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REDAÇÃO_TÉCNICA

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004G 
Redação Técnica
5E
Redação
Técnica
FICHA TÉCNICA
Desenvolvimento de conteúdo
Equipe Técnico-Pedagógica, Mediação e 
Design Gráfico do Instituto Monitor
Editora 
Katya Maia Motta
Coordenadora de Edição 
Mariângela Nunes
Layout e Diagramação
Kleber Cavalcante 
Colaborador 
Katya Maia Motta
Monitor Editorial Ltda. 
Av. Rangel Pestana,1105 – Brás
São Paulo/SP – CEP 03001-000
Tel.: (11) 3555-1000 / Fax: (11) 3555-1020
www.institutomonitor.com.br
Impressão 
Parque Gráfico do Instituto Monitor: I.C.E. Monitor
Av. Rangel Pestana, 1113 – Brás
São Paulo/SP – CEP 03001-000
Tel./Fax: (11) 3555-1023
Em caso de dúvidas referente ao conteúdo, consulte o professor desta disciplina no Portal 
do Aluno: www.institutomonitor.com.br/alunos
 
 
Todos os direitos reservados
Lei nº 9.610 de 19/02/98
Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio, principalmente por sistemas 
gráficos, reprográficos, fotográficos etc., bem como a memorização e/ou recuperação total 
ou parcial, ou inclusão deste trabalho em qualquer sistema ou arquivo de processamento 
de dados, sem prévia autorização escrita da editora. Os infratores estão sujeitos às 
penalidades da lei, respondendo solidariamente as empresas responsáveis pela produção 
de cópias.
5ª Edição - abril/2013
índice
004G/5Redação Técnica
Apresentação ........................................................................... 9
Lição 1 – Redação Literária e Redação Técnica
Introdução ................................................................................. 11
1. A Teoria da Comunicação ....................................................... 11
2. Modalidades de Redação ....................................................... 17
3. Estrutura de Texto .................................................................. 18
4. Qualidades do Texto ............................................................... 19
5. Domínio da Informação ......................................................... 22
6. Ferramentas do Redator ........................................................ 22
7. Como Organizar as Ideias ..................................................... 24
Exercícios Propostos ................................................................. 25
Lição 2 – Estilo e Estética
Introdução ................................................................................. 27 
1. Estilo ..................................................................................... 27
2. Estética ................................................................................. 32
3. Normas Gerais para Redação ............................................... 44
4. Digitação ............................................................................... 44
5. Glossário de Termos e Estética Relacionada .......................... 45
 5.1 À atenção de - Aos cuidados de - Em mãos .................. 45
 5.2 Algarismos ........................................................................ 46 
 5.3 Anexos ............................................................................. 47 
 5.4 Aspas ............................................................................... 47 
 5.5 Aposto ............................................................................. 47 
 5.6 Assinatura ........................................................................ 47 
 5.7 Assunto ou Referência ...................................................... 48 
 5.8 Cabeçalho ........................................................................ 48 
 5.9 Caixa Postal ..................................................................... 48 
 5.10 Código de Endereçamento Postal (CEP) ......................... 48 
 5.11 Continuação ................................................................... 48 
 5.12 Corpo da Carta .............................................................. 49 
 5.13 Cópias ............................................................................ 49
Redação 
Técnica6/004G
 5.14 Correção de Erros .......................................................... 49
 5.15 Data ............................................................................... 49 
 5.16 Despedida ou Fecho ...................................................... 49 
 5.17 Destinatário .................................................................... 49 
 5.18 Grampeamento .............................................................. 50 
 5.19 Valores ........................................................................... 50 
 5.20 Itens ............................................................................... 50 
 5.21 Maiúscula, Itálico, Sublinhado ......................................... 50 
 5.22 Pessoas Físicas ou Jurídicas .......................................... 50 
 5.23 Pontuação ...................................................................... 51 
 5.24 Signatário ....................................................................... 51 
 5.25 Telefone .......................................................................... 51 
 5.26 Vocativo .......................................................................... 51 
6. E-mail .................................................................................... 51
Exercícios Propostos .................................................................. 53 
Lição 3 – Redação Oficial e Redação Empresarial
Introdução .................................................................................. 55 
1. Redação Oficial ...................................................................... 56 
2. Documentos Oficiais ............................................................... 58 
 2.1 Padrão Ofício .................................................................... 58 
 2.2 Mensagem ....................................................................... 60 
 2.3 Memorando ...................................................................... 60 
 2.4 Fax ................................................................................... 61 
 2.5 E-mail ............................................................................... 61 
 2.6 Outros Documentos Considerados Oficiais ....................... 62 
3. Redação Empresarial .............................................................. 70 
4. Documentos Empresariais ...................................................... 70 
 4.1 Ata ................................................................................... 70 
 4.2 Carta ................................................................................ 71 
 4.3 Circular ............................................................................. 72 
 4.4 Comunicação Interna (CI) ................................................. 72 
 4.5 E-Mail ............................................................................... 72 
 4.6 Recibo .............................................................................. 72 
 4.7 Contrato ........................................................................... 73 
 4.8 Informação ....................................................................... 75 
 4.9 Ordem de Serviço ............................................................. 77 
 4.10 Procuração ..................................................................... 78 
5. Exemplos de Documentos Oficiais e Empresariais ................. 79 
Exercícios Propostos .................................................................. 85 
Lição 4 – Gramática Aplicada
Introdução .................................................................................. 89 
1. Importância do Conhecimento Gramatical .............................. 89 
2. Um Breve Resumo da Gramática Normativa ........................... 90 
3. Tópicos Importantes para Escrever Corretamente .................. 91 
 3.1 Acentuação Gráfica.......................................................... 91 
 3.2 Algumas Palavras de Grafia Duvidosa ............................... 94 
004G/7Redação Técnica
 3.3 Crase ............................................................................... 96 
 3.4 Colocação Pronominal ...................................................... 97 
 3.5 Concordância Verbal e Nominal ........................................ 99 
 3.6 Emprego de Algumas Classes de Palavras ..................... 103 
 3.7 Flexão do Infinitivo .......................................................... 106 
 3.8 Formas de Tratamento e sua Concordância.................... 108 
 3.9 Numerais ........................................................................ 111
 3.10 Pontuação .................................................................... 112 
 3.11 Regência Verbal e Nominal ........................................... 116 
 3.12 Separação Silábica ....................................................... 121 
 3.13 Abreviações .................................................................. 122 
 3.14 Símbolos das Unidades de Medida .............................. 122 
 3.15 Denotação e Conotação ............................................... 124 
 3.16 Formas Variantes .......................................................... 124
 4. Nova Ortografia ................................................................... 125 
 4.1 Alfabeto .......................................................................... 125 
 4.2 Trema ............................................................................. 125 
 4.3 Acentuação .................................................................... 126
 4.4 Emprego do Hífen .......................................................... 128
Exercícios Propostos ................................................................ 132 
Respostas dos Exercícios Propostos ............................... 135
 
Referências Bibliográficas ................................................. 139 
apresentação
004G/9Redação Técnica
Todo profissional que busca sucesso na carreira deve estar cons-
ciente da importância de um preparo cuidadoso e abrangente. Uma 
das grandes causas do desemprego atual não decorre apenas dos 
problemas estruturais da economia mundial, mas também da falta 
de qualificação técnica dos candidatos. Uma das áreas em que se 
pode verificar esta deficiência é no que diz respeito a comunicação 
e expressão. As pessoas não só se comunicam insatisfatoriamente 
no dia a dia, como apresentam tremendas dificuldades na expres-
são escrita, tanto na correção gramatical das palavras, quanto na 
incapacidade de elaborar textos mais específicos. 
Visando melhorar este quadro, esta disciplina busca, com concei-
tos, definições e exemplos práticos, oferecer a ajuda necessária a 
quem deseja aprimorar-se na redação empresarial. 
A partir desta introdução, na qual já são apresentados conceitos in-
dispensáveis sobre a Comunicação, percorremos um caminho cujo 
objetivo é adquirir conhecimentos que ajudem a redigir melhor. A 
lição 1 traça um paralelo entre a Redação Literária e a Redação Téc-
nica, discutindo as qualidades que se deve buscar e as ferramentas 
necessárias para os dois tipos. A lição 2 traz dois elementos impor-
tantes para a escrita de documentos: o estilo linguístico e a estéti-
ca dos textos, procurando oferecer exemplos concretos tirados da 
bibliografia disponível. A lição 3, por sua vez, procura apresentar 
diferenças entre a Redação Oficial e a Redação Empresarial, com 
relevância na finalidade e formato dos documentos. Finalmente, a 
lição 4 serve de apoio gramatical para o redator, ferramenta esta 
que ele deve sempre ter à mão. 
Bom Estudo!
lição 1
004G/11RedaçãoTécnica
lição 1
004G/11RedaçãoTécnica
 
 
 
 
 
 
Uma leitura rápida destas defi nições já indica o caminho que nos 
espera: uma preparação gradual que leve à capacidade de “redigir 
corretamente” e “escrever com ordem e método”. Comecemos por 
conhecer um pouco mais do processo de comunicação humana. 
Ao término desta lição, você será capaz de:
w identifi car a Função de Linguagem mais apropriada para cada pro-
cesso de comunicação;
w conhecer os elementos de um processo de comunicação;
w compreender a importância de se melhorar a produção textual;
w reconhecer a signifi cação das palavras;
w diferenciar as modalidades de redação;
w perceber as qualidades do texto;
w buscar ferramentas de auxílio apropriadas para a produção textual.
