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Relatório: Caracterização Básica de Agregados Procedimentos e Especificações Normativas Matheus Henrique Alves Curitiba: 2015 A reprodução de partes deste material pode ser feita com a devida atribuição dos créditos ao autor. Não é permitida a reprodução para fins comerciais. LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1- Curva granulométrica da areia média analisada (agregado miúdo) e os respectivos limites estabelecidos pela ABNT NBR 7211:2009.................................. 39 Gráfico 2- Curva de inchamento da amostra de agregado miúdo (areia média) e os respectivos teores de umidade crítica e coeficiente de inchamento médio ............... 41 Gráfico 3- Curva granulométrica da brita n°1 (agregado graúdo) e os respectivos limites estabelecidos pela ABNT NBR 7211:2009 ..................................................... 43 Gráfico 4- Gráfico modelo para traçado da curva de inchamento ............................ 49 LISTA DE TABELAS Tabela 1 – Identificação da amostra analisada ........................................................... 5 Tabela 2- Conjunto de peneiras da série normal e intermediária (abertura nominal) . 6 Tabela 3- Limites da distribuição granulométrica do agregado miúdo ........................ 9 Tabela 4- Limites de composição granulométrica do agregado graúdo .................... 10 Tabela 5- Massa mínima da amostra para cada intervalo granulométrico ................ 19 Tabela 6- Abertura da malha das peneiras de acordo com os intervalos granulométricos ensaiados........................................................................................ 20 Tabela 7- Massa mínima a ser ensaiada de acordo com a dimensão máxima nominal do agregado ................................................................................................. 21 Tabela 8- Massa mínima de amostra de ensaio com relação à dimensão máxima característica do agregado graúdo ............................................................................ 24 Tabela 9- Massa mínima por fração ......................................................................... 25 Tabela 10- Critérios de validação dos ensaios de caracterização ............................ 27 Tabela 11- Dados obtidos no ensaio da determinação da composição granulométrica da areia média .................................................................................. 30 Tabela 12- Dados obtidos no ensaio das amostras de areia média com relação às massas específicas pertinentes ................................................................................ 31 Tabela 13- Dados obtidos na determinação da massa unitária em estado solto da areia média................................................................................................................ 32 Tabela 14- Dados obtidos na determinação do coeficiente de inchamento e da umidade crítica da areia média ................................................................................. 33 Tabela 15- Dados obtidos com relação ao teor de argila e materiais friáveis na amostra de areia média ............................................................................................. 33 Tabela 16- Dados obtidos no ensaio da determinação da composição granulométrica da brita n°1 ....................................................................................... 35 Tabela 17- Dados obtidos no ensaio da determinação da massa específica e da absorção da água de agregado graúdo .................................................................... 36 Tabela 18- Dados obtidos na determinação da massa unitária em estado compactado da brita n°1 ........................................................................................... 37 Tabela 19- Dados obtidos na determinação da porcentagem de material pulverulento da amostra de brita n°0 ............................................................................................. 38 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 1 1.1 OBJETIVOS ................................................................................................... 3 1.1.1 Objetivo geral........................................................................................... 3 1.2 JUSTIFICATIVA ............................................................................................. 3 2 METODOLOGIA .................................................................................................. 3 2.1 REFERÊNCIAS NORMATIVAS ..................................................................... 3 2.2 AMOSTRA ..................................................................................................... 4 2.2.1 Dados da amostra ................................................................................... 4 2.2.2 Identificação das amostras ...................................................................... 5 2.3 ESPECIFICAÇÕES E PROCEDIMENTOS NORMATIVOS E CRITÉRIOS DE VALIDAÇÃO DE ENSAIOS ............................................................................... 6 2.3.1 Especificações normativas ...................................................................... 6 2.3.1.1 NBR NM 248: 2003 – Agregados – Determinação da composição granulométrica .................................................................................................. 6 2.3.1.2 NBR 7211:2009- Agregados para concreto- Especificação .............. 8 2.3.1.3 NBR NM 52:2002- Agregado miúdo – Determinação da massa específica e massa específica aparente ......................................................... 10 2.3.1.4 NBR NM 45: 2006- Agregados- Determinação da massa unitária e do volume de vazios ....................................................................................... 13 2.3.1.5 NBR 6467:2008 – Agregados- Determinação do inchamento de agregado miúdo. Método de ensaio ............................................................... 16 2.3.1.6 NBR NM 7218: 2010- Agregados- Determinação do teor de argila em torrões e materiais friáveis ........................................................................ 18 2.3.1.7 NBR NM 46: 2003- Agregados- Determinação do material fino que passa através da peneira 75 µm, por lavagem ............................................... 21 2.3.1.8 NBR NM 53:2009 – Agregado graúdo – Determinação de massa específica, massa específica aparente e absorção de água .......................... 23 2.3.2 Critérios de validação dos ensaios ........................................................ 26 2.4 PLANILHAS DE ENSAIO ............................................................................. 29 2.4.1 Agregado Miúdo .................................................................................... 29 2.4.1.1 Determinação da composição granulométrica ................................ 29 2.4.1.2 Determinação da massa específica ................................................ 30 2.4.1.3 Determinação da massa unitária em estado solto .......................... 32 2.4.1.4 Determinação do inchamento ......................................................... 32 2.4.1.5 Determinação do teor de argila em torrões e materiais friáveis ...... 33 2.4.2 Agregado Graúdo .................................................................................. 34 2.4.2.1 Determinação da composição granulométrica ................................ 34 2.4.2.2 Determinaçãodas massas específicas e da absorção ................... 36 2.4.2.3 Determinação da massa unitária em estado compactado .............. 37 2.4.2.4 Determinação do teor de material fino que passa na peneira de malha 75µm (material pulverulento) .............................................................. 37 3 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS ....................................... 38 3.1 AGREGADO MIÚDO .................................................................................... 38 3.1.1 Composição granulométrica .................................................................. 38 3.1.2 Massa específica ................................................................................... 39 3.1.3 Massa unitária em estado solto seco ..................................................... 40 3.1.4 Determinação do inchamento ................................................................ 40 3.1.5 Teor de argila em torrões e materiais friáveis ........................................ 42 3.2 AGREGADO GRAÚDO ................................................................................ 42 3.2.1 Composição granulométrica .................................................................. 