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Guia de Alongamentos Musculares

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Belo Horizonte, 2007 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GUIA TEÓRICO-PRÁTICA DE 
ALONGAMENTOS MUSCULARES. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Elder Lopes Bhering 
Igor Lorentz de Assis 
Rodrigo Santos Galo Neto 
Marco Aurélio Souza Silva 
Rodrigo Márcio de Andrade 
 
 
 
 
 
 
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AGRADECIMENTOS: 
 
 Agradecemos a colaboração das estagiárias Lílian e Jéssica pela ajuda 
na confecção das fotos desta apostila. A todos que colaboraram direta e 
indiretamente para este trabalho. 
 
Muito Obrigado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ÍNDICE: 
 
 INTRODUÇÃO--------------------------------------------------------------------------------------------03 
 
MÚSCULOS DOS MEMBROS INFERIORES: 
 
 ÍSQUO-TIBIAIS--------------------------------------------------------------------------------------------04 
 TRÍCEPS SURAL (GASTROCNÊMIO)--------------------------------------------------------------05 
 TRÍCEPS SURAL (SÓLEO)----------------------------------------------------------------------------07 
 QUADRÍCEPS---------------------------------------------------------------------------------------------08 
 ADUTORES DE QUADRIL-----------------------------------------------------------------------------09 
 TENSOR DA FÁSCIA LATA E TRATO ÍLIO-TIBIAL---------------------------------------------11 
 TIBIAL ANTERIOR----------------------------------------------------------------------------------------13 
 ÍLIOPSOAS-------------------------------------------------------------------------------------------------13 
 FÁSCIA PLANTAR (*ESTRUTURA NÃO MUSCULAR)----------------------------------------15 
 
 
MÚSCULOS DOS MEMBROS SUPERIORES: 
 
 PEITORAL MAIOR----------------------------------------------------------------------------------------17 
 PEITORAL MENOR--------------------------------------------------------------------------------------19 
 GRANDE DORSAL---------------------------------------------------------------------------------------20 
 BÍCEPS BRAQUIAL--------------------------------------------------------------------------------------21 
 TRÍCEPS BRAQUIAL------------------------------------------------------------------------------------23 
 DELTÓIDE (FIBRAS POSTERIORES)--------------------------------------------------------------24 
 REDONDO MAIOR---------------------------------------------------------------------------------------24 
 REDONDO MENOR--------------------------------------------------------------------------------------25 
 ROMBÓIDES-----------------------------------------------------------------------------------------------26 
 EXTENSORES DE PUNHO E DEDOS---------------------------------------------------------- ---27 
 FLEXORES DE PUNHO E DEDOS------------------------------------------------------------------29 
 
 
MÚSCULOS DO TRONCO E PESCOÇO: 
 
 QUADRADO LOMBAR----------------------------------------------------------------------------------31 
 RETO ABDOMINAL--------------------------------------------------------------------------------------32 
 ESTERNOCLEIDOMASTÓIDEO (ECOM)---------------------------------------------------------33 
 ESCALENOS----------------------------------------------------------------------------------------------34 
 ELEVADOR DA ESCÁPULA--------------------------------------------------------------------------35 
 TRAPÉZIO SUPERIOR---------------------------------------------------------------------------------36 
 
 
 
 
 
 
 
 3 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO: 
FLEXIBLIDADE 
 
A capacidade física flexibilidade tem sua importância já estabelecida nos 
programas de reabilitação (COOK et al., 2002) e no treinamento de atletas (HARDY 
JONES, 1986). Dentre os seus benefícios tem sido descrito melhora da amplitude de 
movimento (ADM), prevenção de lesões e melhora do alinhamento postural (LA 
ROCHE et al., 2006). 
Um dos métodos descritos na literatura para promover melhora da flexibilidade é 
o do alongamento muscular. O termo alongamento pode ser entendido como o conteúdo 
de um treinamento utilizado para se desenvolver a capacidade flexibilidade. Um 
exercício de alongamento tem como princípio garantir, de forma adequada o maior 
afastamento possível da origem e inserção da musculatura envolvida (GRECO 
CHAGAS, 2002). Nesta apostila serão descritos vários exercícios de alongamento 
visando a melhora da flexibilidade específica de determinados músculos. 
Várias técnicas de alongamento são descritas na literatura. Hutton (1992) 
descreve a técnica estática, balística e de facilitação neuromuscular proprioceptiva como 
sendo as mais conhecidas. Destas, a técnica estática, de forma passiva, tem sido a mais 
utilizada devido a sua simplicidade na execução e baixo risco de lesão (ROBERTS 
WILSON, 1999). 
 Quanto aos componentes ideais da carga de treinamento da flexibilidade ainda 
não há consenso na literatura (ROBERTS WILSON, 1999). Alguns artigos 
comprovaram a eficiência para a técnica passivo estática, de durações entre 15-20 
segundos (GAJDOSIK, 1991; TAYLOR et al., 1990), 4 repetições (TAYLOR et al., 
1990) e intensidade máxima do alongamento (BHERING et al. 2005). 
Sendo assim, o objetivo desta apostila é sugerir exercícios de alongamento 
padronizados, baseado em conhecimentos cinesiológicos e biomecânicos, respeitando 
cargas de treinamento e flexibilidade, cujos efeitos já foram descritos na literatura. 
 
 
 
 4 
Alongamento de músculos dos Membros Inferiores: 
 
Isquiotibiais: 
 
Indicações e Objetivos: 
- Déficit de flexibilidade em flexão de quadril com extensão de joelho devido a 
encurtamento dos músculos isquiotibiais. Melhorar ADM´s limitadas pelo 
encurtamento; 
- Espasmo de isquiotibiais. Promover relaxamento muscular; 
- Retroversão pélvica por encurtamento dos isquiotibiais. Melhorar alinhamento 
da pelve. 
 
Posicionamento para o alongamento de forma passiva: (foto 1) 
Paciente: 
- Decúbito Dorsal; 
- Membros estendidos. 
 
Terapeuta: 
- De pé ao lado do membro a ser alongado; 
- Uma das mãos no calcâneo (mão distal) e a outra anteriormente ao joelho do 
paciente (mão proximal). 
 
Procedimento ou Execução passiva: (foto 2) 
- O terapeuta realiza flexão de quadril com a mão distal enquanto mantém 
extensão de joelho com a mão proximal; 
- Respeitar o limite do paciente. Manter por 20 segundos; 
- Repetir o procedimento 4 vezes. 
 
 
 Foto 1 Foto 2 
 
 5 
 
 
Posicionamento para o alongamento de forma ativa: (foto 3) 
Paciente: 
- Decúbito Dorsal; 
- Membros estendidos; 
- Corda presa na ponta do pé do membro a ser alongado. 
Terapeuta: 
- Apenas orienta o paciente. 
 
