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AULA DE MOTO

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Se você nunca assistiu a um filme do Buster Keaton, não sabe o que está perdendo. Pode começar com Sherlock Jr que é um bom ponto de partida. Tem uma cena em que o ator está pegando carona no guidão de uma moto e não percebe que o motorista é derrubado. A motocicleta passa cegamente por uma série de obstáculos mirabolantes com uma série de acrobacias inacreditáveis. Esse filme foi lançado em 1924, quando as motos, assim como o cinema, eram bem diferentes…
A cultura de motociclismo como conhecemos hoje deve tudo as motos militares. A atuação das motocicletas, principalmente nas guerras mundiais, deixou um grande legado. Mas qual foi exatamente o papel que elas desempenharam nas forças armadas?
As imagens mais icônicas de motos de guerra são da Segunda Guerra Mundial. Voltando ao assunto cinema e motos, duas das minhas cenas de perseguição favoritas acontecem nesse contexto: Fugindo do Inferno e Indiana Jones e a Última Cruzada. Os registros mais famosos podem ser deste conflito, mas a história das motos militares começa bem antes.
Crimeia, em Maio de 1942, na luta pela península de Kerch. Kradmelder (mensageiro) Russo dormindo em uma BMW R75 com sidecar.
Veículos usados em operações de combate priorizavam proteção e poder de fogo. O som de balas ricocheteando na blindagem é um “alívio” para quem estava cercado por explosões. As motos não tem nada disso. Elas deixam o piloto exposto, não possuem poder de fogo, são facilmente danificadas, e não funcionam em certos terrenos e condições climáticas.
Tropas americanas com motos armadas desenhadas pelo próprio William Harley, em 1916.
Os EUA chegaram a usar algumas Harley-Davidson durante o conflito com os revolucionários mexicanos, liderados por Pancho Villa entre 1910 e 1919. Elas não tiveram papel decisivo e a utilização estava mais para um teste que trouxe algumas inovações e provou o potencial das máquinas.
A vantagem das motocicletas em combate são outras: A velocidade é ideal para batedores, missões de reconhecimento, e mensageiros. Por serem menores e mais ágeis, elas tinham facilidade de acesso, usavam menos combustível, e podiam ser agrupadas e transportadas para posições estratégicas.
A Primeira Grande Guerra
Harley-Davidson do exército americano na Primeira Guerra Mundial.
A Primeira Guerra Mundial foi a primeira vez que as forças armadas de vários países usaram as motos em grande escala. Apesar do conflito de trincheiras, elas foram uma peça importante e versátil no arsenal aliado.
Foram utilizadas para combate direto em unidades de infantaria equipadas com motocicletas que transportavam rapidamente as equipes de artilharia até a posição mais estratégica. Equipes médicas subiam nas motos tanto para evacuar feridos em sidecars com maca equipada, quanto para levar suprimentos e munição para as linhas de frente.
As motocas também foram usadas em missões de reconhecimento e patrulhas de segurança, mas entre todas essas funções a mais valiosa foi entregar mensagens! A comunicação eletrônica da época era péssima e despachar alguém era o jeito mais eficaz de entregar encomendas, relatórios e mapas. Mensageiros montados em motos voavam por zonas de fogo, passando por cima de crateras, detritos e cadáveres, penetrando as linhas inimigas.
Tipos de motos na Primeira Guerra Mundial
1919 Indian Military Powerplus
A demanda militar por motos teve um impacto enorme na produção mundial. Só os EUA produziam mais de 80 mil, entre elas 50 mil Indians e 20 mil Harleys.
Até o início da guerra, a Indian era a maior fabricante do mundo e seu modelo de batalha era uma adaptação da PowerPlus Big Twin. Quem explodiu (no bom sentido) com o início da guerra foi a britânica Douglas, que produziu mais de  70.000 motocicletas.
Essa foto em Gallipoli mostra a quantidade de motos Douglas usadas e também a irregularidade dos uniformes da época!
Entre as marcas que estão vivas hoje, a Triumph concentrou forneceu sua produção integral de 30.000 máquinas e Harley dedicou cerca de um terço de sua produção para entregar 15.000 motos de guerra (adaptação do modelo J).
