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Atos das Partes

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ATOS DAS PARTES
1)      Atos Postulatórios: são aqueles em que as partes apresentam algum pedido ao Juiz, formulando suas teses de ataque ou defesa. Ex.: petição inicial, contestação, réplica, recursos e etc;
2)      Atos Probatórios (instrutórios): como o nome sugere, são aqueles que se destinam à instrução do processo, vale dizer, de provar, de convencer o Juiz da causa acerca de suas alegações. Ex.: juntada de documentos, oitiva de testemunhas, depoimento pessoal e etc.
3)      Atos de Disposição: são atos em que a parte, objetivando a resolução do conflito de interesses, abre mão de alguma faculdade processual, seja pelo reconhecimento jurídico do pedido, renúncia, transação ou desistência.
ATO DO JUIZ
De acordo com o art. 162, do CPC: “Os atos do juiz consistirão em sentenças, decisões interlocutórias edespachos”. Segue abaixo um resuminho sobre estes atos judiciais.
Sentença: Com a reforma do CPC realizada no ano de 2005 pela Lei nº 11.232/2005, a sentença passou a ser conceituada como a decisão ou ato do Juiz que implicasse alguma das situações previstas no art. 267 ou 269 do Código.
Se o sentença é proferida com base nas situações descritas no art. 267, é chamada de terminativa, já que, o juiz não resolve o mérito, isto é, não chega a dar como procedente ou improcedente o pedido; Se a sentença tiver como fundamento uma das hipóteses do art. 269, diz-se que é definitiva, uma vez que efetivamente se analisa e julga o pedido (procedente ou improcedente).
Decisão Interlocutória: é o ato do Juiz que, sem dar fim ao processo, decide uma questão incidente, seja na fase de conhecimento, seja na fase de execução. São exemplos: o ato do juiz que indefere requerimento de prova do autor ou do réu; exclui co-autor ou corréu do processo, mantendo os demais; indefere pedido de assistência judiciária gratuita; indefere pedido de liminar (em antecipação dos efeitos da tutela ou em processo cautelar).
Despachos: são atos sem nenhum cunho decisório que têm por finalidade tão somente viabilizar a marcha normal do procedimento, por força do Princípio Processual do Impulso Oficial.
Simplificando – O conceito de despacho se dá por exclusão. Se o ato do juiz não for sentença nem decisão interlocutória, será despacho. Exemplo: marcação de nova data de audiência a pedido da parte ou de ofício, deferimento de pedido de dilação de prazo e etc.
FORMA DOS ATOS PROCESSUAIS
DO TEMPO
	Os atos processuais devem-se realizar durante os dias úteis, entre seis e vinte horas, conforme dispõe o art. 172, do CPC. Consideram-se dias úteis aqueles em que há expediente forense. Assim, nas férias e em feriados não se praticam atos processuais. Porém, nada impede que os atos já iniciados possam ultrapassar o limite das vinte horas, já que a sua interrupção poderia causar prejuízo à diligência, acarretando inclusive danos às partes (CPC, art. 172, § 1º).
	Entretanto, existem exceções a essas regras. Assim, por exemplo, a convocação do réu para responder a ação, por citação, bem como a constrição de bens, por meio de penhora, podem realizar-se em domingos e feriados, ou nos dias úteis, fora do horário do expediente forense: a) a pedido da parte, desde que fique demonstrada a necessidade de urgência na realização da medida; b) se houver autorização expressa do juiz ou; c) na hipótese do art. 5º, XI, da Constituição Federal (CPC, art. 172, § 2º). São feriados, para efeito forense, os domingos e os dias declarados por lei (CPC, art. 175).
DO LUGAR
	Na forma do art. 176, do CPC, os atos processuais devem-se realizar na sede do juízo, entendida sede, aqui, de maneira mais restritiva, isto é, no fórum (ex.: as audiências, a apresentação de peças processuais, etc.). É claro que as convocações, por citações ou intimações, por exemplo, realizam-se na área de abrangência territorial do juízo e no local onde devem ser realizadas.