1. A Teoria da Comunicação
A comunicação é um processo contínuo em nossa vida. Começamos a 
nos comunicar com a nossa mãe já no útero e, a partir de então, passa-
mos por um treinamento contínuo para sermos entendidos e entender o 
mundo a nossa volta. Veja:
Antonio Houaiss
Redação Literária e
Redação Técnica
Redação
Técnica12/004G
Capitão ao Sargento Ajudante:
- Sargento! Dando-se amanhã um eclipse do Sol, deter-
mino que a companhia esteja formada, com uniforme de 
campanha, no campo de exercício, onde darei explicações 
em torno do raro fenômeno que não acontece todos os dias. 
Se por acaso chover, nada se poderá ver e, neste caso, fi ca 
a companhia dentro do quartel.
Sargento Ajudante ao Sargento de Dia:
- Sargento! De ordem do meu capitão, amanhã ha-
verá um eclipse do sol, em uniforme de campanha. 
Toda a companhia terá de estar formada no campo 
de exercício, onde seu capitão dará as explicações 
necessárias, o que não acontece todos os dias. Se 
chover, o fenômeno será mesmo dentro do quartel.
Sargento de Dia ao Cabo:
- Cabo! O nosso capitão fará amanhã um eclipse do sol no 
campo de exercício. Se chover, o que não acontece todos 
os dias, nada se poderá ver. Em uniforme de campanha o 
capitão dará a explicação necessária, dentro do quartel.
Cabo aos Soldados:
- Soldados! Amanhã, para receber o eclipse que 
dará uma explicação sobre o nosso capitão, o 
fenômeno será em uniforme de exercício. Isto, 
se chover dentro do quartel, o que não acontece 
todos os dias.
A situação apresentada mostra deformações na comunicação e nos leva 
à conclusão de que ela não correspondeu à verdade. Poderíamos di-
zer que a culpa foi das pessoas envolvidas, porque não reproduziram o 
conteúdo da mensagem na sua totalidade, deformando-o de tal manei-
ra que a mensagem fi nal nem de longe se parece com a inicial. 
Uma das razões para essa diferenciação é o acréscimo pessoal de cada 
um dos envolvidos. Contudo, se a mensagem tivesse sido transmitida 
004G/13Redação Técnica
por escrito, o risco de má interpretação te-
ria sido bem menor, mas mesmo assim exis-
tiria.
Essa é a razão fundamental do nosso curso: 
não só proporcionar uma comunicação oral 
mais rica, mas principalmente desenvolver 
habilidades para uma comunicação escrita 
correta e eficaz.
Para que a comunicação aconteça, são neces-
sários os seguintes elementos:
EMISSOR RECEPTOR
REFERENTE
Canal de Comunicação
Mensagem
Código
O emissor, destinador ou remetente, que é a 
pessoa ou grupo de pessoas que produzem a 
mensagem.
a
O receptor ou destinatário, que é a pessoa ou 
grupo de pessoas que recebem a mensagem.
b
A mensagem propriamente dita, que contém as 
informações transmitidas.
c
O canal de comunicação ou de contato, que é o 
meio usado para a transmissão da mensagem.
d
O código, que, no caso de uma mensagem 
escrita, é a língua. Além da língua, outros 
códigos poderão ser usados, tais como cores, 
formas, sinais etc. Para que a comunicação se 
estabeleça com eficiência, o emissor e o receptor 
devem utilizar o mesmo código.
e
O contexto ou referente, que é a situação ou 
objeto a que a mensagem se refere.
f
Quando se escreve ou se lê um texto, é pre-
ciso ter consciência do nosso papel na co-
municação. Se fizermos o papel do emissor,é preciso que a nossa mensagem seja a mais 
clara e correta possível; neste caso, devere-
mos considerar quais as características so-
ciais e psicológicas do nosso receptor, para 
que a mensagem alcance o resultado dese-
jado. O sucesso da sua comunicação estará 
garantido se você usar adequadamente o 
código e as informações de que você dispõe 
sobre o referente, usar apropriadamente o 
canal de comunicação, além de ser capaz de 
produzir uma mensagem que satisfaça às 
expectativas de quem vai ser o seu receptor. 
Se, por outro lado, somos os receptores de 
uma mensagem, devemos ser capazes de 
captar qual foi a intenção do emissor (que 
poderia ser um jornalista, um escritor, um 
publicitário, um parente, um amigo, o chefe 
etc.): informar, entreter, vender etc.; é pre-
ciso levar em conta toda a trama comunica-
tiva para que a nossa leitura se torne mais 
consciente e mais crítica.
1.1 Linguagem
Qualquer processo de comunicação: a mí-
mica, que os surdos-mudos utilizam, ou a 
chamada linguagem dos sinais; os sinais de 
trânsito, com suas significações; a transmis-
são de dados, seja por sinais ou por códigos: 
tudo isso está caracterizado como Lingua-
gem. No entanto, queremos neste curso to-
mar como base a linguagem que se expressa 
pela palavra humana, fruto de atividades 
elaboradas mentalmente. 
A fala e a escrita são dois tipos de expressão 
linguística. Na comunicação escrita, os sons 
da fala (que é essencialmente a linguagem 
humana) são expressos por meio dos símbo-
los gráficos; rigorosamente, ela procura ex-
primir o mais fielmente possível os sons, o 
ritmo, as entonações, os timbres, e até mes-
mo supõe gestos e jogos fisionômicos da fala.
1.2 As Funções da Linguagem
Conforme o objetivo que o emissor tem em 
mente, ele utiliza a linguagem orientando-a 
para certas funções:
Redação
Técnica14/004G
a) Função referencial ou denotativa: quando o comunicador deseja 
apenas comunicar algo, dar uma notícia, descrever um objeto, rela-
tar ou explicar uma experiência científi ca. Para tal, utiliza-se uma 
linguagem clara e objetiva, cuidando para que os vocábulos denotem 
sua real signifi cação.
Exemplos: 
Textos científi cos, jornalísticos, técnicos, didáticos etc.
Um indivíduo só pode dizer-
se inteiramente livre, no 
âmbito da comunicação 
linguística, quando conhece 
todas as modalidades 
da língua a seu dispor e 
escolhe aquela que melhor 
convém ao momento do 
discurso. É pouco, portanto, 
conhecer apenas uma 
língua funcional ou a sua 
variante sociolinguística. O 
ideal é que o indivíduo seja 
um poliglota dentro da sua 
própria língua.
Conhecer a norma culta, 
assim, de certa forma, é 
sentir-se mais livre para 
comunicar-se. Norma culta, 
ou seja, a língua utilizada 
segundo os pad rões 
e s t a b e l e c i d o s p e l o s 
clássicos, pode comparar-
se à etiqueta social: não é 
preciso usá-la para viver, 
mas é absolutamente 
indispensável conhecê-la 
para conviver.
( Sacconi, L.A – Não Erre 
Mais! São Paulo, Atual 
Editora Ltda., 1990. p. 5)
Saiba Mais “Sinto que viver é inevitável. Posso na primavera fi car horas 
sentada fumando, apenas sendo. Ser às vezes sangra. Mas não 
há como não sangrar pois é no sangue que sinto a primavera. 
Dói. A primavera me dá coisas. Dá do que viver E sinto que um 
dia na primavera é que vou morrer de amor pungente e coração 
enfraquecido.”
Clarice Lispector
c) Função apelativa ou conotativa: quando o comunicador busca in-
fl uenciar o modo de pensar ou agir do receptor, tomando como base 
um texto, um fato, antigo ou não.
Exemplos: 
Textos publicitários, discursos políticos etc.
d) Função fática ou de contato: quando o comunicador, através de me-
canismos adequados tenta, apesar dos ruídos e obstáculos, manter o 
receptor em contato, de modo que ele receba a mensagem.
Exemplos: 
Alô, quem fala? 
Alô, você está me ouvindo?
Bom dia, tudo bem ?
Hum... hum...
Hã, o quê?
b) Função emotiva ou expressiva: quando o comunicador, além de rela-
tar algo, o faz acrescentando sua própria impressão pessoal, de modo 
a causar no destinatário esta mesma emoção, sensibilizando-o.
Exemplos: 
Poemas ou narrativas de teor dramático ou romântico.
004G/15Redação Técnica
e) Função metalinguística: quando o comunicador usa o texto para ex-
plicar, definir, analisar, criticar, traduzir ou trocar termos e expres-
sões da própria linguagem.
Exemplos: 
Dicionários e textos que visem à tradução do código ou à 
elaboração do discurso.
“Lutar com palavras é a luta mais vã. Entanto lutamos mal 
rompe a manhã.” 
Carlos Drummond de Andrade
f) Função poética: quando o comunicador procura realçar os aspectos 
formais da mensagem; para isso, ele pode lançar mão de recursos 
especiais como ritmo, rimas, versos: é uma linguagem rica, original 
e criativa.
Exemplos: 
Soneto do amigo
Enfim, depois de tanto erro passado 
Tantas retaliações, tanto perigo 
Eis que ressurge noutro o velho amigo 
Nunca perdido, sempre reencontrado.
É bom sentá-lo novamente ao lado 
Com olhos que contêm o olhar antigo 
Sempre comigo um pouco atribulado 
E como sempre singular comigo.
Um bicho igual a mim, simples e humano 
Sabendo se mover e comover 
E a disfarçar com o meu próprio engano.
O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica...
Vinícius de Moraes
1.3 A Escolha da Função Linguística
Para que a redação seja um ato efetivo de comunicação, o autor deve 
levar em conta diversos fatores determinantes do tipo de texto a ser 
produzido. Assim, se a redação for literária, a escolha da função que 
a linguagem exercerá será diferente daquela encontrada na redação 
técnica. Vamos conhecer um pouco do texto literário e do texto técnico:
Redação 
Técnica16/004G
Texto Literário Texto Técnico
Função emotiva ou expressiva Função referencial ou denotativa
Função apelativa ou conotativa Função metalinguística
Função fática ou de contato -
Função poética -
1.4 Justificativas para Melhorar a Redação
O conhecimento das regras gramaticais serve de apoio para uma boa co-
municação escrita. 
