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RENAN FREITAS – MEDICINA UFGD 2019 RENAN FREITAS – MEDICINA UFGD 2019 RENAN FREITAS – MEDICINA UFGD 2019 Fármacos antibacterianos Dificuldade em penetrar as camadas das bactérias gram negativa, dificulta os uso de certos antibióticos. Pseudomonas aeruginosa é a causa de morte em pacientes com queimaduras e ferimentos. Sulfonamidas Usados hoje em dia – Sulfametoxazol ( combinação com trimetropima ) = Cotrimoxazol ( também usada para pneumonia em pacientes com AIDS. ) As sulfonamidas age na síntese do ácido fólico que produz o DNA e RNA nas bactérias. Elas competem com o PABA São bacteriostática, inibem o crescimento da bactéria. Fármacos passam para os exsudatos inflamatórios e cruzam as barreiras placentárias e hematoencefálicas. Sulfonamida + pirimetamina , para malária e toxoplasmose. Sulfadiazina argêntica para queimaduras. Trimetoprima Antagonista do folato. Age contra protozoários e é bacteriostática. Alcança elevadas concentrações nos pulmões e rins, e boas no Licor. Antibióticos Beta-lactâmicos Penicilina Todos B-lactâmicos atuam na síntese da peptideoglicano da parede celular bacteriana. Penicilina G ( Benzilpenicilina –benzetacil, pode ser usada para sífilis ) pouca absorção no TGI, melhor administrada intramuscular. Ela é susceptível a Beta lactamase. Absorção via oral é afetada por alimentos, deve ser administrado +1 hora antes das refeições. Benzatina e procaína mantém níveis séricos por até 10 dias no organismo, suficientes para tratar estreptococos B- hemolíticos. Causadores da faringite. Pouca penetração no olho, próstata e SNC. Fármaco de escolha para estrepto, meningococos, alguns enterococo, pneumococo , estafilo não produto de b- lactamase, treponema pallidium, algumas espiroquetas , clostridium, actinomicetos e bastonetes Gram +. Impede a síntese da parede celular inibindo a transpeptidase da parede Penicilia V, forma oral, é indicada para infecções menores. Mas usa-se amoxicilina. Resistentes a beta-lactamase – meticilina, flucloxacilina, Isoxazolil-penicilina ( oxaciclina- infecções sistêmicas graves por estafilococos) Largo/amplo espectro – Aminopenicilina(ampicilina, amoxicilina ”melhor absorção oral), carboxipenicilina, ureidopenicilina,”. São combinadas com inibidor da b-lactamase o ácido clavulânico. Apresentam maior capacidade sobre as Gram negativas Amoxicilina-infecções do trato urinária, otite, vias respiratórias inferiores. Ampicilina – E. coli, e salmonella. Espectro estendido – ticarcilina, piperacilina. Possuem atividade antipseudomônica. São amplamente difundidas no corpo, articulações, pleura, pericárdio, bile, saliva, leite. Não são lipossolúveis e não passam a barreira hematoencefálica. RENAN FREITAS – MEDICINA UFGD 2019 Erupções cutâneas são comuns. CEFALOSPORINA E CEFAMICINAS Assemelham-se as penicilinas, porém são mais estáveis em relação as B-lactamases bacterianas. 1ª Geração – cefazolina, cefalexina, cefapirina e cefadrina – bons contra G+, como pneumococo, estreptococo e estafilococo. E. coli, K. pneumoniae e Proteus são sensíveis 2ª Geração – Cefaclor, cefamandol. Cefonicida – boa para G -. Ativas contra H. Influenzae ou Moraxella catarrahalis , produtoras de B-lactamase. Tratamento de sinusite, otite e infecções das vias aéreas inferiores. 3ª Geração – cefoperazona, ceftriaxona – efetivas contra cepas de Haemophilus e Neisseria. Ceftazidima e cefoperazona são as únicas úteis contra P. aeruginosa. Deve-se evitar o uso da 3ª geração em Enterobacter. Ceftriaxoma – meningite. 