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COMPETÊNCIA ARTIGOS 21 A 33 
DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
A primeira informação que devemos procurar sobre a unidade que vamos agora trabalhar (denominada de 
competência) e para que se possa ter um bom entendimento sobre o assunto, é aquela que nos deve dizer, da 
existência ou da não existência de essencial diferença entre competência e 
capacidade. 
Significa dizer se competência e capacidade se equivalem ou completamente diferentes se apresentam. 
Vejamos rapidamente o significado de capacidade. Entende-se por capacidade a aptidão ou qualidade de 
certa coisa ou pessoa para satisfazer ou cumprir determinado objetivo, não só, sendo a coisa, porque esteja 
em condições de atender ao fim colimado, como sendo a pessoa, ter habilidades, inteligência ou dotes 
necessários para desempenho daquilo que se quer que faça. Nesse sentido, chega a confundir-se com 
autoridade, que evidencia a soma de atribuições e de poderes de que se acha investida a pessoa. 
Mas, na terminologia jurídica, em relação às pessoas, tem sentido próprio: quer significar a aptidão legal que 
tem a pessoa, seja física ou jurídica, de adquirir e exercer direitos. 
É a capacidade jurídica. E, assim, diz-se capacidade de fruição, quando esta se estende ao uso e gozo dos 
direitos, em oposição à capacidade de exercício, quando o próprio titular que frui os direitos, pode exercitá-
los pela livre administração. 
A capacidade, compreendida neste sentido, isto é, segundo princípio de que todo homem é capaz de direitos 
e obrigações, resulta numa dualidade de conceitos: 
(1) CAPACIDADE DE DIREITO = Aquela que mostra a capacidade para adquiri-lo. 
(2) CAPACIDADE DE FATO = Aquela que indica a capacidade efetiva para exercê-lo. 
Vale lembrar, que a capacidade jurídica da pessoa é sempre regulada por sua lei pessoal. Existe ainda a 
capacidade civil, capacidade comercial, capacidade política e a capacidade processual (ver de Plácido e 
Silva). 
Resumidamente, finalizando, assim podemos conceituar: “aptidão legal para o exercício de direitos por 
pessoa natural ou jurídica”. 
Desse modo, poderá ser: 
(1) PLENA = Quando sem restrições ou RELATIVA = Quando excluída para a prática de certos atos e 
modo de exercê-los. 
(2) DE DIREITO = Capacidade para adquirir um direito ou de FATO = Capacidade efetiva para exercitar 
um direito. 
Por sua vez a competência no sentido geral e academicamente explicada é atribuição, capacidade ou 
faculdade concedida por lei a alguém ou a algum órgão para fazer uma coisa, conhecer ou decidir algum 
assunto. 
Para o sábio professor José Afonso da Silva (in Curso de Direito Constitucional Positivo) competência “é a 
faculdade juridicamente atribuída a uma entidade, órgão ou agente do Poder Público para emitir decisões”; 
ainda, “Competências são as diversas modalidades de poder de que se servem os órgãos ou entidades 
estatais para realizar suas funções”. 
O professor Orlando Soares (in Comentários à Constituição), por sua vez, assegura que em sentido lato, a 
noção de competência corresponde ao poder legal que tem a pessoa, em razão de sua função, ou cargo, de 
praticar os atos inerentes a este ou àquela. Do ponto de vista estritamente do Direito Constitucional, a 
Constituição Federal estabelece a competência da União, acerca de suas atribuições e prerrogativas, na 
federação. 
A personalidade da federação brasileira (ou seja, do conjunto dos Estados-membros, do Distrito Federal e 
dos Territórios), assume um tríplice aspecto, refletindo-se sobre as seguintes angulações: 
(I) A ordem internacional (do ponto de vista da nação brasileira, como Estado soberano, ou seja, a República 
Federativa do Brasil); 
(II) A ordem constitucional interna (a União); e 
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(III) A ordem privada (abrangendo a esfera fiscal, econômica, administrativa, social, onde quer que estejam 
presentes os órgãos federais). 
A predominância do interesse se manifesta da seguinte forma (nas esferas): 
NA UNIÃO = Interesse geral (competência no território nacional); 
NOS ESTADOS-MEMBROS = Interesse regional (competência regionalizada); 
NOS MUNICÍPIOS = Interesse local (competência localizada); e 
NO DISTRITO FEDERAL = Interesse duplo, vale dizer, regional e local(competência regionalizada e 
localizada). 
A competência assim se divide, no vigente texto constitucional: 
Artigo 21 (INCISOS DE I A XXV)Competência da União. 
Artigo 22 (INCISOS DE I A XXIX)Competência Privativa da União. 
Artigo 22 (PARÁGRAFO ÚNICO)Possibilidades de delegação de competência da União para os 
Estadosmembros 
Artigo 23Competência Comum da União, Estados-membros, Distrito Federal e Municípios. 
Artigo 24Competência Concorrente entre União, Estados-membros e Distrito Federal. 
Artigo 24 (§§ 2º E 3º)Competência concorrente/suplementar dos Estados-membros 
Artigo 25 (§ 1º)Competência Remanescente ou Reservada do Estado-membro 
Artigo 30 (COMPETÊNCIA SUPLEMENTAR DO MUNICÍPIO)Incisos: I III à IX - Competência 
enumerada do Município. 
Inciso II - Competência suplementar do Município. 
Artigo 32 (“CAPUT”)Competência para edição de sua própria lei orgânica 
Artigo 32 (§ 1º)Competência Reservada do Distrito Federal 
Vejamos agora, as competências (agrupadas) que cada uma das áreas da administração política 
administrativa possui: 
COMPETÊNCIAS DA UNIÃO: (a) competência internacional; (b) competência 
política; (c) competência administrativa; (d) competência para prestação de serviços; (e) competência 
urbanística; (f) competência econômica; (g) competência material comum, cumulativa ou paralela; (h) 
competência financeira e tributária; (I) competência monetária; (J) competência social; (l) competência 
legislativa privativa (sobre: direito administrativo direito processual (civil, do trabalho e penal), e direito 
material; (m) competência concorrente). 
COMPETÊNCIAS DOS ESTADOS: (a) competência remanescente ou residual (reservada, somente para 
alguns); (b) competência vedada ou proibida; (c) competência exclusiva particularizada; (d) competência 
comum, cumulativa ou paralela; (e) competências concorrentes; (f) competência estaduais materiais 
(econômica, social, administrativa, financeira, e tributária); (g) competências legislativas. 
COMPETÊNCIAS DOS MUNICÍPIOS: (a) competência legislativa; (b) competência suplementar; (c) 
competência comum, cumulativa ou paralela; (d) competência administrativa; (e) competência financeira; (f) 
competência tributária; (g) competência urbanística. 
COMPETÊNCIAS DO DISTRITO FEDERAL: (a) competência legislativa; (b) 
competência comum, cumulativa ou paralela, e (c) competência tributária. 
OBSERVAÇÕES: 
(1ª) = Quanto à diferença da competência privativa e exclusiva, assim nos ensina o professor José Afonso da 
Silva (in Curso de Direito Constitucional Positivo) “a diferença que se faz entre competência exclusiva e 
privativa é que aquela é indelegável e esta é delegável. Então, quando se quer atribuir competência própria a 
uma entidade ou órgão com possibilidade de delegação de tudo ou de parte, declara-se que compete 
privativamente a ele a matéria indicada. Mas a Constituição não é rigorosamente técnica neste assunto”. 
(2ª) = Para Fernanda Dias Menezes de Almeida (obra já citada), diferentemente do professor José Afonso da 
Silva (obra já citada), sobre competência privativa e exclusiva, aponta que: “o que não nos parece 
apropriado, no entanto, é extremar mediante o uso dos termos privativo e exclusivo as competências 
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próprias que podem e as que não podem ser delegadas, como se privativo não exprimisse tanto quanto 
exclusivo, a idéia do que é deferidas a um titular com exclusão de outros”. 
(3ª) = Para Alexandre de Moraes (in Curso de Direito Constitucional), aos Estados-membros é reservadas as 
competências administrativas que não lhes sejam vedadas pela Constituição,ou seja, cabem na área 
administrativa privativamente ao Estado todas as competências que não forem da União (artigo 21 da CF), 
dos Municípios (artigo 30 da CF) e comuns (artigo 23 da CF). 
É a chamada competência remanescente dos Estados-membros, técnica clássica adotada originariamente 
pela Constituição norte-americana e por todas as Constituições brasileiras, desde a República, e que 
presumia o benefício e a preservação de autonomia desses em relação à União, uma vez que a regra é o 
governo dos Estados, a exceção do Governo Federal, pois o poder reservado ao governo local é mais 
extenso, por ser indefinido e decorrer da soberania do povo, enquanto o poder geral é limitado e se compõe 
de certo modo de exceções taxativas. 
(4ª) = Competência, nos ensinamentos do professor Marcus Cláudio Acquaviva: “é o alcance da jurisdição 
de um magistrado. É o âmbito de seu poder de dizer o direito. Por isso, um juiz competente para causas 
trabalhistas poderá não ser competente para questões penais, não porque ele não conheça direito penal, mas 
porque a própria lei estabelece que o juiz não pode invadir a competência, o raio de ação do outro”. 
(5ª) = As competências legislativas do Município caracterizam-se pelo princípio da predominância do 
interesse local, com substanciado no artigo 30, inciso I (competência genérica), artigo 30, inciso II 
(competência suplementar), artigo 30, incisos de III à IX, 144 § 8º (predominância do interesse local), artigo 
182 (competência para um estabelecimento de um plano diretor). 
(6ª) = 
]Podemos, também, aqui tratar das seguintes competências: 
(a) Em RAZÃO DA MATÉRIA = “ratione materiae” Þ Que é aquela que se atribui a um órgão judiciário em 
razão da natureza de sua jurisdição (civil, penal, trabalho e outros); 
(b) Em RAZÃO DO LUGAR = “ratione loci” Þ Que é a competência de um órgão judiciário determinada 
pelo lugar em que se situa a residência ou o domicílio das partes, ou pela situação dos bens que são objeto da 
demanda; 
(c) Em RAZÃO DO VALOR DA CAUSA = “ratione valori” Þ Aquela atribuída a um órgão judiciário que 
se determina pelo valor da causa. 
Ainda, da competência ORIGINÁRIA Þ Que é a competência de um órgão judiciário para conhecer, antes 
de qualquer outro, de determinada lide independentemente de distribuição (como exemplo oferece: artigo 
102, inciso I e artigo 105, inciso I da Constituição Federal); e da competência por CONEXÃO Þ Aquela 
competência deferida ao juiz para julgar determinada lide, em razão desta se achara ligada a outra que se 
encontrava “sub Judice” com o mesmo Magistrado. 
(7ª) = A União faculta a delegação de assuntos de sua competência legislativa (privativa) aos Estados (artigo 
22 parágrafo único), desde que satisfeitos os requisitos: formal, material e implícito. 
(1) Quanto ao FORMAL, a delegação deve ser objeto de lei complementar devidamente aprovada por 
maioria absoluta dos membros da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, ou seja, pelo Congresso 
Nacional. 
(2) Quanto ao requisito MATERIAL, este somente poderá ser delegado um ponto específico dentro de uma 
das matérias descritas nos incisos que formam o art. 22, competência privativa da União, pois a delegação 
não se reveste de generalidade, mas de particularização de questões específicas, do elenco das matérias 
incluídas na privatividade legislativa da União. 
(3) Por fim, o requisito IMPLÍCITO, que através do art. 19 do vigente texto constitucional, vedamos a 
criação por parte de qualquer dos entes federativos de preferências entre si assim, a lei complementar 
editada pela União deverá delegar um ponto específico de sua competência a todos os Estados-membros, 
sob pena de ferimento do princípio da igualdade federativa (Anna Cândida da Cunha Ferraz). 
(8ª) = Finalizando, vamos falar um pouco das competências: 
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(a) CONCORRENTE = É aquela competência que nas federações de Estados e mediante regra 
constitucional, o poder central (União) permite aos Estadosmembros legislar, tanto como a União, sobre 
determinadas matérias; 
(b) EXCLUSIVA = É aquela competência que não pode ser atribuída a outrem. É privativa. E em certos 
casos é indelegável; 
(c) SUPLEMENTAR = É a atribuição conferida aos Estados-membros para legislar sobre norma geral não 
legislada pela União (podemos dizer, também: competência residual). 
(9ª) = Quanto ao artigo 25, têm os Estados-membros a autonomia de se organizarem e se regerem pelas 
Constituições Estaduais por eles mesmos elaborados e pelas leis que adotarem observando, sempre, os 
princípios da Constituição Federal. Quanto ao artigo 26, continuam a pertencer aos Estadosmembros os 
mesmos bens que lhe haviam sido atribuídos pela Constituição de 1967. Quanto ao artigo 27, observamos 
princípio criado, pois foi a primeira vez que tivemos norma quanto à fixação, na Emenda Constitucional nº 1 
de 1969, 13 § 6º. Quanto ao artigo 28, traz novidade no Direito Constitucional, pois 
anteriormente os governadores “chamados de biônicos” eram eleitos por um colégio eleitoral. Quanto ao 
artigo 29, traz a capacidade de auto-organização dos municípios. No passado, antes de 1988, os Estados-
membros possuíam ingerência sobre as municipalidades, com poder de organizar, de estabelecer 
suas competências e até de ditar suas estruturas. Os municípios eram verdadeiros apêndices do Estado, ou 
como alguns, ainda dizem, eram como as asas de uma xícara. Agora os municípios integram a estrutura 
federativa. 
Quanto ao artigo 30, trata de competência dos municípios e traz o direito de legislar sobre assunto de 
interesse local (no inciso I). A frase “interesse local” no entender de Hely Lopes Meirelles, não significa o 
interesse exclusivo do município, não é interesse privativo da localidade, como também, não é interesse 
único dos munícipes. Prossegue no seu entendimento, dizendo: Se se exigisse essa exclusividade, essa 
privatividade, essa unicidade, bem reduzido ficaria o âmbito da administração local, aniquilando-se a 
autonomia municipal. Quanto ao artigo 32, do Distrito Federal, o texto oferece um poder de auto-
organização, alcançado, agora, na sua plenitude. Quanto ao título oferecido: Lei Orgânica, não passa de 
mera nomenclatura, pois poderia ser Constituição do Distrito Federal. Por fim, quanto ao artigo 33 
(agrupando-os num só título: Estados Municípios, Distrito Federal e Territórios), trata dos 
territórios, no sentido sobre a organização administrativa e judiciária. 
ENTENDEU DIREITO OU QUER QUE DESENHE? 
1 
O Congresso Nacional é composto de 513 Deputados Federais e de 81 Senadores. 
A Mesa do Congresso Nacional é órgão de direção de um colegiado encarregado da condução 
dos trabalhos legislativos e administrativos da Casa. A Mesa é composta por Senadores e 
Deputados Federais, de maneira alternada, sendo certo que o Presidente do Senado Federal será 
sempre o Presidente da Mesa do Congresso Nacional, o 1º Vice-Presidente da Câmara dos 
Deputados será o 1º Vice-Presidente do Congresso Nacional, o 2º Vice-Presidente do Senado 
será o 2º Vice-Presidente do Congresso Nacional, e assim consecutivamente, nos termos da CF: 
CF, Art. 57, 5º - A Mesa do Congresso Nacional será presidida pelo Presidente do Senado 
Federal, e os demais cargos serão exercidos, alternadamente, pelos ocupantes de cargos 
equivalentes na Câmara dos Deputados e no Senado Federal. 
 
