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tcc clinica psicomotora

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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
NATALIA RODRIGUES SILVANO RA: B7328A-3
CLÍNICA PSICOMOTORA
COM JARDIM TERAPEUTICO INTEGRADO
JUNDIAÍ SP
2018
	 
 CLÍNICA PSICOMOTORA
 COM JARDIM TERAPÊUTICO INTEGRADO
 
 Monografia Apresentada para obtenção do Título
 Nível de Graduação em Arquitetura e Urbanismo
 Pela Universidade Paulista – UNIP, sob
 Orientação da Professora Flávia Tarricone. 
 
 Sou grata a Deus que em nenhum momento me deixou fraquejar, foi minha maior força para superar toda dificuldade. Dedico este trabalho ao meu filho Gabriel, luz da minha vida, ao meu marido Cristian, aos meus pais que contribuíram com a realização desse sonho. 
	
Desejo ver um mundo melhor, mais fraternal em que as pessoas não queiram descobrir os defeitos das outras, que tenham prazer em ajudar o outro.
 (OSCAR NIEMEYER)
AGRADECIMENTOS
Primeiramente agradeço a Deus, que me guiou e sempre se fez presente em minhas decisões que me iluminou e me mostrou o caminho certo a seguir, a minha família em especial minha mãe e meu Pai que me apoiaram em cada desafio e vitorias que percorri durante esses cinco anos de faculdade, ao meu marido Cristian que soube relevar, e teve muita paciência com a minha impaciência. 
Ao meu filho Gabriel que faz parte de cada desenho, cada traço do meu projeto, ele é a maior motivação que eu tive para acordar e enfrentar dias turbulentos e noites sem dormir.aos meus amigos Roberto,Felipe,Arão,Michele,Lucimeire,Francislaine, obrigada pelo apoio e incentivo.
Aos meus queridos professores que fizerem parte de cada etapa do curso, ensinando com muita paciência e sabedoria, foram eles que me proporcionaram recursos para evoluir a cada dia, Ao professor Pedro por toda ajuda inicial. A professora Flavia pela orientação essencial que contribuiu para a evolução desse trabalho. A todas as pessoas que de alguma forma fizeram parte do meu percurso, eu agradeço com todo o meu coração.
RESUMO
O presente trabalho propõe a implantação de uma clínica psicomotora para a região de Jundiaí, um centro especializado na recuperação física e psicológica, destinado apenas a crianças portadoras de necessidades especiais, a partir do nascimento e diagnostico, ate quatorze anos, que necessitam de tratamento para poder desenvolver aspectos necessários para seu desenvolvimento físico, motor e emocional. O desenvolvimento de uma criança depende de sua capacidade de se movimentar, e da relação com o ambiente externo, é por meio dos movimentos que o ser humano recebe e transmite informações. O objetivo geral da clinica é auxiliar no desenvolvimento físico-motor e intelectual dos pacientes, proporcionando uma melhor adaptação com a sociedade e encontrando uma maneira de viver melhor o mais cedo possível.
ABSTRACT
The present work was implemented in a psychomotor outpatient clinic for the Jundiai region, a recovery and psychology center, a special needs recovery campaign and an early and psychological diagnosis. power prepared parts needed for their physical, motor and emotional development. The development of a child depends on its ability to move, and on the relationship with the external environment, is a means of managing activities that receives and transmits information. The overall goal of the clinic is not the physical-motor and intellectual development of the patients, providing an improved adaptation and a better possibility of life as soon as possible.
Key Words: Revitalize, connection, treatment, development
Palavras Chaves: Revitalizar,conexão,tratamento, Desenvolvimento
1.0 INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA DO TEMA
O Número de pessoas que nascem ou adquirem alguma deficiência vem aumentando signitivamente, segundo o censo do IBGE de 2010 o número de deficientes elevou-se a 24% da população, ou seja, aproximadamente 46 milhões de brasileiros possuem algum tipo de deficiência física, mental, visual ou auditiva, valor considerado de grande importância. O presente trabalho trata-se de uma clínica psicomotora que será implantada em um terreno vazio na área central de Jundiaí onde o atendimento é destinado a crianças recém-nascidas até os quatorze anos período consideravelmente mais crítico. 
É na infância e adolescência que as pessoas fazem amizades conhecem pessoas e começam a desenvolver uma vida em sociedade, a escolha do tema veio da preocupação com o usuário, nas limitações que são impostas pela sociedade para estes pacientes, a proposta tem como premissa ressaltar a importância da influência que a arquitetura tem sobre os ambientes destinado a saúde, e o bem estar físico e psíquico do ser humano. 
O projeto consiste em implantar uma clínica referencial para a região central de Jundiaí, que além de oferecer todo auxilio, ela é um lar provisório onde as crianças se sentem seguras e acolhidas independente de sua deficiência, podendo ir e voltar sentindo-se como se estivesse em sua própria residência. O objetivo é oferecer todo tipo de terapias gratuito e as mais diversas especialidades, contando com uma grande quantidade de funcionários especializados nos mais diversos tipos de terapias. 
É encontrado no local, situação adequada para a sua implantação, devido a proximidade de grandes hospitais como o Hospital São Vicente, Santa Elisa, clinicas e laboratórios, a locomoção é consideravelmente de fácil acesso para a população por conta dos meios de transportes públicos coletivos por ser um local estratégico próximo dos terminais que dão acesso a diversos pontos da cidade. Prezando o bem-estar dos pacientes e buscando proporcionar condições favoráveis ao seu tratamento o espaço conta com ambientes lúdicos, terraço de encontro, espaço de convivência com áreas verdes livres e sensoriais onde o contato com a natureza é de fundamental importância nas terapias.
 Um grande referencial é a implantação de jardins terapêuticos amplos, onde são realizadas terapias ao ar livre e a inclusão de uma horta móvel para incentivar as crianças desde cedo o amor com a natureza e a importância do cuidado com os alimentos e a sustentabilidade.O projeto busca suprir a demanda da fila de espera de pacientes que aguardam por anos o atendimento na clínica Amarati, compreendendo que a clínica não suporta o número de crianças que precisam de atendimento, como também buscando ser atrativo para a população das cidades vizinhas.
.
São diversos tipos de deficiências que a criança pode apresentar no momento que nasce, ou após algum trauma ou acidente que passa a desenvolver, a seguir o gráfico representa por meio de cores quais as principais deficiências, a motora recebe a maior porcentagem
Figura 1: Gráfico representado por cores os tipos de Deficiência 
 
“Pessoas com deficiência são aquelas que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir a participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas”. (CONVENÇÃO SOBRE DIREITOS DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA, 2007) 
1.1 CLASSIFICAÇÃO DOS TIPOS DE DEFICIÊNCIAS
Deficiência Visual: cegueira, na qual a acuidade visual é igual ou menor que 0,05 no melhor olho
Deficiência Motora: alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo humano, acarretando o comprometimento da função física, limitação
Deficiência Mental: funcionamento intelectual significativamente inferior
à média Conjunto de problemas que afeta o intelecto do individuo
Deficiência Auditiva: Perda parcial ou total da audição
Síndrome de Down: Alteração genética causada pela presença de um cromossomo extra
Autismo: Autismo é um distúrbio neurológico que prejudica a comunicação e as relações sociais do seu portador 
 Fonte: brasilescola.uol [2012]
 