As justificativas fundamentais para a aprimorarmos cada vez mais são:
a) O ato de escrever é um processo contínuo, que estamos sempre apri-
morando.
b) O ato de escrever é vivencial, ou seja, está baseado na experiência 
de vida e no modo como assimilamos as informações que recebemos 
continuamente.
c) O ato de escrever é social; ninguém escreve só para si mesmo, mas para 
os outros, de modo a divulgar, discutir, criticar, enriquecer. Este é um 
processo de mão dupla, uma vez que todos são escritores e leitores ao 
mesmo tempo.
d) O ato de escrever é profissional. Devemos preocupar-nos em ser ca-
pazes de redigir não apenas por prazer, mas prin cipalmente, e é isso 
que importa aqui, para nos sairmos bem em situações de trabalho.
1.5 Significação das Palavras
Antes de entrarmos no estudo dos tipos de redação, é importante saber 
que as palavras podem ter seu significado alterado, de acordo com a in-
tenção com que são utilizadas.
Quanto a sua significação, as palavras podem ser agrupadas assim:
w Sinônimas: são as palavras que, embora diferentes na forma, são se-
melhantes ou iguais no conteúdo.
Exemplos: 
O céu está nublado.
O firmamento está estrelado.
w Antônimas: são as palavras diferentes na forma e opostas no signi-
ficado.
Exemplos: 
A claridade aumenta.
A obscuridade diminui.
004G/17Redação Técnica
w Homônimas: são as palavras que, embora 
escritas de modo parecido, são diferentes 
no significado. As homônimas podem ser:
a) Homônimas Homógrafas: são semelhan-
tes na grafia, mas diferentes na pronún-
cia (timbre fechado e aberto) e no signi-
ficado.
Exemplos:
A cor do sapato.
Aprendi a oração de cor.
b) Homônimas Homófonas:semelhantes na 
pronúncia, mas diferentes na grafia e no 
significado.
Exemplos: 
Lenço de seda.
Espero que a febre ceda.
c) Homônimas Perfeitas: iguais na forma 
(grafia e pronúncia), mas diferentes no 
significado.
Exemplos: 
são (verbo); são (sadio); são (santo).
w Parônimas: são as palavras semelhantes 
na forma (quase a mesma grafia e quase 
a mesma pronúncia), mas de significados 
diferentes.
Exemplos: 
docente = o que ensina
discente = o que aprende
w De sentido figurado: são as palavras 
que, além do seu conteúdo denotativo 
(normal), assumem um conteúdo 
conotativo (diferente, expressivo).
Exemplos: 
O doente morreu (sentido denotativo). 
A tarde morreu (conteúdo conotativo). 
2. Modalidades de Redação
Como ponto de partida, vale notar que as 
cartas e os relatórios são, na maioria das ve-
zes, peças narrativo-descritivas. Iniciemos 
então por entender o que se espera de nós 
quando nos sentamos para redigir no local 
de trabalho. Para facilitar, vamos falar, pri-
meiramente, da redação literária, para de-
pois nos determos na redação técnica.
2.1 Descrição
Fazer uma descrição é retratar, verbalmente 
ou através da palavra, alguém, um lugar 
ou alguma coisa, usando meios adequados 
para produzir na imaginação do outro uma 
impressão – a mais semelhante possível – da-
quilo que foi descrito. De certa maneira, é 
fazer com que o outro “veja” ou reconsti-
tua mentalmente o que está sendo retratado 
pela linguagem. As condições para uma boa 
descrição devem levar em conta as mesmas 
qualidades de uma pintura: relevo, luz, tex-
tura, sombra, perspectiva, cor etc.
Se a descrição for literária, busca-se pro-
duzir a emoção estética pela forma com 
que o objeto ou ser é descrito. Se for uma 
descrição técnica ou científica, ela retrata 
uma pessoa, lugar ou objeto, destacando 
objetivamente seus pormenores com deta-
lhes precisos. Seu estilo é conciso, rápido, 
vivo. Pode-se ainda distinguir as descrições 
estáticas das animadas, em que o ser ou ob-
jeto descrito está, ou não, em movimento.
2.2 Narrativa
A narrativa acontece quando representa-
mos, por meio da palavra, um acontecimen-
to ou uma série de acontecimentos, fictícios 
ou reais.
Os elementos centrais de uma narrativa são 
três: os personagens, as ações e as ideias; 
esses elementos estão estreitamente interli-
gados e são inseparáveis. Os dois primeiros 
formam a matéria da narrativa e as ideias 
formam o seu significado; quanto à impor-
tância, os personagens se destacam porque 
são eles que vivem o enredo.
Redação 
Técnica18/004G
Silogismo - dedução formal em que, postas 
duas proposições, as premissas, dela se tira 
uma terceira, a conclusão.
A narrativa é muito importante porque é 
impossível viver sem ela, uma vez que no 
nosso dia a dia estamos sempre narrando 
algo, um fato que nos aconteceu, um sonho, 
uma viagem... Não há povo sem narrativa, 
ou seja, sem história. 
Podemos encontrar dois tipos de narrativa: 
a de ficção e a real. A narrativa de ficção 
busca, ao relatar os acontecimentos, re-
produzir a vida para que ela seja sentida 
através de termos afetivos ou psicológicos. 
A linguagem torna-se pessoal, subjetiva, 
capaz de criar uma nova realidade a partir 
dos dados intuitivos do artista. A narrativa 
real (ou técnica) relata o mais objetivamen-
te possível os fatos. É o caso da História, da 
Ciência, e sua finalidade principal é infor-
mar, instruir, utilizando o recurso de uma 
linguagem mais impessoal. 
2.3 Dissertação
Quanto à dissertação, convém logo distin-
guir seus dois tipos: a dissertação objetiva 
e a subjetiva. Na primeira busca-se expor, 
oralmente ou por escrito, um ponto básico. 
A dissertação objetiva supõe o exame crítico 
de uma questão, e sua finalidade principal 
é instruir e convencer, transmitindo co-
nhecimentos dos mais variados campos da 
Cultura: Arte, Ciência, Filosofia etc. Para a 
estruturação de uma dissertação objetiva, 
geralmente, parte-se da organização das 
ideias, formando um raciocínio, na maior 
parte das vezes, do geral para o particular, 
dedutivamente, é o chamado silogismo. 
tuitiva do autor, que ele apresenta de modo 
criativo. Essa modalidade de dissertação 
tem caráter literário e só pode ser classi-
ficada como dissertação se nela estiverem 
constituídos argumentos lógicos e ordena-
ção intencional das ideias de modo a levar 
a uma conclusão. Sem essas características, 
o texto torna-se apenas uma simples descri-
ção com impressões pessoais. 
Encontramos dissertações na vida profis-
sional, na propaganda, nos pareceres de 
avaliação pessoal, nas cartas reivindica-
tórias etc. Não pense, porém, que os gêne-
ros narrativo, descritivo e dissertativo são 
sempre encontrados isoladamente. Os três 
podem estar presentes em um só documento 
de forma a um completar o sentido do outro, 
embora sempre haja a predominância de 
um deles.
3. Estrutura de Texto
Antes de falarmos na estrutura do texto, va-
mos analisar a estrutura frasal, porque um 
texto compõe-se de frases, obviamente. As 
pessoas, quando escrevem, costumam usar 
mais ou menos as mesmas palavras. Não se 
deve esquecer, entretanto, que o valor ex-
pressivo das palavras pode variar de pessoa 
para pessoa e que, dependendo do contexto 
em que se insere a frase, a mesma palavra 
pode ter sentidos variados. 
Na estrutura da frase, encontramos vocá-
bulos que são básicos para o seu sentido, 
denominados palavras reais. São eles: verbo, 
substantivo, adjetivo e pronome. As demais 
palavras são elementos de ligação, sendo 
chamadas de instrumentos gramaticais. São 
eles: artigos, preposições e conjunções.
Exemplo: 
O chefe criticou a secretária do diretor.
Palavras reais: chefe, criticou, secretá-
ria, diretor
Instrumentos gramaticais: o, a, do
A dissertação subjetiva é a exposição de 
uma visão pessoal do autor, na qual ele ma-
nifesta sua opinião e suas impressões, com 
a finalidade de sensibilizar e conquistar o 
leitor. É subjetiva porque, ao lado dos argu-
mentos e do raciocínio, surgem elementos de 
ordem psicológica baseados na vivência in-
004G/19RedaçãoTécnica
Quanto mais técnico for o texto, mais usa-
rá palavras como verbos, substantivos, ao 
passo que adjetivos e advérbios são mais 
adequados para textos literários. É por isso 
que se diz que quanto maior o número de 
substantivos, maior a informação. 
Quando se produz um texto, utiliza-se uma 
seleção de material linguístico adequado, a 
saber: escolhem-se as palavras, as frases, a 
função linguística e a modalidade de orga-
nização do discurso, ou seja, se vai ser uma 
narração, descrição ou uma dissertação. 
Três fatores são fundamentais para a obten-
ção de um texto bem estruturado:
UNIDADE COERÊNCIA ÊNFASE
Além da estética. Esses três primeiros fato-
res (e outros) serão estudados mais detalha-
damente a seguir, quando trataremos das 
qualidades do bom texto, ao passo que a 
estética será discutida na lição 2, em Estilo 
e Estética.
4. Qualidades do Texto
Um texto de qualidade é aquele bem estru-
turado. Com relação aos detalhes, quando 
se fala em qualidades do texto, são neces-
sárias: clareza, concisão e coerência. Mas 
será que todos os textos bons são claros, 
concisos e coerentes? Dois textos, um literá-
rio e outro técnico, podem ser considerados 
ótimos, sem contudo haver qualquer ponto 
em comum entre eles. Então, é preciso alar-
gar o leque das qualidades textuais para 
chegarmos às características universais da 
boa redação. Os requisitos mencionados a 
seguir foram tirados de vários autores, pro-
curando dar uma ideia bastante ampla do 
que se espera de um texto de qualidade.
