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Cunicultura

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História da domesticação e métodos de criação dos coelhos:
O coelho seria originário da Ásia Central e teria migrado para a África e para a Península Ibérica no estado selvagem;
Os restos mais antigos na Europa datam de 6 milhões de anos;
7 a 8000 anos antes de Cristo eram caçados e utilizados na alimentação humana;
Encontrado na Espanha 1000 AC pelos fenícios;
Proliferou na Espanha que foi chamada por Cátulo de “cuniculosa” ( anos 87 AC-54 DC);
No Império Romano o coelho foi um dos símbolos da Espanha como mostram as moedas da época;
Os coelhos foram guardados em leporarias (parques murados) junto com outros animais selvagens para facilitar a caça;
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Em 1800 cinco cores principais: cinza selvagem, branco, preto, manchado e “branco riche”. Também o Angorá nessas mesmas cores;
Século XIX :coelhos criados em pequenas coelheiras próximos das casas;
Na segunda metade do século XIX foram criadas as primeiras raças
1842: Gigante de Flandres na Bélgica e outras raças;
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Produção de coelhos: caseira e comercial
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A criação de coelhos no Rio de Janeiro e no Brasil:
Década de 60: raças importadas da Europa;venda para laboratórios e animais de estimação
 ANC- Associação Nacional de Cunicultores
Final de 1970: Produção de carne...
Estados maiores produtores: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia
Países Maiores produtores:Itália, França, Ucrânia, China, Espanha e Rússia
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Vantagens da criação de coelhos:
Produzem muitos filhotes : 8 a 10 por parto (até 16).
A coelha tem um período de gestação de em média 30 dias.
A coelha pode ser acasalada ainda em lactação por isso pode ter de 06 a 07 partos por ano.
Desmamam 6 a 7 láparos por parto.
Ocupam pequenos espaços: 10 fêmeas, um macho e suas crias precisam de uma área de 20m² para as gaiolas e os corredores.
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São animais muito dóceis e os trabalhos da criação podem ser feitos por mulheres e adolescentes.
São abatidos entre 1,80 a 3,00 kg de peso vivo.
Do coelho tudo pode ser aproveitado: sangue, patas, cérebro, vísceras não comestíveis (estômago, intestinos), esterco, etc.
Produzem carne de ótima qualidade.
 O coelho pode ser alimentado com restos de culturas, forragens e restos de horta em pequenas criações e produz carne de ótima qualidade para alimentar a família do homem do campo.
Uma pessoa trabalhando 8 horas por dia pode cuidar de uma criação de até 300 matrizes em galpão.
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Dificuldades do criador:
Não existe uma política para o desenvolvimento das grandes criações no Estado.
Faltam vacinas contra as principais doenças.
Não existem no Rio de Janeiro associações ou cooperativas de criadores.
O criador deve fazer a sua pesquisa de mercado, para verificar o que produzir e quanto produzir e para quem vender.
O criador deve fazer cursos, visitar criações de outros criadores para ter conhecimento da criação.
O criador que desejar criar coelhos para ter lucro, deve buscar assistência técnica para começar bem a criação.
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Tipos de Criações:
Caseiras
Comerciais:
 Pequenas
 Médias
 Grandes ou Industriais 
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Características das criações caseiras:
O objetivo é produzir carne para sustento da família.
São utilizadas poucas fêmeas: 5 a 10 fêmeas
As instalações são simples, podem ser construídas pelo criador.
Os animais podem não ter raça definida.
A alimentação são forragens, restos de horta e restos de culturas.
A coelha é acasalada após a desmama dos láparos.
A desmama é feita por volta de 40 dias.
O número de partos por coelha e por ano pode ser de 3 a 4.
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Criações comerciais pequenas: 
Até 40 a 50 matrizes. 
Visa produzir carne para a família bem como a venda de animais para ter uma pequena renda complementar. 
Pode ser cuidada pelas mulheres e adolescentes da família.
 As instalações podem ser simples.
Se os animais criados forem de boa raça ou mestiços conhecidos, o criador pode ter melhores resultados. 