 
 
Controle de constitucionalidade caracteriza-se, em princípio, como um mecanismo de correção presente 
em determinado ordenamento jurídico, consistindo em um sistema de verificação da conformidade de um 
ato (lei, decreto, etc) em relação à Constituição. Não se admite que um ato, hierarquicamente, inferior à 
Consituição confronte suas premissas, caso em que não haveria harmonia das próprias normas, gerando 
insegurança jurídica para os destinatários do sistema jurídico. 
Para que um sistema jurídico funcione, pressupõe-se sua ordeme unidade, devendo as partes agir de maneira 
harmoniosa. O mecanismo de Controle de Constitucionalidade procura restabelecer a unidade ameaçada, 
considerando a supremacia e a rigidez das disposições constitucionais. Conforme ensina o jurista Calil 
Simão, o Sistema de Controle de Constitucionalidade destina-se a analisar a lesão dos direitos e garantias 
previstos na Constituição de um país, objetivando assegurar a observância das normas constitucionais, 
consequentemente, a sua estabilidade e preservação. 
A definição de Controle de Constitucionalidade não é única. Quando se associa o conceito a um 
mecanismo de controle, este deve ser entendido em sentido estrito, já que demonstra as consequências 
comparativas de determinado ato para com a ((Constituição)). No sentido estrito, a definição sempre implica 
em reconhecer o afastamento, anulação, eliminação ou neutralização das normas contrárias à Constituição2 , 
sem possibilidade do ato incompatível ser preservado. 
Independentemente do tipo de definição a ser adotada, a criação do mercanismo de Controle de 
Constitucionalidade só faz sentido quando inserida num sistema normativo organizado por uma regra 
central que confira validade às demais; a ((Constituição)). As normas não existem de forma isolada, são 
unidas em um sistema, distribuindo-se ainda em camadas hierárquicas, que descem da norma fundamental 
até as normas individuais4 . Utilizando-se da metáfora proposta por (((Hans Kelsen))), assim como um 
desenho piramidal, as normas obedecem uma estrutura escalonada, dispondo as normas superiores sobre a 
criação das inferiores, não podendo haver nenhuma norma válida que não tenha sido criada de acordo com o 
previsto em outra norma do sistema. A (((Constituição)), no ápice da pirâmide é a norma responsável por 
estabelecer a organização do Estado, a proteção de direitos individuais, as competências de cada ente da 
((Federação)), as premissas básicas de educação, família, meio-ambiente, dentre inúmeros outros tópicos. 
Mesmo que possa ser fruto de processos de aprovação distintos, de acordo com o sistema jurídico e as 
tradições de cada país (common law e civil law, por exemplo), por disciplinar, em caráter de superioridade, 
direitos, competências e formas organizacionais, suas diretrizes é que devem ser seguidas, devendo os 
demais atos infraconstitucionais não conflitar com as suas disposições. 
Conforme explica Calil Simão: 
"A Constituição representa a base de todo ordenamento jurídico. É norma orientadora dos poderes 
constituídos. Para garantir essa função basilar e orientadora, ou seja, para assegurar que essa norma seja 
respeitada, surge o Sistema de Controle de Constitucionalidade."5 
Nesse sentido, ainda é preciso acrescentar duas premissas à existência do Controle de Constitucionalidade, 
quais sejam: a supremacia e a rigidez constitucionais6 . A supremacia, como acima exposto, traduz a 
posição hierárquica mais elevada da ((Constituição)) dentro do sistema e, alem disso, para que possa figurar 
como parâmetro de validade à conferência dos demais atos, necessário é passar por um processo de 
elaboração diverso e mais complexo daquele aplicável aos demais atos. Essa rigidez leva à idéia de 
supremacia formal da ((Constituição)). Assim, todo ato de concretização de direito infraconstitucional 
envolve operação mental automática de Controle de Constitucionalidade, pois o intérprete deve certificar-
se da constitucionalidade de uma pretensão consubstanciada e exteriorizada via atos infraconstitucionais 
antes de aplicá-la. 
Contudo, válida é a observação de Luís Roberto Barroso7 quanto à diferenciação terminológica entre 
Jurisdição Constitucional e Controle de Constitucionalidade. Muitos autores tendem a utilizar ambos os 
conceitos como se semelhantes fossem, o que não é verdadeiro. Jurisdição Constitucional designa a 
aplicação da ((Constituição)) por juízes e tribunais, podendo esta aplicação ser direta, quando a norma 
constitucional discipline determinada situação de vida ou indireta, quando a Constituição sirva de referência 
para atribuição de sentido a uma norma constitucional, ou seja, o próprio Controle de Constitucionalidade. 
Deste modo, Jurisdição Constitucional pode ser caracterizada como um gênero à espécia Controle de 
Constitucionalidade. 
Para se atestar a inconstitucionalidade de determinada norma, são necessários diferentes elementos ou 
critérios, que incluem o momento em que ela se verifica, o tipo de atuação estatal que a ocasionou, o 
procedimento de elaboração e o conteúdo da norma, dentre outros. 
Inconstitucionalidade por ação e por omissão 
A Constituição é norma jurídica imperativa, que determina comandos, materializados em normas cogentes. 
Normas cogentes podem ter caráter proibitivo e preceptivo, vetando ou impondo determinados 
comportamentos. Nesse sentido, pode-se violar a Constituição praticando ato contrário ao que ela interdita 
ou deixando de praticar ato que prescreva. 
Inconstitucionalidade por ação 
A inconstitucionalidade por ação abrange os atos legislativos incompatíveis com o texto constitucional, 
destinando-se a paralisar a eficácia ou a retirar do ordenamento um ato que foi praticado, uma lei 
inconstitucional. As condutas a serem controladas podem se originar de órgãos integrantes dos três Poderes 
do Estado, seja ato praticado por agente da administração pública, atos do Legislativo ou próprios do 
Judiciário 
 
 
Inconstitucionalidade por omissão 
A inconstitucionalidade por omissão refere-se à falta de ato que deixa de seguir norma programática 
estabelecida na Constituição, ou seja, não pode o Poder Executivo deixar de cumprir com determinadas 
prestações positivas que foram estipuladas constitucionalmente, como nas matérias de educação, saúde. 
Inconstitucionalidade material e formal 
A Constituição disciplina tanto o modo de produção de leis e demais atos, por meio da definição de 
competências e procedimentos, como determina condutas a serem seguidas, enuncia valores a serem 
preservados, denotando sua dimensão substantiva. Assim, a inconstitucionalidade formal decorre da criação 
de um ato legislativo em desconformidade com normas de competência e os procedimentos estabelecidos 
para o seu devido ingresso no ordenamento jurídico e a inconstitucionalidade material refere-se ao conteúdo 
do ato infraconstitucional, ou seja, quando este contrariar norma substantiva da Constituição, seja uma regra 
ou princípio. 
Inconstitucionalidade formal 
Ainda é possível diferenciar diferentes modalidades de inconstitucionalidade formal. A primeira refere-se ao 
vício de forma, quando não houve obediência à regra de competência para a edição do ato, denominada de 
inconstitucionalidade orgânica. Como exemplo, pode-se citar a edição de lei em matéria penal pela 
Assembléia Legislativa de um Estado da Federação. A Assembléia terá violado competência expressa na 
Constituição, que determina à União legislar sobre matéria penal. A inconstitucionalidade formal 
propriamente dita somente ocorreria caso houvesse inobservância do processo legislativo próprio. 
Inconstitucionalidade material 
Este tipo de inconstitucionalidade expressa a incompatibilidade de conteúdo, substantiva, entre a lei ou ato 
normativo e a Constituição. Não existe a possibilidade da norma continuar a existir, cita-se como exemplo a 
Emenda Constitucional n.º 24 de 1999, que eleminou a figura do juiz classista nos Tribunais Regionais do 
Trabalho, com esta alteração, os dispositivos da CLT que cuidavam da designação dos juízes representantes 
classistas já não podiam existir validamente. 
Inconstitucionalidade total e parcial 
A inconstitucionalidade será total quando atacar a íntegra do diploma legal objeto de discussão ou parcial, 
quando recair apenas sobre alguns ou um único dispositivo, fração e até mesmo sobre uma palavra. Se 
parcial for, é possível que o texto não prejudicado ainda convivaem perfeita harmonia com o ordenamento. 
A inconstitucionalidade resultante de vício formal, por defeito de incompetência ou procedimento será total, 
por resultar de problema no nascimento da norma, será total. Por sua vez, a inconstitucionalidade material 
pode recair sobre a totalidade do ato normativo ou, parcialmente, sobre a parte viciada. 
Inconstitucionalidade direta e indireta 
Entende-se por inconstitucionalidade direta a afronta imediata entre o ato impugnado e a Constituição e 
indireta quando o ato objeto de discussão, antes de ser analisado sob a ótica da Constituição, conflita com lei 
do ordenamento. 
Inconstitucionalidade originária e superveniente 
A inconstitucionalidade originária resulta de defeito congênito da lei, ou seja, no momento de ingresso no 
mundo jurídico, já era incompatível com a Constituição que estava em vigor. Já, quando superveniente, o 
conflito será resultado da incompatibilidade entre norma já existente e nova Constituição. 
Modalidades de controle de constitucionalidade 
Identificam-se três grandes modelos de controle de constitucionalidade no constitucionalismo moderno, 
sendo esles o americano, o austríaco e o francês. Foi a partir destas matrizes que surgiram variações 
adaptadas a cada ordenamento jurídico, de acordo com as suas particularidades. A título de curiosidade, o 
modelo americano, como já demonstrado acima, pauta-se pelo controle difuso exercido por todos os juízes e 
tribunais, no desempenho ordinários de suas funções. O modelo austríaco, cujo marco foi a Constituição de 
1920, cria um órgão próprio responsável por julgar apenas a constitucionalidade das leis, desta forma, se 
algum juiz de outras instâncias perceber que a matéria refere-se à inconstitucionalidade de leis, 
automaticamente, deverá remeter a questão à Corte Constitucional. Já, o que chama atenção no sistema 
francês é o seu caráter não jurisdicional e prévio, sendo exercido pelo Conselho Constitucional. 
 
Quanto à natureza do órgão de controle 
Controle político 
Como a próprio denominação indica, controle político refere-se à fiscalização por órgão que não seja o 
Judiciário, ligado de modo direto ao Parlamento, aproximando-se da experiência francesa, pode ser através 
do Poder Legislativo (CCJ - Comissão de Constitucionalidade e Justiça) ou pelo Poder Executivo 
(Presidente) 
Controle judicial 
O primeiro precedente judicial que versou sobre o tema de controle de constitucionalidade foi o caso julgado 
pela Suprema Corte norte-americana, Marbury v. Madison. O juiz Marshall em seu voto estipulou que a 
revisão judicial - judicial review era fruto do próprio sistema, pois, sendo a Constituição lei suprema, 
qualquer ato que a viole ou lhe seja incompatível é nulo. Se houvesse delegação da competência de controlar 
ao atos ao próprio Poder Legislativo e não ao Judiciário, haveria problema sério de divisão de poderes, já 
que um mesmo órgão produziria e fiscalizaria seus atos. Diferente é o modelo criado por Hans Kelsen para a 
Áustria e que culminou com grande adesão de países da Europa Ocidental. Neste, existe uma Corte 
específica, a Corte Constitucional, responsável por concentrar a análise do controle de constitucionalidade 
de atos. No Brasil, existe uma combinação do modelo Austríaco e do modelo americano. 
Controle preventivo 
Caracteriza-se por ser um controle a priori, ou seja, realizado anteriormente à vigência do projeto de lei que 
afronta a Constituição, seja formalmente ou materialmente. Esta é a forma típica de atuação do Conselho 
Constitucional francês, que, de outra forma, também ocorre no Brasil, por meio das comissões de 
constituição e justiça existente nas Casas do Poder Legislativo e pela possibilidade de veto por parte do 
Poder Executivo. 
Controle repressivo 
É o controle feito a posteriori, quando a lei já passa pela etapa de validade e vigência, sem, contudo, estar 
efetivamente eficaz. No Brasil, o controle é feito pelo Poder Judiciário, que por provocação, deverá julgar o 
objeto da demanda de inconstitucionalidade. 
Quanto ao órgão judicial que exerce o controle 
Controle difuso 
O controle difuso permite que qualquer juiz ou tribunal reconheça a inconstitucionalidade de determinado 
ato jurídico, tendo como origem o caso Marbury v. Madison, diferenciando-se do sistema austríaco, em que 
apenas a Corte Constitucional detém poder para tanto. No Brasil o controle difuso faz-se presente desde a 
primeira Constituição Republicana, assim, qualquer juiz de primeiro grau, bem como Ministros do Supremo 
Tribunal Federal detém competência para declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato. 
Caberá ao Supremo Tribunal Federal julgar recurso extraordinário contra decisão inferior que “julgue válida 
lei local contestada em face da lei federal”. 
Controle concentrado 
Conforme o próprio nome explicita, concentrado é o tipo de controle feito apenas por um órgão, cuja função 
é unicamente a de versar sobre a constitucionalidade de leis. O exemplo típico é a Corte Constitucional 
austríaca, estabelecida pela Constituição deste país em 1920, idealizada por Hans Kelsen. No Brasil, existe a 
possibilidade de controle concentrado perante o Supremo Tribunal Federal, desde 1965, quando a Emenda 
Constitucional n.º 16 estabeleceu poderes ao Procurador-Geral da República para questionar matérias 
inconstitucionais diretamente na última instância do ordenamento jurídico. 
Quanto à forma ou modo de controle judicial 
Controle por via incidental 
Feito pelo Juiz de primeiro grau, o qual decide se a lei se aplica ou não, de acordo com o que o mesmo 
entende. 
Controle por via principal ou ação direta 
Também conhecido por controle mediante ação ou abstrato dele. A ação sobre a inconstitucionalidade 
deverá ser movida apenas por alguns órgãos legitimados perante o STF 
ENTENDEU DIREITO OU QUER QUE DESENHE? 
1 
 
ENTENDEU DIREITO OU QUER QUE DESENHE? 
2 
 
ENTENDEU DIREITO OU QUER QUE DESENHE? 
3 
 
É chamado de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) o instrumento legado ao Poder 
Legislativo dotado da atribuição constitucional de investigar e fiscalizar eventuais desmandos no 
aparelho estatal, atuando no controle da administração pública e na defesa dos interesses da 
coletividade. Tal forma de forma de fiscalização institucional surgiu ainda na época do Império, na 
forma das investigações em repartições públicas, promovidas pelas assembleias legislativas. Não 
há notícias nesse período da instalação de CPIs com o objetivo de investigar a atuação do Poder 
Executivo. 
A CPI possui poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, devendo apurar um fato 
determinado e por prazo certo. Ela pode ser criada no âmbito de cada uma das casas, (câmara 
ou senado) por requerimento de um terço de seus respectivos parlamentares, ou do Congresso 
Nacional, por requerimento de um terço dos senadores e um terço dos deputados. CPIs têm 
ainda o poder de convocar pessoas para depor, ouvir testemunhas, requisitar documentos e 
determinar diligências, além de outras medidas. Finalizados os trabalhos, a comissão envia à 
Mesa, para conhecimento do Plenário, um relatório com as devidas conclusões, que poderá 
apontar para a apresentação de projeto de lei. Se for o caso, suas conclusões serão remetidas ao 
ministério público, para que este promova a responsabilização civil e criminal dos infratores. 
Para que seja instaurada uma CPI é necessário um número de assinaturas em seu requerimento 
de criação. A doutrina majoritária entende que basta o requerimento ser subscrito por um terço 
dos membros da casa legislativa que esta será criada automaticamente. Caso o número mínimo 
de assinaturas não seja alcançado, o autor poderá, se assim entender, submeter a proposta de 
CPI à apreciação do Plenário, que decidirá a respeito. 
Há ainda alguns importantes requisitos a serem respeitados, seja na câmara, no senado ou no 
legislativoestadual: requerimento de um terço dos membros componentes da respectiva casa 
legislativa que vai investigar o fato (requisito formal); que haja fato determinado (requisito 
substancial); que haja prazo certo para o seu funcionamento (requisito temporal); e que suas 
conclusões sejam encaminhadas ao Ministério Público, se for o caso. O responsável pelo início 
formal dos trabalhos de uma CPI é o presidente da casa legislativa onde a comissão foi proposta. 
Os membros da CPI são indicados pelos lideres de seus partidos. Os nomes indicados deverão 
ser designados pelo Presidente da Casa Legislativa respectiva. Vale lembrar ainda que toda CPI 
possui um prazo certo, o que significa que o seu funcionamento não pode se prolongar 
irrestritamente no tempo, mesmo havendo a possibilidade de sua prorrogação. 
 
Bibliografia: 
DA SILVA, Edimar Gomes. Procedimentos e Requisitos para Instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito. Disponível em: < http://www.ambito-
juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=10058 >. 
 
 
EXERCÍCIOS 
 
1 - Cespe/TRE-AL/Analista/2010 
É correto afirmar que as comissões parlamentares de inquérito possuem, dentre 
outros, poderes de : 
 
a) inaugurar a sessão legislativa. 
b) investigação próprios das autoridades judiciais. 
c) regular a criação de serviços comuns da Câmara dos Deputados. 
d) elaborar o regimento comum do Senado Federal. 
e) conhecer do veto e sobre ele deliberar 
 
2 - Cespe/OAB-Exame de Ordem/2009 
ENTENDEU DIREITO OU QUER QUE DESENHE? 
4 
De acordo com a doutrina e jurisprudência, as comissões parlamentares de inquérito 
instituídas no âmbito do Poder Legislativo federal 
 
a) têm a missão constitucional de investigar autoridades públicas e de promover a 
responsabilidade civil ou criminal dos infratores. 
b) não podem determinar a quebra do sigilo bancário ou dos registros telefônicos da 
pessoa que esteja sendo investigada, dada a submissão de tais condutas à cláusula 
de reserva de jurisdição. 
c) devem obediência ao princípio federativo, razão pela qual não podem investigar 
questões relacionadas à gestão da coisa pública estadual, distrital ou municipal. 
d) podem anular atos do Poder Executivo quando, no resultado das investigações, ficar 
evidente a ilegalidade do ato. 
 
3 - Cespe/Antaq/Técnico/2009 
As comissões parlamentares de inquérito, por possuírem poderes de investigação 
próprios das autoridades judiciais, podem, ao final da investigação, promover a 
responsabilização civil ou criminal dos infratores. 
 
