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Universidade Federal do Rio Grande do Sul Escola de Engenharia Departamento de Engenharia Civil Gabarito 2013/2 ENG01035 Prof. Inácio B. Morsch 1) Quando se calcula o produto de inércia de uma área por integração observa-se que o produto de inércia em relação aos eixos centrais do elemento de integração é sempre zero. Portanto, o produto de inércia, calculado por composição de áreas, é dado por iiiAxy AyxxydAI ∑∫ == . A afirmativa é falsa ou verdadeira? Justifique. Solução: Efetivamente o elemento empregado para se calcular o produto de inércia por integração apresenta sempre dois eixos de simetria, já que o elemento de integração pode ser um quadrado (lados dx e dy) ou um retângulo no caso de uma faixa de integração. Portanto o produto de inércia em relação aos eixos centrais do elemento de integração é sempre zero. Por outro lado, quando se calcula o produto de inércia por composição de áreas faz-se uma soma de um conjuntos de áreas finitas. Nesse caso, algumas das áreas empregadas podem ter o produto de inércia em relação aos seus eixos centrais diferente de zero, que é o caso por exemplo de uma área triangular. Portanto a expressão correta para o cálculo do produto de inércia por composição de áreas é )( iiixcycAxy AyxIxydAI i∑∫ +== Portanto a afirmativa é falsa. 2) Determine as reações nos vínculos A e D ilustrados na figura 1. Determine também as forças que atuam nas rótulas C e B. Solução: O primeiro passo é transformar as cargas distribuídas em cargas concentradas equivalentes. Carga triangular: kN 185,6 2 413 22 1 = +⋅ =F m 384321 =⋅=y Carga uniforme kN 55,222 =⋅=F m 25,12 =x Carga trapezoidal kN 1468 2 43423 =+= ⋅ +⋅=F m 714,1 14 333,1628 3 = ⋅+⋅ =x O próximo passo é representar o diagrama de corpo livre com as reações e as forças concentradas. 05185,60 =++−−→=∑ DAx HHF 185,11=+ DA HH 101450 ++=+→=∑ DAy VVF 29=+ DA VV 0714,11440 =⋅−→=∑ DCDC VM kN 6=DV , kN 23=AV 0264 714,114150 =+⋅ +⋅−⋅−→=∑ D BCD B H M kN 5,2=DH , kN 685,8=AH 069714,6145551025,253/8185,60 =++⋅−⋅−⋅−⋅−⋅−→=∑ DDAA HVMM 739,19669 =++ DDA HVM kN 74,127=AM kN 5,2== Dx HC kN 8614 =−=yC kN 5,2=xB kN 18=yB 5 kN 10 kN B C Cy Cx By Bx 2 kN/m 3 kN/m 5 kN/m 2 kN/m 5 kN 10 kN A B C D 4 2 4 2,5 4 (m) 1 14 kN 5 kN 10 kN A B C D 4 2 4 2,5 4 (m) 1 1,714 VD HD VA HA 5 kN 1,25 2, 66 7 MA 6,185kN C D 14 kN1,714 VD HD Cy Cx 3) A placa de aço ilustrada na figura (2) pesa 2600 N. Sabendo que a placa e está vinculada por um mancal em A e por um rolete em B determine as reações nestes pontos. Solução: O primeiro passo para resolver o problema é determinar a posição do centro de gravidade da peça. Como a peça é simétrica o CG encontra-se no eixo x sendo necessário determinar a sua coordenada x. A integração pode ser feita empregando-se uma faixa vertical de modo que dxydA = . 22 0 2 0 m 5,33dx2x2dxy2A === ∫∫ 32 0 2 0 m 4,6222 ==== ∫∫∫ dxxxdxxydAxS Ay m 2,1 33,5 4,6 === A S x y c O próximo passo é representar o diagrama de corpo livre da placa. Nota-se que no ponto A há duas reações e no ponto B tem-se uma reação com direção conhecida. Como o elemento de apoio é um rolete a reação é ortogonal à superfície da placa em B. Tomando-se a função que representa a parte inferior da placa tem-se xy 2−= que pode ser rescrita como 21)2( xy −= . Calculando-se a derivada de y tem-se: 2121 )2(2)2( 2 1 ´ −− −=⋅−= xxy Calculando-se o valor da derivada em x=2 tem-se 5,0)4()2´( 21 −=−= −y °−=→−= 56,265,0tan θθ °=−= 43,6356,2690α 043,63cos243,63226002,10 =°+°+⋅−→=∑ BBA RsenRM N 7,1162=BR N 520043,63cos7,11620 =→=°+−→=∑ AAx HHF N 9,1039043,637,116226000 =→=°+−→=∑ AAy VsenVF 2 2 2 x y (m) xy 22 = A B Fig. 2 2 2 2 x y (m) A B VA HA RB α θ RB 4) Pretende-se reforçar um perfil I soldado de mesas desiguais soldando-se uma chapa de aço na mesa superior do perfil I conforme ilustrado na figura abaixo. Determinar: a) o momento de inércia em relação ao eixo central xc (horizontal) do perfil I sem reforço, (1,0) b) determinar a menor espessura de chapa comercial que deve ser soldada de modo que o momento de inércia do conjunto seja 40% superior ao momento de inércia do perfil I isoladamente (1,0), c) Analise a seguinte afirmação: “ A melhor solução para reforçar o perfil I é soldar uma ou duas chapas (uma de cada lado da alma) na alma do perfil”. (0,5) Espessuras Comerciais (mm) 3; 4,75; 6,35; 7,94; 9,52; 12,7; 15,9; 19,05; 22,22; 25,4; 31,5 Solução: O primeiro passo é localizar o centróide do perfil cm 33,15== ASy x O próximo passo é calcular os momentos de inércia em relação ao eixo central xc 2 3 2 3 2 3 )535,14(85,23 12 59,11592,024,37 12 32,2927,1375,1608,19 12 59,112 −⋅+ ⋅ +⋅+ ⋅ +⋅+ ⋅ =xcI 4cm 9,12862=xcI O próximo passo é calcular as propriedades do conjunto formado pelo perfil I mais a chapa. O centróide do conjunto é localizado pela expressão que emprega o eixo central xc do perfil I como eixo de referência: ( ) t ttyc 2417,80 217,1724 + + = O momento de inércia do conjunto em relação ao eixo xc do conjunto é dado pela expressão: ( )23 217,1724 12 2417,809,12862 ccxc ytt tyI −++++= Momento de inércia desejado do conjunto: 4cm 180089,128624,1 =⋅=xcI Cálculo aproximado: 0 12 24 3 ≈ t , 0≈cy , 02 ≈t mm 94,7tcm 727,017,172416,5145 comercial2 =→=→⋅= tt Teste: t = 0,794 cm cm 37,3=cy 475416,5145 > Atende 92% do solicitado Toma-se a próxima espessura t = 9,52 mm cm 91,3=cy 2,588616,5145 < Portanto deve-se soldar uma chapa com espessura de 9,52 mm para se ter um aumento 40% no momento de inércia do conjunto em torno do eixo xc. A (cm2) x (cm) S (cm3) 19,08 31,705 604,93 37,24 16,25 605,15 23,85 0,795 18,96 80,17 1229,04 120 150 32 5 12,7 15 , 9 15 , 9 240 t (mm) (mm) xref 15 ,3 3 xref xconj yc 5) Para o perfil composto formado por duas cantoneiras 8” e por uma chapa de espessura 5/8” determine: os momentos principais centrais de inércia, a localização dos eixos principais centrais de inércia (representar no desenho), e o círculo de Mohr de Inércia correspondente aos centro da peça. Caso seja necessário usar eixos de referência identifique-os claramente no desenho. xg yg 5,66 5, 66 A= 62,9 cm2 Ix = Iy = 2472,9 cm4 rmin= 4,01 cm 53 (cm) 1,6 1, 59 Solução: O primeiro passo é localizar o centróide do conjunto. Nota-se que o eixo yc é eixo de simetria. Como trata-se de uma cantoneira de 8”, o lado da cantoneira vale cm 32,2054,28 =⋅=a . 2cm 6,2108,848,125536,19,622 =+=⋅+⋅=A 3cm 1,566)84,11(9,6284,209,62 =−⋅+⋅=xrefS cm 69,26,2101,566 ==y 42 3 22 cm 9,59409)69,2(8,84 12 536,1)53,14(9,6215,189,629,24722 =−⋅+⋅+−⋅+⋅+⋅=xcI 4 3 22 cm 7,10213 12 6,153)46,6(9,6246,69,629,24722 =⋅+−⋅+⋅+⋅=ycI Para calcular o produto de inércia é necessário obter o produto de inércia das cantoneiras nos seus eixos centrais. 