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AULA_4.2__-_TUBERCULOSE_E_HANS

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Mycobacterium 
TAXONOMIA 
 
 
• FAMÍLIA: Mycobacteriaceae 
 
• GÊNERO: Mycobacterium 
 
• Complexo Mycobacterium tuberculosis 
 
• É constituído pelas espécies: 
 Mycobacterium tuberculosis 
 Mycobacterium bovis 
 Mycobacterium africanum 
 Mycobacterium microti 
 
• Complexo Mycobacterium avium 
 Mycobacterium avium 
 Mycobacterium intracellulare 
 Mycobacterium paratuberculosis 
 Mycobacterium sylvaticum 
 Mycobacterium lepramurium 
 
 
CARACTERÍSTICAS GERAIS 
• Bacilos finos, retos ou ligeiramente encurvados. 
• Aeróbios estritos; 
• Não móveis, não formadores de esporos; 
• Sobrevivem em secreções como expectorações; 
• Parede celular rica em lipídios; 
• Resistentes a vários antibióticos 
 e desinfetantes. 
PAREDE 
 CELULAR 
ACIL 
PORINAS 
LIPÍDIO LAM 
ARABINO 
LACTOSE 
ÁCIDO MICÓLICO 
Composição da parede 
• PEPTIDEOGLICANA 
• ARABINOGALACTANA faz a ligação 
do peptideoglicano aos lipídeos 
• ÁCIDOS MICÓLICOS Ácidos graxos 
com 60 a 90 átomos de Carbono 
• LIPÍDEOS FROUXAMENTE LIGADOS 
Fator corda, cera D, sulfolipídeos, 
• lipoarabinomanana, glicolipídeos 
• PROTEÍNAS Tuberculina ( PPD ) 
B.A.A.R.: BACILOS ÁLCOOL 
ÁCIDOS RESISTENTES 
• Esfregaço corado pela FUCSINA; 
 
• Aquecer a lâmina muito 
suavemente até emissão de 
vapores por 3 vezes(5 minutos); 
 
• Descorado pela mistura de álcool 
(97,0 mL) e ácido clorídrico (3,0 mL) 
(2 minutos); 
 
• Corado pelo AZUL DE 
METILENO.(1 a 2 minutos) 
 
• As bactérias que mantém a 
FUCSINA = BAAR permanecem 
coradas de vermelho; 
 
• As demais coram-se de AZUL Coloração de Ziehl Neelsen 
B.A.A.R.: BACILOS ÁLCOOL 
ÁCIDOS RESISTENTES 
 Coloração de Ziehl Neelsen 
• FUNDAMENTO 
 
A característica destas bactérias de 
possuírem paredes celulares com 
alto teor de lipídeos (cerca de 60 % , 
principalmente de ácido micólico), que 
quando tratadas pelo corante Fucsina 
fenicada, coram-se de vermelho e 
persistem ao descoramento subseqüente 
por uma solução de Álcool-ácido forte 
(diferenciador). 
• As outras bactérias, que não possuem 
tais paredes celulares ricas em lipídeos, 
têm a sua coloração pela Fucsina 
descorada pela solução de Álcool-ácido 
e coram-se em azul pela coloração de 
fundo do Azul de metileno (contra-
corante). 
 
Mycobacterium: Parasitas 
intracelulares 
MACRÓFAGO 
BACTÉRIA 
TUBERCULOSE 
Tuberculose: Mycobacterium 
tuberculosis 
• Não possui flagelos e não produz esporos. 
• Aeróbios estritos 
• Reservatório humano 
• Crescimento lento: com tempo de geração de 
15 a 20 horas. 
• O período de incubação varia de seis semanas 
até muitas décadas, dependendo das condições 
de saúde de cada indivíduo. 
TUBERCULOSE: FATOR CORDA 
Este fator inibe a migração dos leucócitos, 
induz a formação de granulomas crônicos 
e pode atuar como um adjuvante 
imunológico. 
TUBERCULOSE: DIAGNÓSTICO 
• Baciloscopia direta do escarro 
 - Esfregaço de escarro corados pelo método de Ziehl- Neelsen. 
• Cultura de escarro ou outras secreções: 
 - Diagnóstico específico e testes de sensibilidade aos antibióticos; 
 - Meios de cultura especiais: Lowestein – Jensen e Ogawa 
• Pesquisa de reações de hipersensibilidade tardia 
 (Prova tuberculínica) 
 - Teste de mantoux – sensibilidade à tuberculina 
• Radiografia do tórax 
 - Severidade e progressão da doença. 
• Tomografia computadorizada do tórax 
• Broncoscopia 
• Exame anátomo-patológico (histológico e citológico) 
• Exame sorológico e de biologia molecular (rápida 
identificação das espécies). 
COLORAÇÃO ZIEHL - NEELSEN 
Mycobacterium tuberculosis: 
CULTURA 
COLÔNIASÉM ÁGAR LOWESNTEIN JENSEN, APÓS 8 SEMANAS DE 
INCUBAÇÃO. 
CRESCEM LENTAMENTE, SÃO RUGOSAS E TÊM COR AMARELADA. 
Teste tuberculínico 
TUBERCULOSE: EXAME 
RADIOGRÁFICO 
PULMÃO NORMAL 
-A TUBERCULOSE QUE PROVOCA A FORMAÇÃO DE TUBÉRCULOS 
 NOS TECIDOS ATINGIDOS, PODENDO CAUSAR DESTRUIÇÃO TISSULAR. 
 
