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www.arquivosonline.com.br Sociedade Brasileira de Cardiologia • ISSN-0066-782X • Volume 100, Nº 3, Março 2013
Editorial
Programa Nacional de Qualificação de Médicos na Prevenção e 
Atenção Integral às Doenças Cardiovasculares
Artigo Especial
Prescrição de Terapias Baseadas em Evidências para Pacientes de 
Alto Risco Cardiovascular: Estudo REACT
Artigos Originais
Alta Reatividade Plaquetária Durante Tratamento é Preditora de 
Eventos Cardíacos em Pacientes com Stents Farmacológicos
Influência de Prolongados Períodos de Obesidade Sobre a Expressão 
Gênica Miocárdica
Relação entre Cintilografia Miocárdica e Angiotomografia na Avaliação 
da Doença Coronariana
InsCor: Um Método Simples e Acurado para Avaliação do Risco em 
Cirurgia Cardíaca
O Volume Plaquetário Médio Abaixo do Normal está Associado com 
Extensão Reduzida de Doença Arterial Coronariana
Estudo da Sístole Elétrica Ventricular nos Insuficientes Renais 
Crônicos Hemodialisados
Triagem Pré-Participação com ECG em Recrutas Militares
O Tabagismo Está Associado com a Remodelação de Junções 
Comunicantes no Coração de Ratos: Explicação do Paradoxo dos 
Fumantes?
Papel dos Níveis de BNP no Prognóstico da Insuficiência Cardíaca 
Avançada Descompensada
Resultados da Correção Simplificada com Enxerto Único no Defeito 
Septal Atrioventricular Completo
Artigo de Revisão
O Escore de CHADS2 na Predição de Eventos Cerebrovasculares - 
Uma Metanálise
Cartas ao Editor
Cardiologia e Saúde Pública: 40 Anos
Níveis Séricos de Cistatina C Devem Correlacionar-se com Disfunção 
Endotelial e Inflamação Indiretamente Através da Função Renal
Errata
Páginas Eletrônicas
Correlação Clínico-Radiográfica
Caso 2/2013 - Mulher de 23 Anos com Ventrículo Direito Dilatado, 
sem Defeitos Residuais, após Correção de Tetralogia de Fallot
Relato de Caso
Dupla Troca Valvar por Disfunção Secundária a Tumor Carcinoide
Alterações Eletrocardiográficas com Padrão de Brugada Induzidas 
por Hipocalemia
Ponto de Vista
Prudência na Conduta em Valvopatia
Figura 1 - Angio TC de um paciente de 66 anos, masculino, assintomático. Em destaque 
se observa presença de lesão obstrutiva na artéria descendente anterior. Pág. 243
Arquivos Brasileiros de Cardiologia - Volume 100, Nº 3, Março 2013
REVISTA DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA - Publicada desde 1948
Sumário - Contents
Editorial
Programa Nacional de Qualificação de Médicos na Prevenção e Atenção Integral às Doenças 
Cardiovasculares
National Physician Qualification Program in Cardiovascular Disease Prevention and Integral Care
Jadelson Pinheiro de Andrade, Luiz Alberto Piva e Mattos, Antonio Carlos Carvalho, Carlos Alberto Machado, 
Glaucia Maria Moraes de Oliveira
..................................................................................................................................................................página 203 
Artigo Especial - Special Article
Prescrição de Terapias Baseadas em Evidências para Pacientes de Alto Risco Cardiovascular: Estudo REACT
Evidence-Based Therapy Prescription in High-Cardiovascular Risk Patients: The REACT Study
Otávio Berwanger, Luiz Alberto Piva e Mattos, José Fernando Vilela Martin, Renato Delascio Lopes, Estevão 
Lanna Figueiredo, Daniel Magnoni, Dalton Bertolim Precoma, Carlos Alberto Machado, Jorge Ilha Guimarães, 
Jadelson Pinheiro de Andrade
..................................................................................................................................................................página 212
Artigos Originais - Original Articles
Angioplastia com e sem stent
Alta Reatividade Plaquetária Durante Tratamento é Preditora de Eventos Cardíacos em Pacientes 
com Stents Farmacológicos
High On-Treatment Platelet Reactivity Predicts Cardiac Events in Patients with Drug-Eluting Stents
Aline Sterque Villacorta, Humberto Villacorta Junior, Marcos J. S. Batista, Renato Villela Gomes, Luiz Augusto 
Macedo, Bruno Helmuth, Evandro Tinoco Mesquita
..................................................................................................................................................................página 221 
Biologia Molecular
Influência de Prolongados Períodos de Obesidade Sobre a Expressão Gênica Miocárdica
Influence of Long-Term Obesity on Myocardial Gene Expression
Ana Paula Lima-Leopoldo, André Soares Leopoldo, Danielle Cristina Tomaz Silva, André Ferreira do 
Nascimento, Dijon Henrique Salomé de Campos, Renata de Azevedo Melo Luvizotto, Silvio Assis de Oliveira 
Júnior, Carlos Roberto Padovani, Célia Regina Nogueira, Antonio Carlos Cicogna
..................................................................................................................................................................página 229
Cardiologia Nuclear
Relação entre Cintilografia Miocárdica e Angiotomografia na Avaliação da Doença Coronariana
Correlation between Myocardial Scintigraphy and CT Angiography in the Evaluation of Coronary Disease
Jader Cunha de Azevedo, Diógenes de Souza Ferreira Junior, Felipe Carvalhinho Vieira, Laís Santos Prezotti, 
Luciana Silveira Simões, Marcelo Souto Nacif, Carlos Eduardo Rochitte, Amarino de Carvalho Oliveira Junior, 
Evandro Tinoco Mesquita, Cláudio Tinoco Mesquita
..................................................................................................................................................................página 238
Arquivos Brasileiros de Cardiologia - Volume 100, Nº 3, Março 2013
Cirurgia Cardíaca – Adultos
InsCor: Um Método Simples e Acurado para Avaliação do Risco em Cirurgia Cardíaca
InsCor: A Simple and Accurate Method for Risk Assessment in Heart Surgery
Omar A. V. Mejía, Luiz A. F. Lisboa, Luiz B. Puig, Luiz Felipe P. Moreira, Luis A. O. Dallan, Pablo M. A. 
Pomerantzeff, Fabio B. Jatene, Noedir A. G. Stolf
..................................................................................................................................................................página 246
Coronariopatia Crônica
O Volume Plaquetário Médio Abaixo do Normal está Associado com Extensão Reduzida de 
Doença Arterial Coronariana
Lower than Normal Mean Platelet Volume is Associated with Reduced Extent of Coronary Artery Disease
Tolga Sinan Güvenç, Hakan Hasdemir, Hatice Betül Erer, Erkan İlhan, Kazım Serhan Özcan, Ali Nazmi Çalık, 
Rengin Çetin, Mehmet Eren
..................................................................................................................................................................página 255
Eletrocardiografia
Estudo da Sístole Elétrica Ventricular nos Insuficientes Renais Crônicos Hemodialisados
Study of Ventricular Electrical Systole in Patients with End-Stage Kidney Disease on Hemodialysis
Bruno Valentim, Alexandre Pereira, Patrícia Coelho, Telmo Pereira
..................................................................................................................................................................página 261
Triagem Pré-Participação com ECG em Recrutas Militares
Pre-Participation ECG Screening in Military Recruits
Alon Grossman, Alex Prokupetz, Igor Lipchenca
..................................................................................................................................................................página 269
Experimental
O Tabagismo Está Associado com a Remodelação de Junções Comunicantes no Coração de 
Ratos: Explicação do Paradoxo dos Fumantes?
Smoking is Associated with Remodeling of Gap Junction in the Rat Heart: Smoker’s Paradox Explanation?
Rosangela Novo, Cristiana M. Freire, Sergio Felisbino, Marcos F. Minicucci, Paula S. Azevedo, Leonardo A. M. Zornoff, 
Sergio A. R. Paiva
..................................................................................................................................................................página274
Insuficiência Cardíaca
Papel dos Níveis de BNP no Prognóstico da Insuficiência Cardíaca Avançada Descompensada
Role of BNP Levels on the Prognosis of Decompensated Advanced Heart Failure
Antônio Carlos Pereira-Barretto, Carlos Henrique Del Carlo, Juliano Novaes Cardoso, Marcelo Eid Ochiai, 
Marcelo Villaça Lima, Milena Cardoso Curiati, Airton Roberto Scipioni, José Antônio Franchini Ramires
..................................................................................................................................................................página 281
Transplante Cardíaco – Cirurgia
Resultados da Correção Simplificada com Enxerto Único no Defeito Septal Atrioventricular Completo
Results of Simplified Single-Patch Repair for Complete Atrioventricular Septal Defect
Ana Paula Tagliari, Daniel Augusto Schröder, Guaracy Teixeira Filho, Paulo Roberto Prates, João Ricardo M. 
