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epicuro-plotino e a filosofia medieval(agostinho,anselmo e tomás)

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Epicuro e a fundação do “Jardim” (képos)
	No clima de insegurança determinado pelo avanço da cultura helenística, volta-se com força ao interesse pelo indivíduo e ao problema ético. Epicuro é o fundador de uma escola, chamada Jardim que conservando alguns elementos da lógica e da física clássica insiste, sobretudo, no problema ético. A grande metafísica de Platão e Aristóteles é colocada de lado. De fato, a segunda navegação é ignorada. Desenvolve-se uma lógica bastante simples e uma Física de tipo materialista ligada à doutrina dos atomistas, o critério supremo da verdade é a sensação. O atomismo de Epicuro difere do atomismo de Demócrito indicando que a característica dos átomos está além de ser a figura, a ordem, a posição e também o peso. Outra diferença está na teoria da declinação dos átomos, isto é, na sua queda, chamada clinamen. O aspecto mais importante de Epicuro é a sua ética fundada sobre conceitos de aponia que significa ausência de dor, e de ataraxia que significa ausência de Perturbação. É bom aquilo que não contém dor e que não me perturba. O critério ético é o prazer que não se entende no seu sentido vulgar, mas como tranqüilidade da pessoa. Tudo o que perturba deve ser evitado. Mas, o prazer supremo é a amizade.
Plotino
	Plotino se coloca na tradição platônica da grande Filosofia grega. O seu objetivo é libertar o homem dos laços da matéria e dos laços deste mundo para juntá-lo ao Divino que para ele se chama “uno”, tudo deriva do “uno” que é infinito e que está acima de todas as coisas, além de todas as coisas. Na sua íntima natureza, o “uno” é inefável e profundamente incognoscível, ele é o absoluto. Todas as coisas derivam deste uno por emanação, como do sol derivam os raios de seu calor, ele, porém, na sua íntima natureza permanece incomunicável. Do uno derivam em primeiro lugar a inteligência, “nous”, deste “nous” a alma do mundo, que por sua vez derivam as várias almas individuais, e como última emanação do “uno” se encontra a matéria, o mundo físico. O homem se forma pela descida da alma numa certa matéria particular. O desejo principal da alma do homem é de voltar ao “uno”, de se juntar com a sua origem. Este processo de retorno ao absoluto é a parte dominante da Filosofia de Plotino. É o momento ético que comporta várias etapas. A primeira é a prática da virtude, a segunda é a prática da ciência no sentido da erótica platônica, isto é, como processo de aproximação ao Divino por meio da inteligência e por meio da dialética. Mas para Plotino existe um terceiro momento que é o da união mística, chamado êxtase, nesta fase o eu se identifica com o “uno” e com ele se confunde. Não existe mais a alteridade, mas somente a união do eu com o “uno”. 
	A Filosofia de Plotino tem uma sólida fundamentação metafísica. A diferença de Epicuro e dos Estóicos é que ele não nega a segunda navegação, a existência do mundo espiritual ele não nega, mas a retoma insistindo, porém sobre o aspecto ético da volta do homem ao seu primeiro princípio. A Filosofia de Plotino é uma Filosofia monista (monos=só) porque tudo se resume num único princípio que é o “uno”. Tudo deriva por emanação do “uno” e volta ao “uno”. E também é uma Filosofia Panteísta porque este “uno” é Deus e se encontra em todas as coisas. É um Panteísmo espiritualista enquanto que para os Estóicos é um panteísmo de tipo materialista. A Filosofia de Plotino representa o canto do cisne da Filosofia pagã, desejosa de competir com o cristianismo para dar um sentido a existência humana. Trata-se de uma Filosofia religiosa, não cristã e profundamente aristocrática para alguns espíritos eleitos. 
	A relação entre Plotino e o cristianismo, em particular uma comparação entre monismo e panteísmo.
	Para Plotino, o monismo se identifica enquanto princípio, ou seja, este princípio é a razão de ser de toda unidade que é o “uno” em si e absoluto de onde deriva todas as coisas e volta ao “uno”. Porém, quando ele compara o “uno” com Deus e diz que o “uno” é Deus, afirma que o “uno” se encontra em todas as coisas e que é potência de todas as coisas, está afirmando terminantemente que Deus tem necessidade de se autocriar como potência infinita. No entanto, para nós cristãos, Deus tem a necessidade de criar a si mesmo, de se autocriar, porque Ele é ato puro, é perfeito, é em si e acima de tudo Ele é.
	O cristianismo afirma que Deus está presente, na sua essência, em todas as coisas e não se encontra como parte d’Ele em todas coisas porque se deus fosse a parte de todas as coisas, Ele não seria “uno” e incriado, portanto, neste aspecto, Plotino é panteísta e não monoteísta no aspecto religioso.
