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Design de Interiores (Representação) - Livro-Texto Unidade III

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Unidade III
Unidade III
5 MATERIAIS DE ACABAMENTO
É preciso conhecer os materiais de construção na sua totalidade para saber como utilizá-los na 
decoração, já que é necessário projetar o ambiente conjuntamente com os elementos que o compõem, 
principalmente, do ponto de vista funcional e estético. 
Para alcançar um ambiente harmônico, atenção ao utilizar os materiais de revestimento de piso, 
parede e teto, a fim de não haver grandes variações. O revestimento de piso não deve ultrapassar dois 
materiais (por exemplo: cerâmica e madeira), uma vez que os móveis e os elementos de decoração sobre 
as paredes acrescentarão novas cores e texturas. A escolha adequada do material valoriza o aspecto 
decorativo sem prejudicar o estilo da decoração.
Os móveis juntamente com os materiais devem estar em harmonia, para aumentar o valor da 
decoração e, ao mesmo tempo, suprir funcionalidade de acordo com cada ambiente. Há um grande 
número de materiais disponíveis no mercado que aliam a funcionalidade à estética, permitindo estar 
dentro do limite orçamentário do cliente.
O aço pode ser composto de uma chapa lisa, estampada ou perfurada, com motivos geométricos 
ou irregulares. Sua aplicação pode ser na parede e no teto, possibilitando a utilização de grandes vãos a 
fim de compor ambientes sofisticados. Harmoniza-se com materiais como o alumínio. A conservação é 
simples, com pouco desgaste, e possui uma boa reflexão do som e da luz.
O alumínio natural ou anodizado também são chapas lisas ou estampadas, com perfis diversos nas cores 
e muito luminosos. Pode revestir paredes e tetos, obtendo-se efeito de requinte, e também ser utilizado em 
pequenos ambientes de forma mais simples. Deve ser combinado com madeira, tecido, vidro e couro para 
haver contraste e a sua aplicação com metais em geral deve ser evitada, mesmo os inoxidáveis. Uma sugestão 
é aplicá-lo em sala grande de cor escura. É de fácil conservação e apresenta bom reflexo de luz e som.
 Observação
Em relação à aplicação do aço ou do alumínio em ambientes menores, 
a sugestão é optar por um elemento pequeno, mas com um design que 
contribua para a decoração e a valorize. 
A madeira possui uma grande variedade de tons, que oscilam entre claro e escuro, e veios. É indicada 
a sua aplicação em locais frios, já que confere ao ambiente calor, aconchego e intimidade. Vale para 
ambientes luxuosos e simples. 
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DESIGN DE INTERIORES (REPRESENTAÇÃO)
A madeira combina perfeitamente com outros materiais, como aço, pedra, cerâmica e mármore. 
É muito resistente ao meio ambiente, mas sensível à umidade. É um bom isolante térmico e 
acústico. Sua aplicação como assoalho (piso) é por encaixe, sendo fixada a uma estrutura instalada 
no contrapiso (barrote), com acabamento que pode ser natural, envernizado, acetinado, fosco ou 
brilhante. O parquete de taco adere diretamente à camada de cimento por meio de cola. Seu 
desgate é regular e a conservação normal. Se a aplicação for na parede, o desgate será nulo, e sua 
conservação, fácil.
O piso vinílico é um produto 100% de PVC, de fácil instalação, aplicado sobre um contrapiso nivelado. 
A manutenção é simples e, por ser um piso não poroso, impede a presença de bactérias e fungos. 
Resistente a agua e a cupim, não deforma nem empena; oferece um conforto térmico e visual.
O piso laminado é constituído de lâmina de aglomerado High Density Fiberboard (HDF) – painel 
de fibra de alta densidade –, com largura e comprimento variado e uma camada superior que exibe a 
estampa decorativa (tipo da madeira, cor e veio) artificial e protegida pela resina de melamina. A fibra 
de madeira pode ser de pínus ou eucalipto de reflorestamento. Oferece resistência, homogeneidade e 
estabilidade dimensional.