Sant’Anna, Ivo A. Nesralla, Renato A. K. Kalil
..................................................................................................................................................................página 288
Artigo de Revisão - Review Article
O Escore de CHADS2 na Predição de Eventos Cerebrovasculares - Uma Metanálise
CHADS2 Score in Predicting Cerebrovascular Events – A Meta-Analysis
Cristina Santos, Telmo Pereira, Jorge Conde
..................................................................................................................................................................página 294
Arquivos Brasileiros de Cardiologia - Volume 100, Nº 3, Março 2013
Arquivos Brasileiros de Cardiologia - Páginas eletrônicas
Correlação Clínico-radiográfica - Clinicoradiological Session
Caso 2/2013 - Mulher de 23 Anos com Ventrículo Direito Dilatado, sem Defeitos Residuais, 
após Correção de Tetralogia de Fallot
Case 2/2013 – 23-Year-Old Woman with Dilated Right Ventricle, with no Residual Defects after Repair of Tetralogy of Fallot
Edmar Atik
............................................................................................................................................................... página e30
Relato de Caso - Case Report
Dupla Troca Valvar por Disfunção Secundária a Tumor Carcinoide
Double Valve Replacement Due to Dysfunction Secondary to Carcinoid Tumor
Paulo Manuel Pêgo-Fernandes, André Micheletto Laurino, Danilo de Souza Ferronato, Frederico Perego Costa, 
Ramez Anbar, Fabio Biscegli Jatene
............................................................................................................................................................... página e32
Alterações Eletrocardiográficas com Padrão de Brugada Induzidas por Hipocalemia
Brugada-Like Electrocardiographic Changes Induced by Hypokalemia
Guilherme Ferreira Gazzoni, Anibal Pires Borges, Luis Carlos Corsetti Bergoli, José Luiz Flores Soares, Carlos 
Kalil, Eduardo Bartholomay
............................................................................................................................................................... página e35
Ponto de vista - Viewpoint
Prudência na Conduta em Valvopatia
Prudence in Approaching Valvular Heart Disease
Max Grinberg
............................................................................................................................................................... página e38
* Indica artigos somente na versão eletrônica. Para visualizá-los, acesse o site: http://www.arquivosonline.com.br/2013/10003/edicaoatual.asp
Carta ao Editor - Letter to the Editor
Cardiologia e Saúde Pública: 40 Anos
Public Health: 40 Years
Maria Inês Reinert Azambuja
..................................................................................................................................................................página 302
Níveis Séricos de Cistatina C Devem Correlacionar-se com Disfunção Endotelial e Inflamação 
Indiretamente Através da Função Renal
Serum Cystatin C Levels Should Correlate with Endothelial Dysfunction and Inflammation Indirectly Through Renal Function
Sait Demirkol, Mustafa Cakar, Sevket Balta, Murat Unlu, Omer Kurt, Muharrem Akhan
..................................................................................................................................................................página 303
Errata - Erratum
Errata
..................................................................................................................................................................página 304
Conselho Editorial
Brasil
Adib D. Jatene (SP)
Alexandre A. C. Abizaid (SP)
Alfredo José Mansur (SP)
Álvaro Avezum (SP)
Amanda G. M. R. Sousa (SP)
André Labrunie (PR)
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Ari Timerman (SP)
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Barbara M. Ianni (SP)
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Alan Maisel (Estados Unidos)
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Cândida Fonseca(Portugal)
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Peter A. McCullough (Estados Unidos)
Peter Libby (Estados Unidos)
Piero Anversa (Itália)
Diretor CientífiCo 
Luiz Alberto Piva e Mattos
eDitor-Chefe 
Luiz Felipe P. Moreira 
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CArDiologiA ClíniCA 
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CArDiologiA CirúrgiCA 
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CArDiologiA PeDiátriCA/CongênitAs 
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hiPertensão ArteriAl 
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ergometriA, exerCíCio e 
reABilitAção CArDíACA 
Ricardo Stein
Primeiro eDitor (1948-1953) 
† Jairo Ramos
REVISTA DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA - Publicada desde 1948www.arquivosonline.com.br
Presidente 
Jadelson Pinheiro de Andrade
Vice-Presidente 
Dalton Bertolim Précoma
Presidente-Eleito 
Angelo Amato Vincenzo de Paola
Diretor Administrativo 
Marcelo Souza Hadlich
Diretora Financeira 
Eduardo Nagib Gaui
Diretor de Relações Governamentais 
Daniel França Vasconcelos
Diretor de Comunicação 
Carlos Eduardo Suaide Silva
Diretor de Qualidade Assistencial 
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Diretor Científico 
Luiz Alberto Piva e Mattos
Diretor de Promoção de Saúde 
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Estaduais e Regionais 
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Diretor de Departamentos 
Especializados 
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Diretor de Tecnologia da Informação 
Carlos Eduardo Suaide Silva
Diretor de Pesquisa 
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Editor-Chefe Arquivos Brasileiros de 
Cardiologia 
Luiz Felipe P. Moreira
Editor do Jornal SBC 
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Coordenador do Conselho de Projeto 
Epidemiológico 
David de Pádua Brasil
Coordenadores do Conselho de Ações Sociais 
Alvaro Avezum Junior 
Ari Timerman
Coordenadora do Conselho de Novos Projetos 
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Coordenador do Conselho de Aplicação de 
Novas Tecnologias 
Washington Andrade Maciel
Coordenador do Conselho de Inserção do 
Jovem Cardiologista 
Fernando Augusto Alves da Costa
Coordenador do Conselho de Avaliação da 
Qualidade da Prática Clínica e Segurança 
do Paciente 
Evandro Tinoco Mesquita
Coordenador do Conselho de 
Normatizações e Diretrizes 
Harry Correa Filho
Coordenador do Conselho de Educação 
Continuada 
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Comitê de Atendimento de Emergência e 
Morte Súbita 
Manoel Fernandes Canesin 
Nabil Ghorayeb 
Sergio Timerman
Comitê de Prevenção Cardiovascular 
Antonio Delduque de Araujo Travessa 
Sergio Baiocchi Carneiro 
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Comitê de Planejamento Estratégico 
Fabio Sândoli de Brito 
José Carlos Moura Jorge 
Walter José Gomes
Comitê de Assistência ao Associado 
Maria Fatima de Azevedo 
Mauro José Oliveira Gonçalves 
Ricardo Ryoshim Kuniyoshi
Comitê de Relações Internacionais 
Antonio Felipe Simão 
João Vicente Vitola 
Oscar Pereira Dutra
Presidentes das Estaduais e Regionais da SBC
SBC/AL - Alfredo Aurelio Marinho Rosa
SBC/AM - Jaime Giovany Arnez Maldonado
SBC/BA - Augusto José Gonçalves de 
Almeida
SBC/CE - Eduardo Arrais Rocha
SBC/CO - Hernando Eduardo Nazzetta (GO)
SBC/DF - Renault Mattos Ribeiro Junior
SBC/ES - Antonio Carlos Avanza Junior
SBC/GO - Luiz Antonio Batista de Sá
SBC/MA - Magda Luciene de Souza Carvalho
SBC/MG - Maria da Consolação Vieira 
Moreira
SBC/MS - Sandra Helena Gonsalves de 
Andrade
SBC/MT - José Silveira Lage
SBC/NNE - Aristoteles Comte de Alencar 
Filho (AM)
SBC/PA - Claudine Maria Alves Feio
SBC/PB - Alexandre Jorge de Andrade Negri
SBC/PE - Silvia Marinho Martins
SBC/PI - Ricardo Lobo Furtado
SBC/PR - Álvaro Vieira Moura
SBC/RJ - Glaucia Maria Moraes Oliveira
SBC/RN - Carlos Alberto de Faria
SBC/RS - Justo Antero Sayão Lobato Leivas
SBC/SC - Conrado Roberto Hoffmann Filho
SBC/SE - Eduardo José Pereira Ferreira
SBC/SP - Carlos Costa Magalhães
SBC/TO - Adalgele Rodrigues Blois
Sociedade Brasileira de Cardiologia
Presidentes dos Departamentos Especializados e Grupos de Estudos
SBC/DA - Hermes Toros Xavier (SP)
SBC/DCC - Evandro Tinoco Mesquita (RJ)
SBC/DCM - Orlando Otavio de 
Medeiros (PE)
SBC/DCC/CP - Estela Suzana Kleiman 
Horowitz (RS)
SBC/DECAGE - Abrahão Afiune Neto (GO)
SBC/DEIC - João David de Souza Neto (CE)
SBC/DERC - Pedro Ferreira de 
Albuquerque (AL)
SBC/DFCVR - José Carlos Dorsa Vieira 
Pontes (MS)
SBC/DHA - Weimar Kunz Sebba Barroso de 
Souza (GO)
SBC/DIC - Jorge Eduardo Assef (SP)
SBC/SBCCV - Walter José Gomes (SP)
SBC/SBHCI - Marcelo Antonio Cartaxo 
Queiroga Lopes (PB)
SBC/SOBRAC - Adalberto Menezes Lorga 
Filho (SP)
SBC/DCC/GAPO - Daniela Calderaro (SP)
SBC/DCC/GECETI - João Fernando 
Monteiro Ferreira (SP)
SBC/DCC/GEECABE - Luis Claudio Lemos 
Correia (BA)
SBC/DCC/GEECG - Carlos Alberto Pastore (SP)
SBC/DCP/GECIP - Angela Maria Pontes 
Bandeira de Oliveira (PE)
SBC/DERC/GECESP - Daniel Jogaib 
Daher (SP)
SBC/DERC/GECN - José Roberto Nolasco 
de Araújo (AL)
Arquivos Brasileiros de Cardiologia
Filiada à Associação 
Médica Brasileira
Volume 100, Nº 3, Março 2013
Indexação: ISI (Thomson Scientific), Cumulated Index Medicus (NLM), 
SCOPUS, MEDLINE, EMBASE, LILACS, SciELO, PubMed
Os anúncios veiculados nesta edição são de exclusiva responsabilidade dos 
anunciantes, assim como os conceitos emitidos em artigos assinados são de 
exclusiva responsabilidade de seus autores, não refletindo necessariamente a 
opinião da SBC.