 
4 - Cespe/ TCE-ES/Procurador /2009 
De acordo com o STF, a comissão parlamentar de inquérito pode proceder à quebra 
de sigilo bancário da pessoa investigada, ainda que baseada em fundamentos 
genéricos, sem a indicação de fatos concretos e precisos. 
( ) certo 
( ) errado 
 
 
5 - Cespe/TJ-RJ/Técnico2008) 
O sigilo bancário de um indivíduo pode ser quebrado por decisão fundamentada de 
comissão parlamentar de inquérito. 
( ) certo 
( ) errado 
 
 
6 - Esaf/Receita Federal/Analista Tributário/2009 
As Comissões Parlamentares de Inquérito podem determinar a interceptação de 
comunicações telefônicas de indivíduos envolvidos em crimes graves. 
( ) certo 
( ) errado 
 
 
7 - Esaf/Aneel/Analista Administrativo/2006 
As comissões parlamentares de inquérito no âmbito federal podem quebrar sigilo 
bancário de investigado independentemente de prévia autorização judicial. 
( ) certo 
( ) errado 
 
ENTENDEU DIREITO OU QUER QUE DESENHE? 
5 
 
8 - Esaf/Aneel/Técnico/2004 
A Constituição proíbe expressamente que as Comissões Parlamentares de Inquérito 
exerçam os poderes de investigação próprios das autoridades judiciais. 
( ) certo 
( ) errado 
 
 
9 - Cespe/TRT-1a Região/Técnico/2008 
O Congresso Nacional instituiu comissão parlamentar de inquérito (CPI) para apuração 
de irregularidades nas sentenças proferidas por determinado juiz contra a União. O juiz 
foi convocado para prestar esclarecimentos sobre sentenças por ele prolatadas. 
Considerando a situação hipotética acima, assinale a opção correta, de acordo com o 
entendimento do STF. 
 
a) O magistrado não é obrigado a prestar depoimento que envolva sentenças por ele 
prolatadas. 
b) A CPI somente seria possível se tivesse objeto mais genérico, envolvendo a 
apuração de irregularidades em todo o Poder Judiciário. 
c) Em razão de sua formação jurídica, não é direito do juiz fazer-se acompanhar de 
advogado. 
d) A CPI não tem poderes para quebrar o sigilo dos registros telefônicos de 
investigado. 
e) O comparecimento espontâneo do magistrado implicará a perda do direito de 
permanecer em silêncio, e tal conduta será interpretada como confissão. 
 
10 - Cespe/OAB/Exame de Ordem/2007 
É correto afirmar que as comissões parlamentares de inquérito criadas no âmbito da 
Câmara dos Deputados e do Senado Federal, em conjunto ou separadamente, podem 
ter seus atos controlados pelo Supremo Tribunal Federal quando envolverem 
ilegalidade ou ofensa a direito individual. 
( ) certo 
( ) errado 
 
 
11 - MPT/Procurador/2007 
Uma Comissão Parlamentar de Inquérito no âmbito do Congresso Nacional se sujeita 
ao controle judicial, por meio de mandado de segurança ou habeas corpus, 
diretamente pelo Supremo Tribunal Federal. 
( ) certo 
( ) errado 
 
 
12 - Esaf/PGDF/Procurador/2007 
Os advogados dos chamados a prestar depoimento perante uma CPI podem 
acompanhar os seus clientes e com eles comunicar-se pessoal e diretamente, antes 
ENTENDEU DIREITO OU QUER QUE DESENHE? 
6 
das respostas às perguntas formuladas, para recomendar que não respondam a 
questionamento que possa levar a afirmação auto-incriminadora. 
( ) certo 
( ) errado. 
 
 
13 - Esaf/MRE/Oficial de Chancelaria/2002 
A comissão parlamentar de inquérito pode determinar a condução coativa de 
testemunha que se recuse, injustificadamente, a prestar depoimento perante a 
Comissão. 
( ) certo 
( ) errado 
 
 
14 - NCE/PC-RJ/Delegado/2002 
Das Comissões Parlamentares de Inquérito, é correto dizer que sua criação depende 
de três requisitos: 
 (1) requerimento de pelo menos um terço dos membros de cada Casa, ou de ambas; 
 (2) ter por objeto a apuração de fato determinado; 
 (3) ter prazo certo de funcionamento, o que não impede prorrogações sucessivas 
dentro da mesma legislatura. 
( ) certo 
( ) errado 
 
 
15 - Esaf/Receita Federal/Auditor/2001 
A respeito das CPIs (Comissões Parlamentares de Inquérito), como reguladas na 
Constituição Federal, é correto afirmar que são criadas, no âmbito do Congresso 
Nacional, pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou 
separadamente, para a apuração de fato determinado e por tempo certo. 
 
( ) certo 
( ) errado 
 
 
 
GABARITO: 
1 - B 
 
A constituição estabelece que as comissões parlamentares de inquérito serão dotadas 
de poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, obviamente nos termos 
já especificados anteriormente. 
2 - C 
 
De acordo com a doutrina dominante, os poderes de investigação dos quais são 
dotadas as CPIs, em obediência ao princípio federativo, não poderão investigar fatos 
ligados estritamente à coisa pública estadual, distrital ou municipal. Tais fatos, 
ENTENDEU DIREITO OU QUER QUE DESENHE? 
7 
conforme o caso, devem ser investigados por iniciativa dos poderes legislativos de 
cada um daqueles entes da federação. 
Item a está errado, pois se for o caso, compete ao MP, e não às CPIs, promover a 
responsabilidade civil ou criminal dos infratores. Item b está errado, pois CPI pode 
determinar a quebra do sigilo bancário ou dos registros telefônicos da pessoa que 
esteja sendo investigada. Item d também está errado já que CPI não é dotada de tal 
competência. 
3 - Errado 
 
Conforme já mencionamos, a CPI não tempoder para promover responsabilização civil 
ou criminal de quem quer que seja. O que ocorre de fato é que, ao final de seus 
trabalhos, caso sejam apurados ilícitos, a comissão encaminhará seu relatório ao 
Ministério Público, para que este, que é o detentor da referida competência, tome as 
devidas providências e promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores. 
4 - Errado 
 
Não é permitido que CPI proceda à quebra de sigilo sem que tal medida se baseie em 
fatos concretos. Veja como se posiciona o STF quanto ao assunto: A quebra de sigilo - 
que se apoia em fundamentos genéricos e que não indica fatos concretos e precisos 
referentes à pessoa sob investigação - constitui ato eivado de nulidade. 
5 - Certo 
 
De acordo com a jurisprudência do STF, as CPIs possuem competência para 
determinar quebra de sigilo bancário, telefônico e fiscal desde que a decisão seja 
fundamentada em fatos concretos e que seja tomada pela maioria absoluta dos 
membros da comissão. 
6 - Errado 
 
A competência de determinar a interceptação de comunicações telefônicas (o grampo) 
é exclusiva dos magistrados (membros do poder judiciário), pois esta medida 
abrangida pela cláusula de "reserva de jurisdição". O que a CPI possui é o poder de 
decretar a quebra do sigilo das comunicações telefônicas, podendo assim ter acesso 
ao histórico de chamadas efetuadas e recebidas por um determinado número 
telefônico. 
7 - Certo 
 
Conforme jurisprudência firmada pelo STF, as CPIs possuem competência para 
decretar a quebra dos sigilos bancário, telefônico e fiscal dos investigados. Esta 
decisão é tomada no âmbito da comissão e independe de autorização prévia do poder 
judiciário. 
8- Errado 
 
É exatamente o contrário. A Constituição atribui às Comissões Parlamentares de 
Inquérito os poderes de investigação próprios das autoridades judiciais. 
9 - A 
 
ENTENDEU DIREITO OU QUER QUE DESENHE? 
8 
De acordo com a jurisprudência do STF, a intimação de magistrado para prestar 
esclarecimentos perante comissão parlamentar de inquérito sobre ato jurisdicional 
praticado ofenderia o princípio constitucional da separação de Poderes. Diante disto, 
entende aquela Corte que os membros do Poder Judiciário não estão obrigados a 
comparecer perante comissão parlamentar de inquérito para prestar depoi¬mento a 
respeito da função jurisdicional, o que inclui as sentenças proferidas por aqueles 
magistrados. Não obstante, aquele mesmo tribunal entende que não há óbice quanto a 
uma convocação de magistrado para depor perante CPI acerca de atos administrativos 
praticados no âmbito do poder judiciário e que sejam objeto de investigação. 
10 - Certo 
 
A CF prevê que é competência originaria do STF apreciar as ações impetradas contra 
atos do Congresso Nacional. Diante disso, os atos das CPIs questionados quanto a 
sua legalidade perante o Judiciário serão julgados pelo STF. Além disso, a 
jurisprudência daquele mesmo Tribunal entende que “a ocorrência de desvios jurídico-
constitucionais nos quais incida uma Comissão Parlamentar de Inquérito justifica, 
plenamente, o exercício, pelo Judiciário, da atividade de controle jurisdicional sobre 
eventuais abusos legislativos, sem que isso caracterize situação de ilegítima 
interferência na esfera orgânica de outro Poder da República”. 
11 - Certo 
 
Conforme comentário da questão anterior, é competência originaria do STF apreciar as 
ações impetradas contra atos do Congresso Nacional. Diante disso, os atos das CPIs 
questionados quanto a sua legalidade perante o Judiciário serão julgados pelo STF, 
inclusive os remédios constitucionais. 
12 - Certo 
A questão tratou de alguns direitos que os depoentes possuem: 
1 – Não gerar provas contra ele próprio, inclusive mantendo o silêncio; 
2 – É direito do depoente ser assistido por advogado quando for depor à CPI; e 
3 – Tem o direito de consultar o referido advogado antes de responder a quaisquer 
indagações que lhe forem feitas. Tais direitos são assegurados seja na condição de 
depoente ou de testemunha. 
13 - Certo 
 
Conforme o entendimento da doutrina dominante, as CPIs têm o poder de determinar a 
condução coercitiva de testemunha, no caso de recusa ao comparecimento. 
14 - Certo 
São exatamente esses os requisitos constitucionais para a instalação de uma CPI. 
 
15 - Certo 
Tal qual a previsão constitucional. 
 
http://www.forumconcurseiros.com/forum/forum/disciplinas/regimentos-internos-e-legisla%C3%A7%C3%B5es-espec%C3%ADficas/senado-federal-e-congresso-
nacional/89261-simulado-sobre-as-cpi%60s 
 
 
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ENTENDEU DIREITO OU QUER QUE DESENHE? 
 
 
Hans Kelsen é um jurisfilósofo muito importante para o Direito, dentre os vários livros que escreveu estão 
‘Teoria Geral do Direito e do Estado’.Foi ele quem criou a ideia de hierarquização e subordinação das leis e 
usou uma figura geométrica (pirâmide) para explicá-la. 
Esta ideia implica que todas as leis estão subordinadas a uma ‘lei maior’ e a ela tem de ser adequadas. Se 
uma lei contrariasse/contrariar essa lei maior, dita lei pode ter sua validade contestada. Ela pode ser aplicada 
no Brasil para explicar algo que denominamos ‘controle de constitucionalidade’, que consiste em controlar 
as regras do ordenamento jurídico com o fim de adequá-las à Constituição ou, em sendo isso impossível, 
retirá-las do ordenamento, subtraindo-lhes a validade. 
Nossa Constituição é relativamente nova e existem leis muito mais antigas (como o Código Penal, por 
exemplo, que já é sexagenário). Segundo essa regra, seriam todas as leis anteriores retiradas do 
ordenamento? Não, pois isso poderia causar instabilidade jurídica. 
Para resolver essa questão, existe o ‘princípio da recepção’, que permite que leis anteriores à Constituição 
tenham validade: se uma determinada lei não contrariar a norma maior (Constituição), esta lei é 
recepcionada por ela. 
O controle da constitucionalidade pode ser dividido quanto ao tempo de sua aplicação ou quanto à forma 
que adquire. Pelo tempo, o controle se dá antes da norma entrar no ordenamento (controle preventivo) ou 
depois (controle repressivo); o preventivo pode ser efetuado pelos três poderes enquanto o repressivo se dá – 
principalmente – pelos meios judiciais. 
 
 
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Lei do Impeachment 
Lei 1079/50 | Lei nº 1.079, de 10 de abril de 1950 
Publicado por Presidência da Republica (extraído pelo JusBrasil) - 64 anos atrás 
Define os crimes de responsabilidade e regula o respectivo processo de julgamento. 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta eu sanciono a seguinte Lei: 
 
PARTE PRIMEIRA 
Art. 1º São crimes de responsabilidade os que esta lei especifica. 
Art. 2º Os crimes definidos nesta lei, ainda quando simplesmente tentados, são passíveis da pena 
de perda do cargo, com inabilitação, até cinco anos, para o exercício de qualquer função pública, 
imposta pelo Senado Federal nos processos contra o Presidente da República ou Ministros de 
Estado, contra os Ministros do Supremo Tribunal Federal ou contra o Procurador Geral da 
República. 
Art. 3º A imposição da pena referida no artigo anterior não exclui o processo e julgamento do 
acusado por crime comum, na justiça ordinária, nos termos das leis de processo penal. 
Art. 4º São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentarem contra 
a Constituição Federal, e, especialmente, contra: 
I - A existência da União: 
II - O livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário e dos poderes constitucionais dos 
Estados;III - O exercício dos direitos políticos, individuais e sociais: 
IV - A segurança interna do país: 
V - A probidade na administração; 
VI - A lei orçamentária; 
VII - A guarda e o legal emprego dos dinheiros públicos; 
VIII - O cumprimento das decisões judiciárias (Constituição, artigo 89). 
 
TÍTULO I 
DOS CRIMES CONTRA A EXISTÊNCIA DA UNIÃO 
 
Art. 5º São crimes de responsabilidade contra a existência política da União: 
1 - entreter, direta ou indiretamente, inteligência com governo estrangeiro, provocando-o a fazer 
guerra ou cometer hostilidade contra a República, prometer-lhe assistência ou favor, ou dar-lhe 
qualquer auxílio nos preparativos ou planos de guerra contra a República; 
2 - tentar, diretamente e por fatos, submeter a União ou algum dos Estados ou Territórios a 
domínio estrangeiro, ou dela separar qualquer Estado ou porção do território nacional; 
3 - cometer ato de hostilidade contra nação estrangeira, expondo a República ao perigo da 
guerra, ou comprometendo-lhe a neutralidade; 
4 - revelar negócios políticos ou militares, que devam ser mantidos secretos a bem da defesa da 
segurança externa ou dos interesses da Nação; 
5 - auxiliar, por qualquer modo, nação inimiga a fazer a guerra ou a cometer hostilidade contra a 
República; 
6 - celebrar tratados, convenções ou ajustes que comprometam a dignidade da Nação; 
7 - violar a imunidade dos embaixadores ou ministros estrangeiros acreditados no país; 
8 - declarar a guerra, salvo os casos de invasão ou agressão estrangeira, ou fazer a paz, sem 
autorização do Congresso Nacional. 
9 - não empregar contra o inimigo os meios de defesa de que poderia dispor; 
ENTENDEU DIREITO OU QUER QUE DESENHE? 
3 
10 - permitir o Presidente da República, durante as sessões legislativas e sem autorização do 
Congresso Nacional, que forças estrangeiras transitem pelo território do país, ou, por motivo de 
guerra, nele permaneçam temporariamente; 
11 - violar tratados legitimamente feitos com nações estrangeiras. 
 
CAPÍTULO II 
DOS CRIMES CONTRA O LIVRE EXERCÍCIO DOS PODERES CONSTITUCIONAIS 
 
Art. 6º São crimes de responsabilidade contra o livre exercício dos poderes legislativo e 
judiciário e dos poderes constitucionais dos Estados: 
1 - tentar dissolver o Congresso Nacional, impedir a reunião ou tentar impedir por qualquer 
modo o funcionamento de qualquer de suas Câmaras; 
2 - usar de violência ou ameaça contra algum representante da Nação para afastá-lo da Câmara a 
que pertença ou para coagi-lo no modo de exercer o seu mandato bem como conseguir ou tentar 
conseguir o mesmo objetivo mediante suborno ou outras formas de corrupção; 
3 - violar as imunidades asseguradas aos membros do Congresso Nacional, das Assembleias 
Legislativas dos Estados, da Câmara dos Vereadores do Distrito Federal e das Câmaras 
Municipais; 
4 - permitir que força estrangeira transite pelo território do país ou nele permaneça quando a isso 
se oponha o Congresso Nacional; 
5 - opor-se diretamente e por fatos ao livre exercício do Poder Judiciário, ou obstar, por meios 
violentos, ao efeito dos seus atos, mandados ou sentenças; 
6 - usar de violência ou ameaça, para constranger juiz, ou jurado, a proferir ou deixar de proferir 
despacho, sentença ou voto, ou a fazer ou deixar de fazer ato do seu ofício; 
7 - praticar contra os poderes estaduais ou municipais ato definido como crime neste artigo; 
8 - intervir em negócios peculiares aos Estados ou aos Municípios com desobediência às normas 
constitucionais. 
 