1.2 JUSTIFICATIVA DO TEMA ESCOLHIDO
A proposta de um projeto de uma clínica de reabilitação psicomotora para a cidade de Jundiaí, visa amenizar a procura por um tratamento especializado para crianças que precisam de acompanhamento especifico na cidade, muitos pacientes aguardam por anos na fila de espera para serem atendidos. 
O tratamento para os pacientes que já nasceram ou desenvolveram alguma lesão neurológica ou motora deve ser imediato devido a dificuldade que sofrem e as barreiras que são impostas. A região possui grandes hospitais em seu entorno, mas não possuem um suporte adequado para esta especialidade, implantar no munícipio uma clínica pública especifica para a reabilitação motora e neurológica oferecendo tipos diferenciados de tratamentos servira de suporte para os hospitais do entorno, e também para os pacientes que veem de outras cidades da região em busca de um tratamento imediato, servindo de atrativo para a população.
1.3 OBJETIVO GERAL
Desenvolver uma clínica que atende crianças com deficiências físicas e mentais, com um amplo espaço de convivência destinado ao atendimento do público geral e especifico. O projeto visa a importância da arquitetura em ambientes terapêuticos, hospitalares, buscando o conforto a acessibilidade e a qualidade de vida para os deficientes físicos. A criança precisa de interação e estímulos para poder se desenvolver e se adaptar com algumas restrições que a são impostas.
População Alvo: O centro de reabilitação psicomotora atende crianças de 0 a 14 anos de idade, portadoras de qualquer deficiência física e mental
Profissionais Envolvidos
1-Fisioterapeutas 7- Medico em geral
2- Fisiatras 8- Nutricionistas
3- Enfermeiros 9- Psicólogos 
4- Terapeutas ocupacionais
5- Fonoaudiólogo 
6- Assistente Social
Fonte: Guia do estudante.abril.com.br/profissoes/ [2010]
TERAPIAS QUE A CLÍNICA OFERECE
Fonoaudiologia: Profissional da área da saúde que compreende o estudo da fonação e da audição e de seus distúrbios
Psicopedagogia: Profissional responsável por entender o processo de aprendizagem humano, identificando problemas como distúrbios, dificuldades ou transtornos.
Terapias individuais e em grupos: Terapias com o objetivo de reunir os pacientes que lidam com situações semelhantes, compartilhando experiencias e contribuindo com o desenvolvimento pessoal.
Fisioterapia / Pilates / RPG: Exercícios realizados sobre a orientação de um profissional, com a função de restaurar, desenvolver e manter a capacidade física e funcional do paciente. 	
Terapia Ocupacional: Atividade responsável por promover a autonomia dos pacientes com planos de reabilitação buscando devolver autonomia e autoconfiança 
Enfermagem: Profissionais responsáveis por prestar cuidados e auxílios aos pacientes
Terapia ao ar livre: Atividades diferenciadas realizadas ao ar livre com o objetivo de despertar os sentidos do paciente. 
1.4 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Utilizar o espaço vazio e dar um novo uso para a implantação de um ambiente de convívio
Contribuir para que a área central seja atrativa tanto durante o dia quanto durante a noite.
Contribuir para os aspectos positivos do novo uso do local sendo um referencial para a cidade, buscando expandir o atendimento para a população vizinha.
1.5 METODOLOGIA
A metodologia para o desenvolvimento do trabalho inclui:
A realização de pesquisas referente ao tema proposto, por meio de livros e sites, para definição e conclusão do tema.
Levantamento do local proposto para a implantação, incluindo o município de Jundiaí e os levantamentos do recorte e do terreno, visitas técnicas com o intuito de expandir o conhecimento 
Estudo sobre o funcionamento das tipologias de clínicas destinadas aos atendimentos específicos.
Levantamento de dados dos tipos de deficiências, e as acessibilidades com base nas normas
Uso de programas como AutoCad, Sketchup e Photoshop, Revit para o desenvolvimento dos estudos
Realização dos Estudos de Casos que são referências para a proposta, programas de necessidades.
 1.6 PROPOSIÇÃO DO TEMA ESCOLHIDO 
O presente trabalho tem como objetivo uma clínica em um espaço vazio no centro do município de Jundiaí propondo aspectos como circulação, segurança e conforto aos usuários. A elaboração da proposta será realizada a partir das seguintes premissas:
Localização próxima aos Hospitais e clínicas da cidade
Busca pela abrangência do projeto para as cidades pertencentes ao AUJ (Aglomerado Urbano de Jundiai) através do acesso fácil, modal e viário.
Contribuir para a segurança do local, proporcionando ocupação de uma área vazia ociosa sem segurança com difusão de usos e falta de qualidade proporcionando a ocupação e o incentivo aos usuários das clinicas, com atrações diversas, com horários diferenciados.
1.7 A importância da Humanização em ambientes destinados a saúde 
Um fator que se tornou determinante e está se estendendo pelas novas construções destinado ao tratamento dos pacientes é o conceito da humanização desses locais, porem muitas instituições esquecem da importância de trazer o conforto ao paciente.
 O paciente não deve ser visto como uma fonte de lucro, deve-se levar primeiramente a preocupação com o próximo. O local influencia diretamente no tratamento do paciente, a qualificação do espaço construídos através de atributos projetuais provocam o estimulo nos sistemas sensoriais como: Uso das cores, texturas, ventilação, sons, aroma e a intensidade da luz influenciam diretamente no bem-estar dos usuários da clínica fazendo do local mais humano aproximando o ambiente da vida do paciente.
“A presença de áreas verdes e jardins dentro do ambiente hospitalar, ou o contato com o espaço externo – direto ou indireto (contato visual) – traz ao paciente uma distração positiva, pois os elementos presentes nesta relação causam sentimentos bons, prendem a atenção e despertam o interesse dos pacientes, bloqueando ou reduzindo os pensamentos ruins”(ULRICH, 1990, P. 88).
	
1.8 JARDIM TERAPÊUTICO RECURSO DE CURA
O uso dos jardins terapêuticos tornou-se tendência em hospitais americanos, o recurso contribui para o bem-estar do paciente, a condição física e mental do ser humano são influenciadas pelo ambiente. Um local de descanso e relaxamento ao ar livre com plantas aromáticas, fontes de água corrente, cores nos transmite a sensação de leveza e bem-estar, mas o jardim precisa de cuidados especiais como a passagem dos pacientes, que precisa ser larga e antiderrapante, a escolha das plantas que iram atrair pássaros e borboletas são determinantes. O espaço é destinado a terapias ao ar livre e relaxamento. A implantação de um jardim terapêutico contribui para amenizar o clima estressante da clínica.
 Conforme a (figura 2) o Hospital escolhido para referência em jardins terapêuticos é o Hospital La Paz localizado em Madrid a implantação do jardim no terraço, busca trazer a conexão dos pacientes com a natureza, o alivio da tensão por ser um hospital destinado ao tratamento de crianças, e o bem-estar dos usuários. 
Fonte: Istoe.com/Jardins Terapêuticos [2009]
Fonte:.Nmagazine.com.br/design/design-um-jardim-no-hospital/
JARDIM TERAPEUTICO NO TERRAÇO
Hospital Universitário La Paz – Madrid
A definição dos jardins na cobertura da clínica psicomotora, surgiu da referência do grande jardins instalada no Hospital Universitário La Paz, a implantação de um jardim terapêutico no terraço busca trazer o bem estar para os pacientes que usufruem do hospital mantendo o ambiente mais agradável. O jardim de 800 metros quadrados com
passarelas e caminhos coloridos o objetivo é criar um espaço de descanso e lazer para as crianças que permanece durante um longo período no Hospital.
Figura 2: Hospital La Paz com destaque ao jardim
Um dos grandes exemplos Brasileiros da importância do contato do paciente com a natureza está representado na figura 3. A Implantação de um jardim vertical no Hospital Sírio Libanês em São Paulo . O projeto foi realizado pela empresa Vertigarden. São 80 mil metros quadrados de área abrigando 42 tipos de espécies de plantas. A fachada fica voltada para uma das avenidas mais agitadas de São Paulo, a avenida 9 de julho.
Figura 3: Fachada Principal do Hospital Sírio-libanês com destaque do jardim Vertical
Fonte: Istoe.com/Jardins Terapêuticos
O jardim vertical implantado no hospital, tornou-se grande destaque em relação ao entorno, é um grande referencial para a cidade de São Paulo conforme as imagens da (figura 4)
Figura 4: O Destaque do jardim vertical na construção
 Fonte: Hospital Sirio Libanes/ JARDINS-VERTICAIS 
1.9 RELAÇÃO DA PROPOSTA COM A ESCOLHA DO TERRENO
Inicialmente a escolha do terreno partiu da ideia de um local que fosse de fácil acesso para as pessoas que vão frequentar a clínica. A localização favorece tanto as pessoas que moram em bairros próximos ao centro quanto as que moram em cidades vizinhas, visando preencher uma carência que se revela necessária na cidade e nas regiões próximas, como forma de possibilitar a inclusão de crianças portadoras de deficiências na sociedade. 
Atualmente a cidade de Jundiai conta com uma ampla rede de Hospitais de grande porte e de clínicas, como o Hospital Santa Elisa (Rede Privada), Hospital Regional, o hospital e maternidade Paulo Sacramento que também se encontra na região, algumas clínicas e os laboratório encontrados próximo a área. 
A proposta visa amenizar a busca por tratamento especifico que não são encontrados nos hospitais e ajudar com o excedente não atendido das unidades existentes servindo de suporte de tratamento para os hospitais da região
1.10 EQUIPAMENTOS DE SAÚDE ENCONTRADO PROXIMO AO TERRENO
Figura 5: Mapa de localização dos equipamentos de saúde próximos do terreno
 Hospital São Vicente de Paulo
Hospital Santa Elisa
Hospital Regional de Jundiaí
Ortramed – Ortopedia e Traumatologia 
Fonte: Google Earth modificado pela autora. [2018]
Grandes hospitais localizados próximo ao local escolhido, que servem de suporte aos pacientes que buscam por determinados atendimentos citados no mapa de localização da figura 4 da página anterior.
 Figura 5: Imagens dos Hospitais e clínicas Próximas do terreno 
 
