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ANÁLISE DO DOCUMENTARIO LIXO ESTRAORDINARIO

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Muniz, Vik Muniz, Lixo Extraordinário, a realidades dos catadores. Almega Projects, 2010
Vik Muniz é um artista plástico brasileiro que produz obras voltadas para a sustentabilidade. Além da pintura, ele trabalha com a produção de esculturas e fotografia.
Um dos maiores problemas gerados pelo capitalismo é o consumo desenfreado de produtos que serão rapidamente descartados pela população. O que leva á uma enorme quantidade de resíduos sem um lugar apropriado para seu descarte.
Tal assunto despertou o interesse do artista plástico Vik Muniz, que se interessou pelo aterro sanitário de Jardim Gramacho, considerado o maior aterro sanitário do mundo no quesito de recebimento diário de resíduos. O que o levou a sair de sua casa e se mudar por dois anos para o Rio de Janeiro, no município de Duque de Caxias, município onde está localizado o aterro, para registrar a vida dos catadores que trabalham em jardim Gramacho.
Vik acreditava que os catadores eram extremante rudes e muitos deles viciados em drogas. Impressão que posteriormente foi transformada. Ao chegar ao aterro Vik ficou perplexo ao se deparar com as condições que os catadores eram submetidos. Mostrando um total descaso com a classe dos catadores, que foram definitivamente abandonados pelas autoridades locais. Os catadores trabalhavam sem uma carga horária pré-estabelecida, ou qualquer outro direito trabalhista previsto por lei.
Uma das características mais relevantes sobre o aterro é a retirada diária de 200 toneladas de materiais recicláveis, feita pelos catadores. No qual todo material era posteriormente vendido e o valor arrecadado usado para o pagamento de seus salários. Porem a tarefa de retirada desse material do aterro não é nada fácil, pois no aterro contem todo tipo de lixo produzido pelos moradores dos municípios a qual o aterro é abastecido. Mostrando o descaso do órgão publico responsável em realizar uma eficiente coleta seletiva. 
Tal situação gera nos catadores um enorme efeito dominó. Na qual eles são submetidos a condições precárias de trabalho, e de extrema periculosidade, salários baixíssimos e consequentemente um padrão de vida extremante precário. 
Na tentativa de proporcionar aos catadores melhores condições de trabalho Tião cria uma associação que luta pelos direitos da classe dos catadores. Ele foi fortemente criticado, porem não desistiu de seu objetivo e com ajuda de alguns outros catadores conseguiram conquistar por meio de protestos alguns direitos básicos.
Tião tinha objetivo criar uma escola para as crianças filha dos catadores, para tentar fazer com que elas não seguissem o mesmo caminho dos pais, e tivessem a oportunidade de virem a se tornar profissionais mais valorizados pela sociedade. Ele sita o exemplo de médicos, advogados, psicólogos entre outros. 
Vik Muniz escolhe alguns catadores e os fotografa recriando depois suas fotografias com materiais recicláveis por eles coletados. Que posteriormente foram leiloados e o dinheiro arrecadado mudou a situação dos catadores envolvidos no projeto.
Com a quantia arrecadada foram criadas pela associação de catadores uma escola para os filhos dos catadores e uma biblioteca. 
Através da reeducação ambiental o Brasil tem algumas chances, mesmo que mínimas, de mudar a situação do descarte de lixo, com a implantação de um consumo consciente, e ensinar a todos a como descartar seus resíduos de maneira correta, irão ser geradas a diminuição de lixo produzida diariamente pó cidadão.
No ano da gravação do documentário o Brasil estava vivendo um dos momentos mais aguardados pela política, principalmente nacional, a copa do mundo, onde foram investidos milhões de reais em estádios em todo Brasil. Gerando um grande rombo aos cofres públicos.
Enquanto a situação dos catadores e moradores do município de jardim Gramacho era precária e necessitava de investimentos por meio do governo. Não para adquirirem um padrão de vida luxuoso, mas sim para adquirirem um padrão de vida com o mínimo de dignidade. Mostrando a tamanha desigualdade social do Brasil.

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