42 3.2.2 Massa específica ................................................................................... 43 3.2.3 Massa unitária em estado compactado seco ......................................... 44 3.2.4 Teor de material fino que passa na peneira de malha 75 µm (material pulverulento) ...................................................................................................... 45 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................... 45 5 REFERÊNCIAS ................................................................................................. 46 6 APÊNDICE ......................................................................................................... 48 6.1 Determinação do inchamento: cálculo do coeficiente de inchamento e do teor de umidade crítico .......................................................................................... 48 1 Relatório: Caracterização Básica de Agregados Matheus Henrique Alves 1 INTRODUÇÃO Os agregados para construção civil são atualmente um dos insumos minerais mais consumidos no mundo. Segundo o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), a taxa de consumo direto e indireto, em algumas regiões do Brasil, pode chegar a 4,5t / habitante/ ano, sendo esta taxa consideravelmente menor em relação aos países desenvolvidos (VALVERDE, 2001). A origem dos agregados, incluindo a brita e a areia, está diretamente ligada aos processos de formação e decomposição de elementos rochosos, ocorrentes ao longo de milhares de anos, e podem ser encontrados em toda a superfície da crosta terrestre (ALMEIDA; LUZ, 2009; VALVERDE, 2001). Por serem materiais de elevada abundância, o custo unitário de produção é significativamente baixo, tornando-os parcialmente acessíveis às diversas aplicações para o qual são destinados, como por exemplo, a construção civil em baixa e larga escala e a pavimentação, evidenciando a importância da caracterização e seleção adequadas dos agregados. No setor de produção mineral, a areia pode ser extraída do leito de rios, várzeas, depósitos lacustres, mantos de decomposição, pegmatitos e de arenitos decompostos, sendo basicamente composta por grãos de quartzo, sílica e óxidos. A brita é predominantemente extraída em pedreiras, onde os principais tipos de rochas exploradas são as de granito, gnaisse, calcário, dolomito, basalto e diabásio (ALMEIDA; LUZ, 2009; ALMEIDA; SERNA; DNPM, 2000). A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) mediante a instituição da Norma Brasileira (NBR) ABNT NBR 7211: 2009 aborda os agregados produzidos de forma natural quanto à sua composição, origem e características metrológicas. Dessa forma, define a areia, ou agregado miúdo como um produto de origem natural ou resultante da britagem de rochas estáveis, ou pela mistura de ambas, cujos grãos passam pela peneira ABNT/ISO de abertura 4,75 mm e ficam retidos na peneira ABNT/ISO de abertura 0,075 mm. Ainda define agregados graúdos, incluindo a brita e cascalho, como sendo proveniente da forma natural rochosa ou da britagem de rochas estáveis, cujos grãos passam por uma peneira ABNT/ISO de malha quadrada com abertura nominal de 75 mm e ficam retidos em uma peneira 2 Relatório: Caracterização Básica de Agregados Matheus Henrique Alves ABNT/ISO de abertura 4,75 mm (ALMEIDA; SERNA; DNPM, 2000; MME, [s.d.]; VALVERDE, 2001). A utilização de agregados na construção civil fornece uma ampla gama de aplicações desses materiais em diversos processos e técnicas construtivas. A aplicação mais evidente é a fabricação do concreto, onde os agregados empregados junto a outros aditivos oferecem características específicas relacionadas à eficiência do concreto, tais como resistência mecânica, capacidade de retração, resistência à derrapagem, e economicidade (VALVERDE, 2001). Além disso, os agregados são largamente empregados na construção de pré-fabricados, lastros de ferrovias, gabiões, contenção de taludes e na pavimentação. São vários os empreendimentos que contemplam a utilização de agregados, como por exemplo, a construção de rodovias, ferrovias, aeroportos, portos, obras de saneamento, edificações residenciais, industriais e de serviços (ALMEIDA; LUZ, 2009). Tendo em vista a grande aplicabilidade dos agregados, a caracterização de suas propriedades físicas e químicas são imprescindíveis na avaliação da vida útil das estruturas no qual são utilizados. Dessa forma, os agregados devem cumprir a função para qual foram projetados, visando um bom funcionamento do projeto, bem como oferecer máxima segurança e eficiência. Para tal, procedimentos analíticos qualitativos e quantitativos normatizados são frequentemente empregados na avaliação de parâmetros pertinentes à caracterização de agregados. Neste relatório serão apresentados diversos procedimentos relacionados à descrição de algumas propriedades da brita e da areia, seguindo-se as instruções normatizadas e avaliando-se os resultados com relação aos critérios de validação, utilizando um lote amostral não aplicável como subsídio. 3 Relatório: Caracterização Básica de Agregados Matheus Henrique Alves 1.1 OBJETIVOS 1.1.1 Objetivo geral Caracterizar dois lotes de agregados, um de miúdo e outro de graúdo a fim de determinar suas propriedades físicas, bem como, verificar as conformidades com as especificações normativas pertinentes (NBR 7211:2009). 1.2 JUSTIFICATIVA São muitas as situações onde a falha de estruturas é atribuída ao mau uso de agregados, seja no processo de seleção e/ou na caracterização errônea de suas propriedades físicas e/ou químicas. É evidente que a normatização se constitui como uma importante ferramenta para garantir eficiência e, sobretudo máxima segurança, nas diversas aplicações na qual os agregados são empregados. No entanto, falhas nos procedimentos de caracterização são comuns e comprometem a determinação de agregados como sendo passíveis de utilização ou não. Dessa forma, as consequências estruturais afetam diretamente os parâmetros de custo, sustentabilidade e eficiência do projeto, evidenciando a importância da rigorosidade a qual os procedimentos de caracterização devem ser submetidos. 2 METODOLOGIA 2.1 REFERÊNCIAS NORMATIVAS NBR 7211:2009 – Agregados para concreto. Especificação 4 Relatório: Caracterização Básica de Agregados Matheus Henrique Alves NBR 7218:2010– Agregados – Determinação do teor de argila em torrões e materiais friáveis. Método de ensaio. NBR 6467:2008 – Agregados – Determinação do inchamento de agregado miúdo. Método de ensaio. NBR NM 45:2006 – Agregados – Determinação da massa unitária e do volume de vazios. NBR NM 46:2003 – Agregados – Determinação do material fino que passa através da peneira 75 micrometro, por lavagem. NBR NM 52:2009 – Agregado miúdo – Determinação de massa específica e massa específica aparente. NBR NM 53:2009 – Agregado graúdo – Determinação de massa específica, massa específica aparente e absorção de água. NBR NM 248:2003 – Agregados – Determinação da composição granulométrica. NBR NM 26: 2000 – Agregados- Amostragem. NBR NM 27: 2001- Agregados – Redução da amostra de campo. NBR NM ISO 3310- Agregados – Peneiras de ensaio; requisitos técnicas e verificação. Partes 1 e 2. 2.2 AMOSTRA 2.2.1 Dados da amostra A amostra foi fornecida por representantes do curso de Engenharia Civil da Universidade Positivo (interessado), no laboratório de Construção Civil desta mesma instituição nos meses de Março e Abril de 2015, já coletada, pré-quarteada e seca de acordo com as prescrições normativas aplicadas, segundo informado pelos mesmos representantes. O autor responsável pela realização destes ensaios e do presente relatório não se responsabiliza pelos processos de coleta, transporte e 5 Relatório: Caracterização Básica de Agregados Matheus Henrique Alves armazenamento desta amostra até o recebimento da mesma em laboratório. Os resultados aqui apresentados têm restrição à amostra analisada. 