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IESB Disciplina: Introdução ao Direito
Assunto: Resumo do texto ‘’O conceito de Direito’’ de André Franco Montoro Professor (a): Neide Malard Aluno (a): Maria Thamyres de Souza Almeida
O conceito de Direito
A conceituação da palavra direito é uma tarefa difícil visto que, é uma palavra de vários significados, a epistemologia jurídica é a ciência que se encarrega de estudar essas várias significações do vocábulo direito classificando-o de modo a facilitar o seu estudo, a primeira diferenciação é feita entre a sua definição nominal e real. Nominal que se refere ao estudo da palavra direito e real que é o estudo do direito como objeto, ou seja, trata-se de classificar o que ele é exatamente.
A origem da palavra direito vem da palavra jus ou juris, que significa direito em latim, isso revela a grande influência do direito romano sobre o direito moderno, porém, existem duas explicações diferentes sobre a origem da palavra jus, segundo alguns ela seria derivada da palavra jussum, que significa mandar, ordenar. Segundo outros, é derivada da palavra justum que significa justo ou o que é conforme a justiça.
O direito como realidade também possui várias acepções, pode ser considerado como: Norma, que significa a regra social obrigatória; faculdade, que é o poder que o Estado tem de legislar; justo, que é o devido por justiça e fato social que é o direito como fenômeno social. 
Direito positivo e Direito Natural- Direito positivo, seria aquele criado pelo homem para disciplinar sua vida em sociedade já o Direito natural, seria o direito que está acima do Direito positivo, segundo os defensores dessa ideia, o homem já nasce com a concepção do que é certo e errado, essas ideias que o homem tem consigo desde o seu nascimento seriam a base do Direito positivo.
O Direito faculdade- É o poder que do sujeito, por isso também é chamado de direito subjetivo, no direito-faculdade o titular do direito detém o poder moral de fazer, exigir e conseguir as coisas.
O Direito-justo- É empregado no sentido de justiça ou o que é devido a alguém por direito, segundo uma igualdade. 
O Direito-interesse- seria aquele que é concebido em favor do seu titular para satisfazer os seus anseios pessoais.
O Direito-função- É aquele que é concebido em favor de outras pessoas, como o pátrio poder que é concebido em favor da criança ou o poder de julgar que é atribuído ao juiz. 
 O Direito-ciência- É o direito como objeto de estudo da ciência, sendo investigado como qualquer outra ciência. 
O Direito fato-social- É o direito como fenômeno social e histórico, é o objeto de estudo da sociologia. 
As acepções acima descritas são as fundamentais dentro da epistemologia jurídica, porque são as mais usadas nesse meio, evidentemente, a palavra direito têm vários outros significados como, por exemplo, quando dizemos que alguém é direito dizemos que aquela pessoa é justa ou tem um comportamento exemplar ou quando usamos a palavra direito para designar o que está oposto à esquerda, essas definições são usadas no cotidiano e não interessam ao meio jurídico. Podemos concluir com isso que o direito não permite uma única definição, pois se aplica a várias realidades e significa algo diferente em cada uma delas, ou seja, o direito é um termo análogo. 
A Analogia trata de classificar os termos segundo uma lógica dividindo-os em unívocos, equívocos e análogos. Um termo unívoco é aquele que tem um único significado e se aplica somente a uma realidade como, por exemplo: Homem, livro e vegetal. Já os termos equívocos são os que se aplicam a realidades divergentes uma da outra e os termos análogos são os que se aplicam a diversas realidades diferentes com significados semelhantes, o direito é assim uma mistura de termos equívocos e análogos. 
Analogia intrínseca e de proporção é aquela em que o termo se aplica a realidades diferentes, mas, tem significado semelhante em cada uma delas. A analogia extrínseca ou de relação é quando o termo é aplicado em seu sentido próprio a uma realidade, mas, se aplica por extensão a outra realidade mantendo com a anterior uma relação de dependência. A analogia metafórica ocorre quando um termo tem significação direta a uma realidade, mas, se aplica a outras em sentido figurado.
O primado do direito-norma classifica o direito-norma como a analogia principal desse termo, segundo essa ideia o direito seria a própria norma ou o conjunto delas. O primado do direito- subjetivo, afirma ser o poder do sujeito capaz de definir a aplicação da lei, por isso seria o significado fundamental do direito. O primado do direito fato-social, afirma ser o direito, o controle exercido para estabilizar a vida em sociedade, sendo essa a sua principal força. O primado do direito-ciência vê o direito primeiramente como uma ciência e como disciplina a ser estudada. O primado do direito-justo tem o direito como o meio de se conseguir a justiça, alcançar a justiça seria, portanto o objetivo principal do direito. 
No sentido geral, todas essas acepções são válidas desde que sejam aplicadas no sentido de justiça, conservação da ordem social e à resolução de conflitos.

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