A fartura bélica durou pouco, e muitas marcas fecharam as portas na época de paz e a Grande Depressão. A Indian analisou mal o impacto que a venda militar teria no mercado interno civil e suas concessionárias Indian ficaram sem nada para vender. Mesmo com um grande esforço pós guerra, ela nunca recuperou a primeira colocação no mercado. A Harley, por outro lado, pode ter ficado em segundo plano no fornecimento militar, mas por isso foi capaz de manter a venda interna, recuperando rapidamente seu posicionamento.
A Segunda Guerra Mundial
Harley-Davidson Iron Horse!
Quem arrematou a maioria e os melhores contratos militares na Segunda Guerra Mundial foi a Harley. A produção da Harley-Davidson de 1942 foi toda para o exterior, e cada vendedor do mercado interno americano recebeu apenas uma moto naquele ano.
A menos que o cara fosse policial, bombeiro ou militar, a chance de ele pilotar uma Harley nova nessa época era zero. No total foram cerca de 90.000 motos, entre elas 30.000 emprestadas para a Rússia, além de pequenas vendas para os outros aliados. Essa experiência preparou a empresa para lidar com a enorme demanda quando os soldados que retornavam queriam pilotar as mesmas máquinas.
Harley Davidson WLA
A Harley WLA em ação. Pulos com uma hardtail, usando máscara de gás, parte do trabalho.
A moto Harley-Davidson WLA começou a ser produzida em 1940. Ao contrário das adaptações da primeira guerra, elas foram feitas com muito especificidade. Eram mais pesadas e bem mais confortáveis.
Os pára-lamas foram moldadas para arremessar a lama das rodas pela lateral
O quadro foi equipado com um bagageiro para munição e rádio, além de alforges que podiam ser pendurados nas laterais.
A frente da moto ganhou uma bainha grande o suficiente para carregar uma submetralhadora Thompson e um suporte para mais uma caixa de munição.
Um conjunto secundário de faróis foi instalado para difundir a luz e deixar a moto menos visível a noite.
Também houveram mudanças mecânicas; o cárter foi redesenhado para diminuir o consumo de água.
O filtro de ar foi substituído por um filtro a banho de óleo. O soldado podia fazer a manutenção com o óleo do motor ao invés de carregar filtros extras.
BMW R75
Moto BMW R75
A Harley já fazia motos desde 1906, e por isso saiu na frente da concorrente BMW, que começou por volta de 1921. A fabricante européia dominava a soldagem elétrica e assim consegui criar articulações extremamente fortes. Esta prática nasceu da necessidade; os sidecars continuaram bem populares na Alemanha, mas forçavam bastante o quadro de uma moto.
A R75 do exército Alemão tinha um sidecar permanentemente com a roda conectada à roda traseira da moto, o que melhorou muito a tração e dirigibilidade em condições adversas. Todas as três rodas eram intermutáveis e um pneu reserva era acoplado à traseira de cada carro lateral. Cada moto carregava três galões de combustível e uma metralhadora, tornando a R75 um veículo de guerra super utilitário capaz de transportar três pessoas.
Polícia motorizada em Berlin.
Qualquer moto feita pela BMW até 1994 também tinha um outro truque mecânico inteligente que Harley-Davidson não havia sido capaz de fazer: transmissão do tipo cardã. A transmissão da Harley, como a maioria das motos da época, eram feitas por correntes e os EUA e a Alemanha descobririam que nas areias das campanhas pelo norte da África a transmissão fechada da BMW era muito melhor do que as WLA com corrente exposta.
Nada seLIFESTYLE
Motos militares: A história do motociclismo nas Guerras Mundiais
 
Se você nunca assistiu a um filme do Buster Keaton, não sabe o que está perdendo. Pode começar com Sherlock Jr que é um bom ponto de partida. Tem uma cena em que o ator está pegando carona no guidão de uma moto e não percebe que o motorista é derrubado. A motocicleta passa cegamente por uma série de obstáculos mirabolantes com uma série de acrobacias inacreditáveis. Esse filme foi lançadoem 1924, quando as motos, assim como o cinema, eram bem diferentes…
A cultura de motociclismo como conhecemos hoje deve tudo as motos militares. A atuação das motocicletas, principalmente nas guerras mundiais, deixou um grande legado. Mas qual foi exatamente o papel que elas desempenharam nas forças armadas?
