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0 Belo Horizonte, 2007 GUIA TEÓRICO-PRÁTICA DE ALONGAMENTOS MUSCULARES. Elder Lopes Bhering Igor Lorentz de Assis Rodrigo Santos Galo Neto Marco Aurélio Souza Silva Rodrigo Márcio de Andrade 1 AGRADECIMENTOS: Agradecemos a colaboração das estagiárias Lílian e Jéssica pela ajuda na confecção das fotos desta apostila. A todos que colaboraram direta e indiretamente para este trabalho. Muito Obrigado. 2 ÍNDICE: INTRODUÇÃO--------------------------------------------------------------------------------------------03 MÚSCULOS DOS MEMBROS INFERIORES: ÍSQUO-TIBIAIS--------------------------------------------------------------------------------------------04 TRÍCEPS SURAL (GASTROCNÊMIO)--------------------------------------------------------------05 TRÍCEPS SURAL (SÓLEO)----------------------------------------------------------------------------07 QUADRÍCEPS---------------------------------------------------------------------------------------------08 ADUTORES DE QUADRIL-----------------------------------------------------------------------------09 TENSOR DA FÁSCIA LATA E TRATO ÍLIO-TIBIAL---------------------------------------------11 TIBIAL ANTERIOR----------------------------------------------------------------------------------------13 ÍLIOPSOAS-------------------------------------------------------------------------------------------------13 FÁSCIA PLANTAR (*ESTRUTURA NÃO MUSCULAR)----------------------------------------15 MÚSCULOS DOS MEMBROS SUPERIORES: PEITORAL MAIOR----------------------------------------------------------------------------------------17 PEITORAL MENOR--------------------------------------------------------------------------------------19 GRANDE DORSAL---------------------------------------------------------------------------------------20 BÍCEPS BRAQUIAL--------------------------------------------------------------------------------------21 TRÍCEPS BRAQUIAL------------------------------------------------------------------------------------23 DELTÓIDE (FIBRAS POSTERIORES)--------------------------------------------------------------24 REDONDO MAIOR---------------------------------------------------------------------------------------24 REDONDO MENOR--------------------------------------------------------------------------------------25 ROMBÓIDES-----------------------------------------------------------------------------------------------26 EXTENSORES DE PUNHO E DEDOS---------------------------------------------------------- ---27 FLEXORES DE PUNHO E DEDOS------------------------------------------------------------------29 MÚSCULOS DO TRONCO E PESCOÇO: QUADRADO LOMBAR----------------------------------------------------------------------------------31 RETO ABDOMINAL--------------------------------------------------------------------------------------32 ESTERNOCLEIDOMASTÓIDEO (ECOM)---------------------------------------------------------33 ESCALENOS----------------------------------------------------------------------------------------------34 ELEVADOR DA ESCÁPULA--------------------------------------------------------------------------35 TRAPÉZIO SUPERIOR---------------------------------------------------------------------------------36 3 INTRODUÇÃO: FLEXIBLIDADE A capacidade física flexibilidade tem sua importância já estabelecida nos programas de reabilitação (COOK et al., 2002) e no treinamento de atletas (HARDY JONES, 1986). Dentre os seus benefícios tem sido descrito melhora da amplitude de movimento (ADM), prevenção de lesões e melhora do alinhamento postural (LA ROCHE et al., 2006). Um dos métodos descritos na literatura para promover melhora da flexibilidade é o do alongamento muscular. O termo alongamento pode ser entendido como o conteúdo de um treinamento utilizado para se desenvolver a capacidade flexibilidade. Um exercício de alongamento tem como princípio garantir, de forma adequada o maior afastamento possível da origem e inserção da musculatura envolvida (GRECO CHAGAS, 2002). Nesta apostila serão descritos vários exercícios de alongamento visando a melhora da flexibilidade específica de determinados músculos. Várias técnicas de alongamento são descritas na literatura. Hutton (1992) descreve a técnica estática, balística e de facilitação neuromuscular proprioceptiva como sendo as mais conhecidas. Destas, a técnica estática, de forma passiva, tem sido a mais utilizada devido a sua simplicidade na execução e baixo risco de lesão (ROBERTS WILSON, 1999). Quanto aos componentes ideais da carga de treinamento da flexibilidade ainda não há consenso na literatura (ROBERTS WILSON, 1999). Alguns artigos comprovaram a eficiência para a técnica passivo estática, de durações entre 15-20 segundos (GAJDOSIK, 1991; TAYLOR et al., 1990), 4 repetições (TAYLOR et al., 1990) e intensidade máxima do alongamento (BHERING et al. 2005). Sendo assim, o objetivo desta apostila é sugerir exercícios de alongamento padronizados, baseado em conhecimentos cinesiológicos e biomecânicos, respeitando cargas de treinamento e flexibilidade, cujos efeitos já foram descritos na literatura. 