 
Figura 6: Imagens dos Hospitais e clínicas Próximas do terreno 
 
Fonte: Autora sobre Google Maps ,2018
Figura 8: Imagem Aérea do centro de Jundiaí11
2.0 APRESENTAÇÃO DE JUNDIAÍ
O Aglomerado urbano de Jundiaí ( AUJ) é composto pelos seguintes municípios : Cabreúva, Campo Limpo Paulista, Itupeva, Jundiaí, Louveira, e Várzea Paulista e Jarinu, Jundiaí Apresenta 53% de toda a população da aglomeração e situa-se entre as regiões metropolitanas de Campinas e São Paulo assumindo uma posição dentro da Macro metrópole Paulista Fundada a mais de 350 anos. Na agropecuária é bastante conhecida pelo cultivo de plantação de uva e morango, com grande destaque na concentração de empresas de grande porte. Jundiaí Foi uma das primeiras cidades a ser implantada a estrada de ferro por ser uma região altamente industrializada. 
O comercio é de extrema importância, é o setor que contribui com a metade do PIB gerado por toda a cidade de Jundiaí. Conhecida como a terra da uva e do morango, a região tornou-se pólo para empresas de logística, possui um parque industrial com mais de 500 empresas. Além da zona industrial e comercial , a cidade tem uma ótima infraestrutura na área da saúde, com dois hospitais que fazem atendimento pelo SUS ( Hospital Universitário e o Hospital São Vicente) e uma grande quantidade de clinicas particulares, e unidades básicas de saúde. Os principais acessos que interligam o município as cidades vizinhas são as Rodovias anhanguera e bandeirantes, Rodovia Gabriel Paulino Bueno Couto, Vereador Geraldo Dias, Hermenegildo Tonoli, João Cereser e Tancredo Neves além da Estrada de Ferro CPTM que vai até a cidade de São Paulo. 
2.1 ESCOLHA DO TERRENO
A escolha do terreno é baseada em um local de fácil acesso para a população e pela proximidade com os grandes hospitais e clínicas encontrados na região. O local pode ser classificado como uma área especializada na saúde, apresentando uma concentração de clínicas para tratamentos e laboratórios para exames principalmente na rua Anchieta, principal fator que contribuiu com a escolha para a implantação da clínica neste local.
Devido ao fato de estar no centro da cidade, facilita o acesso dos pacientes em tratamento especifico e continuo que precisam se dirigir diariamente a clínica, o transporte coletivo e o acesso de veículos de passeio acontece de maneira fácil e rápida devido a sua localização próximo a avenida Jundiai, Nove de julho, que tem ligação rápida com a rodovia Anhanguera. Próximo a essas vias de acesso encontra-se o terminal central, Todas as linhas de ônibus que saem dos terminais encontrados na cidade passam na frente do terreno escolhido que possui um ponto de parada de circulares,com isso pode-se concluir que é viável a utilização desse meio de transporte para ter acesso a área central de Jundiaí.
Fonte: Fanelli e Santos Jr. p 474 [2013]
2.2 CONTEXTO HISTÓRICO DO TERRENO
O terreno escolhido pertencia a uma família muito influente na região de Jundiaí eram donos da empresa Astra. No local Havia uma Mansão com estilo art-deco que para não ser tombada pelo patrimônio historio foi demolida. O local passou a ser por um bom tempo utilizado como estacionamento. O lote pertence a zona de reabilitação central. 
Figura 9: Imagem de localização do terreno com destaque as praças encontradas próximas ao terreno.
 [LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO]
O terreno possui uma topografia acidentada o que pressupõe situações escalonadas para comportar o desnível. O ponto mais alto fica na rua Campos Salles e o mais baixo na rua Dr Leonardo Cavalcante, conforme (Figura 10) 
Figura 10: Imagens do terreno Leonardo Cavalcante/Campos Salles acervo da autora 
 
 
 Fonte: Google Maps Modificado pela autora [2018]
 
 Fonte: Rodrigues, [2018]
2.3 LEGISLAÇÃO
O terreno escolhido pertence a Zona de reabilitação central o centro possui a ocupação predominante residencial, apresenta também grande ocupação de comércios, e serviços, local ideal para a implantação do projeto devido ao intenso fluxo de veículos e transportes públicos além de estar dotado de uma ótima infraestrutura. Os índices segundo plano diretor a serem atingidos (Conforme figura 12) 
Figura 11: Analise de levantamento elaborado pela autora 
Fonte: Plano Diretor – Site Prefeitura de Jundiaí 
2.4 ANÁLISE DE LEVANTAMENTO 
Figura 12: Índices segundo Plano Diretor
 Fonte: Rodrigues,(2018)
2.5 LEVANTAMENTO DOS PONTOS DE ÔNIBUS 
O centro de Jundiaí possui uma grande quantidade de pontos de ônibus espalhados por toda a região facilitando assim o acesso ao local escolhido, a presença de um ponto de ônibus a frente ao terreno escolhido beneficia o uso da clínica por veículos públicos como pode ser visto na (figura 13)
Figura 13: Identificação dos Pontos de Ônibus localizados no recorte
 