As imagens mais icônicas de motos de guerra são da Segunda Guerra Mundial. Voltando ao assunto cinema e motos, duas das minhas cenas de perseguição favoritas acontecem nesse contexto: Fugindo do Inferno e Indiana Jones e a Última Cruzada. Os registros mais famosos podem ser deste conflito, mas a história das motos militares começa bem antes.
Crimeia, em Maio de 1942, na luta pela península de Kerch. Kradmelder (mensageiro) Russo dormindo em uma BMW R75 com sidecar.
Veículos usados em operações de combate priorizavam proteção e poder de fogo. O som de balas ricocheteando na blindagem é um “alívio” para quem estava cercado por explosões. As motos não tem nada disso. Elas deixam o piloto exposto, não possuem poder de fogo, são facilmente danificadas, e não funcionam em certos terrenos e condições climáticas.
Tropas americanas com motos armadas desenhadas pelo próprio William Harley, em 1916.
Os EUA chegaram a usar algumas Harley-Davidson durante o conflito com os revolucionários mexicanos, liderados por Pancho Villa entre 1910 e 1919. Elas não tiveram papel decisivo e a utilização estava mais para um teste que trouxe algumas inovações e provou o potencial das máquinas.
A vantagem das motocicletas em combate são outras: A velocidade é ideal para batedores, missões de reconhecimento, e mensageiros. Por serem menores e mais ágeis, elas tinham facilidade de acesso, usavam menos combustível, e podiam ser agrupadas e transportadas para posições estratégicas.
A Primeira Grande Guerra
Harley-Davidson do exército americano na Primeira Guerra Mundial.
A Primeira Guerra Mundial foi a primeira vez que as forças armadas de vários países usaram as motos em grande escala. Apesar do conflito de trincheiras, elas foram uma peça importante e versátil no arsenal aliado.
Foram utilizadas para combate direto em unidades de infantaria equipadas com motocicletas que transportavam rapidamente as equipes de artilharia até a posição mais estratégica. Equipes médicas subiam nas motos tanto para evacuar feridos em sidecars com maca equipada, quanto para levar suprimentos e munição para as linhas de frente.
As motocas também foram usadas em missões de reconhecimento e patrulhas de segurança, mas entre todas essas funções a mais valiosa foi entregar mensagens! A comunicação eletrônica da época era péssima e despachar alguém era o jeito mais eficaz de entregar encomendas, relatórios e mapas. Mensageiros montados em motos voavam por zonas de fogo, passando por cima de crateras, detritos e cadáveres, penetrando as linhas inimigas.
Tipos de motos na Primeira Guerra Mundial
1919 Indian Military Powerplus
A demanda militar por motos teve um impacto enorme na produção mundial. Só os EUA produziam mais de 80 mil, entre elas 50 mil Indians e 20 mil Harleys.
Até o início da guerra, a Indian era a maior fabricante do mundo e seu modelo de batalha era uma adaptação da PowerPlus Big Twin. Quem explodiu (no bom sentido) com o início da guerra foi a britânica Douglas, que produziu mais de  70.000 motocicletas.
Essa foto em Gallipoli mostra a quantidade de motos Douglas usadas e também a irregularidade dos uniformes da época!
Entre as marcas que estão vivas hoje, a Triumph concentrou forneceu sua produção integral de 30.000 máquinas e Harley dedicou cerca de um terço de sua produção para entregar 15.000 motos de guerra (adaptação do modelo J).
A fartura bélica durou pouco, e muitas marcas fecharam as portas na época de paz e a Grande Depressão. A Indian analisou mal o impacto que a venda militar teria no mercado interno civil e suas concessionárias Indian ficaram sem nada para vender. Mesmo com um grande esforço pós guerra, ela nunca recuperou a primeira colocação no mercado. A Harley, por outro lado, pode ter ficado em segundo plano no fornecimento militar, mas por isso foi capaz de manter a venda interna, recuperando rapidamente seu posicionamento.
