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Uso de ferramentas SIG para localização de aterros sanitário

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UNIVERSIDADE AGOSTINHO NETO
FACULDADE DE ENGENHARIA
MESTRADO EM ENGENHARIA DO AMBIENTE
PROPOSTA DE SELEÇÃO DE 3 ÁREAS COM APTIDÃO À IMPLANTAÇÃO DE ATERROS SANITÁRIOS PARA A ÁREA METROPOLITANA DE LUANDA, UTILIZANDO SIG (SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA), E O IMPACTO NOS CUSTOS DE TRANSPORTE DE RESÍDUOS DOS DIVERSOS MUNICÍPIOS.
 
Discente: Valdemar Fonseca
Orientador científico: Ph.D. Mário Russo
Luanda
2019
UNIVERSIDADE AGOSTINHO NETO
FACULDADE DE ENGENHARIA
MESTRADO EM ENGENHARIA DO AMBIENTE
PROPOSTA DE SELEÇÃO DE 3 ÁREAS COM APTIDÃO À IMPLANTAÇÃO DE ATERROS SANITÁRIOS PARA A ÁREA METROPOLITANA DE LUANDA, UTILIZANDO SIG (SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA), E O IMPACTO NOS CUSTOS DE TRANSPORTE DE RESÍDUOS DOS DIVERSOS MUNICÍPIOS.
Estudo de Caso apresentado á Universidade Agostinho Neto
Faculdade de Engenharia Curso de Mestrado em Engenharia da Ambiente 
Discente: Valdemar Fonseca
Orientador científico: Ph.D. Mário Russo
Luanda
	 Consumo de cloro na oxidação de matéria orgânica presente na água do Rio Bengo
	
2019
130
Resumo
A deposição final de resíduos sólidos na cidade de Luanda exige estratégias novas que visem a melhoria das condições e tamanho do único aterro sanitário da cidade de Luanda, mormente o aterro sanitário dos Mulenvos.
Pelo facto de ser a maior cidade do país, não a nível territorial, mas sim a nível populacional contando com uma população de mais de 6 milhões de habitantes segundo o Censo de 2014, urge a necessidade de se pensar em novos aterros sanitários essencialmente para servir a parte Sul da cidade garantindo assim um ou mais aterros mais próximos da área metropolitana imposta pelo Plano Geral de Luanda, outrora denominado por Plano Director Geral Metropolitano de Luanda (PDMGL).
O PESGRU define como principal sistema de deposição dos RSU os aterros sanitários integrado com estações de triagem, reciclagem, valorização do biogás e incineração de alguns resíduos como sendo o mais ideal para as principais cidades de Angola.
Tão importante quanto as condições do aterro, é o dimensionamento do mesmo, é fundamental que o aterro esteja em concordância com a população que o mesmo servirá, e logicamente, a sua localização deve ser perfeitamente pensada de formas a que se situem em zonas próximas garantindo desse modo a racionalização dos custos de transportação dos resíduos e dos impactes ambientais que possam advir dessa actividade. A seleção de áreas para implantação de aterro sanitário deve ser minuciosamente pensada com vista a evitar possíveis danos à saúde, ao meio ambiente e a população.
Nesse sentido é apresentado o estudo de caso para a Seleção de 3 áreas com aptidão à implantação de aterros sanitários para a área metropolitana de Luanda, utilizando SIG (sistema de informação geográfica), e o impacto nos custos de transporte de resíduos dos diversos municípios. 
Palavras-chave: aterro sanitário, matriz de hierarquização, resíduos sólidos, sistema de informação geográfica, custo de transporte.
abstract
The final disposal of solid waste in the city of Luanda requires new strategies aimed at improving conditions and size of the only landfill in the city of Luanda, particularly the landfill of Mulenvos.
Because it is the largest city in the country, the territorial level, but the population level with a population of more than 6 million inhabitants as of 2014, urge the need to think of new landfills essentially to serve the the southern part of the city providing one or more landfills closest to the metropolitan area imposed by the General plan for Luanda, once named by General Director of Luanda Plan (PDMGL).
The PESGRU defines as main system of MSW landfills disposal integrated with marshalling yards, recycling, recovery and incineration of biogas some waste as being the most ideal for the main cities of Angola.
As important as the conditions of landfill, is the scaling, it is crucial that the landfill is in accordance with the population that it will serve, and logically, your location should be perfectly designed in ways that are located in areas next guaranteeing thereby rationalizing costs for transportation of the waste and of the environmental impacts arising from this activity. The selection of areas for deployment of landfill must be thoroughly thought through in order to avoid possible damage to health, the environment and the population.
In this sense are the case study for the selection of 3 areas with suitability for deployment of landfills for the metropolitan area of Luanda, using GIS (geographical information system), and the impact on costs of waste transport of the various municipalities.
Key words: landfill, array of Tiering, solid waste, geographical information system, cost of transport.
lista de abreviaturas
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas
AS – Aterro Sanitário
CAD – Desenho auxiliado por computador
DGQA – Direcção Geral de Qualidade do ambiente
IGEO – Instituto Geológico de Angola
INE – Instituto Nacional de Estatística
PDGML - Plano Director Geral Metropolitano de Luanda
PESGRU – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Urbanos
OMS – Organização Mundial da Saúde
RAN - Reservas Agrícolas Nacionais 
REN - Reservas Ecológicas Nacionais
RSU – Resíduos Sólidos Urbano
RU – Resíduo Urbano
SIG – Sistema de Informação Geográfica
USEPA - United States Evironmental Protection Agency
Índice geral
RESUMO	iii
ABSTRACT	v
LISTA DE ABREVIATURAS	vi
ÍNDICE GERAL	vii
ÍNDICE DE TABELAS	x
ÍNDICE DE FIGURAS	xi
1	INTRODUÇÃO	1
1.1	Metodologia	3
1.2	Objectivos	4
1.2.1	Objectivo geral	4
1.2.2	Objectivos específicos	4
2	FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA	5
2.1	Legislação	5
2.2	Geoprocessamento SIG e CAD	7
2.3	Análise Multicritérios	7
2.4	Álgebra dos mapas	8
2.5	Critério para seleção de áreas para a implantação de aterros sanitário	9
2.5.1	Segundo Langer	9
2.5.2	Segundo Cempre	9
2.5.3	Segundo Russo	11
2.6	Relação entre a localização do AS e o custo de transporte dos resíduos	13
3	ESTUDO DE CASO	15
3.1	Caracterização da província de Luanda	15
3.1.1	Localização e divisão administrativa	15
3.1.2	Clima	16
3.1.3	Relevo	16
3.1.4	População	16
3.1.5	Estrutura viária da Cidade de Luanda	21
3.1.6	Descrição da produção de RSU de Luanda	22
3.1.7	Cálculo da Área do Aterro	27
3.1.8	Determinação da Área Buffer	29
3.1.9	Análise Topográfica	32
3.1.10	Análise geológica	34
3.1.11	Análise Hidrológica	36
3.1.12	Análise Hidrogeológica	38
3.1.13	Escolha dos três locais para a implantação de AS	40
3.1.14	Relação Custos de Transporte vs Localização do AS	41
4	RECOMENDAÇÃO	42
5	CONCLUSÃO	43
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	44
	
