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Avaliação de Lógica Aplicada ao Direito Professor Luiz Augusto Lima de Ávila

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ORIENTAÇÃO:
As normas da língua culta e a estruturação do raciocínio lógico estão implicados como pressupostos primários para a inteligibilidade das questões propostas e constituem critérios básicos para a avaliação das respostas (fundamentadas) que à elas forem dadas. Por isso, não deixe de reler as questões e as respostas dadas;
As respostas deverão obedecer, em um exercício de síntese, o limite de uma só folha, considerados o anverso e o verso da mesma;
A prova deve ser digitada e sem rasuras;
Excetuada A CÓPIA, a consulta é ampla e irrestrita;
Quadro de oposições: a alternação, o contrário, o contraditório e a diferença.
Questão Única: A partir do quadro de oposições acima indicado, discorra sobre as hipóteses de combinação de valores, próprias da alternação, do contrário e do contraditório, implicados com uma possível estratégia da defesa em “COMO CONVENCER UM JÚRI” (https://www.youtube.com/watch?v=g7u0dRdAudY), cujo texto segue abaixo: (25 pontos) OBS: Considere todas as proposições como objeto de estudo a partir do quadro de oposições.
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HTTPS://WWW.YOUTUBE.COM/WATCH?V=G7U0DRDAUDY
COMO CONVENCER UM JÚRI.
O advogado de defesa olha para o júri e diz:
Senhoras e senhores do Júri,
Vocês ouviram a argumentação da promotoria.
Muito persuasiva de que meu cliente é culpado de incêndio criminoso.
Vocês ouviram seus álibis sendo desacreditados.
De fato, inclusive viram ele tentar colocar fogo nessa corte, em que estamos.
Mas considerem isso.
Se saírem agora e retornarem com um veredito de culpado, então eu vou pensar que vocês todos são ... (pausa) GAY.
É isso mesmo.
Eu vou pensar que cada um de vocês... (pausa) é um gay.
Vou apontar vocês na rua.
Eu vou dizer: “Olhe aquele gay!”
“Olhe aqueles gays!”
“Eles são muito gay.”
“É óbvio!”
É isso que vocês querem?
Serem um júri gay... (pausa) de gays?
Você que ser gay? ... (pausa) Hum?
Você? ... (pausa) Você quer ser gay?
Não, não querem.
O advogado de defesa olha para o réu e diz:
Talvez ele seja...
O advogado de defesa olha para o júri e diz:
Talvez ele seja...
O advogado de defesa olha para o juiz e diz:
A defesa encerra Excelência.
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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS
Unidade: Contagem - Curso: Direito - Período: 4º - Turno: Noite LÓGICA APLICADA AO DIREITO - 1ª Avaliação (nota obtida: 20/25) Professor: Luiz Augusto Lima de Ávila
RESPOSTA QUESTÃO ÚNICA:
No vídeo COMO CONVENCER UM JÚRI, a defesa do réu faz declarações que podem ser entendidas, em síntese, como a seguinte afirmação universal:
Todo jurado que vote culpado é gay.
Assumindo que a afirmação anterior seja verdadeira, a alternação negativa universal será falsa:
Nenhum jurado que vote culpado é gay.
A alternação particular será verdadeira:
Algum jurado que vote culpado é gay.
E o contraditório será falso:
Algum jurado que vote culpado não é gay.
Se (2) é verdadeira: (1) é falsa, (3) é falsa, (4) é verdadeira.
Se (3) é verdadeira: (2) é falsa, (1) e (4) são indeterminadas.
Se (4) é verdadeira: (1) é falsa, (2) e (3) são indeterminadas.
Se a afirmação universal contida da frase (1) for falsa, consequentemente a frase (4) será verdadeira, e as frases (2) e (3) serão indeterminadas.
Se (2) é falsa: (3) é verdadeira, (1) e (4) são indeterminadas.
Se (3) é falsa: (1) é falsa, (2) verdadeira, (4) é verdadeira.
Se (4) é falsa: (1) é verdadeira, (2) falsa, (3) é verdadeira.
A estratégia da defesa no vídeo em questão, consiste em demonstrar com a afirmação de "votar culpado significa ser gay", não tem qualquer relação, assim como os álibis serem desacreditados e tentar colocar fogo na corte, não implicam em culpa por incêndio criminoso.
Desta forma é notável que a afirmação universal contida da frase (1) é falsa, consequentemente a frase (4) será verdadeira, e as frases (2) e (3) serão indeterminadas.
Logo, algum réu que tenha seus álibis desacreditados é culpado, é tão verdadeiro quanto algum réu que tenha seus álibis desacreditados não é culpado.
Analogamente, algum réu que tentar colocar fogo em uma corte é culpado de incêndio criminoso, é tão verídico quanto algum réu que tentar colocar fogo em uma corte não é culpado de incêndio criminoso.
A defesa, através desta estratégia ousada, tenta indicar aos jurados que não há evidências concretas em desfavor do cliente, pois não há conexão entre o ato praticado (tentar colocar fogo na corte) e ter os álibis desacreditados com o delito (incêndio) que o réu está sendo acusado, portanto, in dubio pro reo os jurados devem absolve-lo.

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