4ª Geração – cefepima – boa atividade contra P.auruginosa, Enterobacter, S.aureus, S. pneumoniae. Penetra no Licor. Meia vida de 2 horas. Cefalosporina que contem grupo metiltiotetrazol ( cefamandol, cefmetazol, cefotetana e cefoperazona) podem causar hipoproteinemia e distúrbios hemorrágicos. Isso pode ser evitado administrando Vitamina K, 10 mg duas vezes por semana. Outros fármacos B-Lactâmico Monobactâmico (Aztreonam ) – limita-se a bastonetes gram negativos aeróbios, Pseudomonas auruginosa. Não apresenta atividade contra gram positivos ou anaeróbios. Alérgicos a penicilina toleram o aztrenam. Pois ele pode ser usado para infecções graves, pneumonia, meningite e sepse causada por gram negativos. Inibidores da b-lactamase – acido clavulânico, sulbactam e tazobactam São potentes inibidores das b-lactamases, protegendo as penicilinas contra a inativação. Não são muito eficaz contra Enterobacter, citrobacter, P. aeruginosa Carbapenéns - doripeném, ertapeném, imipeném e meropeném Efetivos contra Bastonestes gram negativo – p. aeruginosa. Imipeném são Inativados nos túbulos renais, logo, baixa concentração na urina. Para evitar a inativação se usa cilastatina. RENAN FREITAS – MEDICINA UFGD 2019 Doripeném e meropeném , parecem o imipeném, mas maior atividade contra gram negativos e menor contra positivos. Eles penetram nos tecidos e líquidos corporais Antibióticos Glicopeptídicos Vancomicina - Só é ativa contra gram positivos. Elimina os resistentes a nafcilina e meticilina Pouco absorvida via oral Uso parenteral é para infecções sanguíneas e endocardite causada por estafilococos resistentes a meticilina. Mas não é tão efetiva quanto a penicilina. Ela é alternativa, em associação com gentamicina, para alérgicos a penicilina. Em associação com Ceftriaxona para meningite ou pneumococo resistente a penicilina. Razoável penetrabilidade cerebroespinal. Excreção de 90% inalterado na urina. Reação adversa é uma flebite local da injeção. Rara ototoxicidade e nefrotoxicidade. Síndrome do homem vermelho, ruborização, pela liberação de histamina quando há rápida infusão. Reposta clinica mais satisfatória da vancomicina em relação ao metronidazol para C. difficile Ela se liga a extremidade terminal D-Ala-D-Ala do peptideoglicano em crescimento e inibe a síntese da parede celular, impedindo as ligações cruzadas. Teicoplanina Igual à vancomicina, mas pode ser administrada IM. Telavancina Para infecções complicadas de pele e tecidos moles Deve ser evitada em mulheres gestantes por ser teratogênica. Daptomicina Ativa contra S. aureus resistentes a vancomicina. Bacitracina – muito nefrotóxica se administrada via sistêmica, assim é apenas utilizada topicamente em conjunto com neomicina . Infecções de pele e mucosas. Também usada em infusão em soro fisiológico para irrigação da articulação ou cavidade pleural. Ela inibe a formação da parede celular interferindo na desfosforilação no ciclo transportado de lipídeos. RENAN FREITAS – MEDICINA UFGD 2019 RENAN FREITAS – MEDICINA UFGD 2019 TETRACICLINA Inibem a síntese proteica bacteriana Bacteriostáticos de largo espectro Se liga aos 30s Ativas contra Gram + e – e alguns anaeróbios, riquétsias, clamídias e micoplasma MECANISMO DE RESISTÊNCIA Influxo comprometido ou efluxo aumentado por meio de uma bomba proteica , proteção do ribossomo contra a ligação da tetraciclina, inativação enzimática. Tigeciclina má absorvida oral Parte das tetraciclina permanece na luz do intestino, altera a flora e é excretada nas fezes. Absorção na parte superior do delgado. Ela é prejudicada por alimentos ( exceto a doxaciclina ) Minociclina atinge altas concentrações nas lagrimas e na saliva, boa para erradicar meningocócico. Atravessam a placenta, excretadas no leite. Pela