Conforme Reale, Cap. XIV	
	A elaboração da mensagem bíblica.
1. Os problemas que emergiram inicialmente:
1.1. O problema do Cânon bíblico, que ficou definitivamente estabelecido em 367, apesar da consagração prática desses textos em séculos anteriores.
	Ligado ao Cânon bíblico está o problema dos níveis de compreensão da Sagrada Escritura: que relação tem o Novo Testamento com o Antigo Testamento? Como interpretar os textos do AT? Aqui começa a surgir a questão filosófica?(interpretativa, hermenêutica).
1.2. Diante do mundo pagão, os cristãos passavam a defender a fé das acusações de incoerência e de ilogismos. Aparecem, assim, os primeiros padres: Apostólicos e Apologistas.
1.3. A patrística:
	Fase histórico-doutrinal dos seis primeiros séculos do cristianismo, que se caracteriza pela explicitação do dogma a partir dos textos bíblicos.
Critérios para se tornar padres da Igreja: são quatro.
1. Antiguidade;
2. Aprovação da Igreja;
3. Santidade de vida;
4. Doutrina ortodoxa.
Divisão:
1. Dos primórdios até Nicéia(325);
2. De Nicéia até Calcedônia(451);
3. De Calcedônia até: o séc. VII, no Ocidente.
			 : o séc. VIII, no Oriente.
Padres latinos/os pilares:
Ambrósio, Agostinho, Jerônimo e Gregório Magno.
Gregório Nazianzeno, Basílio Magno, Gregório de Nissa.
1.4. Os problemas colocados pelo cristianismo.
1.4.1. Trindade.
1.4.2. Encarnação.
1.4.3. Relação entre liberdade e graça.
1.4.4. Relação entre razão e fé.
	Não é a Filosofia que resolve os problemas a partir da fé e sim a partir da razão. Etapas da história: 	FILOSOFIA – FILOSOFIA CRISTÃ: PATRÍSTICA... – ESCOLÁTICA: S. BOAVENTURA... – TOMISMO.
Filosofia Cristã: é aquela Filosofia feita por cristão que procura a harmonia entre a fé e a razão, de modo estritamente racional a partir dos problemas colocados, sobretudo pela fé.
2. Alexandria.
2.1. A cidade.
Bairros: kokotis, do povão; Brukhium, dos palácios.
2.2. Fílon de Alexandria.
15 a.C. – 50 d.C.(judeu).
Método alegórico: O mérito de Fílon na área da interpretação bíblica foi à criação do método chamado alegorese, que consistia em descobrir o sentido espiritual do texto sagrado. O método alegórico admite dois níveis significativos no texto sagrado:
a) literal;
b) culto: as personagens e os eventos bíblicos são símbolos de conceitos e verdades morais, espirituais e metafísicas. A interpretação alegórica terá grande importância na Patrística.
Alegoria (do grego: allegoría, em outro sentido, em sentido metafórico).
Pensamento:
- Deus criador; criou também a matéria tendo o logos como modelo.
- Homem: corpo, alma, espírito.
3. A gnose.
	Movimento dos primeiros séculos da nossa era que defende a nova maneira de conhecer Deus não mais pela razão e sim por iluminação direta, através de contatos com Deus, como uma espécie de revelação pessoal.
Escolas gnósticas:
1. Samaritana: (At. 8,9-24) séc. I. Simão Magno.
2. Siríaca: séc. II. Marcião (85-150).
3. Alexandria: séc. II. Basílides (120-161).
4. Itálica: séc. II. Valentim
5. Maniqueísta: séc. III. Mani (216-276).
Teses centrais:
1. Deus é absolutamente transcendente (está fora do mundo);
2. A distância entre Deus e mundo é superada pela existência de intermediários: seres que procedem a Deus, os eones(aiwnes);
3. O ínfimo lugar na escolados seres pertence ao mundo sensível;
4. Homem: composto de dois princípios: corpo (matéria) e espírito (forma).
4. Os apologetas e a escola de Alexandria.
4.1. Os apologetas...
4.2. A escola de Alexandria.
	Clemente de Alexandria (150-215).
	Primeiro pensador cristão a tentar a síntese entre fé e razão, filosofia e cristianismo.
	A inspiração é fundamentalmente bíblica: Deus Criador, uno e trino. O logos deve ser entendido em sentido triplo:
a) princípio criador;
b) princípio da sabedoria dos filósofos;
c) princípio de salvação.
	Escreveu três obras importantes: Protréptio; o pedagogo; Estrômatas, proptéptico.
