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�PAGE � UNIVERSIDADE REGIONAL INTEGRADA DO ALTO URUGUAI E DAS MISSÕES- CAMPUS DE SANTIAGO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS CURSO DE DIREITO Thayanne dos Santos Cavalheiro COMO O COMBATE À SONEGAÇÃO FISCAL AJUDA A RESOLVER OS PROBLEMAS ECONÔMICOS DO PAÍS Santiago 2018 Thayanne dos Santos Cavalheiro COMO O COMBATE À SONEGAÇÃO FISCAL AJUDA A RESOLVER OS PROBLEMAS ECONÔMICOS DO PAÍS Projeto de pesquisa apresentado como requisito para aprovação na disciplina de Metodologia da Pesquisa no Curso de Direito da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões - Campus de Santiago. Orientadora: Prof.ª Rosangela Montagner Santiago 2018 � SUMÁRIO 31 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO � 32 TEMA � 33 DELIMITAÇÃO DO TEMA � 34 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA � 35 JUSTIFICATIVA � 46 OBJETIVOS � 46.1 Objetivo geral � 46.2 Objetivos específicos � 57 REFERENCIAL TEÓRICO � 57.1 Sonegação fiscal � 57.1.1 Principais tipos de sonegação no Brasil � 77.2 Principais ações do país para combater a sonegação � 97.2.1 Centro de Apoio Operacional da Ordem Tributária (COT) � 97.3 Alternativas para combater a sonegação � 117.4 Índices da sonegação comparados ao balanço econômico (2018) � 117.5 Impactos na administração pública e na crise econômica � 138 METODOLOGIA � 138.1 Métodos de abordagem e de Procedimento � 138.2 Técnicas de pesquisa � 139 CRONOGRAMA � 1410 PROPOSTA DE SUMÁRIO PRÉVIO � 1411 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS � 1612 ANEXO � � DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO Autor(a): Thayanne dos Santos Cavalheiro Orientador(a): Rosangela Montagner Área temática: Direito tributário TEMA Sonegação fiscal. DELIMITAÇÃO DO TEMA Como o país se comporta perante a sonegação fiscal. FORMULAÇÃO DO PROBLEMA Como combater a sonegação fiscal, usando a legislação pertinente, na busca de minimizar os impactos na administração pública? JUSTIFICATIVA O Brasil hoje necessita da arrecadação tributária para prover suas necessidades econômicas, a sociedade acaba por não perceber que a sonegação fiscal desvia mais recursos que a própria corrupção. A sonegação fiscal é crime definido pela Lei 4.729/65, que em seu Artigo 1º, pauta as práticas que o constituem, bem como as penalidades previstas. Já a Lei 9.137/90, traz a definição de crimes contra a ordem tributária em geral, não se limitando a especificação de sonegação fiscal. O crime de sonegação também se enquadra no conceito de fraude, de acordo com o Artigo 72 da Lei 4.502/64. O grande efeito da sonegação fiscal é o impacto negativo, causado na sociedade como um todo, que impede o desenvolvimento do país nas mais diversas áreas. De acordo com o sonegômetro, projeto que faz parte da campanha nacional da Justiça Federal, criado em 2009, pelo Sinprofaz (Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional), o Brasil está deixando de arrecadar mais de R$215bilhões em impostos fiscais apenas na primeira metade do ano de 2018. Valor esse que a Administração Pública poderia usar para começar a resolver o problema econômico atual em diversas áreas, como segurança, educação e saúde, já que a projeção primária de déficit em 2018 foi de R$148,1 bilhões. O estudo acerca da sonegação possibilita uma visão crítica, começando pela educação fiscal nas escolas, sugerindo estudos futuros sobre a reforma tributária e sobre o impacto da informalidade para o Estado. A sonegação fiscal é um grande problema hoje em dia no Brasil, começar a enxergar que combater a sonegação é a saída para a crise econômica será um grande passo. Esta pesquisa se associa ao curso de Graduação em Direito, na área tributária, para auxiliar no sucesso profissional de seus acadêmicos, e em como é importante não sonegar impostos. OBJETIVOS Objetivo geral Pesquisar os impactos da prática de sonegar impostos, na Administração Pública e na economia do país, e qual a melhor maneira