Material de distribuição exclusiva à classe médica. Os Arquivos Brasileiros de 
Cardiologia não se responsabilizam pelo acesso indevido a seu conteúdo e que 
contrarie a determinação em atendimento à Resolução da Diretoria Colegiada 
(RDC) nº 96/08 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que atualiza 
o regulamento técnico sobre Propaganda, Publicidade, Promoção e informação de 
Medicamentos. Segundo o artigo 27 da insígnia, "a propaganda ou publicidade de 
medicamentos de venda sob prescrição deve ser restrita, única e exclusivamente, 
aos profissionais de saúde habilitados a prescrever ou dispensar tais produtos (...)". 
Garantindo o acesso universal, o conteúdo científico do periódico continua 
disponível para acesso gratuito e integral a todos os interessados no endereço: 
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Departamento Comercial
Telefone: (11) 3411-5500
e-mail: comercialsp@cardiol.br
Produção Editorial
SBC - Núcleo Interno de Publicações
Produção Gráfica e Diagramação
SBC - Núcleo Interno de Design
Impressão
Prol Editora Gráfica
Tiragem
11.000 exemplares
APOIO
Editorial
Programa Nacional de Qualificação de Médicos na Prevenção e 
Atenção Integral às Doenças Cardiovasculares
National Physician Qualification Program in Cardiovascular Disease Prevention and Integral Care
Jadelson Pinheiro de Andrade1, Luiz Alberto Piva e Mattos1,2, Antonio Carlos Carvalho1,4, Carlos Alberto 
Machado1,3, Glaucia Maria Moraes de Oliveira1,5
Sociedade Brasileira de Cardiologia1; Diretoria Científica2; Diretoria de Promoção de Saúde Cardiovascular3; Programa de Educação 
Continuada da SBC4; Universidade Corporativa da SBC5
Objetivo Geral
Qualificar os médicos da saúde pública na prevenção e 
atençãointegral às doenças cardiovasculares.
Objetivos Específicos
• Prevenção das doenças cardiovasculares;
• Redução de morbidade e mortalidade cardiovascular 
no Brasil;
• Promover acesso integral ao diagnóstico e tratamento 
das DCV, implementando as linhas de cuidado na atenção 
às doenças cardiovasculares;
• Implementar, junto ao Ministério da Saúde, CONASS e 
CONASEMS, o Programa Nacional de Qualificação de médicos 
na prevenção e atenção integral das doenças cardiovasculares.
Temas
• Hipertensão Arterial;
• Infarto Agudo do Miocárdio;
• Insuficiência Cardíaca;
• Acidente Vascular Encefálico.
Público-alvo
Médicos envolvidos com a Atenção à Saúde Pública.
Introdução
Das 57 milhões de mortes que ocorreram no mundo, em 
2008, 63% ou 36 milhões foram causadas por doenças crônicas 
não transmissíveis (DCNT), sendo que, destas, 48% (ou 30% de 
todas as mortes) foram provocadas por doenças cardiovasculares. 
Aproximadamente, 80% das mortes por DCNT foram registradas 
em países de baixa e média renda. Um terço dessas mortes 
ocorreu em pessoas com idade inferior a 60 anos1.
No Brasil, as DCNT constituem o problema de saúde 
pública de maior magnitude e correspondem a 72% das 
causas de morte, atingindo fortemente camadas pobres da 
população e grupos vulneráveis2. 
As doenças do aparelho circulatório (DAC) foram as 
principais causas de morte nos países desenvolvidos ou em 
desenvolvimento, em 2009, estando entre as 10 principais 
causas de mortes e sendo responsáveis por 28,7% dos 
óbitos em países em desenvolvimento e 26,6% nos países 
desenvolvidos, de acordo com a Organização Mundial 
de Saúde3. No Brasil, representaram um terço de todos 
os óbitos e quase 30% do total de mortes na faixa etária 
de 20 a 59 anos de idade, atingindo a população adulta 
em plena fase produtiva. Entre as DAC, destacam-se 
as doenças cerebrovasculares (DCBV) e as doenças 
isquêmicas do coração (DIC), que, em 2009, compuseram, 
respectivamente, 32% e 30% dos óbitos por DAC4.
Ainda em 2009, as taxas de mortalidade ajustadas por 
idade e sexo foram de 228,4 óbitos por 100.000 habitantes 
(266,7 e 196,1 - em homens e mulheres, respectivamente), com 
discreto predomínio das taxas por doenças cerebrovasculares 
em relação às doenças isquêmicas do coração, 70,7 e 
69,2 por 100.000 habitantes, respectivamente. Essas taxas 
encontram-se entre as mais elevadas nos países das Américas 
com renda média a alta (rendimento nacional bruto per 
capita de 3.976 a 12. 275 dólares americanos), atrás apenas 
da Venezuela, com taxas de mortalidade ajustadas de 
246,1 óbitos por 100.000 habitantes em 2007, último ano 
disponível da série5.
A partir do final da década de 1950, iniciou-se um 
declínio da mortalidade por DAC nos países industrializados. 
No Brasil, essa queda começa a ser observada nos últimos 
anos da década de 1970, com significativa redução das taxas 
de mortalidade por DAC, apesar de importantes diferenças 
regionais. Estatísticas abrangentes e confiáveis só passaram 
a existir a partir desta época6.
O custo direto relacionado ao manejo das DAC no 
Brasil é elevado, com impacto significativo no orçamento 
dos órgãos financiadores da saúde, especialmente quanto 
Correspondência: Jadelson Pinheiro de Andrade •
Av. Marechal Câmara, 160 sala 330, CEP 22020-907, Centro, RJ - Brasil
E-mail: jadelson@hospitaldabahia.com.br
Artigo recebido em 18/01/13, revisado em 1801/13, aceito em 18/01/13. 
Palavras-chave
Doenças Cardiovasculares / prevenção & controle, 
Doenças Cardiovasculares / mortalidade, Credenciamento, 
Médicos, Educação Médica / tendências, Brasil.
DOI: 10.5935/abc.20130061
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Editorial
Andrade e cols.
Programa de Qualificação em Doenças Cardiovasculares
Arq Bras Cardiol. 2013;100(3):203-211
ao gasto com medicamentos, internações e na atenção 
da alta complexidade. Como exemplo, em 2007, foram 
registradas 1.157.509 internações por DCV no SUS (10,22% 
do total do país) e a insuficiência cardíaca foi a principal 
causa. Em relação aos custos, em novembro de 2009, 
foram registradas 91.970 internações por DCV, totalizando 
um custo de R$165.461.644,33, segundo o Ministério da 
Saúde (DATASUS). A doença renal terminal, outra condição 
presente nos portadores de DCV, ocasionou a inclusão 
de 94.282 indivíduos em programa de diálise no SUS e 
respondeu por 9.486 óbitos, em 20077.
Ainda que alguns autores atribuam 44% de redução 
da mortal idade por doenças isquêmicas nos EUA 
à diminuição dos fatores de risco clássicos para as 
doenças cardiovasculares, esses fatores apresentaram 
alta prevalência e aumento nos seus valores, nas últimas 
décadas. No Brasil, em 2010, dados do Vigitel, em adultos 
maiores de 18 anos, demonstraram que os fumantes são 
1,8 vez mais prevalentes entre os indivíduos com menor 
tempo de estudo, enquanto aqueles com maior tempo de 
estudo consomem 1,7 vez mais frutas e legumes e praticam 
mais atividade física do que o primeiro grupo8.
É possível que outros fatores de risco possam ter um 
importante papel em combinação com os clássicos na 
gênese dessas doenças. Podemos incluir, entre estes, 
os fenômenos inflamatórios, a disfunção endotelial, 
a hipercoagulabilidade, a hiper-homocisteinemia, a 
resistência à insulina e os fatores genéticos, entre outros. 
Acrescentem-se os dados na literatura que apontam para 
condições socioeconômicas como importantes fatores 
determinantes das doenças cardiovasculares8.
A abordagem dos fatores de risco clássicos, por meio da 
prevenção primária, reveste-se de grande importância e as 
recomendações sugerem a atuação multifatorial de todos, 
contemplando esse grupo de pacientes com metas mais rigorosas 
com vistas à redução da morbimortalidade pelas DCV8.
O tabagismo é o único entre os fatores de risco clássicos 
que apresentou redução na prevalência ao longo dos 
últimos anos. De acordo com a Pesquisa Nacional de 
Saúde e Nutrição (PNSN), realizada pelo IBGE, em 1989, 
a prevalência de tabagismo em todo Brasil era de 31,7% 
(39,3% em homens e 25,2% em mulheres). As prevalências 
encontradas em inquérito epidemiológico, em 16 capitais 
brasileiras, em 2002-2003, variou de 12,9 a 25,2% (em 
homens: de 16,9 a 28,2%; em mulheres: de 10,0 a 22,9%). 