	É o convite para que aceite o novo logos, o logos verdadeiro, o Cristo.
	Deus não abandona nenhum povo, apesar de ter escolhido o povo eleito, assim como deu a lei para os hebreus (judeus), o Torá, deu a Filosofia para os gregos.
5. Os gregos do século de ouro...
6. As últimas figuras.
	Dioniso (Pseudo-Dioniso).
	É a fonte principal do neoplatonismo. Filosofia neoplatônica.
	Os neoplatônicos têm uma visão religiosa unitiva entre os cristãos.
	O Dioniso tem a tendência de enfatizar a transcendência divina, ele desenvolveu uma distinção importante na Teologia.
- Teologia catafática é a teologia positiva ou afirmativa (afirmar Deus).
- Teologia apofática é a teologia negativa. Nega certas coisas de Deus.
Capítulo XV
2. Agostinho. 354-430.
- Formação clássica: latinista, influenciado por Cícero.
- Nasceu em Tagaste.
- Estudou em Cartago.
- Batizado em 387 por Ambrósio.
- Crer para entender, entender para crer (essa ligação entre fé e razão irá marcar toda a Idade Média).
2.2. O filosofar na fé.
	Plotino mudou o modo de pensar de Agostinho, oferecendo-lhe novas categorias. Mas também a fé abriu novos horizontes para o seu pensar.
	Assim, a Filosofia cristã chega ao amadurecimento com Agostinho: “Crer para entender, entender para crer”.
	A Filosofia cristã é amor à Sabedoria.
	Ora, a Sabedoria é Deus.
	Logo, a Filosofia é amor a Deus.
2.3. A “Magna Questio”.
	O verdadeiro problema da Filosofia não é o Cosmo, mas o homem.(é a atitude socrática de Agostinho).
	Mas não o homem abstrato: é o homem concreto que interessa, o eu, a pessoa. Esta atitude inicial leva à interiorização da pesquisa filosófica: fixação da busca no interior do homem.
	É, sobretudo, a divisão interior do homem (intelecto x vontade) que põe a questão filosófica e religiosa.
	O “homem interior” é a imagem de Deus e da Trindade: o existir, o conhecer, o existir é amar.
	O caminho filosófico é: do exterior para o interior, do interior para o superior.
2.4. A iluminação.
	Deus transcende a verdade como conserva o ser das coisas.
a) sensação: os objetos materiais agem sobre os sentidos;
b) mas a sensação é somente o primeiro grau de conhecimento;
c) Pois a alma tem verdades imutáveis.
d) e captamo-las somente com o intelecto, por iluminação(o próprio Deus coloca essas verdades imutáveis em nós).
	O problema da dúvida à verdade está presente no Itinerário. O interesse de Agostinho pela Filosofia foi tido como conhecida ao ler uma obra de Cícero. O estudo dos filósofos acadêmicos.
Maniqueus= luta entre bem e mal.
1. A certeza não está nas coisas, elas enganam.
2. A certeza está em mim, mas não sou eu, não vem do homem.
3. O que está em mim (prima veritas) é a presença de uma luz maior.
4. Reflexão da Veritas Aeterna.
	Tudo me engana, mas se eu me engano, eu existo. Si fallor, sum.
	A natureza do tempo é de não ter natureza. Não existe o tempo a não ser se Deus o criasse.
O Problema do Tempo
	Sto. Agostinho afirma; se ninguém me pergunta eu sei o que eu quero, mas se alguém me perguntar não sei responder.
	A natureza do tempo pode ser explicada a partir dessa resposta negativa. Com efeito, o passado é aquilo que não é mais. O futuro é algo que ainda não é. O presente é o instante que imediatamente tende ao não ser. Portanto, a natureza do tempo é definida só negativamente. Mas na nossa experiência nós percebemos a realidade do tempo e ele consiste na presença do passado, na presença do presente e na do futuro. O tempo está na nossa alma, é uma extensão da alma (extensio animi). Portanto, consiste na memória como presença do passado, na intuição como presença do presente, na espera como presença do futuro. O tempo existe na alma, e assim ele é uma dimensão do mundo criado, quer dizer, não existe independentemente de Deus.
	O tempo é criatura de Deus. Em Deus existe só a eternidade que Sto. Agostinho define: nunc aeternum. Assim, é destruída a afirmação pagã que o tempo fosse uma divindade que ameaçava o próprio Deus. Para os pagãos, cronos era um dos deuses. Para Sto. Agostinho, o tempo é criatura de Deus e exatamente é a dimensão do mundo criado. O tempo não me dá medo porque é criatura de Deus.
O Problema do mal.
	Os maniqueístas falavam que o mal e o bem são realidades absolutas. O mal é a falta de um bem, é a ausência de um mal devido. Sto. Agostinho chega demonstrar que não existe o mal absoluto.