Índice de Tabelas
Tabela 2.1 - Critérios para avaliação de áreas para instalação de aterro sanitário	11
Tabela 2.2 – Tabela de critérios segundo a OMS e a US.EPA	13
Tabela 3.1 -Quadro da população de Luanda segundo o Censo 2014 por idade, sexo e distribuição rural e urbana	18
Tabela 3.2 -Quadro da população de Luanda segundo o Censo 2018 por idade, sexo e distribuição rural e urbana	19
Tabela 3.3 - Distribuição da população de Luanda por município	20
Tabela 3.4 – Produção de resíduos sólidos em Luanda em 2012	25
Tabela 3.5 – Composição de RS em Luanda em 2018	26
Tabela 3.6 – Tabela de cálculo do volume de RSU de 2018 á 2038	27
Tabela 3.7 – Tabela de cálculo para determinação da Área Buffer	30
Índice de Figuras
Figura 2.1 - Diagrama do fluxo processual de selecção de locais para AS	12
Figura 3.1 - Mapas de Luanda e de Angola	15
Figura 3.2 – Gráfico do crescimento da população de Luanda de 1985 á 2010	17
Figura 3.3 - Gráfico da distribuição da população por município	20
Figura 3.4 - Estrutura viária da cidade de Luanda	21
Figura 3.5 – Capitação diária de resíduos por província 2012	23
Figura 3.6 – Produção estimada de RS de 2012	24
Figura 3.7 – Composição dos RS em Luanda, Cabinda e Kuanza-Norteem 2012	25
Figura 3.8 – Geometria Simplificada do aterro	28
Figura 3.9 – Representação da Área Buffer	31
Figura 3.10 – Mapa geomorfológico de Luanda	33
Figura 3.11 – Mapa geológico de Luanda	35
Figura 3.12 – Mapa Hidrológico de Luanda	37
Figura 3.13 – Mapa hidrogeológico de Luanda	39
Figura 3.14 – Localização das três áreas para a implantação de AS	40
Introdução
A concentração de pessoas na cidade de Luanda é fruto do conflito armado vivido logo após a independência em 1975 e da procura oportunidades e de melhores condições de vida. Esses factos fizeram com que se desencadeasse a entrada massiva e crescente de população vinda de outras províncias e gerasse a necessidade de provisão de infraestrutura e o de serviços públicos urbanos condizentes com o crescimento populacional. Dentre estes serviços públicos, há a realçar o serviço de saneamento básico que pressupõe o abastecimento de água potável, colecta e tratamento de esgoto sanitário, infraestruturas para a drenagem de águas pluviais e residuais urbanas e um sistema de gestão e manuseio dos resíduos sólidos (RS).
A população concentra-se em regiões próximas a região metropolitana de Luanda que apresenta melhores infraestruturas, e um conjunto maior de serviços públicos ao dispor dos cidadão, assim como um conjunto maior de oportunidade para negócios predominantemente informais e realizado de forma desordenada.
A área em estudo apresenta uma alta produção de resíduos sólidos urbanos (RSU) que contribui para a degradação ambiental provocada pela deposição incorrecta de tais resíduos. Esse pressuposto tem criado alguma preocupação por parte dos órgãos decisores no sentido de promover campanhas de adequação das práticas que contaminam os abrigos naturais e as pessoas registando-se desse modo um número muito grande de casos de doenças como o paludismo e as doenças diarreico-agudas principalmente aquando da ocorrência de chuvas, assim sendo, as práticas ligadas a deposição dos RSU devem estar em conformidade com a Lei de bases do Ambiente.
Segundo Mansor (2010) a decisão sobre o tipo de tratamento e a disposição final de rejeitos que dependem de diferentes fatores e condicionantes, tais como: das características socioeconômicas e ambientais da região, das diretrizes da gestão municipal e dos recursos financeiros e dos tipos de matérias contidos nos resíduos sólidos e seu mercado potencial. Para isso, torna-se exigência um planeamento prévio sobre normas técnicas e exigências legais para identificação da disposição final que possui a melhor aptidão sem causar impactos à saúde e ao meio ambiente.
Nascimento (2012) declara que a população pode se opor a localização do aterro sanitário, se próximo de suas residências, devido às questões relacionadas aos odores, barulho de máquinas, às partículas em suspensão no ar, à dispersão de resíduos ao longo do trajeto e ao aumento do tráfego de caminhões basculantes nas estradas de acesso.
Metodologia
As metodologias aplicadas ao trabalho são:
Consulta bibliográfica com o objectivo de avaliar o estado da ciência;
Utilização de softwares CAD e ferramentas SIG, mas concretamente o QGIS e o Autocad 2017 para a execução de mapas perfeitamente georreferenciados e desenhos em Autocad criteriosamente executados com vista a garantir a apresentação de informações gráficas facilmente legíveis;
 Avaliação as áreas basear-se-á na análise dos mapas geológico, geomorfológico, hidrológico e hidrogeológico da cidade de Luanda
Objectivos
Objectivo geral
Seleccionar 3 áreas com aptidão à implantação de aterros sanitários para a área metropolitana de luanda, utilizando SIG (sistema de informação geográfica), 
Determinar os impactos nos custos de transporte de resíduos dos diversos municípios.
Objectivos específicos
Utilizar a ferramenta SIG e a cartografia da região para identificar e selecionar 3 áreas com potencial para receber um aterro sanitário para os resíduos urbanos produzidos nos municípios da área metropolitana de Luanda, tendo em consideração a superfície a ocupar, a área de proteção da envolvente ao aterro de 1000 metros, a malha rodoviária para transporte, as características fisiográficas e hídricas do território; 
Realizar a projeção da produção de resíduos para a vida útil de 20 anos de um aterro sanitário para os municípios da área metropolitana de Luanda e determinar a área para a implantação de um aterro sanitário considerando a exploração até uma altura de 40 metros de altura;
Elaborar um relatório com o ranking dos locais selecionados e principais características.
Elaborar uma matriz de ponderação dos critérios com notas e pesos para a escolha adequada das áreas para deposição final de resíduos sólidos urbanos;
Estabelecer a relação entre custo de transporte de resíduos e a localização de aterros nas áreas aptas para implantação dos mesmos
fundamentação teórica
Legislação
Legalmente o Estado angolano trata da questão resíduo no Decreto Presidencial nº 190/12, de 24 de Agosto e o seu processo de planificação e é tratado no PESGRU (Plano estratégico para a Gestão de Resíduos Urbanos) 
De acordo o Decreto Presidencial nº 190/12, de 24 de Agosto, define-se resíduo no seu Artigo 3º alínea S como sendo:
Substâncias ou objectos de que o detentor se desfaz ou tem a intenção ou obrigação legal de se desfazer, que contêm características de risco por serem inflamáveis, explosivas, corrosivas, tóxicas, infecciosas ou radioactivas ou por apresentarem qualquer outra característica que constitua perigo para a vida ou saúde das pessoas e para o ambiente, conforme a Lista de Resíduos estabelecida no Anexo X. 
O Decreto Presidencial nº 190/12, de 24 de Agosto no seu Anexo I estipula os requisitos para a Elaboração de Planos de Gestão de Resíduos e para Licenciamento Ambiental em caso de Aterros, sendo os seguintes:
Objecto do projecto;
Planeamento, escolha do local e bases do projecto, incluindo área e volumes ocupados; [1: A escolha do local ou da área de implantação do aterro é o principal objecto de estudo do trabalho.]
Características geológicas, geotécnicas e hidrogeológicas do local; [2: Esse conjunto de características têm um papel fundamental no processo de selecção de áreas para a implantação de aterros sanitários.]