Como ocorreu redução recente neste fator de risco, o 
impacto da diminuição nas taxas de mortalidade decorrente 
desta redução deverá acontecer nos próximos anos9.
Por sua vez, nas Américas, o número de indivíduos 
com diabetes foi estimado em 35 milhões para o ano 
2000 e projetado para 64 milhões em 2025. Nos países 
desenvolvidos, o aumento ocorrerá principalmente nas 
faixas etárias mais avançadas, decorrente do aumento da 
expectativa de vida e do crescimento populacional; nos países 
em desenvolvimento, o aumento será observado em todas as 
faixas etárias, principalmente no grupo de 45-64 anos, no qual 
sua prevalência deverá triplicar, duplicando nas faixas etárias 
de 20-44 e 65 e mais anos10.
Além de agregar maior risco absoluto de doença 
cardiovascular, cerca de duas vezes maior do que os não 
diabéticos, a presença de diabetes acarreta também pior 
prognóstico com menor sobrevida de curto prazo, pior 
resposta com os procedimentos de alta complexidade, maior 
número de readmissões hospitalares e maiores custos para o 
sistema de saúde10.
No Brasil, a prevalência de sobrepeso (IMC ≥ 25kg/m2) no 
Estudo Nacional de Despesa Familiar (ENDEF), realizado nos 
anos de 1974/1975, ocorria na região Nordeste - em 11% dos 
homens e 19% das mulheres; e na região Sudeste - em 20% 
dos homens e 29% das mulheres. Estes números aumentaram 
muito e, atualmente, estima-se a prevalência de sobrepeso 
no Brasil em 38,5% dos homens e 39% das mulheres. Muito 
relacionadas à obesidade e ao sobrepeso, as dislipidemias 
estão presentes em 38% dos homens e 42% das mulheres. 
Esses achados seguem a tendência de toda apopulação 
ocidental, que come cada vez mais e se movimenta cada 
vez menos, levando a um superávit calórico e favorecendo 
que esses fatores se manifestem nas pessoas predispostas 
geneticamente, tornando-se, então, uma ameaça à saúde dos 
habitantes da maioria das nações. O círculo vicioso que se 
impõe entrelaçando o sobrepeso/obesidade, as dislipidemias 
e a inatividade física culmina com o aumento da prevalência 
de diabetes e hipertensão arterial e suas consequências, 
manifestadas por insuficiência cardíaca, síndrome coronariana 
aguda e acidente vascular encefálico11.
A hipertensão arterial sistêmica tem alta prevalência e 
baixas taxas de controle, é considerada um dos principais 
fatores de risco modificáveis e um dos mais importantes 
problemas de saúde pública em nosso país e em todo o 
mundo. A mortalidade por DCV aumenta progressivamente 
com a elevação da PA a partir de 115/75mmHg de forma 
linear, contínua e independente. Em 2001, cerca de 
7,6 milhões de mortes (14% do total) no mundo foram 
atribuídas à elevação da PA (54% por acidente vascular 
encefálico e 47% por doença isquêmica do coração), 
sendo a maioria (cerca de 80%) em países de baixo e 
médio desenvolvimento econômico e mais da metade em 
indivíduos entre 45-69 anos12. 
Inquéritos populacionais em cidades brasileiras, nos 
últimos 20 anos, apontaram uma prevalência de HAS 
acima de 30%13,14. Considerando-se HAS valores de 
PA ≥ 140/90mmHg, 22 estudos no Brasil encontraram 
prevalências entre 22,3 e 43,9% (média de 32,5%), mais de 
50% entre 60 e 69 anos e 75% acima de 70 anos15. Entre os 
gêneros, a prevalência de HAS foi de 35,8% nos homens e 
de 30% em mulheres, em 22 cidades brasileiras, semelhante 
a de outros países. Revisão sistemática quantitativa (2003-
2008) de 44 estudos em 35 países revelou uma prevalência 
global de HAS de 37,8% em homens e 32,1% em mulheres. 
Assim, admite-se que, entre 1980 e 200816, a população de 
hipertensos tenha crescido de 600 milhões para um bilhão 
de indivíduos. Para 2025, estima-se que 1,56 bilhão de 
indivíduos sejam hipertensos no mundo17.
Estudos clínicos demonstraram que a detecção, o 
tratamento e o controle da HAS são fundamentais para 
a redução dos eventos cardiovasculares12. No Brasil, 
14 estudos populacionais realizados nos últimos quinze 
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Editorial
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Programa de Qualificação em Doenças Cardiovasculares
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anos (1995-2009) nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, 
com 14.783 indivíduos, util izando como valor de 
normalidade da PA ≤ 140/90 mmHg, revelaram baixos 
níveis de controle da PA (19,6%)14,18. Estima-se que essas 
taxas devam estar superestimadas devido à inexistência 
de estudos de abrangência nacional e à heterogeneidade 
metodológica dos trabalhos realizados14,18. A comparação 
das frequências, respectivamente, de conhecimento, 
tratamento e controle nos estudos brasileiros com as 
obtidas em 44 estudos, de 35 países15, revelou taxas 
semelhantes em relação ao conhecimento (52,3% vs 
59,1%), mas significativamente superiores no Brasil em 
relação ao tratamento e controle (34,9% e 13,7% vs 
67,3% e 26,1%), em especial, em municípios do interior 
com ampla cobertura do Programa de Saúde da Família 
(PSF)14, indicando que os esforços concentrados dos 
profissionais de saúde, das sociedades científicas e das 
agências governamentais são fundamentais para se atingir 
metas aceitáveis de tratamento e controle da HAS.
As taxas de controle da PA em outros países em 
desenvolvimento também são baixas, pelo menos na 
maioria deles, porém com ampla variação (5,4% na Coreia 
a 58% em Barbados)15,19. Já nos EUA, o controle da HAS 
praticamente duplicou entre 1988-2008 (27,3% vs 53,5%)20, 
e quintuplicou no Canadá, entre 1992-2009 (13,2% vs 
64,6%)21, refletindo importantes avanços na detecção e no 
tratamento da HAS nesses países.
Entre as causas de morte e hospitalização por DCV, 
destacam-se as síndromes coronarianas agudas (SCA), 
com e sem supradesnivelamento do segmento ST, o 
acidente vascular encefálico e a insuficiência cardíaca 
descompensada.
No Brasil, a insuficiência cardíaca (IC) é motivo de, 
aproximadamente, 4% das internações gerais e 31% das 
internações por doenças cardiovasculares. O período médio 
de permanência hospitalar é de 5,8 dias, e a mortalidade 
nosocomial oscila entre 5,6 a 6,0%, gerando um custo 
superior a 200 milhões de reais, segundo dados do Ministério 
da Saúde. Nos EUA , cerca de 4% da população geral têm 
insuficiência cardíaca, o que gera um custo anual superior 
a 20 bilhões de dólares7.
Com frequência, a IC é acompanhada de comorbidades 
distintas que interferem no tratamento e na evolução 
natural da doença. O registro americano ADHERE22 reuniu 
dados de mais de 100.000 pacientes internados por IC 
descompensada e mostrou que mais de 90% dos pacientes 
analisados eram portadores, também, de hipertensão 
arterial sistêmica, doença coronariana crônica ou diabetes 
melito. Além destas, 35% deles possuíam insuficiência 
renal crônica, 33% asma ou doença pulmonar obstrutiva 
crônica e 19% doença arterial oclusiva periférica. Estas 
comorbidades dificultam o tratamento e agravam o 
prognóstico de seus portadores.
Evidências recentes indicam que a IC é uma condição 
comum, de alto custo e progressiva, iniciando-se a partir da 
presença de fatores de risco habituais, como hipertensão 
arterial, diabetes e dislipidemia (Estágio A), seguida de 
mudanças assintomáticas na função e na estrutura cardíaca 
(Estágio B) e, então, aparecimento dos sinais e sintomas 
(Estágio C), incapacidade e morte (Estágio D). Esta classificação 
evidencia a importância do diagnóstico precoce e de 
consequentes estratégias preventivas7.
O impacto médico-social e econômico da IC tem estrutura 
intercontinental, pois compromete significativamente a 
sobrevida e a qualidade de vida dos doentes, levando 
a internações frequentes, além de ser responsável por 
elevados índices de absenteísmo e aposentadoria precoce. 
O fator socioeconômico é tido como crucial na evolução 
da doença e a baixa renda familiar é um preditor de 
reinternação hospitalar23.
O acidente vascular cerebral (AVC) foi responsável por 
98.000 mortes em 2008, no Brasil, segundo o Ministério da 
Saúde4, e a taxa de mortalidade por doença cerebrovascular 
no Brasil é 3 vezes a encontrada nos EUA e no Canadá5; 
além disso, nas regiões Norte e Nordeste brasileiras é a 
principal causa de óbito, sendo a segunda nas regiões Sul 
e Sudeste. No Brasil, os achados apontam que as taxas de 
mortalidade são praticamente semelhantes entre homens 
e mulheres2.