Fonte: Google Maps modificado pela autora [2018]
PRINCIPAIS LINHAS DE ÔNIBUS
2.6 GABARITO
O bairro do centro é marcado por construções de meados do ano de 1950, a predominância é residencial e comercial, sendo de construções de baixo gabarito que variam de 1 a 2 pavimentos. O plano diretor exige nessa região
a altura da construção até 17,5 metros.
Figura 15: Pedrominancia da área da implantação, é de baixo gabarito
Fonte: Google Maps Modificado pela Autora [2018] 
2.7 USO E OCUPAÇÃO DO SOLO
A área central de Jundiaí é predominante o uso comercial representado em vermelho, mas conforme o recorte o uso residencial representado em amarelo é de maior destaque e de edifícios institucionais representado em azul.
. Figura 16: Uso real do solo
 2.8 FLUXOS DE TRÂNSITO
 Na região central existe um grande fluxo de trânsito durante o dia, as principais vias de acesso são pelas ruas Marechal, Rua Anchieta, Henrique Andrés, Siqueira de Moraes, são ruas que dão acesso a vários pontos da cidade. As ruas que possuem o maior fluxo de trânsito todos os dias por conter hospitais e comércios São: Rua Rangel Pestana, Dr Leonardo Cavalcante, e Senador Fonseca , o fluxo ainda é maior em horários de pico.
Figura 13: Indicação das principais ruas que recebem os maiores fluxos no centro de Jundiaí
2.9 SISTEMA DE CIRCULAÇÃO
A circulação de carros e ônibus é intensa na região, principalmente nos horários de pico tornando o fluxo de trânsito lento, a circulação de pedestres é intensa durante o horário comercial, principalmente por que grande quantidade de pessoas que circulam neste local, trabalha nos comércios do centro. Durante a noite a circulação de veículos e pessoas se torna menor por conta da falta de segurança e iluminação em alguns pontos. As praças próximas ao terreno são desertas durante a noite, por pouca iluminação, tornando assim local de passagem inseguro em determinados horários.
o projeto conta com uma harmonia com as praças por conter jardins nos terraços, integrando o interno a clínica com a vista externa, mas não estabelece relações direta com as praças por ser uma clínica destinada a tratamento, precisa manter a intimidade do paciente para não o expor, a escolha para o acesso de pacientes e veículos pela Dr Leonardo Cavalcante foi feita com base que a rua não apresenta um grande fluxo de veículos favorecendo o uso aos beneficiários, o acesso de funcionários será feito pela Rua Campos Salles com o objetivo de amenizar o alto fluxo encontrado nessa rua principalmente em horários de pico.
Fonte: Google Maps modificado pela autora
2.9 PREDOMINANCIA DAS ÁREAS VERDES
No entorno do terreno existe cinco praças que durante o dia são frequentadas para passagem ou para lazer, mas durante a noite existe um certo receio pela falta de segurança encontrado no local.
Figura 17: Representação esquematizada das praças próximas ao terreno
Praça Dom Pedro II
Praça Largo São Bento
Praça Antônio Frederico Ozanan
Praça Tibúrcio Estevam de Siqueira
Praça Luiz Gonzaga Barbosa
O terreno de estudo fica localizado próximo a espaços públicos que atualmente são considerados sem segurança com difusão de usos e sem manutenção conforme (Figura 18)
Figura 18: Imagens das praças encontradas ao entorno do terreno
Fonte: Google Maps Modificado pela Autora
2.10 Supostas intervenções 
Para fazer a ligação do terreno com as praças do entorno, foi utilizado o projeto da ex aluna Luana Pires, que propôs as intervenções nas praças conforme (Figura 19):
Praça Dom Pedro II: Implantação de playgrounds e academia ao ar livre, quadras de xadrez, setor gourmet, mobílias urbanas como: banco, lixeiras, placas sinalizadoras. Pontos de parada para segurança do local, substituição de algumas árvores de grande porte que atrapalham as passagens dos pedestres por árvores de porte médio localizadas em locais propícios, implantação de pisos táticos, e reorganização dos existentes, colocação de parklets e melhoria na iluminação durante a noite.
Praça Tibúrcio Estevam de Siqueira: Implantação de barracas fixas para vendedores, criação de pergolados de madeira com vegetação rasteira, mobiliários urbanos: Bancos, lixeiras, novos canteiros com árvores que se completam com as que já pertencem ao local. Implantação de um palco de eventos para teatros e shows com artistas da região, e a criação de um setor de incentivo a leitura, com deck e mobiliários.
Praça Frederico Ozanan: Implantação de uma horta comunitária, incentivando as pessoas ao trabalho voluntario fortalecendo o convívio comunitário e a importância dos cuidados com o meio ambiente buscando incentivar aos participantes o cultivo da horta em suas residências. Criação de sanitários. 
Figura 19: Eixo de Implantação
Fonte: Referencia ex aluna Luana Pires 
Representação das praças com intervenções atribuídas pela ex aluna Luana Pires que se formou na universidade em 2017, serviram de referências projetuais neste trabalho.
Figura 20: Praça Dom Pedro II com intervenções 
Fonte: Referência Projetual ex aluna Luana Pires (2017)
Figura 21: Praça Largo de São bento com intervenções 
Fonte: Referência Projetual ex aluna Luana Pires (2018)
Figura 22: Praça Frederico Ozanan com intervenções
Fonte: Referência Projetual ex aluna Luana Pires (2018)
3.0 TOPOGRAFIA E MEIO FISICO
 O município de Jundiai é caracterizado por relevos de morros, o terreno está localizado na área mais alta da região, e possui uma topografia acidentada com declividade de aproximadamente 7 metros a parte mais baixa do terreno fica na rua Dr Leonardo Cavalcante, e a mais alta na Rua Campos Salles
Desta forma foi apresentada soluções escalonadas para comportar o desnível, com criação de platôs para compor a topografia. As cores fortes conforme a figura 23 representam que o terreno escolhido pertence a parte mais alta do município de Jundiaí.
Figura 23: Representação do relevo encontrado na região
Fonte: Topographic-Map Fonte: Google Earth modificado pela autora [2018]
3.1 VENTILAÇÃO E ILUMINAÇÃO
 O clima em Jundiaí é tropical no verão e as temperaturas são mais altas e úmidas, e no inverno são mais baixas, os ventos predominantes são a sudoeste favorecendo a ventilação natural no projeto, visto que próximo ao terreno não há barreiras como prédios altos.
Um fator determinante é a disposição dos jardins nos terraços e a maior incidência de ventos é no espaço intermediário (Solário) para convivência , e a proposta para amenizar a intensidade é posicionar os dois edifícios como uma barreira de proteção assim evitando que os ventos cheguem com maior intensidade
Figura 24: Esquematização da direção dos ventos predominantes, e incidência de raios solares
3.2 Analise Solstício Verão/Inverno
Figura 25: Analises no período do inverno em três horários diferentes 
Figura 26: Analises no período do Verão em três horários diferentes 
Fonte: Rodrigues,2018
3.3 ÁNALISES CARTA SOLAR
A fachada norte do terreno recebe insolação no período da tarde e a solução adotada é a utilização de brises para evitar que os ambientes fiquem quentes e desconfortáveis, o modelo escolhido é o brise retrátil asa de avião conforme figura 26 analises com base na carta solar 
Figura 26: Imagens de algumas analises da incidência solar no terreno
3.4 PATRIMÔNIO HISTÓRICOS E TURISTICOS
 A cidade de Jundiai possui uma grande quantidade de edifícios voltados para o interesse Histórico, cultural e Artístico, pertencendo ao polígono de proteção do Patrimônio Histórico. 
Cemitério Nossa Senhora do Desterro (IPPAC)
Conj de Edificações da Companhia Paulista de estrada de ferro ( IPHAN)
Mercado Municipal Antigo Atual centro de artes Gloria Rocha (IPPAC)
Solar do Barão (CONDEPHAAT)
Casa da Familia Queiroz Telles e casa e casa paroquial ( IPPAC)
Casa da Família Prado Pernambucanas (IPPAC)
Grupo escolar conde do Parnaíba (IPAAC)
Casa da Criança nossa senhora da conceição (IPPAC)
Praça Dom Pedro II
Praça das Andradas e prédio da sems (IPPAC)
Praça Governador Pedro de Toledo
Casa de Saúde Dr Domingos Anastácio
Hospital de Caridade São Vicente de Paulo
Mosteiro
de São Bento e Igreja de Sant’Anna
Fonte: Rodrigues,2018
Os edifícios históricos contribuem com a evolução da história da cidade, conforme mapa da (Figura 27) os principais são encontrados próximo ao terreno
Figura 27: Mapa de localização com os patrimônios históricos 
Cemitério nossa Senhora do desterro
Solar do barão
Praça Dom Pedro II
Praça das Andradas
Praça governador Pedro de Toledo
Hospital São Vicente
Figura 28: Imagens dos patrimônios históricos encontrados no local, selecionados pela autora
Fonte: Google modificado pela autora
3.5 ANÁLISE GLOBAL DE CONFLITOS E POTENCIALIDADES 
Legislação: O terreno possui alto potencial construtivo tanto horizontal quanto vertical, os consultórios podem ser bem distribuídos ocupando o primeiro pavimento e o segundo pavimento, aproveitando usufruir da insolação e ventilação natural do ambiente por meio de grandes abertura dentro do edifício
Sistema de Circulação: Devido ao fácil acesso em uma via que possibilita a conexão com outros bairros vizinhos, o edifício pode estimular visitas com frequência da população no ambiente , garantindo assim maior segurança no local.
Tipologia Edificada: Buscando contraste e conexão com o entorno, o uso do concreto e o vidro insulado faz com que o projeto reflita a vista da fachada principal, localizada na Rua Campos Salles, refletindo a praça Dom Pedro II
Uso do Solo: O acesso do publico apenas aos comércios , pode ser diminuído por um programa diversificado, de palestras, cinema aberto, shows.
Gabarito: Seguir o gabarito do entorno.
Ventos Dominantes e orientação Solar : Determinante para o posicionamento das fachadas principais, das aberturas e da implantação do jardim terapêutico 
 VISITAS TÉCNICAS 
As Visitas técnicas e referências mencionadas serviram para contribuir com o desenvolvimento da proposta, como base, e auxilio para o desenvolvimento do projeto. Na compreensão da distribuição dos ambientes, programa de necessidades, setorização, circulação e dimensionamento da clínica. 
As visitas técnicas foram realizadas na cidade de implantação do projeto, e em Jarinu, foram relevantes para definir o programa e o tema, foram visitadas clínicas com ambientes diferentes sendo eles APAE de Jarinu, Hospital Jarimed, Amarati localizada em Jundiaí, para as referências projetuais são utilizados projetos nacionais e internacionais que contém uma semelhança com o tema proposto, sendo eles a rede Sarah de Hospitais, AACD, Centro de reabilitação One Kids Place, Unidade Lucy Montoro e Estudo de jardins terapêuticos e a influência deles na saúde e bem estar do paciente 
28
3.6 HOSPITAL : HOSPITAL DE REABILITAÇÃO SARAH KUBISTECK
UNIDADE SALVADOR 
Localização: Salvador – Bahia
Ano do Projeto: 1994
Arquiteto: João Filgueiras Lima “Lelé”
Área do terreno: 52 mil M²
O hospital Sarah Salvador foi inaugurado em 1994 um dos maiores exemplos da arquitetura bioclimática hospitalar no Brasil.Está localizado no bairro caminho das Árvores e realiza os seguintes tratamentos: Reabilitação Neurológica, Reabilitação Ortopédica, Reabilitação Infantil, e Neuroreabilitação em lesão medular, os principais diagnósticos que são encontrados nos pacientes são: Paralisia Cerebral, Mielomeningocele, lesão encefálica e medular, atraso do desenvolvimento neuropsicomotor. O tratamento no hospital é totalmente gratuito, o projeto do arquiteto João Filgueiras Lima, é conhecido pelo conforto que a clínica transmite aos pacientes, Lelé ousa usar em todos os seus projetos, grandes espaços abertos, sempre predominando a iluminação e a ventilação natural criando uma conectividade com o ambiente.
Fonte: Sarah.br/a-rede-sarah [2018]
A criação de sistemas alternativos de ventilação natural contribuiu de modo que o ambiente fique aberto durante a maior parte do ano, Lelé projetou grandes aberturas com pé direito elevado, o mais baixo tem 8 metros formando imensos sheds.
Figura 31: Croquis representativos retirados do acervo do arquiteto João Figueiras Lima
Figura 32: Planta Baixa Térreo
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3.7 HOSPITAL DE REABILITAÇÃO SARAH KUBISTECK 
UNIDADE RIO DE JANEIRO
Aquiteto: João Filgueiras Lima – Lelé
Localização: Jacarepaguá – Rio de Janeiro 
Ano do projeto: 2001
Ano de conclusão: 2008
Área do terreno: 80.000m²
Área Construida: 52.000²
 