Tipologia e quantidade de resíduos; 
Processos de gestão de riscos; 
Procedimentos a observar para a prevenção e minimização da produção dos resíduos; 
Técnicas, equipamentos e procedimentos a observar para o tratamento dos resíduos; 
Localização e características do local destinado ao armazenamento dos resíduos, bem como os procedimentos de armazenamento, incluindo informação sobre o tipo e características dos recipientes para o armazenamento; 
Tipo, características dos meios de transporte e procedimentos a observar para o transporte dos resíduos, desde o ponto da sua geração até ao local da sua deposição; 
Procedimentos a observar para a deposição ou eliminação dos resíduos; 
Sistema de impermeabilização; 
Sistemas de drenagem de águas pluviais e lixiviados; 
Tratamento de lixiviados, previsão da quantidade e qualidade de lixiviados;
Monitorização dos lixiviados e águas subterrâneas com vista a prevenção da contaminação dessas mesmas águas subterrâneas; 
Drenagem e tratamento do biogás, se necessário; 
Plano de exploração do aterro, estrutura do pessoal e horário de trabalho; 
Plano de segurança das populações e trabalhadores do sistema; 
Plano de aceitação dos resíduos; 
Plano de recolha dos resíduos; 
tCobertura final, recuperação paisagística e monitorização pós encerramento; 
Procedimentos em caso de acidentes, derrames, descargas e escapes acidentais; 
Meios e responsabilidades para a realização das actividades previstas no plano de gestão de resíduos.
Geoprocessamento SIG e CAD
Segundo (Moura, 2015), o Geoprocessamento compreende as atividades de aquisição, tratamento e análise de dados sobre a Terra. Envolve desde o conjunto de tecnologias para a coleta de imagens da superfície do planetamais conhecido como SIG, até o processamento e análise desses dados, em forma de mapas digitais usando um ambiente computacional orientado à análise e interpretação de vários fatos e fenômenos.
Segundo (CAMARA, 1993) os SIGs são sistemas onde sua principal característica é a integração de uma base de dados as informações espaciais provenientes de dados cartográficos, dados de censo de cadastro urbano, rural, imagens de satélite, redes, dados e modelos numéricos de terrenos. Ele combina várias informações através de algoritmos de manipulação para gerar mapeamentos derivados, consultar, recuperar, visualizar e imprimir o conteúdo da base de dados geocodificados.
O CAD (computer-aided design) softwares concebidos pela Autodesk e não só, que têm como objectivo auxiliar o processo de representação gráfica ou desenho executado no computador. 
Análise Multicritérios
A análise multicritérios é um instrumento de apoio de decisão. O principal objectivo da análise multicritérios é estruturar e combinar as diferentes análises em consideração para facilita o processo de tomada de decisão, e baseia-se na lógica de utilização de um SIG, pois, define a selecção das principais variáveis que caracterizam a localização de aterros, á partir da análise da complexidade espacial e, por si só representa a realidade segundo diferentes variáveis.
Para (Moura, 2015) as informações são organizadas em camadas, segundo a discretização dos planos de análise em resoluções espaciais adequadas tanto para as fontes dos dados como para os objetivos a serem alcançados. Tais como a promoção da combinação das camadas de variáveis, integradas na forma de um sistema, que traduza a complexidade da realidade. Finalmente, possibilita a validação e calibração do sistema, mediante identificação e correção das relações construídas entre as variáveis mapeadas 
Álgebra dos mapas
De acordo (Camara, 1998) o tema “álgebra de mapas” foi popularizado a partir dos livro “Geographic Information System and Cartographic Modeling” e, essa foi a primeira abordagem em que se buscou explorar de uma maneira formal as propriedades dos dados representados em SIG, normalmente representado por mapas. Os elementos da álgebra consistem em associar a cada local de uma dada área a um valor quantitativo (escalar, ordinal, cardinal ou intervalar) ou qualitativo (nominal). 
Para (Santos, 2014), a álgebra de mapas é basicamente constituída de operações locais, de vizinhança e regionais, aplicando-se diferentes técnicas para cada tipo de problema. As localizações espaciais são definidas por uma matriz composta por linhas e colunas, onde cada célula é uma unidade territorial, sendo a unidade básica de um processamento, o pixel, o qual pode ser processado independentemente, integrado a uma vizinhança ou uma região de elementos com o mesmo atributo.
Critério para seleção de áreas para a implantação de aterros sanitário
Segundo Langer
O desenvolvimento de critérios e métodos para seleção de áreas para implantação de aterros sanitários foi um processo gradativo, e ainda hoje se encontra em diferentes estágios de desenvolvimento em cada país. De modo geral, Langer 1995 apud BROLLO (2001) afirma que, para um terreno ser adequado à disposição de resíduos sólidos, este deve apresentar as seguintes características relativas ao meio abiótico: baixo fluxo de água
subterrânea nos arredores da área de disposição; baixa permeabilidade; grande espessura e homogeneidade do material geológico, alta capacidade de retenção (adsorção) de compostos; baixa solubilidade química; baixa erodibilidade do substrato. Contudo, torna-se necessário definir parâmetros (preferencialmente quantitativos) para os atributos escolhidos, de forma a diminuir a subjetividade na análise.
Segundo Cempre
Segundo (CEMPRE, 2018) o conjunto de dados sobre o meio físico e critérios socioeconómicos devem ser analisados, para que as áreas possam ser analisadas quanto a seu potencial de aproveitamento para a instalação de um aterro. Os critérios a serem analisados são os seguintes:
Dados geológicos ou geotécnicos (Mapa geológico)
Distribuição e características das unidades geológicas e geotécnicas que ocorrem na região;
Principais feições estruturais (falhas, fraturas e foliação);
Dados pedológicos (Mapa de distribuição dos solos)
Tipos de solos que ocorrem na região;
Identificação dos tipos de solos mais apropriados para material de empréstimo 
Identificação dos processos do meio físico mais atuantes para a região e para os tipos de solos.
Dados sobre o relevo (Mapa geomorfológico)
Compartimentação geomorfológica; 
Características das unidades que compõem o relevo (morros, planícies, encostas, etc.); 
Declividade dos terrenos.
Dados sobre as águas subterrâneas e superficiais (Mapa hidrogeológico)
Profundidade do lençol freático
Localização das zonas de recarga das águas subterrâneas principais mananciais, bacias e corpos d’água de interesse a abastecimento público (âmbito regional e local) 
Áreas de proteção de manancial
Dados socioeconómicos (mapa de uso e ocupação do solo)
Valor da terra;
Uso e ocupação dos terrenos;
Distância da área em relação aos centros atendidos;
Integração à malha viária;
Aceitabilidade da população e de suas entidades organizada.
Cempre (2018) apresenta na Tabela 2.1 os critérios para a avaliação das áreas para instalação de aterro sanitário.
Tabela 2.1 - Critérios para avaliação de áreas para instalação de aterro sanitário
	Dados necessários
	Recomendada
	Recomendada com restrições
	Não recomendada
	