O ideal é alimentá-los com ração balanceada e uma forragem de boa qualidade para baratear o custo da alimentação.
O acasalamento da fêmea pode ser feito no dia da desmama ou um pouco antes.
A desmama é feita a partir de 35 dias de idade.
 O número de partos por coelha por ano pode ser de 4 a 6. 
O abate dos animais para carne é feito na criação e vendida para amigos, vizinhos, açougues, restaurantes,etc. 
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Criações comerciais médias:
De 50 a 300 matrizes.
 Visa lucro.
 À medida que aumenta o número de matrizes, o empate de capital é bem maior. 
As instalações devem ser melhoradas: galpões bem construídos, gaiolas de arame galvanizado; 
Devem ser escolhidas as melhores raças de acordo com o objetivo da criação.
 Deve haver o planejamento da produção: O que produzir? Quanto produzir? Para quem vender?
 Os animais que não reproduzem bem devem ser vendidos e substituídos por outros. 
A coelha é acasalada entre 10 a 30 dias pós parto e a desmama é feita entre 32 a 35 dias de idade dos láparos.
O número de partos por fêmea por ano deverá ser 6 a 7. 
Se a produção for de carne, verificar onde abater os animais.
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Criações comerciais grandes:
Mais de 300 matrizes. 
Escolher as melhores raças.
Construir as melhores instalações.
Deve funcionar como uma empresa agropecuária: deve ter seu próprio abatedouro, sua fábrica de ração, assistência técnica, curtume para aproveitamento das peles. 
Cobertura pós parto:10 a 30 dias
Desmama: 32 a 35 dias
Planejamento da produção, melhoramento do rebanho, etc.
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Objetivos de uma cunicultura:
Produção de carne
Animais vivos para laboratórios e instituições de pesquisa
Produção de peles
Produção de lã Angorá
Venda de animais para reprodução
Aproveitamento dos subprodutos
 Animais de estimação
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Gigante de Flandres (10kg) e Polonês(0,5kg)
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Produção de carne:
Para produção de carne o criador tem que fazer todo o ciclo da criação:
 Ter as fêmeas e os machos para produzir os filhotes que após a desmama serão engordados e abatidos.
 As coelhas de raças boas para a produção de carne podem dar 6 a 7 partos por ano e levar ao abate 6 a 7 láparos por parto o que dá uma produção de 36 a 49 láparos para a venda por fêmea e por ano. 
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Produzir carne...
Para que isso ocorra é necessário dar conforto, tranqüilidade, boa alimentação e ajudar a coelha a cuidar dos filhotes, como será mostrado mais adiante no curso.
 Dessa forma os animais podem ser abatidos com 60 a 80 dias de idade, com pesos vivos de 1,80 a 2,50kg e com uma carcaça de 1,00 a 1,50kg,
O rendimento de carcaça é em torno de 60%. 
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Características da carne:
A carne de coelho é de excelente qualidade: rica em proteínas, com baixo teor de gorduras e colesterol,
É considerada carne branca, recomendada para pessoas que desejam uma alimentação saudável.
 É muito parecida à carne de frango e pode ser preparada da mesma maneira. É tenra, macia e saborosa. 
Rendimento de carcaça = Peso da carcaça dividido pelo peso vivo e multiplicado por 100.
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Tipos de carcaça:
Carcaça que vem com cabeça e vísceras comestíveis (fígado, rins, coração e pulmões) - vendida por pequenos e médios criadores.
Carcaça sem cabeça e sem vísceras - vendida por abatedouros ou grandes criadores que vendem o cérebro para laboratórios farmacêuticos e as vísceras comestíveis em bandejas separadas. 
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Conversão alimentar:
É a quantidade de ração ou alimento necessária para o animal ganhar um quilo de peso vivo. 
O animal em crescimento e engorda (da desmama ao abate) tem uma conversão de 2,8 a 4 kg para um quilo de peso vivo, dependendo do clima, da capacidade de conversão do animal e da qualidade da ração.