A Segunda Guerra Mundial
Harley-Davidson Iron Horse!
Quem arrematou a maioria e os melhores contratos militares na Segunda Guerra Mundial foi a Harley. A produção da Harley-Davidson de 1942 foi toda para o exterior, e cada vendedor do mercado interno americano recebeu apenas uma moto naquele ano.
A menos que o cara fosse policial, bombeiro ou militar, a chance de ele pilotar uma Harley nova nessa época era zero. No total foram cerca de 90.000 motos, entre elas 30.000 emprestadas para a Rússia, além de pequenas vendas para os outros aliados. Essa experiência preparou a empresa para lidar com a enorme demanda quando os soldados que retornavam queriam pilotar as mesmas máquinas.
Harley Davidson WLA
A Harley WLA em ação. Pulos com uma hardtail, usando máscara de gás, parte do trabalho.
A moto Harley-Davidson WLA começou a ser produzida em 1940. Ao contrário das adaptações da primeira guerra, elas foram feitas com muito especificidade. Eram mais pesadas e bem mais confortáveis.
Os pára-lamas foram moldadas para arremessar a lama das rodas pela lateral
O quadro foi equipado com um bagageiro para munição e rádio, além de alforges que podiam ser pendurados nas laterais.
A frente da moto ganhou uma bainha grande o suficiente para carregar uma submetralhadora Thompson e um suporte para mais uma caixa de munição.
Um conjunto secundário de faróis foi instalado para difundir a luz e deixar a moto menos visível a noite.
Também houveram mudanças mecânicas; o cárter foi redesenhado para diminuir o consumo de água.
O filtro de ar foi substituído por um filtro a banho de óleo. O soldado podia fazer a manutenção com o óleo do motor ao invés de carregar filtros extras.
BMW R75
Moto BMW R75
A Harley já fazia motos desde 1906, e por isso saiu na frente da concorrente BMW, que começou por volta de 1921. A fabricante européia dominava a soldagem elétrica e assim consegui criar articulações extremamente fortes. Esta prática nasceu da necessidade; os sidecars continuaram bem populares na Alemanha, mas forçavam bastante o quadro de uma moto.
A R75 do exército Alemão tinha um sidecar permanentemente com a roda conectada à roda traseira da moto, o que melhorou muito a tração e dirigibilidade em condições adversas. Todas as três rodas eram intermutáveis e um pneu reserva era acoplado à traseira de cada carro lateral. Cada moto carregava três galões de combustível e uma metralhadora, tornando a R75 um veículo de guerra super utilitário capaz de transportar três pessoas.
Polícia motorizada em Berlin.
Qualquer moto feita pela BMW até 1994 também tinha um outro truque mecânico inteligente que Harley-Davidson não havia sido capaz de fazer: transmissão do tipo cardã. A transmissão da Harley, como a maioria das motos da época, eram feitas por correntes e os EUA e a Alemanha descobririam que nas areias das campanhas pelo norte da África a transmissão fechada da BMW era muito melhor do que as WLA com corrente exposta.
Nada se cria, tudo se copia!
Pra gente é fácil entender mas para os engenheiros norte-americanos na década de 1930 e de 1940 esses conceitos eram totalmente estrangeiros; eles conseguiam imaginar na teoria, mas não conseguiam descobrir como fazer. A BMW tinha o segredo da fórmula e seu design avançado deu aos os militares alemães uma importante vantagem.
No entanto, assim como o famoso galão Jerry Can, as tropas aliadas conseguiram capturar uma moto alemã para estudar em casa. Os engenheiros dos EUA enviaram as informações para a Harley-Davidson, que ficou encarregada de produzir um projeto com transmissão similar. Deu certo, e pouco mais de 1.000 modelos XA ficaram prontos.
A burocracia militar e a utilização de jipes, melhores para transportar mais de uma pessoa, fizeram as poucas XAs produzidas irem parar nas base em solo americano. Os Soviéticos tambémadquiriram o mesmo design, que a Ural usou para desenvolver suas M-72 com sidecars.
 cria, tudo se copia!
