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O Sanitarismo no Brasil O sanitarismo é toda medidade conservação da saúde pública. Teve seu início quando o país passou a fazer parte das rotas comerciais inglesas em 1808. Os principais motivos eram evitar as doenças epidêmicas e criar condições de aceitação dos produtos brasileiros no Mercado Internacional. A partir da industrialização novas normas foram criadas como limpeza das cidades, controle de água e esgoto, fiscalização no comércio de alimentos e em regiões portuárias. Em 1810 o Regimento da Provedoria entra em vigência, inicialmente na Europa. A saúde passa a ser um problema social. No Brasil os problemas sanitários persistem – surto de febre amarela. Em 1903 o médico Oswaldo Cruz foi designado pelo presidente Rodrigues Alves para ser o chefe do Departamento Nacional de Saúde Pública. O objetivo principal era eliminar o foco das doenças. A população sofria com a falta de um sistema eficiente de saneamento básico e com resultado, consequentemente apareciam constantes epidemias como a febre amarela, Peste Bubônica, Varíola, etc. As principais vítimas eram as pessoas que viviam em habitações precárias, com uma estrutura mínima, em fim a população de baixa renda. Primeiramente o Programa de Saneamento de Oswaldo Cruz combateu a Peste Bubônica com a Remoção do lixo e raticidas. Em uma segunda fase o objetivo foi eliminar os mosquitos transmissores da febre amarela, foram criadas brigadas para eliminar focos de insetos em casas, jardins, ruas, locais onde haviam água parada onde se desenvolviam larvas do mosquitos. Em 1904 houve um surto de varíola. Foi feita uma campanha de vacinação em massa, mas os jornais, Congresso e a população manifestaram-se contra a vacinação obrigatória - Revolta da Vacina. Em 1908 houve uma epidemia de varíola, o Brasil finalmente reconhecia o valor do sanitarista, a população procurou os postos de vacinação. O Instituto Soroterápico Federal foi rebatizado como Instituto Oswaldo Cruz. Em 1973 o Brasil garantiu a certificação internacional da erradicação da varíola, e como legado à saúde pública o Sistema de Vigilância Epidemiológica. Os componentes do Sistema nacional de Vigilância Sanitária: Nível Federal: ANVISA e Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde; Nível Estadual: Secretarias estaduais de Saúde; Nível Municipal: Serviços de vigilância sanitária, diferentes áreas epidemiológicas, vigilância da saúde, entre outras. Nas áreas de atuação da vigilância sanitária estão inseridas ações relacionadas ao controle de riscos sanitários em: Produtos alimentícios, medicamentos, cosméticos, serviços de saúde, meio ambiente, saúde do trabalhador, fiscalização de portos, aeroportos e fronteiras. Em 1988 cria-se o SUS – Sistema Único de Saúde. O SUS é responsável por mais ou menos 80% da rede de atenção primária e secundária de saúde no Brasil. Isto demonstra que o processo de estruturação do SUS pode se considerado como um movimento contra- hegemônico ao ajuste estrutural hoje, ao promover um alargamento do Estado, ao invés da tendência de construção do Estado mínimo observado em outros setores.
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