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Conversão alimentar de toda a criação(global):
Na criação de coelhos o produtor tem que calcular a quantidade de ração consumida pelos animais por mês, por quinzena ou por semana e dividir pelos quilos de peso de coelhos vivos vendidos
no mesmo período. 
Assim ele calculará a conversão global da criação que é muito importante para calcular o custo de produção.
 Na conversão global estão incluídos os consumos dos animais da reprodução e dos animais em engorda. 
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Exemplo:
Uma criação de 100 fêmeas num mês são gastos 2500 kg de ração e são vendidos 572 kg de coelho vivo. A conversão global será obtida dividindo 2500 por 572 que será igual a 4,5. Isso quer dizer que para cada quilo produzido houve um gasto de 4,5 kg de ração.
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Conversão...
A conversão global pode variar de 4 a 5,50 kg de ração por quilo de peso vivo. 
A conversão alimentar dos animais na fase de crescimento e engorda pode ser de 2,8 a 4,0:1 dependendo da capacidade de conversão do animal, da qualidade da ração, do clima e da sanidade.
O custo da alimentação pode representar em média 80% do custo de produção utilizando rações comerciais. 
Se o produtor mantiver na criação, fêmeas que produzem poucos filhotes para a venda, isso vai aumentar o custo da alimentação, pois as coelhas consomem mais ração quando em gestação e lactação.
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Abate de coelhos:
O abate nas criações pequenas pode ser feito pelo criador, num local limpo para que a carcaça não seja contaminada com sujeira e que se apresente com bom aspecto para preservar a qualidade da carne.
 Nas criações médias e industriais o abate deve ser feito em abatedouros com inspeção estadual ou federal, pois assim será mais fácil a comercialização do produto.
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Fases do abate:
Jejum de ração
Atordoamento
Sangria
Esfola (retirada da pele)
Retirada das vísceras
Lavar a carcaça com água limpa
Deixar escorrer
Colocar na geladeira ou em câmara de resfriamento (em torno de 4°C)
Se houver necessidade congelar, devidamente embaladas.
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Venda de animais para laboratório e instituições de pesquisa:
O coelho é muito utilizado como animal de laboratório por ser dócil e ocupar pequenos espaços.
 Os cursos de medicina, veterinária e zootecnia principalmente os utilizam em experimentos. Alguns compram coelhos recém desmamados e outros mais velhos.
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Produção de peles:
Peles provenientes dos animais abatidos para produção de carne a maioria de cor branca. 
São peles de tamanho pequeno porque o coelho para carne é abatido antes dos 90 dias. 
Essas peles podem ser curtidas e utilizadas para artesanato. Tem pouco valor comercial. Podem ser vendidas secas, congeladas ou curtidas para artesãos.
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Peles valiosas:
O produtor poderia escolher raças coloridas de pele valiosa. Para que a pele seja valiosa o animal deve ser abatido mais tarde.
Dependendo da raça 5 meses ou mais para que as peles sejam de grande tamanho e com a cor definitiva da raça. 
Os animais não podem estar em muda, ou seja, trocando os pelos, pois isso desvaloriza as peles. 
No Rio de Janeiro não temos mercado para essas peles. Apenas no sul do Brasil existem criações desse tipo.
 A carne desses animais é de boa qualidade e vai ser vendida. 
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Retirada da pele ou esfola:
A pele pode ser retirada fechada, após o atordoamento e sangria com o animal pendurado pelas patas posteriores, fazendo-se cortes nas patas dianteiras e posteriores e um corte em V em volta das regiões do ânus e genital.
 A seguir vai-se puxando a pele que vai se soltando e sai inteira. 
Se a cabeça não foi cortada é preciso soltar a pele.
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Conservação da pele para armazenamento e posterior curtimento:
Retirar o gordura que fica na região sem pelos.
Congelada: Dobrar bem a pele para retirar ao máximo o ar e colocar em bolsa plástica para o congelamento; Podem ser armazenadas várias peles na mesma embalagem. Podem ser guardadas até um ano.