4 Alongamento de músculos dos Membros Inferiores: Isquiotibiais: Indicações e Objetivos: - Déficit de flexibilidade em flexão de quadril com extensão de joelho devido a encurtamento dos músculos isquiotibiais. Melhorar ADM´s limitadas pelo encurtamento; - Espasmo de isquiotibiais. Promover relaxamento muscular; - Retroversão pélvica por encurtamento dos isquiotibiais. Melhorar alinhamento da pelve. Posicionamento para o alongamento de forma passiva: (foto 1) Paciente: - Decúbito Dorsal; - Membros estendidos. Terapeuta: - De pé ao lado do membro a ser alongado; - Uma das mãos no calcâneo (mão distal) e a outra anteriormente ao joelho do paciente (mão proximal). Procedimento ou Execução passiva: (foto 2) - O terapeuta realiza flexão de quadril com a mão distal enquanto mantém extensão de joelho com a mão proximal; - Respeitar o limite do paciente. Manter por 20 segundos; - Repetir o procedimento 4 vezes. Foto 1 Foto 2 5 Posicionamento para o alongamento de forma ativa: (foto 3) Paciente: - Decúbito Dorsal; - Membros estendidos; - Corda presa na ponta do pé do membro a ser alongado. Terapeuta: - Apenas orienta o paciente. Procedimento ou Execução ativa: (foto 4) - Paciente puxa a corda fazendo flexão de quadril e mantendo extensão de joelho; - Orientar para ir até o próprio limite e manter durante 20 segundos nessa posição; - Repetir procedimento 4 vezes. Foto 3 Foto 4 Observações: - Membro contralateral ao alongamento não pode perder o contato com a maca; - Ficar atento a compensações na coluna lombar, assim como presença de dor; - O terapeuta pode associar com dorsiflexão de tornozelo para alongar também o Tríceps Sural; - Orientar bem o paciente quando for fazer o alongamento ativo e observar as primeiras execuções para certificar-se que o procedimento está correto. Tríceps Sural (Gastrocnêmio): Indicação e Objetivos: - Déficit de dorsiflexãodo tornozelo, devido a encurtamento do gastrocnêmio: Melhorar ADM limitada; - Espasmo do músculo tríceps sural: Relaxar musculatura. 6 Posicionamento para alongamento passivo: (foto 5) Paciente: - Decúbito Dorsal; - Membros estendidos. Terapeuta: - De pé ao lado do membro a ser alongado; - Membro Inferior do paciente em flexão de quadril e extensão de joelho, com a perna apoiada no ombro do terapeuta; - Uma mão segura a ponta do pé do paciente (mão distal) e a outra mantém o joelho em extensão (mão proximal). Procedimento ou Execução passiva: (foto 6) - Terapeuta realiza dorsiflexão de tornozelo com a mão que está posicionada distalmente; - Pode ser associado com alongamento dos isquiotibiais; - Respeitar o limite do paciente, mantendo por 20 segundos na posição de alongamento; - Procedimento repetido 4 vezes. Foto 5 Foto 6 Posicionamento para alongamento ativo: (foto 7) Paciente: - De pé, com calcanhar apoiado no chão e o restante sobre uma rampa; - Joelho estendido. Terapeuta: - Apenas orienta o paciente. Procedimento ou Execução ativa: (foto 7) - Paciente realiza extensão de quadril em CCF (desloca o quadril para frente) sem 7 que o calcanhar perca o contato com o chão; - Manter no limite de tolerância do paciente por 20 segundos, repetindo o procedimento por 4 vezes. Foto 7 Observações: - Como pode ser associado com o alongamento dos isquiotibiais, observar um possível encurtamento destes, que impeça o tríceps sural de ser alongado; - Associar com isquiotibiais pode ser uma boa forma de ganhar tempo; - Respeitar o limite do paciente; - Observar as primeiras execuções ativas, para garantir que o exercício esteja sendo feito corretamente; - Observar, na forma ativa, se o paciente realiza flexão de coluna ao invés de extensão de quadril Tríceps Sural (Sóleo): Indicação e Objetivos: - Déficit de dorsiflexão do tornozelo, devido a encurtamento do sóleo: Melhorar ADM limitada; - Espasmo do músculo tríceps sural: Relaxar musculatura; - Processo de remodelação tecidual do tendão de Aquiles: Orientar deposição das fibras de colágeno. Posicionamento para alongamento ativo: (foto 8) Paciente: - Em pé com calcanhar apoiado no chão e o restante sobre a rampa; - Joelho semi-fletido. Terapeuta: - Apenas orienta o paciente. 8 Procedimento ou Execução ativa: (foto 8) - Paciente realiza extensão de quadril em CCF (desloca quadril para frente) sem que o calcanhar perda o contato com o chão, mantendo a flexão de joelho; - Manter no limite do paciente por 20 segundos, repetindo o procedimento por 4 vezes. Foto 8 Observações: - Respeitar o limite do paciente; - Observar as primeiras execuções ativas para garantir que o exercício esteja sendo feito corretamente; - Garantir que o paciente faz flexão de coluna ao invés de extensão de quadril, evitando a fim de evitar dor lombar. Quadríceps: Indicações e Objetivos: - Déficit de flexão de joelho pelo encurtamento do quadríceps. Melhorar ADM limitada; - Processo de remodelação tecidual do tendão patelar. Orientar a deposição das fibras de colágeno; - Espasmo do quadríceps. Relaxar o músculo quadríceps; - Anteversão pélvica por encurtamento do quadríceps. Melhorar alinhamento da pelve. Posicionamento para alongamento passivo: (foto 9) Paciente: - Decúbito Ventral; - Membros inferios do paciente em extensão de quadril e flexão de joelho. Terapeuta: - De pé, ao lado do membro a ser alongado; 9 - Uma mão segura a tíbia e fíbula distalmente (mão distal) e a outra posicionada sobre a tuberosidade isquiática (mão proximal). Procedimento ou Execução passiva: (foto 9) - Terapeuta realiza flexão do joelho com a mão distal enquanto a mão proximal impede a anteversão da pelve do lado do membro que está sendo alongado; - Manter no limite do paciente por um período de 20 segundos; - Repetir o procedimento 4 vezes. Foto 9 Posicionamento para alongamento ativo: (foto 10) Paciente: - Decúbito Ventral; - Membro inferior do paciente em extensão de quadril e flexão de joelho; - Corda presa na região anterior do pé. Terapeuta: - Apenas orienta o paciente e observa possíveis compensações. Procedimento ou Execução ativa: (foto 10) - Paciente traciona a corda, aumentando a flexão de joelho até o seu limite, onde sustenta durante 20 segundos; - Repetir o procedimento 4 vezes. Foto 10 Observações: - Ficar atento a uma possível anteversão pélvica e aumento da lordose lombar. O exercício pode não estar sendo eficaz e ainda sobrecarregar a coluna lombar, 10 gerando dor; - Pode ser colocado um travesseiro no abdome, na altura da EIAS, para se evitar aumento da lordose lombar; - Em caso de dores à flexão de joelho, pode ser realizada uma maior extensão de quadril (maior afastamento da origem do retofemural), colocando travesseiros sob o fêmur distalmente e, assim, evitar sobrecarga na articulação do joelho (ex.: casos de lesão meniscal e derrame articular); - Observar as primeiras execuções ativas para garantir que o exercício esteja sendo feito corretamente; Adutores do Quadril: Indicações e Objetivos: - Déficit de abdução do quadril pelo encurtamento dos adutores. Melhorar ADM limitada; - Coxa em adução e/ou rotação interna, favorecendo valgismo de joelhos devido encurtamento dos adutores. Melhorar alinhamento do quadril; - Espasmo da musculatura adutora. Promover relaxamento da mesma. Posicionamento para alongamento passivo: (foto 11) Paciente: - Decúbito dorsal; - Perna do paciente abdução. Terapeuta: - De pé, ao lado do membro a ser alongado, entre a maca e perna do paciente que está em abdução; - Uma mão segura a perna do paciente distalmente (mão distal) e a outra posicionada sobre a EIAS (mão proximal). Procedimento ou Execução passiva: (foto 11) - Terapeuta com a mão distal ou com ajuda do corpo promove o movimento de abdução do quadril até o limite suportado pelo paciente, onde irá sustentar por 20 segundos; - Repetir o procedimento 4 vezes; - A mão proximal estabiliza a pelve, impedindo sua rotação; 11 Foto 11 Posicionamento para alongamento ativo: (foto 12) Paciente: - De pé, apoiado com os braços na maca; - Ponta dos pés direcionados para frente. Terapeuta: - Apenas orienta o paciente e observa compensações. Procedimento ou Execução ativa: (foto 12) - Paciente realiza abdução dos dois membros inferiores simultaneamente até o seu limite, mantendo durante 20 segundos e repetindo o procedimento 4 vezes; - A ponta dos pés deve permanecer direcionada para frente. Foto 12 Observações: - Ficar atento a compensações do membro contralateral; - Acompanhar as primeiras execuções orientando bem o paciente; Tensor da Fáscia Lata e Trato Ílio-tibial: Indicações e Objetivos: - Déficit de adução do quadril pelo encurtamento do tensor e aumento da rigidez do trato-ílio tibial. Melhorar ADM limitada; - Rotação externa de tíbia, devido ao encurtamento do tensor e dominância do 12 trato ílio-tibial. Melhorar alinhamento do joelho; - Espasmo do tensor e trato ílio-tibial. Promover relaxamento do músculo e do trato ílio-tibial. Posicionamento para alongamento passivo 1: (foto 13) Paciente: - Decúbito Dorsal; - Membroinferior a ser alongada em adução e extensão de joelho; - Membro inferior contralateral cruzado (flexão de quadril e de joelho com adução) sobre a perna a ser alongada e com o pé apoiado sobre a maca. Terapeuta: - De pé, do lado contralateral ao membro a ser alongado; - A mão distal segura próximo ao tornozelo,o membro inferior a ser alongado e a outra mão é posicionada sobre o joelho do membro que está flexionado (mão proximal). Procedimento ou Execução passiva 1: (foto 13) - Terapeuta realiza movimento de adução do quadril com a mão distal, enquanto a mão proximal estabiliza a articulação do joelho do membro em flexão, impedindo que a pelve acompanhe o movimento de adução do quadril; - Realizar o movimento até o limite do paciente e sustentar por 20 segundos, repetindo o procedimento por 4 vezes. Foto 13 Posicionamento para alongamento passivo 2 (Posição do Teste de Ober): (foto 14) Paciente: - Decúbito Lateral; Sendo o membro que não está em contato com a maca, o lado a ser alongado; - Membro em contato com a maca em flexão de quadril e joelho; - Membro a ser alongado em leve extensão de quadril e extensão total de joelho; - As costas do paciente deverão estar próximas à beira da maca. 13 Terapeuta: - De pé, posicionado posteriormente ao paciente; - Uma mão segura a perna do paciente a ser alongada distalmente sustentando o peso da mesma, “pegada em berço” (mão distal) e a outra posicionada sobre a crista ilíaca (mão proximal). Procedimento ou Execução passiva 2: (foto 14) - Terapeuta estabiliza a pelve do paciente com a mão proximal, impedindo que ela rode ou incline durante o movimento; o terapeuta realiza adução, rotação externa e extensão da perna a ser alongada; - A estabilização na pelve deve ser mantida durante toda a execução; - Ir até o limite do paciente e sustentar por 20 segundos; - Repetir procedimento 4 vezes. Foto 14 Observações: - Ficar atento a compensações durante o alongamento; - Já que esta manobra pode gerar estresse nesta articulação, antes questionar o paciente se não está ocorrendo dor na região interna do quadril (virilha); - Observar se na forma 2 a estabilização da pelve está sendo mantida. Tibial Anterior: Indicação e Objetivos: - Déficit de flexão plantar do tornozelo devido encurtamento do tibial anterior. Melhorar ADM limitada; - Espasmo do músculo tibial anterior. Relaxar musculatura. Posicionamento para alongamento ativo: (foto 15) Paciente: - Ajoelhado na maca ou sobre um tatame; - Joelho fletido a 90° e tornozelo em flexão plantar. 