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A REALIZAÇÃO DO PSICODIAGNÓSTICO

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A REALIZAÇÃO DO PSICODIAGNÓSTICO
1.Dados do examinando: Sexo Masculino, idade 39 anos, Administrador de empresas, separado, sem filhos. 
Dados coletados na triagem: J.N.Q. rompeu um casamento de oito anos recentemente. Passa por problemas financeiros com seu sócio em uma empresa de confecção. É considerado por entes mais próximos como responsável e quieto. Já foi exposto ao suicídio de uma prima por enforcamento há alguns anos atrás, o que o deixou muito abalado. Desde o rompimento de seu casamento suas atitudes mudaram muito: está “irresponsável” nos negócios (segundo seu sócio), tem saído frequentemente com prostitutas e feito uso de bebida alcoólica rotineiramente. Seu sócio se preocupou muito quando o encontrou em casa num fim de semana totalmente drogado, sujo e fora de si: havia quebrado tudo dentro de casa. Diante do quadro, o trouxe para a clínica escola da Estácio por indicação de psiquiatra para a realização de uma avaliação psicológica.
2. Formulação de Hipóteses
Considerada como uma das principais etapas do processo, por ser o primeiro contato que nós profissionais temos com o paciente. Precisamos entender o porquê do encaminhamento, conhecer um pouco da história do paciente e também nos apresentarmos a ele mostrando que estamos para ali para ajudá-lo. Nessa etapa serão formuladas as hipóteses iniciais mediante a queixa apresentada pelo paciente, onde as serão confirmadas ou não ao longo do processo psicodiagnóstico. A partir da formulação de hipóteses é que se pode definir os objetivos do processo e traçar um plano de avaliação, no qual irá definir como será conduzido. 
Ao receber o paciente foi feita uma apresentação inicial, falando sobre o passo a passo de como será realizado o acompanhamento, estabelecendo assim o rapport, com o objetivo de acolhê-lo. Logo após foi feita uma entrevista diagnóstica com perguntas formuladas com foco nas queixas apresentadas pelo paciente. 
Após a primeira entrevista, foi realizado o levantamento de sua história pessoal, onde foi estabelecido contato com o médico que o encaminhou para compreender o porquê do encaminhamento e entender também o quadro clínico do paciente. Mediante as queixas apresentadas e todo levantamento efetuado através do médico, e do amigo do paciente, possivelmente J.N.Q. possa estar em quadro depressivo. 
3. Contrato de Trabalho 
O estabelecimento de um contrato de trabalho é importante tanto para o paciente quanto para o psicólogo por envolver um comprometimento de ambas as partes para o cumprimento das obrigações formais. Ao ser definida as hipóteses e objetivos do processo psicodiagnóstico, poderá ser estabelecido o plano de ação. Lembrando que para encerrar o contrato de trabalho deve-se ter uma noção do desempenho do sujeito diante da avaliação. 
No contrato de trabalho do processo psicodiagnóstico será estabelecido dia, horário e a duração da sessão. É possível que tenha de 5 a 6 encontros, onde serão utilizados entrevistas e alguns testes. Além disso, no contrato constará a definição dos papeis, obrigações, quem terá acesso aos dados do exame, honorários, comunicação dos resultados obtidos, ou seja, laudo psicológico.
4. Plano de Avaliação 
Essa etapa vem traçar um plano para se chegar ao objetivo final que é entender as queixas principais do paciente, onde são estabelecidos métodos e estratégias que seguem um passo a passo para fundamentação das hipóteses levantadas. 
O objetivo dessa etapa é avaliar as queixas trazidas pelo paciente e fundamentar a hipótese inicial que foi levantada através de entrevistas semiestruturadas, observação do comportamento do paciente e aplicação de testes. Sendo assim as sessões que serão realizadas com o paciente, seguirão o cronograma da seguinte forma: Entrevista semiestruturada com o paciente; Estabelecimento do contrato de trabalho; Entrevista estruturada; Aplicação do teste; Comunicação dos resultados. 
5. Administração de testes e técnicas 
O psicólogo ao administrar testes e outras técnicas deve estar seguro do que está fazendo, sempre tendo como foco principal o paciente, buscando vê-lo de maneira completa. É importante nessa etapa sempre que necessário revisar determinadas particularidades no que diz respeito aos instrumentos e às características do paciente. O psicólogo deve estar devidamente familiarizado com os instrumentos que serão utilizados no processo psicodiagnóstico, devendo ter bastante conhecimento sobre o material que será utilizado, procurando ter um cuidado na organização do mesmo antes da entrada do paciente em seu consultório. É imprescindível que o psicólogo tenha sempre em mente os objetivos para a inserção de cada técnica da bateria. Além disso, o psicólogo deve estabelecer o rapport em todo o processo, buscando sempre que necessário esclarecer as dúvidas do paciente, com o objetivo de reduzir a ansiedade do mesmo, procurando assim fazer com que o paciente possa colaborar para a realização do processo. 
Foi escolhido o teste HTP com o intuito de investigar e compreender melhor o funcionamento da dinâmica da personalidade do sujeito. Isso ajudará na fundamentação da hipótese, e a identificação de outros aspectos relevantes ao caso. 
6. Levantamento, análise, interpretação e integração dos dados 
É de fundamental importância para comprovação ou não das hipóteses levantadas no início do processo. Para isso será necessário revisar as observações realizadas, examinar a história clínica do paciente, rever as hipóteses tendo em mente os intuitos do exame. Todos esses passos são essenciais para se organizar os dados, procurando a compreensão de coincidências e discordâncias, além de apontar os dados mais relevantes das informações relacionadas ao paciente. 
Nessa etapa do processo psicodiagnóstico o teste e as demais técnicas já foram aplicadas no paciente, acontecendo então a partir de agora uma compilação desses dados, onde será realizada uma revisão de toda a história clínica, assim como de todo o material adquirido através da entrevista, do teste e da observação do paciente. Mediante a análise de todas as informações adquiridas, poderemos chegar à conclusão a respeito do caso e confirmar ou não a hipótese na qual indica que o paciente esteja com um quadro depressivo.
 
7. Diagnóstico e Prognóstico 
De grande importância para o fechamento do processo psicodiagnóstico, onde com base na análise dos resultados captados na avaliação realizada, poderemos fechar o diagnóstico e chegar a uma classificação nosológica, como também suas possíveis consequências (prognóstico). 
Conforme as observações e os dados apurados, foi percebido que pode ser categorizado nosologicamente com base no Manual de Classificação dos Transtornos Mentais - CID 10, como portador de um Transtorno Depressivo recorrente, código F.33.
8. Comunicação de Resultados 
Etapa a qual acontece a devolutiva de todo processo psicodiagnóstico para o paciente/ou responsável, ficando na responsabilidade do psicólogo definir quanto ao tipo, conteúdo e forma da comunicação dos resultados obtidos, sendo que todas essas informações precisam estarem previstas no contrato. 
A comunicação dos resultados obtidos será repassada ao paciente por meio de um laudo psicológico de maneira clara, onde o objetivo maior é o de responder aos questionamentos surgidos antes e durante o processo psicodiagnóstico. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
Classificação de Transtornos Mentais e de Comportamento da CID-10: Descrições clínicas e diretrizes diagnósticas – Coord. Organiz. Mund. da Saúde; trad. Dorgival Caetano. – Porto Alegre: Artes Médicas, 1993. 
CUNHA, J. A. Psicodiagnóstico – V. 5 ed. rev. e ampl. Porto Alegre: Artmed, 2007.

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