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trabalho fundamentos em contabilidade corrigido

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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
ciências contábeis
JOANA D´ARC PEREIRA DOS SANTOS
 
Produção Textual Interdisciplinar Individual - Estudo de Caso:
A Sociedade Contemporânea: A Visão de Zygmunt Bauman
Petrolina
2015
 JOANA D´ARC PEREIRA DOS SANTOS
Produção Textual Interdisciplinar Individual - Estudo de Caso:
 A Sociedade Contemporânea: A Visão de Zygmunt Bauman
Trabalho apresentado ao Curso de Ciências Contábeis da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para as disciplinas de Etica politica e sociedade,Teória da contabilidade,seminario enterdisciplinar III,Contabilidade comercial,comprotamento organizacional.
Prof.ºs: Edson Elias de Morais,Jeonice Leandro Diniz do Santos,Marco Antonio Sena de Souza,Regiane Alice Brignoli Moraes,Elisete Alice Zanpronio de Oliveira.
 
 Petrolina 
 2015
 
SUMÁRIO:
		
1 INTRODUÇÃO...................................................................................................... 4
2.DESENVOLVIMENTO.......................................................................................... 5 2.1 A NOVA VISÃO CONTÁBIL APÓS A LEI Nº. 11.638/2007.............................................. 5 2.2 ALTERAÇÕES NA ÁREA SOCIETÁRIA............................................................................... 6
3.RELAÇÃO DO PRINCÍPIO DA ESSÊNCIA SOBRE A FORMA COM AS ALTERAÇÕES DA LEGISLAÇÃO CONTÁBIL..........................................8
3.1 IMPACTO DAS ALTERAÇÕES DA LEGISLAÇÃO CONTÁBIL NA GESTÃO DE CUSTOS DAS EMPRESAS BRASILEIRAS............... 9
4.A Globalização............................................................................................... 13
4.1 Conseqüências Humanas da Globalização.....................................14
5.Sociedade dos produtores de versus sociedade dos consumidor..............16
6 CONCLUSÃO..................................................................................................... 17
7REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................... 18
INTRODUÇÃO: 
As novas normas implantadas pela lei n°11.638/2007 levaram o Brasil á se atualizar perante as normas internacional,para se encaixar na globalização,levando á inclusão no mercado mundial.A globalização é a integração de todos os países,nasceu da necessidade de novos mercados,novos consumidores e investimentos.Com a tecnologia dos meios de comunicação e transporte tornou-se possível a multinacional e transnacional,movimentos a econômia do pais.Também será abordado nesse trabalho a comparação entre o mercado consumidor atual e o da época da Revolução Industrial,quando surgiram as teorias clássica e cientifica,mudando a visão em relação aos meios de produção.Hoje em dia ,o consumidor estã cada vez mais exigente,conhecendo melhor os seus direitos,exigindo rapidez e qualidade.Enquanto isso as empresas investem no conhecimento ao consumidor para fideliza-los,nesse cenário de grande concorrência.
	
 DESENVOLVIMENTO: 
As mudanças ocorridas na literatura vislumbrando os padrões internacionais de contabilidade trouxeram alguns quesitos que serão comentados neste trabalho cientifico. O principal objetivo é apontar quais são os impactos que essas alterações trouxeram na área societária e na gestão de custos das empresas brasileiras. A nova legislação brasileira mudou a estrutura da Contabilidade, onde os dados serão contabilizados visando fornecer uma informação fidedigna aos usuários externos e internos. A Ciência Contábil passou a ser tratada com o padrão e entendimento mundial, esta nova linguagem universal impactou a interpretação e análise dos dados contábeis, onde os balanços serão mais voláteis e exige postura de agilidade e adaptação a essa nova realidade. Tais mudanças proporcionam a valorização Isto proporciona uma valorização do profissional contábil que se adequar às novas exigências
2.1- A NOVA VISÃO CONTÁBIL APÓS A LEI Nº. 11.638/2007
A Lei das Sociedades Anônimas (6.404/1976) com certeza foi a maior revolução contábil no nosso país durante os anos 70. Ao longo de três décadas o mundo evoluiu, surgindo novas formas de contrato, novos métodos de contabilização, entretanto a lei impedia a adoção dessas novidades. Durante 31 anos a contabilidade ficou paralisada, enquanto as outras nações caminhavam para a convergência contábil. Contudo, no final de 2007 foi sancionada a Lei nº. 11.638/2007 que trouxe novidades de extrema importância para a nossa contabilidade. A lei supracitada determinou a convergência às normas internacionais, mencionou a adoção do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), entidade fundada no ano de 2005 com o apoio do Governo Federal, formada por empresas de direito privado tais como: Abrasca, Apimec Nacional, Ibracon, Fipecafi e BMF & Bovespa S/A, além dos órgãos federais como: CFC, Bacen, Susep e Secretaria da Receita Federal. A união da iniciativa privada com o Governo Federal visa a implantação das normas internacionais de Contabilidade no Brasil.