O AVC é ainda a principal causa de incapacidade em 
nosso meio e é responsável por 40% das aposentadorias 
precoces2. Devemos lembrar, ainda, que os pacientes 
com AVC têm dias prolongados de hospitalização, altas 
taxas de reinternação, enormes gastos com aposentadoria, 
auxílio-doença e reabilitação. Os custos com AVC 
pós-fibrilação atrial são 30% superiores aos de AVC 
por outras etiologias devido à sua gravidade e maior 
permanência hospitalar.
Finalmente, destacamos que entre as duas principais 
causas de AVC em nosso meio estão a hipertensão arterial não 
controlada e a fibrilação atrial2. O curso oferecido pela SBC, 
nesta proposta, aborda estes dois aspectos de forma extensa 
porque, certamente, uma intervenção médica adequada 
nestas duas áreas teria enorme contribuição na redução de 
gastos com a saúde e na preservação da qualidade de vida e 
de emprego pleno.
O infarto agudo do miocárdio (IAM) é uma síndrome 
cl ínica cardiovascular de elevada prevalência no 
Brasil, sendo, atualmente, a segunda causa de morte 
cardiovascular (48/100.000)4 e se estima um contínuo 
crescimento nas próximas duas décadas, particularmente, 
nos países em desenvolvimento. As causas do aumento 
da incidência do IAM nospaíses em desenvolvimento 
são decorrentes do acelerado processo de urbanização, 
da dificuldade de acesso ao sistema de saúde, da 
ausência de ações efetivas sobre o combate aos fatores 
de risco cardiovascular e do acelerado envelhecimento 
populacional24.
A mortalidade intra-hospitalar do infarto pode variar 
de 3 a 20%, de acordo com a qualidade do cuidado 
oferecido aos pacientes, como, por exemplo, a utilização 
da trombólise ou angioplastia primária e o acesso a 
um serviço de unidade coronariana. A mortalidade 
no primeiro ano após o infarto pode variar entre 5 e 
15%, sendo a insuficiência cardíaca uma importante 
complicação no pós-infarto25.
205
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Programa de Qualificação em Doenças Cardiovasculares
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Das 1.099.131 mortes ocorridas no Brasil, em 2009, 
99.835 foram atribuídas às doenças isquêmicas do coração, 
das quais 75.868 são decorrentes do infarto agudo do 
miocárdio, o que representa 6,9% de todas as mortes. 
É interessante observar que quase a metade dos óbitos 
(29.849) ocorreu fora do hospital, demonstrando a elevada 
mortalidade, principalmente na primeira hora, devido à 
fibrilação ventricular. A morte súbita também é a primeira 
forma de apresentação clínica da doença coronariana25.
Com os avanços no tratamento da SCA, a mortalidade 
do IAM, de acordo com os estudos observacionais, caiu de 
30%, na década de 1950, para menos de 5% nos registros 
mais recentes em países desenvolvidos. Existem inúmeros 
protocolos de sucesso já estabelecidos que preveem 
aplicabilidade em larga escala baseada em medidas simples 
de acesso imediato para essas patologias nas Unidades 
de Pronto Atendimento e Unidades Básicas de Saúde. 
No Brasil, estima-se que 900.000 pacientes apresentem 
angina do peito, com aproximadamente 18.000 novos 
casos ao ano. Temos, ainda, no país, quase 100.000 
óbitos por ano por síndrome coronária aguda, segundo o 
DATASUS . Algumas previsões colocam o Brasil no limiar 
de apresentar uma explosão de casos de DAC com o maior 
envelhecimento da população25. 
As síndromes coronarianas agudas - infarto e angina instável -, 
representam uma das importantes causas de atendimento de 
emergência no Brasil, e menos de 20% das emergências 
possuem laboratório de cateterismo cardíaco. O custo total do 
tratamento padrão do infarto agudo do miocárdio, utilizando 
angioplastia primária, em 2008, foi estimado em R$12.873,69, 
custando o dobro caso se utilize o stent coronário. Casos de 
IAM que levem a complicações, tais como cardioversão elétrica, 
marca-passo, entubação orotroqueal ou drenagem pericárdica, 
aumentam os custos em até 15 vezes. Em 2010, o número 
de angioplastias primárias correspondeu a apenas 12% dos 
casos de IAM e, se considerarmos que o uso de trombolíticos 
correspondeu a quase 20% dos casos, assim, estaríamos na 
média brasileira, tratando efetivamente com reperfusão apenas 
um terço dos casos de IAM com supra26.
Embora as terapêuticas indicadas no tratamento dessas 
patologias estejam disponíveis no SUS, como a trombólise 
para o infarto agudo do miocárdio (até com TNK, segundo a 
recente Linha de Cuidado do MS de 2011), elas não atingiram 
a abrangência estimada e a mortalidade pelas doenças 
cardiovasculares continua elevada, o que exige uma ação 
integrada do Ministério da Saúde, sociedades científicas, 
gestores estaduais e municipais e hospitais27.
Ademais, os cuidados com o paciente coronariano crônico 
são fundamentais para se evitar novas internações e novos 
episódios de síndrome coronária aguda: o controle correto 
da hipertensão, dislipidemia, tabagismo, dieta saudável e 
aderência aos medicamentos é determinante no sentido de se 
impedir novos problemas agudos, diminuindo, dessa forma, 
reinternações, descompensações cardíacas e prevenindo 
eventos futuros. O uso correto dos medicamentos já 
disponibilizados na rede SUS pode, com certeza, contribuir 
significantemente para atingir esses objetivos. A colocação 
desses temas nas aulas dos cursos tem por finalidade 
conscientizar os médicos da Rede sobre a grande quantidade 
de recursos hoje disponíveis para tratar o paciente do Sistema 
Único de Saúde27.
A Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) 
reconhece a necessidade de uma ação integrada contra 
as DCV e irá propor aos países membros que estabeleçam 
a meta global de reduzir a taxa de mortalidade por DCV 
em 20% na década de 2011-2020 em relação à década 
precedente2. 
No entender de Dobashi BF, manifestado no prefácio do 
livro “O cuidado das condições crônicas na atenção primária 
à saúde é imperativo da consolidação da estratégia da saúde 
da família”, de Mendes EV10, “Quebrar o paradigma do 
atendimento ao episódio agudo, da cura para o cuidado 
contínuo às condições crônicas, da atenção à saúde com o 
envolvimento do cidadão e da sociedade, é, sem dúvida, 
um grande desafio. Um sistema de saúde precisa cuidar das 
pessoas para que elas não adoeçam e não apenas cuidar de 
doentes e de doenças”.
Ao levar em consideração o enorme custo social 
das DCNT, muito bem evidenciado anteriormente, o 
enfrentamento destas doenças passou a ser agenda de 
todos os governos, que pactuaram, em setembro de 2011, 
na Assembleia Geral das Nações Unidas, uma proposta 
de redução de mortalidade por DCNT de 2% ao ano 
até 2022.
A Sociedade Brasileira de Cardiologia, que congrega 
cerca de 13.000 cardiologistas, assumindo seu papel de 
liderança no combate às DCNT, propõe uma parceria com 
o Ministério da Saúde a fim de implementar políticas de 
saúde pública voltadas para a prevenção e controle das 
DCNT. A educação continuada de profissionais de saúde, 
que atuam nos diferentes níveis de complexidade de 
nosso Sistema Único de Saúde (SUS), oferece a base para 
consolidar essas ações sociais que impactarão na história 
natural dessas enfermidades, modificando sua prevalência e 
reduzindo suas taxas de mortalidade e morbidade por meio 
de medidas que visem à prevenção primária e secundária 
das doenças cardiovasculares que representam hoje o 
maior percentual das DCNT, bem como para implementar 
ações de prevenção de doença e promoção de saúde na 
população de risco, no entorno das Unidades Básicas de 
Saúde (UBS), que deveriam ser a porta de entrada do SUS, 
conforme o modelo de atenção às condições crônicas10 
(Figura 1), levando-se sempre em consideração a pirâmide 
de risco (Figura 2 )10,28,29.
Este curso oferece uma ferramenta conjunta para 
que melhoremos o cuidado com os pacientes agudos e 
para que possamos passar a cuidar melhor dos pacientes 
crônicos em total consonância com as recentes Linhas de 
Cuidado do Ministério da Saúde para as duas situações. 
A implementação efetiva das medidas preconizadas nas 
Linhas de Cuidado só alcançará sucesso se houver um 
claro entendimento, por parte dos profissionais que atuam 
nos diferentes níveis de complexidade do sistema, quanto 
ao seu papel no contexto geral e, em consequência, 
haverá uma atenção com melhor qualidade, resultado da 
qualificação da rede de atendimento ambulatorial e das 
urgências e emergências do Sistema Único de Saúde.
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Editorial
Andrade e cols.
Programa de Qualificação em Doenças Cardiovasculares
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Fonte: Vilaça10
Figura 1- Modelo de Atenção às Condições Crônicas.