Liberdade e a graça.
	O tema da liberdade junto com o problema do mal acompanhou a existência concreta de Santo Agostinho. Ele distingue entre livre arbítrio e liberdade. O livre arbítrio é a possibilidade de escolher entre duas ou mais coisas, o contrário do livre arbítrio é a coação que pode ser causada para forças externas ou internas, o livre arbítrio consiste na capacidade de escolher, de optar. Neste sentido ele é apenas a premissa da liberdade.
	A liberdade é a realização da natureza do homem. O homem é livre não quando faz o que quer, mas quando adere àquilo que o realiza. Liberdade não é aquilo que eu possa escolher e sim aquilo que me realiza e que me satisfaz. Uma pessoa é livre quando tem uma proposta, quando tem algo para seguir. Não é fazer o que quero, mas ser totalmente aquilo que sou. Aqui entra o problema da graça. Como posso me realizar totalmente se não faço o bem que desejo?
	É necessário o encontro, a amizade com a graça de Cristo para ser livre. O tema da graça é aquilo que me favorece, favorece a minha liberdade para alcançar a minha realização. Portanto, a graça é o elemento decisivo. O encontro da graça coincide com o encontro com ele mesmo. Deus é Intimior intimo meo, Isto é, mais íntimo que eu. Aquele que torna possível a realização do meu eu. O itinerário, com este encontro, chega ao seu ponto culminante, alto. O relacionamento entre fé e razão.
1. A razão que busca o sentido ou o coração inquieto que busca a felicidade.
2. A razão que é o encontro com Cristo não termina o encontro, o sentido de forma gratuita porque vem de fora. Sto. Ambrósio.
3. Utilização da razão dentro da própria fé. A inteligência da fé.
A Cidade de Deus.
	No livro, A Cidade de Deus, Sto. Agostinho afirma a existência de dois amores diversos que geraram duas cidades. O amor a si levado até o desprezo de Deus gerou a cidade terrena, o amor a Deus levado até o desprezo de si gerou a cidade celeste. A linha de divisão, de demarcação entre as duas cidades passa no coração de cada homem. As duas cidades convivem nesta história. Por meio da graça de Deus e da resposta dos homens cresce a cidade de Deus no meio da história, mas ela se tornará visível somente no último dia. Agora, a graça de Deus se visibiliza na Igreja que é sempre chamada, ela também, a uma contínua purificação. A cidade de Deus se confirmará definitivamente no último dia que Sto. Agostinho chama o sábatum aeternum, o dia do pleno repouso na felicidade e na paz. A visão agostiniana influenciou toda a história do Ocidente na Idade Média.
A Trindade.
	Sto. Agostinho afirma que a fonte e o fim de todas as coisas é a Trindade que o homem pode descobrir somente por meio da Revelação. O homem pode iluminar alguns aspectos do mistério da Trindade por meio da analogia com a alma humana. A alma é uma só, mas as faculdades são três, distintas entre elas, exatamente a inteligência,a memória e a vontade. Assim, em Deus, existe uma única natureza composta de três pessoas. O Pai que é a fonte de tudo, o Verbo que é a inteligência do Pai, o Espírito que é o amor. Assim, Sto. Agostinho apresenta Deus não como uma realidade estática, mas como uma intersubjetividade, como uma comunhão, como um amor. A Trindade é fundamentalmente uma vida de amor, da qual surgem todas as coisas em particular a vida do homem que se realiza somente no amor, no dom de si a Deus e aos outros.
Proslogion (Sto. Anselmo de Aosta)
	Esta obra de Sto. Anselmo de Aosta parte da idéia de Deus de ser perfeitíssimo. Não existir somente na idéia, mas também na realidade. Parte-se do conceito de Deus para afirmá-lo.
	Assim, o ponto de partida do argumento ou prova a priori de Sto. Anselmo é a idéia de Deus que nós temos no nosso intelecto, também o estulto do qual fala o Salmo (estulto é aquele que se diz ateu) tem em si a idéia de Deus, esta idéia é de um ser maior do que o qual nada se pode pensar. “Id quo magis cogitare nequit”, a idéia de ser perfeitíssimo. Esta característica de Deus como ser perfeitíssimo está no intelecto, porém na sua própria natureza está implícito o fato de que não existe só no intelecto porque se poderia pensar num outro ser que além de existir no intelecto existisse na realidade e então o primeiro não seria mais “Id quo magis...”, mas isso é contraditório, pois afirma e nega que Deus seja o ser maior do que o qual nada pode existir.