Pra gente é fácil entender mas para os engenheiros norte-americanos na década de 1930 e de 1940 esses conceitos eram totalmente estrangeiros; eles conseguiam imaginar na teoria, mas não conseguiam descobrir como fazer. A BMW tinha o segredo da fórmula e seu design avançado deu aos os militares alemães uma importante vantagem.
No entanto, assim como o famoso galão Jerry Can, as tropas aliadas conseguiram capturar uma moto alemã para estudar em casa. Os engenheiros dos EUA enviaram as informações para a Harley-Davidson, que ficou encarregada de produzir um projeto com transmissão similar. Deu certo, e pouco mais de 1.000 modelos XA ficaram prontos.
A burocracia militar e a utilização de jipes, melhores para transportar mais de uma pessoa, fizeram as poucas XAs produzidas irem parar nas base em solo americano. Os Soviéticos também adquiriram o mesmo design, que a Ural usou para desenvolver suas M-72 com sidecars.
Motos BSA no desfile de Vitória em Londres. A BSA, que também era a dona da Triumph, era a maior fabricante do Reino Unido e a M20 foi a moto mais produzida da Segunda Guerra Mundial, com 126.000 unidades em serviço ativo.
A Segunda Guerra Mundial é considerada o auge da motocicleta militar, mas elas tiveram um papel bem reduzido em comparação com as operações de combate da primeira Guerra Mundial. A predominância de armaduras móveis na forma dos tanques de guerra limitou a efetividade das motos nas batalhas. O uso foi limitado a policiamento, reconhecimento e é claro, correio.
O motivo principal delas terem marcado tanto é que comboios militares eram escoltados por motos, incluindo a Segunda Divisão Blindada “Hell on Wheels” do brigadeiro-general George S. Patton, que libertou boa parte da Europa Ocupada. As motos de reconhecimento geralmente eram as primeiras a entrar no território libertado, e por isso a Harley WLA ficou conhecida como “A Libertadora”, um ícone de liberdade.
Pós Guerra
Motocicleta Norton
As motocicletas produzidas pelos EUA e pela Alemanha durante a Segunda Guerra Mundial ajudaram a impulsionar muitos aspectos da engenharia mecânica, possibilitando as máquinas que temos hoje. E o que aconteceu com todas essas motos, utilizadas ou não, espalhadas pelo mundo quando a Segunda Guerra acabou?
Embora a Segunda Guerra Mundial tenha ajudado Harley-Davidson a sobreviver e prosperar, as políticas do pós-guerra plantaram as sementes de eventuais dificuldades da empresa (e da Indian), que tiveram que competir contra marcas britânicas e europeias.
As americanas precisaram que esperar até o final da década de 40 para poder comprar as matérias-primas para satisfazer a demanda, pois grande parte do aço e alumínio estava reservados para o Plano Marshall, facilitando a entrada estrangeiras baratas e leves.
A história também conta que muitos militares e pessoas encantadas com as máquinas de guerra compraram estoques excedentes de WLAs, cheias de equipamentos e partes desnecessárias. Essas pares eram cortadas (chopped) fora das motos, dando origem ao termo “Chopper”, e a eventual ascensão da cultura motociclista da década de 1950.
Apesar da produção de centenas de milhares de unidades para uso militar na Segunda Guerra, a moto nunca mais viu uso tão generalizado em conflitos, provavelmente por causa dos avanços na comunicação e na mudança radical nos armamentos. Alguns modelos off-road ainda tem um espaço bem pequeno no arsenal militar como meio rápido e ágil para transportar documentos em caso de emergência e para mover tropas de um ponto para o outro mas os dias das realmente fat Harley e das BMWs com sidecars ficaram no passado.
Não que a Harley, que vendeu mais de 250.000 mil motos em 2015, e as outras marcas sobreviventes sintam tanta falta assim, pois o legado de liberdade que as motos passam continua mais forte do que nunca.
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ESCRITO POR LUCAS AZEVEDO
Apaixonado por experiência do cliente, varejo e produtos. Criei o Só Queria Ter Um para compartilhar minhas experiências com botas, raw denim e vintage!
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