Em relação à cerâmica, existe um revestimento de piso e parede para cada tipo de ambiente (interno 
e externo). A característica de cada tipo de cerâmica determina suas propriedades de superfície e 
resistência. O revestimento de superfície com brilho risca com facilidade, devendo-se evitá-lo em área 
com muito tráfego e uso. Todo revestimento possui a informação da resistência à abrasão Porcelain 
Enamel Institute (PEI) – Instituto de Esmalte Porcelânico –, com uma classificação de 1 até 5. A 
classificação 1 é baixa resistência, e a classificação 5 é alta resistência. 
O porcelanato é um material uniforme, de alta resistência à abrasão física e química, baixa porosidade 
e absorção de água menor ou igual a 0,5%. A grande variação de cor, textura e tamanho possibilita a sua 
utilização em todos os ambientes (internos e externos) de uma residência.
O couro é um material natural, que predomina nas cores neutras (branca, preta e bege), além de 
em algumas cores quentes e vivas. Sua aplicação em móveis e também em paredes cria ambientes 
confortáveis, sofisticados ou rústicos. Deve-se evitar a sua combinação com materiais como plástico, e 
pode ser utilizado com outros tipos de tecido, madeira e aço. Sua conservação requer cuidados.
A pedra é muito utilizada na decoração de ambientes. Existe numa grande variedade de cores e 
texturas. Seu aspecto é mais ou menos compacto, com superfície lisa e porosa. Apresenta-se em blocos 
para a construção e em placas para o revestimento. É indicada para espaços amplos. Não se harmoniza 
com papel de parede, tecido e pintura com textura. É muito resistente às intempéries climáticas. 
O mármore tem um aspecto mais fino e liso, segundo o grau de polimento. Suas cores são variadas 
(verde, azul, branco, preto, vermelho, cinza, amarelo, ocre, bege) e possui tonalidades e nervuras diversas 
e exclusivas. O mármore produz ambientes com sensação de luxo. Esse material no piso é ligeiramente 
escorregadio devido a seu polimento e à aplicação de verniz ou resina. 
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Unidade III
O carpete é um revestimento têxtil que cobre total ou parcialmente o contrapiso de um 
ambiente. O carpete mecânico é confeccionado industrialmente sobre uma tela de polipropileno, 
de cor clara ou escura, antialérgica, antiestática, antichamas e de alta resistência. São deteminados 
o tamanho, a tonalidade e o desenho. O fio pode ser enrolado ou cortado, com uma única cor 
ou cores diversas, dependendo do desenho. Há vários tipos de carpete. Os mais comuns são de 
chenille e tufados.
No ambiente construído, os materiais dominantes estão na área de piso, parede e teto. Esses materiais 
indicam o estilo da construção e, consequentemente, o estilo da decoração. 
 Observação
Sob o aspecto decorativo, os materiais podem ser principais ou 
secundários. Os principais são os tipos de ornamentação, como piso, gesso 
e luminária; os secundários são os de impermeabilização, isolamento 
acústico e térmico etc.
5.1 Piso
Atualmente, existem vários materiais para revestimento de piso que alinham beleza e funcionalidade, 
dentro dos limites de cada ambiente ou zona de uma edificação, seja na área interna, seja na área 
externa. A escolha do material deve considerar características funcionais, como resistência, durabilidade 
e manutenção, e caracteríticas estéticas, como cor, textura, tamanho e acabamento. 
Para a escolha correta do piso de cada ambiente, inicialmente, é preciso saber qual é o clima em que 
a edificação está inserida, o estilo da construção e, depois, a especificação da edificação. 
Uma residência é classificada por zonas, de acordo com as especificações a seguir:
• Área interna: 
— zonasocial;
— zona íntima;
— zona de serviço. 
• Área externa: 
— zona de serviço;
— zona de lazer.
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DESIGN DE INTERIORES (REPRESENTAÇÃO)
Área interna – zona social
Na área social, pode ser utilizado piso cerâmico, porcelanato, pedra, mármore, madeira, monolíticos 
e borracha. É importante saber o grau de uso desses espaços para a melhor escolha do material, devido 
ao tráfego, à presença de água, à gordura, ao sol constante, ao carrinho de bebê, às patas do cachorro, 
ao sapato feminino (o tipo de salto), ao material de limpeza, entre outros, pois são elementos que 
agridem diariamente o piso.
Área interna – zona íntima
Outra área que pode receber vários tipos de revestimento, como cerâmica, piso monolítico e materiais 
quentes e aconchegantes (madeira, carpete, carpete de madeira, pisos de borracha). É um ambiente que 
costuma ter baixo tráfego, uma área em que andar descalço reflete descontração e intimidade.