CAPÍTULO III 
DOS CRIMES CONTRA O EXERCÍCIO DOS DIREITOS POLÍTICOS, INDIVIDUAIS E SOCIAIS 
 
Art. 7º São crimes de responsabilidade contra o livre exercício dos direitos políticos, individuais 
e sociais: 
1- impedir por violência ameaça ou corrupção, o livre exercício do voto; 
2 - obstar ao livre exercício das funções dos mesários eleitorais; 
3 - violar o escrutínio de seção eleitoral ou inquinar de nulidade o seu resultado pela subtração, 
desvio ou inutilização do respectivo material; 
4 - utilizar o poder federal para impedir a livre execução da lei eleitoral; 
5 - servir-se das autoridades sob sua subordinação imediata para praticar abuso do poder, ou 
tolerar que essas autoridades o pratiquem sem repressão sua; 
6 - subverter ou tentar subverter por meios violentos a ordem política e social; 
7 - incitar militares à desobediência à lei ou infração à disciplina; 
8 - provocar animosidade entre as classes armadas ou contra elas, ou delas contra as instituições 
civis; 
9 - violar patentemente qualquer direito ou garantia individual constante do art. 141 e bem assim 
os direitos sociais assegurados no artigo 157 da Constituição; 
10 - tomar ou autorizar durante o estado de sítio, medidas de repressão que excedam os limites 
estabelecidos na Constituição. 
ENTENDEU DIREITO OU QUER QUE DESENHE? 
4 
 
CAPÍTULO IV 
DOS CRIMES CONTRA A SEGURANÇA INTERNA DO PAÍS 
 
Art. 8º São crimes contra a segurança interna do país: 
1 - tentar mudar por violência a forma de governo da República; 
2 - tentar mudar por violência a Constituição Federal ou de algum dos Estados, ou lei da União, 
de Estado ou Município; 
3 - decretar o estado de sítio, estando reunido o Congresso Nacional, ou no recesso deste, não 
havendo comoção interna grave nem fatos que evidenciem estar a mesma a irromper ou não 
ocorrendo guerra externa; 
4 - praticar ou concorrer para que se perpetre qualquer dos crimes contra a segurança interna, 
definidos na legislação penal; 
5 - não dar as providências de sua competência para impedir ou frustrar a execução desses 
crimes; 
6 - ausentar-se do país sem autorização do Congresso Nacional; 
7 - permitir, de forma expressa ou tácita, a infração de lei federal de ordem pública; 
8 - deixar de tomar, nos prazos fixados, as providências determinadas por lei ou tratado federal e 
necessário a sua execução e cumprimento. 
 
CAPÍTULO V 
DOS CRIMES CONTRA A PROBIDADE NA ADMINISTRAÇÃO 
 
Art. 9º São crimes de responsabilidade contra a probidade na administração: 
1 - omitir ou retardar dolosamente a publicação das leis e resoluções do Poder Legislativo ou 
dos atos do Poder Executivo; 
2 - não prestar ao Congresso Nacional dentro de sessenta dias após a abertura da sessão 
legislativa, as contas relativas ao exercício anterior; 
3 - não tornar efetiva a responsabilidade dos seus subordinados, quando manifesta em delitos 
funcionais ou na prática de atos contrários à Constituição; 
4 - expedir ordens ou fazer requisição de forma contrária às disposições expressas da 
Constituição; 
5 - infringir no provimento dos cargos públicos, as normas legais; 
6 - Usar de violência ou ameaça contra funcionário público para coagi-lo a proceder 
ilegalmente, bem como utilizar-se de suborno ou de qualquer outra forma de corrupção para o 
mesmo fim; 
7 - proceder de modo incompatível com a dignidade, a honra e o decoro do cargo. 
 
CAPÍTULO VI 
DOS CRIMES CONTRA A LEI ORÇAMENTÁRIA 
 
Art. 10. São crimes de responsabilidade contra a lei orçamentária: 
1- Não apresentar ao Congresso Nacional a proposta do orçamento da República dentro dos 
primeiros dois meses de cada sessão legislativa; 
2 - Exceder ou transportar, sem autorização legal, as verbas do orçamento; 
3 - Realizar o estorno de verbas; 
4 - Infringir, patentemente, e de qualquer modo, dispositivo da lei orçamentária. 
ENTENDEU DIREITO OU QUER QUE DESENHE? 
5 
5) deixar de ordenar a redução do montante da dívida consolidada, nos prazos estabelecidos em 
lei, quando o montante ultrapassar o valor resultante da aplicação do limite máximo fixado pelo 
Senado Federal; (Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000) 
6) ordenar ou autorizar a abertura de crédito em desacordo com os limites estabelecidos pelo 
Senado Federal, sem fundamento na lei orçamentária ou na de crédito adicional ou com 
inobservância de prescrição legal; (Incluídopela Lei nº 10.028, de 2000) 
7) deixar de promover ou de ordenar na forma da lei, o cancelamento, a amortização ou a 
constituição de reserva para anular os efeitos de operação de crédito realizada com 
inobservância de limite, condição ou montante estabelecido em lei; (Incluído pela Lei nº 10.028, 
de 2000) 
8) deixar de promover ou de ordenar a liquidação integral de operação de crédito por 
antecipação de receita orçamentária, inclusive os respectivos juros e demais encargos, até o 
encerramento do exercício financeiro; (Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000) 
9) ordenar ou autorizar, em desacordo com a lei, a realização de operação de crédito com 
qualquer um dos demais entes da Federação, inclusive suas entidades da administração indireta, 
ainda que na forma de novação, refinanciamento ou postergação de dívida contraída 
anteriormente; ((Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000) 
10) captar recursos a título de antecipação de receita de tributo ou contribuição cujo fato gerador 
ainda não tenha ocorrido; (Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000) 
11) ordenar ou autorizar a destinação de recursos provenientes da emissão de títulos para 
finalidade diversa da prevista na lei que a autorizou; (Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000) 
12) realizar ou receber transferência voluntária em desacordo com limite ou condição 
estabelecida em lei. (Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000) 
 
CAPÍTULO VII 
DOS CRIMES CONTRA A GUARDA E LEGAL EMPREGO DOS DINHEIROS PÚBLICOS: 
 
Art. 11. São crimes contra a guarda e legal emprego dos dinheiros públicos: 
1 - ordenar despesas não autorizadas por lei ou sem observância das prescrições legais relativas 
às mesmas; 
2 - Abrir crédito sem fundamento em lei ou sem as formalidades legais; 
3 - Contrair empréstimo, emitir moeda corrente ou apólices, ou efetuar operação de crédito sem 
autorização legal; 
4 - alienar imóveis nacionais ou empenhar rendas públicas sem autorização legal; 
5 - negligenciar a arrecadação das rendas impostos e taxas, bem como a conservação do 
patrimônio nacional. 
 
CAPÍTULO VIII 
DOS CRIMES CONTRA O CUMPRIMENTO DAS DECISÕES JUDICIÁRIAS; 
 
Art. 12. São crimes contra o cumprimento das decisões judiciárias: 
1 - impedir, por qualquer meio, o efeito dos atos, mandados ou decisões do Poder Judiciário; 
2 - Recusar o cumprimento das decisões do Poder Judiciário no que depender do exercício das 
funções do Poder Executivo; 
3 - deixar de atender a requisição de intervenção federal do Supremo Tribunal Federal ou do 
Tribunal Superior Eleitoral; 
4 - Impedir ou frustrar pagamento determinado por sentença judiciária. 
 
TÍTULO II 
ENTENDEU DIREITO OU QUER QUE DESENHE? 
6 
DOS MINISTROS DE ESTADO 
Art. 13. São crimes de responsabilidade dos Ministros de Estado; 
1 - os atos definidos nesta lei, quando por eles praticados ou ordenados; 
2 - os atos previstos nesta lei que os Ministros assinarem com o Presidente da República ou por 
ordem deste praticarem; 
3 - A falta de comparecimento sem justificação, perante a Câmara dos Deputados ou o Senado 
Federal, ou qualquer das suas comissões, quando uma ou outra casa do Congresso os convocar 
para pessoalmente, prestarem informações acerca de assunto previamente determinado; 
4 - Não prestarem dentro em trinta dias e sem motivo justo, a qualquer das Câmaras do 
Congresso Nacional, as informações que ela lhes solicitar por escrito, ou prestarem-nas com 
falsidade. 
 
PARTE SEGUNDA 
TÍTULO ÚNICO 
DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA E MINISTROS DE ESTADO 
 
CAPÍTULO I 
DA DENÚNCIA 
Art. 14. É permitido a qualquer cidadão denunciar o Presidente da República ou Ministro de 
Estado, por crime de responsabilidade, perante a Câmara dos Deputados. 
Art. 15. A denúncia só poderá ser recebida enquanto o denunciado não tiver, por qualquer 
motivo, deixado definitivamente o cargo. 
Art. 16. A denúncia assinada pelo denunciante e com a firma reconhecida, deve ser 
acompanhada dos documentos que a comprovem, ou da declaração de impossibilidade de 
apresentá-los, com a indicação do local onde possam ser encontrados, nos crimes de que haja 
prova testemunhal, a denúncia deverá conter o rol das testemunhas, em número de cinco no 
mínimo. 
Art. 17. No processo de crime de responsabilidade, servirá de escrivão um funcionário da 
Secretaria da Câmara dos Deputados, ou do Senado, conforme se achar o mesmo em uma ou 
outra casa do Congresso Nacional. 
Art. 18. As testemunhas arroladas no processo deverão comparecer para prestar o seu 
depoimento, e a Mesa da Câmara dos Deputados ou do Senado por ordem de quem serão 
notificadas, tomará as providências legais que se tornarem necessárias legais que se tornarem 
necessárias para compeli-las a obediência. 
 
CAPÍTULO II 
DA ACUSAÇÃO 
Art. 19. Recebida a denúncia, será lida no expediente da sessão seguinte e despachada a uma 
comissão especial eleita, da qual participem, observada a respectiva proporção, representantes 
de todos os partidos para opinar sobre a mesma. 
Art. 20. A comissão a que alude o artigo anterior se reunirá dentro de 48 horas e, depois de 
eleger seu Presidente e relator, emitirá parecer, dentro do prazo de dez dias, sobre se a denúncia 
deve ser ou não julgada objeto de deliberação. Dentro desse período poderá a comissão proceder 
às diligências que julgar necessárias ao esclarecimento da denúncia. 
§ 1º O parecer da comissão especial será lido no expediente da sessão da Câmara dos Deputados 
e publicado integralmente no Diário do Congresso Nacional e em avulsos, juntamente com a 
denúncia, devendo as publicações ser distribuídas a todos os deputados. 
ENTENDEU DIREITO OU QUER QUE DESENHE? 
7 
§ 2º Quarenta e oito horas após a publicação oficial do parecer da Comissão especial, será o 
mesmo incluído, em primeiro lugar, na ordem do dia da Câmara dos Deputados, para uma 
discussão única. 
Art. 21. Cinco representantes de cada partido poderão falar, durante uma hora, sobre o parecer, 
ressalvado ao relator da comissão especial o direito de responder a cada um. 
Art. 22. Encerrada a discussão do parecer, e submetido o mesmo a votação nominal, será a 
denúncia, com os documentos que a instruam, arquivada, se não for considerada objeto de 
deliberação. No caso contrário, será remetida por cópia autêntica ao denunciado, que terá o 
prazo de vinte dias para contestá-la e indicar os meios de prova com que pretenda demonstrar a 
verdade do alegado. 
§ 1º Findo esse prazo e com ou sem a contestação, a comissão especial determinará as 
diligências requeridas, ou que julgar convenientes, e realizará as sessões necessárias para a 
tomada do depoimento das testemunhas de ambas as partes, podendo ouvir o denunciante e o 
denunciado, que poderá assistir pessoalmente, ou por seu procurador, a todas as audiências e 
diligências realizadas pela comissão, interrogando e contestando as testemunhas e requerendo a 
reinquirição ou acareação das mesmas. 
§ 2º Findas essas diligências, a comissão especial proferirá, no prazo de dez dias, parecer sobre a 
procedência ou improcedência da denúncia. 
§ 3º Publicado e distribuído esse parecer na forma do § 1º do art. 20, será o mesmo, incluído na 
ordem do dia da sessão imediata para ser submetido a duas discussões, com o interregno de 48 
horas entre uma e outra. 
§ 4º Nas discussões do parecer sobre a procedência ou improcedência da denúncia, cada 
representante de partido poderá falar uma só vez e durante uma hora, ficando as questões de 
ordem subordinadas ao disposto no § 2º do art. 20. 
Art. 23. Encerrada a discussão do parecer, será o mesmo submetido a votação nominal, não 
sendo permitidas, então, questões de ordem, nem encaminhamento de votação. 
§ 1º Se da aprovação do parecer resultar a procedência da denúncia, considerar-se-á decretada a 
acusação pela Câmara dos Deputados. 
§ 2º Decretada a acusação, será o denunciado intimado imediatamente pela Mesa da Câmara dosDeputados, por intermédio do 1º Secretário. 
§ 3º Se o denunciado estiver ausente do Distrito Federal, a sua intimação será solicitada pela 
Mesa da Câmara dos Deputados, ao Presidente do Tribunal de Justiça do Estado em que ele se 
encontrar. 
§ 4º A Câmara dos Deputados elegerá uma comissão de três membros para acompanhar o 
julgamento do acusado. 
§ 5º São efeitos imediatos ao decreto da acusação do Presidente da República, ou de Ministro de 
Estado, a suspensão do exercício das funções do acusado e da metade do subsídio ou do 
vencimento, até sentença final. 
§ 6º Conforme se trate da acusação de crime comum ou de responsabilidade, o processo será 
enviado ao Supremo Tribunal Federal ou ao Senado Federal. 
 
CAPÍTULO III 
DO JULGAMENTO 
Art. 24. Recebido no Senado o decreto de acusação com o processo enviado pela Câmara dos 
Deputados e apresentado o libelo pela comissão acusadora, remeterá o Presidente cópia de tudo 
ao acusado, que, na mesma ocasião e nos termos dos parágrafos 2º e 3º do art. 23, será 
notificado para comparecer em dia prefixado perante o Senado. 
ENTENDEU DIREITO OU QUER QUE DESENHE? 
8 
Parágrafo único. Ao Presidente do Supremo Tribunal Federal enviar-se-á o processo em 
original, com a comunicação do dia designado para o julgamento. 
Art. 25. O acusado comparecerá, por si ou pelos seus advogados, podendo, ainda, oferecer 
novos meios de prova. 
Art. 26. No caso de revelia, marcará o Presidente novo dia para o julgamento e nomeará para a 
defesa do acusado um advogado, a quem se facultará o exame de todas as peças de acusação. 
Art. 27. No dia aprazado para o julgamento, presentes o acusado, seus advogados, ou o defensor 
nomeado a sua revelia, e a comissão acusadora, o Presidente do Supremo Tribunal Federal, 
abrindo a sessão, mandará ler o processo preparatório o libelo e os artigos de defesa; em seguida 
inquirirá as testemunhas, que deverão depor publicamente e fora da presença umas das outras. 
Art. 28. Qualquer membro da Comissão acusadora ou do Senado, e bem assim o acusado ou 
seus advogados, poderão requerer que se façam às testemunhas perguntas que julgarem 
necessárias. 
Parágrafo único. A Comissão acusadora, ou o acusado ou seus advogados, poderão contestar ou 
arguir as testemunhas sem, contudo interrompê-las e requerer a acareação. 
Art. 29. Realizar-se-á a seguir o debate verbal entre a comissão acusadora e o acusado ou os 
seus advogados pelo prazo que o Presidente fixar e que não poderá exceder de duas horas. 
Art. 30. Findos os debates orais e retiradas as partes, abrir-se-á discussão sobre o objeto da 
acusação. 
Art. 31. Encerrada a discussão o Presidente do Supremo Tribunal Federal fará relatório 
resumido da denúncia e das provas da acusação e da defesa e submeterá a votação nominal dos 
senadores o julgamento. 
Art. 32. Se o julgamento for absolutório produzirá desde logo, todos os efeitos a favor do 
acusado. 
Art. 33. No caso de condenação, o Senado por iniciativa do presidente fixará o prazo de 
inabilitação do condenado para o exercício de qualquer função pública; e no caso de haver crime 
comum deliberará ainda sobre se o Presidente o deverá submeter à justiça ordinária, 
independentemente da ação de qualquer interessado. 
Art. 34. Proferida a sentença condenatória, o acusado estará, ipso facto destituído do cargo. 
Art. 35. A resolução do Senado constará de sentença que será lavrada, nos autos do processo, 
pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal, assinada pelos senadores que funcionarem como 
juízes, transcrita na ata da sessão e, dentro desta, publicada no Diário Oficial e no Diário do 
Congresso Nacional. 
Art. 36. Não pode interferir, em nenhuma fase do processo de responsabilidade do Presidente da 
República ou dos Ministros de Estado, o deputado ou senador; 
a) que tiver parentesco consanguíneo ou afim, com o acusado, em linha reta; em linha colateral, 
os irmãos cunhados, enquanto durar o cunhado, e os primos coirmãos; 
b) que, como testemunha do processo tiver deposto de ciência própria. 
Art. 37. O congresso Nacional deverá ser convocado, extraordinariamente, pelo terço de uma de 
suas câmaras, caso a sessão legislativa se encerre sem que se tenha ultimado o julgamento do 
Presidente da República ou de Ministro de Estado, bem como no caso de ser necessário o início 
imediato do processo. 
Art. 38. No processo e julgamento do Presidente da República e dos Ministros de Estado, serão 
subsidiários desta lei, naquilo em que lhes forem aplicáveis, assim os regimentos internos da 
Câmara dos Deputados e do Senado Federal, como o Código de Processo Penal. 
 