	Entretanto, existem hipóteses excepcionais em que os atos processuais são praticados fora da sede do juízo, como dispõe o art. 176, do CPC: a) assim ocorre nos casos legais de deferência, como em oitiva do Presidente da República ou do governador. Estes são ouvidos no seu local de trabalho ou residência (CPC, art. 411). O que determina essa deferência é o interesse público que cerca as funções exercidas por eles; b) o mesmo se dá em casos em que o interesse da justiça leva a realização do ato para fora dos limites do fórum, como, por exemplo, na hipótese da inspeção judicial (CPC, art. 440); c) também em razão de obstáculo argüido pelo interessado e acolhido pelo juiz, como no caso de oitiva de testemunha doente em sua residência.
	Os atos praticados por determinado juízo estão circunscritos à uma área de atuação jurisdicional: quando houver necessidade de realização de atos processuais em outro território, o juiz deverá solicitar a sua realização, por meio de carta precatória, ao juízo competente para atuar nessa outra área territorial.
DO PRAZO: Os atos são contínuos (ñ se interrompe nos feriados), devem ser praticados no prazo estabelecido da lei, se o juiz ñ determinar o prazo deverá ser feito em 5 dias. 
Dilatórios são os prazos fixados pela lei, mas que admitem a sua ampliação ou redução, quer por decisão judicial, quer por acordo entre as partes. Esse prazo tem sua previsão legal no art. 181, do CPC. No caso de mudança do prazo por convenção das partes, há que se observar os seguintes requisitos:
	– deve haver o requerimento antes de vencer o prazo indicado em lei, se fundando em motivo legítimo;
	– deve haver aprovação do juiz, que, no caso de prorrogação, indicará o dia do vencimento do prazo (CPC, art. 181, § 1º).
	Peremptórios são os prazos indicados por lei, que não podem ser modificados pela vontade das partes ou por determinação judicial. Somente nos casos excepcionais de dificuldade de transporte, para comarcas localizadas em local de difícil acesso, ou na ocorrência de calamidade pública, poderá haver a modificação de prazo peremptório, mais nunca por mais de sessenta dias (CPC, art. 182 e parágrafo único).
Prazos próprios e prazos impróprios
	São próprios os prazos fixados para as partes. Assim, por exemplo, é próprio o prazo para a juntada de contestação ou o prazo para ingresso com o recurso.
	São impróprios os prazos concedidos ao juiz e aos demais auxiliares de justiça para a concretização do ato processual, como, por exemplo, o disposto nos artigos 189 e 190, do CPC.
CONTAGEM DO PRAZO: Ñ se inclui o dia do inicio. Vencimento deverá ser dia útil e ter expediente forense.
MODO:
a) O primeiro deles é o princípio da liberdade das formas. Significa este princípio que os atos processuais podem ser realizados pela forma mais idônea para atingir o seu fim. . Mas liberdade não quer dizer exclusão ou arbítrio de forma. Assim, dispõe o art. 171, do CPC, que “não se admitem, nos atos e termos, espaços em branco, bem como entrelinhas, emendas ou rasuras, salvo se aqueles forem inutilizados e estas expressamente ressalvadas”.
	b) O segundo princípio é o da instrumentalidade das formas. Significa dizer que as formas não têm valor intrínseco próprio, mas são estabelecidas como meio para atingir a finalidade do ato. Portanto, a necessidade da sua observância deve ser medida pela possibilidade de ter atingido o mesmo fim sob outra forma.
	Aplicação mais clara ainda se vê no art. 244, do CPC, que diz: “Quando a lei prescrever determinada forma, sem cominação de nulidade, o juiz considerará válido o ato se, realizado de outro modo, lhe alcançar a finalidade”. Conforme esse princípio, mesmo quando a lei determinar a forma, sem cominar nulidade à sua inobservância, o uso de outra forma não invalidará o ato, se este tiver atingido o seu fim.