	Em conclusão, partindo da idéia de Deus como ser perfeitíssimo está implícita nesta própria idéia o atributo e a característica da existência. Assim, Sto. Anselmo afirma que no próprio conceito de Deus como ser perfeitíssimo está incluída a prova de sua existência. Este argumento se chama a priori porque não parte das coisas criadas, mas do conceito de Deus que vem antes de todas as coisas criadas e que se encontra no sujeito, no eu do homem. Este argumento se chama também ontológico porque dá existência real de ser lógico. No próprio conceito de Deus se deve admitir a existência como elemento essencial desta perfeição.
	O monge Gaunilon objetou o seu mestre no “Líber pro insipinte” que a idéia de Deus é conhecida pelos homens como e somente de forma genérica, não temos um conhecimento substancial dele. Em segundo lugar, Gaunilon afirma que eu poderia ter na minha mente a idéia das ilhas felizes cheias de delícias, mas não por isso esta idéia se concretizaria na realidade.
	Deste modo, Gaunilon nega a legitimidade da passagem do plano lógico ao plano real. Padre Anselmo respondeu ao seu discípulo no “líber apologeticus” afirmando que o exemplo da ilha afortunada e perfeita não é adequado porque a passagem da idéia a existência real é possível somente em um caso, no caso da idéia de Deus como “Id quo magis cogitare nequit”, quer dizer somente no caso da idéia de ser perfeitíssimo.
	A novidade de Sto. Anselmo para a Filosofia é o argumento a priori, ontológico ou a simultâneo. Sua Filosofia está como em Sto. Agostinho a favor da fé, a fórmula que ele usa é “Credo ut intelligam”, acredito para entender. Depois, outros filósofos acrescentaram a afirmação “intelligo ut credam”. Para Sto. Anselmo, a fé tem a primazia sobre a razão, o princípio da razão é a fé. A fé torna possível entender o sentido último das coisas, o objeto da fé por sua vez é abraçado em força do amor, o homem conhece porque ama, deseja conhecer sempre mais a realidade que ama. A fé desta forma não suprime a razão e a inteligência, mas é um princípio estimulante e vivificante. Na prova de Sto. Anselmo, o ponto de partida é a realidade de Deus que nós já possuímos por meio da fé e da tradição cristã, a razão se exerce como a ajuda a entender um dado já oferecido pela fé. Assim, o ponto de partida de Sto. Anselmo é a idéia de Deus apresentada em termos totalmente racionais (a idéia de ser perfeitíssimo), mas de fato herdada pela tradição cristã. “Fides quaerens intellectum”, a fé que procura a inteligência.
O Problema dos Universais
	Na Idade Média se desenvolveu uma grande discussão na temática dos Universais, toda a disputa era baseada sobre o valor que se deve dar aos conceitos gerais ou as idéias universais como, por exemplo: a beleza, a bondade e etc. A pergunta era, onde existem as essências universais, os conceitos universais? Onde é que está a bondade?
	Nesta problemática temos três soluções: a primeira, a solução do realismo exagerado sustentado por Guilherme de Champeaux e a sua escola, as essências são permanentes, imutáveis, existem nos sujeitos singulares, mas também numa realidade anterior a ele, por exemplo: existe a animalidade porque dá consistência real a idéia. Segunda, a condição nominalista é sustentada por um filósofo Roscelin (1050 – nascimento), os nominalistas sustentam que os universais não têm nenhum valor, os universais são apenas nomes, “universalia sunt nomina”, os conceitos universais são sinais convencionais que o homem usa para indicar uma mesma categoria de objetos. Os universais são “flactus vocis”, emissão da voz. Terceira, o Realismo Moderado, os universais existem ante rem, post rem, in re.
Ante rem – mente de Deus.
Post rem – na mente do homem por meio da abstração.
In re – na coisa, em forma potencial.
	Sto. Anselmo, Abelardo e S. Thomas sustentam esta terceira solução que dá mais conta da existência concreta dos universais.
Pedro Abelardo
A dialética e suas funções.
Res – vox – cogitatio.
Res – voces – sermo.
A correspondência entre a palavra e a realidade, entre a palavra e vocês.
	Abelardo quer aprofundar o uso da Ratio, desejando aceitar afirmações da Sagrada Escritura e dos Padres não somente pela autoridade deles. Ele desenvolve um uso crítico da razão para aprofundar as afirmações dos Padres e da Teologia. Desenvolve o uso da inteligência para aprofundar a própria fé: intelligo ut credam, uso a inteligência para crer. A lógica está a serviço do aprofundamento da inteligência da fé. A lógica para ele é, porém uma ciência autônoma, mas o objeto final da sua obra é a melhor compreensão das verdades da fé para Sto. Anselmo; a lógica, ou melhor, a dialética não era autônoma, mas era diretamente orientada à verdade da fé. Para Abelardo, a dialética ou a filosofia racional é conclusivamente orientada à fé. Para Anselmo, o objeto imediato é a inteligência da fé. Para Abelardo, o objeto imediato e próximo é o desenvolvimento de uma ciência autônoma, de uma ratio crítica, autônoma, que somente no seu ato final está orientada à experiência da fé.