-O R-X MOSTRA TUBERCULOSE PULMONAR EM ESTÁGIO AVANÇADO 
 COM MUITAS ÁREAS OPACAS DE TAMANHOS VARIADOS. AS SETAS INDICAM 
 AS CAVIDADES FORMADAS COM O AVANÇO DA DOENÇA. 
TUBERCULOSE: DIAGNÓSTICO 
• Observação 
• O exame sorológico anti-HIV deve ser 
oferecido o mais cedo possível a todo indivíduo 
com diagnóstico estabelecido de tuberculose, 
independentemente da confirmação 
bacteriológica. 
• Os casos de tuberculose associados ao HIV 
devem ser encaminhados para unidades de 
referência (serviços ambulatorial 
especializado), em seu município ou em 
municípios vizinhos, para serem tratados para 
os dois agravos (TB/HIV). 
TUBERCULOSE: ETIOLOGIA 
• A Tuberculose humana pode ser causada por: 
Mycobacterium tuberculosis. 
 
• No Brasil, o principal agente etiológico: M. 
tuberculosis, sendo raras as doenças pulmonares por 
outras micobactérias. 
 
• Os bacilos são relativamente resistente à ação de 
agentes químicos, mas sensíveis a agentes físicos: 
 _ Radiação ultravioleta 
 _ Calor. 
TUBERCULOSE - PATOGENIA 
• M. tuberculosis: sobrevive e prolifera 
 no interior de células fagocitárias 
 (macrófagos). 
• Considerados parasitas 
 intracelulares. 
• Ingestão ou inalação dos bacilos; 
• Em pessoas susceptíveis origina nódulo ou 
tubérculo afetando primeiramente os pulmões e 
os gânglios linfáticos. 
• Tuberculose extra - pulmonar: rins, ossos, pele 
 
Formas clínicas 
Imunidade 
TUBERCULOSE – SINAIS E 
SINTOMAS 
• Início lento; 
• Mal – estar; 
• Fadiga; 
• Emagrecimento; 
• Tosse; 
• Febre e sudorese noturna; 
• Escarro e hemoptise: associado as 
cavitações pulmonares avançadas. 
TRATAMENTO 
PROFILAXIA 
TUBERCULOSE: 
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA 
• RELACIONADO PRINCIPALMENTE 
COM AS MÁS CONDIÇÕES 
SOCIAIS DE MUITOS PAÍSES DA 
ÁFRICA, ÁSIA E AMÉRICA 
LATINA. 
 
• A OMS ESTIMA QUE DAS 8 
MILHÕES DE PESSOAS QUE 
CONTRAEM TUBERCULOSE, A 
CADA ANO, CERCA DE 95% 
VIVEM EM PAÍSES POBRES. 
 
• CERCA DE 3 MILHÕES MORREM 
POR ANO DE TUBERCULOSE. 
TUBERCULOSE: NO MUNDO 
• Em países industrializados – começou aumentar 
desde a metade da década de 80; 
 
• Alta taxa de imigração proveniente de países com alta 
incidência de tuberculose e deterioração dos sistemas 
de saúde; 
 
• Infecção pelo HIV; 
 
• Emergência de bacilos multiresistentes, como 
resultado de mutações do M. tuberculosis. 
 