2.2- ALTERAÇÕES NA ÁREA SOCIETÁRIA
O projeto da Lei nº. 11.638/2007 ficara 07(sete) anos na Câmara de Deputados, não por problemas contábeis, e sim pela disputa na divulgação dos balanços pelas sociedades de grande porte e pela publicação das demonstrações contábeis nos jornais e nos diários oficiais. No Senado e na Presidência da República o projeto da Lei nº. 11.638/2007 permaneceu pouco tempo, demonstrando um interesse do Governo em adequar-se à harmonização contábil. Enquanto o projeto que modificava a Lei das Sociedades Anônimas tramitava pelo Congresso Nacional, o mundo evoluía e conseqüentemente as normas contábeis evoluíam, e quando o projeto foi transformado na Lei nº. 11.638/2007, muitas normas já teriam sido alteradas pelo Iasb. Desta forma, foi de extrema importância introduzir algumas modificações na própria Lei nº. 11.638/2007 e, consequentemente, na Lei nº. 6.404/1976. Foi por isto que a Medida Provisória nº. 449/2008, convertida na Lei nº. 11.941/2009, introduziu diversas novidades contábeis não constantes na Lei nº. 11.638/2007. A Lei nº. 11.638/2007 trouxe 02 novas demonstrações financeiras obrigatórias: a Demonstração de Fluxo de Caixa (em substituição a DOAR, que passa a ser facultativa) e a Demonstração do Valor Adicionado (obrigatória somente para as companhias abertas). Outra novidade trazida pela lei supracitada diz respeito ao art. 3º que estende às sociedades de grande porte (empresas com Ativo Total superior a R$ 240.000.000,00 ou Receita Bruta Anual superior a R$ 300.000.000,00), ainda que não constituídas sob a forma de sociedades por ações, no que diz respeito á escrituração e à elaboração de demonstrações financeiras e à obrigatoriedade de auditoria independente por auditor registrado na CVM. Outra mudança trazida pela Lei nº. 11.638/2007 foi à eliminação da reserva de reavaliação e a criação do ajuste de avaliação patrimonial, onde serão classificadas as contrapartidas de aumentos ou diminuições atribuídos a elementos do Ativo e do Passivo, em decorrência da sua avaliação a valor justo (fair value). A Lei nº. 11.941/2009 trouxe algumas atualizações que estavam defasadas no âmbito internacional, especialmente na estrutura do Balanço Patrimonial. A lei supracitada determinou a eliminação do Ativo Permanente e a criação do Ativo Não Circulante, este composto por Ativo Realizável a Longo Prazo, Investimentos, Imobilizado e Intangível. Desta forma, no Ativo são 02(dois) grupos: Circulante e Não Circulante, este subdivido em 04 partes. No Passivo, passam a existir03 grupos: o Ativo Circulante, já o Exigível a Longo Prazo passa a se chamar Passivo Não Circulante e o Patrimônio Líquido continua como um grupo à parte. Outra alteração que a lei relata seria a eliminação do grupo Ativo Diferido, isto implica, por exemplo, que as despesas pré-operacionais que ficavam no Ativo Diferido deverão simplesmente deixar de existir. As normas internacionais determinam que tais gastos obrigatórios sejam tratados como parte do custo do Ativo Imobilizado. Outra situação seriam as despesas de treinamento, reorganização e semelhantes que não serão mais contabilizadas no Ativo Diferido e passaram a fazer parte do resultado do período. Os ágios que também eram classificados no Ativo Diferido serão classificados como Ativo Intangível se for vinculado à expectativa de geração de rentabilidade futura ou como Investimentos se vinculado á diferença entre o valor de mercado e o valor contábil de ativo e passivo de entidade adquirida. As Benfeitorias em propriedades de terceiros que eram classificadas indevidamente na conta do Diferido agora serão classificadas no Imobilizado que, juridicamente, não é da entidade. Já os gastos com software, programas e outros que geralmente são partes integrantes de certos imobilizados, tendo sua existência vinculada a estes ativos, devem ser contabilizados então no Ativo Imobilizado.
