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PROBABILIDADE A história da teoria das probabilidades, teve início com os jogos de cartas, dados e de roleta. Esse é o motivo da grande existência de exemplos de jogos de azar no estudo da probabilidade. A teoria da probabilidade permite que se calcule a chance de ocorrência de um número em um experimento aleatório. Inicialmente para falarmos sobre probabilidade devemos definir o que é um experimento aleatório. Experimentos Aleatórios Chamamos de experimentos aleatórios aqueles que, repetidos em idênticas condições, produzem resultados que não podem ser previstos com certeza. Embora não saibamos qual o resultado que irá ocorrer num experimento, em geral conseguimos descrever o conjunto de todos os resultados possíveis que podem ocorrer. As variações de resultados, de experimento para experimento, são devidas a uma multiplicidade de causas que não podemos controlar, as quais denominamos acaso. EXEMPLOS DE EXPERIMENTOS ALEATÓRIOS Lançar uma moeda e observar a face de cima. Lançar um dado e observar o número da face de cima. Lançar duas moedas e observar as sequências de caras e coroas obtidas. d) De um baralho de 52 cartas, selecionar uma carta e observar seu naipe. e) De uma urna contendo 3 bolas vermelhas e 2 bolas brancas, selecionar uma bola e observar sua cor. Espaço Amostral Chamamos de espaço amostral, e indicamos por S ou Ω, um conjunto formado por todos os resultados possíveis de um experimento aleatório. EXEMPLOS: Lançar um moeda e observar a face de cima. Ω = { K, C}, em que K representa cara e C, coroa. b) Lançar um dado e observar o número da face de cima. Ω = {1,2,3,4,5,6}. Probabilidade: Considerando um espaço amostral S, não-vazio, e um evento E, sendo E ( S, a probabilidade de ocorrer o evento E é o número real P (E), tal que: P(E) = n (E) n (S) Sendo 0 ( P(E) ( 1 e S um conjunto equiprovável, ou seja, todos os elementos têm a mesma “chance” de acontecer. n (E): número de elementos do evento E. n (s): número de elementos do espaço amostral S. Exemplo: Lançando-se um dado, a probabilidade de sair um número ímpar na face voltada para cima é obtida da seguinte forma: S = { 1,2,3,4,5,6} n (S) = 6 E = { 1,3,5} n(E) = 3 P (E) = n (E) = P(E) = 3 = 1 = 0,5 = 50% n (S) 6 2 UNIÃO DE DOIS EVENTOS: Considerando A e B dois eventos contidos em um mesmo espaço amostral S, o número de elementos da reunião de A com B é igual ao número de elementos do evento A somado ao número de elementos do evento B, subtraído do número de elementos da intersecção de A com B. n (A ( B) = n (A) + n (B) _ n ( A ( B ) Sendo n (S) o número de elementos do espaço amostral, vamos dividir os dois membros da equação por n(S) a fim de obter a probabilidade P (A ( B ). n (A ( B) = n (A) + n(B) - n(A ( B) n (S) n (S) n (S) n(S) P(A ( B) = P(A) + P(B) – P(A ( B) EXEMPLO: De uma urna com 20 bolinhas numeradas de 1 a 20, retira-se ao acaso uma bolinha. Para calcular a probabilidade de essa bolinha ter um número divisível por 2 ou por 3, Consideramos: S = { 1,2,3, ... ,20} A: Conjunto dos números divisíveis por 2 A = { 2,4,6,8,10,12,14,16,18,20}; n (A) = 10. B: Conjunto dos números divisíveis por 3: B = { 3,6,9,12,15,18} ; n (B) = 6. (A ( B) : Conjunto dos números divisíveis por 2 e por 3: (A ( B) = { 6,12,18} n(A ( B) = 3. Então teremos: P(A ( B) = P(A) + P(B) – P (A ( B) P (A ( B) = 10 + 6 - 3 = 13 20 20 20 20 P (A ( B) = 0,65 = 65%. Probabilidade Condicional: Considerando os eventos A e B de um espaço amostral S, define-se como probabilidade condicional do evento A, tendo ocorrido o evento B e indicado por P A , a razão: B P A = P (A ( B) B P (B) Introduziremos a noção de probabilidade condicional através do seguinte exemplo: Consideremos 250 alunos que cursam o primeiro ciclo de uma faculdade. Destes alunos, 100 são homens (H) e 150 são mulheres (M); 110 cursam física (F) e 140 cursam Química (Q). A distribuição dos alunos é a seguinte: DISCIPLINA SEXO Física Química Total H 40 60 100 M 70 80 150 Total 110 140 250 Um aluno é sorteado ao acaso. Qual a probabilidade de que esteja cursando química, dado que é mulher? Pelo quadro vemos que esta probabilidade é de 80/150 e representamos: P (Q/M) = 80/150 (Probabilidade de que o aluno curse química, condicionado ao fato de ser mulher). Observamos, porém, que P(M ( Q) = 80/250 e P(M)= 150/250. Para obtermos o resultado do problema, basta considerar que: 80 P (Q | M) = 250 = 80 150 150 250 Logo: P (Q | M) = P (M ( Q) P (M) Sejam A ( Ω e B ( Ω. Definimos a probabilidade condicional de A, dado que B ocorre (A|B) como segue: P (A|B) = P (A ( B) se P(B)(0 P (B) Também: P(B|A) = P(B ( A) ,se P(A)( 0 P (A) EXERCÍCIOS: Qual é a probabilidade de ocorrer o número 5 no lançamento de um dado? 2) Qual é a probabilidade de se obter um número par no lançamento de um dado? 3) Um casal planeja ter 3 filhos. Qual a probabilidade de os 3 filhos serem do mesmo sexo? 4) Um urna contém 200 fichas numeradas de 1 a 200. Retirando uma ficha dessa urna, qual é a probabilidade de se obter um número maior que 80? 5) Uma urna contém 30 bolinhas numeradas de 1 a 30. Retirando-se ao acaso uma bolinha da urna, qual a probabilidade de essa bolinha ter um número múltiplo de 4 ou de 3? 6) Jogando-se um dado, qual a probabilidade de se obter o número 3 ou um número ímpar? 7) Numa pesquisa feita com 600 pessoas de uma comunidade, verificou-se que 200 lêem o jornal a, 300 lêem o jornal B e 150 lêem os jornais A e B. Qual a probabilidade de, sorteando-se uma pessoa, ela ser leitora do jornal A ou do jornal B? 8) Um grupo de pessoas está classificado da seguinte forma: Esportes Sexo Futebol Natação Vôlei Total Masculino 300 200 60 560 Feminino 150 60 30 240 Total 450 260 90 800 Escolhe-se uma pessoa ao acaso. Sabendo-se que esta pessoa joga futebol, qual a probabilidade de que ela seja uma mulher?
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