2.2.2 Identificação das amostras Na Tabela 1 é apresentada a identificação das amostras dos agregados, de acordo com a nomeação dada pelo autor responsável pela realização dos ensaios. Tabela 1 – Identificação da amostra analisada Identificação fornecida pelo Interessado Identificação dada pela equipe no laboratório Características analisadas e/ou Ensaios Realizados Areia média Areia média - Composição granulométrica; - Massa específica; - Massa unitária no estado solto seco; - Determinação do inchamento; - Teor de argila em torrões e materiais friáveis. Brita 1 Brita n°1 - Composição granulométrica; - Massas específicas e absorção; - Massa unitária no estado compactado seco; Brita 0 Brita n°0 - Teor de material pulverulento 6 Relatório: Caracterização Básica de Agregados Matheus Henrique Alves 2.3 ESPECIFICAÇÕES E PROCEDIMENTOS NORMATIVOS E CRITÉRIOS DE VALIDAÇÃO DE ENSAIOS 2.3.1 Especificações e Procedimentos Normativos 2.3.1.1 NBR NM 248: 2003 – Agregados – Determinação da composição granulométrica A Norma prescreve o método utilizado para a determinação da composição granulométrica de agregados miúdo e graúdo para concreto. Deverão ser utilizadas as peneiras descritas pela ABNT NBR NM ISO 3310-1 ou 2, com aberturas nominais das malhas estabelecidas de acordo com a Tabela 2. Tabela 2- Conjunto de peneiras da série normal e intermediária (abertura nominal) Série Normal Série Intermediária 75 mm - - 63 mm - 50 mm 37,5 mm - 31,5 mm - 25 mm 19 mm - 12,5 mm 9,5 mm - 6,3 mm 4,75 mm 2,36 mm 1,18 mm 600 µm 300 µm 150 µm Fonte: NBR 248 (ABNT, 2003). 7 Relatório: Caracterização Básica de Agregados Matheus Henrique Alves A aparelhagem exigida pelo procedimento inclui: balança com resolução de 0,1% do peso da amostra; estufa capaz de manter a amostra em um intervalo de 100 a 110°C; peneiras da série normal e/ou intermediária; escova ou pincel; fundo e tampa de peneira; bandejas para pesagem; e agitador mecânico (facultativo). O seguinte procedimento deve ser realizado: I. A amostra deve ser separada em duas partes de acordo com a ABNT NBR NM 27:2001. II. Secar as amostras em estufa, deixando-as esfriar em temperatura ambiente e determinando-se as massas na balança. III. Encaixar as peneiras previamente limpas formando-se um único conjunto com abertura da malha em ordem crescente da base para o topo, inserindo-se um fundo adequado para o conjunto na base e uma tampa na região superior. IV. Colocar a amostra ou porções da mesma na peneira superior do conjunto. V. Promover agitação mecânica ao conjunto por um tempo razoável. VI. Destacar as peneiras individualmente e acoplá-las ao fundo com tampa, agitando-as por um minuto em movimentos laterais e circulares. VII. Transpor o material retido para uma bandeja previamente identificada e realizar a pesagem. VIII. O material passante da peneira anterior deve ser colocado na próxima peneira do conjunto, repetindo-se o processo do item VI, VII e VIII. IX. As bandejas devem estar devidamente identificadas e pesadas. X. Realizar as etapas descritas acima para ambas às amostras. O ensaio permite caracterizar dois importantes parâmetros. O primeiro, chamado de dimensão máxima característica (DMC), avalia a distribuição granulométrica do agregado, e seu valor é correspondente à abertura nominal, em milímetros, da peneira da série normal ou intermediária, na qual o agregado apresenta uma porcentagem retida acumulada igual ou imediatamente inferior a 5% em massa. O segundo, chamado de módulo de finura (MF) é correspondente à soma das porcentagens médias retidas acumuladas em massa do agregado, nas peneiras da série normal, dividida por 100. 8 Relatório: Caracterização Básica de Agregados Matheus Henrique Alves Deve ser calculada a massa final (obtida a partir da soma das massas retidas em cada peneira e no fundo), as porcentagens retidas média, individuais e acumuladas, em cada peneira, bem como o DMC para as duas amostras e o MF. 2.3.1.2 NBR 7211:2009- Agregados para concreto- Especificação A Norma especifica os critérios exigidos para o emprego de agregado miúdo e graúdo no concreto de cimento Portland. Os critérios avaliados são válidos para agregados obtidos de forma natural a partir da britagem de rochas ou a aqueles encontrados naturalmente fragmentados. Segundo a norma, denomina-se agregado miúdo toda composição granulométrica que passa pela peneira ABNT/ISO de abertura 4,75 mm e que fica retido na peneira ABNT/ISO 0,075 mm, aferidos de acordo com o ensaio especificado pela ABNT NBR NM 248:2003, com amostragem definida pela ABNT NBR NM 27:2001. Denomina-se agregado graúdo toda composição granulométrica que passa pela peneira de abertura 75 mm e fica retido na peneira de abertura 4,75 mm, aferidos de acordo com o ensaio especificado pela ABNT NM 248: 2003, com amostragem definida pela ABNT NBR NM 27:2001. Os limites de distribuição do agregado miúdo e os limites de composição do agregado graúdo estão respectivamente dispostos nas Tabelas 3 e 4. 9 Relatório: Caracterização Básica de Agregados Matheus Henrique Alves Tabela 3- Limites da distribuição granulométrica do agregado miúdo Peneira com abertura da malha (ABNT NBR NM ISO 3310-1)- (mm) Porcentagem em massa, retida acumulada (%) Limites Inferiores Limites Superiores Zona Utilizável Zona Ótima Zona Utilizável Zona Ótima 9,5 0 0 0 0 6,3 0 0 0 7 4,75 0 0 5 10 2,36 0 10 20 25 1,18 5 20 30 50 0,6 15 35 55 70 0,3 50 65 85 95 0,15 85 90 95 100 Nota 1 – O módulo de finura da zona ótima varia de 2,20 a 2,90. Nota 2 – O módulo de finura da zona utilizável inferior varia de 1,55 a 2,20. Nota 3- O módulo de finura da zona utilizável superior varia de 2,90 a 3,50. Fonte: NBR 7211 (ABNT, 2009).10 Relatório: Caracterização Básica de Agregados Matheus Henrique Alves Tabela 4- Limites de composição granulométrica do agregado graúdo Peneira com abertura da malha (ABNT NBR NM ISO 3310-1)- (mm) Porcentagem em massa, retida acumulada Zona Granulométrica (d/D) a 4,75/ 12,5 9,5/ 25 19/ 31,5 25/ 50 37,5/ 75 L. Inf L. Sup L. Inf L. Sup L. Inf L. Sup L. Inf L. Sup L. Inf L. Sup 76 - - - - - - - - 0 5 63 - - - - - - - - 5 30 50 - - - - - - 0 5 75 100 37,5 - - - - - - 5 30 90 100 31,5 - - - - 0 5 75 100 - - 25 - - 0 5 5 25 b 87 100 - - 19 - 0 2 15 b 65 b 95 95 100 - - 12,5 0 5 40 b 65 b 92 100 - - - - 9,5 2 15 b 80 b 100 95 100 - - - - 6,3 40 65 b 92 100 - - - - - - 4,75 80 b 100 95 100 - - - - - - 2,36 95 100 - - - - - - - - - a Zona granulométrica correspondente à menor (d) e à maior (D) dimensões do agregado graúdo. b Em cada zona granulométrica deve ser aceita uma variação de no máximo cinco unidades percentuais em apenas um dos limites marcados com 2). Essa variação pode também estar distribuída em vários limites. Fonte: NBR 7211 (ABNT, 2009). 2.3.1.3 NBR NM 52:2002- Agregado miúdo – Determinação da massa específica e massa específica aparente A Norma prescreve o método utilizado para a determinação da composição da massa específica e massa específica aparente de agregado miúdo para concreto. A aparelhagem exigida pelo procedimento inclui: balança com resolução de 0,1% do peso da amostra; estufa capaz de manter a amostra em um intervalo de 100 a 110°C; frasco aferido com capacidade de 500 cm³ e erro inferior a 0,15 cm³ a 20°C; molde de tronco-cônico metálico com diâmetro superior variando de 37 a 43 mm, diâmetro inferior variando de 87 a 93 mm e altura variando de 72 a 78 mm, com espessura mínima de 1 mm; haste de compactação metálica com massa entre 325 a 355 g, tendo superfície de compactação circular plana de 22 a 28 mm de diâmetro; 11 Relatório: Caracterização Básica de Agregados Matheus Henrique Alves bandeja metálica para secar a amostra, espátula de aço; circulador de ar regulável; dessecador. O seguinte procedimento deve ser realizado: I. Realizar a amostragem como prescrito nas normas NM 26 e NM 27. Em seguida, colocar aproximadamente 1 Kg de amostra em uma bandeja e deixar submersa em água por 24 h, em um intervalo de 20 a 28 °C. II. Retirar a amostra da água e deixá-la estendida em uma superfície plana, submetendo a ação de uma corrente de ar suave e revolvendo a amostra com frequência para garantir uma secagem uniforme. A secagem deve seguir até que os grãos não fiquem fortemente aderidos entre si. III. Colocar o agregado no tronco-cônico metálico sem comprimi-lo. A sua superfície deve ser compactado com 25 golpes da haste de adensamento, e então se deve levantar verticalmente o molde. Se o agregado permanecer com a forma do molde, ainda existe umidade superficial. IV. Dessa forma, deve-se continuar o processo de secagem até que o agregado miúdo desmorone ao ser retirado do molde. Nesse determinado momento, o agregado terá chegado á condição de saturado superfície seca. V. Pesar 500,0 g, com variação de ± 0,1 g, de amostra ( ). VI. Colocar no frasco (picnômetro) e anotar a massa do conjunto ( ). VII. Completar o frasco com água até próximo à marca de 500 ml. Movimentar o frasco para eliminar as bolhas de água e em seguida colocá-lo em banho com temperatura constante em um intervalo de 19 a 23°C. VIII. Após 1 hora completar o frasco com água até a marca de 500 ml e determinar a massa do conjunto ( ), com precisão de 0,1 g. IX. Retirar o agregado miúdo do frasco e secá-lo a em um intervalo de 100 a 110°C até massa constante. Esfriar á temperatura ambiente em dessecador e pesar ( ). Para calcular a massa específica aparente do agregado seco, a seguinte fórmula deve ser utilizada: 12 Relatório: Caracterização Básica de Agregados Matheus Henrique Alves Onde: Para calcular a massa específica aparente do agregado saturado superfície seca (SSS), a seguinte fórmula deve ser utilizada: Para o cálculo da massa específica: O ensaio permite caracterizar três importantes parâmetros. O primeiro, a determinação da relação entre a massa do agregado seco e o seu volume, excluindo os poros permeáveis, a qual é denominada de massa especifica. O segundo é a determinação da massa específica aparente, que também é obtida através da 13 Relatório: Caracterização Básica de Agregados Matheus Henrique Alves relação entre a massa do agregado e seu volume, porém incluindo os poros permeáveis. O terceiro é a massa específica relativa, dada pela relação entre a massa da unidade de volume de um material, incluindo os poros permeáveis e impermeáveis, e a massa de um volume igual de água destilada, livre de ar. De acordo com as fórmulas já apresentadas, deve ser calculada a massa específica aparente do agregado seco assim como a média entre as duas determinações e a variação em relação à média. O mesmo deve ocorrer no cálculo de determinação da massa específica do agregado. 