PARTE TERCEIRA 
ENTENDEU DIREITO OU QUER QUE DESENHE? 
9 
CAPÍTULO I 
DOS MINISTROS DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL 
Art. 39. São crimes de responsabilidade dos Ministros do Supremo Tribunal Federal: 
1- altera, por qualquer forma, exceto por via de recurso, a decisão ou voto já proferido em sessão 
do Tribunal; 
2 - proferir julgamento, quando, por lei seja suspeito na causa; 
3 - exercer atividade político-partidária; 
4 - ser patentemente desidioso no cumprimento dos deveres do cargo; 
5 - proceder de modo incompatível com a honra dignidade e decoro de suas funções. 
Art. 39-A. Constituem, também, crimes de responsabilidade do Presidente do Supremo Tribunal 
Federal ou de seu substituto quando no exercício da Presidência, as condutas previstas no art. 10 
desta Lei, quando por eles ordenadas ou praticadas. (Incluído pela Lei nº 10.028, de .2000) 
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se aos Presidentes, e respectivos substitutos 
quando no exercício da Presidência, dos Tribunais Superiores, dos Tribunais de Contas, dos 
Tribunais Regionais Federais, do Trabalho e Eleitorais, dos Tribunais de Justiça e de Alçada dos 
Estados e do Distrito Federal, e aos Juízes Diretores de Foro ou função equivalente no primeiro 
grau de jurisdição. (Incluído pela Lei nº 10.028, de.2000) 
 
CAPÍTULO II 
DO PROCURADOR GERAL DA REPÚBLICA 
Art. 40. São crimes de responsabilidade do Procurador Geral da República: 
1 - emitir parecer, quando, por lei, seja suspeito na causa; 
2 - recusar-se a prática de ato que lhe incumba; 
3 - ser patentemente desidioso no cumprimento de suas atribuições; 
4 - proceder de modo incompatível com a dignidade e o decoro do cargo. 
Art. 40-A. Constituem, também, crimes de responsabilidade do Procurador-Geral da República, 
ou de seu substituto quando no exercício da chefia do Ministério Público da União, as condutas 
previstas no art. 10 desta Lei, quando por eles ordenadas ou praticadas. (Incluído pela Lei nº 
10.028, de. 2000) 
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se: (Incluído pela Lei nº 10.028, de. 2000). 
I - ao Advogado-Geral da União; (Incluído pela Lei nº 10.028, de. 2000). 
II - aos Procuradores-Gerais do Trabalho, Eleitoral e Militar, aos Procuradores-Gerais de Justiça 
dos Estados e do Distrito Federal, aos Procuradores-Gerais dos Estados e do Distrito Federal, e 
aos membros do Ministério Público da União e dos Estados, da Advocacia-Geral da União, das 
Procuradorias dos Estados e do Distrito Federal, quando no exercício de função de chefia das 
unidades regionais ou locais das respectivas instituições. (Incluído pela Lei nº 10.028, de. 2000) 
 
TÍTULO II 
DO PROCESSO E JULGAMENTO 
CAPÍTULO I 
DA DENÚNCIA 
Art. 41. É permitido a todo cidadão denunciar perante o Senado Federal, os Ministros do 
Supremo Tribunal Federal e o Procurador Geral da República, pelos crimes de responsabilidade 
que cometerem (artigos 39 e 40). 
Art. 41-A. Respeitada a prerrogativa de foro que assiste às autoridades a que se referem o 
parágrafo único do art. 39-A e o inciso II do parágrafo único do art. 40-A, as ações penais contra 
elas ajuizadas pela prática dos crimes de responsabilidade previstos no art. 10 desta Lei serãoENTENDEU DIREITO OU QUER QUE DESENHE? 
10 
processadas e julgadas de acordo com o rito instituído pela Lei no 8.038, de 28 de maio de 1990, 
permitido, a todo cidadão, o oferecimento da denúncia. (Incluído pela Lei nº 10.028, de. 2000) 
Art. 42. A denúncia só poderá ser recebida se o denunciado não tiver, por qualquer motivo, 
deixado definitivamente o cargo. 
Art. 43. A denúncia, assinada pelo denunciante com a firma reconhecida deve ser acompanhada 
dos documentos que a comprovem ou da declaração de impossibilidade de apresentá-los, com a 
indicação do local onde possam ser encontrados. Nos crimes de que haja prova testemunhal, a 
denúncia deverá conter o rol das testemunhas, em número de cinco, no mínimo. 
Art. 44. Recebida a denúncia pela Mesa do Senado, será lida no expediente da sessão seguinte e 
despachada a uma comissão especial, eleita para opinar sobre a mesma. 
Art. 45. A comissão a que alude o artigo anterior, reunir-se-á dentro de 48 horas e, depois de 
eleger o seu presidente e relator, emitirá parecer no prazo de 10 dias sobre se a denúncia deve 
ser, ou não julgada objeto de deliberação. Dentro desse período poderá a comissão proceder às 
diligências que julgar necessárias. 
Art. 46. O parecer da comissão, com a denúncia e os documentos que a instruírem, será lido no 
expediente de sessão do Senado, publicado no Diário do Congresso Nacional e em avulsos, que 
deverão ser distribuídos entre os senadores, e dado para ordem do dia da sessão seguinte. o 
nominal considerando-se aprovado se reunir a maioria simples de votos. 
Art. 48. Se o Senado resolver que a denúncia não deve constituir objeto de deliberação, serão os 
papeis arquivados. 
Art. 49. Se a denúncia for considerada objeto de deliberação, a Mesa remeterá cópia de tudo ao 
denunciado, para responder à acusação no prazo de 10 dias. 
Art. 50. Se o denunciado estiver fora do Distrito Federal, a cópia lhe será entregue pelo 
Presidente do Tribunal de Justiça do Estado em que se achar. Caso se ache fora do país ou em 
lugar incerto e não sabido, o que será verificado pelo 1º Secretário do Senado, a intimação far-
se-á por edital, publicado no Diário do Congresso Nacional, com a antecedência de 60 dias, aos 
quais se acrescerá, em comparecendo o denunciado, o prazo do art. 49. 
Art. 51. Findo o prazo para a resposta do denunciado, seja esta recebida, ou não, a comissão 
dará parecer, dentro de dez dias, sobre a procedência ou improcedência da acusação. 
Art. 52. Perante a comissão, o denunciante e o denunciado poderão comparecer pessoalmente ou 
por procurador, assistir a todos os atos e diligências por ela praticados, inquirir, reinquirir, 
contestar testemunhas e requerer a sua acareação. Para esse efeito, a comissão dará aos 
interessados conhecimento das suas reuniões e das diligências a que deva proceder, com a 
indicação de lugar, dia e hora. 
Art. 53. Findas as diligências, a comissão emitirá sobre o seu parecer, que será publicado e 
distribuído, com todas as peças que o instruírem e dado para ordem do dia 48 horas, no mínimo, 
depois da distribuição. 
Art. 54. Esse parecer terá uma só discussão e considerar-se-á aprovado se, em votação nominal, 
reunir a maioria simples dos votos. 
Art. 55. Se o Senado entender que não procede a acusação, serão os papeis arquivados. Caso 
decida o contrário, a Mesa dará imediato conhecimento dessa decisão ao Supremo Tribunal 
Federal, ao Presidente da República, ao denunciante e ao denunciado. 
Art. 56. Se o denunciado não estiver no Distrito Federal, a decisão ser-lhe-á comunicada a 
requisição da Mesa, pelo Presidente do Tribunal de Justiça do Estado onde se achar. Se estiver 
fora do país ou em lugar incerto e não sabido, o que será verificado pelo 1º Secretário do 
Senado, far-se-á a intimação mediante edital pelo Diário do Congresso Nacional, com a 
antecedência de 60 dias. 
ENTENDEU DIREITO OU QUER QUE DESENHE? 
11 
Art. 57. A decisão produzirá desde a data da sua intimação os seguintes efeitos, contra o 
denunciado: 
a) ficar suspenso do exercício das suas funções até sentença final; 
b) ficar sujeito a acusação criminal; 
c) perder, até sentença final, um terço dos vencimentos, que lhe será pago no caso de 
absolvição. 
 
CAPÍTULO II 
DA ACUSAÇÃO E DA DEFESA 
Art. 58. Intimado o denunciante ou o seu procurador da decisão a que aludem os três últimos 
artigos, ser-lhe-á dada vista do processo, na Secretaria do Senado, para, dentro de 48 horas, 
oferecer o libelo acusatório e o rol das testemunhas. Em seguida abrir-se-á vista ao denunciado 
ou ao seu defensor, pelo mesmo prazo para oferecer a contrariedade e o rol das testemunhas. 
Art. 59. Decorridos esses prazos, com o libelo e a contrariedade ou sem eles, serão os autos 
remetidos, em original, ao Presidente do Supremo Tribunal Federal, ou ao seu substituto legal, 
quando seja ele o denunciado, comunicando-se-lhe o dia designado para o julgamento e 
convidando-o para presidir a sessão. 
Art. 60. O denunciante e o acusado serão notificados pela forma estabelecida no art. 56. para 
assistirem ao julgamento, devendo as testemunhas ser, por um magistrado, intimadas a 
comparecer a requisição da Mesa. 
Parágrafo único. Entre a notificação e o julgamento deverá mediar o prazo mínimo de 10 dias. 
Art. 61. No dia e hora marcados para o julgamento, o Senado reunir-se-á, sob a presidência do 
Presidente do Supremo Tribunal Federal ou do seu substituto legal. Verificada a presença de 
número legal de senadores, será aberta a sessão e feita a chamada das partes, acusador e 
acusado, que poderão comparecer pessoalmente ou pelos seus procuradores. 
Art. 62. A revelia do acusador não importará transferência do julgamento, nem perempção da 
acusação. 
§ 1º A revelia do acusado determinará o adiamento de julgamento, para o qual o Presidente 
designará novo dia, nomeando um advogado para defender o revel. 
§ 2º Ao defensor nomeado será, facultado o exame de todas as peças do processo. 
Art. 63. No dia definitivamente aprazado para o julgamento, verificado o número legal de 
senadores será aberta a sessão e facultado o ingresso às partes ou aos seus procuradores. Serão 
juízes todos os senadores presentes, com exceção dos impedidos nos termos do art. 36. 
Parágrafo único. O impedimento poderá ser oposto pelo acusador ou pelo acusado e invocado 
por qualquer senador. 
Art. 64. Constituído o Senado em Tribunal de julgamento, o Presidente mandará ler o processo 
e, em seguida, inquirirá publicamente as testemunhas, fora da presença umas das outras. 
Art. 65. O acusador e o acusado, ou os seus procuradores, poderão reinquirir as testemunhas, 
contestá-las sem interrompê-las e requerer a sua acareação sejam feitas as perguntas que julgar 
necessárias. 
Art. 66. Finda a inquirição, haverá debate oral, facultadas a réplica e a tréplica entre o acusador 
e o acusado, pelo prazo que o Presidente determinar, 
Parágrafo único. Ultimado o debate, retirar-se-ão partes do recinto da sessão e abrir-se-á uma 
discussão única entre os senadores sobre o objeto da acusação. 
Art. 67. Encerrada a discussão, fará o Presidente um relatório resumido dos fundamentos da 
acusação e da defesa, bem como das respectivas provas, submetendo em seguida o caso a 
julgamento. 
ENTENDEU DIREITO OU QUER QUE DESENHE? 
12 
 
CAPÍTULO III 
DA SENTENÇA 
Art. 68. O julgamento será feito, em votação nominal pelos senadores desimpedidos que 
responderão "sim" ou "não" à seguinte pergunta enunciada pelo Presidente: "Cometeu o acusado 
F. o crime que lhe é imputado e deve ser condenado à perda do seu cargo?" 
Parágrafo único. Se a resposta afirmativa obtiver, pelo menos, dois terços dos votos dos 
senadores presentes, o Presidente fará nova consulta ao plenário sobre o tempo não excedente de 
cinco anos, durante o qual o condenado deverá ficar inabilitado para oexercício de qualquer 
função pública. 
Art. 69. De acordo com a decisão do Senado, o Presidente lavrará nos autos, a sentença que será 
assinada por ele e pelos senadores, que tiverem tomado parte no julgamento, e transcrita na ata. 
Art. 70. No caso de condenação, fica o acusado desde logo destituído do seu cargo. Se a 
sentença for absolutória, produzirá a imediata reabilitação do acusado, que voltará ao exercício 
do cargo, com direito à parte dos vencimentos de que tenha sido privado. 
Art. 71. Da sentença, dar-se-á imediato conhecimento ao Presidente da República, ao Supremo 
Tribunal Federal e ao acusado. 
Art. 72. Se no dia do encerramento do Congresso Nacional não estiver concluído o processo ou 
julgamento de Ministro do Supremo Tribunal Federal ou do Procurador Geral da República, 
deverá ele ser convocado extraordinariamente pelo terço do Senado Federal. 
Art. 73 No processo e julgamento de Ministro do Supremo Tribunal, ou do Procurador Geral da 
República serão subsidiários desta lei, naquilo em que lhes forem aplicáveis, o Regimento 
Interno do Senado Federal e o Código de Processo Penal. 
 
PARTE QUARTA 
 
CAPÍTULO I 
DOS GOVERNADORES E SECRETÁRIOS DOS ESTADOS 
Art. 74. Constituem crimes de responsabilidade dos governadores dos Estados ou dos seus 
Secretários, quando por eles praticados, os atos definidos como crimes nesta lei. 
 
CAPÍTULO II 
DA DENÚNCIA, ACUSAÇÃO E JULGAMENTO 
Art. 75. É permitido a todo cidadão denunciar o Governador perante a Assembléia Legislativa, 
por crime de responsabilidade. 
Art. 76.A denúncia assinada pelo denunciante e com a firma reconhecida, deve ser acompanhada 
dos documentos que a comprovem, ou da declaração de impossibilidade de apresentá-los com a 
indicação do local em que possam ser encontrados. Nos crimes de que houver prova 
testemunhal, conterão rol das testemunhas, em número de cinco pelo menos. 
Parágrafo único. Não será recebida a denúncia depois que o Governador, por qualquer motivo, 
houver deixado definitivamente o cargo. 
Art. 77. Apresentada a denúncia e julgada objeto de deliberação, se a Assembleia Legislativa 
por maioria absoluta, decretar a procedência da acusação, será o Governador imediatamente 
suspenso de suas funções. 
Art. 78. O Governador será julgado nos crimes de responsabilidade, pela forma que determinar a 
Constituição do Estado e não poderá ser condenado, senão à perda do cargo, com inabilitação 
até cinco anos, para o exercício de qualquer função pública, sem prejuízo da ação da justiça 
comum. 
ENTENDEU DIREITO OU QUER QUE DESENHE? 
13 
§ 1º Quando o tribunal de julgamento for de jurisdição mista serão iguais, pelo número, os 
representantes dos órgãos que o integrarem, excluído o Presidente, que será o Presidente do 
Tribunal de Justiça. 
§ 2º Em qualquer hipótese, só poderá ser decretada a condenação pelo voto de dois terços dos 
membros de que se compuser o tribunal de julgamento. 
§ 3º Nos Estados, onde as Constituições não determinarem o processo nos crimes de 
responsabilidade dos Governadores, aplicar-se-á o disposto nesta lei, devendo, porém, o 
julgamento ser proferido por um tribunal composto de cinco membros do Legislativo e de cinco 
desembargadores, sob a presidência do Presidente do Tribunal de Justiça local, que terá direito 
de voto no caso de empate. A escolha desse Tribunal será feita - a dos membros do legislativo, 
mediante eleição pela Assembleia: a dos desembargadores, mediante sorteio. 
§ 4º Esses atos deverão ser executados dentro em cinco dias contados da data em que a 
Assembleia enviar ao Presidente do Tribunal de Justiça os autos do processo, depois de 
decretada a procedência da acusação. 
Art. 79. No processo e julgamento do Governador serão subsidiários desta lei naquilo em que 
lhe forem aplicáveis, assim o regimento interno da Assembleia Legislativa e do Tribunal de 
Justiça, como o Código de Processo Penal. 
Parágrafo único. Os Secretários de Estado, nos crimes conexos com os dos governadores, serão 
sujeitos ao mesmo processo e julgamento. 
 
DISPOSIÇÕES GERAIS 
Art. 80. Nos crimes de responsabilidade do Presidente da República e dos Ministros de Estado, a 
Câmara dos Deputados é tribunal de pronuncia e o Senado Federal, tribunal de julgamento; nos 
crimes de responsabilidade dos Ministros do Supremo Tribunal Federal e do Procurador Geral 
da República, o Senado Federal é, simultaneamente, tribunal de pronuncia e julgamento. 
Parágrafo único. O Senado Federal, na apuração e julgamento dos crimes de responsabilidade 
funciona sob a presidência do Presidente do Supremo Tribunal, e só proferirá sentença 
condenatória pelo voto de dois terços dos seus membros. 
Art. 81 A declaração de procedência da acusação nos crimes de responsabilidade só poderá ser 
decretada pela maioria absoluta da Câmara que a preferir. 
Art. 82. Não poderá exceder de cento e vinte dias, contados da data da declaração da 
procedência da acusação, o prazo para o processo e julgamento dos crimes definidos nesta lei. 
 