4.1 Unidade
Do ponto de vista da unidade, o texto deve 
apresentar uma ideia e um objetivo único a 
alcançar. Ela pode ser desenvolvida através 
de defi nições, apresentaçãode exemplos, 
pormenores, comparações e contrastes, 
provas, ou pela apresentação de causas e 
consequências. 
4.2 Adequação
Para alguns autores, a adequação é a regra 
primordial a ser buscada pelo redator. É ela 
que vai orientar quando utilizar as outras 
qualidades do texto, de modo a atingir os 
objetivos que a mensagem propõe. Se, por 
exemplo, você vai tratar de um assunto de-
sagradável com um cliente, a escolha de ex-
pressões que suavizem o signifi cado do que 
é preciso informar será melhor aceita que 
uma frase “nua e crua”.
4.3 Concisão
Dizemos que um texto é conciso quando ele 
é breve, resumido, sucinto. Entre um texto 
longo e cheio de detalhes e outro conciso, 
destinatários com pouco tempo disponí-
vel preferirão os últimos, obviamente. Em 
vista disso, sempre que for possível, é me-
lhor ir direto ao assunto e não fi car dando 
voltas intermináveis para dizer o que real-
mente importa.
Alguns conselhos para um texto conciso: 
Contenha-se para não redigir um texto 
excessivamente detalhado.
Vá direto ao assunto e evite preâmbulos 
desnecessários.
Atenha-se ao assunto e não acrescente 
informações irrelevantes.
Ao mesmo tempo em que você deve evi-
tar períodos muito longos, pois difi cul-
tam a compreensão, é necessário tomar 
cuidado com o excesso de frases curtas, 
pois muitas frases curtas produzem um 
texto fi nal mais longo.
Procure conhecer a medida de concisão, 
ou seja, de quanto espaço você dispõe 
(ou prefere) para o seu texto. Artigos 
científi cos ou jornalísticos, relatórios 
ou despesas de correio podem limitar o 
Redação
Técnica20/004G
tamanho da redação (uma folha a mais 
numa carta que vai ser enviada para 
muitas pessoas faz a maior diferença no 
preço total da remessa).
4.4 Clareza
No mundo repleto de informações em que 
vivemos, nem sempre é fácil apresentar 
nossos argumentos de forma clara. Antes 
de mais nada, é preciso estar consciente 
de que nem sempre o que é claro para você 
será claro para o seu destinatário, porque 
as pessoas não encaram as situações pelo 
mesmo ângulo. Da mesma forma que a con-
cisão, a clareza é antes de tudo uma ques-
tão de atitude. É preciso querer ser claro. 
É preciso “entrar na pele” do outro, sentir 
como ele sente, ver como ele vê. Se formos 
capazes disso, con seguiremos uma comuni-
cação efi caz.
O segredo é raciocinar como o destinatário: 
se ele for uma criança, raciocine como uma 
criança; se ele for um adolescente, a mesma 
coisa. Se ele for um cliente, ponha-se no lu-
gar dele! 
Sempre é bom observar algumas regras 
práticas:
Escolha bem as palavras. Evite demons-
trar erudição, utilizando termos tirados 
direto do dicionário. Além disso, convém 
afastar-se dos estrangeirismos, das pa-
lavras de sentido ambíguo, vago e dos 
termos técnicos fora do conhecimento 
do seu leitor. 
sos é preferível abrir mão da concisão 
em benefício da clareza para atingir o 
objetivo desejado.
Ligue adequadamente as ideias para não 
correr o risco de apresentar as informa-
ções como peças independentes. As pa-
lavras de ligação (conjunções, advérbios) 
são instrumentos efi cazes para isso.
Opte pela linguagem acessível para a 
maioria dos leitores. O redator habili-
doso é aquele capaz de dizer coisas pro-
fundas de modo fácil, e não coisas fáceis 
e simples de modo complicado.
4.5 Coerência
Quando se diz que uma pessoa é incoerente, 
quer dizer que ela fala uma coisa e faz ou-
tra. Este é o exemplo mais comum. No tex-
to escrito, incoerência consiste em um texto 
confuso, contraditório ou sem um sequen-
ciamento apropriado de ideias. Há vários 
pontos em que o texto precisa apresentar 
coerência:
Coerência interna do texto, o mesmo de 
evitar contradições fl agrantes, como é 
o caso do funcionário que diz que não 
está buscando outro emprego, mas se 
aparecer uma oferta vantajosa... O certo 
seria dizer que, no caso de aparecer uma 
oferta vantajosa, ele pensaria em mudar 
de emprego.
Coerência com a realidade, de modo a 
transmitir a informação que realmente 
conta. É como o caso da pequena empre-
sa que divulga entre seus clientes uma 
capacidade de produção que ela não 
está aparelhada para suportar. Coitados 
daqueles que acreditarem e coitados da-
queles que mentirem...
Ligação de ideias. Esta é uma recomenda-
ção parecida com o tópico sobre clareza. 
Um texto uniforme e coerente precisa 
apresentar as ideias e fatos relacionados 
de modo que facilite ao leitor acompa-
nhar o raciocínio apresentado.
Erudição - instrução vasta e variada, adquirida 
sobre tudo pela leitura.
Evite o uso de adjetivos e advérbios 
(quando usados com valor qualifi cati-
vos), termos que afetam a precisão da 
frase, já que podem refl etir um julgamen-
to pessoal a respeito dos fatos, objetos 
ou pessoas.
Utilize o método de desenvolver passo a 
passo o seu raciocínio para que o leitor 
possa assimilar cada etapa. Nestes ca-
004G/21RedaçãoTécnica
Uniformidade de tratamento. A credibili-
dade do redator será afetada se ele se 
propõe a falar, por exemplo, das regiões 
do Brasil e só trata de algumas delas. É 
preciso dar pesos iguais aos fatos de igual 
relevância. Por outro lado, se o leitor se 
propõe a tratar de um assunto polêmico, 
ele deve apresentar os prós e os contras, 
aju dando o leitor a formar o seu próprio 
jul gamento sobre a questão.
Relevância das informações. Tudo que 
está no texto é pertinente? As informa-
ções estão efetivamente relacionadas 
com os argumentos, com a narrativa, com 
a descrição que se está fazendo? Todos 
os dados relevantes estão presentes? A 
resposta a estas perguntas é muito im-
portante para que o autor escreva com 
coerência e clareza, evitando que o autor 
tenha a impressão de descuido, desinfor-
mação ou má-fé, o que é pior.
Fundamento das conclusões. Se você 
apresenta uma conclusão, em que se 
baseia? Em dados concretos ou na sua 
própria impressão pessoal? Não é coeren-
te formular conclusões baseando-se em 
premissas não apresentadas ou falsas, e 
em informações que o leitor desconhece.
Fatos e opiniões. Apresentar um fato é 
informar sobre algo que realmente acon-
teceu, cuja descrição esteja coerente com 
a realidade. Apresentar uma opinião é 
interpretar os fatos da nossa maneira, 
segundo as nossas impressões. Misturar 
as duas coisas pode levar o leitor a uma 
impressão ambígua quanto ao que é fato 
e ao que é opinião. Podemos apresentar 
nossas opiniões sem, contudo, deixar de 
apresentar os fatos. O segredo é informar 
o leitor qual é o fato (acontecimento) e 
qual é a nossa opinião sobre ele. 
4.6 Ênfase e Vigor 
Por ênfase entende-se a capacidade que um 
tópico textual tem de sobressair-se entre vá-
rios, de for ma a atingir os objetivos do re-
dator. Vigor é a capacidade do texto de atrair 
e captar a atenção do leitor, provocar nele 
o que se pretende. Vejamos algumas regras 
práticas para prender a atenção do leitor:
Escolher o ângulo certo. Um assunto to-
mado pelo ângulo errado desinteressa o 
leitor. Se você vai escrever uma biografi a, 
busque os pontos capazes de emocio-
nar, de prender a atenção de quem lê. 
Se você vai escrever uma apostila sobre 
matemática e mostra a importância dela 
na vida das pessoas citando exemplos 
interessantes, é possível interessar até 
mesmo aquele estudante que a detesta. 
Qualquer assunto deixa de ser chato se 
for apresentado por um redator habilido-
so. É possível escrever sobre astronomia 
de modo cativante para quem nunca fez 
mais do que olhar para o céu procurando 
sinais de chuva.
Direcionar o assunto ao interesse do 
leitor. Como todos os seres humanos são 
dotados de necessidades e desejos bási-
cos – afeto, segurança, bem-estar físico 
etc., – um bom texto é aquele capaz de 
associar o assunto a um destes interesses 
do leitor, aumentando muito a probabi-
lidadede envolvê-lo.
Dialogar com o leitor. Não é muito mais 
envolvente ler um texto que parece ter 
sido escrito para nós? Se o leitor se sente 
parte do texto, sentirá também neces-
sidade de reagir a isso, respondendo, 
opinando, refl etindo. 
Usar ilustrações. Um texto se torna mais 
enfático se utilizamos exemplos, fatos, 
histórias, casos, analogias, descrições de 
cenários. Esses recursos são úteis por-
que levam o leitor a imaginar com mais 
nitidez a situação e a envolver-se com 
ela, tornando-se ansioso para concluir a 
leitura do texto.
4.7 Elegância
Um texto elegante não é aquele construído 
com palavras difíceis ou lances geniais de 
criatividade. Um texto elegante é o que não 
Redação 
Técnica22/004G
Um conselho bastante útil é registrar em fi-
chas tudo o que for considerado relevante 
em termos de informação. Ao ler um livro, 
anote frases significativas, ou registre coi-
sas interessantes ditas por pessoas em even-
tos, entrevistas, reportagens. Nunca tenha 
preguiça de buscar as informações, seja em 
qualquer área, porque elas se complemen-
tam e nos dão um conhecimento variado, 
que aprofundaremos quando precisarmos 
de um tópico mais técnico e específico.