Área interna – zona de serviço
Zona de serviço ou áreas molhadas (banheiros, cozinha, lavanderia, depósito) são ambientes de 
alto tráfego, com água, gordura, material de limpeza, entre outros. Precisam de piso com alto índice de 
resistência, podendo ser de cerâmica, porcelanato, monolito, cimento queimado, placas de concreto, 
ladrilho hidráulico, granilite, epóxi etc. Os pisos devem ser resistentes e de fácil manutenção.
Área externa
Na escolha do piso de área externa, deve-se ter atenção às intempéries, como sol e chuva, e ao alto 
tráfego. É importante que ele seja resistente, durável, antiderrapante e atérmico na área de piscina, 
garantindo a segurança dos moradores. Os pisos de cerâmica e porcelanato devem ter o acabamento 
rústico, fulget ou madeira (muito utilizado em decks); as pedras usadas são mineira, São Tomé, 
portuguesa, placas de concreto, concreto decorado, bloco de concreto, entre outras. 
5.2 Parede
A parede é um elemento importante na decoração de um ambiente. O dimensionamento e a área 
de vazio determinarão o tipo de complemento mais adequado para obter harmonia e equilíbrio na 
decoração. Antes de iniciar a colocação de quadros ou outro elemento decorativo, convém considerar o 
estilo da decoração do ambiente, entendendo que as paredes devem ter um caráter definitivo de área de 
complementação e finalização do ambiente. O revestimento que cobre e decora, de acordo com o aspecto 
visual, pode ser classificado como parede muito decorada, parede com muito relevo e parede lisa.
As paredes muito decoradas são aquelas que apresentam pintura, papel de parede, tecido ou 
revestimento cerâmico com motivos grandes, intensos ou coloridos. Há uma sensação de que o ambiente 
é menor, porque, visualmente, parece que as paredes com esses elementos aproximam-se de quem as 
vê. Geralmente essas paredes não precisam de elementos de decoração ou quadros, mas, caso queira, 
terá que criar grandes contrastes para serem notados. Um complemento liso e simples serve para não 
reduzir mais o espaço. 
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Unidade III
O uso de texturas, papel de parede com motivos de figuras grandes ou tecido de cores fortes aplicados 
em toda a parede é recomendável. Deve ser evitada, porém, a utilização em todas as paredes do ambiente. 
Dê preferência à aplicação desse elemento na parede menor, para que o ambiente fique harmonioso. 
As paredes com relevo, com textura rugosa (pedra, mármore, madeira, metal), apresentam o mesmo 
problema que a parede muito decorada. O elemento de decoração não deve ser simples e liso, e sim 
grande, volumoso, para que seja destacado, e a sua presença, acentuada.
Uma parede lisa, cujo revestimento apresente uniformidade, textura e cor, não oferece nenhuma 
limitação de elementos decorativos, visto que o fundo é tratado como base para qualquer elemento 
decorativo. Esse tipo de parede aumenta visualmente as dimensões de largura e altura do ambiente, 
requerendo a decisão do projetista sobre a melhor forma de utilizar os elementos decorativos.
A seguir, uma tabela com recomendações para elementos de decoração na parede, em que 1 
corresponde à parede muito decorada, 2 à parede com relevo e 3 à parede lisa. 
Quadro 1 – Recomendação de elementos de decoração em parede
Tipo de parede Elemento de decoração Observações
1 e 3
Desenhos e gravuras que apresentam 
uma ou duas cores sobre fundo liso, de 
cor clara ou escura.
É interesante a moldura ser simples e lisa e o desenho 
estar entre vidros ou mesmo em moldura de caixa 
alta. Dê preferência a margem clara se o fundo for 
escuro e a margem escura se o fundo for claro.
3 Aquarela, litografia colorida, desenho em pastel, com margem branca.
Para esse tipo de arte, é preferível moldura de 
madeira natural, dourada ou prateada. É conveniente 
que o motivo contraste com a cor da parede.
2 e 3 Cartazes, fotografias, reprodução de qualquer tipo, tapeçaria, sem margem.
Colados a um tabuleiro ou uma superfície de madeira 
com aresta viva e suspensa.