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Peles Secas:
Após a retirada da pele se ela estiver fechada fazer um cabide de madeira ou de arame encapado com plástico e colocar a pele com os pelos para dentro e a região sem pelos para fora.
 Deve ficar bem esticada. Colocar à sombra num lugar bem ventilado e protegido de insetos. Deixar secar bem e depois guardar em caixas de papelão com naftalina ou outro inseticida.
 Não pode ficar assim muito tempo, pois ela não foi tratada quimicamente, os pelos cairão e ela rasgará como papel.
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Sala de secagem das peles:
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Venda de animais para reprodução:
Podem ser vendidos machos e fêmeas jovens para outros criadores, devendo ser escolhidos animais sem defeitos, de ninhadas numerosas e saudáveis. 
O preço dos animais vendidos para reprodução é bem maior que o obtido com a venda da carne.
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Produção de pelos da raça Angorá:
A raça Angorá tem pelos com mais de 7 cm de comprimento. 
O animal é tosquiado ou depilado como as ovelhas.
 É um animal que precisa de cuidados especiais.
 Existem poucos criadores no Brasil, em São Paulo e no Rio Grande do Sul. A lã é exportada para a Argentina.
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Tosquia do Angorá:
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Que raça criar?
Depende do objetivo da criação:
Para carne as de porte médio e gigante
Para pele as mais valorizadas são as grandes, mas as médias também podem ser criadas
Em países desenvolvidos até as peles das raças pequenas são comercializadas por sua beleza
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Raças Gigantes:Mais de 5,0 kg
Gigante branco de Bouscat, Gigante branco alemão, Gigante de Flandres, Chinchila gigante, etc.
 Começam a reprodução, as fêmeas a partir de 6 meses e os machos a partir de 7 meses.
Os gigantes são mais difíceis de encontrar e seu custo pode chegar a 4 vezes mais que as raças médias.
 O macho gigante pode ser cruzado com as fêmeas de raça média.
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Gigante de Flandres (10kg) e Polonês(0,5kg)
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Gigante de Flandres cinza:
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Gigante de Bouscat
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Raças Médias (3,5 a 5,0 kg)
Nova Zelândia branca, Califórnia, Fulvo ou Leonado de Borgonha, Borboleta médio,etc. 
 Começam a reprodução as fêmeas com 4 meses e os machos com 5 meses. 
Produzem 8 a 10 filhotes por parto. Desmamam 6 a 7 filhotes por parto. 
Crescem e engordam bem.
 Tem carne de ótima qualidade. São muito adaptadas as nossas condições.
 As peles podem ser aproveitadas.
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Nova Zelândia branca:
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Califórnia:
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Nova Zelândia vermelha: 
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Borboleta médio:
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Raças para produção de peles:
Podem ser gigantes ou médias e até pequenas sendo que as peles maiores são mais valiosas.
São raças de pele muito bonita como: Azul de Viena, Castor Rex, Prateado Champanhe, Chinchila, Borboleta, etc. 
São raças difíceis de encontrar no Rio de Janeiro puras. 
As raças brancas também tem pele valorizada quando são de tamanho grande.
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Chinchila gigante:
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Gigante cinza:
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Azul de Viena:
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Castor rex:
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Raças pequenas: menos de 3,5kg de peso:
Japonês, Negro e fogo, Havana,Holandês, Pequenos prateados, Pequenos Bélier,etc.
Começam a reprodução aos 3 meses e meio as fêmeas e 4 meses e meio os machos
São animais muito bonitos, existindo em muitas criações brasileiras, misturadas com as outras raças mais criadas.
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Japonês: 
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Negro e fogo:
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Havana:
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Mini lop: animais de estimação
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Fatores a considerar para começar uma cunicultura:
Pesquisa de mercado
Escolha do local
Estudo do clima
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Cuidados na escolha do local:
Próximo ao mercado consumidor.
Longe de outras criações de coelhos (distância mínima 3 km).
Pesquisa sobre a existência de doenças graves.
Em áreas rurais.
Terrenos secos bem drenados que permitam a construção das instalações a custo baixo.
Que tenha luz e água potável.