Procedimento ou Execução ativa: (foto 4) 
- Paciente puxa a corda fazendo flexão de quadril e mantendo extensão de joelho; 
- Orientar para ir até o próprio limite e manter durante 20 segundos nessa posição; 
- Repetir procedimento 4 vezes. 
 
 
 Foto 3 Foto 4 
 
Observações: 
- Membro contralateral ao alongamento não pode perder o contato com a maca; 
- Ficar atento a compensações na coluna lombar, assim como presença de dor; 
- O terapeuta pode associar com dorsiflexão de tornozelo para alongar também o 
Tríceps Sural; 
- Orientar bem o paciente quando for fazer o alongamento ativo e observar as 
primeiras execuções para certificar-se que o procedimento está correto. 
 
Tríceps Sural (Gastrocnêmio): 
 
Indicação e Objetivos: 
- Déficit de dorsiflexãodo tornozelo, devido a encurtamento do gastrocnêmio: 
Melhorar ADM limitada; 
- Espasmo do músculo tríceps sural: Relaxar musculatura. 
 
 6 
Posicionamento para alongamento passivo: (foto 5) 
Paciente: 
- Decúbito Dorsal; 
- Membros estendidos. 
 
Terapeuta: 
- De pé ao lado do membro a ser alongado; 
- Membro Inferior do paciente em flexão de quadril e extensão de joelho, com a 
perna apoiada no ombro do terapeuta; 
- Uma mão segura a ponta do pé do paciente (mão distal) e a outra mantém o 
joelho em extensão (mão proximal). 
 
Procedimento ou Execução passiva: (foto 6) 
- Terapeuta realiza dorsiflexão de tornozelo com a mão que está posicionada 
distalmente; 
- Pode ser associado com alongamento dos isquiotibiais; 
- Respeitar o limite do paciente, mantendo por 20 segundos na posição de 
alongamento; 
- Procedimento repetido 4 vezes. 
 
 
 Foto 5 Foto 6 
 
Posicionamento para alongamento ativo: (foto 7) 
Paciente: 
- De pé, com calcanhar apoiado no chão e o restante sobre uma rampa; 
- Joelho estendido. 
 
Terapeuta: 
- Apenas orienta o paciente. 
 
Procedimento ou Execução ativa: (foto 7) 
- Paciente realiza extensão de quadril em CCF (desloca o quadril para frente) sem 
 7 
que o calcanhar perca o contato com o chão; 
- Manter no limite de tolerância do paciente por 20 segundos, repetindo o 
procedimento por 4 vezes. 
 
 
 Foto 7 
Observações: 
- Como pode ser associado com o alongamento dos isquiotibiais, observar um 
possível encurtamento destes, que impeça o tríceps sural de ser alongado; 
- Associar com isquiotibiais pode ser uma boa forma de ganhar tempo; 
- Respeitar o limite do paciente; 
- Observar as primeiras execuções ativas, para garantir que o exercício esteja 
sendo feito corretamente; 
- Observar, na forma ativa, se o paciente realiza flexão de coluna ao invés de 
extensão de quadril 
 
Tríceps Sural (Sóleo): 
 
Indicação e Objetivos: 
- Déficit de dorsiflexão do tornozelo, devido a encurtamento do sóleo: Melhorar 
ADM limitada; 
- Espasmo do músculo tríceps sural: Relaxar musculatura; 
- Processo de remodelação tecidual do tendão de Aquiles: Orientar deposição das 
fibras de colágeno. 
 
Posicionamento para alongamento ativo: (foto 8) 
Paciente: 
- Em pé com calcanhar apoiado no chão e o restante sobre a rampa; 
- Joelho semi-fletido. 
 
Terapeuta: 
- Apenas orienta o paciente. 
 
 8 
Procedimento ou Execução ativa: (foto 8) 
- Paciente realiza extensão de quadril em CCF (desloca quadril para frente) sem 
que o calcanhar perda o contato com o chão, mantendo a flexão de joelho; 
- Manter no limite do paciente por 20 segundos, repetindo o procedimento por 4 
vezes. 
 
 
 Foto 8 
Observações: 
- Respeitar o limite do paciente; 
- Observar as primeiras execuções ativas para garantir que o exercício esteja 
sendo feito corretamente; 
- Garantir que o paciente faz flexão de coluna ao invés de extensão de quadril, 
evitando a fim de evitar dor lombar. 
 
Quadríceps: 
 
Indicações e Objetivos: 
- Déficit de flexão de joelho pelo encurtamento do quadríceps. Melhorar ADM 
limitada; 
- Processo de remodelação tecidual do tendão patelar. Orientar a deposição das 
fibras de colágeno; 
- Espasmo do quadríceps. Relaxar o músculo quadríceps; 
- Anteversão pélvica por encurtamento do quadríceps. Melhorar alinhamento da 
pelve. 
 
Posicionamento para alongamento passivo: (foto 9) 
Paciente: 
- Decúbito Ventral; 
- Membros inferios do paciente em extensão de quadril e flexão de joelho. 
 
Terapeuta: 
- De pé, ao lado do membro a ser alongado; 
 9 
- Uma mão segura a tíbia e fíbula distalmente (mão distal) e a outra posicionada 
sobre a tuberosidade isquiática (mão proximal). 
 
Procedimento ou Execução passiva: (foto 9) 
- Terapeuta realiza flexão do joelho com a mão distal enquanto a mão proximal 
impede a anteversão da pelve do lado do membro que está sendo alongado; 
- Manter no limite do paciente por um período de 20 segundos; 
- Repetir o procedimento 4 vezes. 
 
 
 Foto 9 
Posicionamento para alongamento ativo: (foto 10) 
Paciente: 
- Decúbito Ventral; 
- Membro inferior do paciente em extensão de quadril e flexão de joelho; 
- Corda presa na região anterior do pé. 
 
Terapeuta: 
- Apenas orienta o paciente e observa possíveis compensações. 
 
Procedimento ou Execução ativa: (foto 10) 
- Paciente traciona a corda, aumentando a flexão de joelho até o seu limite, onde 
sustenta durante 20 segundos; 
- Repetir o procedimento 4 vezes. 
 