Anselmo é o filósofo do credo ut intelligam;
Abelardo é o filósofo do intelligo ut credam.
Credo ut intelligam significa a fé que é necessária e indispensável para entender o sentido da minha existência, do mundo e de todas as coisas. A fé me faz entender, pois sem a fé não entendo nada de mim. A fé é um instrumento da inteligência.
Abelardo diz que para poder chegar à fé, uso a inteligência, desenvolvo um discurso crítico e racional que tem suas regras autônomas. A inteligência é indispensável ao próprio ato de fé. O intelligere é uma ação conjunta da ratio e da fides. Ao passo que o compreendere é um puro dom de Deus que ele oferece pela graça da fé.
O ser possível e o ser necessário
Avicena – Distinção entre: - ente (existência)
 - essência
Averróis – Valor do intelecto passivo e ativo.
A essência é universal e abstrata, a existência é particular e concreta.
Distinção entre: ser necessário (em si a razão de sua existência)
 ser possível (não tem em si a razão de sua existência)
 (contingente)
Averróis sustenta sinteticamente dois princípios: O primado da filosofia sobre a sua fé islâmica, em verdades expostas no alcorão, devem ser interpretadas à luz da razão filosófica, esta afirmação causou problemas perto das autoridades islâmicas. O primeiro problema é a eternidade do mundo, Averróis retomando algumas afirmações aristotélicas sustentaque o mundo é eterno, sendo que o movimento assegura a unidade do universo todo. Esse universo é produzido pelo motor imóvel, mas não enquanto causa eficiente, mas enquanto causa final. A perfeição do motor imóvel produz o movimento do mundo. Sendo perfeito e eterno, o motor imóvel é eterno e também o universo. O segundo problema é a unicidade do intelecto possível. Para Averróis, o intelecto que tem a sua função mais importante é o intelecto ativo que corresponde à luz divina, mas para ele, também o intelecto possível e passível é universal, portanto é de natureza divina. O problema nasce pelo fato de que sendo divino, este intelecto, é único, comum a todos os homens. Existe assim uma imortalidade de tipo coletivo porque o intelecto possível não é distinto, é próprio de cada homem, mas é uma realidade única para todos os homens, esta afirmação vai contra a doutrina, seja cristã como islâmica da imortalidade da alma individual. Depois da morte existe só uma imortalidade coletiva, para a qual todos confluem de forma indistinta. 
	SE SI
	IP IA
Material: a alma é mortal
Imaterial, no único, para todos: imortalidade coletiva + não individual – Averróis.
Imateriais e individuais: hic homo intelligit – Tomás de Aquino. Imortalidade individual e pessoal.
O Método de Sto. Tomás de Aquino
	A reflexão filosófica e teológica de Sto. Tomás nasce da sua experiência de vida dentro do povo cristão. Vita ad scientiam ducit veritatis et cognitio prorumpit in amorem. A vida leva à ciência da verdade e o conhecimento explode no amor.
1. O ponto de partida de Sto. Tomás é a vida, não é a reflexão, não é a teoria, é a experiência vivida no meio de seu povo;
2. Esta vida leva à teoria, à doutrina, ao saber da verdade, à filosofia, à reflexão crítica;
3. O conhecimento, a doutrina conduz à prática, ao amor. A finalidade da própria reflexão é o amor, ou seja, a edificação da vida, da comunidade cristã. Então, se parte da vida, se elabora uma doutrina para voltar à própria vida. A função da doutrina é edificar a comunidade cristã, segundo uma linguagem atual se pode dizer que Sto. Tomás elabora um círculo hermenêutico que tem esses três momentos: práxis – teoria – práxis.
 P		PRÁXIS
Nada se compara com
a grandeza da vida
recebida.	CÍRCULO
	HERMENÊUTICO
 
 T	TEORIA
 
	Qual é a intenção mais profunda de Sto. Tomás? (intentio profundior). É a de investigar o mistério de Cristo fazendo uma rigorosa reflexão filosófica e teológica. Se estivesse um livro no qual fosse escrito todo o saber do universo, eu leria este livro. Este livro é Cristo, é Ele a síntese, o sentido de todo o universo.
	Sicut qui haberet librum ubi esset tota scientia, non quaereret nisi ut sciret illum librum, sic et nos non oportet amplius quaerere nisi Christum.(Sto. Tomás, In epistulam Ad Col., c. 2, lect., 1.