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Luz:14 a 16 h para as fêmeas/ dia 
 mínimo 8 h de luz/ dia para os machos 
Importante para a reprodução dos animais da reprodução
Estímulo ótico-hipotálamo-hipofisário
Produção dos hormônios responsáveis pela reprodução
Maior libido
Maior produção espermática
Maior produção de óvulos
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Com um bom clima:
As temperaturas ideais para criação de coelhos estão entre 10 a 30°C no interior das instalações. 
As temperaturas altas prejudicam a reprodução,
diminuem o peso dos animais que comem menos e podem até morrer. 
 As temperaturas muito baixas causam morte alta dos recém nascidos que precisam de 30 a 32° C dentro do ninho nos primeiros 15 dias de vida. Os coelhos comem mais e o custo da alimentação aumenta. 
As umidades ambientes devem estar entre 60 e 80%. Em ambientes muito úmidos ocorrem doenças e em ambientes muito secos problemas de alergia respiratória.
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Tipos de instalações para coelhos:
Coelheiras ao ar livre
Galpões semi-abertos com gaiolas de arame
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Coelheiras ao ar livre
No verão devem ser protegidas do sol direto.
O comprimento deve ser no sentido leste- oeste
Materiais: madeira, alvenaria, bambus
Telhas: barro, amianto pintadas de branco por fora, sapê, etc.
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Dimensões:
Altura dos pés: varia com o número de andares: um andar- 0,8 a 1m; 2 andares- 0,50m
Frente: 0,70m de altura
Fundos: 0,50m de altura
Profundidade: 0,60m
Largura: 0,80 a 0,90m
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Coelheiras de madeira:
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O galpão para coelhos:
O galpão para coelhos deve ser fechado nas cabeceiras onde se localizarão as portas no sentido leste e oeste. 
A altura das paredes laterais pode variar de 0,50 m a 1,40 m.
O pé direito de galpão (altura que vai do chão até o encontro com o telhado) pode ser de 2,20 a 3,50m dependendo da largura do galpão.
Os espaços sem paredes devem ter tela.
A largura pode variar de 4 a 10m.
Galpões com paredes muito baixas devem ter cortinas.
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Correspondência entre largura do galpão e pé direito:
Largura (m) Pé direito (m)
Até 8 2,80
8 a 9 3,15
9 a 10* 3,50
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Orientação do galpão em relação ao sol:
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Galpões semi-abertos com lanternim:
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UFMG
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O piso do galpão:
O piso do galpão deve ter corredores cimentados entre as gaiolas e uma vala ou fossa de terra ou areia para que armazenar a urina e as fezes. A fossa serve de esterqueira.
Se o galpão tiver piso todo cimentado vai ser necessário varrer as fezes e lavar o piso a cada dois ou três dias e retirar a água com rodo para que não aumente a umidade ambiente. É muito trabalhoso.
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As gaiolas:
São de tela de arame galvanizado. A tela do piso deve ser mais resistente e com arame mais grosso que a das laterais. A porta se localiza na frente. A gaiola pode ter manjedoura para colocar o capim.
Tamanhos: 0,70 a 0,90m de frente X 0,50 a 0,60 m de profundidade por 0,35 a 0,45m de altura
O espaço de piso por animal será:
Gaiolas de 0,90 x 0,60m = 0,54 m²
Gaiolas de 0,80 x 0,60m = 0,48 m²
Gaiolas de 0,85 x 0,70m = 0,59m²
 Nessas gaiolas podemos colocar: 1 macho ou 1 fêmea ou 4 a 7 coelhos em engorda.
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Gaiola de arame padrão:
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Ninhos:
O ninhos pode ser colocado por fora (externo) ou dentro da gaiola (interno)
Pode ser feito de madeira, de chapa ou de plástico. No Brasil o mais usado é o de madeira, interno.
Podem ser semi - fechados para que a coelha se sinta mais protegida.
Tamanho: 0,40m de profundidade x 0,30m de frente x 0,40m de altura na parte de trás e 0,15m de altura na parte da frente.