 
 Foto 10 
Observações: 
- Ficar atento a uma possível anteversão pélvica e aumento da lordose lombar. O 
exercício pode não estar sendo eficaz e ainda sobrecarregar a coluna lombar, 
 10 
gerando dor; 
- Pode ser colocado um travesseiro no abdome, na altura da EIAS, para se evitar 
aumento da lordose lombar; 
- Em caso de dores à flexão de joelho, pode ser realizada uma maior extensão de 
quadril (maior afastamento da origem do retofemural), colocando travesseiros 
sob o fêmur distalmente e, assim, evitar sobrecarga na articulação do joelho (ex.: 
casos de lesão meniscal e derrame articular); 
- Observar as primeiras execuções ativas para garantir que o exercício esteja 
sendo feito corretamente; 
 
Adutores do Quadril: 
 
Indicações e Objetivos: 
- Déficit de abdução do quadril pelo encurtamento dos adutores. Melhorar ADM 
limitada; 
- Coxa em adução e/ou rotação interna, favorecendo valgismo de joelhos devido 
encurtamento dos adutores. Melhorar alinhamento do quadril; 
- Espasmo da musculatura adutora. Promover relaxamento da mesma. 
 
Posicionamento para alongamento passivo: (foto 11) 
Paciente: 
- Decúbito dorsal; 
- Perna do paciente abdução. 
 
Terapeuta: 
- De pé, ao lado do membro a ser alongado, entre a maca e perna do paciente que 
está em abdução; 
- Uma mão segura a perna do paciente distalmente (mão distal) e a outra 
posicionada sobre a EIAS (mão proximal). 
 
Procedimento ou Execução passiva: (foto 11) 
- Terapeuta com a mão distal ou com ajuda do corpo promove o movimento de 
abdução do quadril até o limite suportado pelo paciente, onde irá sustentar por 
20 segundos; 
- Repetir o procedimento 4 vezes; 
- A mão proximal estabiliza a pelve, impedindo sua rotação; 
 
 11 
 
 Foto 11 
 
Posicionamento para alongamento ativo: (foto 12) 
Paciente: 
- De pé, apoiado com os braços na maca; 
- Ponta dos pés direcionados para frente. 
 
Terapeuta: 
- Apenas orienta o paciente e observa compensações. 
 
Procedimento ou Execução ativa: (foto 12) 
- Paciente realiza abdução dos dois membros inferiores simultaneamente até o seu 
limite, mantendo durante 20 segundos e repetindo o procedimento 4 vezes; 
- A ponta dos pés deve permanecer direcionada para frente. 
 
 
 
 Foto 12 
Observações: 
- Ficar atento a compensações do membro contralateral; 
- Acompanhar as primeiras execuções orientando bem o paciente; 
 
Tensor da Fáscia Lata e Trato Ílio-tibial: 
 
Indicações e Objetivos: 
- Déficit de adução do quadril pelo encurtamento do tensor e aumento da rigidez 
do trato-ílio tibial. Melhorar ADM limitada; 
- Rotação externa de tíbia, devido ao encurtamento do tensor e dominância do 
 12 
trato ílio-tibial. Melhorar alinhamento do joelho; 
- Espasmo do tensor e trato ílio-tibial. Promover relaxamento do músculo e do 
trato ílio-tibial. 
 
Posicionamento para alongamento passivo 1: (foto 13) 
Paciente: 
- Decúbito Dorsal; 
- Membroinferior a ser alongada em adução e extensão de joelho; 
- Membro inferior contralateral cruzado (flexão de quadril e de joelho com 
adução) sobre a perna a ser alongada e com o pé apoiado sobre a maca. 
 
Terapeuta: 
- De pé, do lado contralateral ao membro a ser alongado; 
- A mão distal segura próximo ao tornozelo,o membro inferior a ser alongado e a 
outra mão é posicionada sobre o joelho do membro que está flexionado (mão 
proximal). 
 
Procedimento ou Execução passiva 1: (foto 13) 
- Terapeuta realiza movimento de adução do quadril com a mão distal, enquanto a 
mão proximal estabiliza a articulação do joelho do membro em flexão, 
impedindo que a pelve acompanhe o movimento de adução do quadril; 
- Realizar o movimento até o limite do paciente e sustentar por 20 segundos, 
repetindo o procedimento por 4 vezes. 
 
 Foto 13 
 
Posicionamento para alongamento passivo 2 (Posição do Teste de Ober): (foto 14) 
Paciente: 
- Decúbito Lateral; Sendo o membro que não está em contato com a maca, o lado 
a ser alongado; 
- Membro em contato com a maca em flexão de quadril e joelho; 
- Membro a ser alongado em leve extensão de quadril e extensão total de joelho; 
- As costas do paciente deverão estar próximas à beira da maca. 
 
 13 
Terapeuta: 
- De pé, posicionado posteriormente ao paciente; 
- Uma mão segura a perna do paciente a ser alongada distalmente sustentando o 
peso da mesma, “pegada em berço” (mão distal) e a outra posicionada sobre a 
crista ilíaca (mão proximal). 
 
Procedimento ou Execução passiva 2: (foto 14) 
- Terapeuta estabiliza a pelve do paciente com a mão proximal, impedindo que ela 
rode ou incline durante o movimento; o terapeuta realiza adução, rotação externa 
e extensão da perna a ser alongada; 
- A estabilização na pelve deve ser mantida durante toda a execução; 
- Ir até o limite do paciente e sustentar por 20 segundos; 
- Repetir procedimento 4 vezes. 
 
 
 Foto 14 
Observações: 
- Ficar atento a compensações durante o alongamento; 
- Já que esta manobra pode gerar estresse nesta articulação, antes questionar o 
paciente se não está ocorrendo dor na região interna do quadril (virilha); 
- Observar se na forma 2 a estabilização da pelve está sendo mantida. 
 
Tibial Anterior: 
 
Indicação e Objetivos: 
- Déficit de flexão plantar do tornozelo devido encurtamento do tibial anterior. 
Melhorar ADM limitada; 
- Espasmo do músculo tibial anterior. Relaxar musculatura. 
 
Posicionamento para alongamento ativo: (foto 15) 
Paciente: 
- Ajoelhado na maca ou sobre um tatame; 
- Joelho fletido a 90° e tornozelo em flexão plantar. 
 
 14 
Terapeuta: 
- Apenas orienta o paciente. 
 
Procedimento ou Execução ativa: (foto 15) 
- Paciente realiza flexão de quadril e joelho (como se fosse sentar sobre o 
calcanhar) até o seu limite; 
- Manter no limite do paciente por 20 segundos, repetindo 4 vezes. 
 
 
 Foto 15 
Observações: 
- Pode ser colocado um colchonete na altura da tuberosidade da tíbia para se 
evitar dor pelo contato com a maca; 
- Pode ser colocado um travesseiro na parte anterior do pé para aumentar a 
intensidade do alongamento; 
- Observar se paciente está realizando o alongamento corretamente. 
 
Iliopsoas: 
 
Indicações e Objetivos: 
- Déficit de extensão de quadril por encurtamento do músculo Iliopsoas. Melhorar 
ADM limitada; 
- Anteversão pélvica por encurtamento do Iliopsoas. Melhorar alinhamento da 
pelve; 
- Espasmo do músculo Iliopsoas. Promover relaxamento do músculo. 
 