2.3.1.4 NBR NM 45: 2006- Agregados- Determinação da massa unitária e do volume de vazios A Norma especifica o método para determinação da densidade a granel e do volume de vazios de agregados miúdos, graúdos, ou da mistura dos dois, em estado compactado ou solto e com dimensão máxima característica menor ou igual a 75 mm. Segundo a norma, massa unitária é definida como sendo a relação entre a massa do agregado lançado no recipiente, de acordo com o estabelecido no procedimento, e o volume deste recipiente. O volume de vazios é definido como sendo o volume correspondente aos espaços entre os grãos de uma massa de agregado. Para o procedimento deverá ser utilizado os seguintes equipamentos: balança com resolução de 50 g; haste de adensamento (16 mm de diâmetro por 600 mm de comprimento); recipiente cilíndrico pré-estabelecido pela ABNT NM ISO 3310-1; pá ou concha e; estufa capaz de manter a amostra a 105°C ± 5°C. Os seguintes procedimentos devem ser realizados para determinação da massa unitária no estado compactado: (1°) Agregados com dimensão máxima característica igual ou inferior a 37,5 mm I. Determinar e registrar a massa do recipiente vazio. 14 Relatório: Caracterização Básica de Agregados Matheus Henrique Alves II. Encher o recipiente com o material até 1/3 do volume do recipiente e nivelar a superfície com os dedos. III. Efetuar o adensamento da camada de agregado mediante 25 golpes da haste de adensamento, distribuídos uniformementeem toda a superfície do material. IV. Continuar o enchimento do recipiente até 2/3 do volume e proceder como indicado em II e III. V. Terminar de encher o recipiente seguindo-se os passos II e III. VI. Ao adensar-se a primeira camada, a haste de adensamento não deve tocar o fundo do recipiente. Nas camadas posteriores deve-se tomar o devido cuidado para que a haste não atinja imediatamente a superfície anterior. VII. Nivelar a camada superficial do agregado com as mãos ou utilizando uma espátula, de forma a rasa-la com a superfície do recipiente. Por fim, determinar e registrar a massa do recipiente e seu conteúdo. (2°) Agregados com dimensão máxima característica superior a 37,5 mm e inferior a 75 mm I. Determinar e registrar a massa do recipiente vazio, enchendo-o posteriormente em três camadas aproximadamente iguais de agregado. II. Efetuar o adensamento de cada camada colocando o recipiente em uma base firme, elevando alternadamente os lados opostos cerca de 50 mm e deixando-os cair, de forma que o adensamento se produza pela ação de golpes secos. III. Adensar cada uma das três camadas golpeando o recipiente por 50 vezes da forma descrita em II, sendo 25 vezes de cada lado. Em seguida deve-se nivelar a camada superficial do agregado, como descrito em (1°). IV. Determinar e registrar a massa do recipiente e seu conteúdo. Para a determinação da massa unitária do agregado no estado solto, o seguinte procedimento deve ser realizado: 15 Relatório: Caracterização Básica de Agregados Matheus Henrique Alves I. Determinar e registrar a massa do recipiente vazio. Em seguida, encher o recipiente até que o mesmo transborde, utilizando uma pá ou concha, despejando o agregado de uma altura que não supere 50 mm acima da borda superior do recipiente. Evitar ao máximo a segregação dos agregados que compõe a amostra. II. Nivelar a camada superficial do agregado com as mãos ou utilizando uma espátula, de forma a rasa-la com a borda superior do recipiente. III. Determinar e registrar a massa do recipiente e seu conteúdo. O cálculo para a determinação da massa unitária do agregado é dada pela seguinte equação: Caso deseje conhecer a massa unitária de agregados na condição saturada e superfície seca (SSS), deve-se utilizar a seguinte equação: A seguinte equação deve ser utilizada para o cálculo do índice de volume de vazios nos agregados: 16 Relatório: Caracterização Básica de Agregados Matheus Henrique Alves A massa unitária do agregado solto ou compactado é a média dos resultados individuais obtidos em pelo menos três determinações, dividindo-se a massa do agregado pelo volume do recipiente utilizado, expressa em kg/m³. O módulo em porcentagem do desvio em relação à média é calculado sobre cada medida individual, diminuindo-se os valores pertinentes e multiplicando-se por 100. 2.3.1.5 NBR 6467:2008 – Agregados- Determinação do inchamento de agregado miúdo. Método de ensaio A Norma prescreve os procedimentos para determinação do inchamento de agregados miúdos para concreto. Segundo a Norma, defini-se inchamento como sendo o fenômeno em que os agregados miúdos têm seu volume aumentado, pela presença de umidade nos seus grãos e que incide diretamente sobre sua massa unitária. O coeficiente de inchamento é dado pela relação entre o volume úmido (Vh) e seco (Vs) por uma mesma massa de agregado. A Norma ainda define umidade crítica como sendo o teor acima do qual o coeficiente de inchamento pode ser considerado constante e igual ao coeficiente de inchamento médio. Tem- se ainda que, o coeficiente de inchamento médio é definido pelo valor médio entre o coeficiente de inchamento máximo e a aquele correspondente à umidade crítica. Para determinar o coeficiente de inchamento do material e a partir do mesmo determinar a umidade critica e o coeficiente de inchamento médio, o seguinte procedimento deve ser realizado: 17 Relatório: Caracterização Básica de Agregados Matheus Henrique Alves I. Coletar a amostra do agregado miúdo conforme as especificações da norma NBR 26 e selecioná-la de acordo com a NBR 27. II. Secar a amostra em estufa entre 105°C e 110°C até a constância da massa e resfria-la até a temperatura ambiente. III. Distribuir a amostra em uma superfície apropriada (lona). Adicionar água sucessivamente obtendo os teores de umidade próximos aos valores: 0,5%, 1%, 2%, 3%, 4%, 7%, 9% e 12%. A amostra deve ser cuidadosamente homogeneizada a cada adição de água por agitação manual da lona ou agitação mecânica. IV. Coletar uma amostra do agregado úmido em cada adição de água, e acondiciona-la numa capsula para determinar o teor de umidade, a massa unitária e o coeficiente de inchamento. V. Determinar a massa de cada cápsula com a amostra coletada (Mi), destampar, secar em estufa entre 105°C e 110°C e determinar sua massa (Mf). Para o cálculo da massa unitária solta (MUS) a seguinte fórmula deve ser utilizada: Para o cálculo do teor de umidade real em cada cápsula a seguinte expressão deve ser utilizada: Para cada teor de umidade, o coeficiente de inchamento deve ser calculado de acordo com a expressão abaixo: 18 Relatório: Caracterização Básica de Agregados Matheus Henrique Alves O coeficiente de inchamento é determinado pela média aritmética entre os coeficientes de inchamento máximo e a aquele correspondente à umidade crítica, oriundos da análise gráfica da curva de inchamento do ensaio. 2.3.1.6 NBR NM 7218: 2010- Agregados- Determinação do teor de argila em torrões e materiais friáveis A Norma prescreve o método para determinar o teor de argila em torrões e materiais friáveis, eventualmente presente em agregados destinados ao preparo de concreto. Segundo a norma, defini-se a argila em torrões e materiais friáveis como sendo o material composto por partículas sujeitas de serem desfeitas pela pressão entre os dedos polegar e indicador. A aparelhagem para a realização do procedimento inclui: série normal de peneiras, de acordo com a ABNT NBR NM 248: 2003 e ABNT NBR NM ISSO 3310- 1; bandejas inoxidáveis de bordos rasos; balança com resolução de 0,1% da massa da amostra de ensaio e; estufa de secagem (105°C± 5°C). Para a seleção da amostra, o seguinte procedimento deve ser realizado: I. A amostra deve ser inicialmente coletada de acordo com a NBR NM 26 e selecionada de acordo com a NBR NM 27. II. Secar a amostra selecionada em estufa a 105°C-110°C até obter massa constante. 