A rede Sarah Kubitschek (Entidade social de serviço autônomo, de direito privado e sem fins lucrativos) nome dado a várias unidade hospitalares, destinada a vítimas de poli traumatismos e problemas locomotores com o objetivo de promover sua reabilitação ela é mantida pela associação das pioneiras do Brasil (APS) instituído pela lei nº 8.246/91 de 22 de outubro de 1991.
O Hospital além de ser um espaço organizado e de convivência, ele é um lar que acolhe as pessoas, um lugar bonito, cheio de vida, que envolve arte e arquitetura em sua concepção. O projeto de todas as unidades da rede tem estética moderna e foram realizados pelo renomado arquiteto brasileiro João Filgueiras Lima (Lelé) a primeira unidade a ser construída foi em Brasília Sarah lago norte, o Nome do hospital é em homenagem a Sarah Kubitschek primeira dama do País.
O hospital está localizado na zona oeste do Rio de Janeiro e por precaução em relação a enchentes foi utilizada uma cota acima do nível da lagoa Jacarepaguá. Nota-se que no terreno há grande presença de áreas verdes, e o hospital não o ocupa por completo, por este motivo existe grande contrastes de espaços cheios sobre os espaços vazios. O centro de reabilitação gratuito foi inaugurado em 2009, e atende crianças e adultos, com as seguintes patologias: Paralisia cerebral, crianças com atraso do desenvolvimento motor, sequelas de traumatismo craniano ou avc, má formação cerebral, doença de Parkinson, doença de Alzheimer, esclerose múltipla dentre as mais diversas causas.
Composta por blocos horizontais modulados, no sentido norte-sul as fachadas são direcionadas para o lado leste / oeste para receber o sol nascente , a proteção dos ambientes é feita atraves de grandes beirais.Todos os ambientes são interligados, e a ligação é feita atraves de circulações externas.
Figura 33: Corte Longitudinal com indicação 
Fonte: au.pini.com.br.org 
Os ambientes são bem divididos e possui ligação entre-si atraves de circulação externas protegidas, o objetivo principal foi a funcionalidade e o conceito de humanização dentro do hospital, buscando trazer o conforto aos pacientes, um conceito primordial nos projetos do arquiteto Lelé 
 Figura 34: Programa de necessidades do Hospital 
Fonte:Empg.puc-rio.br/arquivos/516 Acervo do Arquiteto Lelé
Os tetos dos ambientes internos, são construídos por esquadrias metálicas de policarbonato que ao serem abertos deixa o ambiente mais arejado, e iluminado entrando ventilação e iluminação natural transmitindo conforto as pessoas que frequentam o hospital, e economia de energia.A cobertura interna curva tem um mecanismo retrátil de abertura, a circulação entre os ambientes são feita através de passarelas cobertas 
 Figura 35: Fatores fundamentais que contribuem com a arquitetura do hospital
Figura 36: Passarelas de acesso central e ao solário
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3.8 INSTITUTO DE REABILITAÇÃO PARA DEFICIENTES VISUAIS LUCY MONTORO
Autores: André Takiya e Fábio Mariz Gonçalves
Localização: São Paulo – SP
Ano do Projeto: 2012
Ano de Conclusão: 2014
Área do Terreno: 4.157,96 m² 
Área Construída: 2.255,85 m²
O projeto é a primeira unidade da rede Lucy Montoro, localizada na zona oeste de São Paulo no Jardim Humaitá a rede é mantida pelo Estado e proporciona tratamento de recuperação e capacitação para pacientes com problemas físicos incapacitantes motores e psicomotores. Por ser levemente elevado em relação a cota da rua o edifício qualifica a paisagem do jardim Humaitá.
O pavilhão de quase 70 m² de comprimento, é constituído por um conjunto de cinco pórticos metálicos paralelos unidos no sentido longitudinal por vigas principais, o térreo
mais fluido é parcialmente em pilotis destinado a recepção e a exposições.
- Circulação Horizontal sempre se faz no perímetro do pavilhão
- A quadra poliesportiva emprega estruturas metálicas com fechamento lateral tipo veneziana
Fonte: Revista Projeto Design edição 421,2015
Figura 40: Algumas imagens da unidade Lucy Montoro
Figura 41: Corte esquemático da unidade Lucy Montoro São Paulo
Figura 42: Térreo, primeiro e segundo pavimento da unidade
Fonte: Revista Projeto Design edição 421,2015
 