Posicionamento para alongamento passivo: (foto 16) 
Paciente: 
- Decúbito dorsal; 
- Próximo à borda da maca com as pernas pendentes; 
- Abraçar uma coxa em flexão de quadril e de joelho; 
- A outra perna ,a ser alongada, permanece em extensão de quadril. 
 
Terapeuta: 
- De pé, à frente do paciente; 
 15 
- Uma mão segura o pé do membro contralateral (mão proximal) e a outra mão 
(mão distal) é posicionada distalmente sobre a coxa do membro a ser alongada. 
 
Procedimento ou Execução passiva: (foto 16) 
- Terapeuta com a mão proximal ajuda o paciente a estabilizar, em flexão, o 
quadril contralateral, enquanto realiza com a mão distal o movimento de 
extensão de quadril no membro que está sendo alongado; 
- Sustentar por de 20 segundos na intensidade máxima do alongamento; 
- Repetir o procedimento 4 vezes. 
 
 
 Foto 16 
 
Posicionamento para alongamento ativo: (foto 17) 
Paciente: 
- Ajoelhado na maca ou num tatame; 
- Um membro com flexão de quadril e de joelho; e o outro em extensão de quadril 
e semi-flexão de joelho. 
 
Terapeuta: 
- Apenas orienta o paciente e observa compensações. 
 
Procedimento ou Execução ativa: (foto 17) 
- Paciente realiza o movimento de flexão de quadril com o membro que está a 
frente - Cadeia Cinética Fechada (CCF) - mantendo o membro que está em 
extensão de quadril fixo na posição inicial; 
- Paciente vai até o seu limite, mantendo durante 20 segundos e repetindo o 
procedimento 4 vezes; 
- Pode ser adicionada uma pressão extra por parte do terapeuta na região da 
espinha ilíaca póstero-superior do membro que está sendo alongado, a fim de 
aumentar a extensão de quadril e a intensidade do alongamento. 
 
 16 
 
 Foto 17 
Observações: 
- O membro a ser alongado é o membro que permanece em extensão de quadril 
durante o alongamento; 
- Observar compensações na coluna lombar durante a execução ativa, 
principalmente se for realizado pressão extra pelo terapeuta; 
- Durante o alongamento passivo pode ser associado alongamento de reto femural. 
Para isso, o terapeuta deve aumentar a flexão de joelho no membro que está em 
extensão de quadril. 
 
Fáscia Plantar: *(Estrutura predominantemente ligamentar mas que também 
pode se apresentar encurtada ou rígida) 
 
Indicações e Objetivos: 
- Pé cavo por encurtamento da fáscia plantar. Diminuir os arcos plantares; 
- Fasceíte plantar por tensão aumentada da fáscia devido a encurtamentos dos 
músculos que inserem na mesma. Relaxar a musculatura e diminuir tensão da 
fáscia plantar; 
- Espasmo da musculatura que insere na fáscia plantar e dor: Promover 
relaxamento dos músculos, diminuir tensão da fáscia plantar e aliviar a dor. 
 
Posicionamento para alongamento passivo: (foto 18) 
Paciente: 
- Decúbito dorsal; 
- Membros inferiores estendidos. 
 
Terapeuta: 
- De pé, ou sentado à frente do paciente; 
- Uma mão segura o pé do paciente no antepé e na região dos artelhos (mão distal) 
e a outra no calcâneo, estabilizando o pé (mão proximal). 
 
Procedimento ou Execução passiva: (foto 18) 
- Terapeuta, com a mão distal, realiza o movimento de extensão dos metatarsos e 
 17 
artelhos, além de promover a dorsiflexão do tornozelo; 
- A mão proximal permanece estabilizando o pé; 
- Sustentar no limite do paciente pelo período de 20 segundos; 
- Repetir o procedimento 4 vezes. 
 
 
 Foto 18 
 
Posicionamento para alongamento ativo: (foto 19) 
Paciente: 
- Ajoelhado na maca ou no tatame; 
- Tornozelo em dorsiflexão com metatarsos e artelhos em extensão, apoiados na 
maca. 
 
Terapeuta: 
- Apenas orienta o paciente e observa compensações. 
 
Procedimento ou Execução ativa: (foto 19) 
- Paciente realiza flexão de quadril e joelho (como se fosse sentar sobre o 
calcanhar), até o seu limite; 
- Orientar o paciente para ir até o seu limite, manter por 20 segundos e repetir o 
procedimento por 4 vezes. 
 
 
 Foto 19 
Observações: 
- Pode ser colocado um travesseiro na alturada tuberosidade da tíbia para evitar 
dor pelo contato com estrutura rígida; 
- Observar se paciente está realizando o alongamento corretamente. 
 18 
 
 
Alongamento de Músculos dos Membros Superiores: 
 
Peitoral Maior: 
 
Indicações e Objetivos: 
- Déficit de flexibilidade em abdução horizontal, rotação externa e abdução de 
ombro devido a encurtamento do peitoral maior: Melhorar a ADM limitada pelo 
encurtamento. 
- Espasmo do músculo peitoral maior. Promover relaxamento muscular. 
- Postura em Abdução escapular ou rotação interna de úmero por encurtamento do 
peitoral maior. Melhorar o alinhamento da cintura escapular. 
 
Posicionamento para alongamento passivo: (fotos 20 e 21) 
Paciente: 
- Sentado 
- Palma das mãos na região posterior da cabeça com aproximadamente 90º de 
abdução de ombro. 
 
Terapeuta: 
- De pé, atrás do paciente 
- Com o apoio da coxa estabiliza o tronco do paciente 
- Segura de forma bilateral os cotovelos do paciente 
 
Procedimento ou Execução passiva: (fotos 20 e 21) 
- Terapeuta realiza abdução horizontal de ombro, até o limiar de tolerância ao 
alongamento. 
- Respeitar a tolerância do paciente, mantendo por 20 segundos. 
- Repetir 4 vezes. 
 
 
 Foto 20 Foto 21 
 19 
 
Posicionamento para o alongamento de forma ativa: (foto 22) 
Paciente: 
- Decúbito dorsal 
- Cotovelos estendidos 
- Segurando um halter em cada mão (1/2 Kg ou 1Kg) , 
 
Terapeuta: 
- Apenas orienta o paciente. 
 
Procedimento ou Execução ativa: (foto 23) 
- O paciente leva os MMSS da posição de adução horizontal a uma posição de 
abdução de ombro de ± 100° de forma que os alteres faça uma força em abdução 
horizontal. 
- Repetir por 4 vezes e manter 20 segundos. 
 
 
Foto 22 Foto 23 
 
Observações: 
- Contra indicado em casos de instabilidade anterior de ombro. 
- Na forma ativa o paciente é orientado a permanecer com flexão de joelho e 
quadril (pés apoiados na maca), a fim de melhor posicionar a coluna lombar. 
 