	
	
	
	Vida útil
	Maior que 10 anos
	(10 anos, á critério do orgão ambiental)
	Distância do centro atendido
	Maior que 10 Km
	10-20 Km
	Maior que 20 Km
	Zoneamento ambiental
	Áreas sem restrições no zoneamento ambiental
	Unidades de conservação ambiental correlatas
	
	
	
	
	
	
	Zoneamento Urbano
	Vector de crescimento mínimo
	Vector de crescimento intermédio
	Vector de crescimento máximo
	Densidade populacional
	Baixa
	Média
	Alta
	Aceitação de população e entidades ambientais e não-governamentais
	Boa
	Razoável
	Inaceitável
	
	
	
	
	
	
	
	
	Distância de cursos de água (córregos, nascentes, etc.)
	Maior que 200 m
	Menor que 200 m, com a aprovação do orgão ambiental responsável
	
	
	
Fonte: (CEMPRE, 2018)
Segundo Russo 
Segundo (Russo, 2015) recomenda-se o estudo de áreas cujo centróide seja o obtido conjugando-se distâncias dos centros produtores e produção de resíduos, de tal forma que se minimizem os custos de transporte a destino de tratamento. Assim, a seleção deve ter como base um processo de "peneiramento" no interior de uma área “buffer”, em que sucessivamente são eliminados locais com menores aptidões e que se pode organizar do seguinte modo:
Avaliação inicial; 
Selecção de locais com maiores potencialidades;
Escolha final. 
Na avaliação inicial são claramente identificadas as limitações legais de implantação (reservas agrícolas ou ecológicas nacionais, áreas de reserva estratégica nacional conhecidas, como as definidas pelo Instituto Geológico e Mineiro) ou outras baseadas em limitações físicas (características da área), tipo de povoamento (distâncias mínimas) e formações geológicas. A seleção de locais com maiores potencialidades determina a necessidade de proceder a estudos aprofundados desses locais, de modo a servir de base à escolha de um deles para a implantação do AS. Na Figura 2.1 apresenta-se um diagrama representativo dos passos na seleção de um local para aterro.
Figura 2.1 - Diagrama do fluxo processual de selecção de locais para AS
Fonte: (Russo, 2015)
Após a determinação da área "buffer" (que garante a proximidade aos centros produtores), passa-se à fase seguinte de procura e pesquisa de locais específicos adequados no interior dessas “macro-áreas”, aplicando-se critérios de localização baseados em recomendações nacionais e internacionais. A generalidade dessas recomendações têm por base aspetos técnicos, económicos, sociais e ecológicos.Enunciam-se seguidamente algumas dessas recomendações emanadas por entidades com responsabilidades nesta matéria, designadamente a Direção Geral do Ambiente (DGA), recomendações de entidades Americanas, designadamente a USEPA (United States Evironmental Protection Agency) e a Organização Mundial da Saúde (OMS).
De forma geral, segundo (Russo, 2015) podemos resumir os critérios de avaliação das áreas para implementação de aterros conforme a Tabela.
Tabela 2.2 – Tabela de critérios segundo a OMS e a US.EPA
	Organização Mundial da Saúde (OMS)
	Tchobanoglous et al. (1993), Davis et al. (1991) e USEPA
	200 m de imóveis habitados, terrenos de desporto ou locais de acampamento;
20 m dos espaços arborizados;
35 m dos cursos de água;
500 m de moinhos de água;
55 m das margens de represas de águas de abastecimento.
	30 m de linhas de água (rios);
160 m de poços de água potável;
65 m de casas, escolas e parques;
não localização em área inundável, a
não ser sob condições excepcionais.
Fonte: (Russo, 2015)
Relação entre a localização do AS e o custo de transporte dos resíduos
Segundo (Russo, 2015) a escolha de um local deverá levar em consideração os custos de transporte de resíduos, pois trata-se de um custo apreciável no conjunto das operações do sistema. O problema resume-se à localização de um ou mais equipamentos que visam satisfazer uma procura discreta espacialmente distribuída, associada a um conjunto de áreas que poderão ser representadas pelos seus pontos centrais, de modo a que sejam minimizados os custos de transporte entre estes pontos de procura e o ou os referidos pontos de oferta do serviço.
São conhecidas algumas variantes deste tipo de problema, embora a que se reveste de interesse para o nosso caso seja a que associa os custos de transporte à distância total percorrida desde os centros de produção de RSU até aos centros de processamento e disposição por intermédio de uma função de custos de transporte. É admitido, sem lugar à introdução de grandes erros, que a função custos de transporte é linear, i.e., que a variável custo de transporte varia na razão direta da distância, podendo eventualmente qualquer condição local das vias de comunicação conducente ao agravamento do tempo de viagem ser simulada pela introdução de uma impedância, que mais não é que um fator multiplicativo que ficticiamente aumentará a distância real a percorrer entre dois nós da rede (Russo 2015).
Para (Russo, 2015) o objetivo de minimização dos custos de transporte é então conseguido fazendo com que a distância total de viagem necessária à prestação do serviço seja mínima, entendendo-se esta distância total como o somatório dos produtos da distância percorrida em cada viagem pelo número de viagens efetuadas entre cada par de pontos de procura e oferta.
No caso do modelo de localização numa rede, o cálculo da distância mais curta entre um par de pontos é conseguido mediante a escolha do mais curto de entre os vários caminhos possíveis que estabelecem a ligação entre aqueles centros de oferta e procura. 
Estudo de Caso
Caracterização da província de Luanda
Localização e divisão administrativa
Localizada na costa com o Oceano Atlântico e com 18 860 Km2 de superfície, Luanda é a capital da República de Angola, situada geograficamente na latitude 8º 50´ 00´´ S e longitude 13º 14´ 00´´ E conforme a Figura 3.1. 
Figura 3.1 - Mapas de Luanda e de Angola
Fontes: IPGUL (2018)
A divisão administrativa da cidade contempla sete municípios, nomeadamente os municípios de Luanda (Sede), Viana, Cazenga, Belas, Cacuaco, Icolo e Bengo e Quiçama.
Clima
Segundo o INAMET o clima de Luanda é tropical húmido, mas seco devido à corrente fria de Benguela que dificulta a condensação da humidade para produzir chuva. As temperaturas são geralmente elevadas mesmo durante a noite, devido ao nevoeiro. A precipitação média anual é de 323 milímetros com variabilidade das mais altas do mundo, com um coeficiente de variação de 40%. O curto período de chuvas de Fevereiro a Abril depende de uma contracorrente húmida que vem do norte do país. A descrição do clima é importante pois tem influência no processo de degradação dos RSU e, quando o período de chuvas intensifica em função da deficiente acomodação dos RSU em contentores, acabam por ser fontes de disseminação de doenças.
Relevo
O relevo é ligeiramente acidentado e divide a cidade em duas partes, a parte baixa da cidade com altitude próxima do nível médio do mar e a parte alta da cidade com altitude superior, cerca de 300 a 400 metros.
População
Os habitantes de Luanda pertencem maioritariamente aos grupos étnicos Kimbundu, Ovimbundo e Bakongo, todavia, há outros grupos étnicos que habitam na cidade. Para além dos principais grupos étnicos existem habitantes em menor escala pertencente a outras origens, a destacar: cidadãos europeus (maioritariamente portugueses), americanos (com destaque para a comunidade brasileira) e asiática (principalmente chineses). 
A população de Luanda cresceu exponencialmente como resultado do êxodo massivo de populações das zonas rurais para a capital durante a Guerra Civil. Como consequência desse crescimento populacional acentuado, houve o crescimento desordenado e não controlado de bairros perisféricos, assim como a degradação de bairros periurbanos, caracterizado por habitações precárias, deficiente saneamento básico, défice no abastecimento de água e energia elétrica, insuficiência de estradas, desemprego e consequentemente aumento dos índices de pobreza. 
Figura 3.2 – Gráfico do crescimento da população de Luanda de 1985 á 2010
Fonte: (INE, 2016)
A população de Luanda, como mostra o Gráfico 3.1 passou de 189.500 em 1960 para 475.328 em 1970, altura em que realizou-se o penúltimo censo populacional, e de 898.000 em 1983 para 5.000.000 em 2010, um aumento de 456% em 27 anos, ou seja, um crescimento médio anual na ordem dos 17%, considerado muito alta, quando comparada com o crescimento populacional de outras cidades do mundo.
Apos a realização do Censo (2014) pelo INE da população e habitação ficou provado que a população de Luanda era de sensivelmente 6 979 233 habitantes e encontrava-se distribuída em territórios diferentes, nomeadamente em território urbano e em território rural. A província de Luanda concentrado em si aproximadamente 30% da população de Angola. 
Tabela 3.1 -Quadro da população de Luanda segundo o Censo 2014 por idade, sexo e distribuição rural e urbana
Fonte: (INE, 2016)
O censo, realizado de 16 a 31 de Maio de 2014, destaca o município de Luanda com maior número de habitantes que é de 2.194.747 e por último está o da Quiçama, com apenas 26.546. Outros dados indicam que Viana tem 1.605.291 habitantes, Belas 1.075.109, Cacuaco1070.147, Cazenga 892.401 e Icolo Bengo com 81.144. A estrutura etária da população é  jovem. A província de Luanda tem 369 pessoas por cada km2, sendo o Cazenga com maior densidade populacional. O documento realça que quanto ao RSU, que cerca de 5 em cada 10 agregados familiares nas áreas urbanas deposita os RU ao ar livre e cerca de 8 em cada 10, nas áreas rurais tem o mesmo procedimento (http://www.angop.ao/angola/pt_pt/noticias/sociedade).
A cidade de Luanda continua a ser um ponto de atracção para as populações da zona interior do país, apresenta-se como o principal centro de negócios de Angola, e é vista e tida para a maior parte da população como o local ideal para o desenvolvimentos de actividades que visam o crescimento não só económico mesmo até intelectual das populações. Segundo (Tvedten , Lázaro, Jul-Larsen, & Agostinho, 2018) a população de Luanda não para de crescer, pois a sua taxa de crescimento natural é relativamente alta se comparada a outras capitais de países o que faz com que os problemas de RU agudizem-se, porque é muito difícil prever um crescimento linear dos resíduos quando os números em termos populacionais não são suficientemente estáveis, ou seja, apresentam-se de forma muito flutuantes.
Para o presente ano apresentaremosas tabelas da população referente ao ano de 2018, pois são os dados mais actuais.
Tabela 3.2 -Quadro da população de Luanda segundo o Censo 2018 por idade, sexo e distribuição rural e urbana
Fonte: (INE, 2016)
A distribuição da população por municípios está definida na Tabela 3.4, e demostra que existe uma tendência de concentração no município de Luanda concentrando em si 31% da população segundo a Figura 3.4, pelo mesmo ser o município sede e consequentemente por estarem nele concentrado o maior número de serviços a que os cidadãos acorrem todos os dias.
Tabela 3.3 - Distribuição da população de Luanda por município
	Município
	População 2018
	