	 
 PRINCIPAIS FATOS 
	NORMA INTERNACIONAL CORRESPONDENTE
	 
Demonstração do Fluxo do Caixa
	IAS 07
	Demonstração do Valor Adicionado
	NÃO É EXIGIDO
	Ativos Intangíveis
	IAS 38
	Arrendamento Mercantil
	IAS 17
	Reavaliação de Bens do Ativo Imobilizado
	IAS 16
	Ajustes a valor de marcado de aplicações financeiras disponíveis para venda
	IAS 32 E IAS 39
	Ajustes a valor de mercado de instrumentos financeiros derivados de proteção de fluxos de caixa
	IAS 32 E IAS 39
	Ajustes a valor de mercado de instrumentos financeiros derivados de proteção cambial de investimentos no exterior
	IAS 39
	Concentração de atividades empresarias
	IRFS 03
	Avaliações de investimentos em Coligadas e Controladas
	IAS 28
	Reservas de Incentivos Fiscais
	IAS 20
RELAÇÃO DO PRINCÍPIO DA ESSÊNCIA SOBRE A FORMA COM AS
ALTERAÇÕES DA LEGISLAÇÃO CONTÁBIL
As recentes alterações na Lei nº. 6.404/76 provocaram uma discursão, no campo contábil e principalmente no direito, sobre um tema intrigante: a essência sobre a forma. Na literatura observa-se que alguns autores não consideram a essência sobre a forma um princípio contábil, apesar de ter certo destaque na aplicação deles. A essência sobre a forma altera a política, a cultura e o pensamento contábil, pois representa a supremacia da essência das transações sobre os aspectos formais e se não for aplicado corretamente pode causar impactos na gestão de custos, como exemplo. HOOG afirma (2009) que: "Uma forma jurídica contábil pode deixar de retratar a essência econômica, financeira, social ou ambiental. Situações estas em que os registros contábeis devem guiar-se pelos seus fins, a informação precisa e correta, seguindo, se for necessário, à supremacia da essência ao invés da forma. Para a política contábil a essência sobre a forma, não é considerada um principio fundamental, ela tem uma proeminência na aplicação deles, objetivando fundamentalmente que a essência, ou seja, a realidade econômica de um fato deve prevalecer sobre sua forma. Prontamente a verdade real deve surgir. Aliás, as práticas contábeis idôneas, baseadas na clareza e fidedignidade, pregam a prioridade da essência de uma coisa sobre a sua forma, a qual determina que os negócios jurídicos e demais ocorrências devam ser contabilizados e apresentados de acordo com seu significado real e essencial e não somente, registrado pela forma legal".
Entende-se que a forma legal de certo ato ou fato contábil quando indicar alguma discordância, ou melhor, não esteja apresentando com fidelidade a situação, a essência econômica deverá sempre prevalecer no registro contábil, e não, a sua forma. O maior entrave da aplicação da essência sobre a forma está na particularidade em que o ato ou fato contábil é julgado, pois cada pessoa vai julgar partindo de suas suposições e conclusões próprias. Caso o princípio não seja aplicado de forma correta, isto pode causar grandes impactos na empresa.
3.1- IMPACTO DAS ALTERAÇÕES DA LEGISLAÇÃO CONTÁBIL NA GESTÃO DE CUSTOS DAS EMPRESAS BRASILEIRAS
A Contabilidade de Custos contribui para que a empresa possa conhecer o resultado contábil obtido em um determinado período, ajuda a controlar a eficácia, a eficiência e a efetividade da organização e de cada centro de custo, e por fim contribui na tomada de decisão posicionando a entidade com relação aos seus stakholderes.