3.9 AACD
clinicas de Reabilitação destinada a pessoas com Deficiência no Brasil
A AACD é uma clínica de reabilitação privada que trata a 62 anos, de crianças e adolescentes com deficiência, com o intuito de inseri-los na sociedade sem que sofram com qualquer tipo de exclusão social, não é voltada apenas para a reabilitação, possui diversas outras atividades, como capacitação profissional, programas para sustento de pessoas com deficiências, inclusão social.
O fundador da instituição foi o Dr Renato da Costa Bomfim. A clínica localizada na Avenida Professor Ascendino Reis 724 Ibirapuera – São Paulo, É a estrutura sede das outras unidades implantadas da AACD. No Brasil é encontradas ao todo doze instituições: Ibirapuera - SP, Mooca – SP, Ilha Joana de Bezerra – Recife PE, Jardim do Salso, Porto Alegre- RS, Planalto, Uberlândia –MG, Piratininga , Osasco – SP, Jardim da Viga , Nova Igraçu – RJ,Adhemar Garcia Joinville- SC, Jardim Taiff, São José do Rio Preto – Sp.
	A AACD é dividida em Hospital, centro de diagnóstico, centro médico, centro de terapias, escola, e Loja de Produtos Ortopédicos. 
Fonte: Teleton.Org/welcome
Algumas Especialidades que são tratadas no Hospital
Paralisia Cerebral: Especialidade que possui maior número de pessoas tratadas no hospital, são aquelas que sofreram sequelas antes, durante ou após o parto. O tratamento é realizado de acordo com a necessidade de cada paciente, estimulando o desenvolvimento psicomotor.
Má- Formação Congênita: Tratamento realizados com Pacientes que nasceram com má formação dos membros como: Osteogêneses (Conhecida como doença dos ossos de vidro), Artogripose Múltipla (Articulações Rígidas) e outras doenças genéticas.
Amputados: São realizados tratamentos específicos para pessoas que tiveram algum membro amputado, devido a acidentes ou doenças vasculares, traumatismos, infecções, diabetes, queimaduras, tumores. Além do tratamento a unidade próteses não são produzidos em larga escala, mas sim feitos manualmente e adaptados para a necessidade de cada pessoa, por este motivo seu custo é elevado. A fila de espera para adquirir os produtos ortopédicos é controlada perante o sistema SUS 
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4.0 ONE KIDS PLACE – ONTÁRIO, CANADÁ
Arquiteto: Mitchell Architects
Arquiteto Principal: Paul Mitchell, OAA, FRAIC
Localização: Ontario, Canadá
Área do terreno: 5.9 hectares (cerca de 60.000m²)
O centro One Kids Place, tem como compromisso proporcionar o tratamento de crianças e adolescentes com necessidades especiais até completarem 19 anos, a reabilitação é baseada na comunidade e serviços de apoio, tanto para o paciente e suas famílias. O processo envolve terapias ocupacionais, fisioterapias, fonoaudiologia, assistência social, recreação terapêutica e atendimento clinico.
A clínica tem como prioridade os atendimentos em grupo onde os familiares podem participar, a intenção é trocar experiencias entre si, e compartilhar os avanços, onde os pacientes incentivam uns aos outros, a presença da família é de extrema importância.
O hospital foi projetado com apenas um andar para receber as crianças, e pé direito elevado ultrapassa o pé direito usado usualmente. Os espaços são organizados sobre um pátio íntimo, o acesso dentro do edifício é feito por corredores largos, e grandes janelas para proporcional iluminação natural do hospital.
 O projeto é divido por setores sendo eles para tratamentos contínuos, primeiros atendimentos, administrativo e convívio social, durante o dia as atividades são realizadas ao ar livre. O pátio amplo auxilia nas terapias das crianças, o contato dos pacientes com o local aberto é muito importante, pois ele transmite a sensação de liberdade e bem-estar.O corredor Leste/oeste conta com a predominância da iluminação e ventilação natural, as salas de terapias por estarem próximas do corredor contam com a mesma iluminação e ventilação. A sala de espera principal além de ser um local aconchegante e bem iluminado existe a implantação de um muro verde vivo de seis metros de altura conforme apresenta a figura 43
 Figura 43: Centro One Kids Place – Durante a noite Figura 44: Imagens da Sala de espera: Muro verde com altura de seis 
Fonte; Archdaily.com/82958/One Kids Place
O Hospital conta com uma ampla área verde e podemos observar o contraste dos espaços cheios e vazios, grande parte das paredes são envidraçadas possibilitando um contato visual com estes ambientes abertos conforme (figura 45) 
 Figura 45: Imagens dos Corredores com aberturas voltadas para o pátio de convivência.
Figura 46: Planta de localização e seus respectivos ambientes
 
Área de espera
Consultório Pediátrico
Consultório
Terapia Ocupacional
Terapia ocupacional
Sala assistência social
Administração
Sala de funcionários
Ginásio
Sala de Aula
Pátio
Serviços
Fonte: Archdaily.com/82958/one-kids-place-mitchell-architects Fonte: Archdaily.com-Kids-Place Modificado pela autora
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4.1 VISITA TÉCNICA: HOSPITAL NOVO JARINU (JARIMED)
Arquiteto Principal: 
Localização: Av José Manara, 450- Centro, Jarinu SP
Área do terreno: 5.500 m²
Área Construida: 3.000 m²
Ano do Projeto: 2016
Com base na visita foram observados alguns critérios no Hospital, conhecido como Jarimed primeiro hospital particular ,foi inaugurado recentemente ele é encontrado na parte mais alta da cidade no centro, próximo a Ubs central, e a rodoviária, existem pontos de referência próximo para auxiliar na localização. O prédio é dividido em dois grandes blocos, o primeiro bloco que é encontrado na parte mais baixa do terreno é destinado ao setor de terapias, pediatria e exames laboratoriais. 
O segundo bloco na parte mais elevada abrange atendimentos mais específicos como: Oftalmologia,nutrição,cardiologia,ginecologia,clinico geral, dermatologia, pediatria, vascular, laboratório, psiquiatria, psicologia, fisioterapia, medicina do trabalho. Não possuem uma conexão interna entre eles, mas sim uma ligação externa feita por uma rampa de acesso.
O hospital fica bem localizado e rodeado de uma ampla area de proteção ambiental conforme (figura 47), por pertencer a area mais alta da cidade, recebe uma grande intensidade de ventos, por possuir esquadrias extensas e amplas nos setores com maiores circulações durante o dia recebe uma grande intensidade solar. 
Figura 47: Foto aérea do Hospital particular de Jarinu
Fonte: Hospitaljarinu.com.br/hospital -hospital-jarinu (Visitado em 20/09/2018)
Figura 48: Imagens internas dos setores Administrativo, recepção 
Figura 49: Setor de Fisioterapias, equipamentos para RPG, 
 Fonte: Acervo da autora (2018)
	
CARÊNCIAS CONTATADAS NO HOSPITAL
O Hospital além de ser um ambiente amplo e organizado, recebe diariamente uma grande quantidade de pessoas, no período da manhã entre as 8 hr as 10 hr por ter janelas amplas envidraçadas, o ambiente se torna muito quente tendo a necessidade de usar o ar condicionado o boa parte do dia, para poder ventilar e deixar o clima agradável. Todos os consultórios do bloco 2 tem ar condicionado, e alguns setores também, apenas farmácia que recebe toda a quantidade de medicamentos do hospital tem a ventilação natural.
O setor administrativo recebe boa parte da incidência solar as grandes Janelas envidraçadas sem nenhum método de proteção funcional contribuem para que os raios solares entrem diretamente no ambiente. A ausência de ar condicionado nesse ambiente o deixa mais quente e desconfortável principalmente no período da manhã a partir das 8h e a tarde.
Figura 50: Imagem do setor administrativo, incidência de raios solares dentro do ambiente 
Figura 51: Croqui de estudo de setorização do bloco 2 elaborado pela autora 
Figura 52: Planta baixa da segunda fase do hospital que esta em construção
(Fonte: Hospitaljarinu.com.br/hospital -hospital-jarinu ( Visitado em 20/09/2018)
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4.2 VISITA TÉCNICA: APAE JARINU
Localização: R. João Pedro, 617-717 - Bom Retiro, Jarinu - SP
Ano do Projeto: 2004
A entidade foi fundada em 16 de dezembro de 2004 e em março de 2005 recebeu o imóvel pertencente à Prefeitura, uma casa antiga que busca promover e articular serviços e programas de prevenção, prover a educação formal e não formal, saúde, assistência social, esporte, lazer, visando à inclusão social da pessoa com deficiência. A entidade atende pessoas com atraso no desenvolvimento neuropsicomotor, deficiência intelectual e múltipla ou transtorno do espectro autista, sem limite de faixa 
A casa fica localizada distante do centro da cidade, mas pertence a um local estratégico, com vias de acesso que interligam pontos da cidade, a entidade possui um ônibus próprio que busca e leva os pacientes. A rede sem fins lucrativos recebe doação de pessoas que contribuem, e por meios de projetos beneficentes como festas, jantares, bingos e bazar. A esperança da equipe é que todos os projetos futuros que a prefeitura prometeu sejam executados, para que as crianças possam receber o devido tratamento que merecem receber. 
Implantada em um grande espaço, o terreno não é totalmente aproveitado conforme (Figura 50) uma boa parte do terreno é ocupada por uma construção que foi embargada, e não há previsão para continuar. No local é visível que precisa de uma reforma em todos os ambientes para poder atender o número de crianças que são atendidas 
Figura 51: Imagem aérea de localização da APAE – Jarinu 
Fonte: Autora sobre google Earth (2018)
          CARÊNCIAS CONSTATADAS NO LOCAL: 
A casa por ser bem antiga encontramos trincas, falta de piso, e não é totalmente acessível. A recepção é pequena e pouco iluminada, o setor de terapias está bem degradado, o piso é muito liso, os corredores são muito estreitos, e os equipamentos para a realização de terapias são bem velhos para as crianças que realizam exercícios contínuos. 
O refeitório e a cozinha são muito pequenos para atender a quantidade de crianças que frequentam o ambiente. As salas de aula não são acessíveis e estão muito degradadas, os banheiros internos e externos não estão de acordo com as normas de acessibilidade para os usuários conforme Figura 52, para o lazer das crianças é encontrado alguns brinquedos que ficam no fundo da casa, a quadra fica distante e não pertence a casa, não são todas que são levadas para 
Figura 52: Imagem dos banheiros externos que pertencem a APAE
 