	A metafísica aristotélica passa na reflexão de Sto. Tomás por uma radical transformação. Para Aristóteles, potência e ato se identificavam respectivamente com matéria e forma, onde a perfeição estava toda na forma como atuação da potencialidade da matéria. Sto. Tomás afirma que não apenas matéria e forma, mas também essência e existência estão em relação com a potência e o ato. A essência comporta a unidade de matéria e forma – por exemplo, no caso do homem, ele é animal racional, a racionalidade, a alma é a essência que se junta com a materialidade que é o corpo. A essência é o conjunto das características que constitui uma determinada realidade, ela é a unidade de matéria e forma – Esta é toda a novidade de Sto. Tomás com Aristóteles. Tomás retoma uma distinção introduzida por Avicena, afirmando que além da essência existe um outro elemento que se chama a existência ou o esse. A existência é o aspecto mais importante de uma determinada realidade. A essência é a potência, a existência é o ato.
ARISTÓTELES 	M : F = P : A
TOMÁS 	M + F ( A essência define a natureza de uma
coisa). 
 Essência : Existência = Potência : Ato.
	Para Tomás, a perfeição de uma determinada realidade não é a sua essência, mas a existência concreta, o seu esse que ele chama de actus essendi – ato de existir – que é a existência concreta. Se o ato é o princípio de perfeição e a potência de imperfeição, resulta que para Tomás o ato puro definido por Aristóteles não é apenas uma pura forma privada de qualquer matéria, mas é o ato puro de existir – actus purus essendi – Deus é, portanto, a plenitude da existência, a sua natureza é o esse, Ele é suprema perfeição. E Tomás define este ser perfeitíssimo como: Ipsum esse subsistens – o próprio existir subsistente. Deus é suprema existência. Nele a essência coincide com a existência, a sua natureza é existir. Retomando pela via filosófica, a grande afirmação do Êxodo, Tomás diz que Deus é Aquele que É, plenitude da existência.
	Se em Deus, essência e esse coincidem, nas criaturas a união da essência com a existência, quer dizer, a passagem da potência para o ato acontece por meio da intervenção criativa de Deus. Ele não é apenas a fonte do movimento, das coisas, Ele é a fonte do ser das coisas finitas. A existência é possível pelo fato de que as coisas e nós todos participamos do Ipsum Esse Subsistens. Deus é a plenitude do ser (esse), nós temos o ser como participação do ser pleno e total. Aqui, Tomás retoma a doutrina platônica da participação, onde, porém não se trata de participar de uma idéia ou de uma forma, mas se trata de ter parte do próprio ser de Deus. Todas as coisas que existem pelo simples fato de existir têm uma relação intrínseca, ontológica com o ser pleno e total. Nada daquilo que existe é sem sentido porque por quanto pequeno seja participa do ipsum Esse. Por isso, na visão tomista, nada é insignificante.
As criaturas participam do ser de Deus.
	Existe, porém, uma distinção profunda entre Deus e as criaturas porque estas têm o ser, enquanto Deus é o ser.
	É uma relação entre duas realidades que tem em si uma diferença e uma semelhança. Ela pode ser de univocidade quando as duas coisas são idênticas. Equivocidade quando não é clara a distinção entre a semelhança e a diferença. O conceito de analogia é essencial, é central na Metafísica de Tomás e na própria visão cristã do mundo. Segundo Tomás, entre todas as coisas existe uma relação de semelhança e de diferença. A semelhança entre todas as coisas é dada pelo ser (actus essendi). A diferença é dada pela diversa qualidade de cada coisa.
	O esse é a coisa mais preciosa.
 - DEUS	- IPSUM ESSE	Todas as coisas têm em co-
 - HOMEM	- ESSE	mum o esse que é a 	
 - PLANTA	- ESSE	coisa mais preciosa que po-	
 - PEDRA	- ESSE	de existir. O esse é a perfei-	
	ção da existência. Entre todas 
	as coisas existe um nexo de analogia, uma unidade profunda.
	Além da relação de semelhança entre as coisas, existe uma relação de diferença que corresponde à natureza de cada coisa. A pedra não é a planta, a planta não é o homem, o homem não é Deus. Entre a coisa menor deste mundo e Deus, existe uma relação de semelhança e diferença. Este é o princípio que reconhece a unidade que liga entre si todos os seres do universo. Podemos nos reportar ao filme de F. Fellini, a estrada.