Se for de madeira o fundo do ninho deve ter pequenos furos para ajudar na saída da umidade da urina dos filhotes.
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Ninho de madeira:
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Ninho externo de madeira:
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Comedouros e bebedouros:
Nas criações pequenas podem ser usados vasilhames de barro pesados para colocar a ração e a água.
Em criações que usem gaiolas de arame, o comedouro de chapa já vem com a gaiola.
O melhor bebedouro é o automático que vai ser colocado num cano de pvc que passa nas gaiolas, um por gaiola. É preciso ter uma caixa de água para o galpão e ela deve ser colocada na sombra para que a água não esquente no verão.
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Comedouros:
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Bebedouro automático:
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Outros equipamentos:
Manjedoura: é o local na gaiola usado para colocar o capim. 
Nas coelheiras se não houver manjedoura amarrar o capim em pequenos molhos e pendurá-los.
Tatuador: É usado para tatuar o número na orelha das fêmeas e dos machos para reprodução nas criações médias e grandes.
Vassoura de fogo ou lança chamas: Usado para queimar os pelos e a poeira que se acumula nas instalações de coelhos.
Balança: Usada para pesar os animais e a ração.
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Manjedoura:
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Reprodução e manejo reprodutivo:
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Como iniciar a reprodução:
Compra dos animais para a reprodução: Em boas criações.
Idade para começar a reprodução: Depende do tamanho da raça.
Qualquer que seja a raça deverá ter 80% do peso adulto.
Proporção macho/fêmea: 1 para 8 a 10
O macho adulto pode cobrir duas a três fêmeas por dia durante dois a três dias seguidos, descansando uma semana após as coberturas.
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Manejo da cobertura da coelha:
Verificar o peso da fêmea
Verificar que ela esteja saudável
Olhar a vulva da coelha que deve estar colorida e inchada: vermelha é o melhor momento para cobrir a coelha, corresponde ao cio.
Levar a fêmea até a gaiola do macho.
Presenciar a cobertura. Se necessário ajudar segurando a fêmea para que o macho possa cobri-la.
O macho cai para um dos lados arrancando pelos da nuca da fêmea.
Uma monta só é suficiente.
Retirar a fêmea da gaiola e anotar nas fichas do macho e da fêmea.
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Sexagem de láparos:
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Diagnóstico da gestação:
Pode ser feito apalpando com cuidado o ventre da coelha por fora para sentir os fetos. É feita entre 10 a 15 dias após a monta. É preciso praticar muito para poder ter certeza se a coelha está gestante. Deve ser feito com delicadeza para evitar abortos.
Como a gestação da coelha dura em média 30 dias o pequeno criador muitas vezes não faz a palpação.
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Cuidados durante a gestação:
Local tranqüilo, conforto, limpeza, boa alimentação e água.
 As coelhas não devem estar nem muito magras nem muito gordas durante a gestação.
Temperatura e umidade do ar dentro da faixa recomendada.
 
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Cuidados antes do parto:
Antes: do Colocar o ninho com cama na gaiola da fêmea gestante dois a três dias antes parto.
No dia do parto a coelha arranca pelos da barriga para forrar o ninho para os láparos. Ela prepara um ninho bem quentinho, pois eles nascem sem pelos, com os olhos fechados.
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Lactação e comportamento dos láparos:
As coelhas produzem leite rico em proteína, gordura e sais minerais.
A produção de leite aumenta no momento do parto; atinge o pique com 21 dias e depois começa a diminuir.
Se a coelha não foi acasalada após o parto a lactação dura em média 42 dias.
A primeira mamada ocorre logo após o parto. Depois a maioria das coelhas amamenta uma vez num período de 24h. A coelha não fica dentro do ninho com os filhotes.
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Comportamento dos láparos:
Os láparos nascem sem pelos e com os olhos fechados. Por volta dos 10 dias estarão com os olhos abertos e já terão pelo. 
Nos primeiros 15 dias vivem dentro do ninho. Depois já começam a entrar e sair dele. Aos 20 dias os ninhos podem ser retirados das gaiolas (ninhos internos).