19 Relatório: Caracterização Básica de Agregados Matheus Henrique Alves O ensaio deve ser realizado de acordo com o seguinte procedimento: I. Determinar a composição granulométrica de acordo com a ABNT NBR NM 248. II. A massa mínima para a amostra de ensaio é da pela Tabela 5. Os intervalos granulométricos que representam menos de 5% da massa da amostra total (verificados a partir do ensaio de composição granulométrica) não precisam ser ensaiados. Tabela 5- Massa mínima da amostra para cada intervalo granulométrico Intervalos granulométricos a serem ensaiados (mm) Massa mínima de amostra para ensaio de cada intervalo granulométrico (g) ≥ 1,18 e < 4,75 200 ≥ 4,75 e < 9,5 1000 ≥ 9,5 e < 19,0 2000 ≥ 19,0 e < 37,5 3000 ≥ 37,5 5000 Fonte: NBR 7218 (ABNT, 2010). III. Espalhar as amostras de cada intervalo granulométrico (Mi) nas bandejas de modo a formar uma camada fina. Cobrir a amostra com água destilada, deionizada ou de abastecimento e deixar a amostra em repouso por 24h ± 4h. IV. Identificar as partículas com aparência de torrões de argila ou materiais friáveis e pressiona-las entre os dedos de modo a desfazê-las. Não usar as unhas ou as paredes do recipiente. V. Repeneirar cada fração de cada intervalo granulométrico nas peneiras indicadas na Tabela 6 por via úmida, retirando as partículas de argila e materiais friáveis, agitando cuidadosamente a amostra com as mãos durante o fluxo de água. 20 Relatório: Caracterização Básica de Agregados Matheus Henrique Alves Tabela 6- Abertura da malha das peneiras de acordo com os intervalos granulométricos ensaiados Intervalos granulométricos ensaiados (mm) Abertura da malha das peneiras ≥ 1,18 e < 4,75 600 µm ≥ 4,75 e < 9,5 2,36 mm ≥ 9,5 e < 19,0 4,75 mm ≥ 19,0 e < 37,5 4,75 mm ≥ 37,5 4,75 mm Fonte: NBR 7218 (ABNT, 2010). VI. Remover cuidadosamente as amostras das peneiras correspondentes e seca- las em estufa a temperatura de 105°C ± 5°C até massa constante. Após o resfriamento determinar a massa do material retido (Mf). Para calcular o teor em porcentagem da argila em torrões e materiais friáveis (Mt) em cada intervalo granulométrico, a seguinte fórmula deve ser utilizada: Para calcular o teor parcial da argila em torrões e materiais friáveis, deve- se multiplicar a porcentagem determinada em cada intervalo granulométrico (Mt) pela porcentagem retida individual desse mesmo intervalo, obtida pela ABNT NBR NM 248, e dividir por 100. Em seguida deve-se calcular o teor de argila em torrões e materiais friáveis da amostra a partir do somatório dos teores parciais encontrados. Os intervalos granulométricos que representaram menos de 5% da massa da amostra total, apesar de não terem sido ensaiados, devem ser considerados no cálculo, atribuindo-se o mesmo valor percentual de torrões de argila e de materiais friáveis presente no intervalo granulométrico imediatamente superior ou inferior ao não ensaiado. 21 Relatório: Caracterização Básica de Agregados Matheus Henrique Alves 2.3.1.7 NBR NM 46: 2003- Agregados- Determinação do material fino que passa através da peneira 75 µm, por lavagem A Norma prescreve o método para a determinação por lavagem, em agregados, da quantidade de material mais fino que a abertura de malha da peneira de 75 micrometros. As partículas de argila e outros materiais que se dispersam por lavagem, assim como materiais solúveis em água, serão removidos do agregado durante o ensaio. A aparelhagem e materiais exigidos pelo procedimento incluem: balança com resolução de 0,1% do peso da amostra; um jogo de peneiras, onde a inferior tem abertura de malha de 75 micrometros e a superior corresponde à peneira de 1,18 milímetros; um recipiente de tamanho suficiente para conter a amostra coberta com água e permitir sua agitação sem perda de amostra ou água; estufa capaz de manter a amostra em um intervalo de 100 a 110°C; dois recipientes de vidro transparente de mesmas dimensões e formas. Para a realização do ensaio definido pela Norma, a massa da amostra de ensaio, seca, deve ser maior ou igual à definida pela Tabela 7. Tabela 7- Massa mínima a ser ensaiada de acordo com a dimensão máxima nominal do agregado Dimensão máxima nominal (mm) Massa mínima (g) 2,36 100 4,75 500 9,5 1000 19,0 2500 37,5 ou superior 5000 Fonte: NBR NM 46 (ABNT, 2003). O seguinte procedimento deve ser realizado: 22 Relatório: Caracterização Básica de Agregados Matheus Henrique Alves I. Separar e selecionar a amostra de acordo com as normas NM 26 e NM 27, aplicando-se os critérios da Tabela 7. II. Secar a amostra de ensaio até massa constante à temperatura de 105° a 110°. Determinar a massa com precisão de 0,1% mais próximo da amostra de ensaio. III. Após a secagem e determinação da massa, colocar a amostra de ensaio no recipiente e adicionar água até cobri-la. Agitar a amostra vigorosamente para obter a completa separação de todas as partículas mais finas que ficam em suspensão. IV. Verter a água de lavagem contendo os sólidos suspensos e dissolvidos sobre as peneiras, dispostas de forma que a malha de maior abertura esteja na parte de cima. V. Adicionar uma segunda quantidade de água à amostra no recipiente, agitar e passar pelas peneiras. Repetir esta operação até que a água da lavagem fique clara. Fazer a comparação visual da limpidez entre a água, antes e depois da lavagem. VI. Retornar todo o material retido nas peneiras com um fluxo continuo de água sobre a amostra lavada. Secar o agregado lavado até a massa constante à temperatura de 100° a 110° e determinar a massa. Para calcular a quantidade de material que passa pela peneira 75 micrometros por lavagem a seguinte expressão deve ser utilizada: O resultado deve ser a média aritmética de duas determinações. A diferença obtida nas duas determinações com relação à média não deve ser maior que 0,5% para agregado graúdo e 1,0% para agregado miúdo. Quando esta condição não for atendida deve ser realizada uma terceira determinação, adotando como resultado do ensaio a média aritmética dos dois resultados mais próximos. 23 Relatório: Caracterização Básica de Agregados Matheus Henrique Alves 2.3.1.8 NBR NM 53:2009 – Agregado graúdo – Determinação de massa específica, massa específica aparente e absorção de água A Norma prescreve o método utilizado para a determinação da massa específica, massa especifica aparente e absorção de água de agregado graúdo para concreto. A aparelhagem exigida pelo procedimento inclui: balança com capacidade mínima para 10 Kg e resolução de 1g, e deve conter um dispositivo adequado para manter o recipiente com a amostra suspenso em água e no centro do prato da balança; recipiente para acomodar a amostra, o qual deve ser constituídode um cesto de arame com abertura de malha igual ou inferior a 3,35 e capacidade de 4 dm³ a 7 dm³, para agregados de dimensão máxima de 37,5 mm; tanque de água, para conter a água na qual será submerso o recipiente; peneiras de ensaio, com abertura nominal de 4,75 mm ou outras dimensões, de acordo com a NM-ISO 3310- 1. O seguinte procedimento deve ser realizado: I. Coletar a amostra de acordo com o estabelecido na NM 26 e reduzi-la de acordo com a NM 27. II. Eliminar todo o material passante pela peneira de 4,75 mm, exceto quando o agregado contém mais que 2% de material que passa na peneira 4,75 mm ou quando o material apresentar evidentes sinais de alteração mineralógica. O material menor que 4,75 mm deve ser utilizado no ensaio segundo a NM 52. III. Lavar completamente o agregado graúdo para remover o pó ou outro material. Secar a amostra de ensaio até massa constante a uma temperatura no intervalo de 100 a 110 °C. Deixar esfriar a temperatura ambiente durante 1h à 3h. IV. A massa mínima de amostra a ser ensaiada é definida na Tabela 8. V. Em alguns casos, é desejável ensaiar um agregado graúdo em frações separadas de dimensões diferentes, nesse caso devem-se seguir as especificações da Tabela 9. 