14 Terapeuta: - Apenas orienta o paciente. Procedimento ou Execução ativa: (foto 15) - Paciente realiza flexão de quadril e joelho (como se fosse sentar sobre o calcanhar) até o seu limite; - Manter no limite do paciente por 20 segundos, repetindo 4 vezes. Foto 15 Observações: - Pode ser colocado um colchonete na altura da tuberosidade da tíbia para se evitar dor pelo contato com a maca; - Pode ser colocado um travesseiro na parte anterior do pé para aumentar a intensidade do alongamento; - Observar se paciente está realizando o alongamento corretamente. Iliopsoas: Indicações e Objetivos: - Déficit de extensão de quadril por encurtamento do músculo Iliopsoas. Melhorar ADM limitada; - Anteversão pélvica por encurtamento do Iliopsoas. Melhorar alinhamento da pelve; - Espasmo do músculo Iliopsoas. Promover relaxamento do músculo. Posicionamento para alongamento passivo: (foto 16) Paciente: - Decúbito dorsal; - Próximo à borda da maca com as pernas pendentes; - Abraçar uma coxa em flexão de quadril e de joelho; - A outra perna ,a ser alongada, permanece em extensão de quadril. Terapeuta: - De pé, à frente do paciente; 15 - Uma mão segura o pé do membro contralateral (mão proximal) e a outra mão (mão distal) é posicionada distalmente sobre a coxa do membro a ser alongada. Procedimento ou Execução passiva: (foto 16) - Terapeuta com a mão proximal ajuda o paciente a estabilizar, em flexão, o quadril contralateral, enquanto realiza com a mão distal o movimento de extensão de quadril no membro que está sendo alongado; - Sustentar por de 20 segundos na intensidade máxima do alongamento; - Repetir o procedimento 4 vezes. Foto 16 Posicionamento para alongamento ativo: (foto 17) Paciente: - Ajoelhado na maca ou num tatame; - Um membro com flexão de quadril e de joelho; e o outro em extensão de quadril e semi-flexão de joelho. Terapeuta: - Apenas orienta o paciente e observa compensações. Procedimento ou Execução ativa: (foto 17) - Paciente realiza o movimento de flexão de quadril com o membro que está a frente - Cadeia Cinética Fechada (CCF) - mantendo o membro que está em extensão de quadril fixo na posição inicial; - Paciente vai até o seu limite, mantendo durante 20 segundos e repetindo o procedimento 4 vezes; - Pode ser adicionada uma pressão extra por parte do terapeuta na região da espinha ilíaca póstero-superior do membro que está sendo alongado, a fim de aumentar a extensão de quadril e a intensidade do alongamento. 16 Foto 17 Observações: - O membro a ser alongado é o membro que permanece em extensão de quadril durante o alongamento; - Observar compensações na coluna lombar durante a execução ativa, principalmente se for realizado pressão extra pelo terapeuta; - Durante o alongamento passivo pode ser associado alongamento de reto femural. Para isso, o terapeuta deve aumentar a flexão de joelho no membro que está em extensão de quadril. Fáscia Plantar: *(Estrutura predominantemente ligamentar mas que também pode se apresentar encurtada ou rígida) Indicações e Objetivos: - Pé cavo por encurtamento da fáscia plantar. Diminuir os arcos plantares; - Fasceíte plantar por tensão aumentada da fáscia devido a encurtamentos dos músculos que inserem na mesma. Relaxar a musculatura e diminuir tensão da fáscia plantar; - Espasmo da musculatura que insere na fáscia plantar e dor: Promover relaxamento dos músculos, diminuir tensão da fáscia plantar e aliviar a dor. Posicionamento para alongamento passivo: (foto 18) Paciente: - Decúbito dorsal; - Membros inferiores estendidos. Terapeuta: - De pé, ou sentado à frente do paciente; - Uma mão segura o pé do paciente no antepé e na região dos artelhos (mão distal) e a outra no calcâneo, estabilizando o pé (mão proximal). Procedimento ou Execução passiva: (foto 18) - Terapeuta, com a mão distal, realiza o movimento de extensão dos metatarsos e 17 artelhos, além de promover a dorsiflexão do tornozelo; - A mão proximal permanece estabilizando o pé; - Sustentar no limite do paciente pelo período de 20 segundos; - Repetir o procedimento 4 vezes. Foto 18 Posicionamento para alongamento ativo: (foto 19) Paciente: - Ajoelhado na maca ou no tatame; - Tornozelo em dorsiflexão com metatarsos e artelhos em extensão, apoiados na maca. Terapeuta: - Apenas orienta o paciente e observa compensações. Procedimento ou Execução ativa: (foto 19) - Paciente realiza flexão de quadril e joelho (como se fosse sentar sobre o calcanhar), até o seu limite; - Orientar o paciente para ir até o seu limite, manter por 20 segundos e repetir o procedimento por 4 vezes. Foto 19 Observações: - Pode ser colocado um travesseiro na alturada tuberosidade da tíbia para evitar dor pelo contato com estrutura rígida; - Observar se paciente está realizando o alongamento corretamente. 18 Alongamento de Músculos dos Membros Superiores: Peitoral Maior: Indicações e Objetivos: - Déficit de flexibilidade em abdução horizontal, rotação externa e abdução de ombro devido a encurtamento do peitoral maior: Melhorar a ADM limitada pelo encurtamento. - Espasmo do músculo peitoral maior. Promover relaxamento muscular. - Postura em Abdução escapular ou rotação interna de úmero por encurtamento do peitoral maior. Melhorar o alinhamento da cintura escapular. Posicionamento para alongamento passivo: (fotos 20 e 21) Paciente: - Sentado - Palma das mãos na região posterior da cabeça com aproximadamente 90º de abdução de ombro. Terapeuta: - De pé, atrás do paciente - Com o apoio da coxa estabiliza o tronco do paciente - Segura de forma bilateral os cotovelos do paciente Procedimento ou Execução passiva: (fotos 20 e 21) - Terapeuta realiza abdução horizontal de ombro, até o limiar de tolerância ao alongamento. - Respeitar a tolerância do paciente, mantendo por 20 segundos. - Repetir 4 vezes. Foto 20 Foto 21 19 Posicionamento para o alongamento de forma ativa: (foto 22) Paciente: - Decúbito dorsal - Cotovelos estendidos - Segurando um halter em cada mão (1/2 Kg ou 1Kg) , Terapeuta: - Apenas orienta o paciente. Procedimento ou Execução ativa: (foto 23) - O paciente leva os MMSS da posição de adução horizontal a uma posição de abdução de ombro de ± 100° de forma que os alteres faça uma força em abdução horizontal. - Repetir por 4 vezes e manter 20 segundos. Foto 22 Foto 23 Observações: - Contra indicado em casos de instabilidade anterior de ombro. - Na forma ativa o paciente é orientado a permanecer com flexão de joelho e quadril (pés apoiados na maca), a fim de melhor posicionar a coluna lombar. Peitoral Menor: Indicações e Objetivos: - Espasmo do músculo peitoral menor: Promover relaxamento muscular. - Postura em inclinação anterior da escapula (descolamento do ângulo inferior da escápula do gradil costal) ou protusão do ombro. Melhorar o alinhamento da cintura escapular. 