 
 
Peitoral Menor: 
 
Indicações e Objetivos: 
- Espasmo do músculo peitoral menor: Promover relaxamento muscular. 
- Postura em inclinação anterior da escapula (descolamento do ângulo inferior da 
escápula do gradil costal) ou protusão do ombro. Melhorar o alinhamento da 
cintura escapular. 
 20 
 
Posicionamento para alongamento passivo: (foto 24) 
Paciente: 
- Decúbito dorsal sobre um rolinho posicionado sob a coluna torácica; 
- Membros superiores ao lado do tronco com a palma das mãos voltadas para 
cima. 
 
Terapeuta: 
- Em pé próximo a cabeça do paciente 
- Uma das mãos estabiliza o ombro (apoia-se sobre a região do processo 
coracóide) e a outra mão apoia-se sobre as cinco primeiras costelas. 
 
Procedimento ou Execução passiva: (foto 24) 
- O terapeuta imprime uma força suave com a mão que está apoiada sobre as 
costelas, provocando depressão destas. A força é realizada durante cada 
expiração e mantida na inspiração; 
- A mão apoiada sobre o processo coracóide permanece imóvel apenas realizando 
estabilização. 
- Respeitar a tolerância do paciente , mantendo por 20 segundos. 
- Repetir 4 vezes. 
 
 
 Foto 24 
Observações: 
- Deve-se tomar cuidado com esta manobra em pacientes com osteoporose devido 
ao risco de fratura das costelas. 
- O uso de uma toalha sobre o processo coracóide pode evitar a ocorrência de dor 
durante a manobra. 
- A manobra pode ser efetuada simultaneamente dos dois lados desde que um 
outro terapeuta auxilie. Nessa forma, um dos terapeutas estabiliza cada um dos 
ombros enquanto o outro realiza a depressão do gradil costal a direita e a 
esquerda. 
 
Grande Dorsal: 
 21 
 
Indicação e Objetivos: 
- Déficit de flexibilidade de flexão, rotação externa e abdução de ombro: Melhorar 
a ADM do ombro. 
- Postura em protusão de ombros e rotação interna de úmero, muitas vezes 
acompanhada de uma hiperlordose ao se flexionar o ombro. Melhorar o 
alinhamento da cintura escapular, úmero e coluna lombar. 
 
Posicionamento para alongamento passivo: (foto 25) 
Paciente: 
- Decúbito dorsal 
- Flexionar os quadris e joelhos. 
 
Terapeuta: 
- De pé, próximo a cabeça do paciente; 
- Pegar cada um dos membros superiores do paciente na região proximal do 
braço. 
 
Procedimento ou Execução passiva: (foto 25) 
- O Paciente realiza o movimento de flexão e rotação externa do ombro (como se 
estivesse olhando a palma das mãos), enquanto o terapeuta impõe um pouco mais de 
força nestas direções. 
- Respeitar a tolerância do paciente e manter por 20 segundos. 
- Repetir por 4 vezes. 
 
 
 Foto 25 
 
 
Posicionamento para alongamento de forma ativa: (foto 26) 
Paciente: 
- Ajoelhar em cima da maca (posição de quatro apoios ou com os cotovelos 
apoiados na maca). 
- Flexionar os ombros e manter uma rotação externa de ombros (palmas das mãos 
 22 
voltadas para cima). 
 
Terapeuta: 
- Orientar o paciente. 
 
Procedimento ou Execução ativa: (foto 26) 
- Paciente realiza flexão de quadril e joelho (como se fosse sentar sobre o 
calcanhar) até o seu limite. Este movimento levará o ombro a um aumento de 
flexão. 
- Manter por 20 segundos; 
- Repetir por 4 vezes. 
 
 
 Foto 26 
Observações: 
- Ficar atento a possíveis compensações durante a execução desta manobra. Uma 
das mais comum é o paciente retornar para a posição de rotação interna de 
úmero. 
 
Bíceps Braquial: 
 
Indicação e Objetivos: 
- Postura em protusão de ombros, tilt escapular e slide anterior da cabeça umeral. 
 Melhorar o alinhamento e o movimento das escápulas e ombros. 
- Aumento da rigidez muscular pós-imobilização: Melhorar a flexibilidade dos 
 movimentos de extensão do cotovelo e pronação do antebraço. 
 
Posicionamento para alongamento passivo: (foto 27) 
Paciente: 
- Deitar em decúbito dorsal. 
- Membro superior ao lado do corpo, de modo que o braço possa ser estendido 
fora da maca. 
Terapeuta: 
- Sentar ao lado do paciente. 
 23 
- Estabilizar com uma das mãos (mão proximal) o ombro do paciente. 
- Segurar com a outra mão o punho do paciente. 
 
Procedimento ou Execução passiva: (foto 28) 
- Com a mão distal o terapeuta realiza pronação do antebraço, extensão do 
 cotovelo, e extensão do ombro. 
- Respeitar a tolerância do paciente. 
- Sustentar por 20 segundos e repetir 4 vezes. 
 
 
Foto 27 Foto 28 
 
Posicionamento para alongamento de forma ativa: (foto 29) 
Paciente: 
- De pé, paralelo a uma parede. 
- Apoiar a palma da mão na parede, de forma que o ombro se mantenha entre 45º 
e 80º de abdução . 
 
Terapeuta: 
- Orientar o paciente e realizar ajustes para que ele sinta o alongamento no local 
 correto. 
 
Procedimento ou Execução ativa: (foto 29) 
- O paciente mantém a mão apoiada a parede, e leva o tronco à frente, de forma 
que aumente a extensão do ombro. 
- Esta posição de alongamento se assemelha com a manobra de alongamento 
neural do nervo mediano. 
- Sustentar por 20 segundos e repetir 4 vezes. 
 
 24 
 
 Foto 29 
Tríceps Braquial: 
 
Indicação e Objetivos: 
- Déficit de flexibilidade na flexão de cotovelos e ombros. Aumentar a 
flexibilidade desse músculo e melhorar os movimentos restritos. 
 
Posicionamento para alongamento de forma ativa: ( fotos 30 e 31) 
 
Paciente: 
- De pé ou sentado. 
- Realizar a flexão de ombro e cotovelo por cima da cabeça (movimento de coçar 
 as costas). 
- Posicionar a outra mão sobre o cotovelo contralateral(braço a ser alongado). 
 
Terapeuta: 
- Orientar o paciente. 
 
Procedimento ou Execução ativa: (fotos 30 e 31) 
- Puxar o cotovelo do membro a ser alongado para trás da cabeça. 
- Manter o cotovelo em flexão para não diminuir a intensidade do alongamento. 
- Sustentar por 20 segundos e repetir 4 vezes. 
 