24 Relatório: Caracterização Básica de Agregados Matheus Henrique Alves VI. Quando a amostra for ensaiada em frações, deve ser determinada sua composição granulométrica, de acordo com a NM 248, incluindo as peneiras usadas para separar as frações. VII. Pesar a amostra de acordo com a Tabela 8, após colocar o agregado submerso em água à temperatura ambiente por um intervalo de 20 a 28 h. VIII. Retirar a amostra da água e seca-la em um pano absorvente até que toda a água visível seja eliminada e que a superfície ainda esteja úmida. IX. Após a secagem deve-se pesar a amostra com precisão de 0,1 g, obtendo o valor da massa do agregado saturado com superfície seca ( ). X. Colocar a amostra no recipiente e pesa-la, com precisão de 1g, submersa em água ( ) a uma temperatura no intervalo de 21 a 25 °C. XI. Secar a amostra de ensaio até massa constante a uma temperatura no intervalo de 100 a 110 °C. Deixar esfriar a temperatura ambiente durante 1h à 3h e pesar com precisão de 1g ( ). Tabela 8- Massa mínima de amostra de ensaio com relação à dimensão máxima característica do agregado graúdo Dimensão máxima característica (mm) Massa mínima da amostra de ensaio (kg) 12,5 2 19 3 25 4 37,5 5 50 8 63 12 75 18 90 25 100 40 112 50 125 75 150 125 25 Relatório: Caracterização Básica de Agregados Matheus Henrique Alves Tabela 9- Massa mínima por fração Peneira Massa mínima por fração (kg) Material Passante Material Retido 50 38 3,0 64 50 4,0 76 64 6,0 100 76 22,0 125 100 35,0 152 125 50,0 Para calcular a massa específica do agregado seco deve ser utilizada a seguinte fórmula: Para calcular a massa específica do agregado na condição saturado superfície seca (SSS) deve ser utilizada a seguinte fórmula: Para o cálculo da massa específica aparente: Para o cálculo da absorção de água: 26 Relatório: Caracterização Básica de Agregados Matheus Henrique Alves De acordo com as fórmulas já apresentadas, deve ser calculada a massa específica aparente do agregado seco, assim como a média entre as duas determinações e a variação em relação à média. O mesmo deve ocorrer no cálculo de determinação da massa específica do agregado em condição de superfície seca, com relação a sua massa específica aparente e absorção de água. 2.3.2 Critérios de validação dos ensaios A Tabela 10 apresenta os critérios de validação abordados pelas instruções normativas referentes a cada ensaio de caracterização. 27 Relatório: Caracterização Básica de Agregados Matheus Henrique Alves Tabela 10- Critérios de validação dos ensaios de caracterização Norma Parâmetro(s) Critérios de Validação NBR NM 248:2003 Agregados - Determinação da composição granulométrica - Porcentagens retidas individuais e acumuladas - Porcentagens retidas médias, individuais e acumuladas - Dimensão Máxima Característica - Módulo de finura - Variação entre massa final e inicial - As porcentagens retidas individuais e acumuladas devem ser calculadas com aproximação de 0,1%. Para cada determinação, em cada peneira, a diferença entre as porcentagens retida individuais deve ser ≤ 4% - As porcentagens médias, retida e acumulada, devem ser calculadas com aproximação de 1% - A Dimensão Máxima Característica deve ser a mesma para ambas as determinações - O módulo de finura deve ser calculado com aproximação de 0,01 - A variação entre a massa final e inicial deve ser ≤ 0,3% NBR NM 52: 2002 Agregado miúdo- Determinação da massa específica e massa específica aparente - Massa específica - Massa específica aparente - Massa específica relativa - Os resultados obtidos nos ensaios realizados com a mesma amostra não devem diferir em mais de 0,02 g/cm³ para a massa específica - Tomar como valor definitivo a média dos valores correspondentes obtidos e registrar com aproximação de 0,01 g/cm³ NBR NM 45: 2006 Agregados- Determinação da massa unitária e do volume de vazios - Massa unitária no estado solto e compactado - Índice do volume de vazios - Repetitividade dos dados - Os resultados de massa unitária devem ser expressos com aproximação de 10 kg/m³ - O desvio em relação à média de cada medida individual não deve ultrapassar 1% - A diferença entre dois resultados individuais obtidos a partir de uma mesma amostra submetida ao ensaio, pelo mesmo operador, no mesmo equipamento, em curto intervalo de tempo, não deve ser maior que 40 kg/m³ 28 Relatório: Caracterização Básica de Agregados Matheus Henrique Alves Norma Parâmetro(s) Critérios de Validação NBR NM 7218: 2010 Agregados- Determinação do Teor de argila em torrões e materiais friáveis - Teores parciais de argila em torrões e materiais friáveis em cada intervalo granulométrico - Teor de argila em torrões e materiais friáveis totais - O teor de cada intervalo deve ser arredondado ao décimo mais próximo - O teor máximo total é de 3,0% em relação à massa do agregado miúdo (ABNT NBR 7211: 2009) - O teor máximo total pode ser de 1,0%; 2,0% ou 3,0 % em relação à massa do agregado graúdo, a depender do tipo de concreto a ser fabricado com o agregado(ABNT NBR 7211: 2009) NBR NM 46: 2003 Agregados – Determinação do material fino que passa através da peneira 75 µm, por lavagem. -Porcentagem do material mais fino que 75 µm - A diferença obtida nas duas determinações com relação à média não deve ser maior que 0,5% para agregado graúdo e 1,0% para agregado miúdo - A porcentagem do material mais fino que 75 µm com relação à massa de agregado miúdo, deve estar entre 3,0 % e 5,0 %, a depender do tipo de concreto (ABNT NBR 7211: 2009) NBR NM 53:2002 Agregado Graúdo – Determinação da massa específica, massa específica aparente e absorção. - Massa específica do agregado seco - Massa específica do agregado na condição saturado superfície seca - Massa específica aparente - Absorção de água -A diferença entre dois resultados individuais utilizando a mesma amostra, os mesmos equipamentos e realizada por um único operador, em um curto intervalo de tempo, não deve ser maior que: i. 0,02 g/cm3 para o ensaio de massa específica; ii. 0,3% para o ensaio de absorção de água de agregados com absorção menor que 2,0% - A diferença entre dois resultados individuais e independentes, utilizando a mesma amostra, porém realizada por dois operadores e em laboratórios diferentes, em um curto intervalo de tempo não deve ser maior que: i. 0,05 g/cm3 para o ensaio de massa específica; ii. 0,7% para o ensaio de absorção de água de agregados com absorção menor que 2,0% 29 Relatório: Caracterização Básica de Agregados Matheus Henrique Alves 2.4 PLANILHAS DE ENSAIO No presente item são apresentadas as planilhas de ensaio empregadas, com os valores aferidos durante a execução dos mesmos e os respectivos comentários sobre a validação ou não dos mesmos em função dos critérios descritos no item 2.3.2. 2.4.1 Agregado Miúdo 2.4.1.1 Determinação da composição granulométrica A Tabela 11 apresenta os dados obtidos no procedimento para determinação da composição granulométrica das amostras de areia média. 30 Relatório: Caracterização Básica de Agregados Matheus Henrique Alves Tabela 11- Dados obtidos no ensaio da determinação da composição granulométrica da areia média A partir das informações apresentadas pela Tabela 11 conclui-se que o ensaio encontra-se validado, tendo em vista que a variação entre as porcentagens retidas individuais nas duas determinações em cada peneira é menor do que 4%, que a Dimensão Máxima Característica é idêntica em ambas as amostras e que a variação entre a massa final e inicial da amostra é igual a 0,3% nas duas determinações. Tais dados são condizentes com os critérios apresentados na Tabela 10 do item 2.3.2. 2.4.1.2 Determinação da massa específica A Tabela 12 apresenta os resultados obtidos a partir do ensaio das amostras de areia média com relação à massa específica do agregado e a massa específica do agregado seco. Peneira Abertura Nominal da Malha (mm) 1ª Determinação Massa Inicial da Amostra: 1000 g 2ª Determinação Massa Inicial da Amostra: 1000 g Variação (%) entre as retidas (≤ 4%) Média do Material Retido (%) Resultado Material Retido (g) Material Retido (%) Material Retido (g) Material Retido (%) Individual Acumulado Individual Acumulado Individual Acumulado 4,75 14 1,4 1,4 14 1,4 1,4 0 1 1 2,36 68 6,8 8,2 68 6,8 8,2 0 7 8 1,18 122 12,2 20,4 122 12,2 20,4 0 12 20 0,6 236 23,7 44,1 238 23,9 44,3 0,2 24 44 0,3 393 39,4 83,5 392 39,3 83,6 0,1 39 84 0,15 136 13,6 97,1 135 13,5 97,1 0,1 14 97 Fundo 28 2,8 28 2,8 0 Total 997 997 Variação entre massa final e inicial (≤ 0,3%) 1ª Determinação: 0,3% 2ª Determinação: 0,3% Dimensão máxima característica (mm) 1ª Det: 4,75 2ª Det: 4,75 Módulo de Finura 2,54 31 Relatório: Caracterização Básica de Agregados Matheus Henrique Alves Tabela 12- Dados obtidos no ensaio das amostras de areia média com relação às massas específicas pertinentes Amostra 1ª Det. 2ª Det. Massa inicia da amostra - (g) - - Massa no estado saturado superfície úmida - (g) 200,0 200,0 Volume do frasco - (cm³) 500,0 500,0 Volume de água adicionada no frasco - (cm³) 396,0 400,0 Massa do agregado seco - (g) 190,5 188,7 Absorção - A (%) - - Absorção média - A (%) - - Varia o entre as determina ões (≤0,5 %) - - Massa específica aparente do agregado seco - (g/cm³) 1,83 1,89 Massa específica aparente média do agregado seco - (g/cm³) 1,86 Variação entre as determina ões (≤ 0,02 g/cm ) 0,06 Massa específica do agregado saturado superfície seca - (g/cm³) - Massa específica média do agregado saturado superfície seca - (g/cm³) - - Varia o entre as determina ões (≤ 0,02 g/cm ) - - Massa específica do agregado - (g/cm³) 2,02 2,13 Massa específica média do agregado - (g/cm³) 2,08 Varia o entre as determina ões (≤ 0,02 g/cm ) 0,11 * 1ª Determinação: picnômetro nº19/ 2ª Determinação: picnômetro nº12 A partir das informações apresentadas pela Tabela 12 conclui-se que o ensaio não se encontra validado, tendo em vista que a variação entre as determinações da massa específica do agregado seco e da massa específica do agregado apresentaram valores superiores a 0,02 g/cm³. Tais dados não são condizentes com os critérios apresentados na Tabela 10 do item 2.3.2 e, portanto, as determinações devem ser refeitas. 