quelacão com cálcio danificam ossos e dentes Álcool, barbitúricos encurtam a meia vida da doxaciclina Excretadas principalmente na bile e na urina São de ação curta – tetraciclina, média – metaciclina longa – doxiciclina USO CLINICO Para Riquétsia,micoplasma pneumoniae, clamídias e algumas espiroquetas. Usadas para acne, pneumonia adquirida na comunidade , doença de Lyme, leptospirose, e algumas micobacterias não tuberculosas. Não se usa mais para gonococo por causa da resistência. Demeclociclina Inibe a ação do hormônio antidiurético no túbulo renal e é usadas para tratar tumores que fazem fazem a secreção desse hormônio. RENAN FREITAS – MEDICINA UFGD 2019 Tigeciclina Sensíveis: estafilococos coagulase-negativo, S. aureus, estreptococos, enterococos, bastonetes gram + , clamídia m, Legionella e micobactérias de crescimento rápido. Proteus e P. aeruginosa são resistentes. Boa distribuição tecidual e intracelular Boa para infecções de pele, intra-abdominais. Baixa concentração na urina, não sendo efetiva para infecções do trato urinário. EFEITOS COLATERAIS Náuseas, vômitos, diarreia. Por alterar a flora intestinal pode acometer outras bactérias no paciente, clamídia vaginal, colite. Pois há um crescimento de pseudomonas, Proteus, estafilo, clostrídeos. Se ligam ao cálcio nos ossos e dentes em crianças pequenas, na gravidez pode se depositar nos dentes fetais, nos ossos e causar deformidades e inibir o crescimento. EVITAR NA GRAVIDEZ Necrose hepática em pessoas com insuficiência hepática, com doses de 4g/dia IV. I.V pode levar a trombrose venosa, IM produz dor e irritação loca e deve ser evitada MACROLÍDEOS Eritromicina – ação inibitória ou bactericida Age no 50s Ativa contra gram +, principalmente pneumococo, estrepto, estafilo e corinebactérias. Micoplasma, clamídia, h. Pylori, Neisseria, bordetella, bartonella, treponema pallidium. A resistência é por permeabilidade reduzida da membrana celular ou modificação do sitio de ligação ribossoma. A eritromicina base é destruída pela suco gástrico, logo precisa de um revestimento entérico Alimento interfere na absorção Não é removida por diálise, não há necessidade de ajuste de dose em insuficiência renal. Grande excreção na bile e nas fezes, apenas 5% na urina. Boa distribuição nos líquidos, exceto no cérebro e LICOR. Atravessa a placenta USO CLÍNICO Escolha para difteria, infecções respiratórias, neonatais, oculares ou genitais por clamídia e para pneumonia adquirida na comunidade, por ela mata os pneumococos M. pneumoniae e L. pneumophila. Útil para pessoas alérgicas a penicilina Para tratamento profilático em procedimentos odontológicos, evitando a endocardite em pessoas com problemas valvulares (A clindamicina também) REAÇÕES ADVERSAS Anorexia, náuseas, diarreias e vômitos são comuns. A intolerância intestinal pela estimulação da motilidade intestinal é o motivo para a troca do fármaco. Pode produzir hepatite colestática aguda, febre, icterícia, comprometimento da função hepática. Metabolitos da eritromicina inibem a P450, causando concentração séricas de outros fármacos, varfarina, metilprednisolona. CLARITROMICINA Derivada da eritromicina, melhor absorção oral e estabilidade ácida. Ela é mais ativa contra micobactéria avium Também possui atividade contra m. leprae, T. gondii e H. influenzae Metabolizada no fígado e seu metabolito ainda possui atividade antibacteriana. Menor intolerância gastrointestinal e menos doses, comparando com eritromicina AZITROMICINA Ativa contra M. avium e T. gondii RENAN FREITAS – MEDICINA UFGD 2019 Menos ativa contra estafilo e estrepto, em comparação com a eritro e claritro. Mas melhor contra