SUBPOPULAÇÃO COM CONDIÇÃO 
CRÔNICA MUITO COMPLEXA
SUBPOPULAÇÃO COM CONDIÇÃO 
CRÔNICA COMPLEXA
SUBPOPULAÇÃO COM CONDIÇÃO 
CRÔNICA SIMPLES E/OU COM 
FATOR DE RISCO BIOPSICOLÓGICO
SUBPOPULAÇÃO COM FATORES 
DE RISCO LIGADOS AOS 
COMPORTAMENTOS E ESTILOS DE VIDA
POPULAÇÃO 
TOTAL
MODELO DA PIRÂMIDE 
DE RISCOS
FONTE: MENDES27
NÍVEL 5:
GESTÃO DE
CASO
NÍVEL 4: GESTÃO
DA CONCIÇÃO DE
SAÚDE
NÍVEL 3:
GESTÃO DA CONDIÇÃO
DE SAÚDE
NÍVEL 2:
INTERVENÇÕES DE PREVENÇÃO DAS
CONDIÇÕES DE SAÚDEMODELO DE ATENÇÃO
CRÔNICA
NÍVEL 1:
INTERVENÇÕES DE PROMOÇÃO DA SAÚDE
DETERMINANTES
SOCIAIS INDIVIDUAIS
COM CONDIÇÕES DE
SAÚDE E/OU FATOR DE
RISCO BIOPSICOLÓGICO
ESTABELECIDO
RELAÇÃO
AUTOCUIDADO/ATENÇÃO
PROFISSIONAL
DETERMINANTES SOCIAIS
DA SAÚDE PRÓXIMAS
DETERMINANTES SOCIAIS DA
SAÚDE INTERMEDIÁRIOS
MODELO DA DETERMINAÇÃO
SOCIAL DA SAÚDE
Fonte: Department of Health28; Porter e Kellogg29.
Figura 2- Pirâmide de Risco.
GESTÃO
DE CASO
GESTÃO DA
CONDIÇÃO DE SAÚDE
AUTOCUIDADO
APOIADO
NÍVEL 3
1-5% de pessoas
com condições
altamente complexas
NÍVEL 2
20-30% de pessoas
com condições complexas
NÍVEL 1
70-80% de pessoas
com condições simples
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Formato do curso/modelo das aulas /
avaliação:
Curso Virtual e Presencial de HAS, IAM, AVE e IC
Descrição
Este Plano consiste em uma Parceria da Sociedade 
Brasileira de Cardiologia (SBC) e do Ministério da Saúde, 
com o objetivo de realizar a Qualificação de Médicos e 
demais Profissionais de Saúde no atendimento das doenças 
cardiovasculares mais prevalentes, bem como enfatizar a 
importância da prevenção de doenças e promoção de saúde 
na população de risco.
O público-alvo a ser impactado por este Plano será 
composto inicialmente por médicos que atuam nos diferentes 
níveis de complexidade do SUS.
Este Treinamento será desenvolvido através de um tripé 
de atividades, composto por:
• Curso Virtual
• Curso Presencial
• Curso de Simulação Realística – TECA A (Médicos)
A metodologia utilizada nestes treinamentos pretende 
oferecer aos participantes informações e conceitos 
sedimentados nas Diretrizes Brasileiras Cardiovasculares, 
fornecendo informações práticas e úteis através da realidade 
dos casos clínicos e adaptando estes procedimentos ao dia a 
dia do Serviço Público de Saúde.
Atividades do Plano de Capacitação
Público - Médicos
(1) Curso Virtual
A SBC disponibilizará, mediante acesso via senha, 
dentro do Portal da Universidade Corporativa da SBC, 
Curso Virtual com a seguinte abordagem: o médico poderá 
realizar este treinamento no momento que sua agenda 
permitir. A Introdução Virtual pré-presencial terá conteúdo 
expositivo com duração total de 4 horas (uma hora para 
cada capítulo: IAM, AVC, HAS, IC, respectivamente). O 
Curso Virtual pós-presencial terá conteúdo expositivo 
correspondente à carga horária total de 9 horas, havendo 
uma consideração de carga total de 18 horas para o módulo 
todo, levando-se em conta o tempo de assimilação e 
fixação do conteúdo (uma hora de estudo para cada hora 
de apresentação formal).
Além do conteúdo das aulas, os médicos terão acesso, dentro 
do ambiente virtual, na íntegra, às Diretrizes, aos Protocolos do 
MS e aos Exercícios de Fixação de Aprendizagem.
A cada módulo, no momento em que o médico entenda 
que conseguiu absorver os conceitos repassados, o mesmo 
acessará a área destinada à Avaliação do Participante e 
realizará um Teste on-line, composto de 10 (dez) questões.
Os módulos serão divididos em pré-presenciais e pós-presenciais. 
O objetivo do módulo pré-presencial é a introdução dos 
conhecimentos necessários e o pós-presencial a fixação desses 
conhecimentos. Idealmente, a realização do curso virtual 
pré-presencial possibilitaria um melhor aproveitamento do curso 
presencial e seria muito importante, para um maior rendimento 
do presencial, que os médicos participantes já viessem com um 
mínimo de conhecimento e com dúvidas a serem respondidas.
Ao final dos 8 módulos pós-presenciais, os médicos que 
obtiverem média igual ou superior a Nota 7 (sete) receberão 
um Certificado de Aprovação da UC/SBC – Universidade 
Corporativa da SBC.
Aos médicos que não obtiverem Nota 7, será oferecida 
uma 2ª oportunidade de Avaliação, através de um Teste Final, 
composto por 60 (sessenta) questões, cuja aprovação também 
será com nota igual ou superior a 7 (sete).
Os médicos que não conseguirem Nota igual ou superior 
a 7 em nenhuma das 2 (duas) Avaliações pós-presenciais 
receberão um Certificado de Participação da UC/SBC – 
Universidade Corporativa da SBC.
Os participantes poderão acessar as informações do Curso 
Virtual durante um período de 90 (noventa dias).
(2) Curso Presencial
Baseado no conceito já consagrado do PEC – Programa 
de Educação Continuada da SBC, esta etapa do treinamento 
pretende confrontar os médicos participantes do curso com 
os principais formadores de opinião da cardiologia nacional, 
nas áreas correlacionadas ao IAM, HAS, AVE e IC. 
Estes treinamentos presenciais pretendem ser muito mais úteis 
que a simples exposição de informações, promovendo trocas 
de opiniões entre profissionais (palestrantes e participantes) e 
discutindo as principais dúvidas referentes à aplicabilidade dos 
conceitos das Diretrizes Cardiovasculares e Protocolos do MS. 
A troca de experiências com profissionais oriundos de estados 
onde os cursos serão realizados é fundamental para garantir a 
aplicabilidade prática futura dos temas abordados. 
Cada Curso Presencial terá um formato otimizado com 
duração de 14 horas, ministrados em dois dias, permitindo 
uma melhor adequação à agenda de trabalho dos médicos 
participantes. Serão eventos pragmáticos e objetivos, 
privilegiando a discussão e o debate. Para tanto, cada Curso 
contará com 8 palestrantes, assistidos por uma audiência 
máxima de 50 (cinquenta) participantes.
Outra alternativa a ser discutida seria a realização de dois 
cursos presenciais de um dia cada, ao invés de um curso 
presencial de dois dias. Preferimos a primeira alternativa, 
porém considerações logísticas e de custo poderiam tornar 
necessária uma discussão sobre a segunda alternativa.
(3) Curso de Simulação Realística - Treinamento de 
Emergências Cardiovasculares Básico e Avançado (TECA B 
e TECA A)
O correto atendimento inicial a um paciente vítima de 
parada cardiorrespiratória e situações que a antecipam pode 
reduzir de 7 a 10% o risco de sequelas e morte.
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Editorial
Andrade e cols.
Programa de Qualificação em Doenças Cardiovasculares
Arq Bras Cardiol. 2013;100(3):203-211
Com a expertise de ser a entidade pioneira na realização 
de Cursos de Emergências Cardíacas e Ressuscitação no Brasil, 
a SBC já treinou uma média de 15.000 (quinze mil) médicos 
e demais profissionais de saúde desde 1997.
O curso atual da SBC de Suporte Avançado de Vida, que 
se chama Treinamento de Emergências Cardiovasculares 
Avançado (TECA A), aborda o atendimento das principais 
emergências cardiovasculares, incluindo as diversas 
modalidades pré-parada cardiorrespiratória (arritmias 
potencialmente letais, o tratamento inicial do infarto agudo 
do miocárdio (IAM), do acidente vascular cerebral (AVC) e 
da insuficiência cardíaca descompensada); modalidades de 
parada cardiorrespiratória (fibrilação ventricular, taquicardia 
ventricular sem pulso, atividade elétrica sem pulso e assistolia) 
e o atendimento pós-parada cardiorrespiratória (hipotermia, 
estabilização hemodinâmica, respiratória e eletrolítica).
Através da reprodução de um ambiente de pronto 
atendimento hospitalar, utilizando manequins e outros 
equipamentos de simulação necessários, os alunos treinam 
de forma realística, com casos clínicos reais, via metodologia 
ativa, construindo seu aprendizado e trabalhando de forma 
prática, dessa maneira, reproduzindo situações do seu dia 
a dia, o que auxilia na fixação do aprendizado. Todo este 
trabalho capacita habilidades motoras, afetivas e cognitivas dos 
alunos em seus ambientes de trabalho, simulando situações 
reais com protocolos nacionais criados pela Sociedade 
Brasileira de Cardiologia e internacionais para otimização 
do aprendizado.
Cada Curso terá a duração de 2 (dois) dias, para um grupo 
de32 alunos, que são subdivididos em grupos de 8 alunos, 
que se revezam em 4 estações de treinamento.