 
Foto 30 Foto 31 
 
 
 25 
 
 
Deltóide Fibras Posteriores: 
 
Indicação e Objetivos: 
- Déficit de flexibilidade na flexão e rotação interna de ombro. Melhorar a 
flexibilidade nas amplitudes restritas. 
 
Posicionamento para alongamento passivo: (foto 32) 
Paciente: 
- Decúbito dorsal. 
 
Terapeuta: 
- De pé, ao lado do paciente. 
- Uma das mãos apoiada na borda lateral da escápula (mão proximal) e a outra 
(mão distal) apoia-se sobre o cotovelo do membro a ser alongado 
 
Procedimento ou Execução passiva: (foto 32) 
- Estabilizar a escápula com uma das mãos,. 
- A mão distal leva o ombro em ligeira flexão, adução horizontal e rotação interna. 
- Respeitar a tolerância do paciente. 
- Sustentar por 20 segundos e repetir 4 vezes. 
 
 
 Foto 32 
Observação: 
- O terapeuta deve variar um pouco o grau de flexão de ombro durante a manobra 
para colocar maior número de fibras do músculo em tensão de alongamento. 
 
Redondo Maior: 
 
Indicação e Objetivos: 
- Déficit de flexibilidade de flexão e/ou rotação externa do ombro. Melhorar a 
flexibilidade dos movimentos restritos. 
 26 
- Déficit de adução e rotação inferior da escápula (comum em Pós Operatório ou 
pós-imobilização do ombro): Melhorar alinhamento escapular e ritmo escapulo-
umeral. 
- Espasmos musculares: Proporcionar alívio e relaxamento muscular. 
 
Posicionamento para alongamento passivo: (foto 33) 
Paciente: 
- Decúbito lateral. 
 
Terapeuta: 
- De pé, ao lado paciente. 
- Estabilizar, com uma das mãos, a borda lateral da escápula. 
- Segurar, com a outra mão, o braço do paciente próximo ao cotovelo. 
 
Procedimento ou Execução passiva: (foto 33) 
- Mantendo a escápula fixa, levar o ombro do paciente em flexão e rotação 
externa. 
- Respeitar a tolerância do paciente. 
- Sustentar por 20 segundos e repetir 4 vezes. 
 
 
 
 Foto 33 
Redondo Menor: 
 
Indicação e Objetivos: 
- Déficit de rotação interna do ombro e alteração na artrocinemática da 
articulação Glenoumeral. Facilitar a depressão e a rotação interna da cabeça 
umeral. 
 
Posicionamento para alongamento passivo: (fotos 34 e 35) 
Paciente: 
- Decúbito lateral. 
 
 27 
Terapeuta: 
- De pé, ao lado paciente. 
- Estabilizar, com uma das mãos, a borda lateral da escápula. 
- Segurar, com a outra mão, o braço do paciente próximo ao cotovelo. 
 
Procedimento ou Execução passiva: (fotos 34 e 35) 
- Realizar uma rotação interna de ombro e, em seguida, uma adução horizontal. 
- Respeitar a tolerância do paciente. 
- Sustentar por 20 segundos e repetir 4 vezes. 
 
 
Foto 34 Foto 35 
 
Rombóides: 
 
Indicações e Objetivos: 
- Espasmo ou rigidez aumentada em rombóides: Promover relaxamento muscular; 
- Postura em adução e/ou rotação inferior da escápula por encurtamento dos 
rombóides. Melhorar posicionamento escapular. 
 
Posicionamento para o alongamento de forma passiva: (foto 36) 
Paciente: 
- Decúbito lateral 
- Membros superiores estendidos junto ao tronco 
 
Terapeuta: 
- De pé, de frente para o paciente, 
- Segurar a borda medial inferior da escápula do ombro não apoiado a maca ou a 
mão do paciente. 
 
Procedimento ou Execução passiva: (foto 36) 
- O terapeuta aplica um torque na borda medial-inferior da escápula ou no punho 
de forma a aumentar o movimento de abdução escapular. 
- Respeitar o limiar de tolerância ao alongamento do paciente, 
 28 
- Manter por 20 segundos; repetir o procedimento 4 vezes. 
 
 
 Foto 36 
Posicionamento para o alongamento de forma ativa: (foto 37) 
Paciente: 
- Sentado; 
- Membros superiores cruzados (ombros aduzidos e a 90 de flexão); 
- Realiza flexão de tronco de forma que apoie os cotovelos sobre as faces laterais 
das coxas ( braço direito na coxa esquerda, braço esquerdo na coxa direita) 
 
Terapeuta: 
- Apenas orienta o paciente. 
 
Procedimento ou Execução ativa: (foto 38) 
- O paciente irá realizar uma abdução do quadril de forma que a adução dos 
ombros aumente e assim gere uma abdução escapular. 
- Orientar o paciente para atingir o limiar de tolerância ao alongamento, 
- Manter por 20 segundos; repetir o procedimento 4 vezes. 
 
 
Foto 37 Foto 38 
Observações: 
- O procedimento também poderá gerar alongamento da cápsula posterior do 
ombro 
- Observar as primeiras execuções para certificar-se que o procedimento está 
correto. 
 
Extensores do punho e dedos: 
 29 
 
Indicações e Objetivos: 
 
- Déficit de flexibilidade em flexão de punho e dedos, devido a encurtamento dos 
extensores do punho; Melhorar ADM´s limitadas pelo encurtamento; 
- Espasmo ou rigidez aumentada dos extensores do punho: Promover relaxamento 
muscular; 
- Casos de tendinose ou formação de tecido cicatricial (PO operatórios) dos 
músculos extensores do punho: Realinhar as fibras de colágeno. 
 
 
Posicionamento para o alongamento de forma passiva: (foto 39) 
Paciente: 
- Sentado com o membro a ser alongado sobre uma maca ou mesa (ombros 
relaxados) 
- Antebraço em pronação e cotovelo estendido 
 
Terapeuta: 
- Sentado, ao lado do paciente, 
- Uma das mãos (proximal) estabiliza o cotovelo e com a outra (distal) segura a 
mão do paciente em sua região dorsal. 
 
Procedimento ou Execução passiva: (foto 39) 
- Terapeuta, a partir da posição acima, realiza o movimento flexão de punho e dos 
dedos. 
- Respeitar o limiar de tolerância ao alongamento do paciente, 
- Manter por 20 segundos; repetir o procedimento 4 vezes. 
 
 
 Foto 39 
 
Posicionamento para o alongamento de forma ativa: (foto 40) 
Paciente: 
- Sentado, com o membro a ser alongado sobre uma maca ou mesa (ombros 
 30 
relaxados) 
- Antebraço em pronação e cotovelo estendido 
- Mão contralateral segura mão do membro a ser alongado em sua região dorsal 
 
Terapeuta: 
- Apenas orienta o paciente. 
 