422 minmin cm 4,101101,49,62 =⋅=⋅= rAI 42 cm 5,14619,24724,1011 =→−= xyxy II Considerando o desenho da cantoneira correspondente à tabela tem-se 4cm 5,1461−=xyI4cm 1327946,6)53,14(9,62)46,6(15,189,625,14615,1461 −=⋅−⋅+−⋅⋅++−=xcycI 4cm 8,34811 2 = + ycxc II 4cm 1,24598 2 = − ycxc II 422 cm 5,27953)13279(1,24598 =−+=R 36,28254,02tan1,24598132792tan =→=→= θθθ °= 18,14θ 4 max cm 3,627655,279538,34811 =+== IIu 4min cm 3,68585,279538,34811 =−== IIv xref yc u v 14,18 xc Universidade Federal do Rio Grande do Sul Escola de Engenharia Departamento de Engenharia Civil Gabarito 2013/2 ENG01035 Prof. Inácio B. Morsch 1) Explique com as suas palavras o que são os eixos centrais e o que são os eixos principais centrais de inércia. Solução: Todo eixo que passa pelo centróide de uma peça é um eixo central. A característica de um eixo central é dividir a peça em partes iguais de momento estático de 1ª ordem. Como o próprio nome diz os eixos principais centrais de inércia também passam pelo centróide da peça. Esses eixos têm como característica apresentar produto de inércia nulo. Os momentos de inércia calculados em relação a esses eixos apresentam valor máximo e mínimo. A identificação desses eixos é muito importante para projetar, por exemplo, um pilar ou uma viga. PDF processed with CutePDF evaluation edition www.CutePDF.com 2) Determine as reações nos vínculos A, B, C e D do pórtico ilustrado na figura abaixo. Considere que o arco tri- articulado definido pelas rótulas E, F e G é aproximado por uma parábola do segundo grau. Solução: O primeiro passo é transformar as cargas distribuídas em forças concentradas equivalentes. Deve-se notar que a carga uniforme de 3 kN/m atua sobre o arco e em função da rótula E a mesma deve ser dividida. kN 5,45,131 =⋅=F m 75,01 =y kN 5,42332 =⋅=F m 23232 =⋅=y A carga que atua sobre o arco deve ser dividida em função da rótula F. Deve-se notar que a taxa de carga sobre o arco é constante. Logo para calcular a força equivalente deve-se calcular o comprimento do arco. O primeiro passo, para tal, é definir a função da parábola. cbxaxy ++= 2 00)0( =→= cy abbay 30390)3( −=→=+→= 667,05,15,425,25,15,125,25,1)5,1( −=→=−→=+→= aaabay 2=b xxy 2667,0 2 +−= ∫= l dll 0 2 1 += dxdydxdl 2334,1 +−= xdxdy m 438,42334,11 3 0 2 = +−+= ∫ dxxl kN 75,17438,443 =⋅=F Como a carga é simétrica e há uma rótula no meio do arco, a carga deve ser dividida: kN 875,83231 == FF . O comprimento de meio arco vale 219,22438,4 = . Como a taxa de carga é constante, cada uma das forças equivalentes está localizada no centro de gravidade de meio arco. m 419,12334,11 5,1 0 2 = +−+= ∫ dxxxS y m 639,0219,2419,13 ==x O próximo passo é representar o diagrama de corpo livre. No entanto o desenho das rótulas E e G não está correto. Do modo como está apresentado, a estrutura é hipoestática. Complementar: A representação correta das rótulas E e G num esquema simplificado está apresentado a seguir. 3 3 3 3 (m) A B C D E F G 5 kN 1,5 3 kN/m 4 kN/m 4 kN/m 4 kN/m 1, 5 E F G x y x3 E G 5 kN 1,54,5 kN 2 4,5 kN 0, 75 F 0,639 0,639 8,875 kN8,875 kN VA VB VC VD HCHB 9090 =+→=−−→=∑ CBCBx HHHHF 75,220575,170 =+++→=−−+++→=∑ DCBADCBAy VVVVVVVVF 055,7875,8361,5875,8639,375,35,425,49630 =⋅−⋅−⋅−⋅−⋅−++→=∑ DCBA VVVM 25,143963 =++ DCB VVV 5,2055,1330 =−→=⋅−−→=∑ CDCDGCDG HVHVM 641,225,45,15,40861,0875,8535,45,15,40 =−+→=⋅−⋅−−+→=∑ CCDCCDFGCDF HVVHVVM 5,1015,4330 =+→=⋅+−−→=∑ BABAABEE HVHVM = − − 5,1 641,22 5,2 25,143 75,22 9 000011 5,45,15,4000 101000 960300 110101 001010 D C C B B A V V H V H V kN 59,2−=AV , kN 09,4=BH , kN 34,10=BV , kN 91,4=CH , kN 59,7=CV , kN 41,7=DV Teste 075,05,45,25,4535,45,15,45,45,15,40 =⋅+⋅+⋅−++−−−−→=∑ DCCBBAF VVHHVVM 00 = 3) A peça ilustrada na Fig. 3 é composta pelos materiais A e B. O material A corresponde ao disco com 12 furos circulares uniformemente distribuídos a cada 30º. O disco pesa 500 N. Cada furo é preenchido com um cilindro, de 70 N de peso, do material B. Nesta configuração o centro de gravidade da peça localiza-se em G. Devido a um erro de fabricação, três furos, que estão ilustrados na figura, não foram preenchidos. Localize o centro de gravidade da peça com