Em torno de 20 dias os láparos começam a comer ração, mas ainda mamam.
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Láparo de um dia:
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Láparos recém nascidos:
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Adoção de láparos recém nascidos:
Deve ser feita quando as coelhas tem mais de 10 filhotes ou de 1 a 3.
A coelha aceita os filhotes da outra desde que não deixemos cheiros estranhos no seu ninho. 
A adoção de recém nascidos deve ser feita logo após o parto.
A diferença de idade entre as ninhadas deve ser no máximo 72 horas.
Os ninhos devem ser olhados diariamente para retirar os mortos e verificar se a temperatura está correta e se a ninhada está fria e úmida. O ninho sujo e frio pode fazer com que toda a ninhada morra.
O ninho pode ser retirado da gaiola da fêmea, 20 dias após o parto.
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Desmama:
A desmama nas criações médias e grandes é feita com 32 a 35 dias de idade ou quando o láparo pesa pelo menos 600 g.
Nas criações pequenas os láparos podem ser desmamados com 40
a 42 dias de idade.
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Formação de lotes para a venda de animais vivos ou abatidos:
Por ninhada: Machos e fêmeas podem ser criados na mesma gaiola até os 90 dias.
As fêmeas que forem escolhidas para reprodução podem ficar juntas até 3 meses e meio. Depois devem ficar sozinhas numa gaiola.
Os machos para reprodução aos 90 dias devem ficar sozinhos porque eles brigam.
Mistura de ninhadas: Ninhadas pequenas podem ser misturadas na gaiola de engorda. 
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Ritmos de reprodução da coelha:
Extensivo: A nova gestação nunca coincide com a lactação anterior. A desmama é feita com mais de 35 dias. A nova cobertura da coelha é feita após a desmama. São obtidos 3 a 4 partos por coelha ano. Pequenas criações.
Intensivo: A coelha vai ser acasalada nos primeiros 8 a 9 dias após o parto. A desmama é fita com 28 a 30 dias. O número de partos/coelha/ano pode chegar a 9.
Semi- intensivo: É o mais usado. A coelha vai ser acasalada 10 a 30 dias pós parto. A desmama é feita com 32 a 35 dias. O número de partos/fêmea/ano: 5 a 7. 
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Medidas para evitar o aparecimento de 
doenças na criação
Vacinar contra as principais doenças
Fazer quarentena dos animais comprados para a reprodução e daqueles que saírem para exposições e tiverem que voltar para a criação. 
Manter os coelhos em instalações limpas e confortáveis. 
Temperaturas amenas. 
Locais tranqüilos.
Não podem ser criados com outros animais.
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Mais cuidados...
Não oferecer o verde quente e úmido aos animais.
Oferecer rações de boa qualidade.
Não podem ser criados sobre suas fezes e urina.
Devem ter água limpa e à vontade.
As instalações devem ser construídas longe de outras criações.
Os cadáveres dos animais mortos devem ser queimados ou enterrados
Usar pedilúvio na porta do galpão
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Pedilúvio:
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Alimentação dos coelhos:
Nas criações caseiras os coelhos podem consumir restos de horta, restos de culturas ou forrageiras de alto valor nutritivo plantadas especialmente para eles: rami, soja perene, guandu, kudzu tropical, etc.
As forrageiras não devem ser administradas quentes ou úmidas pois, podem provocar diarréias nos coelhos, devem sofrer um pré- murchamento à sombra e num local limpo; devem ser colocadas na manjedoura 
As forragens podem ser oferecidas fenadas em comedouro separado;
Nas criações comerciais, os coelhos recebem um alimento granulado ou peletizado, balanceado de acordo com as suas exigências nutritivas, chamado ração.
A maioria dos criadores compra a ração pronta;
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Quantidades recomendadas para as diferentes categorias da criação:
Reprodutor: 100 a 120g/dia
Fêmeas em gestação: de 120 a 180g/dia
Fêmeas em lactação: à vontade
Fêmeas em lactação e nova gestação: à vontade
Animais em crescimento e engorda: à vontade

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