Influenzae Boa para clamídia Boa penetração nos tecidos, menos licor, e quantidade é de 10 a 100x maior que no soro Meia vida longa de 3 dias, assim doses únicas diárias e menor tempo de duração do tratamento. EX: para uretrite e cervicite por clamídia, única dose de 1 g de Azitromicina corresponde a 7 dias de doxiciclina Pneumonia adquirida na comunidade dose de 500mg ( ataque ) e dose diária de 250mg por 4 dias seguidos Antiácidos apenas retardam a absorção, ela deve ser tomada 1 hora antes das refeições. Não inativa as enzimas do p450, logo não há interação com acontece com as duas anteriores. CLINDAMICINA Se liga ao 50s Age em estrepto, estafilo e pneumococos. Enterococos e aeróbios gram negativos são resistentes Resistência pela inativação enzimática dela Não penetra cérebro e licor Penetra bem em abscessos e concentrada por células fagocíticas Metabolizada no fígado , excreção na bile e urina Usada para infecções cutâneas e tecidos moles causado por estreptococos e estafilococos Associada com aminoglicosídeos ou Cefalosporina para tratar lesões penetrantes no abdômen e do intestino, para infecções do trato geniturinário feminino por aborto séptico ou doença inflamatória pélvica. Mais recomendada, para alérgicos a penicilina, que a eritromicina para endocardite em processos odontológicos. Associada com primaquina é alternativa para o sulfametoxazol-trimetoprima no tratamento para pneumonia moderada a grave por Pneumocistis jiroveci em pacientes com aids. CLORANFENICOL Inibidor da síntese proteica da bactéria, se liga ao 50s Bacteriostático de largo espectro contra Gram +-, anaeróbios e aeróbios, mas não contra clamídia. Distribuição para quase todos os tecidos e líquidos orgânicos, inclusive SNC e LICOR. Em neonatos de menos de uma semana e lactentes prematura há uma depuração inapropriada, logo a dose deve ser menor nesses indivíduos. A droga se inativa com acido glicurônico no fígado o qual falta nesses Neonato. Usado topicamente para infecções oculares, por sua boa penetração nos tecidos oculares e no humor aquosos, Ineficaz para infecções por clamídias. Náuseas, vômitos e diarreias, também provoca uma supressão da produção de eritrócitos. Neonatos ocorre a síndrome do bebe cinzento, com vômitos, flacidez, choque, colapso vascular e cor acinzentada no bebê. Pelo acúmulo, em caso de doses altas. Inibe enzimas hepáticas que degradam outros fármacos. OXAZOLIDINONAS Linezolida Usada para infecções E. Faecium resistentes a vancomicina, pneumonia nosocomial, adquirida na comunidade e infecções de pele e dos tecidos moles por bactérias gram +. Efeito colateral hematológico, trombocitoneia ( diminuição das plaquetas ), Evitar o uso com agentes serotoninérgicos, ISRS. RENAN FREITAS – MEDICINA UFGD 2019 RENAN FREITAS – MEDICINA UFGD 2019 AMINOGLICOSÍDEOS São inibidores bactericidas da síntese proteica que interferem na função ribossoma Uteis para gram negativos São as estreptomicina, neomicina, gentamicina. São inibidores irreversíveis da sínteses proteica Se ligam ao 30s – fazendo que haja uma leitura errônea do RNAm, clivagem dos polissomas em monossomas não funcionais Mal absorvidos no trato gastrointestinal, e quase totalmente excretada nas fezes pós ingesta oral. Via IM demora 30 a 90 min para atingir uma concentração máxima no sangue Normalmente por via IV com infusão de 30 a 60 min. Meia vida 2-3 horas, mas com pacientes com comprometimento renal pode ir até 48 horas. Maior eficácia com uma grande dose única do que varias doses menores, pois quanto mais se aplica mais ele vai matando. Alto efeito quando administrado junto com um que é ativo contra a parede ( b-lactâmicos ou