20 Posicionamento para alongamento passivo: (foto 24) Paciente: - Decúbito dorsal sobre um rolinho posicionado sob a coluna torácica; - Membros superiores ao lado do tronco com a palma das mãos voltadas para cima. Terapeuta: - Em pé próximo a cabeça do paciente - Uma das mãos estabiliza o ombro (apoia-se sobre a região do processo coracóide) e a outra mão apoia-se sobre as cinco primeiras costelas. Procedimento ou Execução passiva: (foto 24) - O terapeuta imprime uma força suave com a mão que está apoiada sobre as costelas, provocando depressão destas. A força é realizada durante cada expiração e mantida na inspiração; - A mão apoiada sobre o processo coracóide permanece imóvel apenas realizando estabilização. - Respeitar a tolerância do paciente , mantendo por 20 segundos. - Repetir 4 vezes. Foto 24 Observações: - Deve-se tomar cuidado com esta manobra em pacientes com osteoporose devido ao risco de fratura das costelas. - O uso de uma toalha sobre o processo coracóide pode evitar a ocorrência de dor durante a manobra. - A manobra pode ser efetuada simultaneamente dos dois lados desde que um outro terapeuta auxilie. Nessa forma, um dos terapeutas estabiliza cada um dos ombros enquanto o outro realiza a depressão do gradil costal a direita e a esquerda. Grande Dorsal: 21 Indicação e Objetivos: - Déficit de flexibilidade de flexão, rotação externa e abdução de ombro: Melhorar a ADM do ombro. - Postura em protusão de ombros e rotação interna de úmero, muitas vezes acompanhada de uma hiperlordose ao se flexionar o ombro. Melhorar o alinhamento da cintura escapular, úmero e coluna lombar. Posicionamento para alongamento passivo: (foto 25) Paciente: - Decúbito dorsal - Flexionar os quadris e joelhos. Terapeuta: - De pé, próximo a cabeça do paciente; - Pegar cada um dos membros superiores do paciente na região proximal do braço. Procedimento ou Execução passiva: (foto 25) - O Paciente realiza o movimento de flexão e rotação externa do ombro (como se estivesse olhando a palma das mãos), enquanto o terapeuta impõe um pouco mais de força nestas direções. - Respeitar a tolerância do paciente e manter por 20 segundos. - Repetir por 4 vezes. Foto 25 Posicionamento para alongamento de forma ativa: (foto 26) Paciente: - Ajoelhar em cima da maca (posição de quatro apoios ou com os cotovelos apoiados na maca). - Flexionar os ombros e manter uma rotação externa de ombros (palmas das mãos 22 voltadas para cima). Terapeuta: - Orientar o paciente. Procedimento ou Execução ativa: (foto 26) - Paciente realiza flexão de quadril e joelho (como se fosse sentar sobre o calcanhar) até o seu limite. Este movimento levará o ombro a um aumento de flexão. - Manter por 20 segundos; - Repetir por 4 vezes. Foto 26 Observações: - Ficar atento a possíveis compensações durante a execução desta manobra. Uma das mais comum é o paciente retornar para a posição de rotação interna de úmero. Bíceps Braquial: Indicação e Objetivos: - Postura em protusão de ombros, tilt escapular e slide anterior da cabeça umeral. Melhorar o alinhamento e o movimento das escápulas e ombros. - Aumento da rigidez muscular pós-imobilização: Melhorar a flexibilidade dos movimentos de extensão do cotovelo e pronação do antebraço. Posicionamento para alongamento passivo: (foto 27) Paciente: - Deitar em decúbito dorsal. - Membro superior ao lado do corpo, de modo que o braço possa ser estendido fora da maca. Terapeuta: - Sentar ao lado do paciente. 23 - Estabilizar com uma das mãos (mão proximal) o ombro do paciente. - Segurar com a outra mão o punho do paciente. Procedimento ou Execução passiva: (foto 28) - Com a mão distal o terapeuta realiza pronação do antebraço, extensão do cotovelo, e extensão do ombro. - Respeitar a tolerância do paciente. - Sustentar por 20 segundos e repetir 4 vezes. Foto 27 Foto 28 Posicionamento para alongamento de forma ativa: (foto 29) Paciente: - De pé, paralelo a uma parede. - Apoiar a palma da mão na parede, de forma que o ombro se mantenha entre 45º e 80º de abdução . Terapeuta: - Orientar o paciente e realizar ajustes para que ele sinta o alongamento no local correto. Procedimento ou Execução ativa: (foto 29) - O paciente mantém a mão apoiada a parede, e leva o tronco à frente, de forma que aumente a extensão do ombro. - Esta posição de alongamento se assemelha com a manobra de alongamento neural do nervo mediano. - Sustentar por 20 segundos e repetir 4 vezes. 