Ainda no que diz respeito à leitura, Richard 
Steele, um grande escritor irlandês, disse 
que ela “é para a mente o que o exercício é 
para o corpo”.
6. Ferramentas do Redator
Redigir se aprende... redigindo! 
Ninguém pode afirmar que já está pron-
to para fazer uma boa redação se apenas 
acumulou conhecimentos teóricos, regras, 
dicas ou orientações, porque, na verdade, é 
é desagradável. Evite o sensacionalismo, as 
piadas de mau gosto, o sarcasmo, o trata-
mento desrespeitoso contra membros de um 
grupo social qualquer, estereótipos precon-
ceituosos etc. Fuja das gírias, dos trocadi-
lhos pobres e das conclusões óbvias. Repare 
se a sequência das palavras utilizadas não 
produz aquele som desagradável, chamado 
de cacófato, tais como: a boca dela, a fé de 
Paulo, eu vi ela etc., ou ecos, tais como: 
Meu patrão ganha um dinheirão vendendo 
sabão.
4.8 Objetividade
Como o nosso interesse é tratar de técnicas 
redacionais voltadas para a produção de 
documentos empresariais, essas qualidade 
é particularmente exigida em textos técni-
cos, jornalísticos, científicos, nos relatórios, 
ou em quaisquer outros, em que o redator 
deva expressar-se sem projetar suas opini-
ões pessoais. 
Você já deve estar sentindo falta de uma qua-
lidade fundamental, não é? É isso mesmo, a 
tão indispensável correção gramatical. Sem 
ela qualquer texto estaria comprometido, 
descartado. É por isso que vamos dedicar 
toda a lição 4 aos pontos gramaticais mais 
necessários para a prática da redação, seja 
ela literária ou técnica.
Concluindo o nosso estudo sobre as qua-
lidades do texto, uma certeza deve ficar: 
texto de qualidade é aquele que cumpre bem 
a sua missão. Trocando em miúdos, o des-
tinatário é quem vai dar a palavra final: o 
texto convence ou não convence, e isso é o 
que importa.
5. Domínio da Informação
Todo bom redator é aquele que tem o que 
dizer quando escreve. Não há como re-
digir sobre um determinado assunto sem 
conhecê-lo, senão o texto resultante será 
fraco e superficial. As melhores fontes de 
informação são: leitura constante e varia-
da, conversas com pessoas bem informadas, 
participação em eventos culturais, pesqui-
sa etc. Se você não faz isso ainda, comece 
já. Quanto mais o fizer, mais o seu leque de 
interesses será ampliado, facilitando muito 
na elaboração de textos.
004G/23Redação Técnica
6.2 Dicionários
Alguma vez você já ouviu alguém dizer que 
o dicionário é o “pai dos burros”? Muito pelo 
contrário, ele é o pai dos inteligentes, da-
queles que não querem errar. No dicionário 
você encontra o sinônimo mais adequado, a 
grafia correta das palavras, a regência dos 
verbos. Lá está a classe gramatical a que a 
palavra pertence, se é substantivo, adjetivo 
ou advérbio, além de exemplos de emprego 
das palavras em frases ilustrativas.
6.3 Livros de Redação e Estilo
Como já foi dito, ninguém é capaz de guar-
dar tudo na memória para sempre. Mesmo 
que você tenha feito um bom curso na área 
de redação, tenha sempre à mão livros so-
bre o assunto, porque no futuro será preciso 
relembrar uma orientação importante, mas 
que já foi esquecida por falta de uso. 
6.4 Textos de Consulta da Área
Um redator cuidadoso sempre procura 
consultar livros específicos da área em que 
atua. Procure sempre os melhores autores, 
aqueles mais reconhecidos, cujas obras se-
jam marcantes e que tenham mais abran-
gência quanto aos assuntos e à bibliografia.
6.5 Livros de Consulta Rápida 
(do tipo “Tira-Dúvidas”)
Estes livros são bons porque foram feitos 
como um “pronto socorro” da Gramática, 
listando os assuntos por ordem alfabética 
ou por assunto.
impossível guardar tudo na memória para 
usar quando preciso. Além do estudo teóri-
co sobre a redação, o redator deve ter outros 
trunfos, que são as suas ferramentas, um 
outro arsenal de informações de que ele vai 
lançar mão à medida que vai necessitando.
Por isso é bom levantar quais são as maio-
res dificuldades que o redator encontra na 
hora de fazer uma redação. Veja esta lista:
w domínio superficial do assunto que vai 
tratar;
w falta de organização do raciocínio;
w desconhecimento da gramática;
w falta de leitura;
w pontuação inadequada;
w falta de ideias para enriquecer o texto.
Onde buscar o que falta? Vamos discutir a 
seguir cada uma das ferramentas que você 
deve ter sempre à mão para um bom texto. 
Procure nas Referências Bibliográficas as 
obras que foram fundamentais para a con-
fecção deste módulo; certamente elas serão 
ótimas ferramentas para a redação.
6.1 Gramáticas
Estudar gramática aleatoriamente é cansa-
tivo. Experimente consultá-la com uma dú-
vida específica a partir de uma necessidade. 
O estudo vai ter outro sabor, será muito 
mais proveitoso. Quem de nós já não teve 
dúvida sobre o uso da crase, colocação pro-
nominal, flexão do infinitivo? É nesta hora 
que a gramática vem em socorro da nossa 
falta de conhecimento. 
Não é necessário ser um profundo conhece-
dor da gramática para se tornar um bom re-
dator. O que é preciso é saber onde procurar 
o quê. Para isso deve-se estar familiarizado 
com a sua estrutura para facilitar a consul-
ta. É claro que quanto mais adquirirmos o 
hábito de folhear a gramática, mais estare-
mos aprendendo sobre a língua portuguesa.
Sugestão: 1001 Dúvidas 
de Português – José de 
Nicola e Ernani Terra – 
Editora Saraiva.
Redação
Técnica24/004G
6.6 Periódicos e Internet
A leitura e consulta a bons jornais, revistas e sites pode ser útil porque 
ajudam o redator a manter-se atualizado com o estilo, os gostos e as 
formas de expressão de seu tempo. São também ótima fonte de ensina-
mento que propiciam uma expressão mais rica e interessante.
6.7 Hemeroteca
Uma hemeroteca é um arquivo de periódicos e artigos. O redator cui-
dadoso não deve desprezar informações pertinentes aos seus interesses, 
organizando um arquivo de notícias e artigos.
7. Como Organizar as Ideias
É frequente as pessoas comentarem que não sabem como começar a redi-
gir um texto. Sentam-se com o papel e o lápis, ou em frente ao computa-
dor e fi cam longo tempo sem que uma simples ideia ocorra. De início você 
precisa de um tema - depois é que vai decidir o que escrever sobre ele. 
Antes de começar, você deve pesquisar o assunto sobre o qual vai es-
crever para ter elementos capazes de convencer pelo texto. A primeira 
regra da boa redação é ter o que dizer sobre o tema. O resto do trabalho 
fi ca por conta das regras que vamos estudar a seguir. Seguem alguns 
conselhos práticos:
Planeje o que você vai escrever. Medite sobre o que vai escrever e re-
fl ita sobre como vaifazê-lo. Faça um roteiro, escrevendo os assuntos 
que pretende comentar de maneira ordenada. Deixe um espaço em 
branco entre os assuntos para poder intercalar um outro tópico que 
porventura apareça ou para ligar os assuntos entre si. Evite emba-
ralhar os assuntos, deixando um sem concluir e depois voltando a 
ele. Isso, além de tornar confusa a redação, mostra desorganização 
mental da parte do redator.
Considere o receptor. Ele é um dos componentes fundamentais da 
comunicação. Podemos chamá-lo de “audiência”, de “destinatário”, 
de “cliente”, e é ele que vai nortear as suas decisões, o tipo de carta 
ou relatório, a escolha das palavras etc. 
Busque sempre a clareza. Se você escreve para alguém, quer fazer-se 
compreender, não é? Lembre-se de todas as orientações sobre as 
qualidades do texto.
Releia, corrija, reescreva, aperfeiçoe. Nunca acredite que um texto 
preparado já esteja perfeito de primeira. Releia o seu texto verifi can-
do se não precisa trocar palavras repetidas ou buscar aquele termo 
mais exato. Olhe sempre com desconfi ança para o que escreveu. Os 
bons redatores nunca deixam de revisar seus textos.
Exercícios Propostos
004G/25Redação Técnica
1 - Para que a redação seja um ato efetivo de comunicação, o autor deve levar em conta diversos 
fatores determinantes do tipo de texto a ser produzido. Assim, a escolha das funções mais 
apropriadas para a redação técnica é:
( ) a) emotiva, referencial e poética.
( ) b) apelativa, referencial e metalinguística.
( ) c) poética, referencial e metalinguística.
( ) d) referencial e metalinguística.
( ) e) fática e referencial.
Leia atentamente o texto e assinale a alternativa correta.
ELE FAZ A CABEÇA DELAS
“O cabeleireiro e maquiador Mauro Freire afia a língua e as tesouras para cuidar do visual de 
Carolina Ferraz, Cláudia Liz, Xuxa, Malu Mader, Zizi Possi e outras estrelas.”
Reportagem de capa da Veja São Paulo, semana de 8 a 14 de fevereiro de 1999
2 - Com base no texto, assinale a alternativa que apresenta os sinônimos para cuidar e visual:
( ) a) tratar e vestir
( ) b) tomar conta e tartar
( ) c) zelar e vestir
( ) d) tratar e aparência física
( ) e) tomar conta e clientes.