32 Relatório: Caracterização Básica de Agregados Matheus Henrique Alves 2.4.1.3 Determinação da massa unitária em estado solto A Tabela 13 apresenta os dados obtidos no procedimento para determinação da massa unitária da areia média em estado solto. Tabela 13- Dados obtidos na determinação da massa unitária em estado solto da areia média Material Analisado Agregado miúdo Dados do Recipiente Massa (kg) 5,532 Volume (m³) 10,131.10 -3 Ensaio 1ª Determinação 2ª Determinação 3ª Determinação Massa do recipiente + amostra (kg) 19,822 19,664 19,754 Massa da amostra 14,290 14,132 14,222 Massa unitária solta (MUS) kg/m³ 1410,522 1394,926 1403,086 Massa unitária solta média do material (kg/m³) 1402,845 Desvio em relação a média (%) 0,5 0,6 0,02 O ensaio encontra-se validado, tendo em vista que o desvio de cada medida individual em relação à média é menor que 1%, condizente com os critérios apresentados na Tabela 10 do item 2.3.2. 2.4.1.4 Determinação do inchamento Durante o ensaio, cada equipe ficou responsável por dois teores de umidades teóricos. O autor responsável pela elaboração deste relatório utilizou os teores de umidade de 0% e 0,5%. A Tabela 14 apresenta os dados obtidos no procedimento para determinação do inchamento do agregado miúdo. 33 Relatório: Caracterização Básica de Agregados Matheus Henrique Alves Tabela 14- Dados obtidos na determinação do coeficiente de inchamento e da umidade crítica da areia média Teor de umidade teórico (%) Massa da cápsula (Mc) Massa Inicial (Mi) (Cápsula e agregado úmido) (g) Massa Final (Mf) (Cápsula e agregado seco) (g) Teor de umidade real (h) (%) Massa unitária solta média (Kg/dm³) Coeficiente de inchamento (Ci) 0 - - - - 1,403 1,00 0,5 104 208 204 0,5 1,393 1,012 1 1 1,391 1,018 2 2 1,332 1,0743 14 114 112 3 1,2 1,17 4 14 114 110 4 1,17 1,2 5 107 200 194 5 1,141 1,29 7 79 200 187 7 1,172 1,30 9 15 81 75,77 9 1,117 1,37 12 15 90 82,4 12 1,277 1,23 Portanto, pode-se identificar pelos valores obtidos o aumento de volume com a presença de umidade no agregado miúdo. 2.4.1.5 Determinação do teor de argila em torrões e materiais friáveis A Tabela 15 apresenta os dados obtidos a partir do ensaio da amostra de areia média. Tabela 15- Dados obtidos com relação ao teor de argila e materiais friáveis na amostra de areia média Teor de argila e materias friaveis Massa inicial - Mi (g) 200 Massa final - Mf (g) 190 Teor de argila e materias friaveis - Mt (%) 5 ∑ (%) retidas individuais nas peneiras 2,36mm e 1,18mm 19 (%) retida na peneira 4,75 mm 1,4 Teor de argila e materias friaveis total (%) 1,02 34 Relatório: Caracterização Básica de Agregados Matheus Henrique Alves O ensaio encontra-se validado, em concordância com os critérios estabelecidos na Tabela 10. 2.4.2 Agregado Graúdo 2.4.2.1 Determinação da composição granulométrica A Tabela 16 apresenta os dados obtidos no procedimento para determinação da composição granulométrica das amostras de brita n°1. 35 Relatório: Caracterização Básica de Agregados Matheus Henrique Alves Tabela 16- Dados obtidos no ensaio da determinação da composição granulométrica da brita n°1 A partir das informações apresentadas pela Tabela 16 conclui-se que o ensaio encontra-se validado, tendo em vista que a variação entre as porcentagens retidas individuais nas duas determinações é menor do que 4%, que a Dimensão Máxima Característica é idêntica em ambas às amostras e que a variação entre a massa final e inicial da amostra é menor que 0,3 nas duas determinações. Tais dados são condizentes com os critérios apresentados na Tabela 10 do item 2.3.2. Peneira Abertura Nominal da Malha (mm) 1ª Determinação Massa Inicial da Amostra: 5002 g 2ª Determinação Massa Inicial da Amostra: 5002 g Variação (%) entre as retidas (≤ 4%) Média do Material Retido (%) Resultado Material Retido (g) Material Retido (%) Material Retido (g) Material Retido (%) Individual Acumulado Individual Acumulado Individual Acumulado 19 230 4,6 4,6 227 4,5 4,5 0,1 5 5 12,5 3376 67,5 72,1 3379 67,6 72,1 0,1 68 72 9,5 952 19,0 91,1 956 19,1 91,2 0,1 19 91 6,3 350 7,0 98,1 347 6,9 98,1 0,1 7 98 4,75 32 0,6 98,7 31 0,6 98,7 0 1 99 2,36 100 1,18 100 0,6 100 0,3 100 0,15 100 Fundo 58 1,2 58 1,2 Total 4998 4998 Variação entre massa final e inicial (≤ 0,3%) 1ª Determinação: 0,01% 2ª Determinação: 0,01% Dimensão máxima característica (mm) 1ª Det: 19 2ª Det: 19 Módulo de Finura 6,95 36 Relatório: Caracterização Básica de Agregados Matheus Henrique Alves 2.4.2.2 Determinação das massas específicas e da absorção A Tabela 17 apresenta os dados obtidos na determinação da massa específica e da absorção da amostra de agregado graúdo (brita n°1). Tabela 17- Dados obtidos no ensaio da determinação da massa específica e da absorção da água de agregado graúdo Massa específica Amostra 1ª Det 2ª Det* Massa na condição sss (ms) (g) 3000 3000 Massa imersa em água (ma) (g) 1858 1854 Massa seca (m) (g) 2994 2944 Massa especifica SSS (ds) (g/cm³) 2,627 2,628 Massa específica sss média (ds)(g/cm³) 2,623 Valida o: Varia o m xima entre duas determina ões (≤ 0,02 g/cm ) 0,009 Massa específica seca (d) (g/cm³) 2,622 2,569 Massa específica seca média (d) (g/cm³) 2,596 Valida o: Varia o m xima entre duas determina ões (≤ 0,02 g/cm ) 0,053 Massa específica aparente seca (da) (g/cm³) 2,636 2,701 Massa específica aparente seca média (d) (g/cm³) 2,669 Valida o: Varia o m xima entre duas determina ões (≤ 0,02 g/cm ) 0,065 Absorção (A) (%) 0,2 1,902 Absorção média (%) 1,051 Validação: Variação máxima entre duas determina ões (≤ 0, %) 1,702 O ensaio encontra-se parcialmente validado, não condizente com os critérios normativos especificados na Tabela 10. 37 Relatório: Caracterização Básica de Agregados Matheus Henrique Alves 2.4.2.3 Determinação da massa unitária em estado compactado A Tabela 18 apresenta as os dados obtidos no procedimento para determinação da massa unitária da amostra de brita n°1 no estado compactado: Tabela 18- Dados obtidos na determinação da massa unitária em estado compactado da brita n°1 Material Analisado Agregado graúdo Dados do Recipiente Massa (kg) 5,522 Volume (m³) 10,131.10 -3 Ensaio 1ª Determinação 2ª Determinação 3ª Determinação Massa do recipiente + amostra (kg) 20,822 20,678 20,770 Massa da amostra 15,300 15,156 15,248 Massa unitária compactada (MUC) kg/m³ 1510,216 1496,002 1505,083 Massa unitária compactada média do material (kg/m³) 1503,767 Desvio em relação a média (%) 0,4 0,5 0,1 O ensaio encontra-se validado, tendo em vista que o desvio de cada medida individual em relação à média é menor que 1%, condizente com os critérios apresentados na Tabela 10 do item 2.3.2. 2.4.2.4 Determinação do teor de material fino que passa na peneira de malha 75µm (material pulverulento) A Tabela 19 apresenta as os dados obtidos no procedimento para determinação do Teor de Material Pulverulento das amostras de brita n°0. 38 Relatório: Caracterização Básica de Agregados Matheus Henrique Alves Tabela 19- Dados obtidos na determinação da porcentagem de material pulverulento da amostra de brita n°0 Parâmetro 1° Determinação 2° Determinação Massa inicial da amostra (Mi) – (g) 1000 1000 Massa da amostra após a lavagem (Mf) - (g) 992 964 Teor de material pulverulento (M) – (%) 0,8 3,6 Teor de material pulverulento médio (%) 2,2 Variação entre as determinações – (%) 1,4 1,4 A partir das informações apresentadas pela Tabela 19 conclui-se que o ensaio encontra-se invalidado, tendo em vista que a variação entre as duas determinações é maior que 0,5%. Tais dados não são condizentes com os critérios apresentados na Tabela 10 do item 2.3.2. 