2 e 3 Pintura tradicional com tema figurativo, antigo ou moderno.
O quadro deve estar mais emoldurado, com mais 
detalhes, sobre a superfície 2.
1 e 2 Pintura contemporânea: abstrata, surrealista, pop art, entre outras.
Pinturas em painéis dispensam moldura. Se for 
necessária, use uma moldura simples, reta e de metal.
2 e 3
Pequenas esculturas de ferro, barro, 
madeira, ou objetos folclóricos, 
máscaras, relógio etc.
Fixados individualmente ou em grupo, em parede 
lisa e clara.
2
Objeto de coleção: traje antigo exposto 
em vitrine (casaco, bota, instrumento de 
caça, chapéu etc.)
Superfície de pedra, com tijolo aparente ou de 
aspecto rústico.
1 Objetos de prata e cobre (prato, jarro, medalha, travessa etc).
Superfície de cor fria ou quente, preferencialmente 
de madeira.
3 Objeto de cerâmica ou porcelana. Superfície clara para destacar o objeto de decoração.
1 e 2 Espelho. A moldura deve ser determinada a partir da superfície existente.
3 Coleção (borboleta, selo, moeda etc.).
Indica-se superfície de revestimento de tecido ou 
madeira natural.
2 Escultura de grande dimensão, de madeira, ferro ou plástico.
A superfície deve sempre contrastar com 
a cor do objeto.
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DESIGN DE INTERIORES (REPRESENTAÇÃO)
5.3 Cor
A cor das paredes, com revestimento que pode ser tinta, tecido, papel ou material como madeira e 
plástico, influi visivelmente no conforto visual e no dimensionamento do ambiente. Como regra geral, 
entende-se que as cores quentes aproximam as paredes e criam uma sensação de intimidade. As cores 
frias produzem o contrário, isto é, afastamento entre as paredes opostas. 
Exemplo de estudo de cores (a base é a cor vermelha, cor quente escura): 
• Número 1: tom complementar A. 
• Número 2: tom complementar B. 
• Número 3: tons para pequenas superfícies. 
A figura a seguir possibilita criar ambientes harmônicos de cores quentes e frias. A cor vermelha pode 
ser trabalhada apenas com um tom complementar A ou tom complementar B ou pode ser utilizada a 
gama de tons A, B e C no mesmo ambiente.
Figura 55 – Estudo de cores; base: cor vermelha
Os tons escuros e brilhantes, como espelhos, proporcionam aumento aparente do espaço. Os tons 
escuros e quentes, principalmente quando utilizados em tintas, tecidos ou papéis de parede, diminuem 
o ambiente. O uso de cores para estabelecer contraste pode minimizar o efeito.
Papéis de parede com desenhos, ou tecidos com estampas ou relevo, indicamuma divisão clara no 
ambiente. Assim, deve-se utilizá-los com precaução. Para aumentar de forma proporcional as dimensões 
do ambiente, o recurso deve ser empregado nas paredes, nunca no teto. Um teto com desenho elaborado 
de gesso, ou revestido com papel de parede ou pintura com cores, ou com aplicação de madeira com 
desenho repetitivo, cria a sensação de redução do ambiente.
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Unidade III
Se a proposta for reduzir um ambiente para torná-lo mais íntimo, isso pode ser realizado apenas 
com a distribuição de móveis, criando ambientes, construindo divisórias ou mesmo utilizando biombos 
com variações de tamanho, material, cor e estilo.
Os elementos verticais, com desenhos de linhas na parede, criam a ilusão de diminuir a largura do 
ambiente e elevar a altura do teto, enquanto as linhas horizontais reduzem a altura do teto e prolongam 
o ambiente. Por exemplo, a aplicação de um revestimento cerâmico com dimensões de 0,30 cm x 0,60 cm 
em um banheiro com um ambiente largo e teto baixo deve ser verticalmente; ao contrário, em um 
banheiro de ambiente estreito com teto alto, a aplicação deve ocorrer horizontalmente.
5.4 Iluminação
A luz natural proporciona a visualização de todos os elementos existentes ao nosso redor. Quando 
amanhece, as visualizações na faixa de luz do visível ocorrem em tom quente avermelhado. À medida 
que o dia vai passando, essa luz varia de tons de avermelhado até a cor branca e, no final do dia, volta a 
ficar alaranjada (figura a seguir). Esse fenômeno regula toda a vida no planeta e nos orienta sobre como 
devem ser iluminados os diversos ambientes de acordo com as necessidades individuais.