24 Foto 29 Tríceps Braquial: Indicação e Objetivos: - Déficit de flexibilidade na flexão de cotovelos e ombros. Aumentar a flexibilidade desse músculo e melhorar os movimentos restritos. Posicionamento para alongamento de forma ativa: ( fotos 30 e 31) Paciente: - De pé ou sentado. - Realizar a flexão de ombro e cotovelo por cima da cabeça (movimento de coçar as costas). - Posicionar a outra mão sobre o cotovelo contralateral(braço a ser alongado). Terapeuta: - Orientar o paciente. Procedimento ou Execução ativa: (fotos 30 e 31) - Puxar o cotovelo do membro a ser alongado para trás da cabeça. - Manter o cotovelo em flexão para não diminuir a intensidade do alongamento. - Sustentar por 20 segundos e repetir 4 vezes. Foto 30 Foto 31 25 Deltóide Fibras Posteriores: Indicação e Objetivos: - Déficit de flexibilidade na flexão e rotação interna de ombro. Melhorar a flexibilidade nas amplitudes restritas. Posicionamento para alongamento passivo: (foto 32) Paciente: - Decúbito dorsal. Terapeuta: - De pé, ao lado do paciente. - Uma das mãos apoiada na borda lateral da escápula (mão proximal) e a outra (mão distal) apoia-se sobre o cotovelo do membro a ser alongado Procedimento ou Execução passiva: (foto 32) - Estabilizar a escápula com uma das mãos,. - A mão distal leva o ombro em ligeira flexão, adução horizontal e rotação interna. - Respeitar a tolerância do paciente. - Sustentar por 20 segundos e repetir 4 vezes. Foto 32 Observação: - O terapeuta deve variar um pouco o grau de flexão de ombro durante a manobra para colocar maior número de fibras do músculo em tensão de alongamento. Redondo Maior: Indicação e Objetivos: - Déficit de flexibilidade de flexão e/ou rotação externa do ombro. Melhorar a flexibilidade dos movimentos restritos. 26 - Déficit de adução e rotação inferior da escápula (comum em Pós Operatório ou pós-imobilização do ombro): Melhorar alinhamento escapular e ritmo escapulo- umeral. - Espasmos musculares: Proporcionar alívio e relaxamento muscular. Posicionamento para alongamento passivo: (foto 33) Paciente: - Decúbito lateral. Terapeuta: - De pé, ao lado paciente. - Estabilizar, com uma das mãos, a borda lateral da escápula. - Segurar, com a outra mão, o braço do paciente próximo ao cotovelo. Procedimento ou Execução passiva: (foto 33) - Mantendo a escápula fixa, levar o ombro do paciente em flexão e rotação externa. - Respeitar a tolerância do paciente. - Sustentar por 20 segundos e repetir 4 vezes. Foto 33 Redondo Menor: Indicação e Objetivos: - Déficit de rotação interna do ombro e alteração na artrocinemática da articulação Glenoumeral. Facilitar a depressão e a rotação interna da cabeça umeral. Posicionamento para alongamento passivo: (fotos 34 e 35) Paciente: - Decúbito lateral. 27 Terapeuta: - De pé, ao lado paciente. - Estabilizar, com uma das mãos, a borda lateral da escápula. - Segurar, com a outra mão, o braço do paciente próximo ao cotovelo. Procedimento ou Execução passiva: (fotos 34 e 35) - Realizar uma rotação interna de ombro e, em seguida, uma adução horizontal. - Respeitar a tolerância do paciente. - Sustentar por 20 segundos e repetir 4 vezes. Foto 34 Foto 35 Rombóides: Indicações e Objetivos: - Espasmo ou rigidez aumentada em rombóides: Promover relaxamento muscular; - Postura em adução e/ou rotação inferior da escápula por encurtamento dos rombóides. Melhorar posicionamento escapular. Posicionamento para o alongamento de forma passiva: (foto 36) Paciente: - Decúbito lateral - Membros superiores estendidos junto ao tronco Terapeuta: - De pé, de frente para o paciente, - Segurar a borda medial inferior da escápula do ombro não apoiado a maca ou a mão do paciente. Procedimento ou Execução passiva: (foto 36) - O terapeuta aplica um torque na borda medial-inferior da escápula ou no punho de forma a aumentar o movimento de abdução escapular. - Respeitar o limiar de tolerância ao alongamento do paciente, 28 - Manter por 20 segundos; repetir o procedimento 4 vezes. Foto 36 Posicionamento para o alongamento de forma ativa: (foto 37) Paciente: - Sentado; - Membros superiores cruzados (ombros aduzidos e a 90 de flexão); - Realiza flexão de tronco de forma que apoie os cotovelos sobre as faces laterais das coxas ( braço direito na coxa esquerda, braço esquerdo na coxa direita) Terapeuta: - Apenas orienta o paciente. Procedimento ou Execução ativa: (foto 38) - O paciente irá realizar uma abdução do quadril de forma que a adução dos ombros aumente e assim gere uma abdução escapular. - Orientar o paciente para atingir o limiar de tolerância ao alongamento, - Manter por 20 segundos; repetir o procedimento 4 vezes. Foto 37 Foto 38 Observações: - O procedimento também poderá gerar alongamento da cápsula posterior do ombro - Observar as primeiras execuções para certificar-se que o procedimento está correto. Extensores do punho e dedos: 29 Indicações e Objetivos: - Déficit de flexibilidade em flexão de punho e dedos, devido a encurtamento dos extensores do punho; Melhorar ADM´s limitadas pelo encurtamento; - Espasmo ou rigidez aumentada dos extensores do punho: Promover relaxamento muscular; - Casos de tendinose ou formação de tecido cicatricial (PO operatórios) dos músculos extensores do punho: Realinhar as fibras de colágeno. Posicionamento para o alongamento de forma passiva: (foto 39) Paciente: - Sentado com o membro a ser alongado sobre uma maca ou mesa (ombros relaxados) - Antebraço em pronação e cotovelo estendido Terapeuta: - Sentado, ao lado do paciente, - Uma das mãos (proximal) estabiliza o cotovelo e com a outra (distal) segura a mão do paciente em sua região dorsal. Procedimento ou Execução passiva: (foto 39) - Terapeuta, a partir da posição acima, realiza o movimento flexão de punho e dos dedos. - Respeitar o limiar de tolerância ao alongamento do paciente, - Manter por 20 segundos; repetir o procedimento 4 vezes. Foto 39 Posicionamento para o alongamento de forma ativa: (foto 40) Paciente: - Sentado, com o membro a ser alongado sobre uma maca ou mesa (ombros 30 relaxados) - Antebraço em pronação e cotovelo estendido - Mão contralateral segura mão do membro a ser