	
	Cazenga
	1011397
	Cacuaco
	1237477
	Viana
	1838291
	Luanda
	2487444
	Belas
	1230101
	Icolo e bengo
	126935
	Quiçama
	45262
	Total
	 7.976.907 
Fonte: Própria
Figura 3.3 - Gráfico da distribuição da população por município
Fonte: Própria
Estrutura viária da Cidade de LuandaLegenda
A estrutura viária da cidade de Luanda apresenta um traçado irregular em virtude de ser uma adaptação a topografia da cidade principalmente nas zonas mais próximas a cidade baixa, onde para se aceder á parte mais alta tem de se vencer um desnível na ordem dos 400 metros.
A estrada 03 ainda não existe mas, por razões de estudos foi levada em conta, pois, será uma das principais estradas dentro do PDGML, as outras já existem e estão nesse momento a serem melhoradas.
Em suma, notamos que o traçado apresenta a seguinte hierarquização das vias: estradas primárias, secundárias e terciárias, de acordo a legenda constante na imagem.
Figura 3.4 - Estrutura viária da cidade de Luanda
Fonte: PDGML
Descrição da produção de RSU de Luanda
Os dados apresentados nesse ponto têm como fonte o autor do trabalho, em virtude de não haver dados concisos nas empresas que trabalham na limpeza da cidade. Partindo do pressuposto das capitações apresentadas no PESGRU e com base na população estimaremos a produção de resíduos na cidade de Luanda, e para a caracterização usaremos a composição dos resíduos existente no PESGRU, importa salientar que existe a possibilidade de não termos dados precisos nesse aspecto, pois nada melhor que aferir no local, ou nos locais, para se ter uma noção exacta das quantidades e da composição dos resíduos.
A produção de resíduos é um problema que atinge níveis preocupantes nas zonas de grande concentração da população. Em cidades com grande concentração de pessoas como é o caso de Luanda a produção de resíduos tem crescido quase que de forma exponencial, e constitui-se objectivamente num desafio para as autoridades.
As principais concentrações de lixo encontram-se nas proximidades dos grandes armazéns que comercializam produtos quer seja á grosso ou a retalho, e junto as praças ou mercados, que por conta de vários factores incluindo hábitos e costumes produzem resíduos e os mesmos vão se acumulando quer por falta de recolha ou por não se respeitar tanto o período de deposição dos resíduos quanto o horário de recolha dos mesmos. 
Outro local clássico para a acumulação de grandes quantidades de lixo são as valas de drenagem á céu aberto, os cursos de água, linhas férrea e as pedonais.
A prática do comércio informal desregrado caracterizado pelo surgimento de mercados nos pontos de entrada e saída dos bairros, a venda ambulante, assim como a hiperlotação de vendedores nos mercados licenciados também contribuem muito para a produção de RS em Luanda. Para além dos aspectos já citados, há que adicionar aos mesmos a falta de educação e sensibilidade ambiental dos citadinos, pois se houvesse maior educação ambiental e sensibilização da população teríamos quantidades mais reduzidas de RS.
Para prevermos a produção actual de resíduos, partiremos de alguns factores tais como:
População
A população de Luanda até o ano de 2018 segundo o INE de acordo a Tabela 3.2 é de 7 976 907 habitantes.
Capitação
Segundo o PESGRU a capitação nas diversas províncias de Angola varia de acordo a Figura.
Figura 3.5 – Capitação diária de resíduos por província 2012
Fonte: PESGRU
No caso específico da Província de Luanda, calcula-se que a taxa média ponderada de produção de resíduos seja de 0,65 Kg/dia per capita e na cidade de Luanda de aproximadamente 1,00 Kg/dia per capita (PESGRU).
Para o cálculo das quantidades de resíduos usaremos a seguinte fórmula:
	