Figura 56 – Indicação de cores da luz natural
Em relação à iluminação artificial de uma residência, inicialmente, deve-se considerar o tipo de 
atividade exercida em cada ambiente. Por exemplo: a área de serviço exige rigor devido às suas funções, 
como cozinhar, passar roupa e costurar; há ambientes em que são exercidas práticas que requerem 
atenção, como estudar, maquiar-se e barbear-se; outros são para momentos de lazer, como assistir à 
televisão, escutar música ou receber amigos. 
Outro aspecto importante é o tempo que se pretende permanecer no espaço. Considerando isso, 
elegem-se pontos da decoração ou da arquitetura que merecem ser valorizados com a iluminação.
Deve ser considerado o posicionamento da luminária para garantir uma iluminação correta no 
ambiente, a fim de não ocorrer ofuscamento direto (visualização da lâmpada) ou indireto (iluminação 
sobre superfícies brilhantes e refletoras), prejudicando a visão. O estudo da posição e do tipo de luminária 
e a escolha correta da lâmpada permitem um maior conforto ambiental e visual.
A iluminação artificial reproduz a mesma sensação de conforto que a iluminação natural traz para 
o homem. As lâmpadas possuem uma temperatura de cor, e sua unidade de medida é em kelvin (K). 
Quanto maior for o número, mais fria será a cor e, quanto menor for o número, mais quente será a 
cor. Por exemplo: uma lâmpada com temperatura de cor de 2700 K terá uma tonalidade quente, e será 
muito utilizada para ambiente calmo e de descanso; uma lâmpada com temperatura de cor de 7000 K 
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DESIGN DE INTERIORES (REPRESENTAÇÃO)
terá tonalidade fria, e será própria para área de trabalho. O ideal para uma residência é a variação entre 
3000 e 5000 K.
Em uma residência, nas áreas sociais e nos dormitórios, utilizam-se tons mais quentes ou neutros, 
para relaxamento e aconchego. Em áreas como lavanderia, cozinha, banheiro, sala de estudo ou escritório, 
por sua vez, indicam-se tons frios, induzindo uma maior atenção nas atividades.
Outro elemento importante existente na lâmpada é o índice de reprodução de cor (IRC). A luz 
é composta pelas sete cores do arco-íris, e os pigmentos contidos nos objetos têm a capacidade 
de absorver determinadas cores e refletir outras. Portanto, a qualidade de reprodução das cores 
está na correta escolha da lâmpada, que pode interferir diretamente na decoração, alterando ou 
mantendo as cores escolhidas. Um dos pontos mais significativos na decoração de um ambiente 
são a harmonia e a combinação das cores, o que pode ser prejudicado se não forem escolhidas 
as lâmpadas adequadas. A capacidade da lâmpada em reproduzir bem as cores independe de sua 
temperatura de cor (K). Indica-se a utilização de lâmpadas com boa reprodução de cores (IRC 
acima de 80) para área residencial.
O efeito da luz direta, cujo fluxo luminoso é dirigido no sentido de cima para baixo, em uma 
determinada área e de forma intensa, será uma visualização clara (figura a seguir).
Figura 57 – Iluminação direta
A luz indireta segue um fluxo luminoso direcionado para cima, que ilumina essencialmente o teto, 
e o ambiente por reflexão. Cria-se um efeito de iluminação em degradê, do mais intenso ao mais suave, 
deixando o ambiente com luz homogênea (figura a seguir).
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Unidade III
Figura 58 – Iluminação indireta
 Lembrete
Dependendo da função a que se destinam, podem-se escolher diferentes 
tipos de iluminação: luz indireta para teto e paredes, tanto para a iluminação 
geral do espaço como para a criação de efeitos especiais de iluminação; luz 
difusa/dispersa para iluminação geral; luz direta de um projetor para luz de 
trabalho ou de realce; luz direta e confortável para a mesa das refeições, 
sofás e camas; luz sinalizadora de degraus e caminhos; luz colorida para os 
quartos das crianças e para festas.