	Sobre o conceito de Analogia se baseia toda a visão unitária do mundo, todas as coisas estão ligadas entre elas e em todas as coisas se dá uma unidade a partir do ser. O único ser liga os vários seres do universo. O único logos junta todas as coisas. O único sentido abraça toda a realidade. O universo tem o seu valor a partir do seu fundamento ontológico, o valor é dado pelo seu ser. Pelo fato que você existe tem valor. O grau de ser do homem é o seu valor.
A Antropologia de TomásA visão tomista do homem é profundamente unitária, o homem para Tomás, retomando a terminologia aristotélica, é unidade de alma e corpo. A alma é a forma do corpo, sua função é de dar unidade a pessoa e de tornar possível o conhecimento. Para Tomás, o homem conhece por meio do processo abstrativo que parte dos sentidos externos e através das etapas intermediários chega ao intelecto ativo. Contra os averroistas, Tomás sustenta que o intelecto ativo é próprio de cada pessoa, não é um único intelecto ativo e passivo para todos. Porque a função do conhecimento é típica de cada homem, hic homo intelligit – este homem entende – Tomás afirma que a função da alma não é somente dar forma ao conhecimento sensível e ao corpo, mas a alma tem funções próprias que existem independentemente do próprio corpo, como a autoconsciência, a memória. Assim, a alma de um lado conhece as coisas sensíveis, de outro tem atividades próprias que não depende da matéria. Isso confirma que a alma é espiritual e, portanto, imortal.
Ética tomista
	Para Tomás, a ética consiste na realização de toda potencialidade que a natureza humana tem em si. Por isso, o homem é ético quando realiza toda a sua natureza, realiza o fim ao qual a natureza tende. Sendo o homem feito de razão e de liberdade, ele se realiza plenamente quando alcança o objeto da sua inteligência. Este objeto é algo infinito. O homem é feito para o infinito. Esta é a exigência da razão. A finalidade do homem é a beatitude, a felicidade plena. A ética é o caminho para alcançar a realização plena do homem. O homem tem um desejo natural de ver a Deus – Desiderium naturale videndi Deum – Desejo natural de ver a Deus.
	Portanto, ele se realiza na relação com o infinito.
	Outro elemento importante na ética tomista é a função da vontade e da liberdade. O conhecer a Deus é um aspecto da ética, o momento decisivo é o amar a Deus, a adesão da vontade ao bem conhecido. O homem chega a Deus, ou seja, chega a realizar plenamente a sua natureza por meio da adesão da sua liberdade. 	
DUAS CORRENTES NESSE PERÍODO SE DESTACAM:
		ARISTÓTELES	PLATÃO
 Alberto Magno	Agostinho	Francisca-
 Tomás de Aquino	Anselmo	nos.
	 O ponto final é a fé, mas o seu	Alexandre de Hales
 Itinerário é próprio.	Boaventura exalta mais a fé.
 Averróis	1. O mundo como sinal, rede de re-
	lacionamentos que enviam a Deus.
	2. O homem como coração inquieto
	e peregrino do Absoluto tripessoal.
Noções:
“Fides quaerens intellectum” – A fé que procura a inteligência (Sto. Agostinho).
Filosofia “Velut ancilla dominae” – “Teologiae ancilla” – serva da Teologia.
“Amore quaeritur, amore revelatur” (Lanfranco). Amor querido, amor revelado.
“Amor est intellectus” (Guilherme de “Sanit Thiery”) – Amor é a inteligência.
“Intellectus mercês est fidei” (Sto. Anselmo) – A inteligência é o resultado da fé.
“Credo ut intelligam” (Sto. Anselmo) – Creio para entender.
A compreensão das coisas é uma compreensão da fé. Sto. Anselmo de Aosta (Itália) formou-se na França e vai sofrer na Inglaterra.
“A fé é fonte de toda ciência, que como fundamento essencial, trazendo toda a verdade, quer como preparação moral e como guia” (Thonnaro p.293 nº. 216 vol. I).
“Fideismo e Racionalismo, escolhas extremas são excluídos” – Teorias das 2 ou 3 verdades. (Averróis) – Verdade e a “Retidão do Ser”.
Terminologia – Categorias
a simultâneo – Id magis quo nequit cogitare (aquilo maior do que o qual não pode ser pensado).
a priori – o que vem antes ou ontológico (prius: antes).
ontológico – parte da idéia de Deus e chega a afirmar a existência de Deus. É o que está no sujeito, na interioridade, no eu.
a posteriori – o que vem depois, parte das coisas e chega a existência de Deus. Parte dos efeitos e chega à causa primeira (post: depois).
proslogio – parte da idéia de Deus de ser perfeitíssimo que não existe somente na idéia, mas também na realidade(Sto. Anselmo).
Monologio – é uma prova da existência de Deus a posteriori (a prova de Aristóteles).
	
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