APS I AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA Nº ___VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE SÃO PAULO - SP
 NIZETE, nacionalidade, estado civil, profissão, inscrita no CPF sob o nº XXX.XXX.XXX-XX, portadora do RG nº UF – XX.XXX.XXX, filiação: Sandrine, domiciliada na Rua/Avenida XXXXXXXXX, nº XX, Bairro: XXXXXX, São Paulo - SP, CEP: XXXXXX-XXX, com endereço eletrônico xxxxxxxxxxxxx@xxxxxxx.xxx, por seu advogado(a) infra-assinado, inscrito sob o nº de OAB/UF – XXX.XXX,com endereço profissional na Rua/Avenida XXXXXXXXXXXX, nº XX, Bairro: XXXXXXX,São Paulo – SP, CEP: XXXXX-XX, com endereço eletrônico xxxxxxxxxxxxx@xxxxxxx.xxx, vem perante Vossa Excelência propor:
AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO C/C RECONHECIMENTO DE PATERNIDADE
em face de ELEUTÉRIO, nacionalidade, estado civil, profissão, inscrito no CPF sob o nº XXX.XXX.XXX-XX, portador do RG nº UF – XX.XXX.XXX, filiação: xxxxxxxxxxxxxx, domiciliado na Rua/Avenida XXXXXXXXX, nº XX, Bairro: XXXXXX, São Paulo - SP, CEP: XXXXXX-XXX, com endereço eletrônico xxxxxxxxxxxxx@xxxxxxx.xxx, em razão dos fatos e direitos a seguir expostos:
DA JUSTIÇA GRATUITA
A Requerente não possui condições financeiras para arcar com as custas processuais e honorários advocatícios, sem prejuízo do seu sustento. Nesse sentido, junta-se declaração de hipossuficiência (fl. XX) e cópia da CTPS da requerente (fls. XX/XX). 
Por tais razões, requer desde já os benefícios da Justiça Gratuita, assegurados pelo art. 5º, inciso LXXIV, da CR/88 c/c a Lei 13.105/15,art. 98 e seguintes, CPC/2015.
DOS FATOS
Sandrine mãe de Nizete, trabalhou a alguns anos atrás como faxineira na residência da família “Sampaio Cotrim”. Nesta época, Sandrine, viveu um relacionamento amoroso com Eleutério, suposto genitor da autora, no qual, resultou de uma gravidez, nascendo em 1997, Nizete, que hoje possui 22 anos.
 Após o nascimento da requerente, a genitora procurou Eleutério para informar que Nizete era sua filha, porém o requerido se negou a assumir a paternidade, e Sandrine se sentido humilhada pediu demissão do seu emprego,se mudou da residência da família “Sampaio Cotrim”, e nunca mais o procurou. 
Passaram-se muitos anos, e Nizete se viu em dificuldades, ante a perda da sua casa em uma enchente, e também pelo falecimento de sua mãe e de sua avó na ocorrência do fato, onde, Nizete perdeu as únicas familiares que eram com quem sempre tinha convívio e moradia. A requerente viu-se desamparada, onde na oportunidade, foi morar com sua madrinha Saraellen. Como a madrinha sabia informações do seu suposto pai, acabou revelando quem o era em momento oportuno.
Após a tragédia, a requerente procurou o suposto pai, para explicar a sua situação, porém o requerido ainda se nega a reconhecê-la como filha.
Ante o exposto, é sabido que o reconhecimento civil do(a) filho(a) é um direito indisponível, no qual deve ser preservado e garantido, conforme preceitua a nossa legislação. Sendo assim, ajuíza-se a presente ação com o objetivo de buscar proteção jurisdicional, para que se julgue procedente a pretensão da autora e que seja acolhida a investigação de paternidade acerca do suposto pai, acima qualificado. 
DO DIREITO
DO RECONHECIMENTO DA PATERNIDADE
O direito de ser reconhecida a filiação biológica é albergado sem restrições pelo ordenamento jurídico brasileiro, tratando-se de direito indisponível, conforme a CR/88 dispõe, no art. 227, § 6º:
Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
§ 6º Os filhos, havidos ou não da relação do casamento, ou por adoção, terão os mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à filiação.
E nos termos do art. 1607 do Código Civil de 2002:
Art. 1607 - O filho havido fora do casamento pode ser reconhecido pelos pais, conjunta ou separadamente.
Quanto, à imprescritibilidade da ação de reconhecimento da filiação, o Código Civil de 2002,estsbelece no art. 1606, § único: 
Art. 1.606 - A ação de prova de filiação compete ao filho, enquanto viver, passando aos herdeiros, se ele morrer menor ou incapaz.
Parágrafo único- Se iniciada a ação pelo filho, os herdeiros poderão continuá-la, salvo se julgado extinto o processo.
Assim sendo, mesmo que a autora já tenha atingido a maioridade, se trata de direito indisponível e de direito humano fundamental, reconhecido constitucionalmente e integrante da dignidade da pessoa humana, logo, a requerente pugna pelo reconhecimento da sua paternidade, investigando-se assim se o requerido é realmente o seu pai biológico.
 
DA COMPROVAÇÃO DA PATERNIDADE BIOLÓGICA (DNA)
Quanto à prova de filiação, o exame de DNA é preferencial com os demais meios de prova, tendo em vista a sua alta confiabilidade, com grau de certeza praticamente absoluto.
Assim, a requerente propõe que a comprovação da paternidade seja confirmada através do exame de DNA.
DA RETIFICAÇÃO DO REGISTRO DE NASCIMENTO
O art. 109, da Lei 6.015/73, disciplina a possibilidade de retificação do assentamento no Registro Civil, in verbis: 
Art. 109. Quem pretender que se restaure, supra ou retifique assentamento no Registro Civil, requererá, em petição fundamentada e instruída com documentos ou com indicação de testemunhas, que o Juiz o ordene ouvido o órgão do Ministério Público e os interessados, no prazo de cinco dias, que correrá em cartório.
Caso o exame de DNA tenha resultado positivo, a autora manifesta-se desde já, pela alteração do assentamento de Registro Civil, acrescentando-se o sobrenome do requerido bem como o patronímico “Sampaio Cotrim”.
4)CONCLUSÃO
 DOS PEDIDOS
 Ante o exposto, a autora requer que seja julgado procedente o pedido, declarando o reconhecimento da paternidade por sentença, e sucessivamente seja expedido o mandado de retificação de registro para o cartório competente.
Outrossim, a autora roga, seja alterado o seu nome para constar o seguinte apelido de família “Sampaio Cotrim”.
DOS REQUERIMENTOS
Requer a gratuidade da justiça nos termos do art. 98 e SS do CPC/15.
Requer a citação do requerido por Oficial de Justiça, nos termos do art. 249 CPC/15, para comparecer à audiência de conciliação.
A condenação do requerido, ao pagamento dos honorários de sucumbência, nos termos do art. 85 CPC/15.
Requer provar os fatos por todos os meios de prova admitidos em lei, quais sejam: depoimento pessoal do réu, prova testemunhal, prova documental e principalmente prova pericial/DNA.
Dá-se a causa o valor de R$ 8.000,00(oito mil reais).
 				Nestes Termos
 				Pede Deferimento
 				 São Paulo, 05 de abril de 2019.
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Advogado - OAB/UF