defeito. Solução: Quando a peça não apresenta defeito de fabricação, o peso da mesma é de N 13407012500 =⋅+ e o centro de gravidade da mesma localiza-se em G, ou seja, os momentos estáticos de 1ª ordem em relação aos eixos xG e yG valem zero. Tomando-se esses eixos, como eixos de referência, pode-se determinar a posição do centro de gravidade da peça com defeito. O peso da peça defeituosa pode ser obtido fazendo-se N 11307031340 =⋅− . Para se localizar o novo centro de gravidade posiciona-se a força de 1130 N num ponto P( x , y ) com coordenadas a serem determinadas. Para tal deve-se igualar o momento provocado pela força de 1130 N em relação aos eixos xG e yG com os momentos gerados pelos defeitos. °+°⋅−−=− 6030703001130 senseny cm 54,2−=y −°+°⋅−−= 160cos30cos703001130x cm 68,0−=y r = 30 50 6 (cm) A B G Fig. 3 4) Para o perfil construído com chapa dobrada a frio localize os eixos principais centrais de inércia e determine os momentos principais centrais de inércia. Solução: Nota-se que o eixo xG do perfil é um eixo de simetria. Portanto o produto de inércia IxGyG vale zero e os momentos de inércia IXG e IyG são os momentos principais de inércia. Considerando que a espessura da chapa de aço é pequena, o método da linha é o mais adequado para esse caso. Logo o primeiro passo é determinar as coordenadas da linha média. Um pouco de geometria: 2cm 25,63,083,951,52 =⋅ +⋅=A 3cm 89,730cos 2 51,53,051,52 =°⋅⋅⋅=yrefS cm 26,125,689,7 ==x 4 2 2 33 cm 7,156 2 83,930 2 51,53,051,530 12 51,53,02 12 83,93,0 = +°⋅+° ⋅ + ⋅ = sensenI xconj 4 2 2 33 cm 71,1026,130cos 2 51,53,051,530cos 12 51,53,02 12 83,93,0 = −°⋅+° ⋅ + ⋅ =yconjI Comentário: A solução apresentada é aproximada uma vez que despreza os pequenos raios de curvatura que existem. Por outro lado, uma solução simples é considerar diretamente as medidas fornecidas como as da linha média. Esse procedimento majora os valores obtidos e somente encontra justificativa se a espessura for pequena. Alguns resultados obtidos nesse caso: 2cm 36,6=A ) 3cm 15,8=yrefS ) cm 28,1=x) 4cm 8,164=xconjI ) Considerando a solução anterior como exata, o erro relativo do cálculo simplificado é de 5% para o momento de inércia em torno do eixoxc. 10 0 56 30° 3 (mm) 30° 60°60° 60° 1,5 1,5 h h 5) Para a área ilustrada na figura abaixo localize os eixos centrais, determine os momentos centrais de inércia, localize os eixos principais centrais de inércia indicando a sua posição claramente no desenho e determine os momentos principais centrais de inércia identificando os eixos correspondentes aos momentos de inércia máximo e mínimo. Solução: Examinando-se a área nota-se que essa apresenta a mesma distribuição de área em relação a um eixo horizontal com y = 12,5. Observação similar pode ser feita em relação a um eixo vertical com x = 30. Portanto esses eixos são os eixos centrais dessa área. Para calcular os momentos de inércia e o produto de inércia, a área é dividida num retângulo e em dois vasados semi-circulares. Para calcular o momento de inércia dos semir-círculos no eixo xG da área é necessário determinar o momento de inércia em relação ao eixo central de cada semi-círculo. 224 3 4 28 ⋅+= pi pipi RRIR xc 42 224 cm 1,110324,45099,3926 3 104 2 10 8 10 =⋅−= ⋅ ⋅−= pi pi pipi xcI Cálculo do momento de inércia em relação ao eixo xG do conjunto: 42 3 cm 5,5448424,45,12501,11032 12 2560 = −+− ⋅ = pixGI 42 243 cm 37146015 2 10 8 102 12 6025 = ⋅+− ⋅ = pipi yGI O processo passo é determinar o produto de inércia. 