Rio de Janeiro, 10 de abril de 1950; 129º da Independência e 62º da República. 
EURICO GASPAR DUTRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A inconstitucionalidade por ação ocorre quando há edição de norma incompatível com a Constituição, seja 
em relação ao conteúdo ou às normas sobre o processo de elaboração da norma. Já a inconstitucionalidade 
por omissão se dá quando o Legislativo deixa de observar comando constitucional que configure o dever de 
legislar. 
A inconstitucionalidade por omissão pode ser total ou parcial: será total quando o legislador simplesmente 
ignora o comando constitucional e não edita a lei; será parcial quando o legislador editar lei que atenda aos 
desígnios constitucionais parcialmente ou de maneira insuficiente. É importante lembrar que para a 
inconstitucionalidade por omissão a ação cabível é a Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão 
(ADO), prevista no art. 103, §2º, CF/88, ao passo que para apurar a inconstitucionalidade por ação cabem 
tanto a Ação Direita de Inconstitucionalidade genérica (ADI), quanto a Ação Declaratória de 
Constitucionalidade (ADC), ambas previstas no art. 102, I, a, CF/88. 
A outra classificação a ser tratada nesta postagem é a relativa ao prisma da apuração, em que a 
inconstitucionalidade pode ser direta ou indireta. A inconstitucionalidade direta é verificada em espécies 
normativas de primeiro grau em contraste com a Constituição. Destaca-se que as espécies normativas de 
primeiro grau são as que retiram seu fundamento de validade diretamente da constituição, ou seja, a grosso 
modo, são as leis, medidas provisórias, decretos legislativos, resoluções, decretos autônomos. 
Já a inconstitucionalidade indireta é verificada nas espécies normativas de segundo grau (aquelas que 
retiram seu fundamento de validade das normas de primeiro grau, como no caso de um decreto que 
regulamenta uma lei). Se a espécie normativa de segundo grau é inconstitucional porque a norma da qual ela 
depende é inconstitucional a inconstitucionalidade será chamada de consequente. Por outro lado, se a 
espécie normativa de segundo grau é inconstitucional por violar norma infraconstitucional, então a 
inconstitucionalidade será a denominada reflexa ou obliqua. Vale lembrar que, nesse caso, o STF entende 
haver o controle de legalidade e não de constitucionalidade. 
 
 
Poder Constituinte 
O poder constituinte pertence ao povo, que o exerce por meio dos seus representantes (Assembléia Nacional 
Constituinte). “Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou 
diretamente, nos termos desta Constituição” (art.1º, parágrafo único da CF). 
Tendo em vista que o Poder Legislativo, Executivo e Judiciário são poderes constituídos, podemos concluir 
que existe um poder maior que os constituiu, isto, o Poder Constituinte.Assim, a Constituição Federal é 
fruto de um poder distinto daqueles que ela institui. 
 
Espécies de Poder Constituinte: 
- Poder Constituinte Originário: 
Histórico 
Revolucionário 
 
- Poder Constituinte Derivado 
Reformador 
Decorrente 
Revisor 
 
Poder Constituinte Originário: 
Também é denominado de poder genuíno ou poder de 1º grau ou poder inaugural. É aquele capaz de 
estabelecer uma nova ordem constitucional, isto é, de dar conformação nova ao Estado, rompendo com a 
ordem constitucional anterior. 
 Poder Constituinte Originário Histórico: É aquele capaz de editar a primeira Constituição do 
Estado, isto é, de estruturar pela primeira vez o Estado. 
 Poder Constituinte Originário Revolucionário: São todos aqueles posteriores ao histórico, que 
rompem com a ordem constitucional anterior e instauram uma nova. 
 
Poder Constituinte Derivado: 
Também é denominado de poder instituído, constituído, secundário ou poder de 2º grau. 
 Poder Constituinte Derivado Reformador: 
É aquele criado pelo poder constituinte originário para reformular (modificar) as normas constitucionais. A 
reformulação se dá através das emendas constitucionais. 
O constituinte, ao elaborar uma nova ordem jurídica, desde logo constitui um poder constituinte derivado 
reformador, pois sabe que a Constituição não se perpetuará no tempo. Entretanto, trouxe limites ao poder de 
reforma constitucional. 
 Poder Constituinte Derivado Decorrente: 
Também foi criado pelo poder constituinte originário. É o poder de que foram investidos os estados-
membros para elaborar a sua própria constituição (capacidade de auto-organização). 
Os Estados são autônomos uma vez que possuem capacidade de auto-organização, autogoverno, auto-
administração e autolegislação, mas não são soberanos, pois devem observar a Constituição Federal. “Os 
Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta 
Constituição” (art. 25 da CF). Desta forma, o poder constituinte decorrente também encontra limitações. 
O exercício do poder constituinte decorrente foi conferido às Assembleias legislativas. “Cada Assembléia 
Legislativa, com poderes constituintes, elaborará a Constituição do Estado, no prazo de um ano, contando da 
promulgação da Constituição Federal, obedecidos os princípios desta” (art. 11 dos ADCT). 
É importante lembrar que também há o poder reformador para as Constituições Estaduais. Estas são 
alteradas pela Assembléia legislativa, através de emendas. 
Discussão sobre a existência de poder constituinte decorrente nos Municípios e Distrito Federal: 
Municípios: A CF/88 concedeu a capacidade de auto-organização aos Municípios, ou seja, possibilitou que 
cada Município tivesse a sua própria Lei Orgânica e que esta seria submissa à Constituição Estadual e à 
Constituição Federal. Antes de 88, os Municípios de determinado Estado eram regidos por uma única Lei 
orgânica estadual. 
Os Municípios são autônomos, uma vez que possuem capacidade de auto-organização, autogoverno, auto-
administração e autolegislação. “Promulgada a Constituição do Estado, caberá à Câmara Municipal, no 
prazo de seis meses, votar a lei orgânica respectiva, em dois turnos de discussão e votação, respeitando o 
disposto na Constituição Federal e na Constituição Estadual” (art. 11, parágrafo único dos ADCT). 
Os Municípios não tem poder constituinte decorrente, uma vez que são regidos por Lei Orgânica e não por 
uma Constituição. Do ponto de vista formal, Lei Orgânica não se confunde com Constituição. Há autores 
que afirmam que como as Leis Orgânicas são Constituições Municipais, os Municípios foram investidos do 
poder derivado sob a modalidade decorrente. 
Distrito Federal: Também é autônomo, uma vez que possui capacidade de auto-organização, autogoverno, 
auto-administração e autolegislação. O Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios, reger-se-á por 
Lei Orgânica, votada em 2 turnos, com interstício mínimo de 10 dias e aprovada por 2/3 dos membros da 
Câmara Legislativa, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos na Constituição Federal (art. 32 
da CF). 
O Distrito Federal também não tem Constituição, mas sim Lei Orgânica, valendo o disposto para os 
Municípios. 
 Poder Constituinte Derivado Revisor: 
Também chamado de poder anômalo de revisão ou revisão constitucional anômala ou competência de 
revisão. Foi estabelecida com o intuito de adequar a Constituição à realidade que a sociedade apontasse 
como necessária. 
O artigo 3º dos ADCT estabeleceu que a revisão constitucional seria realizada após 5 anos, contados da 
promulgação da Constituição, pelo voto da maioria absoluta dos membros do Congresso Nacional, em 
sessão unicameral. O procedimento anômalo é mais flexível que o ordinário, pois neste segundo exige-se 
sessão bicameral e 3/5 dos votos. 
Várias teorias surgiram em relação aos limites do poder constituinte revisor: 
Algumas apontaram uma ilimitação. 
Outras trouxeram condicionamentos formais: Condicionaram a instalação da Assembléia Revisional ao 
resultado modificador da forma ou sistema de governo, no plebiscito de 1993, conforme o previsto no artigo 
2º dos ADCT. (O artigo previa o plebiscito para o dia 07/09/93, mas ocorreu em 21/04/93). 
Se o resultado fosse mantenedor, não haveria necessidade da revisão anômala. O resultado foi mantenedor, 
porém o Congresso Nacional instalou a Assembléia Revisional e instituíram 6 emendas constitucionais 
revisionais. O STF acolheu a posição de que o Congresso Nacional poderia instalar a assembléia revisional. 
Fez uma interpretação literal do art 3º do ADCT, como se não tivesse relação alguma com o art 2º do 
ADCT. 
Prevaleceu a que trouxe os mesmos limites materiais impostos ao poder derivado reformador, isto é, as 
clausulas pétreas. 
 
 
 
 
 
 
 
ENTENDEU DIREITO OU QUER QUE DESENHE? 
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O Poder Executivo Federal atua para colocar programas de governo em prática ou na 
prestação de serviço público. É formado por órgãos de administração direta, como os ministérios, 
e indireta, como as empresas públicas e demais autarquias.O Executivo age junto ao Poder 
Legislativo, participando da elaboração das leis e sancionando ou vetando projetos. Em caso de 
relevância e urgência, adota medidas provisórias e propõe emendas à Constituição, projetos de 
leis complementares e ordinárias e leis delegadas.O chefe máximo do Executivo é o Presidente da 
República, que também é o chefe de Estado e de Governo, já que o Brasil adota o regime 
presidencialista. O Presidente exerce, ainda, o comando supremo das Forças Armadas e tem o 
dever de sustentar a integridade e a independência do Brasil, entre outras atribuições.O Vice-
Presidente da República deve substituir o Presidente, no caso de impedimento ou nos casos em 
que o cargo se torne vago, e auxiliá-lo sempre que por ele convocado para missões especiais. Os 
ministros auxiliam o Presidente na direção superior da administração federal, praticando os atos 
pertinentes às atribuições que lhe forem outorgadas ou delegadas.No Executivo Estadual, o chefe 
supremo é o governador do estado, que tem sob seu comando secretários e auxiliares diretos. 
Cabe a ele representar a Unidade Federativa junto ao Estado brasileiro e aos demais estados, 
coordenar as relações jurídicas, políticas e administrativas e defender sua autonomia.Já o Poder 
Executivo Municipal tem como chefe o prefeito, escolhido entre maiores de 18 anos para exercer 
um mandato de quatro anos, por meio de eleições diretas e simultâneas. Ele tem atribuições 
políticas e administrativas que se consolidam em atos de governo e se expressam no 
planejamento das atividades, obras e serviços municipais.Cabe ao prefeito, ainda, apresentar,sancionar, promulgar e vetar proposições e projetos de lei. Anualmente, o Executivo Municipal 
elabora a proposta orçamentária, que é submetida à Câmara dos Vereadores.Os municípios 
gozam de autonomia de acordo com a Constituição Federal e as constituições estaduais. Cada 
município é regido por uma Lei Orgânica, aprovada por dois terços dos membros da Câmara 
Municipal. 
Diário Oficial da UniãoTodas as atividades administrativas do Brasil são registradas, há 149 
anos, no Diário Oficial da União (DOU). Ele é dividido em três seções: 1) leis, decretos, 
resoluções, instruções normativas, portarias; 2) atos de interesse dos servidores da Administração 
Pública Federal; 3) contratos, editais, avisos e ineditoriais.O DOU faz parte da Imprensa Nacional, 
criada por decreto do príncipe regente D. João, em 13 de maio de 1808, e que está ligada à Casa 
Civil da Presidência da República. As edições diárias são distribuídas para assinantes e também 
podem ser acessadas no Portal da Imprensa Nacional. 
Fontes:Portal PlanaltoPortal da Imprensa Nacional 
1 - Cabe ao Presidente da República, entre outras competências,A - editar decretos para 
criação de cargos públicos.B - nomear os Ministros do Tribunal de Contas da União, observadas as 
disposições constitucionais pertinentes.C - suspender a execução de lei declarada inconstitucional 
por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal.D - fiscalizar as contas do Congresso 
Nacional.fiscalizar as contas do Supremo Tribunal Federal. 
2 - O Vice-Presidente da RepúblicaA - deve ser brasileiro nato ou naturalizado.B - exerce 
competências taxativamente definidas na Constituição e em leis ordinárias.C - substitui o 
Presidente, no caso de impedimento, e sucede-lhe, no caso de vacância.D - poderá ser julgado, 
por crime de responsabilidade, pelo Congresso Nacional.E - deve ter a idade mínima de trinta 
anos como condição de sua elegibilidade. 
3 - Compete privativamente ao Presidente da RepúblicaA - nomear, após a aprovação do 
Congresso Nacional, Ministros do Supremo Tribunal Federal.B - celebrar a paz, autorizado ou com 
o referendo do Congresso Nacional.C - exercer, com o auxílio dos Deputados e Senadores, a 
direção superior da administração federal.D - nomear e exonerar Ministros de Estado com a 
anuência do Congresso Nacional.E - prestar, trimestralmente, ao Senado Federal, as contas 
referentes ao exercício de seu mandato. 
4 - Nas infrações penais comuns, o Presidente da República será submetido a 
julgamento perante oA - Supremo Tribunal Federal, não sendo necessária prévia autorização 
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da Câmara dos Deputados.B - Supremo Tribunal Federal, desde que a Câmara dos Deputados 
admita a acusação contra ele, por dois terços de seus membros.C - Senado Federal, desde que a 
Câmara dos Deputados admita a acusação contra ele, por dois terços de seus membros.D - 
Senado Federal, não sendo necessária prévia autorização da Câmara dos Deputados.E - Senado 
Federal, desde que a Câmara dos Deputados admita a acusação contra ele, por três quintos de 
seus membros. 
1 - B 2 - C 3 - B 4 - B 
 
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O Poder Judiciário é regulado pela Constituição Federal nos seus artigos 92 a 126. Ele é constituído de 
diversos órgãos, com o Supremo Tribunal Federal (STF) no topo. O STF tem como função principal zelar 
pelo cumprimento da Constituição. Abaixo dele está o Superior Tribunal de Justiça (STJ), responsável por 
fazer uma interpretação uniforme da legislação federal. 
No sistema Judiciário brasileiro, há órgãos que funcionam no âmbito da União e dos estados, incluindo o 
Distrito Federal e Territórios. No campo da União, o Poder Judiciário conta com as seguintes unidades: a 
Justiça Federal (comum) – incluindo os juizados especiais federais –, e a Justiça Especializada – composta 
pela Justiça do Trabalho, a Justiça Eleitoral e a Justiça Militar. 
A organização da Justiça Estadual, que inclui os juizados especiais cíveis e criminais, é de competência de 
cada um dos 26 estados brasileiros e do Distrito Federal, onde se localiza a capital do país. 
Tanto na Justiça da União como na Justiça dos estados, os juizados especiais são competentes para julgar 
causas de menor potencial ofensivo e de pequeno valor econômico. 
Como regra, os processos se originam na primeira instância, podendo ser levados, por meio de recursos, para 
a segunda instância, para o STJ (ou demais tribunais superiores) e até para o STF, que dá a palavra final em 
disputas judiciais no país em questões constitucionais. Mas há ações que podem se originar na segunda 
instância e até nas Cortes Superiores. É o caso de processos criminais contra autoridades com prerrogativa 
de foro. 
Parlamentares federais, ministros de estado, o presidente da República, entre outras autoridades, têm a 
prerrogativa de ser julgados pelo STF quando processados por infrações penais comuns. Nesses casos, o STJ 
é a instância competente para julgar governadores. Já à segunda instância da Justiça comum – os tribunais de 
Justiça – cabe julgar prefeitos acusados de crimes comuns. 
 
 
Capítulo III 
DO PODER JUDICIÁRIO 
Seção I 
Disposições Gerais 
 
 
Art. 92. São órgãos do Poder Judiciário: 
I – o Supremo Tribunal Federal; 
I-A – O Conselho Nacional de Justiça; 
II – o Superior Tribunal de Justiça; 
III – os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais; 
IV – os Tribunais e Juízes do Trabalho; 
V – os Tribunais e Juízes Eleitorais; 
VI – os Tribunais e Juízes militares; 
VII – os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios. 
§ 1° - O Supremo Tribunal Federal, o Conselho Nacional de Justiça e os Tribunais Superiores têm sede na 
Capital Federal. 
§ 2° - O Supremo Tribunal Federal e os Tribunais Superiores têm jurisdição em todo o território nacional. 
 
Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da 
magistratura, observados os seguintes princípios: 
I – ingresso na carreira, cujo cargo inicial será o de juiz substituto, mediante concurso público de provas e 
títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as fases, exigindo-se do bacharel 
em direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica e obedecendo-se, nas nomeações, à ordem de 
classificação; 
II – promoção de entrância para entrância, alternadamente, por antiguidade e merecimento, atendidas as 
seguintes normas: 
 a) é obrigatória a promoção do juiz que figure por três vezes consecutivas ou cinco alternadas em 
lista de merecimento; 
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 b) a promoção por merecimento pressupõe dois anos de exercício na respectiva entrância e integrar o 
juiz a primeira quinta parte da lista de antiguidade desta, salvo se não houver com tais requisitos 
quem aceite o lugar vago; 
 c) aferição do merecimento conforme o desempenho e pelos critérios objetivos de produtividade e 
presteza no exercício da jurisdição e pela frequência e aproveitamento em cursos oficiais ou 
reconhecidos de aperfeiçoamento; 
 d) na apuração de antiguidade, o tribunal somente poderá recusar o juiz mais antigo pelo voto 
fundamentado de dois terços de seus membros, conforme procedimento próprio, e assegurada ampla 
defesa, repetindo-se a votação até fixar-se a indicação; 
 e) não será promovido o juiz que, injustificadamente, retiver autos em seu poder além do prazo legal, 
não podendo devolvê-los ao cartório sem o devido despacho ou decisão; 
III – o acesso aos tribunais de segundo grau far-se-á por antiguidade e merecimento,alternadamente, 
apurados na última ou única entrância; 
IV – previsão de cursos oficiais de preparação, aperfeiçoamento e promoção de magistrados, constituindo 
etapa obrigatória do processo de vitaliciamento a participação em curso oficial ou reconhecido por escola 
nacional de formação e aperfeiçoamento de magistrados; 
V – o subsídio dos ministros dos Tribunais Superiores corresponderá a noventa e cinco por cento do 
subsídio mensal fixado para os ministros do Supremo Tribunal Federal e os subsídios dos demais 
magistrados serão fixados em lei e escalonados, em nível federal e estadual, conforme as respectivas 
categorias da estrutura judiciária nacional, não podendo a diferença entre uma e outra ser superior a dez por 
cento ou inferior a cinco por cento, nem exceder a noventa e cinco por cento do subsídio mensal dos 
ministros dos Tribunais Superiores, obedecido, em qualquer caso, o disposto nos artigos 37, XI, e 39, § 4° 
VI – a aposentadoria dos magistrados e a pensão de seus dependentes observarão o disposto no artigo 40; 
VII – o juiz titular residirá na respectiva comarca, salvo autorização do tribunal; 
VIII – o ato de remoção, disponibilidade e aposentadoria do magistrado, por interesse público, fundar-se-á 
em decisão por voto de maioria absoluta do respectivo tribunal ou do Conselho Nacional de Justiça, 
assegurada ampla defesa; 
VIII-A – a remoção a pedido ou a permuta de magistrados de comarca de igual entrância atenderá, no que 
couber, ao disposto nas alíneas a, b, c e e do inciso II; 
IX – todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as 
decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e 
a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do 
interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação; 
X – as decisões administrativas dos tribunais serão motivadas e em sessão pública, sendo as disciplinares 
tomadas pelo voto da maioria absoluta de seus membros; 
XI – nos tribunais com número superior a vinte e cinco julgadores, poderá ser constituído órgão especial, 
com o mínimo de onze e o máximo de vinte e cinco membros, para o exercício das atribuições 
administrativas e jurisdicionais delegadas da competência do tribunal pleno, provendo-se metade das vagas 
por antiguidade e a outra metade por eleição pelo tribunal pleno; 
XII – a atividade jurisdicional será ininterrupta, sendo vedado férias coletivas nos juízos e tribunais de 
segundo grau, funcionando, nos dias em que não houver expediente forense normal, juízes em plantão 
permanente; 
XIII – o número de juízes na unidade jurisdicional será proporcional à efetiva demanda judicial e à 
respectiva população; 
XIV – os servidores receberão delegação para a prática de atos de administração e atos de mero expediente 
sem caráter decisório; 
XV – a distribuição de processos será imediata, em todos os graus de jurisdição. 
 
Art. 94. Um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais dos Estados, e do 
Distrito Federal e Territórios será composto de membros, do ministério Público, com mais de dez anos 
de carreira, e de advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de dez anos de 
ENTENDEU DIREITO OU QUER QUE DESENHE? 
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efetiva atividade profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das 
respectivas classes. 
Parágrafo único. Recebidas as indicações, o Tribunal formará lista tríplice, enviando-a ao Poder Executivo, 
que, nos vinte dias subsequentes, escolherá um de seus integrantes para nomeação. 
 
Art. 95. Os juízes gozam das seguintes garantias: 
I – vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após dois anos de exercício, dependendo a perda 
do cargo, nesse período, de deliberação do Tribunal a que o juiz estiver vinculado, e, nos demais casos, de 
sentença judicial transitada em julgado; 
II – inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, na forma do artigo 93, VIII; 
III – irredutibilidade de subsídio, ressalvado o disposto nos artigos 37, X e XI, 39, § 4° 
Parágrafo único. Aos juízes é vedado: 
I – exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de magistério; 
II – receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo; 
III – dedicar-se à atividade político-partidária; 
IV – receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas 
ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei; 
V – exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos do afastamento 
do cargo por aposentadoria ou exoneração. 
 
Art. 96. Compete privativamente: I – aos Tribunais: 
 a) eleger seus órgãos diretivos e elaborar seus regimentos internos, com observância das normas de 
processo e das garantias processuais das partes, dispondo sobre a competência e o funcionamento 
dos respectivos órgãos jurisdicionais e administrativos; 
 b) organizar suas secretarias e serviços auxiliares e os dos juízos que lhes forem vinculados, velando 
pelo exercício da atividade correicional respectiva; 
 c) prover, na forma prevista nesta Constituição, os cargos de juiz de carreira da respectiva 
jurisdição; 
 d) propor a criação de novas varas judiciárias; 
 e) prover, por concurso público de provas, ou de provas e títulos, obedecido o disposto no artigo 169, 
parágrafo único, os cargos necessários à administração da Justiça, exceto os de confiança assim 
definidos em lei; 
 f )conceder licença, férias e outros afastamentos a seus membros e aos juízes e servidores que lhes 
forem imediatamente vinculados; 
II – ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores e aos Tribunais de Justiça propor ao Poder 
Legislativo respectivo, observado o disposto no artigo 169: 
 a) a alteração do número de membros dos Tribunais inferiores; 
 b) a criação e a extinção de cargos e a remuneração dos seus serviços auxiliares e dos juízos que lhes 
forem vinculados, bem como a fixação do subsídio de seus membros e dos juízes, inclusive dos 
tribunais inferiores, onde houver; 
 c) a criação ou extinção dos Tribunais inferiores; 
 d) a alteração da organização e da divisão judiciárias;III – aos Tribunais de Justiça julgar os juízes 
estaduais e do Distrito Federal e Territórios, bem como os membros do Ministério Público, nos 
crimes comuns e de responsabilidade, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral. 
Art. 97. Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo órgão 
especial poderão os Tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder 
Público. 
 
Art. 98. A União, no Distrito Federal e nos Territórios, e os Estados criarão: 
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I – juizados especiais, providos por juízes togados, ou togados e leigos, competentes para a conciliação, o 
julgamento e a execução de causas cíveis de menor complexidade e infrações penais de menor potencial 
ofensivo, mediante os procedimentos oral e sumaríssimo, permitidos, nas hipóteses previstas em lei, a 
transação e o julgamento de recursos por turmas de juízes de primeiro grau; 
II – justiça de paz, remunerada, composta de cidadãos eleitos pelo voto direto, universal e secreto, com 
mandato de quatro anos e competência para, na forma da lei, celebrar casamentos, verificar, de ofício ou em 
face de impugnação apresentada, o processo de habilitação e exercer atribuições conciliatórias, sem caráter 
jurisdicional, além de outras previstas na legislação. 
§ 2° - As custas e emolumentos serão destinados exclusivamente ao custeio dos serviços afetos às atividades 
específicas da Justiça. 
 
Art. 99. Ao Poder Judiciário é assegurada autonomia administrativa e financeira.§ 1° - Os Tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias dentro dos limites estipulados 
conjuntamente com os demais Poderes na lei de diretrizes orçamentárias. 
§ 2° - O encaminhamento da proposta, ouvidos os outros Tribunais interessados, compete: 
I – no âmbito da União, aos Presidentes do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais 
Superiores, com a aprovação dos respectivos Tribunais; 
II – no âmbito dos Estados e no do Distrito Federal e Territórios, aos Presidentes dos Tribunais 
de Justiça, com a aprovação dos respectivos Tribunais. 
§ 3° - Se os órgãos referidos no § 2°não encaminharem as respectivas propostas orçamentárias 
dentro do prazo estabelecido na lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo considerará, 
para fins de consolidação da proposta orçamentária anual, os valores aprovados na lei 
orçamentária vigente, ajustados de acordo com os limites estipulados na forma do § 1°deste 
artigo. 
§ 4° - Se as propostas orçamentárias de que trata este artigo forem encaminhadas em desacordo 
com os limites estipulados na forma do § 1°, o Poder Executivo procederá aos ajustes 
necessários para fins de consolidação da proposta orçamentária anual. 
§ 5° - Durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a realização de despesas 
ou a assunção de obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei de diretrizes 
orçamentárias, exceto se previamente autorizadas, mediante a abertura de créditos suplementares 
ou especiais. 
 
Art. 100. Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas Federal, Estaduais, Distrital e 
municipais, em virtude de sentença judiciária, far-se-ão exclusivamente na ordem 
cronológica de apresentação dos precatórios e à conta dos créditos respectivos, proibida a 
designação de casos ou de pessoas nas dotações orçamentárias e nos créditos adicionais 
abertos para este fim. 
1° - Os débitos de natureza alimentícia compreendem aqueles decorrentes de salários, 
vencimentos, proventos, pensões e suas complementações, benefícios previdenciários e 
indenizações por morte ou por invalidez, fundadas em responsabilidade civil, em virtude de 
sentença judicial transitada em julgado, e serão pagos com preferência sobre todos os demais 
débitos, exceto sobre aqueles referidos no § 2°deste artigo. 
§ 2° - Os débitos de natureza alimentícia cujos titulares tenham 60 (sessenta) anos de idade ou 
mais na data de expedição do precatório, ou sejam portadores de doença grave, definidos na 
forma da lei, serão pagos com preferência sobre todos os demais débitos, até o valor equivalente 
ao triplo do fixado em lei para os fins do disposto no § 3°deste artigo, admitido o fracionamento 
para essa finalidade, sendo que o restante será pago na ordem cronológica de apresentação do 
precatório. 
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§ 3° - O disposto no caput deste artigo relativamente à expedição de precatórios não se aplica 
aos pagamentos de obrigações definidas em leis como de pequeno valor que as Fazendas 
referidas devam fazer em virtude de sentença judicial transitada em julgado. 
§ 4° 0 Para os fins do disposto no § 3°, poderão ser fixados, por leis próprias, valores distintos às 
entidades de direito público, segundo as diferentes capacidades econômicas, sendo o mínimo 
igual ao valor do maior benefício do regime geral de previdência social. 
§ 5° - É obrigatória a inclusão, no orçamento das entidades de direito público, de verba 
necessária ao pagamento de seus débitos, oriundos de sentenças transitadas em julgado, 
constantes de precatórios judiciários apresentados até 1° de julho, fazendo-se o pagamento até o 
final do exercício seguinte, quando terão seus valores atualizados monetariamente. 
§ 6° -As dotações orçamentárias e os créditos abertos serão consignados diretamente ao Poder 
Judiciário, cabendo ao Presidente do Tribunal que proferir a decisão exequenda determinar o 
pagamento integral e autorizar, a requerimento do credor e exclusivamente para os casos de 
preterimento de seu direito de precedência ou de não alocação orçamentária do valor necessário 
à satisfação do seu débito, o sequestro da quantia respectiva. 
§ 7° - O Presidente do Tribunal competente que, por ato comissivo ou omissivo, retardar ou 
tentar frustrar a liquidação regular de precatórios incorrerá em crime de responsabilidade e 
responderá, também, perante o Conselho Nacional de Justiça. 
§ 8°- É vedada a expedição de precatórios complementares ou suplementares de valor pago, bem 
como o fracionamento, repartição ou quebra do valor da execução para fins de enquadramento 
de parcela do total ao que dispõe o § 3°deste artigo. 
§ 9° - No momento da expedição dos precatórios, independentemente de regulamentação, deles 
deverá ser abatido, a título de compensação, valor correspondente aos débitos líquidos e certos, 
inscritos ou não em dívida ativa e constituídos contra o credor original pela Fazenda Pública 
devedora, incluídas parcelas vincendas de parcelamentos, ressalvados aqueles cuja execução 
esteja suspensa em virtude de contestação administrativa ou judicial. 
§ 10 - Antes da expedição dos precatórios, o Tribunal solicitará à Fazenda Pública devedora, 
para resposta em até 30 (trinta) dias, sob pena de perda do direito de abatimento, informação 
sobre os débitos que preencham as condições estabelecidas no § 9°, para os fins nele previstos. 
§ 11. É facultada ao credor, conforme estabelecido em lei da entidade federativa devedora, a 
entrega de créditos em precatórios para compra de imóveis públicos do respectivo ente federado. 
§ 12. A partir da promulgação desta Emenda Constitucional, a atualização de valores de 
requisitórios, após sua expedição, até o efetivo pagamento, independentemente de sua natureza, 
será feita pelo índice oficial de remuneração básica da caderneta de poupança, e, para fins de 
compensação da mora, incidirão juros simples no mesmo percentual de juros incidentes sobre a 
caderneta de poupança, ficando excluída a incidência de juros compensatórios. 
§ 13. O credor poderá ceder, total ou parcialmente, seus créditos em precatórios a terceiros, 
independentemente da concordância do devedor, não se aplicando ao cessionário o disposto nos 
§§ 2o e 3o 
§ 14. A cessão de precatórios somente produzirá efeitos após comunicação, por meio de petição 
protocolizada, ao tribunal de origem e à entidade devedora. 
§ 15. Sem prejuízo do disposto neste artigo, lei complementar a esta Constituição Federal 
poderá estabelecer regime especial para pagamento de crédito de precatórios de Estados, Distrito 
Federal e municípios, dispondo sobre vinculações à receita corrente líquida e forma e prazo de 
liquidação. 
 
http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=169462 
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PODER LEGISLATIVO FEDERALEntende-se por Processo Legislativo Brasileiro a sequência dos 
atos realizados que buscam a elaboração de normas jurídicas. Para atingir esta finalidade é 
necessário a observação de regras particulares, como a iniciativa, o emendamento, a discussão, a 
votação, participação do Presidente da República em casos onde seja necessário, entre outras 
disposições que formam o conjunto de regras para o devido processo de elaboração de leis no 
país. Tal processo está previsto em nossa Carta Magna, no artigo 59 e o Congresso Nacional, 
respeitando este sistema, poderá produzir leis de vários tipos e características, como: 
1 - emendas constitucionais – são as reformas no texto constitucional de grande ou pequena 
monta. São realizadas a partir de aprovação, em dois turnos, por três quintos de cada uma das 
casas do Congresso. 
2 - leis complementares – atos legislativos admissíveis somente nos casos em que a própria 
constituição autorize.Destina-se a detalhar matéria que a constituição abordou genericamente. 
Terá de ser aprovada em dois turnos de casa do Congresso em maioria absoluta, dependendo 
ainda de aprovação do Presidente da República. 
3 - leis ordinárias – leis comuns, produto da função primordial do Poder Legislativo em produzir 
leis, versando sobre todos os assuntos, exceto aqueles abordados por lei complementar. Sua 
aprovação depende de maioria simples. 
4 - decretos legislativos – atos cuja competência é de total exclusividade do congresso, 
independentes de sanção do presidente. Aprovada por maioria simples, sua finalidade básica é a 
aprovação dos atos do chefe da nação. 
5 - resoluções – atos vinculados à atividade privativa do congresso, independentes de aprovação 
do presidente, assim como os decretos legislativos. Sua aprovação é por maioria simples, sendo 
que existem algumas resoluções, que apesar de não fazerem parte do processo legislativo, 
possuem força de lei, como a resolução que institui o Regimento Interno do Supremo Tribunal 
Federal e as resoluções baixadas pelo Tribunal Superior Eleitoral com a finalidade de garantir a 
execução fiel da legislação eleitoral. 
Além de apreciar as medidas provisórias e autorizar a elaboração de leis delegadas, o artigo 59 da 
Constituição menciona ainda que é de alçada de lei complementar abordar a elaboração, redação, 
alteração e consolidação das leis. 
Estruturada dentro da organização política brasileira, o Poder Legislativo está presente, além da 
esfera federal, nos Estados e Municípios, deste modo: 
Esfera Federal: Congresso Nacional (Câmara dos Deputados + Senado Federal) – atuam os 
deputados federais e senadores, respectivamente; 
Esfera Estadual: Assembleia Legislativa – âmbito dos deputados estaduais; 
Esfera Distrital (Distrito Federal): Câmara Legislativa – atuação dos deputados distritais; 
Esfera Municipal: Câmara Municipal – reservada aos vereadores; 
São estes os componentes do Poder Legislativo, e, do mesmo modo que o Congresso irá elaborar 
leis na esfera federal, os outros entes deste poder irão elaborar leis dentro do espaço que lhes é 
cabível. Como o Congresso Nacional se desdobra em Câmara dos Deputados e Senado Federal, 
dizemos que o sistema legislativo federal é bicameral, sendo que os dois recebem auxílio técnico 
do Tribunal de Contas da União (TCU), de modo que as leis elaboradas estejam em sintonia com a 
receita acumulada pelo poder público. Considera-se a câmara representativa direta do povo, 
enquanto que os senadores são interpretados como representantes dos Estados. 
A elaboração das leis passará por um processo deveras complexo, que inclui: 
1. Iniciativa; 
2. Discussão; 
3. Votação; 
4. Aprovação; 
5. Sanção ou veto; 
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6. Promulgação; 
7. Publicação; 
O processo legislativo então terá início com um projeto de lei, em uma das casas, seja câmara ou 
senado, que será considerada deste ponto de vista, a “casa iniciadora”. 
Presidente da República, Supremo Tribunal Federal e tribunais superiores, Procurador Geral da 
República, deputados e cidadãos em geral entram com seus projetos obrigatoriamente pela 
câmara. 
Já senadores e membros de Assembleia Legislativa encaminham seus projetos ao senado. 
Na casa iniciadora, o projeto passa por análise técnica, material e formal feita por uma das 16 
comissões da Câmara dos deputados ou 7 comissões no Senado). 
Passada esta fase, o projeto de lei é votado em plenário, e se rejeitado, será arquivado; se 
aprovado, irá para a casa revisora. Na casa revisora, se rejeitado, será arquivado; em caso de 
emendas, é devolvido para a apreciação da casa iniciadora; se aprovado, é enviado ao Presidente 
da República para sanção ou veto. 
Ao presidente cabe aprovar, ou vetá-lo total ou parcialmente (não sendo permitido o veto de 
palavras soltas); o veto deve ser feito até 15 dias, e ser embasado juridicamente; mas este pode 
ser derrubado em até 30 dias pelo Congresso. Derrubado o veto, o projeto é encaminhado ao 
presidente, para promulgação. Caso o presidente se recuse a promulgar, o Presidente do Senado 
poderá assinar em seu lugar. 
 