	QRSU = 
	(I)
Para calcularmos as quantidades de resíduos partindo do pressuposto que existem duas capitações em função da área a ser estudada vamos aplicar capitações diferentes, a de 1 Kg/dia per capita para os municípios de Luanda e Belas, e a de 0,65 Kg/hab per capita para os outros municípios.
Assim sendo teremos:
QRSU = [((PopLuanda + PopBelas) × Cap1) + ((PopCacuaco + PopIBengo + PopQuiçama + PopViana + PopCazenga) × Cap2)] × 365/ 1000
De acordo as populações por municípios na Tabela 3.4, teremos os seguintes valores na fórmula:
QRSU = = [((2 487 444 + 1 230 101) × 1) + ((1 237 477 + 126 935 + 45 262 + 1 838 291 + 1 011 397) × 0,65)] × 365/1000 = 2 367 439 t/ano
De acordo aos cálculos a produção de RSU em Luanda no ano de 2018 foi de sensivelmente 2 367 439 toneladas de RSU.
Figura 3.6 – Produção estimada de RS de 2012
Fonte: PESGRU
Tabela 3.4 – Produção de resíduos sólidos em Luanda em 2012
	Município
	Nº de habit
	RSU(Kg/hab.d
	RSU/Mês
	RSU/ano
	Cazenga
	862351
	1
	25870,53
	314758,115
	Cacuaco
	882398
	1
	26471,94
	322075,27
	Viana
	1525711
	1
	45771,33
	556884,515
	Luanda
	2107648
	1,2
	75875,328
	923149,824
	Belas
	1065106
	1,2
	38343,816
	466516,428
	Icolo e Bengo
	74644
	0,8
	1791,456
	21796,048
	Quissama
	25086
	0,8
	602,064
	7325,112
	Total
	6542944
	
	214726,464
	2612505,312
Fonte: Silva (2018)
Quanto a composição, segundo o PESGRU umas das características peculiares dos RS em Angola é a existência de quantidades elevadas de areia. 
Figura 3.7 – Composição dos RS em Luanda, Cabinda e Kuanza-Norte em 2012
Fonte: PESGRU
Se tomarmos a mesma composição da Figura 3.7 para os RS produzidos em 2018 teremos:
Tabela 3.5 – Composição de RS em Luanda em 2018
	Composição
	%
	Quantidade
	Matéria Orgânica
	25
	591860
	Papel/Cartão
	16
	378790
	Plásticos
	15
	355116
	Areias/Terra
	15
	355116
	Têxteis
	8
	189395
	Metais
	7
	165721
	Vidro
	7
	165721
	Outro
	7
	165721
	Total
	 