4cm 3,38924)36,8(155026,8)15(50 =−⋅⋅−⋅−−= pipiGyxGI Os eixo principais centrais de inércia pode ser determinados fazendo-se 4cm 8,158487 2 −= − yGxG II 4cm 3,212972 2 = + yGxG II 9,6799,132246,02tan 8,158487 3,389242tan ≥==→ − − = θθθθ > 422 max cm 3761703,38924)8,158487(3,212972 =+−+== IIv 422 min cm 6,497743,38924)8,158487(3,212972 =+−−== IIu xG yG u v 6,9o 25 60 15 R 10 15R 10 (cm) xG yG 12 , 5 30 Universidade Federal do Rio Grande do Sul Escola de Engenharia Departamento de Engenharia Civil Mecânica - Gabarito ENG01035 2012/2 Prof. Inácio B. Morsch Turma C A 1) Tal como hoje, os engenheiros no passado tinham que buscar soluções de projeto adequadas para os materiais disponíveis. A figura (1a) ilustra o detalhe de uma asa de um avião Ford Trimotor, primeiro vôo 1925, que é construída em chapa de alumínio corrugada e a figura (1b) ilustra o correspondente avião. Baseado nos conhecimentos da Mecânica explique porque os engenheiros adotaram essa solução ao invés de chapa lisa. Figura 1a Figura 1b Solução: O empregado de chapa corrugada no lugar de uma chapa lisa tem como objetivo aumentar o momento de inércia da asa em relação ao eixo 2-2 ilustrado na figura abaixo. Momento de inércia Chapa Lisa 12 3tbI x ⋅ = Momento de Inércia Chapa Corrugada θsenhl = Número de ondas com a mesma largura de chapa (considera-se a chapa como de pequena espessura) lbn 2= θ2 3 12 2 senltnI x ⋅ ⋅⋅= Complementar: Considerando-se b = 1200mm, h=20mm, t=1,5mm e °= 60θ tem-se Chapa Lisa: 4 3 mm5,337 12 5,11200 = ⋅ =xI Chapa Corrugada: mm09,236020 =°= senl , 5109,231200 ≈=n 42 3 11771860 12 09,235,1251 mmsenI x =° ⋅ ⋅⋅= O momento de inércia da chapa corrugada em torno do eixo 2-2 é 348 vezes maior que o da chapa lisa. Adotou-se um corrugado triangular pelo formulário ser mais simples e os resultados serem similares ao do corrugado circular. 1 1 2 2 b t Chapa Lisa h l λ θ 2) Calcular as reações da estrutura ilustrada na figura (2). Para alunos em recuperação na 1ª área essa questão pontua 1,0 na 1ª avaliação considerando correção binária. Solução: O primeiro passo é transformar as cargas distribuídas em cargas concentradas equivalentes. Carga triangular na barra AB: kN 75 2 530 1 = ⋅ =F , m 67,2432 =⋅=y Carga triangular em BCD: Como há uma rótula em C, a carga triangular deve ser dividida em duas cargas. Carga no segmento CD: kN 15 2 310 12 = ⋅ = − F , m 112 =−x Carga no segmento BC kN 18,753,7515 2 5,15105,122 =+= ⋅ +⋅= − F , m 7,0 75,18 5,13175,375,015 22 = ⋅⋅+⋅ = − x Carga no segmento FG: kN 44,855,1420 223 =+⋅=F , m 14,23 =x Carga no segmento DE: Cabe destacar que a força resultante atua numa reta com 45º de inclinação. kN 40410cos 2 0 2 04 =⋅=⋅= ⋅=⋅⋅= ∫ rqsenrqdrqF x pipi θθθ kN 40410cos 2 0 2 04 =⋅=⋅= −⋅=⋅⋅= ∫ rqrqdsenrqF y pipi θθθ Apresenta-se a seguir o diagrama de corpo livre resultante já com as cargas concentradas equivalentes. Equações de Equilíbrio: kN 650351,044,8540750 =→=⋅+−+−→=∑ AAx HHF 0936,044,85401575,180 =+⋅−−−−→=∑ EAy VVF 7,153=+ EA VV +⋅−⋅−⋅−⋅−→=∑ 328,1040155,57,375,187567,20 AA MM 0251,6351,044,85503,9936,044,855,11828,240 =⋅⋅−⋅⋅−+⋅ EV 3,15995,11 =+ EA VM 0351,04,8525,2936,04,85003,57172,140828,5401150 =⋅⋅−⋅⋅−+⋅−⋅−⋅−→=∑ EesqC VM kN 9,108=EV kN 8,449,1087,153 =−=AV , kNm 9,3469,1085,113,1599 =⋅−=AM , 936,055,20cos =° 351,055,20 =°sen r D E F q dl dθ θ r 3 1,5 3 4 4 1, 5 1, 5 A B C D E F G 30 kN/m 15 kN/m 20 kN/m 10 kN/m (m)Fig.2 3) A forma para bolo cujo perfil de revolução está mostrado ao lado recebe uma camada de revestimento anti-aderente na superfície interna de 0,5 mm de espessura. Sabendo que o revestimento anti-aderente tem uma massa específica de 900 kg/m3, qual o consumo de revestimento por forma? O eixo de revolução está representado pela linha traço-ponto. Solução: Para resolver este problema deve-se aplicar o teorema de Pappus-Guldin que resulta em ∫= ls dlrA pi2 , sendo As a área da superfície. Para resolver o problema deve-se calcular o momento estático de 1ª ordem de um arco de circunferência. Neste problema a variável raio r é representada pela variável x, logo pode-se escrever f i f i senrdrdlx l θ θ θ θ θθθ == ∫∫ 22 cos )(2 ifl sensenrdlx θθ −=∫ , cuja dedução está apresen- tada na questão 3) da prova B. O comprimento do arco pode ser calculado por )( ifrl θθ −= Dividindo-se a linha geratriz em segmentos tem-se: cm 482 pipi =⋅=ABl , cm 3223 pipi =⋅== EDBC ll , cm 10566,8 2 =+=CDl 732,1602 =°sen Centróide do segmento AB: cm 09,5822 =⋅== pipi rAB Raio do centróide do segmento: cm 554,1509,5732,15732,12 =++++=ABx Centróide do segmento BC: cm 955,0 04,1 1 )18021023(2 )210270(22 −= − = ⋅− °−° = pipi sensenBC Raio do centróide do segmento: 509,9955,0732,15732,12 =−+++=BCx cm 232,65,2732,12 =++=CDx 5 cm R=8cm 8,66 cm 60o R=2cm 2cm R=2cm 60o 30o 3 1,5 3 4 4 1, 5 1, 5 A B C D E F G 85,4 kN 40 kN (m) VEVA HA 15 kN 20,55 75 kN 2, 67 40 kN 2,828 2, 82 8 MA 2,14 118,75 kN 0,7 Centróide do segmento DE: cm 955,0 04,1 1 )62(2 )3090(22 == − °−° = pipi sensenDE Raio do centróide do segmento: cm 955,2955,02 =+=DEx 2cm 6,1783554,154509,9094,2232,610955,2094,22 = ⋅+⋅+⋅+⋅= pipisA 3cm 18,896,178305,0 =⋅=V gramas 80kg 08,090010018,89consumo3 ==⋅= 2 R=2 60° 60 ° A B C 5 8,66 R=2 R=5 (cm) D E 4) Determinar o momento de inércia em relação ao eixo x da área ilustrada na figura (3). Solução: O primeiro passo é calcular as propriedades da parábola. Considera-se para tal uma faixa de integração vertical de área dxydA 1= . 225 0 1 2 1 mm 67,416)2504,0( =−= ∫ − dxxA 325 0 1 22 11 mm 65,4166)2504,0(21 −=−= ∫ − dxxSx mm 1067,41665,41661 −=−== ASy x 4 1 325 0 2 11 mm 2,59524)2504,0(31 =−= ∫ − dxxI x 42 1 mm 2,178571067,4162,59524 =⋅−=xcI )5567,4162,17857( 3 6540 23 ⋅+− ⋅ =PARCIALxI 4mm 7,2383382=PARCIALxI O próximo passo é calcular as propriedades do semicírculo. 444 22 mm 4,198808158 ==== pipiRII yx mm 37,634 =piR 22 mm 4,3532 =Rpi 65 30 15 x (mm) 40 15 15 60° 40 x1 y1 2504,0 211 −= xy x2 x2c y2 42 2 mm 3,553937,64,3534,19880 =⋅−=cxI 022 =cyxI , 4 22 mm 9,127092)( =+ ycx II , 422 mm 5,71702)( −=− ycx II Considerando que o eixo x2c é um eixo local do semi-círculo, deve-se rotar o mesmo para que fica na posição da figura. 4 120cos5,71709,12709 cm 2,16295=°−=uI 442 cm 3,211mm 2,2112977])60cos37,630(4,3532,16295[7,2383382 ==°−+−=xI 5) A seção transversal ilustrada na figura () é formada por um perfil C, por um perfil L 7”x 4”x 1/2” e por uma chapa de espessura 5/16”. Considerando que as propriedades do perfil C são A = 33,92 cm2, Ix = 4601 cm4, Iy = 318 cm4 e as propriedades do perfil L são A = 33,87 cm2, Ix = 1111,3 cm4, Iy = 270,5 cm4 e rmin = 2,21 cm, em relação aos eixos ilustrados nos perfis em separado, determine: a) a localização dos eixos centrais, b) os momentos de inércia e produto de inércia em relação aos eixos centrais, c) a localização dos eixos principais centrais de inércia, d) os momentos principais centrais de inércia indicando os eixos correspondentes aos momentos de inércia máximo e mínimo. Os eixos de referência devem estar claramente identificados nos desenho. 30 0 100 7, 94 6,35 25,1 120 7, 94 x y x y 23,4 61 , 5 (mm) 40 Solução: O primeiro passo é localizar o centróide do conjunto. Para tal escolhe-se como eixos de referência os eixos centrais do perfil C. 2cm 32,77794,01287,3392,33 =⋅++=A 3cm 5,575397,15528,966,1287,3392,330 =⋅+⋅+⋅=xS 3cm 2,317)51,2(528,9)66,8(87,3392,330 −=−⋅+−⋅+⋅=yS cm 1,4−== ASx yC cm 44,7== ASy xC O próximo passo é determinar os momentos de inércia e produto de inércia em relação aos eixos centrais. 