 Por Emerson Santiago 
 
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PROCESSO LEGISLATIVOFASE INTRODUTÓRIAINICIATIVA - ato que dá início ao processo 
de elaboração da lei. É exercida com a apresentação de um projeto de lei. Pode ser:Ampla (geral, 
concorrente - vide art. 61, “caput”). Popular: 61, § 2ºPrivativa (reservada, exclusiva - vide arts. 
61, § 1º e 84, III e XXIII, 93, 99, 128, § 5º, 61) 
FASE CONSTITUTIVA1.- DELIBERAÇÃO PARLAMENTAR- discussão e votação do 
projeto.Pressuposto: quórum p/ instalação (art. 47 - maioria absoluta)Discussão: comissões/ 
plenárioVotação: maioria simples (lei ordinária - art. 47) maioria absoluta (lei complementar - art. 
69)Concluída a votação: projeto vai à Câmara revisora (vide art. 65):Se aprova - projeto vai para 
o Executivo (sanção/veto)Se emenda - projeto volta à casa de origem.Se rejeita - projeto é 
arquivado (vide art. 67).Não tem prazo para se completar (regra).Exceção: pedido de urgência 
(art. 64). Não mais existe aprovação por decurso de prazo.2.- DELIBERAÇÃO EXECUTIVASANÇÃO 
/ VETO (art. 66) - ambos fundam-se em juízo de valor sobre: constitucionalidade do projeto 
(forma) e interesse público (mérito).Sanção é a aquiescência do Chefe do Executivo aos termos 
do projeto. Prazo: 15 dias (do recebimento - art. 66, § 1º). Pode ser total ou parcial (art. 66, § 
2º), expressa ou tácita (art. 66, § 3º).Veto - Chefe do Executivo discorda dos termos do projeto. 
Deve ser motivado. Pode ser total ou parcial. Em qualquer caso, o projeto retorna ao Legislativo 
para nova apreciação em sessão conjunta, oportunidade em que o veto será aceito ou rejeitado 
(art. 66, §§ 4º, 5º e 6º). O veto encerra ideia de supressão, nunca de acréscimo. Não existe veto 
de palavra ou trechos de palavras (art. 66, § 2º). 
FASE COMPLEMENTAR1- PROMULGAÇÃO - enunciação solene, feita ao público, da existência 
da lei. É a partir dela que a lei passa a existir (toma a data da promulgação). Prazo: 48h. Regra: 
cabe ao Presidente. Exceção: Se não o fizer nos casos de sanção tácita ou rejeição de veto, cabe, 
sucessivamente, ao Presidente do Senado e ao Vice Presidente do senado (art. 66, § 7º). 
Importante: lei promulgada depois, revoga lei promulgada antes, mesmo que esta última seja 
publicada depois.2- PUBLICAÇÃO - é o ato de comunicação da lei. Finalidade: torná-la de todos 
conhecida. Com ela a lei ganha obrigatoriedade (tem que ser por todos obedecida). Assim, a 
promulgação torna a lei executável. Mas é a publicação que a torna obrigatória para todos. 
 
http://www.raul.pro.br/didatic/proc-legis.htm 
 
EXERCÍCIOS 
1. A respeito do processo legislativo, assinale a alternativa correta. a) A matéria constante de 
proposta de lei complementar rejeitada ou havida por prejudicada nunca poderá ser objeto de 
nova proposta na mesma sessão legislativa. b) A discussão e votação dos projetos de lei de 
iniciativa do Supremo Tribunal Federal têm início no Senado Federal. c) A sanção presidencial ao 
projeto de lei deverá ser sempre expressa. d) Não pode medida provisória regular os 
procedimentos judiciais no Juizado Especial Federal. e) Em se tratando de Lei Delegada, se a 
resolução que autoriza a sua elaboração pelo Presidente da República determinar a apreciação 
pelo Congresso Nacional, é possível apresentação de emendas. 
2. Complete a Lacuna. A Casana qual tenha sido concluída a votação enviará o projeto de lei ao 
Presidente da República, que, aquiescendo, o ................................... A - promulgará B - 
sancionará 
3. Assinale a alternativa a seguir que apresenta uma matéria que necessariamente dependerá de 
lei de iniciativa do Presidente da República. a) Criação de cargo público no âmbito do Poder 
Executivo. b) Fixação do subsídio do Ministro da Fazenda. c) Extinção do cargo público, ainda que 
vagos. d) Instituição de imposto. e) Organização e funcionamento da administração direta federal. 
4. Assinale a alternativa correta. a) De acordo com o texto constitucional, a iniciativa popular de 
emenda à Constituição é admissível, bem como a realização de plebiscito para alteração de forma 
e sistema de Governo, mediante convocação do Senado. b) A participação do Poder Executivo no 
processo de elaboração das leis compreende, entre outros atos, a sanção de emenda à 
Constituição, leis complementares e leis ordinárias aprovadas pelo Congresso. c) Proposta de 
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Emenda à Constituição tendente a abolir a forma federativa do estado está condicionada a 
aprovação plebiscitária para ser considerada lícita. d) É possível a promulgação de lei pelo 
Presidente da República, embora tendo sido expressamente recusada sua sanção ao projeto 
aprovado pelo Congresso. e) A rejeição de uma medida provisória não inibe a reapresentação na 
mesma sessão legislativa. 
5. Complete a Lacuna. Se o Presidente da República considerar o projeto, no todo ou em parte, 
inconstitucional ou contrário ao interesse público, vetá-lo-á total ou parcialmente, no prazo de 
quinze dias ............................ A - corridos B - úteis 
6. Complete a Lacuna. A discussão e votação dos projetos de lei de iniciativa de comissão do 
Senado Federal terão início na(o)A - Câmara dos DeputadosB - Senado Federal 
7. Assinale a alternativa correta:a) Decorrido o prazo de 10 dias úteis do recebimento do projeto 
de lei pelo Presidente da República, o seu silêncio importará sanção.b) Se a lei não for 
promulgada pelo Presidente da República dentro de 48 horas, na hipótese de não manutenção do 
veto, o Presidente do Congresso o fará e, se este não o fizer em igual prazo, caberá ao Vice-
Presidente do Congresso fazê-lo.c) A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente 
poderá constituir objeto de novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da 
maioria absoluta dos membros de qualquer das Casas do Congresso Nacional. d) As leis delegadas 
serão elaboradas pelo Presidente da República, que deverá solicitar delegação ao Senado 
Federal. e) Pode a medida provisória ser editada a respeito de Direito Penal, desde que venha a 
ser benéfica ao réu. 
8. Marque V, se a assertiva for verdadeira, ou F, se a assertiva for falsa. A medida provisória não 
convertida em lei perde toda a sua eficácia e, em nenhuma circunstância, um ato praticado com 
base na medida provisória, enquanto ela esteve em vigor, poderá ser considerado válido. ( ) 
VERDADEIRA ( ) FALSA 
GABARITO1. D - Art. 67 da CF - Art. 64, caput da CF - Art. 66, § 3º da CF - Art. 62, § 1º, I, “a” ao 
“d” da CF É relevante destacar que os direitos individuais e o direito tributário não foram incluídos 
entre as matérias insuscetíveis de serem tratadas por meio de medida provisória. Embora não 
haja disposição constitucional expressa nesse sentido, é certo que as matérias de iniciativa e 
competência privativas do Congresso Nacional (art. 49), da Câmara dos Deputados (art. 51), do 
Senado Federal (art. 52), do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos tribunais de contas 
também não podem ser disciplinadas por medida provisória. Art. 68, § 3º da CF 
2. sancionará - Art. 66, caput da CF 
3. A - Art. 61, § 1º, II, “a” da CF 
4. D - Art. 60, I, II, III da CF Os projetos de emenda à Constituição não terão a participação do 
Presidente na sua promulgação (art. 60, § 3º). - Art. 60, § 4º, I da CF - Art. 66, § 5º da CF - Art. 
62, § 10 da CF 
5. úteis - Art. 66, § 1º da CF 
6. Senado Federal - Art. 61, caput da CF A iniciativa de cada parlamentar ou de comissão é 
exercida perante sua respectiva Casa. Assim, a apreciação dos projetos de lei de iniciativa dos 
deputados ou de comissão integrante da Câmara dos Deputados terá início nesta Casa Legislativa, 
atuando o Senado Federal como casa revisora. Ao invés, se o projeto de lei é de iniciativa de 
senador ou de comissão do Senado Federal, esta Casa iniciará a sua apreciação e a revisão caberá 
à Câmara dos Deputados. 
7. C - Art. 66, § 3º da CF - Art. 66, § 7º da CF - Art. 67 da CF - Art. 68, caput da CF - Art. 62, § 
1º, I, “b” /CF 
8. F - Art. 62, § 10 da CF 
 
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O Tribunal de Contas da União (TCU) é instituição brasileira prevista na Constituição Federal para exercer a 
fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da 
administração direta e administração indireta, quanto à legalidade, à legitimidade e à economicidade e a 
fiscalização da aplicação das subvenções e da renúncia de receitas. Auxilia o Congresso Nacional no 
planejamento fiscal e orçamentário anual. Tanto pessoa física quanto pessoa jurídica, seja de direito público 
ou direito privado, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou 
pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária tem o 
dever de prestar contas ao TCU. 
 
Conforme o art. 71 da Constituição Federal o Tribunal de Contas da União é uma instituição com autonomia 
administrativa, financeira e orçamentária. O tribunal não está ligado diretamente a nenhum poder, o que faz 
com que seja um órgão independente. Sua independência é comparada à do Ministério Público um órgão 
que não está ligado a nenhum poder e exerce sua função constitucional. 
 
A atividade de fiscalização do TCU é denominada controle externo em oposição ao controle interno feito 
pelo próprio órgão sobre seus próprios gastos. Seu objetivo é garantir que o dinheiro público seja utilizado 
de forma eficiente atendendo aos interesses públicos. 
 
Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, 
devem comunicá-la ao Tribunal de Contas da União, ou serão considerados cúmplices (responsabilidade 
solidária) e penalizados na forma da lei (sendo possível a demissão). 
 
Além disso, o artigo 74 da Constituição Federal deixa claro que “qualquer cidadão, partido político, 
associação ou sindicato é parte legítima para, na forma da lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades 
perante o Tribunal de Contas da União.” 
 
O tribunal é integrado por nove ministros, que devem atender aos seguintes requisitos para serem 
nomeados: 
· Mais de 35 anos e menos de 65 anos 
· Idoneidade moral e reputação ilibada 
· Notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e financeiros ou de administração pública. 
· Mais de 10 anos de exercício de função ou de efetiva atividade profissional que exija os conhecimentos 
mencionados no item anterior 
 
Quanto a sua escolha: 
· Um terço dos ministros será escolhido pelo Presidente da República, com aprovação do Senado Federal, 
sendo dois alternadamente dentre auditores e membros do Ministério Público junto ao Tribunal, dentre os 
três nomes escolhidos pelo Tribunal, segundo os critérios de antiguidade e merecimento. 
· Os outros dois terços serão escolhidos pelo Congresso Nacional e nomeados pelo presidente 
 
Os ministros do Tribunal de Contas da União terão as mesmas garantias, prerrogativas, impedimentos, 
vencimentos e vantagens dos ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ), inclusive a vitaliciedade. 
 
A Embora o nome sugira que faça parte do Poder Judiciário,o TCU está administrativamente enquadrado no 
Poder Legislativo. Essa é a posição adotada no Brasil, pois em outros países essa corte pode integrar 
qualquer dos outros dois poderes. Sua situação é de órgão auxiliar do Congresso Nacional, e como tal exerce 
competências de assessoria do Parlamento, bem como outras privativas. Não há submissão entre o 
Congresso e o TCU, pois cada qual detém prerrogativas próprias - diz-se que existe cooperação. Por não ser 
parte do Poder Judiciário, suas decisões são apenas administrativas e não fazem coisa julgada - logo, em 
regra, são recorríveis para a Justiça. 
Note que a definição de que o TCU está enquadrado administrativamente ou hierarquicamente a qualquer 
dos três poderes é um assunto polêmico. 
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1 - (CESPE/TCE-ES/Procurador/2009) A atuação do TCU é caracterizada pela atividade jurisdicional, 
cabendo a esse órgão até mesmo apreciar a constitucionalidade de atos do poder público. 
 
2 - (Cespe/TCE-TO/Técnico de Controle Externo/2009) Compete ao Tribunal de Contas da União (TCU) 
apreciar e julgar as contas do chefe do Poder Executivo. 
 
3 - (CESPE/BACEN/Procurador/2009) Devido à natureza privada das empresas públicas e sociedades de 
economia mista exploradoras de atividade econômica, não há espaço para que essas entidades sejam 
fiscalizadas pelo TCU. 
 
4 - (FCC/TCE – AL/AUDITOR/2009) Compete ao Tribunal de Contas da União sustar a execução de 
contrato impugnado perante o órgão, solicitando ao Poder Executivo a imediata adoção das medidas 
cabíveis. 
 
5 - (CESPE/TCE-RN/Assessor/2009) O TC, no exercício de suas atribuições, pode apreciar a 
constitucionalidade das leis e dos atos do poder público. 
 
 
GABARITO 
1 - Resposta: errado. O TCU não exerce atividade jurisdicional. 
DIVERGÊNCIA DOUTRINÁRIA 
Há doutrinadores que situam o TCU como órgão independente de qualquer dos três poderes; outros, como 
vinculado ao Legislativo (José Afonso da Silva e Paulo Gustavo Gonet Branco), mas nunca ao Judiciário. 
Para o CESPE, considera-se que o Tribunal é um órgão autônomo. Já ESAF e FCC consideram-no 
vinculado ao Legislativo. 
Para o CESPE o TCU é um órgão autônomo, é um órgão fora da estrutura tradicional dos Poderes (para fins 
de provas do TCU, é recomendável adotar o entendimento do CESPE). Um consenso na doutrina é que o 
TCU NÃO é um órgão do Poder Judiciário, apesar de ter o nome de “Tribunal”, apesar de a lei orgânica do 
TCU falar em “jurisdição”, apesar de seus ministros terem as mesmas garantias dos ministros do STJ. O 
TCU NÃO é órgão do Poder Judiciário. 
Em suma, há divergência quanto à posição Constitucional do TCU. Teríamos, então: a) doutrina majoritária 
(José Afonso da Silva, Gilmar Mendes, Alexandre de Moraes, Pedro Lenza e Ives Gandra Martins): órgão 
vinculado ao Legislativo, embora não haja subordinação. É a posição adotada por ESAF e FCC; b) doutrina 
minoritária: TCU seria um órgão autônomo, não vinculado a nenhum dos três poderes. É a posição adotada 
pelo CESPE. 
 
2 - errado. As contas do Chefe do Executivo são julgadas pelo Congresso Nacional. 
3 - errado. Qualquer pessoa que administre recursos públicos deve prestar contas ao TCU. 
4 - errado. A sustação da execução de um contrato administrativo compete ao Congresso Nacional. 
ATENÇÃO! Segundo o STF, o TCU pode deixar de aplicar uma lei, no caso concreto, por entendê-la 
inconstitucional (Súmula nº 347) 
5 - correto (Súmula nº 347).

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