6 ELEMENTOS DE COMPOSIÇÃO
6.1 Espelho
O uso de espelhos contribui para o aumento do ambiente, devido à sensação de perspectiva, 
profundidade e duplicidade das dimensões do espaço. Para criar um efeito de profundidade plena, 
basta revestir totalmente a superfície da parede, atingindo as arestas dos ângulos formados 
pelo teto, pela parede e pelo piso. Os espelhos têm a possiblidade de estabelecer uma dinâmica 
com variações de tamanho, forma e utilização nos ambientes. A aplicação de painel fotográfico, 
desenhos ou pinturas sobre grandes superfícies proporciona perspectiva, profundidade e um 
ambiente requintado. 
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DESIGN DE INTERIORES (REPRESENTAÇÃO)
6.2 Anteparos e biombos
Os anteparos servem para reduzir aparentemente um ambiente, criando zonas para diferentes 
usos. Os anteparos podem ser opacos ou translúcidos. Geralmente, os painéis fixos são os opacos. 
Utilizam-se materiais diversos, como madeira, gesso acartonado, tijolo de vidro ou cobogó. Existem 
divisórias movéis que deslizam sobre trilho, guia ou calha, ou que se enrolam na parte superior, 
fixadas na parede ou no teto. 
Os biombos são modelos de divisórias móveis e dobráveis, compostos de uma armadura metálica 
ou de madeira sobre a qual se fixa um revestimento de tecido, plástico ou papel. Podem ser adquiridos 
com medidas fixas ou encomendados para que tenham dimensionamento e acabamento desejados. 
Essas divisórias estão providas de fechaduras e puxadores e podem ser utilizadas em ambientes diversos. 
Indicam-se cores neutras, como branco e bege.
6.3 Tapetes e cortinas
Os tapetes são muito usados nos ambientes residenciais. Não há registro das origens desses 
elementos, considerados tão importantes na decoração de ambientes. Eles estão presentes na história 
de várias naçõese etnias, identificadas através dos desenhos, dos tipos de tramas e fios e da técnica de 
tecer, que funcionam como uma assinatura no objeto. 
Hoje existem tapetes fabricados por artesãos (feitos à mão) e tapetes industrializados. No Brasil, há 
os confeccionados por artesãos, conhecidos como tapete mineiro. De origem portuguesa, são feitos com 
a técnica de arraiolo, casa caiada ou barroco. 
Os tapetes orientais são muito apreciados pelo público, devido ao seu tamanho diversificado, ao 
desenho, às cores, às tramas, ao material do fio, à beleza e, principalmente, ao seu valor cultural. 
Cada país desenvolve um processo de fabricação. Apesar de existirem poucas variações na execução 
de nós e amarrações, há possibilidades de compor infinitos padrões. Em geral, a procedência do tapete 
é identificada pela técnica usada para confeccioná-lo, os desenhos e cores que caracterizam a cultura, 
o simbolismo religioso etc.
Os tapetes de origem chinesa tradicionalmente usam cores claras (tons pastéis) e desenhos de 
natureza (pássaros e flores) e não utilizam formas geométricas. Os tapetes orientais de procedência da 
Turquia, do Irã, do Paquistão, entre outros, são identificados com as características da cultura regional, 
que mistura cores, formas geométricas, flores e animais, com inspiração na natureza. 
As flores sempre representam a cidade de origem do tapete. O ouro e a prata também estão presentes 
nas manufaturas dos tapetes. O material mais usado é a lã natural. Os principais tapetes são: Shirvan 
e Karabag (Cáucaso); Shiraz, Farahan, Meshed e Saruk (Pérsia); Yarkand, Lezghi e Bukhara (Turquestão); 
Pequim (China); Nule (Sardenha); Lorca e Sandro Martini (Espanha); Arraiolo (Portugual); no Brasil, a 
tapeçaria de Porto Alegre. 
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Unidade III
Os tapetes feitos à mão possuem uma qualidade única; são identificados pela sequência e regularidade 
dos nós e pela simbologia dos desenhos presentes.
Ao utilizar um tapete no ambiente, deve-se ter cuidado para não cometer equívocos, a fim de que 
ele não represente um excesso na decoração. Estude primeiro qual é o ambiente e sua função, qual é 
a proposta da decoração e seu dimensionamento. Para os diversos ambientes, como sala de estar, sala 
de TV (home theater), dormitórios e banheiros, escolher o tapete adequado valoriza a decoração. Evite 
utilizá-lo na sala de jantar, pois os pés das cadeiras sempre enroscam no tapete, o que pode levar a 
acidentes, e porque alimentos podem cair sobre ele. 