42 3 22 cm 7,8275957,7528,9 12 794,01222,587,335,270)44,7(92,334601 =⋅+⋅+⋅++−⋅+= Cx I 42 3 22 cm 2,284259,1528,9 12 12794,0)56,4(87,333,11111,492,33318 =⋅+⋅+−⋅++⋅+= CyI Para se calcular o produto de inércia do conjunto deve-se primeiro definir o produto de inércia da cantoneira. 422 minmin cm 4,16521,287,33 =⋅=⋅= rAI 2222 2 min 2,1767362,2761504,4209,6904,16522 xyxyxy yxyx III IIII I +=→+−=→+ − − + = 4cm 3,315=xyI O sinal do produto de inércia é dado pelo desenho da cantoneira na tabela do fabricante, no caso tem-se 4cm 3,315−=xyI . Notar que o sinal do produto de inércia da cantoneira continua negativo na posição de montagem que foi adotada. 4cm 7,203559,1957,7528,90)56,4(22,587,333,3151,4)44,7(92,330 −=⋅⋅++−⋅⋅+−⋅−⋅+=CxyI O próximo passo é localizar os eixos principais centrais de inércia e e calcular os momentos principais centrais de inércia. 4cm 9,5558 2 = + ycxc II 4cm 7,2716 2 = − ycxc II °=→= 4,18 7,2716 7,20352tan θθ 422 cm 8,33947,20357,2716 =+=R 4 max cm 7,89538,33949,5558 =+== uII 4min cm 1,21648,33949,5558 =−== vII 7, 444,1 18,4 xc yc u v C B 1) Considerando o Teorema dos Eixos Paralelos, a expressão pi pipipi 3 4 2 2 28 2 2 24 1 RRhhRRI x ⋅⋅++= pode ser empregada para calcular o momento de inércia do semicírculo em relação ao eixo x1 ilustrado na figura (1). hR x x1 Solução: A expressão do teorema dos eixos paralelos pode ser deduzida a partir da figura ao lado, na qual considera-se que C é o centróide da área e X´e Y´ são eixos centrais. Pode-se então escrever o momento de inércia em torno do eixo X como: ∫∫∫∫ ++= += AcAcAA cx dAydAyydAydAyyI 22 2 '2'' que resulta em 2 ' cxx yAII += , uma vez que a integral ∫A dAy' é o momento estático de 1ª. Ordem da área em relação ao eixo central X´, que deve ser zero. Voltando ao exercício proposto nota-se que o eixo X não é central, logo o momento estático de 1ª ordem em relação à este eixo não deve ser nulo. Portanto comparando-se termo a termo as expressões tem-se: 8 4 2 RdAyI Ax pi == ∫ , 2 2 2 2 hRdAy Ac pi =∫ , pi pi 3 4 2 2'2 2 RRhdAyy Ac ⋅⋅=∫ Conclusão: A expressão apresentada pode ser empregada para calcular o momento de inércia da área ilustrada em relação ao eixo X. 2) Calcular as reações da estrutura ilustrada na figura (2). Para alunos em recuperação na 1ª área essa questão pontua 1,0 na 1ª avaliação considerando correção binária. Solução: O primeiro passo é transformar as cargas distribuídas em cargas concentradas equivalentes e depois representar o diagrama de corpo livre da estrutura. Carga na barra AB: kN 5,37 2 155 1 = ⋅ =F m 33,35321 =⋅=x A carga de 10kN/m deve ser dividida em dois tramos por causa da rótula C: Carga no Tramo BC: kNF 505102 =⋅= mx 5,22 = y c y' dA X X' Y'Y xc x' d C O 3 3 2 1 1,5 1,5 4 (m) A B 10 kN C 15 kN/m D E F θ θ 10 kN/m15 kN/m Fig. 2 Carga no Tramo CD: kNF 101013 =⋅= mx 5,03 = Carga no tramo DE: kNF 453154 =⋅= mx 5,14 = 2,5 0,5 1,5 4 (m)A B 10 kN C 45 kN D E F θ θ 50 kN 37,5 kN 10 kN HA VA MA VE RF 3,3 3 6,053cos ==θ 8,054 ==θsen Escrevendo-se as equações de equilíbrio correspondentes tem-se: 306,006,08,05,370 −=−→=−⋅+→=∑ FAFAx RHRHF 5,1378,008,0104510506,05,370 =++→=++−−−−⋅−→=∑ FEAFEAy RVVRVVF 08,01212105,10455,10105,8505,533,35,370 =⋅++⋅−⋅−⋅−⋅−⋅−→=∑ FEAA RVMM 37,10626,912 =++ FEA RVM 5,1428,04018,045,2105,2455,0100 =+→=⋅++⋅−⋅−⋅−→=∑ FEFECDEFC RVRVM 62,6243067,15,37430 −=++−→=⋅+++−→=∑ AAAAAAABB MHVMHVM Colocando-se as equações sobre a forma de sistema e resolvendo-o tem-se: kN 4,24=AH kN 5,47=AV kNm 6,17−=AM kN 5,17=EV kN 6,90=FR