3 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS 3.1 AGREGADO MIÚDO 3.1.1 Composição granulométrica De acordo com os dados da Tabela 11, as amostras de areia média submetidas ao ensaio apresentaram uma Dimensão Máxima Característica igual a 4,75 mm, sendo que a quantidade mais significativa da amostra ficou retida na peneira com abertura de 0,3 mm em ambas as determinações. O Módulo de Finura calculado é de 2,54, classificando as amostras como pertencentes à Zona Ótima estabelecida pela ABNT NBR 7211:2009 (Tabela 3), como mostra o Gráfico 1. 39 Relatório: Caracterização Básica de Agregados Matheus Henrique Alves Gráfico 1- Curva granulométrica da areia média analisada (agregado miúdo) e os respectivos limites estabelecidos pela ABNT NBR 7211:2009 A areia média é o tipo de agregado miúdo mais utilizado na construção civil devido a sua grande aplicabilidade. A amostra ensaiada (areia média) se classifica como utilizável para a fabricação de concreto (a depender da aplicação), preparo de argamassa para assentamento de tijolos, entre outras aplicações (CAMPOS, 2012). 3.1.2 Massa específica De acordo com os dados da Tabela 12 as amostras de agregado miúdo submetidas ao ensaio não foram validadas, uma vez que as variações entre as determinações de massa específica aparente do agregado seco e de massaespecífica foram superiores a 0,02 g/cm³, valor máximo determinado na NBR NM 52:2002 como critério para validação do ensaio. 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 4,8 2,4 1,2 0,6 0,3 0,15 P o rc e n ta g e m R e ti d a A c u m u la d o ( % ) Abertura da Malha (mm) Curva Granulométrica - Agregado Miúdo Material Analisado Zona Ótima Zona Utilizável 40 Relatório: Caracterização Básica de Agregados Matheus Henrique Alves Alguns fatores na realização do ensaio podem ser contribuintes para a não validação do ensaio. É importante destacar que apesar da utilização das mesmas amostras de agregado miúdo e os mesmo equipamentos o ensaio foi realizado por dois operadores, o que aumenta o índice de erro nos resultados finais. Durante o procedimento, no momento em que o frasco foi movimentado com o objetivo de remover as bolhas de ar, é possível que as bolhas não tenham sido eliminadas em sua totalidade, ou próximo de sua totalidade, podendo acarretar erro no momento da pesagem do conjunto. Outro fator extremamente relevante foi que, os frascos das duas determinações, com a amostra de agregado miúdo e água, não permaneceram inertes por 1 h, como prescrito na norma. O frasco 19, da primeira determinação, ficou mais tempo inerte em relação ao frasco 12, da segunda determinação, porém nenhuns dos dois frascos permaneceram em descanso por uma hora. É evidente que o ensaio deve ser refeito aplicando-se as devidas correções, para que o lote analisado seja utilizável em fins práticos. 3.1.3 Massa unitária em estado solto seco De acordo com a Tabela 13, para a amostra de areia média, a primeira determinação apresentou uma MUS seca de 1410,522 kg/m³, a segunda 1394,926 kg/m³ e a terceira determinação 1403,810 kg/m³. O valor médio obtido foi de 1403,086 kg/m³. Todas as aferições realizadas estão de acordo com os critérios dispostos pela ABNT NBR NM 45: 2006. 3.1.4 Determinação do inchamento Os agregados miúdos possuem grande capacidade de retenção de água. Portanto, na preparação de concretos em que o agregado é adicionado proporcionalmente em volume, é preciso considerar seu inchamento devido à absorção de água do agregado miúdo. Geralmente, no contexto prático, os agregados são utilizados na forma em que foram recebidos dos fornecedores, sendo 41 Relatório: Caracterização Básica de Agregados Matheus Henrique Alves que neste caso o concreto e a argamassa podem sofrer variações, se a dosagem feita não venha a ser corrigida com os teores de umidade, inchamento e absorção, podendo gerar avarias graves relacionadas à trabalhabilidade e resistência do concreto. O inchamento do agregado varia de acordo com o teor de umidade do mesmo. Conhecendo-se a sua curva de inchamento (Gráfico 2) pode-se determinar a umidade crítica e assim obter-se o coeficiente de inchamento médio. As instruções para o traçado da curva são especificadas no subitem 6.1 do item 6 (Apêndice) do presente relatório. Gráfico 2- Curva de inchamento da amostra de agregado miúdo (areia média) e os respectivos teores de umidade crítica e coeficiente de inchamento médio 1 1,1 1,2 1,3 1,4 1,5 1,6 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 C o e fi c ie n te d e i n c h a m e n to Teor de umidade (%) Curva de inchamento do agregado miúdo Teor de umidade crítico: 6,8% Coeficiente de inchamento médio: 1,33 42 Relatório: Caracterização Básica de Agregados Matheus Henrique Alves 3.1.5 Teor de argila em torrões e materiais friáveis De acordo com a Tabela 15, o teor parcial de argila em torrões e materiais friáveis do intervalo granulométrico de 1,18 mm a 2,36 mm foi calculado em 0,95%. Embora o intervalo de 4,75 mm não tenha sido ensaiado, as especificações normativas instruem a inclusão deste intervalo no cálculo do teor parcial de argila em torrões e materiais friáveis, tendo em vista que a porcentagem retida individual deste intervalo é igual a 1,4%, portanto, menor que 5%. Considerando-se o teor de argila calculado para o intervalo imediatamente superior ou inferior ao intervalo de 4,75 mm, o teor parcial para o intervalo de 4,75 mm foi calculado em 0,07%. Então, o teor de argila em torrões e materiais friáveis total da amostra é calculado em 1,01%, condizente com os critérios normativos. A amostra ensaiada (areia média) se classifica como utilizável para a fabricação de concreto (a depender da aplicação), preparo de argamassa para assentamento de tijolos, entre outras aplicações (CAMPOS, 2012). 3.2 AGREGADO GRAÚDO 3.2.1 Composição granulométrica De acordo com os dados da Tabela 16, as amostras de brita nº1 submetidas ao ensaio apresentaram uma Dimensão Máxima Característica igual a 19 mm, sendo que a quantidade mais significativa da amostra ficou retida na peneira com abertura de 12,5 mm em ambas as determinações. O Módulo de Finura calculado é de 6,95. De acordo com o Gráfico 2, a curva granulométrica da amostra analisada situa-se entre os limites 9,5/25 (Brita n° 1) estabelecidos pela ABNT NBR 7211:2009 (Tabela 4). 43 Relatório: Caracterização Básica de Agregados Matheus Henrique Alves Gráfico 3- Curva granulométrica da brita n°1 (agregado graúdo) e os respectivos limites estabelecidos pela ABNT NBR 7211:2009 O material ensaiado (brita n°1) se classifica como apropriado para a fabricação de concreto, aplicável em qualquer tipo de edificação de colunas, vigas e lajes, podendo ser também aplicada em edificações de grande porte (SANTOS, 2012). 3.2.2 Massa específica De acordo com os dados da Tabela 17, as amostras de agregado graúdo submetidas ao ensaio foram validadas parcialmente. A variação entre as duas determinações de massa específica do agregado na condição saturado superfície seca resultaram em 0,009 g/cm³, valor aceitável para validação, uma vez que a NBR 53:2002 determina 0,02 g/cm³ para valor máximo entre os valores obtidos nas determinações. Entretanto, a variação entre as duas determinações de massa específica seca, de massa específica aparente seca e a da absorção não foram validados, pois apresentaram valores superiores dos determinados pela NBR 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 76 38 19 9,5 4,75 2,36 P o rc e n ta g e m R e ti d a A c u m u la d o ( % ) Abertura da Malha (mm) Curva Granulométrica - Agregado Graúdo 4,75/12,5 9,5/25 19/31,5 25/50 37,5/75 Material Analisado 44 Relatório: Caracterização Básica de Agregados Matheus Henrique Alves 53:2002. Para a validação da massa específica seca e da massa específica aparente seca é permitido à variação máxima, entre as duas determinações, de 0,02g/cm³ para cada caso. Para a absorção é permitido que a variação entre as duas determinações não ultrapasse a 0,3%. Alguns fatores na realização do ensaio podem ser contribuintes para a não validação dos três parâmetros citados anteriormente. É importante ressaltar que as duas determinações foram realizadas no mesmo laboratório e simultaneamente, entretanto foi realizado por diferentes operadores, o que pode acarretar valores diferentes nos resultados finais. Outro fator foi à secagem da amostra em pano absorvente logo depois de retirada da água. É possível que a secagem da amostra utilizada em uma determinação tenha sido mais intensa em relação à secagem da outra amostra. Logo após a pesagem submersa em água, as amostras foram colocadas na estufa para secagem, existindo grande possibilidade
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