Estratégia de Implementação do Curso 
Presencial
Cursos pré-congressos:
• Congresso Brasileiro de Cardiologia.
• Congresso das Sociedades Estaduais e Regionais.
• Congresso de Departamentos e grupos de estudo.
• Em datas e locais a serem definidos de acordo com as 
necessidades governamentais. 
Curso Virtual:
Veiculação por meio da Universidade Corporativa da SBC. 
Acesso: 
Portal da SBC
Revista Eletrônica da SBC
Avaliação de Resultados do Programa 
Avaliação pré-aplicação do curso
Avaliação pós-aplicação do curso presencial e virtual
Certificação
Avaliação de indicadores
Certificação
Métodos
Na data marcada para a capacitação, será realizado um 
pré-teste formulado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia 
para todos os médicos presentes. Este pré-teste constará de 
24 (vinte e quatro) questões objetivas de múltipla escolha, 
relativas à hipertensão arterial, infarto do miocárdio, insuficiência 
cardíaca e acidente vascular encefálico, onde serão abordados a 
epidemiologia, diagnóstico, farmacologia e tratamento de cada 
uma das entidades ofertadas para capacitação. O pré-teste terá 
uma duração de 25 (vinte e cinco) minutos.
Após o curso de capacitação, serão reservados outros 
25 (vinte e cinco) minutos para o pós-teste, o qual, na verdade, 
é uma repetição do pré-teste, com a diferença de que tanto as 
questões quanto as alternativas serão apresentadas de forma 
randômica ao capacitando, de modo que os profissionais já 
treinados terão de se fixar com maior atenção na resposta.
Tanto o pré quanto o pós-teste têm exclusivamente 
uma finalidade interna da SBC em avaliar o nível de 
conhecimento dos capacitandos, o desempenho dos 
palestrantes e a construção de uma melhoria contínua em 
se abordar os temas oferecidos pelo curso.
Os que obtiverem uma média final das três etapas igual ou 
superior a 6,0 (seis) serão considerados aprovados e receberão um 
certificado da Universidade Corporativa da Sociedade Brasileira 
de Cardiologia, além de (sugere-se) bônus, tanto por parte da 
Sociedade Brasileira de Cardiologia quanto do Ministério da Saúde.
Por parte da Sociedade Brasileira de Cardiologia: descontos 
na inscrição dos Congressos Brasileiro e Estaduais de 
Cardiologia, na aquisição do livro-texto da Sociedade Brasileira 
de Cardiologia, recebimento de material educativo, etc.
Por parte do Ministério da Saúde: a discutir.
Aqueles que não obtiverem aprovação deverão novamente 
ser submetidos a um novo Curso de Capacitação em data 
oportuna e cumprir novamente todas as etapas delineadas.
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Editorial
Andrade e cols.
Programa de Qualificação em Doenças Cardiovasculares
Arq Bras Cardiol. 2013;100(3):203-211
Divulgação do Programa
• Apresentação ao Ministério da Saúde, ao CONASS e 
CONASEMS e Comissão Intergestores Tripartite.
• Divulgação para as Secretarias Estaduais e Municipais 
de Saúde e COSEMSs.
• Divulgação à imprensa.
• Publicação nos Arquivos Brasileiros de Cardiologia.
• Apresentação do programa nos congressos da SBC. 
• Publicações internacionais.
Anexos
Realização
Sociedade Brasileira de Cardiologia
Diretoria de Promoção de Saúde Cardiovascular
Departamento de Hipertensão Arterial
Departamento de Insuficiência Cardíaca
Departamento de Cardiologia Clínica
Programa de Educação Continuada da SBC
Universidade Corporativa da SBC 
Comitê de Estruturação do Programa
Jadelson Pinheiro de Andrade 
Antonio Carlos de Camargo Carvalho 
Carlos Alberto Machado
Evandro Tinoco Mesquita (DCC)
Glaucia Maria Moraes de Oliveira
João David de Souza Neto (DEIC)
José Francisco Kerr Saraiva
Manoel Fernandes Canesin
Nelson Siqueira de Morais (CJTEC)
Weimar Sebba Barroso de Souza (DHA)
Grupos de Trabalho
• Epidemiologia e Custo Social do Problema
Coordenadores: 
Evandro Tinoco Mesquita (IAM)
João David de Souza Neto (IC)
Weimar Sebba Barroso de Souza (HA)
• Curso Virtual e Presencial de IAM, AVE, HAS e IC
Coordenadores: 
Antonio Carlos de Camargo Carvalho
Glaucia Maria Moraes de Oliveira
• Ações de Implementação do Programa
Coordenadores: 
Carlos Alberto Machado
Francisco Kerr Saraiva
• Custo-Benefício do Programa 
Coordenadores:
Jadelson Pinheiro de Andrade
Carlos Alberto Machado
Comercial SBC 
• Ações de Divulgação do Programa
Coordenadores:
Jadelson Pinheiro de Andrade
Manoel Fernandes Canesin
• Certificação e Avaliação de Resultados do Programa 
(pré-teste e pós-teste)
Coordenador:
Nelson Siqueira de Morais
Apresentação
Jadelson Pinheiro de Andrade
Contribuição dos autores
Concepção e desenho da pesquisa; Redação do manuscrito 
e Revisão crítica do manuscrito quanto ao conteúdo 
intelectual: Andrade JP, Mattos LA, Carvalho AC, Machado CA, 
Oliveira GMM; Obtenção de dados e Análise e interpretação 
dos dados: Andrade JP, Mattos LA, Carvalho AC, Oliveira 
GMM; Análise estatística e Obtenção de financiamento: 
Andrade JP, Mattos LA, Oliveira GMM.
Potencial Conflito de Interesses
Declaro não haver conflito de interesses pertinentes.
Fontes de Financiamento
O presente estudo não teve fontes de financiamento externas.
Vinculação Acadêmica
Não há vinculação deste estudo a programas de pós-graduação.
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211
Artigo Especial
Prescrição de Terapias Baseadas em Evidências para Pacientes de 
Alto Risco Cardiovascular: Estudo REACT
Evidence-Based Therapy Prescription in High-Cardiovascular Risk Patients: The REACT Study
Otávio Berwanger1, Luiz Alberto Piva e Mattos2,3,4, José Fernando Vilela Martin5, Renato Delascio Lopes6, Estevão 
Lanna Figueiredo7, Daniel Magnoni3, Dalton Bertolim Precoma8, Carlos Alberto Machado9, Jorge Ilha Guimarães2, 
Jadelson Pinheiro de Andrade2,10 
Hospital do Coração1, São Paulo, SP; Sociedade Brasileira de Cardiologia2, Rio de Janeiro, RJ; Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia3, 
São Paulo, SP; Unidades de Hemodinâmica e Intervenção Cardiovascular Rede D’Or / São Luiz4 - Recife, São Paulo e Santo André; Hospital 
de Base5, São José do Rio Preto, SP; Centro de Pesquisa Clínica das Disciplinas de Clínica Médica e Cardiologia da UNIFESP6, São Paulo, 
SP; Hospital Lifecenter7, Belo Horizonte, MG; Sociedade Hospitalar Angelina Caron8, Campina Grande do Sul, PR; Ambulatório Médico de 
Especialidades Maria Zélia9, São Paulo, SP; Hospital da Bahia10, Salvador, BA – Brasil
Resumo
Fundamento: Dados de atendimento ambulatorial ao paciente de alto risco cardiovascular no Brasil são insuficientes.
Objetivo: Descrever o perfil e documentar a prática clínica do atendimento ambulatorial de pacientes de alto risco 
cardiovascular no Brasil, no que diz respeito à prescrição de terapias baseadas em evidências. 
Métodos: Registro prospectivo que documentou a prática clínica ambulatorial de indivíduos de alto risco cardiovascular, 
que foi definido como a presença de um dos seguintes fatores: doença arterial coronariana, cerebrovascular e vascular 
periférica; diabetes; ou aqueles com pelo menos três dos seguintes fatores: hipertensão arterial, tabagismo, dislipidemia, 
maiores 70 anos, histórico familiar de doença arterial coronariana, nefropatia crônica ou doença carotídea assintomática. 
Foram avaliadas características basais e a taxa de prescrição das intervenções medicamentosas e não medicamentosas.
Resultados: Foram incluídos 2.364 pacientes consecutivos, sendo 52,2% do gênero masculino, idade média de 
66,0 anos (± 10,1). Dentre os pacientes incluídos, 78,3% utilizavam antiplaquetários, 77,0% estatinas e, dos 
pacientes com história de infarto do miocárdio, 58,0% receberam betabloqueadores. O uso concomitante destas 
três classes foi de 34%. Não atingiram as metas preconizadas pelas diretrizes 50,9% dos hipertensos, 67% 
dos diabéticos e 25,7% dos dislipidêmicos. Os principais preditores de prescrição de terapias com benefício 
comprovado foram centro com cardiologista e histórico de doença arterial coronariana.
Conclusão: Este registro nacional e representativo identificou hiatos importantes na incorporação de terapias com benefício 
comprovado, oferecendo um panorama real dos pacientes de alto risco cardiovascular (Arq Bras Cardiol. 2013;100(3):212-220).