Apesar de todos os benefícios mencionados anteriormente as micro, pequenas e médias empresas não possuem uma gestão baseada para os custos, voltando-se para as regras estabelecidas pelo mercado. Quando a entidade com fins lucrativos ganha uma parcela considerável em seu mercado consumidor, faz com que a gestão tenha dificuldade em determinar o preço de venda do seu produto ou serviço. O crescimento da empresa proporciona um aumento dos nos processos internos o que torna complexo a determinação do preço dos produtos ou serviços.
Atualmente o único método de apropriação de custos que atende às exigências legais de composição dos estoques e ao cálculo do custo de produto e conseqüente formação do preço de venda é o Custeio por Absorção. Neste método são absorvidos todos os custos industriais ao produto/serviço (fixo ou variável, direto ou indireto). Já no Custeio Variável só são alocados ao produto os custos variáveis, os custos fixos são considerados como despesa no resultado. Tal método de custeio é não é aceito, no Brasil, pela Lei nº. 6.404/76, Lei das Sociedades Anônimas, pela legislação do Imposto de Renda e nem pelas Auditorias Externas, bem como por um considerável número de contadores, pois fere a um dos Princípios Fundamentais de Contabilidade, o Princípio da Confrontação das Despesas com as Receitas. Mas isto não impede que o Custeio Variável seja utilizado com fins gerenciais. E por último tem-se o Activity Based Costing (ABC), o Custeio baseado em Atividades, este método apropria o custo fixo ao produto fabricado com base nas atividades que, efetivamente, o geraram. É um excelente sistema gerencial de custeio, entretanto poucas empresas adotam este método de custeio por ter um alto custo de implantação e manutenção.
Os métodos de custeio são imprescindíveis para dar vantagem competitiva às empresas e devem contribuir para tornar mais clara a atuação da contabilidade, visando aperfeiçoar a finalidade de prover aos usuários de informações econômicas, financeiras, física e de desempenho mais eficaz para a tomada de decisão. Infelizmente, poucas entidades com fins lucrativos vêem a Contabilidade de Custo como provedora de informações gerenciais e por isto não adota um método de custeio que facilite na formação do preço de venda. Entretanto, esta realidade irá mudar com as alterações na Lei nº. 6.404/76, Lei das Sociedades Anônimas, pois novas exigências foram acrescentadas as empresas o que leva a contabilidade a requerer um profissional com uma formação mais ampla, particularmente em relação a gestão de custos.
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A Globalização
Para Bauman, existe uma ideologia da globalização e há ideologias contra ela. Pois existe um ponto de vista que agora é chamado de alteromundista, porque prefigura outro modelo de globalização. Mas, não devemos esquecer-nos que também existem os processos reais de globalização que ressecam toda soberania nacional e que se contrapõem a toda possibilidade de desenvolvimento sustentável e auto-suficiente. São processos que tecem uma densa tela que envolve a terra, definindo desta forma férreos critérios de interdependência entre os países do planeta. É uma interdependência que assumiu uma forma capitalista e se impôs quando o mercado se tornou a regra dominante. 
No mundocontemporâneo, as flutuações financeiras globais ultrapassam a capacidade de as instituições locais monitorarem, controlarem ou mitigarem o movimento do capital. Isso provoca o desmantelamento e a sucessiva reconstrução das instituições, com efeitos perversos sobre as economias locais. O dinheiro se move à velocidade do sinal eletrônico, mas o tempo das decisões políticas e dos projetos estratégicos das nações e dos povos solicita períodos maiores de maturação e implementação. Portanto, a economia global se descola progressivamente da política. A natureza dos fenômenos derivados do livre fluxo das forças do capital se move à velocidade do sinal eletrônico, e suas conseqüências institucionais. A globalização econômica não é acompanhada da universalização da invenção democrática ou de sua expansão pela ampliação do intercâmbio entre os povos. No processo da globalização o Estado entra num processo de enfraquecimento, as pessoas ricas contratam exércitos particulares, povos