Redação 
Técnica26/004G
3 - Relacione as duas colunas: 
(1) Adequação
(2) Concisão
(3) Clareza
(4) Coerência
(5) Ênfase
(6) Elegância
(7) Objetividade
( ) a) Ligação de ideias. Fundamento das conclusões.
( ) b) Ir direto ao assunto e não ficar dando voltas intermináveis para dizer o que realmente 
importa.
( ) c) É a capacidade que um tópico textual tem de sobressair sobre vários.
( ) d) Não usar gírias, trocadilhos pobres, conclusões óbvias.
( ) e) Qualidade é exigida em textos técnicos, jornalísticos.
( ) f) Orientar quando utilizar outras qualidades do texto.
( ) g) Escolha bem as palavras. Opte pela linguagem acessível.
4 - Assinale a alternativa que apresenta a função de linguagem predominante no verso a seguir:
Ah! Meu amor, não vá embora
Vê a vida como chora, vê que triste esta canção.
Não, eu te peço, não te ausentes
Pois a dor que agora sentes
Só se esquece no perdão...
( ) a) Emotiva
( ) b) Fática
( ) c) Referencial
( ) d) Metalinguística
( ) e) Apelativa
5 - Assinale V (Verdadeiro) ou F (Falso):
( ) a) O primeiro passo para uma boa produção textual é estabelecer o tema e depois deci-
dir o que se vai escrever sobre ele.
( ) b) É o receptor que irá nortear a produção textual, tais como o tipo de carta ou relató-
rio, a escolha das palavras etc.
( ) c) Para ser elegante, o texto deve ser rebuscado e contar um vocabulário que exija um 
alto nível cultural.
( ) d) Estrangeirismos, palavras de sentido ambíguo e termos técnicos são competências 
de um bom redator.
( ) e) Um texto conciso deve ser breve, resumido e sucinto.
lição 2
004G/27RedaçãoTécnica
Quando se estuda Linguagem, encontra-se sempre referência aos termos 
Fala, Discurso, Estilo e Níveis de Fala. Vejamos o que signifi ca cada um 
desses termos.
Cada indivíduo, culto ou não, quando se utiliza dos recursos linguísticos, 
o faz particularmente, de acordo com seu temperamento, seu jeito. 
Assim, Fala (ou Discurso) é o uso da língua comum em uma comunidade 
linguística. Uma pessoa, ao fazer uso desse código, ou é extravagante, 
verbalista, rica de imagens, ou é sóbria, econômica, preferindo a 
simplicidade do vocabulário comum. Aí está o Estilo de cada um, que 
se manifesta nas escolhas dos recursos linguísticos que o indivíduo faz. 
Surgem então os Níveis de Fala, que são os variados modos de usar a 
língua: há o nível comum ou literário, coloquial ou formal, popular 
ou erudito etc. Desse modo, mesmo se prestando à mul tiplicidade dos 
estilos, a língua não se desfi gura; ao contrário, torna-se única e íntegra 
na multiplicidade e na variedade, preservando o seu gênio, a sua índole, 
submetendo todas as particularizações. 
Ao término dessa lição, você será capaz de:
w Compreender os diferentes tipos de estilo de aplicá-los 
apropriadamente;
w Reconhecer os principais Vícios de Línguagem;
w Conhecer e aplicar os tipos de Estética mais utilizados;
w Respeitar as Normas Gerais para redação.
1. Estilo
1.1 Defi nição
Estilo: sm. ... 1. Fig. Modo de exprimir-se falando ou escrevendo. 
Estilística: s2gf. 1. Pessoa que escreve com estilo apurado, elegante. 
sf. Disciplina que estuda a expressividade duma língua, i.e., sua 
capacidade de emocionar mediante o estilo. 
(Aurélio Buarque de Holanda 
Ferreira, O Dicionário da 
Língua Portuguesa, Curitiba, 
Editora Positivo, 2008).
Estilo e Estética
Redação 
Técnica28/004G
Você já deve ter percebido que estilo não é 
sempre uma ferramenta favorável ao ato de 
falar ou escrever. É preciso então buscar o 
domínio dos estilos que são úteis e conhecer 
os que devem ser evitados para não com-
prometer a eficácia redacional. 
Para uma pessoa comum, estilo é a maneira 
própria de expressar seus sentimentos ou os 
acontecimentos presenciados. Para o redator, 
estilo deve ser um trunfo, que deve variar de 
acordo com a circunstância e o receptor. É a 
capacidade de dizer a mesma frase de modo 
diferente, é a habilidade de tornar novo o 
que antes estava desgastado. 
1.2 Estilística e Eficácia Redacional
Você já ouviu falar de eficiência e eficácia? 
Eficiência é realizar a tarefa corretamente, 
e eficácia é a capacidade de alcançar o obje-
tivo, realizando a tarefa certa no momento 
certo. Neste contexto podemos aplicar os 
conceitos de estilística e eficácia redacional. 
Redigir com eficiência pressupõe que você 
saiba utilizar aqueles recursos e ferramentas 
já discutidos na lição 1, porque a eficácia da 
mensagem vai depender da sua criatividade, 
da escolha de um estilo capaz de produzir no 
leitor a resposta que você espera. 
A esta altura você já deve estar se pergun-
tando: o que mais é preciso para um bom 
texto empresarial? Acredite, você já tem 
praticamente em mãos tudo para fazer ex-
celentes redações. Você já sabe que precisa 
escolher qual o tipo de texto mais adequa-
do ao seu leitor, que esse texto deverá ter 
qualidades (concisão, clareza, correção, 
objetividade), que você precisa dominar a 
informação e as ferramentas necessárias etc. 
O que lhe falta agora é conhecer os vários 
estilos de redação, cuja utilização criativa 
favorece muito a eficácia do seu texto.
1.3 Estilística Fraseológica
Este tópico foi chamado de “estilística fra-
seológica” porque os vários estilos que serão 
apresentados a seguir estão relacionados com 
a estrutura da frase.
a) Estilo monótono: é aquele em que o reda-
tor demonstra imaturidade na expressão 
escrita, fazendo uso exagerado das pala-
vras e, mas, aí, então. Neste estilo os fatos 
são apresentadosem ordem cronológica, 
denunciando ausência de esforço na ela-
boração da frase. 
Exemplo: 
Estivemos na reunião ontem e não 
ficamos até o fim, mas achamos que 
foi boa, só que muito longa e muito 
cansativa.
b) Estilo lacônico: é o texto parecido com um 
telegrama, de frases curtas e rápidas. Não 
há uso de orações subordinadas, porque 
as frases são breves e bem marcadas por 
vírgulas e pontos finais. Este modo de 
escrever pode facilitar a compreensão do 
texto, porque as ideias ficam mais claras 
e inteligíveis.
Exemplo: 
Embarcamos ontem a mercadoria soli-
citada. 
Favor acusar o recebimento.
c) Estilo ladainha: é um modo de expressão 
que lembra os textos da Bíblia. Há frases 
encadeadas pela conjunção coordena-
tiva e, tornando a linguagem um tanto 
familiar, facilitando a compreensão das 
ideias.
Exemplo: 
Nossos clientes aceitaram os preços e 
condições e prometeram uma resposta 
o mais breve possível...
d) Estilo complexo e obscuro: é o preferi-
do das pessoas prolixas, retóricas, que 
gostam de impressionar pelo excesso de 
pormenores, de adjetivos, de advérbios, 
de frases longas, nas quais há excesso de 
quês e porquês. 
004G/29Redação Técnica
Exemplo: 
Dirijo-me a V.Sa. porque nossa última reunião não foi satisfatoriamente 
conclusiva, visto que nem todos os assuntos foram a contento 
discutidos, fato que desagrada a nossa humilde empresa e 
desagradará também, tenho certeza, a empresas do tipo da sua.
e) Estilo truncado: é aquele em que o redator opta por separar orações 
subordinadas entre si através de pontos finais. Este é um estilo mais de 
acordo com a linguagem popular, em que a utilização das conjunções 
subordinativas se torna inviável. Compare as frases do exemplo.
Exemplo: 
Não vá à reunião, se não tem nada a acrescentar. (oração subordi-
nada)
Não tem nada a acrescentar? Não vá à reunião!
f) Estilo desdobrado: é a característica de autores que iniciam uma frase 
mas não sabem como terminá-la. Tornam-se escravos de explicações 
sem fim, em que sempre há motivo para outras frases adicionais, 
excesso de vírgulas, parênteses, travessões.
Exemplo: 
O diretor pensa em tirar férias no próximo mês (ele tentou tirar 
no mês passado, isto é, novembro, mas não conseguiu), já que está 
cansado (também precisa cuidar da saúde) e não quer deixar que suas 
férias se acumulem, então pediu que lhe comunicasse sua decisão.
g) Estilo dinâmico: neste estilo, o redator utiliza frases curtas, incisivas 
e agradáveis, em que muitas vezes o verbo é dispensado. É um estilo 
cuja estrutura da frase aproxima-se das máximas e provérbios.
Exemplo: 
Cada um na sua. 
Por fora, bela viola; por dentro, pão bolorento.
1.4 Recursos Estilísticos Favoráveis e Desfavoráveis
Como mostra o tópico anterior, estilo é o que não falta. Contudo, a 
utilização de um ou outro requer bom senso e conhecimento do desti-
natário. Nas relações comerciais e empresariais devem ser evitados os 
estilos monótono, complexo, obscuro e desdobrado, porque prejudicam 
a compreensão do texto. Os outros estilos podem ser utilizados, tendo-se 
o cuidado de observar o seguinte:
 O estilo lacônico pode ser útil porque é dinâmico, e em virtude de 
sua brevidade torna mais fácil a compreensão do texto. Este recurso 
é satisfatório para redatores e empresários cuja prioridade é apro-
Redação 
Técnica30/004G
veitar bem o tempo, sem se perder com redações e leituras longas e 
complicadas. No entanto, se o destinatário for exigente em matéria 
de linguagem, esse estilo pode se revelar inadequado.
