECOSSISTEMAS 
 
Cadeias Alimentares 
 
As cadeias alimentares, ou cadeias tróficas, são 
sequências de eventos consecutivos de relações de 
alimentação de um grupo de organismos por outros, 
formando níveis tróficos, que englobam os produtores, 
consumidores e decompositores. 
Obs: As setas indicam o sentido do fluxo de alimento 
na cadeia alimentar. Apontam sempre pra que está 
consumindo 
 
O componente biótico de um ecossistema relaciona-se 
entre si e estipula níveis para essas relações. 
Podemos, então, classificar os seres vivos de acordo 
com as funções específicas que desempenharão 
dentro de um ecossistema. 
 
Produtores – São sempre autótrofos, produzem 
alimento que será usado na cadeia, e por isso estão 
obrigatoriamente no início de qualquer cadeia 
alimentar. A energia transformada a partir de luz solar e 
do gás carbônico será repassada a todos os outros 
componentes restantes da cadeia ecológica. Os 
principais produtores conhecidos são plantas e algas 
microscópicas (fitoplâncton). 
 
Consumidores – São os organismos que necessitam 
alimentar-se de outros organismos para obter a energia 
que eles não podem produzir para si próprios. Vão-se 
alimentar dos autótrofos e de outros heterótrofos 
podendo ser consumidores primários, consumidores 
secundários, consumidores terciários e assim por 
diante. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Decompositores – São organismos que atuam 
exatamente em papel contrário ao dos produtores. Eles 
transformam matéria orgânica em matéria inorgânica, 
reduzindo compostos complexos em moléculas 
simples, fazendo que estes compostos retornem ao 
solo para serem utilizados novamente por outro 
produtor, gerando uma nova cadeia alimentar. Os 
decompositores mais importantes são bactérias e 
fungos. Por se alimentarem de matéria em 
decomposição são considerados saprófitos. Os 
decompositores permitem a reciclagem da matéria, 
não da energia, pois essa é dissipada ao longo da 
cadeia. 
 
 
 
 
 
 
Níveis Tróficos - é conjunto de indivíduos que se nutre 
no mesmo patamar alimentar, ou seja, alimentam-se 
basicamente dos mesmos nutrientes e estão colocados 
em um mesmo nível trófico. 
 
 Os produtores estão colocados no 1.° nível 
trófico. 
 Os consumidores primários, aqueles que se 
alimentam dos produtores, são herbívoros e 
constituem o 2.° nível trófico. 
 Os consumidores secundários compõem o 3.° 
nível trófico, sendo os carnívoros. 
 Após esses, existe o 4.° nível trófico, e assim 
por diante. 
 Os decompositores ocupam sempre o último 
nível da transferência de energia, formando um 
grupo especial que degrada tanto produtores 
quanto consumidores. 
 
 
Teias ou Redes Alimentares 
 
Em uma comunidade, o conjunto de cadeias 
alimentares interligadas forma uma teia alimentar. Ou 
seja, teia ou rede alimentar é um conjunto de cadeias 
alimentares, ligadas entre si, geralmente representando 
um diagrama das relações tróficas (alimentares) entre 
os diversos organismos ou espéciesde um 
ecossistema. Elas apresentam situações mais perto da 
realidade, onde cada espécie se alimenta em vários 
níveis hierárquicos diferentes e produz uma complexa 
teia de interações alimentares. Sempre começam com 
um único organismo produtor, mas pode ter vários 
produtores. 
 
 
 
 
Na alimentação, nem toda a energia obtida será 
integralmente usada, isto é, parte dessa energia não 
será absorvida e será eliminada com as fezes; outra 
parte será dissipada em forma de calor. Assim, 
grande parte da energia será “perdida” no decorrer 
de uma cadeia alimentar, diminuindo sempre a cada 
nível. Podemos, então, dizer que o fluxo de energia 
num ecossistema é unidirecional começando 
sempre com a luz solar incidindo sobre os 
produtores, e diminuindo a cada nível alimentar dos 
consumidores. 
 
Importância de se conhecer as cadeias e teias 
alimentares 
 
Justifica-se pela possibilidade do uso natural de 
animais ou plantas a fim de controlar ou equilibrar o 
ecossistema (biorremediação), de forma a evitar o uso 
de pesticidas e de quaisquer outras formas artificiais 
que possam desequilibrar em longo prazo o ambiente, 
ou ainda, provocar sérias reações nos animais e até 
nos seres humanos que ali habitam. 
Pirâmides Ecológicas 
 
Pirâmide ecológica, também denominada 
pirâmide trófica, é uma representação gráfica que 
mostra, mediante retângulos horizontais sobrepostos, a 
biomassa em cada nível trófico de um determinado 
ecossistema. 
As pirâmides ecológicas apresentam, em sua 
base, os produtores (tais como as plantas) e seguem 
em uma sequência de vários níveis tróficos (tais como 
os herbívoros que comem as plantas, sucedido pelos 
carnívoros que comem herbívoros, seguidos pelos 
carnívoros que comem carnívoros, e assim por diante). 
O nível mais alto é o topo da cadeia alimentar. 
As pirâmides ecológicas podem ser de três tipos: 
 