Procedimento ou Execução ativa: (foto 40) 
- O paciente utilizando a força da mão posicionada no dorso da mão do membro a 
ser alongado irá realizar uma flexão passiva de punho e dedos, 
- Orientar o paciente para atingir o limiar de tolerância ao alongamento: 
- Manter por 20 segundos; repetir o procedimento 4 vezes. 
 
 
 Foto 40 
Observações: 
- Questionar o paciente onde ele está sentindo o alongamento, já que a manobra 
pode estressar a cápsula articular do punho naqueles pacientes que não 
apresentam encurtamento dos músculos extensores do punho. 
- Pacientes com história de cisto sinovial na articulação do punho poderão ter 
sintomas de dor nesta articulação durante a manobra, sendo então, contra 
indicada a realização da mesma. 
- Observar as primeiras execuções para certificar-se de que o procedimento está 
correto. 
 
Flexores do Punho e Dedos: 
 
Indicações e Objetivos: 
- Déficit de flexibilidade em extensão do punho e dedos devido a encurtamento 
dos flexores do punho. Melhorar ADM´s limitadas pelo encurtamento; 
- Espasmo ou rigidez aumentada flexores do punho: Promover relaxamento 
muscular; 
- Casos de tendinose ou formação de tecido cicatricial (PO operatórios) dos 
músculos flexores do punho. Realinhar as fibras de colágeno. 
 31 
 
Posicionamentopara o alongamento de forma passiva: (foto 41) 
Paciente: 
- Sentado com o membro a ser alongado sobre uma maca ou mesa (ombros 
relaxados) 
- Antebraço em supinação e cotovelo estendido 
 
Terapeuta: 
- Sentado ao lado do paciente, 
- Uma das mãos (proximal) estabiliza o cotovelo e com a outra (distal) segura a 
mão do paciente em sua região palmar 
 
Procedimento ou Execução passiva: (foto 41) 
- Terapeuta, a partir da posição acima, realiza o movimento extensão do punho. 
- Respeitar o limiar de tolerância ao alongamento do paciente, 
- Manter por 20 segundos; repetir o procedimento 4 vezes. 
 
 
 Foto 41 
 
Posicionamento para o alongamento de forma ativa: 
Paciente: 
- Sentado, com o membro a ser alongado sobre uma maca ou mesa (ombros 
relaxados) 
- Antebraço em pronação e cotovelo estendido 
- Mão contralateral segura mão do membro a ser alongado em sua região palmar. 
 
 
Terapeuta: 
- Apenas orienta o paciente. 
 
Procedimento ou Execução ativa: (foto 42) 
- Paciente realiza extensão passiva de punho, utilizando a força da mão 
posicionada na palma da mão do membro a ser alongado. 
 32 
- Orientar o paciente a atingir o limiar de tolerância ao alongamento, 
- Manter por 20 segundos; repetir o procedimento 4 vezes. 
 
 
 Foto 42 
Observações: 
- Observar as primeiras execuções para certificar que o procedimento está correto. 
 
 
 
Alongamento de músculos do Tronco e Pescoço: 
 
Quadrado Lombar: 
 
Indicações e Objetivos: 
- Espasmo do músculo quadrado lombar em escoliose antálgica (alongar o lado da 
concavidade). Relaxar o músculo e melhorar alinhamento da pelve. 
- Escoliose estrutural. Alongar do lado da concavidade para tentar evitar uma 
evolução da mesma. 
 
Posicionamento para alongamento passivo: (foto 43) 
Paciente: 
- Decúbito lateral na beira da maca sobre um rolo; 
- Braço do lado sem contato com a maca em abdução/flexão total; 
- Membro Inferior em contato com a maca em flexão de quadril e de joelho; 
- Membro sem contato com a maca em extensão de joelho e quadril em neutro. 
 
Terapeuta: 
- De pé, ao lado a maca, próximo às costas do paciente; 
- Uma mão segura a coxa do paciente (mão distal) e a outra é posicionada sobre as 
últimas costelas (mão proximal). 
 
Procedimento ou Execução passiva: (foto 43) 
- Terapeuta realiza movimento de adução da perna com a mão distal e de elevação 
 33 
das costelas com a mão proximal (inclinação do tronco); 
- Realizar o movimento até o limite de alongamento do paciente, sustentando por 
20 segundos; 
- Repetir o procedimento 4 vezes. 
 
 
 Foto 43 
Observações: 
- Observar se o paciente está posicionado corretamente; 
- A mão distal pode ser apoiada na crista ilíaca, porém o apoio na coxa 
proporciona uma maior alavanca, permitindo ao terapeuta usar de menor força; 
- Ficar atento a rotações da coluna lombar que poderão provocar dor. 
 
Reto Abdominal: 
 
Indicações e Objetivos: 
- Déficit de extensão da coluna por encurtamento do reto abdominal (comum em 
casos de pubalgia). Melhorar ADM limitada; 
- Retroversão pélvica pelo encurtamento do reto abdominal. Melhorar 
alinhamento da pelve. 
- Espasmo da musculatura. Relaxar a mesma. 
 
Posicionamento para alongamento passivo: (foto 44) 
Paciente: 
- Inicialmente sentado na bola suíça passando para deitado com ajuda do 
terapeuta; 
- Deitado em decúbito dorsal sobre uma bola suíça; 
- Quadril em extensão e semi-flexão de joelhos. 
 
Terapeuta: 
- De pé, estabilizando a bola; 
- Uma perna do paciente entre as pernas do terapeuta; 
- Uma mão segura a coxa do paciente a ser alongada distalmente (mão distal) e a 
outra é posicionada sobre as últimas costelas contra-laterais à mão distal (mão 
 34 
proximal). 
 
Procedimento ou Execução passiva: (foto 44) 
- Terapeuta realiza o movimento de extensão de quadril com a mão distal e de 
elevação das costelas com a mão proximal (movimento cruzado); 
- Realizar de um lado depois inverte e fazer do outro; 
- Realizar o movimento até o limite de alongamento do paciente, sustentando por 
20 segundos em cada lado; 
- Repetir o procedimento 4 vezes. 
 
 
 Foto 44 
Observações: 
- Ficar atento a esta manobra, pois ela aumenta a Pressão intracraniana e com isso 
provocar sensação de vertigem ao ser realizada. Não é indicada para quem 
possui hipertensão arterial, insuficiência da artéria vertebral ou risco de AVE; 
- Ajudar o paciente passar de sentado para deitado e de deitado para sentado 
dando a mão para o paciente. 
 