fundamentalistas se armam, a classe média apóia a militarização da vida e os grandes setores excluídos também desenvolvem as suas formas de violência. Ao se reduzir a globalização à lógica puramente econômica, perdem-se de vista o conjunto de mudanças na organização social contemporânea e as novas redes de relações em todas as esferas da vida coletiva. O próprio capital se move de maneira diferenciada: anteriormente, ele se estabelecia duradouramente nas localidades e nos territórios, explorando os recursos naturais, os insumos e a força de trabalho. Por se mover à velocidade do sinal eletrônico, o capital não tem qualquer dificuldade de “desarmar as suas tendas”, como aparece na literatura dedicada ao exame das flutuações produtivas e financeiras. Essa volatilidade dispensa a administração, o gerenciamento, as garantias para o trabalho e faz das pessoas que detêm o dinheiro uma massa de “senhores ausentes” (na expressão de Zygmunt Bauman) porque estão em todo lugar e em lugar nenhum. O mecanismo é de desengajamento e de fuga, protagonizado por uma espécie de capital-guerrilheiro da máxima usurpação. Nessa lógica, o enfraquecimento do Estado está vinculado ao estreitamento do espaço público na contemporaneidade resultam na extrema privatização da vida cotidiana e na deformação do sentido da proteção social. Quando as políticas sociais tornam-se políticas de encarceramento do refugo humano, abre-se a temporada da autodefesa, uma vez que os muros das prisões tornam-se a radicalização da metáfora que tem nas cancelas e guaritas dos condomínios a sua feição branda e ilusoriamente “confortável” ou “asseguradora”. “Lá fora”, na vida pública, onde as pessoas se encontram, misturam-se, atordoam- se com as demais vidas, aquelas que são protegidas se amedrontam, e o Estado trata de erigir as alfândegas sociais. A “ordem” passa a se constituir por pessoas tementes à violência – palavra que pode conter terríveis tragédias e vilanias, como também a simples manifestação do medo e da intolerância –, configuração institucional que não dissipa o sentimento de isolamento, de vulnerabilidade e de uma existência reduzida ao mínimo pela rotinização da manutenção de guardas e vigilantes que só o dinheiro pode comprar. No avançar dessa discussão, Bauman faz uma análise das categorias de espaço e tempo, a noção de local e global. Bauman procura entender as tensões existentes em um contexto pós-moderno e a partir dele, sugere alternativas para se rever as concepções do mundo contemporâneo. Segundo Bauman, a globalização é uma meta desejada, e para outros ela é vista de modo desfavorável, porém, independentemente das opiniões formadas, ela é um processo que não pode ser revertido. Um dos pontos mais importantes do debate sobre a globalização é a apreciação das desigualdades e dos processos hegemônicos no quadro da compressão do tempo e do espaço, determinada pelo desenvolvimento tecnológico. A comunicação eletrônica instantânea e o transporte rápido de massa permitem que acontecimentos distantes afetem os destinos locais. Na economia, na política, na cultura e no conhecimento, as fronteiras são sucessivamente ultrapassadas, o que resulta em uma interdependência acelerada e um “mundo em processo de encolhimento”. Isso provoca mudanças estruturais nas interações e na organização social, porque a ação à distância não se resume a “algo que acontece com os outros”. Na discussão sobre globalização, Bauman busca dar clareza aos fenômenos visualizados: espaço e tempo, local e global e o autor também desvendar a importância de entender a sensação de apreensão existente no mundo pós-moderno. Assim, ele faz uma análise da construção das grandes corporações e sua localização no tempo e no espaço e o conflito gerado pela falta da presença física dos investidores: “A companhia pertence às pessoas que nela investem - não aos seus empregados ou à localidade em que se situa” Bauman (1999, p. 13). Frente a isso, outro termo usado pelo autor – derretimento – será empregado para designar a desintegração desse discurso sólido e fixo já em vias de enferrujamento dos compostos institucionalizados. Ele faz uma reflexão a respeito de como são construídas as grandes incorporações, indagando sobre a falta de assistência presencial dos investidores, que são os verdadeiros