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UNINASSAU – Grupo Ser Educacional
CURSO: Pedagogia
DISCIPLINA: Educação Infantil
PROFESSOR: José Adailton da Silva
ALUNA: Maria Márcia de Medeiros Silva
MATRÍCULA: 01303709
ARTIGO: A Construção da Infância: Entre os saberes científicos e as práticas sociais.
 LEGNANI, Viviane Neves
 ALMEIDA, Sandra F. C.
 As autoras trazem neste artigo, o questionamento sobre a crise ocasionada na sociedade contemporânea, devido às inúmeras indagações advindas do passado. Sobretudo nos séculos XIX e XX, questionamentos esses que abordam a criança como sujeito e toda a plenitude relacionada à infância de modo geral.
 Sabe-se que muito se pesquisou o que seria a representação da infância. Chegou-se, então, à concepção de que a infância é alicerçada nos diversos contextos sociais.
 Conforme Cauvilla (1999), o marco historiográfico desse debate nos dias atuais, remete ao clássico “História social da criança e da família” (Ariés, 1981). A condição infantil passa a ser visto como uma cultura em fase de desenvolvimento.
 Esse novo olhar em relação à infância, trouxe grande significância na psicologia do desenvolvimento, percebendo-se então, que a infância precisa ser regida por sua naturalidade, concluindo-se ser um processo contínuo e linear.
 Outra historiadora que também trouxe à tona a análise epistemológica dessa área do conhecimento psicológico, foi Castro (1991, 1996). Os principais pontos elencados pela posição da autora sobre a articulação dessa “política de verdades”, tão objetivada pela ciência moderna mostram que:
A infância é uma etapa de vida que passa pela imaturidade, sendo transformada ao longo do desenvolvimento da vida, até atingir a integralidade da razão, característico da idade adulta;
É mais adequado enfatizar as teorias sobre o humano e em seus postulados e explicações;
Finalmente, a partir da junção dos conhecimentos e teorias adquiridos, concluiu-se com base às especificações e verificações dos comportamentos, padrões para se ter uma ideia das funções intelectuais e habilidades, se pensou também, a questão das deficiências e incapacidades dessa imaturidade para definir a infância.
 O cerne da questão é uma proposta de normatização e adequação dessa etapa do ciclo vital.
 Outra conjuntura importante, vista por Julien (2000), foi a ruptura com o que vigorava na sociedade antiga. Essa nova observação apoiou-se no declínio da imagem social do pai. A partir daí, a conjugalidade passou a ser escolha dos casais e não impostas pela autoridade pater.
 Por conseguinte, percebeu-se, no ideário do século XX, que o bem-estar das crianças e de suas vidas futuras, depende do registro da intimidade familiar. Essa ideia, também passa a ser questionada, quando surge um terceiro social: o professor, a pediatra, a psicóloga, a assistente social, o juiz de menores, o juiz de varas de família.
 O papel do médico está vinculado ao projeto de reforma social em torno do avanço da ciência.
 Têm-se em pauta também, no artigo citado acima, os conflitos existentes quanto aos transtornos sociais relacionados à infância.
 A medicina passou a ter importante papel de controle social, uma vez que as exigências higienistas, inicialmente para todas as classes sociais, obteve uma grande repercussão social perante ao que poderia ser chamado de família ideal.
 Houve uma convergência da linguagem médica com a linguagem formulada pelo aparato jurídico-policial, e essa junção, segundo Rizzini (1997), à medida que se estabelecia, ajudava na construção da representação acerca das famílias empobrecidas.
 Em torno desta trama, discutiram-se inúmeras práticas sociais voltadas para a infância, chega-se à conclusão que ainda existem temas bastante controversos sobre “o que é uma criança?”, pergunta na qual permanece sem respostas conclusivas.
 No campo da psicanálise, Freud (1914), aponta que os pais, ao educarem, cometem erros em suas intenções, que ele chama de não tão “puras”. Para Freud a criança, enquanto fonte de investimento narcísico, entra em um universo psíquico trans-histórico.
 As intervenções pedagógicas modernas, para serem eficientes, devem levar em conta o nível do desenvolvimento das capacidades psicológicas da criança.
 Nas relações com a escola, um analista precisa escutar o “sentido das falas”, deixando de lado o “saber todo”.
 Em síntese, é necessário a todos os segmentos da sociedade em geral, considerar que a criança tenha chances de apoderar-se da sua subjetivação, por meio da aprovação á sua própria palavra, advindas do seu mundo “imaginário”.

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