Complementar: Teste de equilíbrio 066,908,05,1795,7105,745105,55,25067,15,374,2445,4736,170 =⋅⋅+⋅+⋅−⋅−⋅−⋅−⋅+⋅+⋅−−→=∑ BM 012,0 ≈− Ok 3) A fuselagem de um avião de carga, ilustrada na figura (4), é aproximada por uma circunferência de 2 m de raio. A porta do compartimento de carga é representada pelo arco de circunferência AB e pesa 500 N. Sabendo que esta porta permite um ângulo de abertura de 50º e que uma mola de torção aplica um momento de 200 Nm na porta do compartimento de carga, determine as reações na rótula A e a força que a barra bi- rotulada BC exerce na porta do compartimento. Solução: O primeiro passo é calcular o ângulo correspondente ao arco AB. Nota-se pelo desenho que o ângulo vale °=°⋅−°= 140202180θ . Este ângulo em radianos corresponde a rad 443,2 180 140 = ° ⋅° = piθ 20° 20° 2 m A 50° B C 200 Nm − − = − − 62,62 5,142 37,1062 5,137 30 00134 8,04000 6,912100 8,01010 6,00001 F E A A A R V M V H Comprimento do arco AB: cm 886,42443,2 =⋅== rlAB θ Localização do centróide do arco AB: θdrdl = [ ] ( )ifl rrdrdlx fifi θθθθθ θθ θ θ sensensencos 222 −=== ∫∫ ( ) 22 cm 518.7290sen70sen2 =°−°=∫l dlx cm 539,1886,4 518,7 ==x cm 684,070cos2 =°=OD cm 879,170sen2 =°=AD Posição do centróide (como a peça é homogênea o centróide e o centro de gravidade são coincidentes): cm 855,0684,0539,1 =−=−= ODxG O próximo passo é representar o diagrama de corpo livre da porta do compartimento de carga: Antes de serem escritas as equações de equilíbrio devem ser determinadas algumas variáveis geométricas: cm 758,3879,122 =⋅== ADAB e de acordo com o problema tem-se cm 758,3== ABAC . Logo a distância entre os pontos B e C pode ser calculado como: cm 176,350cos758,32758,32 22 =°⋅−⋅=BC °=°−°=→°=→=→= ° 25659065906,0sen sen 758,3 50sen 176,3 αβββ 39,321423,0050cos50065cos0 ''' −=+−→=°+°+−→=∑ BCxBCxx FAFAF (1) 383906,0050sen50065sen0 ''' =+−→=°−°+−→=∑ BCxBCyy FAFAF (2) N 3,233020050cos500855,050sen500879,165sen758,30 =→=+°⋅−°⋅−°→=∑ BCBCA FFM (3) Substituindo-se (3) em (2) e (1) obtém-se: N 420 ' =xA e N 6,171' =yA A reação na rótula A também pode ser escrita como: ( ) N 378,0;926,07,453'=A . A orientação desta força em relação ao eixo x’ é dada diretamente pelo cosseno diretor: °=→= 2,22926,0cos '' xx θθ . A figura abaixo ilustra a orientação da força. 20° 20° 2 m A B dθ dl θ x=r cosθ 20° 20° r A B 70°O D G 20° 20° 1,5 m A 50° B C 200 Nm FBC α x' y' Ax Ay G 500 N 50° β β D E Em relação aos eixos xy a força na rótula A pode ser escrita como: ( ) N 309,0;951,07,453 −=A 4) Determinar o momento de inércia em relação ao eixo x da área ilustrada na figura (3). Solução: Igual a da prova A. 5) A seção transversal ilustrada na figura () é formada por um perfil C, por um perfil L 7”x 4”x 1/2” e por uma chapa de espessura 5/16”. Considerando que as propriedades do perfil C são A = 33,92 cm2, Ix = 4601 cm4, Iy = 318 cm4 e as propriedades do perfil L são A = 33,87 cm2, Ix = 1111,3 cm4, Iy = 270,5 cm4 e rmin = 2,21 cm, em relação aos eixos ilustrados nos perfis em separado, determine: a) a localização dos eixos centrais, b) os momentos de inércia e produto de inércia em relação aos eixos centrais, c) a localização dos eixos principais centrais de inércia, d) os momentos principais centrais de inércia indicando os eixos correspondentes aos momentos de inércia máximo e mínimo. Os eixos de referência devem estar claramente identificados nos desenho. Solução: ver prova A. 65 30 15 x (mm) 40 15 15 60° 40 x1 y1 15024,0 211 −= xy A 50° x' y' 420 N 171,6 N 453,7 N 22° x y 18o 30 0 100 7, 94 6,35 25,1 120 7, 94 x y x y 23,4 61 , 5 (mm) 40
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