 O estilo ladainha, como favorece a com preen são pela linguagem 
familiar, pode apresentar resultados positivos se o redator demons-
trar habilidade na sua utilização; caso contrário, o uso excessivo 
da conjun ção e pode ser prejudicial à eficácia do texto por torná-lo 
cansativo.
 O estilo truncado pode trazer criatividade à linguagem, tornando 
eficaz a mensagem. Utilizado como recurso estilístico, dá ênfase à 
frase, tornando o período mais solto, mais rico e expressivo. 
 O estilo dinâmico confere beleza e agilidade à frase. Este recurso, 
porém, só será adequado quando não trouxer ambiguidade pela au-
sência do verbo. 
1.5 Outras Recomendações
Chamamos sua atenção para três outros fatores que podem prejudicar a 
eficácia da sua redação: a utilização de expressões triviais e clichês, da 
linguagem figurada, e de certas palavras e verbos. É claro que escrever 
bem e com estilo depende de treino e persistência. Mas o estilo que já 
é seu pode ser melhorado com alguns hábitos cuja aquisição deve ser 
priorizada, como: conhecimento do vocabulário, estudo da gramática, 
análise literária, leitura constante e refletida. Vejamos os fatores con-
traproducentes mencionados:
a) Uso de expressões triviais e clichês. Quem, por preguiça ou igno-
rância, lança mão de frases feitas e gastas, palavras cujo significado 
não domina completamente, termos supérfluos, arrisca seriamente 
a eficácia da sua mensagem. Procure sempre revisar o seu texto, 
tornando-o limpo, livre de palavras repetidas e de ideias secundárias 
e enfraquecedoras que podem tirar a força da ideia principal.
b) Uso de linguagem figurada. O uso da linguagem figurada requer ha-
bilidade e domínio no manejo da língua, sendo adequado para quem 
pretende demonstrar suas qualidades de redator literário. Deve ser 
evitada na linguagem empresarial , pois aí não é a imaginação que 
deve ter papel relevante, mas a informação. Ao usar a linguagem 
figurada, você corre o risco de ser mal interpretado.
c) Palavras e verbos que se devem evitar. Existem palavras e verbos que 
nada acrescentam ao texto. São as chamadas palavras “parasitas da 
prosa”, que nada acrescentam, ou são as de sentido amplo, incapazes 
de dar ao texto empresarial precisão e clareza necessárias. Veja uma 
lista delas:
w Verbos: ser, ter, haver, estar, permanecer.
004G/31Redação Técnica
Incorreto Correto
rúbrica rubrica
excessão exceção
abóboda abóbada
cidadões cidadãos
Exemplos: 
Estava com receio de lhe falar.
Receava falar-lhe.
A empresa tinha-lhe proporcionado bons salários.
A empresa proporcionara-lhe bons salários.
w Palavras “parasitas da prosa”: efetivamente, certamente, além disso, 
tanto mais, por outro lado, definitivamente, a dizer a verdade, por 
sua parte, por seu lado, na verdade.
w Palavras de sentido amplo: bom, capital, conjuntural, desejável, 
estrutural, feliz, lucrativo, notadamente, rápido, sobremodo, so-
bretudo, útil, rico, pobre.
1.6 Vícios de Linguagem
Como o próprio nome já diz, vício de linguagem é uma agressão ao idioma 
pela utilização errônea de palavras e expressões.
Os vícios de linguagem devem ser conhecidos para que seu uso seja 
evitado. São eles:
a) Barbarismo - são palavras empregadas com erro na sua grafia, 
pronúncia ou forma.
Exemplos: 
Também constituem barbarismos a troca de parônimos (eminente 
por iminente, diferir por deferir etc.), o emprego de estrangeirismos 
desnecessários (menu em vez cardápio), ou expressões viciadas por 
outros idiomas (todos os dois em vez de ambos os dois: influência do 
francês).
b) Solecismo - é o erro no uso da sintaxe, isto é, da concordância, da 
colocação ou da regência.
Exemplos: 
Errado a Houveram muitos problemas.
Certo a Houve muitos problemas.
Errado a Ele visava uma posição melhor.
Certo a Ele visava a uma posição melhor.
Errado a Esta carta é para mim ler.
Certo a Esta carta é para eu ler.
 
Redação 
Técnica32/004G
c) Arcaísmo - é o erro ao usar palavras ou 
expressões que já caíram em desuso.
Exemplos: 
Vossa Mercê em vez de Você
Boticário em vez de farmacêutico.
d) Plebeísmo - é o uso inadequado de pa-
lavras ou expressões triviais ou de gíria.
Exemplos: 
Este cara é muito competente...
Esta secretária é um troço.
e) Pleonasmo vicioso- é a repetição de 
palavras e expressões, tornando a ideia 
redundante.
Exemplos: 
Entrou para dentro.
Encarou de frente a questão.
f) Ambiguidade - é a construção sem cui-
dado que permite ao leitor duas inter-
pretações.
Exemplos: 
O diretor repreendeu a secretária em 
sua sala. 
(na sala de quem?)
Venceu o São Paulo o Vasco. 
(quem venceu?)
g) Hiato - é a utilização de várias vogais 
causando um som desagradável.
Exemplos: 
Sou eu ou ainda é o outro?
Já há alguns anos...
h) Cacófato - é o som desagradável produ-
zido pela junção de palavras, produzindo 
palavra ridícula ou até obscena.
Exemplos: 
Ela ganha até quatro mil por cada tra-
balho.
Você reparou na boca dela?
i) Colisão - é a sequência das mesmas 
consoantes numa frase.
Exemplos: 
O rato roeu a roupa da rainha.
Eram sociedades viciadas em ganhos 
fáceis.
j) Eco - é o uso de palavras que rimam numa 
frase, sem que haja intenção para isso.
Exemplos: 
Tenho a impressão de que a ocasião é 
propícia para a promoção.
Meu superior não me dá valor.
Na lição 4 damos uma lista de palavras de 
grafia duvidosa, que ajudarão na escolha 
correta quanto ao significado. Nessa mesma 
lição, você verá também o emprego de algu-
mas classes de palavras, onde estão listadas 
as expressões de utilização mais comum e 
seu significado.
2. Estética
2.1 Definição
Quando se trata de documentos técnicos, é a 
estética que vai dispor os vários elementos ao 
longo do papel, transformando a peça escrita 
em algo agradável de se ler. 
A estética vai além da mera distribuição 
dos parágrafos em uma folha de papel: é a 
escolha do espaçamento entre parágrafos, 
o tamanho das margens, onde colocar data, 
assinatura, número de referência...; é preciso 
levar em conta, além disso, que alguns tipos 
de documentos têm sua própria estética. Na 
lição 3 serão apresentados vários modelos e 
será possível observar a estética apropriada 
para cada um.
Quem dispõe de computador não fica isento do 
cuidado com a estética. Este equipamento fa-
cilita muito o trabalho porque a tela já mostra 
como o documento vai sendo criado até estar 
004G/33Redação Técnica
b Distribua o documento na página de modo que o texto fique harmoniosamente 
espaçado; se a parte escrita é pequena, não amontoe tudo na parte de cima 
da página. Por outro lado, preste atenção para não deixar só a assinatura ou 
uma frase final para a segunda página.
Estabeleça uma estética padrão a ser seguida para os vários tipos de 
documentos, cuidando para que outras pessoas que trabalham com você 
conheçam este padrão. Isso facilita o trabalho de quem precisar substituí-
la, evitando a confecção de um documento totalmente estranho aos seus.
c
Observe também a estética própria para os envelopes. Os serviços de 
correios costumam orientar quanto à melhor maneira de dispor o texto 
no corpo do envelope, para permitir a leitura das máquinas de triagem de 
correspondência. Procure seguir fielmente estas indicações que evita rão 
extravio ou devolução de corres pondências. Na lição 3, quando estivermos 
apresentando modelos de documentos, mostraremos também um envelope 
devidamente pronto para ser entregue aos Correios.
d
a Use sempre (quando houver) o papel timbrado da sua empresa, evitando 
amassá-lo ou vincá-lo enquanto o manuseia.
pronto para ser impresso em sua forma final. E antes da impressão final 
é o momento em que as devidas correções ou melhoria de distribuição de 
texto precisam ser feitas, para que se obtenha um documento perfeito. Se 
o documento for impresso antes disso, algo pode estar errado e o resultado 
será um desperdício de tempo, papel e tinta de impressão. 
Um documento bem elaborado e com estética impecável representa a 
empresa e as pessoas que o redigiram e assinaram. Observe estas dicas:
2.2 Tipos de Estética (Estilos) Utilizados 
Quando se fala em estética também se fala em estilo. Neste caso, estilo 
estético é o formato da correspondência, a distribuição do texto pelo 
papel e as margens e espaçamentos adotados. Então, quando falarmos 
em estilo bloco, ou semibloco, estamos nos referindo à estética, e não à 
linguagem.
 2.2.1 Correspondência Oficial
A correspondência oficial costuma ter seus próprios padrões estéticos, 
definidos em documentos especificamente publicados para orientar não 
apenas nesse aspecto, mas em outros, tais como a finalidade, a forma e 
a estrutura dos documentos, a sua origem e destinação. 
Dentre os documentos oficiais mais conhecidos destaca-se o ofício, 
cujo padrão estético apresenta normas rígidas em sua forma e em sua 
estrutura. Apenas para ilustrar (porque a correspondência oficial vai 
ser apresentada com maiores detalhes na lição 3), apresentaremos nas 
páginas seguintes os estilos estéticos do ofício, do memorando e do fax.
Redação 
Técnica34/004G
(Fonte: Manual de Redação da Presidência da República, p. 42).
Esta é a folha nº 1 do ofício (observe como a estética do documento oficial 
é detalhada); sua continuação está na página seguinte.