alongado em sua região dorsal Terapeuta: - Apenas orienta o paciente. Procedimento ou Execução ativa: (foto 40) - O paciente utilizando a força da mão posicionada no dorso da mão do membro a ser alongado irá realizar uma flexão passiva de punho e dedos, - Orientar o paciente para atingir o limiar de tolerância ao alongamento: - Manter por 20 segundos; repetir o procedimento 4 vezes. Foto 40 Observações: - Questionar o paciente onde ele está sentindo o alongamento, já que a manobra pode estressar a cápsula articular do punho naqueles pacientes que não apresentam encurtamento dos músculos extensores do punho. - Pacientes com história de cisto sinovial na articulação do punho poderão ter sintomas de dor nesta articulação durante a manobra, sendo então, contra indicada a realização da mesma. - Observar as primeiras execuções para certificar-se de que o procedimento está correto. Flexores do Punho e Dedos: Indicações e Objetivos: - Déficit de flexibilidade em extensão do punho e dedos devido a encurtamento dos flexores do punho. Melhorar ADM´s limitadas pelo encurtamento; - Espasmo ou rigidez aumentada flexores do punho: Promover relaxamento muscular; - Casos de tendinose ou formação de tecido cicatricial (PO operatórios) dos músculos flexores do punho. Realinhar as fibras de colágeno. 31 Posicionamentopara o alongamento de forma passiva: (foto 41) Paciente: - Sentado com o membro a ser alongado sobre uma maca ou mesa (ombros relaxados) - Antebraço em supinação e cotovelo estendido Terapeuta: - Sentado ao lado do paciente, - Uma das mãos (proximal) estabiliza o cotovelo e com a outra (distal) segura a mão do paciente em sua região palmar Procedimento ou Execução passiva: (foto 41) - Terapeuta, a partir da posição acima, realiza o movimento extensão do punho. - Respeitar o limiar de tolerância ao alongamento do paciente, - Manter por 20 segundos; repetir o procedimento 4 vezes. Foto 41 Posicionamento para o alongamento de forma ativa: Paciente: - Sentado, com o membro a ser alongado sobre uma maca ou mesa (ombros relaxados) - Antebraço em pronação e cotovelo estendido - Mão contralateral segura mão do membro a ser alongado em sua região palmar. Terapeuta: - Apenas orienta o paciente. Procedimento ou Execução ativa: (foto 42) - Paciente realiza extensão passiva de punho, utilizando a força da mão posicionada na palma da mão do membro a ser alongado. 32 - Orientar o paciente a atingir o limiar de tolerância ao alongamento, - Manter por 20 segundos; repetir o procedimento 4 vezes. Foto 42 Observações: - Observar as primeiras execuções para certificar que o procedimento está correto. Alongamento de músculos do Tronco e Pescoço: Quadrado Lombar: Indicações e Objetivos: - Espasmo do músculo quadrado lombar em escoliose antálgica (alongar o lado da concavidade). Relaxar o músculo e melhorar alinhamento da pelve. - Escoliose estrutural. Alongar do lado da concavidade para tentar evitar uma evolução da mesma. Posicionamento para alongamento passivo: (foto 43) Paciente: - Decúbito lateral na beira da maca sobre um rolo; - Braço do lado sem contato com a maca em abdução/flexão total; - Membro Inferior em contato com a maca em flexão de quadril e de joelho; - Membro sem contato com a maca em extensão de joelho e quadril em neutro. Terapeuta: - De pé, ao lado a maca, próximo às costas do paciente; - Uma mão segura a coxa do paciente (mão distal) e a outra é posicionada sobre as últimas costelas (mão proximal). Procedimento ou Execução passiva: (foto 43) - Terapeuta realiza movimento de adução da perna com a mão distal e de elevação 33 das costelas com a mão proximal (inclinação do tronco); - Realizar o movimento até o limite de alongamento do paciente, sustentando por 20 segundos; - Repetir o procedimento 4 vezes. Foto 43 Observações: - Observar se o paciente está posicionado corretamente; - A mão distal pode ser apoiada na crista ilíaca, porém o apoio na coxa proporciona uma maior alavanca, permitindo ao terapeuta usar de menor força; - Ficar atento a rotações da coluna lombar que poderão provocar dor. Reto Abdominal: Indicações e Objetivos: - Déficit de extensão da coluna por encurtamento do reto abdominal (comum em casos de pubalgia). Melhorar ADM limitada; - Retroversão pélvica pelo encurtamento do reto abdominal. Melhorar alinhamento da pelve. - Espasmo da musculatura. Relaxar a mesma. Posicionamento para alongamento passivo: (foto 44) Paciente: - Inicialmente sentado na bola suíça passando para deitado com ajuda do terapeuta; - Deitado em decúbito dorsal sobre uma bola suíça; - Quadril em extensão e semi-flexão de joelhos. Terapeuta: - De pé, estabilizando a bola; - Uma perna do paciente entre as pernas do terapeuta; - Uma mão segura a coxa do paciente a ser alongada distalmente (mão distal) e a outra é posicionada sobre as últimas costelas contra-laterais à mão distal (mão 34 proximal). Procedimento ou Execução passiva: (foto 44) - Terapeuta realiza o movimento de extensão de quadril com a mão distal e de elevação das costelas com a mão proximal (movimento cruzado); - Realizar de um lado depois inverte e fazer do outro; - Realizar o movimento até o limite de alongamento do paciente, sustentando por 20 segundos em cada lado; - Repetir o procedimento 4 vezes. Foto 44 Observações: - Ficar atento a esta manobra, pois ela aumenta a Pressão intracraniana e com isso provocar sensação de vertigem ao ser realizada. Não é indicada para quem possui hipertensão arterial, insuficiência da artéria vertebral ou risco de AVE; - Ajudar o paciente passar de sentado para deitado e de deitado para sentado dando a mão para o paciente. Esternocleidomastóideo (ECOM): Indicações e Objetivos: - Déficit de flexibilidade em inclinação contralateral e/ou rotação homolateral ao músculo acometido. E ainda, déficit de flexibilidade em flexão da coluna cervical alta quando acometido de forma bilateral: Melhorar ADM´s limitadas pelo encurtamento; - Torcicolo e/ou espasmo do ECOM escalenos. Promover relaxamento muscular; Posicionamento para o alongamento de forma passiva: (foto 45) Paciente: - Decúbito dorsal Terapeuta: - Sentado em um banco acima da cabeça do paciente - Segurar, com uma das mãos, a cabeça do paciente (mão superior) - Com a outra mão estabiliza a região do osso esterno e clavícula (mão inferior); 35 Procedimento ou Execução passiva: (foto 45) - O terapeuta utilizando a mão proximal leva passivamente o pescoço em extensão leve, inclinação contralateral ao lado do músculo a ser alongado e uma rotação também contralateral. - A mão que estabiliza a região do osso esterno e clavícula não deve mexer - Respeitar o limiar de tolerância ao alongamento. - Manter por 20 segundos no mesmo; repetir o procedimento 4 vezes. Foto 45 Observações: - Em casos de pacientes com deficiência de ADM em coluna cervical por alterações articulares, esta técnica poderá não ser tolerada. Escalenos: Indicações e Objetivos: - Déficit de flexibilidade em inclinação e/ou rotação do pescoço homolateral ao lado acometido devido encurtamento dos escalenos. Melhorar ADM´s limitadas pelo encurtamento; - Espasmo de escalenos. Promover relaxamento muscular; Posicionamento para o alongamento de forma passiva: (foto 46) Paciente: - Decúbito dorsal; Terapeuta: - Sentado, atrás do paciente. - Uma das mãos segura a cabeça (mão superior) e com a outra mão estabiliza as duas primeiras costelas (mão inferior). Procedimento ou Execução passiva: (foto 46) - O terapeuta utilizando a mão superior realiza uma ligeira extensão de pescoço, 36 inclinação e rotação para o lado oposto, - Em seguida deve solicitar ao paciente que realize uma inspiração e durante a expiração o terapeuta deprime as costelas com a mão distal mantendo a mão proximal imóvel. - Respeitar o limiar de tolerância ao alongamento. - Manter por 20 segundos no mesmo; repetir o procedimento 4 vezes. Foto 46 Observações: - Em casos de pacientes com deficiência de ADM em coluna cervical por alterações articulares, esta técnica poderá não ser tolerada. O contato da mão distal do terapeuta com as duas primeiras costelas poderá ser doloroso (informar ao paciente). Elevador da Escápula: Indicação e Objetivos: - Postura em protusão de pescoço. Melhorar o alinhamento e o movimento da coluna cervical. - Postura em rotação inferior da escápula. Melhorar o alinhamento e os movimentos escapulares. - Espasmo muscular (músculo muito acometido nos torcicolos).Promover alívio e relaxamento muscular. Posicionamento para alongamento passivo: (foto 47) Paciente: - Deitar em decúbito dorsal. Terapeuta: - De pé, próximo à cabeça do paciente; - Deprimir a escápula do lado a ser alongado (ou somente fixá-la para que não se mova durante a técnica); - Segurar, com a outra mão, a cabeça do paciente, envolvendo a mão sob o seu 37 pescoço. Procedimento ou Execução passiva: (foto 47) - A mão apoiada sobre a cabeça do paciente leva passivamente o pescoço do paciente em flexão e inclinação lateral. - Permanecer com a mão que está sobre o ombro imóvel; - Respeitar a tolerância do paciente; - Sustentar por 20 segundos e realizar 4 repetições. Foto 47 Posicionamento para alongamento de forma ativa: (foto 48) Paciente: - Sentar em uma cadeira ou na ponta da maca. - Segurar a cadeira com a mão do lado a ser alongado (objetivo de deprimir a escápula). - Posicionar a outra mão atrás da cabeça (região occipital). Terapeuta: - Orientar o paciente. Procedimento ou Execução ativa: (foto 48) - O paciente impõe uma força descendente e lateral utilizando a mão que está apoiada sobre a região occipital, realizando flexão de pescoço com ligeira rotação contrária ao lado a ser alongado. - Sustentar por 20 segundos e repetir 4 vezes. 38 Foto 48 Trapézio Superior: Indicação e Objetivos: - Postura em elevação escapular, situação onde o paciente parece ter um pescoço curto, onde o alinhamento horizontal do acrômio se encontra acima de T1 (pouco comum). Diminuir a rigidez e melhorar o alinhamento e o movimento escapular e cervical. - Espasmo muscular e presença de pontos gatilhos. Promover alívio e relaxamento. Posicionamento para alongamento passivo: (foto 49) Paciente: - Deitar em decúbito dorsal. Terapeuta: - Sentar atrás da cabeça do paciente. - Posicionar uma das mãos na região do ombro do paciente. - Colocar a outra mão na região lateral da cabeça do paciente. Procedimento ou Execução passiva: (foto 49) - Realizar a depressão da escápula e uma inclinação contralateral do pescoço. - Respeitar a tolerância do paciente. - Sustentar por 20 segundos. - Repetir 4 vezes. Foto 49 Posicionamento para alongamento de forma ativa: (foto 50) Paciente: - Sentar em uma cadeira ou na extremidade da maca. - Segurar na cadeira ou na maca com a mão do lado a ser alongado. - Segurar com a outra mão a região lateral da cabeça. 39 Terapeuta: - Orientar o paciente. Procedimento ou Execução ativa: (foto 50) - O paciente utilizando a mão que está apoiada sobre a região lateral da cabeça realiza inclinação lateral do pescoço, contralateral ao lado a ser alongado. - Sustentar 20 segundos e repetir 4 vezes. Foto 50 Observações: - Evitar que o paciente fique em uma postura desleixada (aumento da cifose e protusão de pescoço). - Manobra pouco indicada para pacientes que já possuem depressão escapular.
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