tomadores de decisão. Constitui-se, portanto, neste projeto, a materialização de duas formas proeminentes do espaço, onde quem está livre da localidade pode escapar dos adventos da globalização. Já os que estão presos ao local, estão fadados a cumprir as penalidades do processo. A globalização, em sentido mais que econômico, não é algo que acontece “lá fora”, mas também “aqui dentro”. É um processo múltiplo, que alcança as mais variadas dimensões da vida social e também se expressa nas circunstâncias da vida local. Não está submetida ao controle de nenhuma nação, grupo de nações ou de grandes empresas. O fato apresentado é que a comunidade e os empregados das empresas não têm por nenhum momento voz ativa na tomada de decisão. Os empregados em nenhum momento têm força de decisão, que as resoluções são tomadas pelos empregadores de capital, geralmente não locais, ao contrário dos funcionários, que têm familiares e moradia local, e que o intuito é buscar lucro com a exploração mão de obra da região. Essa mão de obra está presa à área e fica à mercê de acionistas que, acaso vislumbrarem perspectivas de maiores lucros em outro domínio, o fazem sem se preocupar nos efeitos desastrosos desse ato. Existem basicamente duas formas do espaço: aquele onde quem não está aprisionado pela localidade e os que não estão livres da localidade. Os primeiros podem escapar da globalização e dos seus resultados, diferentemente do segundo grupo. As deliberações são tomadas por investidores não locais, tornando-os incessíveis as necessidades locais. Para estes investidores, o que está em jogo é o maior acúmulo de capital, ou seja, a busca incessante pelo lucro, sendo a exploração da mão de obra um determinante do seu objetivo. Os acionistas não estão presos ao local, portanto seu capital não depende da localização, ao contrário dos funcionários, que tem seus vínculos familiares e suas obrigações. Desta forma, o empregado não pode mudar-se de acordo com a necessidade da empresa, ele está preso ao espaço. Desta maneira, quando os acionistas vislumbram maiores oportunidades em outras localidades, prevendo maiores dividendos, estes o fazem sem problema, deixando “a tarefa de lamber as feridas” para as pessoas que estão presas a localidade (BAUMAN, 1999 p.15). 
Não há mais, por conseguinte, atitudes de pressão ao capital, pois como a empresa perdeu seu vinculo com o local, tornou-se também, resistente à coação dos trabalhadores. Consequentemente, o capital quando pressionado tem a alternativa de procurar lugares mais pacíficos, ou como sugere Bauman (1999), “uma opção mais suave”. Sendo assim, as distâncias já não importam mais, pois o que está sendo apresentado é o fim da geografia em termos de espaço, sendo as fronteiras meras formas simbólicase sociais. “a distância é um produto social; sua extensão varia dependendo da velocidade com a qual pode ser vencida” (BAUMAN, 1999 p. 19). As empresas perante a falta de localidade, acabam impondo pressões aos Estados. Uma empresa pode demitir pessoas nas mais diversas localidades sem ter prejuízos econômicos, deixando para o Estado as futuras conseqüências que este fato irá gerar. Devido a isso, Bauman diz que o Estado vem sofrendo um definhamento, ou seja, existe uma forte tendência à eliminação do Estado-Nação. Assim, Bauman identifica a fragilidade da soberania do Estado, que tem de abrir mão do seu controle para privilegiar a nova ordem mundial. Essa desordem mundial nada mais é do que uma sequência de atos, que se inicia com a falta de definição dos rumos e da falta de quem a controla. Devido a esse processo, Bauman diz que “o significado mais profundo transmitido pela idéia da globalização é o do caráter indeterminado, indisciplinado e de autopropulsão dos assuntos mundiais; a ausência de um centro de um painel de controle, de uma comissão diretora, de um gabinete administrativo” (p. 67), portanto, a globalização não é nada mais que um processo de desordem da economia e das relações sociais e que leva a percursos inesperados, pois, não se planejam os caminhos, simplesmente eles acontecem. A globalização impõe seus preceitos de forma totalitária e indissolúvel, impondo pressões que o Estado não é capaz de dirimir, ou seja, para Bauman alguns minutos bastam para que as empresas e a Nação entrem em colapso.