SITUAÇÃO BRASIL: HOJE 
Definição: 
“ É uma doença infecto-contagiosa, 
sistêmica, provocada por um bacilo 
(bacilo de Hansen).É de evolução 
lenta e se manifesta por sinais e 
sintomas dermatoneurológicos” 
Agente Etiológico 
• A Hanseníase é causada pelo 
Mycobacterium leprae, que é um parasita 
intracelular com afinidade por células 
cutâneas e por células dos nervos 
periféricos, onde se multiplica (11 – 16 
dias). 
• O M. leprae tem alta infectividade e baixa 
patogenicidade 
Transmissão 
• Vias aéreas 
• Contato com feridas abertas de doentes não 
tratados 
 
Apenas 10% das pessoas não são resistentes. 
 
 Após a inalação: 
• Destruição 
• Defesa 
• Disseminação 
 
Incubação : 2 a 7 anos 
 
Manifestações neurológicas• Diminuição da sensibilidade local 
• Sensação de anestesia (dolorosa e térmica) 
 
O comprometimento dos nervos provoca: 
• Diminuição da força muscular 
• Atrofia e contratura dos pés e mãos (inclusive 
dedos) 
• Ressecamento dos olhos 
• Lesões de mucosas 
Diagnóstico 
• Exames laboratoriais 
1. Baciloscopia 
2. Teste de Mitsuda 
Sinais e Sintomas 
Dermatológicos 
• Máculas pigmentadas ou discrômicas 
• Infiltração 
• Tubérculo 
• Nódulo 
 
* As lesões SEMPRE apresentarão alteração de 
sensibilidade (hipoestesia ou anestesia). 
 
Sinais e Sintomas Neurológicos 
Lesões no nervos periféricos. 
• Dor e espessamento dos nervos 
periféricos 
• Perda de sensibilidade (principalmente 
olhos, mãos e pés) 
• Perda de força muscular (principalmente 
pálpebras, MMSS e MMII) 
Diagnóstico – Exame Clínico 
Uma pessoa com Hanseníase apresenta 
uma ou mais das características: 
• Lesão(ões) de pele com alteração de 
sensibilidade 
• Acometimento de nervo(s) com 
espessamento neural 
• Baciloscopia positiva 
Roteiro de diagnóstico clínico 
• Anamnese- história clínica e 
epidemiológica 
• Avaliação dermatológica (face, orelhas, 
nádegas, braços, pernas e costas) 
• Avaliação neurológica: identificação de 
neurites, incapacidades e deformidades. 
• Classificação do grau de incapacidade 
física 
• Testes de sensibilidade (tátil, térmica e 
dolorosa) 
Principais nervos periféricos 
acometidos 
• FACE: Trigêmio e facial 
 
• BRAÇOS: Radial, Ulnar e Mediano 
 
• PERNAS: Fibular comum e tibial posterior 
 
Palpação dos troncos dos nervos periféricos 
Formas Clínicas 
• Formas Paucibacilares (não contagiosa) 
1. Hanseníase Indeterminada 
2. Hanseníase Tuberculóide 
• Formas Multibacilares (contagiosas) 
1. Hanseníase Virchowiana 
2. Hanseníase Dimorfa 
 
 
 
 
Hanseníase Indeterminada 
• Máculas circunscritas 
hipocrômicas (braços, 
nádegas, coxa e 
tronco) 
• Perda dos anexos 
• Anestesia 
• Aumento da sudorese 
• Curável 
 
Hanseníase Tuberculóide 
• Lesões avermelhadas, 
assimétricas e 
circunscritas. 
 
• Sensibilidade abolida 
 
• Alopécia 
 
• É estável, benigna com 
bom prognóstico 
Hanseníase Dimorfa 
• É instável 
• Acometimento dos 
nervos periféricos 
• Lesões em placas 
delimitadas e 
avermelhadas por 
todo o corpo 
• Nódulos pardacentos 
• Orelha lepromatosa 
 
 
Hanseníase Virchowiana 
• Extremamente 
contagiosa 
• O bacilo vai se 
localizar em regiões 
mais frias 
• Máculas e nódulos 
• Lesões assimétricas 
no tronco e na face 
(facies leonina) 
Hanseníase Virchowiana 
(continuação) 
• Comprometimento 
dos ns. Periféricos 
• Ulcerações 
• Mãos em garras 
• Auto-amputação 
• Olhos: Logoftalmo, 
Ectrópio e Entrópio 
 
Deformidades nas mãos 
Tratamentos 
• Medicamentoso (poliquimioterapia: 
Dapsona, Clofazimina, Rifampicina, 
Etionamida) 
• Fisioterapia (prevenção e tratamento de 
incapacidades físicas) 
• Cirurgia reparadora e de transferência

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