Fonte: Acervo da autora (2018)
 Figura 53: Sala de aula da APAE 
 
 Figura 54: Setor de Terapias infantil 
 Fonte: Acervo da autora (2018)
 4.3CONCEITO E PARTIDO 
O projeto propõe promover a reintegração social dos pacientes, garantindo um espaço com bem- estar dos usuários, e a humanização nesses ambientes contribuindo com a inclusão da comunidade para a clínica, a participação direta ou indireta, valorizando assim o local, funcionando como um refúgio em um momento crítico de possíveis dificuldades tanto para as famílias quanto aos pacientes, utilizando métodos alternativos estimulando aspectos físicos e intelectuais.
A criação de espaços agradáveis além de trazer o bem-estar, contribuem para a cura do paciente a integração das áreas internas (Humanização Funcional) com as áreas externas (Espaço Urbano) acontece por meio dos jardins sobrepostos nos terraços, e a horta móvel que podem ser utilizadas tantos pelos pacientes quanto pela população geral.
A partir desses objetivos citados e dos estudos realizados, foi possível traçar as diretrizes iniciais do projeto e definir a direção projetual para iniciar o plano de massas e os estudos prévios.
Funcionalidade da clínica: Para implantação da clínica, é fundamental importância trabalhar com a funcionalidade do edifício. A escolha do terreno foi de fundamental importância por pertencer a área central da cidade facilitando o acesso da população e o contato dos pacientes com a mesma sendo suporte de visita afastando situações negativas que eram encontradas no local.
Humanização dos ambientes: A grande influência da arquitetura nos ambientes que promovem a saúde como ferramenta de tratamento. A importância do uso das cores, texturas, e o contato com os ambientes externos mostram o quanto é importante para a reabilitação desses pacientes
Valorização dos espaços Externos: A criação dos espaços externos valoriza a edificação e trazem bem-estar aos pacientes, o uso de jardins terapêuticos, além de estimular as crianças a despertarem os sentidos, promove a troca de experiencia sociais entre os usuários, as atividades ao ar livre influencia diretamente na qualidade de vida as pessoas.
Contato com a comunidade: Um dos objetivos principais da clínica Ludificar, a integração dos pacientes com a sociedade fazendo com que os pacientes sejam incluídos no meio em que está inserido
	
“Eis uns dos momentos mais importantes e de fundamental relevância na composição dos conceitos de humanização: a percepção do quanto o conforto dos fatores ambientais pode contribuir deve-se considerar, que muitas vezes, esse mesmo ambiente pode torna-se a residência temporária – ambiente primário – dos seus principais usuários, pacientes e profissionais da saúde “ BITENCOURT,2003
4.10 PROGRAMA DE NECESSIDADES 
 Ludificar – Clínica Psicomotora
Para elaborar o programa de necessidades, e pré dimensionar suas respectivas áreas utilizou-se da RDC 50, diretrizes da rede de cuidados a pessoa com deficiência, e estudos de casos.
Figura 55: Quadro representativo das áreas setor social
 Fonte: Rodrigues (2018)
Ludificar – Clínica Psicomotora
Figura 56: Quadro representativo das áreas do setor administrativo
 
Fonte: Rodrigues (2018)
4.10 PROGRAMA DE NECESSIDADES 
 Ludificar – Clínica Psicomotora
Para elaborar o programa de necessidades, e pré dimensionar suas respectivas áreas utilizou-se da RDC 50, diretrizes da rede de cuidados a pessoa com deficiência, e estudos de casos.
Figura 57: Quadro representativo das áreas do setor de terapias 0 a 6 anos
Fonte: Rodrigues (2018)
Ludificar – Clínica Psicomotora
Figura 58: Quadro representativo de terapias de 6 a 14 anos
Fonte: Rodrigues (2018)
5.0 FLUXOGRAMA
Com base no fluxograma surgiram as diretrizes para a implantação do projeto visando os principais acessos e suas conectividades
Figura 59: Elaboração do fluxograma indicando os ambientes com maiores relevâncias e suas conexões.
Fonte: Rodrigues (2018)
 5.1 ESTUDO PRELIMINARES
Figura 60: Estudos iniciais de desenvolvimento do projeto
5.2 PLANO DE MASSAS
O estudo da primeira proposta foi elaborado buscando o melhor posicionamento dos blocos para vencer o desnível de 7 metros, visando que a elaboração da proposta não chegaria a um projeto funcional, além dos custos da obra que seria maior 
Figura 61: Imagem da primeira proposta representado por plano de massas
5.3 PLANO DE MASSAS
O estudo do plano de massas foi elaborado conforme a organização do fluxograma fazendo com que os ambiente
se conectem com flexibilidade além do estudo da orientação solar que permitiu que o edifício se adequa-se da melhor forma no terreno.
Figura 62: Imagem do Plano de massas da proposta final
 
 Fonte: Rodrigues (2018)
5.4 ESTUDO DE MATERIAIS
Segundo Gappell (1995) existem cinco fatores que são primordiais para o bem estar dos pacientes que permanecem em clinicas e hospitais que influenciam o bem estar físico e mental e são de extrema importância
LUZ
COR
SOM
AROMA
TEXTURA
FORMA
LUZ
A iluminação natural é um grande benefício para os seres humanos, é importante que o paciente tenha contato com este benefício diariamente, mas moderadamente, por meio de janelas, e aberturas, trazendo conforto térmico, e ate mesmo a vantagem da redução de iluminação artificial no ambiente.
COR
O uso das cores é um fator de grande importância a ser utilizado no edifício, elas despertam diversas sensações, em clinicas e hospitais é importante que estas transmitam a sensação de leveza e calma. Cores mais vibrantes não são indicadas nesses ambientes, desde que seja utilizada com certo cuidado. 
Como a clinica é um ambiente destinado a crianças, o uso de algumas cores, além de transmitir segurança, ajudam a trazer o bem-estar para estes pacientes.
SOM
O som que o ambiente transmite para seu interior é de extrema importância, ambientes como clinicas e hospitais precisam ter a menor incidência de barulho possível, principalmente com relação as terapias, que são realizadas na clínica, quando o ambiente é muito movimentado e com muito barulho, ele atinge diretamente no humor das pessoas, causando irritação, e falta de produtividade. O uso de materiais que isolam a transmissão do som para a edificação é imprescindível, como a utilização de painéis, paredes e tetos que são escolhidos para minimizar o barulho das edificações, e trânsito vizinho na edificação.
AROMA
O uso de plantas medicinais em clinicas é um fator de grande importância, ela desperta os mais diversos sentidos, mas deve ter cuidado na escolha, algumas plantas influenciam na mente, e no bem-estar do paciente e podem ser utilizadas em jardins, ambientes internos, onde o paciente pode ter contato direto
TEXTURA
A textura auxilia no tratamento dos pacientes, na sensação do toque onde o mesmo tem contato direto, a escolha dos materiais utilizados na clínica tem influência direta no conforto do ambiente.
FORMA
A forma tem grande influência no conforto do paciente, cada ambiente deve ser pensado no bem-estar de quem irá usufruir, com espaço adequado para cada uso 		
“ A humanização dos espaços envolve muitos aspectos, e aproxima-se muito da área do design de interiores. Ressalta-se o uso da cor, de revestimentos e texturas, objetos de decoração e mobiliário, iluminação, contato com o exterior e, ainda, o uso de vegetação onde possível ”(BOING, 2003, p.72, VASCONCELOS, 2004) 
As cores são de grande importância, elas são responsáveis por influenciar no bem-estar e na satisfação dos pacientes conforme (figura 61) 
Figura 62: Quadro elaborado para identificar as sensações que as cores causam as pessoas
Fonte: Rodrigues (2018)
5.5 A IMPORTÂNCIA DAS CORES NAS FACHADAS
As fachadas servem como um cartão de visitas atraindo a atenção dos que passam diante da edificação, o uso das cores é de extrema importância, por ser responsável em despertar certas sensações. Para ilustrar a importância das fachadas algumas imagens serviram de base para escolher a personalidade da fachada do projeto
Figura 63 : Fachadas do museu Musac composta por painéis de vidros com 42 cores
Fonte: L.eon.es/visitar/Museo_de_arte
5.6 A UTILIZAÇÃO DO VIDRO
Para as fachadas principais, o material utilizado sera o vidro, mas para amenizar a intensidade dos raios solares, o vidro mais adequado para ser utilizado na clínica é o vidro insulado, principalmente para se ter maior aproveitamento da iluminação natural dentro do edifício bloqueando os raios solares. É conhecido como Vidro duplo ou insulado possui um sistema de duplo envidraçamento, camadas de vidro separadas por um espaçador de alumínio. 
O vidro pode ter uma ou mais peças de vidro coladas no perfil de alumínio, um dos grandes benefícios é a redução dos ruídos, ou seja além de bloquear o calor excessivo, diminua a transmissão dos ruídos para dentro da edificação, junto ao perfil de vidro existe um hidrossecante que ajuda que o vidro não fique embaçado.
APLICAÇÃO DO VIDRO EM AMBIENTES HOSPITALARES 
Figura 65: Hospital Graac São Paulo 
Figura 64: Sistema de vidro duplo (Insulado)	 Figura 66: Hospital Sírio Libanês São Paulo 
 