vancomicina ) Depuração igual da CK Evita-se dose única quando há função renal comprometida São usados em sua maioria contra bactérias entéricas gram negativas Usados com penicilina para endocardite enterocócica e para encurtar o a duração do tratamento do estreptococo viridans. ESTREPTOMICINA Há muita resistência na atualidade Usado como agente de segunda linha para tuberculose Deve ser empregada com outros antibióticos Infecções não tuberculosas – na tularemia, brucelose ela é administra IM em combinaçãocom tetraciclina oral. RENAN FREITAS – MEDICINA UFGD 2019 Penicilina com estreptomicina é efetiva contra endocardite renterocócica , terapia de duas semanas pelo viridans A gentamicina substitui em grande parte a estrepto. Mas estrepto continua útil, pois há cepas de enterococicos resistentes a gentamicina e essas serão sensíveis a estrepto. Reações de febre, erupções cutâneas e outras alergias podem resultar da hipersensibilidade á estrepto. Efeito tóxico mais grave é vertigem e perda do equilíbrio. Mas isso se relaciona com o estado do paciente, idade, duração de administração. GENTAMICINA Efetiva contra Gram + e – Não tem atividade contra anaeróbios Ativa isolada ou com b-lactâmicos, contra E. coli, Proteus, klebsiella pneumoniae, Enterobacter, serratia e outros bastonetes gram negativos resistentes a outros antibióticos. Estreptococos são relativamente resistentes a gentamicina, devido a dificuldade dela em penetra na célula. Contudo em associação com vancomicina ou penicilina produz um potente efeito bactericida. Ela é usada principalmente em infecções graves ( sepse e pneumonia ) causada por bactérias gram negativas – p. aeruginosa, Enterobacter, serratia,. Empregada com um segundo agente, pois aminoglicosídeo isolado não é efetivo para infecções fora do trato urinário e nem para tuberculose. Pois se desenvolve uma resistência com rapidez. Possui administração tópica, cremes, pomadas para queimaduras, feridas e para cateter intravenoso. Parcialmente inativada por exsudatos purulentos. Pode haver ototoxicidade irreversível, por disfunção vestibular. Perda de audição tbm pode acontecer AMICACINA Muitas cepas de Proteus, pseudomonas, Enterobacter e serratia são inibidas M. tuberculosis resistentes a múltiplos fármacos, inclusive a estreptomicina, são sensíveis a amicacina. Como todo aminoglicosídeos, ela é nefrotóxica e ototóxica , devem haver monitoramento sérico. NEOMICINA E CANAMICINA Ativos contra gram + e – , e algumas micobactérias P. aeruginosa e estreptococos são resistentes. Mal absorvidos no TGI. Suprime a flora , quando administrado oral, e é excretado nas fezes Limitadas ao uso tópico e oral. Administração tópica as soluções são empregadas na superfície ou injetadas nas articulações, cavidade pleural. Administração oral, para preparação em cirurgia intestinal eletiva. Reduz a flora intestinal aeróbia com pouco efeito sobre os anaeróbios. Surdez em pacientes com função renal comprometida e altos níveis do fármaco. ESPECTINOMICINA Usada quase que exclusivamente para Gonorreia, em pacientes alérgicos a penicilina RENAN FREITAS – MEDICINA UFGD 2019 SULFONAMIDAS, TRIMETOPRIMA E QUINILONAS FÁRMACOS ANTIFOLATO Sulfonamidas Organismo sensíveis a sulfonamidas devem sintetizar o folato a partir do PABA ( ácido p-aminobenzoico ) que é essencial para a síntese de purinas e do ácido nucleico. Sulfonamidas inibem bactérias gram positivas e negativas, nocardia, clamídia trachomatis e algumas bactérias entéricas. Riquétsias tem seu crescimento estimulado. Combinação com trimetoprima( inibidor de di-difrofolato redutase ) proporciona atividade sinérgica Não são empregadas