Brasília, 27 de fevereiro de 1991.
Ofício nº 524/SG-PR
Senhor Deputado,
Em complemento às observações transmitidas pelo telegrama nº 154, 
de 24 de abril último, informo Vossa Excelência de que as medidas mencionadas 
em sua carta nº 6708, dirigida ao Senhor Presidente da República, estão am-
paradas pelo procedimento administrativo de demarcação de terras indígenas 
instituído pelo Decreto nº 22, de 4 de fevereiro de 1991 (cópia anexa).
2. Em sua comunicação, Vossa Excelência ressaltava a necessidade 
de que – na definição e demarcação das terras indígenas – fossem levadas em 
consideração as características socioeconômicas regionais.
3. Nos termos do Decreto nº 22, a demarcação de terras indígenas 
deverá ser precedida de estudos e levantamentos técnicos que atendam ao 
disposto no art. 231, §1º, da Constituição Federal. Os estudos deverão incluir 
os aspectos etno-históricos, sociológicos, cartográficos e fundiários. O exame 
deste último aspecto deverá ser feito conjuntamente com o órgão federal ou 
estadual competente.
4. Os órgãos públicos federais, estaduais e municipais deverão enca- 
minhar as informações que julgarem pertinentes sobre a área em estudo. É 
igualmente assegurada a manifestação de entidades representativas da so-
ciedade civil.
A Sua Excelência o Senhor
Deputado (Nome)
Câmara dos Deputados
70.160 – Brasília – DF
5,5 cm
Exemplo de ofício
6,5 cm
10 cm
1,5 cm
5 cm
2 cm
1,5 cm
2,5 cm
004G/35Redação Técnica
(Fls. 2 do Ofício nº 524/SG – PR, de 27.2.91).
5. Os estudos técnicos elaborados pelo órgão federal de proteção 
ao índio serão publicados juntamente com as informações recebidas dos órgãos 
públicos e das entidades civis acima mencionadas.
6. Como Vossa Excelência pode verificar, o procedimento estabelecido 
assegura que a decisão a ser baixada pelo Ministro da Justiça sobre os limites e a 
demarcação de terras indígenas seja informada de todos os elementos necessários, 
inclusive daqueles assinalados em sua carta, com a necessária transparência e 
agilidade.
Atenciosamente,
(Nome e cargo do signatário)
1 cm
2,5 cm
2,5 cm
1 cm
(Fonte: Manual de Redação da Presidência da República, p. 43).
Redação 
Técnica36/004G
 Exemplo de memorando
Memorando nº 19/DJ Em XX de XXXX de XXXX.
Ao Sr. Chefe do Departamento de Administração
Assunto: Administração, Instalação de microcomputadores
Nos termos do “Plano Geral de Informatização”, solicito a Vossa Se-
nhoria verificar a possibilidade de que sejam instalados três microcomputadores 
neste Departamento.
2. Sem descer a maiores detalhes técnicos, acrescento,apenas, que o 
ideal seria que o equipamento fosse dotado de “disco rígido” e de monitor padrão 
“EGA”. Quanto a programas, haveria necessidade de dois tipos: um “processador 
de textos”, e outro “gerenciador de banco de dados”.
3. O treinamento de pessoal para operação dos micros poderia ficar 
a cargo da Seção de Treinamento do Departamento de Modernização, cuja chefia 
já manifestou seu acordo a respeito.
4. Devo mencionar, por fim, que a informatização dos trabalhos 
deste Departamento ensejará uma mais racional distribuição de tarefas entre 
os servidores e, sobretudo, uma melhoria na qualidade dos serviços prestados.
Atenciosamente,
(Nome e cargo do signatário)
4 cm
1 cm
4 cm
A seguir apresentamos o modelo estético de memorando segundo as 
normas da redação oficial. Na redação empresarial a estética do memo-
rando é bem mais flexível.
(Fonte: Manual da Presidência da República, p. 54).
004G/37Redação Técnica
IDENTIFICAÇÃO DO ÓRGÃO EXPEDIDOR
(Nº DE FAX)
(ENDEREÇO E TELEFONES)
 DESTINATÁRIO: _______________________________________________________________ 
__________________________________________________________________________________ 
Nº DE FAX: ______________________________________ DATA: ______/ _______/ _______
Nº DE PÁGINAS: ESTA + ___________________ Nº DOCUMENTO: ___________
MENSAGEM
(Fonte: Manual de Redação da Presidência da República, p. 58).
Abaixo damos um modelo de formulário para fax, de acordo com as 
regras dos documentos oficiais. Este formato também pode ser apro-
veitado para a correspondência empresarial.
Redação 
Técnica38/004G
 2.2.2 Outros Documentos Considerados Oficiais
Como será explicado na lição 3, existe uma série de documentos cuja 
classificação como oficial ou empresarial é polêmica. Dada sua fina-
lidade, optamos por chamá-los de “outros documentos considerados 
oficiais”, porque são documentos cuja origem ou destino é um órgão 
público. Por exemplo, se você precisa de um atestado, dependendo do 
tipo, ele vai ser fornecido (ou solicitado) por órgão público: segurança 
pública, escola pública, área da saúde pública. Da mesma forma, outros 
documentos, como o requerimento ou a declaração, podem ou não ser 
considerados documentos oficiais. Veja um modelo de atestado. 
...........................................................................................................................................
(Órgão)
...........................................................................................................................................
(Unidade)
ATESTADO
........................... Atesto, para fins de prova junto à ......................................., que o 
Sr. ............................................., ocupante do cargo .................................., para o qual 
foi nomeado por Decreto de ..................................................., não responde a processo 
administrativo.
Brasília, ....... de ...................... de ..............
(assinatura)
 
3 espaços
11 espaços
2 espaços
3 espaços
12 esp.
(Fonte: Redigir & Convencer, Edméa Garcia Neiva e José Antônio Rosa, Editora STS, p. 105)
004G/39Redação Técnica
Timbre
 Declaramos, sob as penas da lei, que ......................................................, 
sociedade constituída de acordo com as leis de New York, Estados Unidos da América do 
Norte, com sede em ................................... continua proprietária de .......................... ações 
nominativas, representando R$ ........................................ do capital social dessa sociedade.
Estas ações estão representadas pelas seguintes características:
Nº de Ações Ordinárias Numeração das Ações Valor das Ações
Nº de Ações Preferenciais Numeração das Ações Valor das Ações
São Paulo, XX de XXXXX de XXXX.
(assinatura do representante legal)
(assinatura do contador – CRC nº)
11 esp.
(por extenso)
(por extenso)
3 espaços
3 espaços
2 espaços
DECLARAÇÃO
Veja agora um modelo de estética própria da declaração.
(Fonte: Redigir & Convencer, Edméa Garcia Neiva e José Antônio Rosa, Editora STS, p. 107)
Redação 
Técnica40/004G
 2.2.3 Correspondência Empresarial
Os tipos estéticos mais utilizados são aqueles que facilitam o trabalho: 
sem entrada de parágrafos, sem divisão silábica no fim da linha, com 
todas as frases alinhadas na margem esquerda. Os outros tipos devem 
ser mostrados porque as pessoas podem preferi-los e porque nas corres-
pondências oficiais ainda se usa o parágrafo recuado e outros detalhes 
específicos. Na lição 3, quando mostrarmos os vários modelos de docu-
mentos, deixaremos clara a visualização da sua estética. 
O requerimento também é um documento cuja estética é bem definida. 
Observe o modelo: 
Fórmula de 
encerramento
Data
Assinatura
Invocação
____________________________________________ 
____________________________________________ 
____________________________________________ 
____________________________________________ 
____________________________________________ 
7 esp.
11 esp.
12 esp. 3 esp.
Fórmula de 
encerramento
Data
Assinatura
2 esp.
2 esp.
3 esp.
(Fonte: Redigir & Convencer, Edméa Garcia Neiva e José Antônio Rosa, Editora STS, p. 120)
004G/41Redação Técnica
_________________________________ 1
___________________ 2 3 ________________
___________________ 4 
___________________ 5 
______________________6
 _________________________________
___________________________________________ 
___________________________________________ 
___________________________________________ 
___________________________________________ 
___________________________________________ 
___________________________________________
___________________ 8 
par
ágr
afo
 co
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da 
de 
5 to
que
s
7
___________________ 9 
m
ar
ge
m
 d
ire
ita
 rí
gi
da
15 a 20 esp. 5 a 10
esp.
Veja a seguir três tipos de estilo estético, utilizados para as cartas. 
a) Estilo Endentado ou Semibloco
(Fonte: Redigir & Convencer, Edméa G. Neiva e José A. Rosa, Editora STS, p. 141)
Este estilo apresenta data alinhada à direita, parágrafo com entrada de 
15 a 20 toques (ou espaços), margem alinhada à direita e assinatura do 
signatário à direita, mas sem alinhamento com a margem. 
Redação 
Técnica42/004G
b) Estilo Bloco
No estilo bloco, não há preocupação com a margem direita alinhada, 
nem o parágrafo apresenta entrada. A data continua alinhada à direita 
e o signatário está posicionado no mesmo lugar que no estilo endentado 
ou semibloco.
___________ 2 3 _________________
_______________ 4 
___________________ 5 
___________________ 6
 
___________________________________________ 
_________________________________________ 
___________________________________________ 
___________________________________________ 
___________________________________________ 
___________________________________________ 
__________________________________________ 
_________________________________________ 
___________________________________________ 
___________________________________________ 
7
___________________ 8
5 a 10
esp.
15 a 20 esp.
_________________________________________ 1
margem direita solta
(Fonte: Redigir & Convencer, Edméa G. Neiva e José A. Rosa, Editora STS, p. 142)
004G/43Redação Técnica
___________________ 2 
________________________ 3
___________________ 4 
________________ 5 
___________________ 6
 
___________________________________________

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