 Fonte:Glassecviracon.com.br/portfolio-hospital 
5.7 BRISES-SOLEILS
Nas fachadas que recebem maior incidência solar, foi utilizado brises verticais, que além de diminuir o calor excessivo nesses ambientes contribuiu como um elemento decorativo, fazendo a integração do espaço com o jardim externo. O Modelo escolhido é conhecido como asas de avião, composto de alumínio, acabamento com esmalte polyester.
Figura 67: Escola em alto de Pinheiros destacando modelo do brise asa de avião que foi utilizado
Fonte: Stecdobrasileng.com.br/obra-9.php
5.8 TELHADO VERDE
A ideia de criar jardins nas coberturas, surge dos fundamentos da humanização da arquitetura hospitalar, onde o contato com a natureza influencia diretamente na recuperação dos pacientes. São várias as vantagens desses jardins, além de contribuírem com a diminuição dos efeitos das ilhas de calor, melhora o isolamento térmico e acústico da edificação, auxilia na drenagem da água da chuva além de embelezar a edificação.
Figura 68: Telhado verde na avenida faria Lima – São Paulo
Fonte: Arvoresdesaopaulo.wordpress
 
 ESPECIFICAÇÃO DO MATERIAL:
 O sistema consiste em proporcionar ao telhado, uma cobertura vegetal para conforto térmico do ambiente interno e o convívio com a figura 70: Detalhamento do ecotelhado com a composição dos materiais
natureza, por ser um sistema leve possui uma membrana que é responsável pela reserva da água para vegetação.
Finalidade do Módulo Alveolar:Drenagem controlada, retenção da água para as raízes da vegetação, evitando contato da vegetação com a laje.
Finalidade da Membrana de Absorção:Retenção de água e nutrientes para suprir as raízes da vegetação
 Figura 70: Detalhamento do ecotelhado com a composição dos materiais
Finalidade GEL (FOTH GEL): Retenção da umidade
Finalidade Vegetação: Substrato incorporado e mudas pré- vegetadas boldo e gramíneas
 Fonte: Rodrigues (2018)
Figura 70: Detalhamento do ecotelhado 
Finalidade do Substrato leve: Proporciona baixa carga na base da cobertura e grande poder de retenção da agua
Fonte: Tuacasa.com.br/telhado-verde/
Fonte: Ecotelhado.sistemaecotelhadoverde-Modular
5.9 ALVENARIA ESTRUTUTAL 
A alvenaria tem boas características de durabilidade, estética e desempenho térmico e acústico os blocos de alvenaria estrutural podem ser em concreto ou cerâmica, são vazados e não possuem fundos,neste sistema a parede não tem só função de vedação(divisão de ambientes) ela empenha a função de estrutura da edificação permitindo construir simples muros, residências e edifícios de diversas alturas 
PRINCIPAIS CARACTERISTICAS DA ALVENARIA ESTRUTURAL 
Sistema construtivo de fácil execução
Permite envolver a mão de obra local e ampliar as unidades depois de prontas
Redução de custos, reduz o uso de armaduras e formas e utiliza processos racionalizados
Propicia obras limpas rápidas e seguras
Desvantagens: Limitações do projeto arquitetônico,
e na dificuldade para uma eventual reforma
TABELA DE ACABAMENTOS
 Piso: Manta vinílica, com espessura de 2,00 mm,para trafego intenso, juntas tratadas com solda em pvc ref Tarkett fademac ou similar, Manta vinílica, porcelanato em placas 40x40 cm acabamento brilhante ref. Eliane ou similar, Porcelanato em placas 40x40cm com acabamento rustico, cimento desempenado liso sobre laje impermeabilizada
Rodapé Rodapé em porcelanato rustico, Rodapé vinílico boleado tipo hospitalar
Parede:Pintura látex acrílica, acabamento acetinado, linha hospitalar paredes e teto ref sherwin, Revestimento cerâmico acetinado 25x35cm, pintura epóxi hidrossolúvel, Pintura látex pva ref Suvinil 
Teto: Pintura acrílica tipo hospitalar, cor branca sobre forro, Pintura Latex pva sobre laje
Figura 70: Execução de alvenaria estrututal
 
 Fonte: Escolaengenharia/alvenariaestrutural [2018]
 
CONSIDERAÇOES FINAIS
Este trabalho contribuiu para alguns conceitos em minha vida pessoal, com a preocupação com o próximo, pude entender melhor os desafios que são impostos as pessoas portadoras de deficiências, e a contribuição da arquitetura para os ambientes hospitalares. A importância da preocupação com oconforto dos usuários e fundamental para o tratamento, os ambientes transmitem sensações, e influenciam positivamente na qualidade de vida das pessoas, a humanização desses espaços é primordial para a recuperação,um trecho do livro Lições de arquitetura de Herman Hertzberger (1996)
“Quanto mais influência pudermos exercer pessoalmente sobre as coisas a nossa volta, mais nos sentiremos emocionalmente envolvidos com ela, mais atenção daremos a elas e mais inclinados estaremos a trata-las com cuidado e amor. Só podemos desenvolver afeição pelas coisas com as quais nos identificamos, - coisas sobre as quais podemos projetar nossa própria identidade e nas quais podemos investir tanto cuidado e dedicação que elas se tornam parte de nós mesmos, absorvidas pelo nosso próprio mundo pessoal” Herman Hertzberger – Lições de arquitetura 1996
BIBLIOGRAFIAS
SITES:
Desenho Universal. Julho de 2010. Disponível em: http://www.inr.pt/content/1/5/desenho-universal Acessado em: 10 de maio de 2018
FONTANA, Bianca Maekawa; TANAKA, Karin Yukie; TATEOKA, Suzana Seikoyume; SENAGA, Tania Mayumi; LI, Yeni. Rede de Hospitais Sarah Kubitschek - João Filgueiras Lima (Lelé). Junho de 2012. Disponível em: http://cadernoteca.polignu.org/wiki/Rede_de_Hospitais_Sarah_Kubitschek Acessado em: 12 de JUNHO de 2018
SEREJO, Cláudia Ferreira de Q.; MEDEIROS, Deisyanne Câmara Alves de; FILHO, José Coutinho do Carmo. Tipologia Hospitalar e o projeto do Hospital Sarah Kubistchek do Rio de Janeiro. Disponível em: http://a2arquiteturanatal.com.br/publicacoes/artigos/artigo-claudia.pdf
 Acessado em: 12 de Junho de 2018
https://www.google.com.br/maps. Acessado em todo o processo de desenvolvimento
http://www.aacd.org.br/. Acessado em 10 março de 2018
PUGLIESE, Gabriele Lyra, A humanização da arquitetura hospitalar em centros de reabilitação infantil , Dezembro de 2014 Disponível em : file:///C:/Users/USER/Downloads/a-humanizacao-da-arquitetura-hospitalar-em-centros-de-reabilitacao-infantil-6125155.pdf Acesso em 03 de agosto 2018
LIVROS
João Baptista Cintra Ribas
Viva a diferença ! convivendo com nossas restrições ou deficiências editora moderna ltda
Maquetes representação do espaço no projeto arquitetônico – lorenzo consalez ano 2013
Manual pratico de arquitetura hospitalar – ronald de goes
Parques urbanos do brasil – silvio soares Macedo , Francine gramachi sakata

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