Exemplo: A petição de recurso deve conter o pedido de interposição do percurso e seus fundamentos, embora sejam feitas 2 petições. 
	c) O terceiro é o princípio da documentação. Em geral, o meio de expressão dos atos processuais é o escrito. E, assim, na sua expressão escrita está a documentação dos atos. Se, porém, o ato é de natureza a expressar-seoralmente, impõe-se a documentação por escrito. Assim, são os requerimentos em audiência, o depoimento das partes ou das testemunhas, os debates em audiência, são atos orais que se reduzem a termo escrito; 
	d) O quarto e último princípio é o da publicidade. É com fundamento nesse princípio que a lei autoriza a consulta aos autos e que se expeçam certidões dos mesmos, a pedido de quem neles se julgue interessado. Assim, a Constituição Federal, em seu art. 5º, LX, dispõe que “a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem”. Logo, os atos processuais são públicos, devem desenvolver-se na presença das pessoas que quiserem assisti-los. Nesse sentido, o disposto no art. 155, do CPC: “Os atos processuais são públicos”. Entretanto, a regra geral da publicidade encontra exceção naqueles casos em que o decoro ou o interesse público aconselham não sejam os mesmos divulgados. É o que dispõe o já citado art. 155, do CPC: “Correm, todavia, em segredo de justiça, os processos: I – Em que o exigir o interesse público; II – que dizem respeito a casamento, filiação, separação dos cônjuges, conversão desta em divórcio, alimentos e guarda de menores”. E também o art. 444, do CPC: “A audiência será pública; nos casos do art. 155, realizar-se-á a portas fechadas”.
CITAÇÃO: Ato no qual integra o demandado ao processo, pode ser real (quando o réu é citado) e a ficta (presume q o réu foi citado)
CITAÇÃO REAL:
A CITAÇÃO POR CARTA OU PELOS CORREIOS
A citação, regra geral, realizar-se-á por carta ou pelos correios, podendo ela ser emitida para qualquer comarca do país. Esta comunicação processual será sempre emitida, por segurança jurídica, com o respectivo aviso de recebimento e atendendo aos requisitos do art. 223 do CPC.
CITAÇÃO POR OFICIAL OU POR MANDADO
Nas hipóteses das alíneas do art. 222 não serão utilizadas as citações por carta, já que nelas o legislador entende que deve ser emitida uma citação por mandado, a qual deverá ser cumprida por oficial de justiça, a exemplo do que ocorre quando for ré pessoa incapaz. O procedimento desta modalidade de citação está regulamentado nos arts. 224 a 226 do CPC.
CITAÇÃO ELETRÔNICA E A LEI Nº 11.419/06
A Lei nº 11.419/06 encarta o processo eletrônico no ordenamento jurídico brasileiro e dentre as suas diversas disposições indica que a citação no processo eletrônico será realizada por meio de endereços eletrônicos (e-mails).
CITAÇÃO FICTA:
CITAÇÃO POR EDITAL
O CPC, nas hipóteses do art. 231, indica a possibilidade excepcional de que se realize uma citação ficta, denominada citação por edital.
Só poderá ser utilizada esta modalidade de citação quando desconhecido ou incerto o réu, bem como quando ignorado, inacessível ou incerto o local em que ele se encontrar.
As publicações serão feitas nos órgãos de publicação oficial e, se o sujeito não for beneficiário da assistência judiciária gratuita, também haverá publicação nos jornais de grande circulação.
CITAÇÃO POR HORA CERTA
O código indica, nos arts. 227, 228 e 229 que se o réu se ocultar, tendo o oficial ido ao seu encontro por três vezes, poderá ele designar que se realize citação por hora certa. Nessa situação o oficial intimará qualquer pessoa da família ou vizinho que, no dia e hora designados, procederá a citação, mesmo que o réu volte a se ocultar. Trata-se de medida que tem por finalidade a efetividade da tutela jurisdicional.
INTIMAÇÃO
O segundo tipo de ato de comunicação processual denomina-se intimação.