sozinhas, mas com a trimetoprima para pneumonia por p. jiroveci, toxoplasmose, nocardiose. Sulfametoxazol são de ações curtas a média e quase exclusivo para infecções do trato urinário Sulfadiazina + pirimetamina é primeira opção para toxoplasmose aguda Sulfacetamida sódica em pomada para conjuntivite bacteriana e tracoma. Acetato de mafenida é usada topicamente e pode ser absorvida a partir de locais de queimaduras e pela inibição da anidrase carbônica causar acidose metabólica. Sulfadiazina de prata é menos toxica e preferida para queimaduras. Reações adversar comuns são, febre, erupções cutâneas, dermatite esfoliativa, fotossensibilidade, urticarias, náuseas. Síndrome de Stevens-Johnson é incomum, mas é uma particular gravidade e potencial fatalidade de erupção de mucosas e da pele associada ao uso de sulfonamidas. Sulfonamidas podem precipitar na urina, produzindo cristalúria, hematúria ou até mesmo obstrução. É raro com as mais solúveis ( sulfisoxazol ), mas com a sulfadiazina, em grandes doses, pode provocar cristalúria e ela pode ser tratado com bicarbonato de sódio para alcalinizar a urina e aumentar o fluxo urinário. TRIMETOPRIMA Inibe uma das etapas da síntese de purinas. Em associação com sulfonamidas aumenta a atividade do fármaco. A combinação é bactericida, em vez de bacteriostática quando se usa a sulfonamida isolada. RENAN FREITAS – MEDICINA UFGD 2019 Administração é 1 parte de trimetoprima para 5 de sulfametoxazol, pois ela é mais lipossolúvel e maior volume de distribuição. Ela possui uma boa atividade antibacteriana nos líquidos prostáticos e vaginal, pois se concentram nesses locais. Uso clinico Trimetoprima para infecções do trato urinário Sulfametoxazol-trimetoprima – ORAL – salmonella, trato urinário, prostatite, S. aureus, Moraxella. Para infecções recorrentes do trato urinário pode se usar metade do comprimido comum 3x por semana por meses. S.T. INTRAVENOSO – Pneumonia modera a grave por pneumocystis, febre tifoide. Pirimetamina oral com sulfonamida ( sulfadiazina ) Utilizadas para leishmaniose e toxoplasmose. Efeitos colaterais da trimetoprima Anemia megaloblástica, leucopenia e granulocitopenia. Pacientes com aids possuem uma elevada reação ao sulfametoxazol-trimetoprima, como febre, exantemas, leucopenia, diarreia, hiperpotassemia e hiponatremia. INIBIDORES DA DNA-GIRASE FLUOROQUINOLONAS Ativas contra bactérias gram + e – Inibem a síntese do dna da bactéria ao inibir a topoisomerase II, impedindo o relaxamento do dna e impedindo sua transcrição. Efetivas para infecções do trato urinário provocado por muitos organismos. Útil para diarreias bacteriana por salmonella, e. coli, campylobacter. Infecções dos tecidos moles, ossos e articulações, trato respiratório e intra-abdominais. ( menos o norfloxacino, pela baixa concentração sistêmica ). Suplemento de cálcio compromete a absorção. Ciprofloxacino para profilaxia de antraz Cipro e levofloxacino para uretrite ou cervicite por clamídia. Levo, gati, gemi e o moxifloxacino, chamadas de fluoroquinolonas respiratórias, usadas para infecções do trato respiratório superior ou inferior. Levo, gati, gemi e o moxifloxacino – devem ser evitados ou usados com cautela em pacientes com que usam antiarrítmicos, antidepressivos tricíclicos. Não se recomenda em menor de 18 anos. Pode provocar artropatia, comprometimento do crescimento das cartilagens ). Risco de ruptura do tendão, tendinite. Mas pra isso inclui idade avançada, insuficiência renal e uso esteroides. RENAN FREITAS – MEDICINA UFGD 2019 RENAN FREITAS – MEDICINA UFGD 2019 RENAN FREITAS – MEDICINA UFGD 2019
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