Palavras-chave: Doenças Cardiovasculares / mortalidade, Revisão, Estudos Transversais, Fatores de Risco, Prescrição de 
Medicamentos, Ensaios Clínicos Controlados Aleatórios como Assunto.
Abstract
Background: Data on outpatient care provided to patients at high cardiovascular risk in Brazil are insufficient.
Objective: To describe the profile and document the clinical practice of outpatient care in patients at high cardiovascular risk in Brazil, regarding 
the prescription of evidence-based therapies.
Methods: Prospective registry that documented the ambulatory clinical practice in individuals at high cardiovascular risk, which was defined as the 
presence of the following factors: coronary artery disease, cerebrovascular and peripheral vascular diseases, diabetes, or those with at least three 
of the following factors: hypertension, smoking, dyslipidemia, age > 70 years, family history of coronary artery disease, chronic kidney disease or 
asymptomatic carotid artery disease. Basal characteristics were assessed and the rate of prescription of pharmacological and non-pharmacological 
interventions was analyzed.
Results: A total of 2364 consecutive patients were included, of which 52.2% were males, with a mean age of 66.0 years (± 10.1). Of these, 78.3% used 
antiplatelet agents, 77.0% used statins and of patients with a history of myocardial infarction, 58.0% received beta-blockers. Concomitant use of these 
three classes ofdrugs was 34%; 50.9% of hypertensive, 67% of diabetic and 25.7% of dyslipidemic patients did not achieve the goals recommended 
by guidelines. The main predictors of prescription therapies with proven benefit were centers with a cardiologist and history of coronary artery disease. 
Conclusion: This national and representative registry identified important gaps in the incorporation of therapies with proven benefit, offering a 
realistic outlook of patients at high cardiovascular risk (Arq Bras Cardiol. 2013;100(3):212-220).
Keywords: Cardiovascular Diseases / mortality; Review, Cross-Sectional Studies; Risk Factors; Drug Prescriptions; Randomized Controlled Trials as Topic.
Full texts in English - http://www.arquivosonline.com.br
Correspondência: Otávio Berwanger •
Instituto de Ensino e Pesquisa – HCor, Rua Abilio Soares, 250, 12º andar, Paraíso. CEP 04005-000, São Paulo, SP - Brasil
E-mail: otavioberwanger@yahoo.com.br, oberwanger@hcor.com.br 
Artigo recebido em 11/01/13, revisado em 11/01/13; aceito em 18/02/13.
DOI: 10.5935/abc.20130062
212
Artigo Especial
Berwanger e cols.
Dados de baseline do registro REACT
Arq Bras Cardiol. 2013;100(3):212-220
Introdução
A projeção do estudo Global Burden of Diseases1 para 2020 
indica que as doenças cardiovasculares permanecerão como 
a causa principal de óbito e de incapacidade, principalmente 
nos países em desenvolvimento. No Brasil, essa incidência vem 
aumentando ao longo dos anos e, em paralelo, os gastos dedicados 
ao tratamento têm sido progressivamente maiores, tanto na esfera 
do atendimento público quanto na Saúde Suplementar2-4.
Diversos ensaios clínicos randomizados de grande porte 
e revisões sistemáticas demonstraram que, em pacientes 
de alto risco cardiovascular, o benefício de fármacos, como 
as estatinas, estende-se mesmo a pacientes com níveis de 
colesterol normais5; os antiplaquetários são capazes de reduzir 
eventos cardiovasculares maiores, mesmo em indivíduos 
sem manifestações clínicas de aterosclerose6, e diversos 
anti-hipertensivos, particularmente os inibidores da enzima 
conversora de angiotensina (IECA), apresentam potencial para 
redução de eventos cardiovasculares, mesmo em pacientes 
sem critérios diagnósticos de hipertensão arterial sistêmica7. 
Adicionalmente, intervenções não farmacológicas, como dietas 
cardioprotetoras, cessação do tabagismo e atividade física 
regular, apesar dos dados serem menos robustos do que de 
estudos com terapia farmacológicas, também estão associadas 
à redução de desfechos clinicamente relevantes8-22.
Dada a importância da utilização de terapias baseadas em 
evidência para redução de risco cardiovascular, é fundamental 
avaliar a prática clínica diária. Registros internacionais vêm 
demonstrando importantes hiatos na incorporação de 
recomendações de diretrizes no mundo real . Até o momento, 
nenhum registro totalmente brasileiro documentou a prática 
clínica em relação ao atendimento de indivíduos de alto risco 
cardiovascular em uma amostra representativa e ampla, o 
qual contemplasse tanto centros públicos quanto privados de 
todas as regiões do Brasil. Assim, o objetivo deste estudo foi 
documentar a prática clínica vigente por meio dos padrões 
de prescrição das intervenções baseadas em evidência em 
pacientes de alto risco cardiovascular no Brasil.
Métodos
A metodologia completa do REACT já foi previamente 
publicada23. De forma sucinta, trata-se de um estudo 
observacional transversal do tipo registro, prospectivo, com 
seguimento longitudinal de pacientes e avaliação cega dos 
desfechos. Esse projeto foi planejado e coordenado pela 
Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), contando com a 
participação de centros públicos e privados de todas as regiões 
brasileiras e respeitando a distribuição populacional de acordo 
com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
(IBGE). Foram convidados a participar centros públicos e 
privados, universitários e não universitários, tanto de capitais 
quanto de cidades do interior, desde que preenchessem os 
requisitos mínimos de Boas Práticas de Pesquisa Clínica.
População de estudo (critérios de elegibilidade)
Foram incluídos indivíduos consecutivos de ambos os 
gêneros, maiores de 45 anos, portadores de pelo menos um 
dos critérios para enquadramento no alto risco cardiovascular: 
doença arterial coronariana (DAC), doença cerebrovascular, 
doença vascular periférica e diabetes melito. Além disso, 
também foram incluídos pacientes com pelo menos três 
fatores de risco para aterosclerose: hipertensão arterial, 
tabagismo, dislipidemia, idade acima de 70 anos, histórico 
familiar de DAC, nefropatia crônica ou doença carotídea 
assintomática. Todos os pacientes incluídos estavam em 
seguimento ambulatorial.
Foram excluídos os pacientes com condições psiquiátricas 
ou neurocognitivas que impedissem a obtenção de dados 
clínicos fidedignos (definida pelo julgamento clínicos dos 
investigadores), assim como pacientes com neoplasias de 
evolução clínica desfavorável.
Desfechos de interesse
O desfecho primário referente à presente análise foi a 
proporção de pacientes em uso de terapias baseadas em 
evidência (definidas como uso concomitante de antiplaquetários, 
estatinas e IECA) durante visita de baseline do estudo REACT, 
sendo considerado como taxa mínima de prescrição 90%.
Demais desfechos incluíram: proporção de pacientes que 
recebeu orientações quanto a medidas de modificação de estilo 
de vida (cessação do tabagismo, prática de atividade física e 
orientações nutricionais) e proporção de pacientes que recebeu 
cada uma das seguintes medicações individualmente, durante visita 
de baseline: estatinas, antiplaquetários, IECA, betabloqueadores 
(análise restrita a pacientes com história de infarto do miocárdio) 
e diuréticos tiazídicos (em pacientes hipertensos).
Adicionalmente, foi calculada a taxa de pacientes 
hipertensos e dislipidêmicos com níveis controlados dentro das 
metas terapêuticas preconizadas, conforme as recomendações 
da SBC.
Controle de qualidade dos dados
Os centros foram treinados, no que diz respeito aos 
procedimentos do estudo e sistema eletrônico, de maneira 
presencial ou por telefone, pela equipe de coordenação. 
O controle de qualidade dos dados foi realizado por 
diversas estratégias, como utilização de sistema de 
captura eletrônica de dados, checagem estatística central 
das variáveis coletadas, envios periódicos de relatórios 
contendo status dos pacientes aos centros participantes 
e checagem direta de 10% dos prontuários dos cinco 
centros de maior recrutamento. Adicionalmente foram 
checados 20% dos prontuários de 20% dos demais 
centros escolhidos aleatoriamente dentro de cada região 
demográfica nacional.
Por fim, foram realizadas reuniões semestrais presenciais, 
com o objetivo de atualizar o status e discutir, entre os 
investigadores participantes, os pontos relevantes do registro. 
Cálculo de tamanho de amostra
A fim de detectar uma proporção de 40% para a 
ocorrência do desfecho primário, considerando-se erro 
amostral de 2%, um alfa bicaudal de 5% e um poder 
estatístico de 90%, foi necessária, então, a inclusão de, pelo 
menos, 2.305 pacientes.
213
Artigo Especial
Berwanger e cols.
Dados de baseline do registro REACT
Arq Bras Cardiol. 2013;100(3):212-220
Figura 1 - Perfil de atendimento assistencial. Análise considerando um total de 2.364 pacientes.
31,0%
28,6%28,6%
40,5% mista
pública
suplementar
Análise estatística
As variáveis quantitativas foram descritas por média e desvio-
padrão, e variáveis qualitativas foram apresentadas por frequências 
absolutas e relativas. Os desfechos primários e secundários foram 
descritos por estimativas ponderadas pelo número de pacientes 
de cada centro, que variou de 3 a 213. A avaliação da associação 
entre uso concomitante de

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