Pirâmide de números: Uma pirâmide ecológica de 
números mostra a quantidade de indivíduos em cada 
nível trófico da cadeia alimentar proporcionalmente à 
quantidade necessária para a dieta de cada um 
desses. Por exemplo, cerca de 1.000 plantas 
(gramíneas, grama) são necessárias para o sustento 
de 300 gafanhotos, que, por sua vez, alimentam 20 
aves que, finalmente, servirão de alimento para uma 
águia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Em alguns casos, quando o produtor é uma planta de 
grande porte, o gráfico de números passa a ter uma 
conformação diferente da usual, sendo denominada 
“pirâmide invertida”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Pirâmide de biomassa: Pode-se também pensar 
em pirâmide de biomassa, em que é computada a 
massa (peso) corpórea (biomassa) e não o número de 
cada nível trófico da cadeia alimentar. O resultado será 
similar ao encontrado na pirâmide de números: os 
produtores terão a maior biomassa e constituem a base 
da pirâmide, decrescendo a biomassa nos níveis 
superiores. Tal como no exemplo anterior, em alguns 
casos pode ser caracterizada como uma pirâmide 
invertida, já que há a possibilidade de haver, por 
exemplo, a redução da biomassa de algum nível trófico, 
alterando tais proporções. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pirâmide de energia: energia solar captada pelos 
produtores vai-se dissipando ao longo das cadeias 
alimentares sob a forma de calor, uma energia que não 
é utilizável pelos seres vivos. À medida que esta 
energia é dissipada pelo ecossistema, ocorre uma 
permanente compensação com a utilização de energia 
solar fixada pelos produtores, passando depois através 
de todos os outros elementos vivos do ecossistema.O 
nível energético mais elevado, nos ecossistemas 
terrestres, é constituído pelas plantas clorofiladas 
(produtores). O resto do ecossistema fica inteiramente 
dependente da energia captada por eles, depois de 
transferido e armazenada em compostos orgânicos. O 
nível imediato é constituído pelos herbívoros. Um 
herbívoro obterá, portanto, menos energia das plantas 
clorofiladas do que estas recebem do Sol. O nível 
seguinte corresponde ao dos carnívoros. Apenas parte 
da energia contida nos herbívoros transitará para os 
carnívoros e assim sucessivamente. 
Foi adaptado um processo de representação gráfica 
desta transferência de energia nos ecossistemas, 
denominado pirâmide de energia, em que a área 
representativa de cada nível trófico é proporcional à 
quantidade de energia disponível. Assim, o retângulo 
que representa a quantidade de energia que transita 
dos produtores para os consumidores de primeira 
ordem é maior do que aquele que representa a energia 
que transita destes para os consumidores de segunda 
ordem e assim sucessivamente. As cadeias 
alimentares estão geralmente limitadas a 4 ou 5 níveis 
tróficos, porque há perdas de energia muito 
significativas nas transferências entre os diferentes 
níveis.Consequentemente, a quantidade de energia 
que chega aos níveis mais elevados já não é suficiente 
para suportar ainda outro nível trófico. 
SUCESSÃO ECOLÓGICA 
 
 Processo ordenado da instalação e 
desenvolvimento de uma comunidade. Ocorre com o 
tempo e termina quando se estabelece na área uma 
comunidade estável. 
As etapas da sucessão 
 Vamos tomar como exemplo uma região 
completamente desabitada, como uma rocha nua. O 
conjunto de condições para que plantas e animais 
sobrevivam ou se instalem nesse ambiente são muito 
desfavoráveis: 
o Iluminação direta causa altas temperaturas; 
o A ausência de solo dificulta a fixação de 
vegetais; 
o A água das chuvas não se fixa e rapidamente 
evapora. 
 Seres vivos capazes de se instalar em tal ambiente 
devem ser bem adaptados e pouco exigentes. Estes 
são os líquens (associação de cianobactérias com 
fungos), que conseguem sobreviver apenas com água, 
luz e pouca quantidade de sais minerais. Isso 
caracteriza a formação de uma comunidade pioneira ou 
ecese. Os líquens por serem os primeiros seres a se 
instalarem são chamado de "organismos pioneiros". 
A atividade metabólica dos líquens vai lentamente 
modificando as condições iniciais da região. Os líquens 
produzem ácidos orgânicos que corroem 
gradativamente a rocha, formando através da erosão 
as primeiras camadas de solo. 
 Camada sobre camada de líquen, vão formando um 
tapete orgânico, que enriquece o solo, deixando o 
mesmo úmido e rico em sais minerais. A partir de então 
as condições, já não tão desfavoráveis, permitem o 
aparecimento de plantas de pequeno porte, como 
briófitas (musgos), que necessitam de pequena 
quantidade de nutrientes para se desenvolverem e 
atingirem o estágio de reprodução. Novas e constantes 
modificações se sucedem permitindo o aparecimento 
de plantas de maior porte como samambaias e 
arbustos. Também começam a aparecer os pequenos 
animais como insetos e moluscos. 
 Dessa forma etapa após etapa a comunidade 
pioneira evolui, até que a velocidade do processo 
começa a diminuir gradativamente, chegando a um 
ponto de equilíbrio, no qual a sucessão ecológica 
atinge seu desenvolvimento máximo compatível com as 
condições físicas do local (solo, clima, etc.). Essa 
comunidade é a etapa final do processo de sucessão, 
conhecida como comunidade clímax. Cada etapa 
intermediária entre a comunidade pioneira e o clímax e 
chamada de série ou sere. 
 
 
As características de uma comunidade pioneira 
 
 A comunidade pioneira é constituída por espécies 
capazes à sucessão ecológica. Espécies possuem 
pequeno porte e desenvolvimento rápido. São 
espécies simples, mas resistentes, e que criam 
condições para o aparecimento e instalação das 
comunidades seguintes. 
 
As características de uma comunidade clímax 
 
 A comunidade clímax é formada por populações que 
não se alteram, nem alteram o meio. Populações em 
equilíbrio dinâmico com o meio, e que possuem 
elevado número de espécies enichos ecológicos. São 
às ultimas espécies a se instalar no ambiente. 
 Para cada tipo de ambiente físico existe uma 
comunidade clímax possível. 
 
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