 O Estado está despido de seu poder e de sua autoridade, somente lhe restou ferramentas básicas para manutenção do interesse das grandes organizações empresariais. Cabe, desta maneira, enfatizar que toda essa desorganização tem como ponto culminante, as regras de livre mercado, políticas especulatórias, capital global e um Estado diminuto e fraco, que tem como única função a manutenção e criação de processos que mantenham a estabilidade financeira e econômica. Portanto, não se espera do Estado o mesmo papel de outrora, este novo Estado que surge é uma máquina dependente dos processos produtivos. Esta circunstância leva ao que o autor chama de nova desordem mundial. Hoje não se sabe quem está no controle, ou pior, não existe ninguém no comando da situação, sendo assim, não existe um consenso global dos rumos que a humanidade deve seguir e por onde se locomover. Estes processos estão cada vez mais abertos e a globalização está constituída por seu ”caráter indeterminado, indisciplinado e de autopropulsão dos assuntos mundiais”, portanto, a nova desordem mundial é uma seqüência de ações, que parte da falta de definição dos rumos a serem tomados e quem está no controle, assim como, a falta um centro que una os interesses da civilização. Portanto, globalização nada mais é do que o processo de desordem da economia e das relações sociais que leva a percursos inesperados, não há como planejar os caminhos a serem almejados. Não se supõe em tempos atuais, um Estado que vise uma política fechada que não deslumbre o mercado global. O poder econômico foi extremamente abalado e não existem maneiras de se governar a partir de ideologias políticas e interesses soberanos da nação. Mesmo que o Estado esteja a cada dia perdendo seu espaço e tornando-se mais fraco, para o autor, ele ainda se utiliza de forças coibitivas para minimizar alguns setores sociais, em contra partida, este mesmo Estado, cria condições para o mercado financeiro e investidores. Este Estado tem como modelo um maior controle dos gastos públicos, redução de impostos, reformulação dos sistemas de proteção social e diminuição da rigidez das leis trabalhistas. Portanto, prioriza os setores do capital financeiro e bloqueia os poucos recursos destinados aos setores sociais em nome de maior controle dos gastos públicos. 
4.1- Conseqüências Humanas da Globalização 
De acordo com Bauman, um dos efeitos da globalização seriam o aumento da exclusão social e o redimensionamento do conceito de bem-estar social. Além disso, o Estado-nação se caracteriza sempre mais pelas medidas contra os “portadores” de insegurança. As imensas desigualdades da globalização, situadas no ambiente da compressão do tempo e do espaço, permitem conceber essa nova ordem sob a marca da economia política da incerteza, definida como “o conjunto de ‘regras para pôr fim a todas as regras’ imposto pelos poderes financeiros, capitalista e com exclusão social e o redimensionamento do conceito de bem-estar social. Além disso, o Estado-nação se caracteriza sempre mais pelas medidas contra os “portadores” de insegurança. As imensas desigualdades da globalização, situadas no ambiente da compressão do tempo e do espaço, permitem conceber essa nova ordem sob a marca da economia política da incerteza, definida como “o conjunto de ‘regras para pôr fim a todas as regras’ imposto pelos poderes financeiros, capitalista e comercial extraterritoriais sobre as autoridades políticas locais” (Bauman, 2000, p. 175). Nada fica no lugar por muito tempo. O contraste é grande com o desenvolvimento do capitalismo industrial no qual os investimentos, as instalações e as máquinas fixavam-se duradouramente nas localidades e nos territórios. A economia política da incerteza desmantela tudo, e alguns de seus alvos foram as redes públicas de proteção social porque o Estado não pode ser deficitário e a confiança internacional requer esse atestado de bons antecedentes. Enquanto o capital flui livremente, a política permanece irremediavelmente local: a globalização retira o poder da política, pois parece que a arena das decisões está em um espaço impalpável. Consolidou-se, assim, o decréscimo da responsabilidade da comunidade sobre o destino daqueles(as) que a integram.
 Sociedade dos produtores de versus sociedade dos consumidor
Para além das contradições latentes na ideia de um “crescimento econômico sustentável baseado no consumo”, este artigo pretende apontar, com apoio no pensador Zigmunt Bauman, para uma reflexão mais profunda sobre o próprio fenômeno do consumo. Isso implica em pensar o tipo de sociedade e de subjetividades que permitiram o aparecimento do consumismo enquanto um fenômeno de massa extremamente poderoso. Bauman propõe explicitar “o segredo mais bem guardado da sociedade de consumidores”, qual seja, a transformação de pessoas em mercadorias que agora devem saber “se vender” no espaço social do mercado. Nesse sentido, a atividade em que estamos todos engajados, conscientemente ou não, por escolha ou necessidade, é o marketing. Isto porque a sociedade de consumo atual nos impõe a remodelação de nós mesmos como mercadorias, como produtos que sejam capazes de obter atenção e atrair “demanda e fregueses”[...] 