Esternocleidomastóideo (ECOM): 
 
Indicações e Objetivos: 
- Déficit de flexibilidade em inclinação contralateral e/ou rotação homolateral ao 
músculo acometido. E ainda, déficit de flexibilidade em flexão da coluna 
cervical alta quando acometido de forma bilateral: Melhorar ADM´s limitadas 
pelo encurtamento; 
- Torcicolo e/ou espasmo do ECOM escalenos. Promover relaxamento muscular; 
 
Posicionamento para o alongamento de forma passiva: (foto 45) 
Paciente: 
- Decúbito dorsal 
 
Terapeuta: 
- Sentado em um banco acima da cabeça do paciente 
- Segurar, com uma das mãos, a cabeça do paciente (mão superior) 
- Com a outra mão estabiliza a região do osso esterno e clavícula (mão inferior); 
 35 
 
Procedimento ou Execução passiva: (foto 45) 
- O terapeuta utilizando a mão proximal leva passivamente o pescoço em extensão 
leve, inclinação contralateral ao lado do músculo a ser alongado e uma rotação 
também contralateral. 
- A mão que estabiliza a região do osso esterno e clavícula não deve mexer 
- Respeitar o limiar de tolerância ao alongamento. 
- Manter por 20 segundos no mesmo; repetir o procedimento 4 vezes. 
 
 
 Foto 45 
Observações: 
- Em casos de pacientes com deficiência de ADM em coluna cervical por 
alterações articulares, esta técnica poderá não ser tolerada. 
 
Escalenos: 
 
Indicações e Objetivos: 
- Déficit de flexibilidade em inclinação e/ou rotação do pescoço homolateral ao 
lado acometido devido encurtamento dos escalenos. Melhorar ADM´s limitadas 
pelo encurtamento; 
- Espasmo de escalenos. Promover relaxamento muscular; 
 
Posicionamento para o alongamento de forma passiva: (foto 46) 
Paciente: 
- Decúbito dorsal; 
 
Terapeuta: 
- Sentado, atrás do paciente. 
- Uma das mãos segura a cabeça (mão superior) e com a outra mão estabiliza as 
 duas primeiras costelas (mão inferior). 
 
Procedimento ou Execução passiva: (foto 46) 
- O terapeuta utilizando a mão superior realiza uma ligeira extensão de pescoço, 
 36 
inclinação e rotação para o lado oposto, 
- Em seguida deve solicitar ao paciente que realize uma inspiração e durante a 
expiração o terapeuta deprime as costelas com a mão distal mantendo a mão 
proximal imóvel. 
- Respeitar o limiar de tolerância ao alongamento. 
- Manter por 20 segundos no mesmo; repetir o procedimento 4 vezes. 
 
 
 Foto 46 
Observações: 
- Em casos de pacientes com deficiência de ADM em coluna cervical por 
alterações articulares, esta técnica poderá não ser tolerada. 
 O contato da mão distal do terapeuta com as duas primeiras costelas poderá ser 
 doloroso (informar ao paciente). 
 
Elevador da Escápula: 
 
Indicação e Objetivos: 
- Postura em protusão de pescoço. Melhorar o alinhamento e o movimento da 
coluna cervical. 
- Postura em rotação inferior da escápula. Melhorar o alinhamento e os 
movimentos escapulares. 
- Espasmo muscular (músculo muito acometido nos torcicolos).Promover alívio e 
relaxamento muscular. 
 
Posicionamento para alongamento passivo: (foto 47) 
Paciente: 
- Deitar em decúbito dorsal. 
 
Terapeuta: 
- De pé, próximo à cabeça do paciente; 
- Deprimir a escápula do lado a ser alongado (ou somente fixá-la para que não se 
mova durante a técnica); 
- Segurar, com a outra mão, a cabeça do paciente, envolvendo a mão sob o seu 
 37 
pescoço. 
 
Procedimento ou Execução passiva: (foto 47) 
- A mão apoiada sobre a cabeça do paciente leva passivamente o pescoço do 
paciente em flexão e inclinação lateral. 
- Permanecer com a mão que está sobre o ombro imóvel; 
- Respeitar a tolerância do paciente; 
- Sustentar por 20 segundos e realizar 4 repetições. 
 
 
 Foto 47 
 
Posicionamento para alongamento de forma ativa: (foto 48) 
Paciente: 
- Sentar em uma cadeira ou na ponta da maca. 
- Segurar a cadeira com a mão do lado a ser alongado (objetivo de deprimir a 
 escápula). 
- Posicionar a outra mão atrás da cabeça (região occipital). 
 
Terapeuta: 
- Orientar o paciente. 
 
Procedimento ou Execução ativa: (foto 48) 
- O paciente impõe uma força descendente e lateral utilizando a mão que está 
apoiada sobre a região occipital, realizando flexão de pescoço com ligeira 
rotação contrária ao lado a ser alongado. 
- Sustentar por 20 segundos e repetir 4 vezes. 
 
 
 38 
 Foto 48 
Trapézio Superior: 
 
Indicação e Objetivos: 
- Postura em elevação escapular, situação onde o paciente parece ter um pescoço 
curto, onde o alinhamento horizontal do acrômio se encontra acima de T1 
(pouco comum). Diminuir a rigidez e melhorar o alinhamento e o movimento 
escapular e cervical. 
- Espasmo muscular e presença de pontos gatilhos. Promover alívio e 
 relaxamento. 
 
Posicionamento para alongamento passivo: (foto 49) 
Paciente: 
- Deitar em decúbito dorsal. 
 
Terapeuta: 
- Sentar atrás da cabeça do paciente. 
- Posicionar uma das mãos na região do ombro do paciente. 
- Colocar a outra mão na região lateral da cabeça do paciente. 
 
Procedimento ou Execução passiva: (foto 49) 
- Realizar a depressão da escápula e uma inclinação contralateral do pescoço. 
- Respeitar a tolerância do paciente. 
- Sustentar por 20 segundos. 
- Repetir 4 vezes. 
 
 
 Foto 49 
 
Posicionamento para alongamento de forma ativa: (foto 50) 
Paciente: 
- Sentar em uma cadeira ou na extremidade da maca. 
- Segurar na cadeira ou na maca com a mão do lado a ser alongado. 
- Segurar com a outra mão a região lateral da cabeça. 
 39 
 
Terapeuta: 
- Orientar o paciente. 
 
Procedimento ou Execução ativa: (foto 50) 
- O paciente utilizando a mão que está apoiada sobre a região lateral da cabeça 
realiza inclinação lateral do pescoço, contralateral ao lado a ser alongado. 
- Sustentar 20 segundos e repetir 4 vezes. 
 
 
 Foto 50 
Observações: 
- Evitar que o paciente fique em uma postura desleixada (aumento da cifose e 
protusão de pescoço). 
- Manobra pouco indicada para pacientes que já possuem depressão escapular.

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