	2367439
Fonte: Própria
Há a notar o levado peso relativo das embalagens na composição dos resíduos fruto do hábito de uso excessivo de sacos plásticos quer nas grandes superfícies comerciais, quer no mercado informal. A falta de piso dos passeios, muitas vezes resultante das escavações constantes a que estão submetido os passeios em Luanda, a falta de jardins, a existência de terrenos nas proximidades de locais de deposição de RU, a inexistência de ecopontos para os resíduos de construção e demolição também contribuem sobremaneira para a existência de quantidades excessivas de areias/terra no RSU.
Cálculo da Área do Aterro
Para calcularmos a área do aterro levamos em conta os dados do PESGRU, tais como a capitação, a composição dos RS, as previsões de reciclagem e também o período de 20 anos tomando como ano de partida o ano de 2018, por o ano que temos dados mais concretos e, obviamente mais próximos do ano de 2019. Assim, o cálculo inerente ao volume de RSU mais terra está descrito na Tabela.
Tabela 3.6 – Tabela de cálculo do volume de RSU de 2018 á 2038
	Designação
	Unidade
	Ano 2018 (base)
	Ano 2019
	Ano 2020
	Ano 2021
	Ano 2022
	Ano 2023
	Ano 2024
	Ano 2025
	Ano 2026
	Ano 2027
	Ano 2028
	Ano 2029
	Ano 2030
	Ano 2031
	Ano 2032
	Ano 2033
	Ano 2034
	Ano 2035
	Ano 2036
	Ano 2037
	Ano 2038
	População
	hab
	7.976.907
	8.203.451
	8.436.429
	8.676.024
	8.922.423
	9.175.820
	9.436.413
	9.704.407
	9.980.012
	10.263.445
	10.554.926
	10.854.686
	11.162.95911.479.987
	11.806.019
	12.141.310
	12.486.123
	12.840.729
	13.205.406
	13.580.439
	13.966.124
	Taxa de crescimento médio
	%
	2,8%
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Capitação média
	Kg/hab.dia
	1
	1,001
	1,001
	1,002
	1,003
	1,004
	1,004
	1,005
	1,006
	1,007
	1,007
	1,008
	1,009
	1,010
	1,010
	1,011
	1,012
	1,013
	1,013
	1,014
	1,015
	Taxa crescimento capitação
	%
	0,074%
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Produção RSU
	t
	2.911.571
	2.996.475
	3.083.856
	3.173.784
	3.266.335
	3.361.584
	3.459.612
	3.560.497
	3.664.325
	3.771.181
	3.881.152
	3.994.330
	4.110.809
	4.230.685
	4.354.056
	4.481.024
	4.611.696
	4.746.177
	4.884.581
	5.027.020
	5.173.613
	Componente
	%
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Matéria orgânica
	43,6
	1.269.445
	1.306.463
	1.344.561
	1.383.770
	1.424.122
	1.465.651
	1.508.391
	1.552.377
	1.597.646
	1.644.235
	1.692.182
	1.741.528
	1.792.313
	1.844.578
	1.898.368
	1.953.727
	2.010.699
	2.069.333
	2.129.677
	2.191.781
	2.255.695
	Papel e cartão
	14,7
	428.001
	440.482
	453.327
	466.546
	480.151
	494.153
	508.563
	523.393
	538.656
	554.364
	570.529
	587.167
	604.289
	621.911
	640.046
	658.711
	677.919
	697.688
	718.033
	738.972
	760.521
	Vidro
	2,7
	78.612
	80.905
	83.264
	85.692
	88.191
	90.763
	93.410
	96.133
	98.937
	101.822
	104.791
	107.847
	110.992
	114.228
	117.560
	120.988
	124.516
	128.147
	131.884
	135.730
	139.688
	Plásticos
	15,3
	445.470
	458.461
	471.830
	485.589
	499.749
	514.322
	529.321
	544.756
	560.642
	576.991
	593.816
	611.133
	628.954
	647.295
	666.171
	685.597
	705.589
	726.165
	747.341
	769.134
	791.563
	Metais
	3,1
	90.259
	92.891
	95.600
	98.387
	101.256
	104.209
	107.248
	110.375
	113.594
	116.907
	120.316
	123.824
	127.435
	131.151
	134.976
	138.912
	142.963
	147.131
	151.422
	155.838
	160.382
	Têxteis
	5,6
	163.048
	167.803
	172.696
	177.732
	182.915
	188.249
	193.738
	199.388
	205.202
	211.186
	217.345
	223.683
	230.205
	236.918
	243.827
	250.937
	258.255
	265.786
	273.537
	281.513
	289.722
	Finos
	9
	262.041
	269.683
	277.547
	285.641
	293.970
	302.543
	311.365
	320.445
	329.789
	339.406
	349.304
	359.490
	369.973
	380.762
	391.865
	403.292
	415.053
	427.156
	439.612
	452.432
	465.625
	Outros
	6
	174.694
	179.789
	185.031
	190.427
	195.980
	201.695
	207.577
	213.630
	219.860
	226.271
	232.869
	239.660
	246.649
	253.841
	261.243
	268.861
	276.702
	284.771
	293.075
	301.621
	310.417
	Volume de RUB
	t
	169.745
	174.695
	179.789
	185.032
	190.427
	195.980
	201.695
	207.577
	213.630
	219.860
	226.271
	232.869
	239.660
	246.649
	253.841
	261.244
	268.862
	276.702
	284.771
	293.075
	301.622
	Volume de RSU
	t
	208.468
	214.548
	220.804
	227.243
	233.870
	240.689
	247.708
	254.932
	262.366
	270.017
	277.890
	285.994
	294.334
	302.917
	311.750
	320.841
	330.197
	339.826
	349.736
	359.935
	370.431
	Produção RSU 
	t
	2.533.358
	2.607.233
	2.683.263
	2.761.510
	2.842.038
	2.924.915
	3.010.208
	3.097.989
	3.188.329
	3.281.304
	3.376.990
	3.475.467
	3.576.815
	3.681.119
	3.788.464
	3.898.939
	4.012.636
	4.129.649
	4.250.074
	4.374.010
	4.501.561
	Tx de compact. em aterro
	t/m³
	0,8
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Volume anual de RS
	m³
	3.166.697
	3.259.042
	3.354.079
	3.451.887
	3.552.547
	3.656.143
	3.762.760
	3.872.486
	3.985.412
	4.101.630
	4.221.238
	4.344.334
	4.471.019
	4.601.398
	4.735.580
	4.873.674
	5.015.795
	5.162.061
	5.312.592
	5.467.513
	5.626.951
	Volume de terras
	m³
	316.670
	325.904
	335.408
	345.189
	355.255
	365.614
	376.276
	387.249
	398.541
	410.163
	422.124
	434.433
	447.102
	460.140
	473.558
	487.367
	501.580
	516.206
	531.259
	546.751
	562.695
	Volume (RS + terras)
	m³
	3.483.367
	3.584.946
	3.689.486
	3.797.076
	3.907.802
	4.021.758
	4.139.036
	4.259.735
	4.383.953
	4.511.793
	4.643.362
	4.778.767
	4.918.121
	5.061.538
	5.209.138
	5.361.041
	5.517.375
	5.678.267
	5.843.851
	6.014.264
	6.189.646
	Volume (RS + terras) acum.
	m³
	3.483.367
	7.068.313
	10.757.799
	14.554.875
	18.462.677
	22.484.435
	26.623.471
	30.883.206
	35.267.158
	39.778.952
	44.422.314
	49.201.081
	54.119.201
	59.180.740
	64.389.877
	69.750.919
	75.268.294
	80.946.561
	86.790.412
	92.804.676
	98.994.322
	Área média aterro
	m2
	1.839.711
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Altura de exploração
	m
	35
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
Fonte: Própria
Para o cálculo da área do aterro vamos partir do volume total de aterro no último ano e á partir de cálculos de dimensionamento geométrico deduziremos as dimensões que deve ter o aterro.
Assim sendo, partiremos da ideia que o V = Ai × h, logo, se a altura é de 35 metros então o valor da Ai será:
Ai = , então: Ai = = 2 828 409 m2
Se assumirmos que o lado C é duas vezes superior ao lado B, e partindo do pressuposto que Ai = C × B, então B = = = 376 m. 
Se B = 376 m, então C = 752 m.
Figura 3.8 – Geometria Simplificada do aterro
Fonte: Própria
Para determinar a área de facto do aterro, usou-se a geometria simplificada de um aterro, passando dois cortes, um longitudinal e outro transversal no rectângulo com as dimensões de 752 m de comprimento e 376 m de lado, sabendo que a altura do aterro até ao seu encerramento será de 35 m.
Pelo facto de usarmos banquetas perimetrais com declive de 1:2, a geometria simplificada do aterro nos determinará as dimensões de 822 m de comprimento e 446 m de lado de acordo a Figura 3.8.
Assim sendo de acordos os cálculos serão necessário para a construção do aterro a área A = 366 612 m2.
Determinação da Área Buffer
Para o cálculo da Área Buffer que na realidade é a centróide, usamos o cálculo da geometria das massas para determinação das coordenadas x e y utilizando a seguintes fórmulas: 
	
	x = 
	(II)
e,
	
	y = 
	(III)
Para ser mais preciso usou-se a Tabela 3.6 como tabela de cálculo para as coordenadas x e y.
Tabela 3.7 – Tabela de cálculo para determinação da Área Buffer
	Município
	População 2018
	Cap
	Produção anual (t)
	X (m)
	Y (m)
	Pxi
	Pyi
	Xi
	Yi
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Cazenga
	1011397
	0,65
	239954
	11595
	57229
	2782265914
	13732323932
	10892
	55119
	Cacuaco
	1237477
	0,65
	293591
	14867
	58664
	4364823615
	17223246960
	