A passagem de uma sociedade de produtores para uma sociedade de consumidores foi apontada também pelo filósofo Jurgen Habermas, quando  identificou a “comodificação do capital e do trabalho” como a principal função do Estado capitalista. Isto significa que a mão-de-obra deveria ser formada e aperfeiçoada através de políticas estatais com o objetivo de torná-la disciplinada e adequada ao mercado de trabalho cada dia mais exigente. Nesse sentido, a capacidade e a disposição do capital para comprar trabalho continuam sendo reforçadas com regularidade pelo Estado, através de diversas medidas de redução do “custo” da mão-de-obra. Com o desmantelamento do Estado de bem-estar social e as políticas de ‘privatização’ e ‘desregulamentação’, assistimos à uma progressiva transferência para o Mercado da tarefa de recomodificar (remercantilizar) o trabalho.[...]
Para ilustrar, Bauman nos oferece três exemplos que, à primeira vista, podem parecer desconectados: adolescentes nas redes sociais, seleção de clientes potenciais e candidatos à imigração. Três notícias recentes, pertencentes (supostamente) a diferentes domínios da vida, que nos revelam a mercantilização do sujeito ou a remodelação do self como mercadoria. No caso dos jovens conectados a seus confessionários portáteis, sob opretexto de uma “necessidade urgente” de intercâmbio de informações, vemos uma disputa pela obtenção de reconhecimento e aprovação no jogo da sociabilidade virtual.[...]
O segundo caso trata-se de um novo e refinado software que veio ajudar os administradores a classificar o crescente exército de clientes ao telefone. Em outras palavras, um software que hierarquiza os potenciais clientes tendo como critério a sua rentabilidade: o volume de dinheiro ou crédito à sua disposição e sua disponibilidade de se desfazer desse capital. Como resultado da seleção negativa, apenas os jogadores ricos e ávidos a consumir teriam tratamento privilegiado.[...]
O terceiro exemplo trata-se de um novo sistema de imigração anunciado na Inglaterra (Guardian, 8 de março de 2006) baseado em pontuações e destinado a atrair os melhores e mais inteligentes e repelir e manter afastados todos os demais. Nesse sentido, o sistema deve atrair aqueles com mais dinheiro para investir e mais habilidades para ganhá-lo. É a regra de mercado aplicada à seleção de pessoas.[...]
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CONCLUSÕES
As Leis nº. 11.638/2007 e nº. 11.941/2009 trouxeram profundas mudanças na Lei das Sociedades por ações (Lei nº. 6.404/76), este fato dar-se-á pela harmonização das normas contábeis com os padrões internacionais. Mais de 100 países já adotaram as regras estabelecidas pelo Internacional Accounting Standards Board (IASB). Normas, conhecidas pela sigla IFRS Normas Internacionais de Contabilidade, com o intuito de transformar a nossa ciência em uma linguagem universal de forma homogênea para atender as exigências do mercado de capitais, hoje, totalmente globalizado. Enfim, para Bauman a modernidade significou uma luta contra a toda e qualquer indeterminação. Foi a tentativa de eliminar a incoerência de toda a existência humana. O grande problema da modernidade foi, para Bauman, a suposição de que a ação política – e técnica - racionalmente orientada poderia eliminar toda a contradição do mundo. O processo de individualização é central na modernidade, assim como o processo de racionalização das relações sociais.
REFERÊNCIAS:
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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_____. Em busca da política. Rio de Janeiro: Zahar, 2000.______.Identidade: entrevista à Benedetto Vecchi. 1ª ed. Rio de Janeiro: J. Zahar Editor, 2005.
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BRAGA, Hugo Rocha; ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti Almeida. Mudanças contábeis na
lei societária: Lei n° 11.638, de 29-12-2007. São Paulo: Atlas, 2008.
BEUREN, Ilse Maria (org). Como elaborar trabalhos monográficos em contabilidade:
Teoria e prática. 3ª Ed. São Paulo: Atlas, 2003.
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disposições relativas à elaboração e divulgação de Demonstrações Financeiras. Disponível
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[1] http://br.noticias.yahoo.com/incentivo-ao-consumo-deve-trazer-ânimo-ao-consumidor-152600792–finance.html.Acesso 10/05/15
 
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