A intimação é o ato pelo qual se comunica uma pessoa ligada ao processo dos acontecimentos do processo, devendo a pessoa intimada fazer ou deixar de fazer algo em função de tal comunicação. As partes, via de regra, são intimadas através de seus advogados, podendo também nas capitais e nos Distrito Federal realizar a intimação com a publicação no órgão oficial, devendo sempre (sob pena de nulidade) constar nela a indicação dos nomes das partes e de seus advogados.
Não sendo o caso de intimação pelo Diário Oficial, aplicam- se à  intimação as mesmas regras da citação, dando-se preferência à  via postal. (Cartas de ordem são aquelas em que um tribunal dirige uma carta para um órgão jurisdicional (juiz), cartas precatórias é de juiz para juiz do mesmo nível hierárquico e a carta rogatória é para juiz estrangeiros).
TRINÔMIO
Preliminar: É o fato processual ou de mérito que impede que o juiz aprecie o fato principal ou uma questão principal, sendo ligada a pressupostos processuais (pressupostos são antecedentes necessários para que o processo tenha existência jurídica e validade formal (investidura do juiz, interesse das partes, capacidade de estar em juízo)
Questões Prejudiciais: Questões prejudiciais são aquelas que devem ser avaliadas pelo juiz com valoração penal ou extrapenal e devem ser decididas antes do mérito da ação principal. Elas funcionam como elementar da infração penal.
Exemplo: Art. 235, do CP – “contrair alguém, sendo casado, novo casamento.” A questão prejudicial em relação ao casamento (sendo casado) está inserida dentro do tipo penal. Se está inserida dentro do tipo, temos uma elementar da infração penal. Por isso, prevalece na doutrina que a natureza jurídica da questão prejudicial é de elementar da infração penal. EX: Ação de alimentos onde o autor alega ser filho do réu, onde o réu contesta o requerente, assim cabe juiz verificar se o autor é filho do réu através do exame de DNA. 
Questões referentes ao mérito da causa: É o objeto do processo.
FORMAÇÃO DO PROCESSO
- O processo civil começa por iniciativa das partes, mas se desenvolve por inpulso oficial.(art.262)
- O processo começa quando a ação é proposta, no momento em que é despachada a petição inicial. (Art.263)
- Só produz efeitos quanto ao réu quando este for devidamente citado.(263)
- O autor não poderá modificar o pedido ou a causa de pedir depois da citação, sem o consentimento do réu, e em nehuma hipótese depois do saneamento do processo.(264)
SUSPENSÃO DO PROCESSO
Existem algumas hipóteses, previstas no art. 265 do CPC, que resulta na suspensão do processo, isto é, ele ficará parado por um determinado tempo até que se resolva a causa que ocasionou a suspensão, prosseguindo depois de onde parou. Vamos ver quais são essas hipóteses:
I - morte ou perda da capacidade processual das partes ou de seus advogados - em caso de morte de uma das partes, o juiz suspenderá o processo, porém se já estiver iniciado a audiência de instrução, o advogado continuará no processo, que só será suspenso depois de publicada a sentença ou acórdão. Já se quem falecer for o advogado, o juiz suspenderá o processo por vinte dias, e nesse período a parte deverá nomear outro mandatário, se ela não fizer isto o processo será extinto.
II - pela vontade das partes - As partes podem requerer a suspensão do processo, mas nunca por mais de 6 meses. Findo este prazo, o juiz ordenará o prosseguimento do processo.
III - Em caso de exceção de incompetência, impedimento ou suspeição do juiz- O processo será suspenso até que seja julgado o incidente.
IV - Quando a sentença de mérito depender do julgamente de outra causa, da verificação de outro fato, ou o julgamento de questão de estado - nesse caso o processo não poderá ficar suspenso por mais de 1 ano, acabando este prazo o juiz ordenará o prosseguimento do processo.
Obs: Durante a suspensão é proibido praticar qualquer atos, exceto os urgentes.

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