	
	Viana
	1838291
	0,65
	436135
	14231
	53840
	6206630635
	23481483620
	
	
	Luanda
	2487444
	1
	907917
	9519
	56466
	8642462494
	51266444710
	
	
	Belas
	1230101
	1
	448987
	6448
	50987
	2895067306
	22892493286
	
	
	Icolo e bengo
	126935
	0,65
	30115
	24887
	47691
	749480187
	1436230143
	
	
	Quiçama
	45262
	0,65
	10738
	13540
	42812
	145398065
	459732787,5
	
	
	Total
	 7.976.907 
	 
	2367438
	95087
	367689
	2,5786E+10
	1,30492E+11
	
	
Fonte: Própria
De acordo aos cálculos das coordenadas, notaremos que, a tendência é das coordenadas é de estarem mais próximas do maior centro de produção de resíduos e no caso em causa cumpriu-se á risca essa tendência. 
Ao nos cingirmos nas coordenadas apercebemo-nos que as mesmas nos farão uma aproximação geográfica ao município de Luanda e, percebe-se, pois, o município de Luanda abarca sensivelmente 30% da população que reside em Luanda e por ser o município sede a capitação ao invés de ser de 0,65 Kg/dia per capita é de 1 Kg/dia per capita segundo o PESGRU. 
Figura 3.9 – Representação da Área Buffer
Fonte: Própria
Análise Topográfica
A geomorfologia é de um dos factores a ser levado em conta na escolha de uma área para a instalação deum AS. A baixa declividade representa para um AS uma melhor manutenção e manuseio dos RS, influenciando de forma positiva as actividades operacionais que serão realizadas, quando a declividade é maior para um aterro representa riscos para a população e para o meio ambiente, pois uma declive acentuado favorece o escoamento de chorume, proporciona riscos de desbarrancamento em períodos chuvosos, pois altos declives dificultam a conformação da massa.
Assim sendo teremos os seguintes pesos:
Declive abaixo de 3%: Peso 0
Declive entre 3 e 30%: Peso 10
Declive acima de 30%: Peso 0
Para o caso em estudo que é a cidade de Luanda na sua zona de expansão, mais concretamente na zona circunvizinha a via expressa encontramos declives na ordem dos 3-30% de acordo a Figura 3.10, logo no que tange a esse aspecto a escolha de terrenos na parte Sul da cidade tomaria o peso de 10.
Figura 3.10 – Mapa geomorfológico de Luanda
Fonte: Própria
Análise geológica
As características do tipo de solo é um aspecto importante, pois a composição dos RSU são variados, podendo conter substâncias nocivas para o meio ambiente e ao homem, a decomposição dos RS nomeadamente os de origem orgânica que representa sensivelmente 25% dos RS em Luanda é a geração de chorume e, de forma geral a geração de odores e elevada poluição. Um solo de baixa permeabilidade (preferencialmente argiloso) é o mais indicado para que o mesmo não seja contaminado e evite a contaminação de águas subterrâneas.
Assim sendo tomaremos o seguinte padrão de referência:
	Solo Argiloso: Peso 10
	Calcário, margas: Peso 7
	Conglomerados, argilitos, siltes: Peso 4
	Depósito de praias: 0
De acordo o mapa geológico Figura 3.11 o solo da parte Sul da cidade é predominantemente calcário e margas no seu horizonte B, logo nesse aspecto temos peso 7.
Figura 3.11 – Mapa geológico de Luanda
Fonte: IGEO
Análise Hidrológica
A análise hidrológica é uma variável muito importante e, consequentemente a distância dos cursos de água deve ser criteriosamente analisada, pois a instalação de um AS perto de cursos de água propicia um grande risco de contaminação das águas superficiais, causando também danos à fauna, flora e a saúde dos humanos que possam vir a utilizar a água.
Assim para esse aspecto Figura 3.12 há a que levar em conta as distâncias relativamente aos cursos de água descritos na Tabela 2.2, para salvaguardar a salubridade dos cursos de água, da fauna, da flora e consequentemente dos seres humanos.
Desta feita para análise hidrológica em função da localização do AS na parte Sul da cidade na vizinhança da via expressa teremos os seguintes pesos:
Distância acima de 35: Peso 10
Distância abaixo de 35: Peso 0
Partindo do pressuposto da localização teremos a atribuir o Peso 10 ao terreno para implantar o aterro visto que na zona escolhida não há cursos de água superficial á distâncias inferiores a 35 metros.
Figura 3.12 – Mapa Hidrológico de Luanda
Fonte: Própria
Análise Hidrogeológica
A protecção das águas subterrâneas em função do uso de barreiras de protecção passiva, quando o solo apresenta baixas condições de permeabilidade ou em função do uso de barreiras activas, quando o mesmo apresenta altas condições de permeabilidade é das principais técnicas utilizadas no processo de construção de AS.
Assim sendo, a análise hidrogeológica Figura 3.13 constitui-se num dos aspectos fundamentais no processo de selecção de áreas para a implantação de AS.
Pelo seu carácter importante para o meio ambiente, para a fauna, a flora e para os seres humanos atribuímos os seguintes pesos:
Aquíferos abaixo de 1.5 m: Peso 0
Aquíferos acima de 1.5 m: Peso 10
Figura 3.13 – Mapa hidrogeológico de Luanda
Fonte: Própria
Escolha dos três locais para a implantação de AS
Com base nos pesos, as três áreas escolhidas para a implantação dos AS encontram-se descritas na Figura 3.14.
Figura 3.14 – Localização das três áreas para a implantação de AS
Fonte: Própria
Relação Custos de Transporte vs Localização do AS
Os As ficariam localizados á uma distância média de 57 Km do maior centro de produção de RS, no caso de Luanda.
Se partirmos do pressuposto que os custos de transporte rondam os 0.99 USD/Km teríamos como custo de transporte de resíduos por cada quilómetro o valor de 56,44 USD para cada tonelada a ser transportada. De acordo a Tabela 3.6 até o ano de 2038 haverá uma produção de 5 173 613 toneladas, então teremos como custo de transporte de RSU a cifra de 292 371 025 USD até a fase de encerramento do aterro.
Recomendação
Partindo do preessuposto que a distância média do centro de produção dos RS até ao AS é de sensivelmente 57 Km, recomendamos para além da construção do AS a construção de uma estação de transferência que há de servir o AS, encurtando assim a distância no processo de transporte dos RS, e garantindo desse modo a redução dos custos de transporte da zona metropolitana até ao aterro.
Conclusão 
As técnicas de Geoprocessamento utilizadas no trabalho constituíram-se em ferramentas ferramentas indispensáveis, eficientes e eficazes para que se atingisse o resultado esperado.
Foi com base nessas técnicas que conseguimos efectuar as análises geomorfológica, geológica, hidrológica e hidrogeológica, com o objectivo de definir três potenciais áreas para a implantação de AS para servir a zona metropolitana da cidade de Luanda. 
A análise multicritérios foi uma ferramenta relevante para o estudo, pois, permitiu analisar e combinar diferentes critérios tendo em vista a materialização do objectivo do estudo, deixando patente que tal recurso pode ser utilizado nas mais diversas áreas do conhecimento. 
Assim sendo as metodologias aplicadas revelaram-se eficazes naquele que foi o desenvolvimento e conclusão do trabalho em causa e, é importante salientar que, podíamos ainda analisar muitos outros factores que influem no processo de escolha de áreas para a implantação de aterros, mas ficamos limitados no que concerne a disponibilidade de informações necessárias para um trabalho muito mais apurado.
Referências bibliográficas

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