de combater a sonegação fiscal. Objetivos específicos Conceituar sonegação fiscal; Identificar os principais tipos de sonegação no Brasil; Constatar as principais ações feitas para combater a sonegação; Analisar alternativas para combater a sonegação; Comparar os índices de sonegação com os déficits econômicos; REFERENCIAL TEÓRICO Sonegação fiscal A sonegação fiscal, a recusa de pagamento dos tributos, ato de negar, ocultar ou informar algo, parcialmente, intencionando benefício próprio, reduzindo, ilicitamente a carga tributária, de acordo com a Lei nº 4.729/1965, que define o crime de sonegação fiscal e dá outras providências. E a pena para o sonegador nos moldes definidos supra, pode chegar à detenção de seis meses a dois anos, além de multa de duas a cincos vezes o valor do tributo. Entretanto, caso o criminoso seja réu primário, a pena será reduzida à multa de 10 vezes o valor do tributo. A Lei nº 4.729 é considerada a primeira norma específica acerca do tema sonegação fiscal no Brasil. Antes, as únicas fraudes fiscais penalmente sancionadas em nosso direito positivo eram o contrabando e descaminho, previstos no art. 334 do Cód. Penal. A sonegação, sem sombra de dúvidas, provoca um rombo que causa efeitos nefastos para toda a sociedade brasileira. Uma justificativa utilizada para sonegação é a alta carga tributária, que, de acordo com a Receita Federal do Brasil, representou 32,26% do PIB em 2017. Somando-se a isso, o fato de o Estado brasileiro aplicar mal os recursos arrecadados, contribuintes passam a crer que é mais racional e econômico praticar a sonegação. Dessa maneira, o Estado, deixando de cumprir com o objetivo de investir os recursos nas áreas prejudicadas economicamente, acaba por contribuir para o crescimento da prática de sonegação. Somente até agosto 2018, o Brasil já deixou de arrecadar R$ 345 bilhões por causa da sonegação de imposto, aponta o Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional (Sinprofaz). “O trabalhador assalariado é a maior vítima deste crime”, disse o presidente do sindicato, Achilles Frias. Principais tipos de sonegação no Brasil Em 2009 o IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário) divulgou um estudo sobre a Sonegação Fiscal em empresas brasileiras, dentre os principais tipos de sonegação e as possíveis maneiras de serem identificados pelo Fisco, o estudo pelo IBPT apontou: Venda sem nota, com "meia" nota, venda com nota "calçada", duplicidade de numeração de nota fiscal: Além do problema de interceptação em trânsito, surge o problema do recebimento do valor destas vendas. Depósitos em conta da empresa, do sócio ou pessoa ligada a empresa (laranjas) são facilmente detectáveis pela fiscalização com a simples quebra do sigilo bancário - o que é bem comum de ocorrer. Outra forma muito simples de evidenciar um desses meios de sonegação é a simples contagem do estoque - a constatação de "furo" nos estoques evidencia a prática de sonegação. Outra evidência muito simples de apurar, é o conhecimento de frete que acompanha a mercadorias e permite a fiscalização constatar se existe uma divergência de valores, etc. Compra de notas fiscais: basta fazer a comparação dos documentos fiscais lançados em uma empresa com os documentos lançados pela outra empresa. Existindo dúvida sobre a real aquisição (do bem, mercadoria ou do serviço), a fiscalização vai exigir o comprovante do pagamento. Saldo negativo do caixa ou passivo fictício: neste caso é presumida a omissão de receita, e cabe ao contribuinte o ônus da prova. É costume "fabricar" contratos de mútuos nesses casos, para registrar entrada de dinheiro fictícios através de empréstimos fictícios para substituir a receita com venda. Acontece que muitas vezes - especialmente quando for pessoa física - não possui recursos para contratar quaisquer empréstimos - isso fica evidenciado com um simples exame da declaração de imposto de renda ou da quebra do sigilo bancário. Crescimento patrimonial incompatível