Hoje, uma boa opção para residência que possui cachorro, criança e pessoa alérgica é o tapete com 
fibra sintética, que facilita a limpeza e a manutenção e é mais resistente. 
Em casa que reside idoso, é necessário que os tapetes tenham no verso fitas adesivas antiderrapantes, 
para que eles não sejam um obstáculo no qual o idoso tropece. Os emborrachados ou de tecido, ambos 
com fita antiderrapante no verso, são sugestões para utilizar em banheiros. 
No desenvolvimento de um projeto utilizando tapete, é preciso identificar a hieraquia de 
importância, como: 
• Se o tapete for a peça principal, qualificado como objeto de arte, o projeto deve iniciar-se com 
essa peça, para que seja o elemento de destaque do ambiente. 
• Se o tapete for parte da decoração, verificar o dimensionamento do ambiente e o tamanho do 
tapete, para que não haja erro. É importante que ele não seja do tamanho do ambiente, a fim de 
deixar uma borda do piso à mostra, como uma moldura. 
• Se for colocado em uma sala ou um dormitório, as pontas devem ficar embaixo do sofá ou da 
cama, valorizando o ambiente. Para não errar na escolha do tapete, ele deve ter a mesma gama 
de tons de cores do restante da decoração ou deve haver equilíbrio entre o tapete e as cores e 
estampas dos outros móveis e objetos. 
• Se o tapete tiver coloração ou estampas e formas geométricas ou desenhos elaborados, escolher 
móveis e tecidos de cores neutras e lisas, e vice-versa.
Outro elemento importante na decoração dos ambientes de uma residência é a cortina ou 
persiana. No processo da criação do projeto de design de interiores, a cortina desempenha dois 
papéis. O primeiro é a proteção do ambiente dos raios solares, realizando de forma visual a integração 
da área interna com a área externa. O segundo é a composição da textura e do volume na área 
vertical do ambiente. O designer deve ter um cuidado especial na escolha da cortina em relação à 
função do ambiente, à cor, ao estilo, ao acabamento e ao tecido. A cortina é um tecido suspenso 
por argolas, sustentadas por um varão ou trilhos. É instalada na parte interna da edificação, na 
frente de janelas e portas.
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DESIGN DE INTERIORES (REPRESENTAÇÃO)
Mancuso (2007) afirma que as cortinas foram criadas no século XVII, com o surgimento das janelas 
nas edificações, e sua função era manter a privacidade dos moradores em suas residências. A cortina 
perfeita é identificada pela qualidade do material utilizado e pelo acabamento. A escolha inicia-se com 
o tecido (leve ou encorpado, rústico ou luxuoso, entre outros), depende do efeito desejado, e a costura 
artesanal deve ser impecável.
Como o designer deve escolher uma cortina? Não existe uma regra que normatize a escolha, e sim 
se deve saber o papel que ela ocupará na composição da decoração do ambiente. 
O projeto tem início com o conhecimento técnico e teórico do estilo da decoração para a escolha 
do tecido, do modelo, da cor e do tipo de instalação. A cortina pode ser instalada com um varão e 
ter uma composição de tecidos diferentes, e até de cores diferentes. Pode ser simples, apenas com 
um tipo de tecido, sem detalhes de costuras. O varão pode ser em metal (cromado, dourado, ouro 
velho e em cores) ou em madeira (clara e escura), e o trilho pode ser de plástico ou de alumínio. Os 
acabamentos também seguem o estilo da cortina: argolas, ponteiras, cortinado, braçadeiras, presilhas, 
porta-xale e pingentes. 
A cortina com forro, geralmente, é usada em dormitório ou para proteção dos raios solares. 
É necessária a utilização de dois varões e, se a escolha for trilho, também se pode empregar o 
acabamento em bandô ou cortineiro de gesso. As cortinas luxuosas são elaboradas (estilo vitoriano) 
e pedem tecidos como tafetá de seda, tafetá adamascado e tafetá brocado. 
Existem várias opções de cortina no mercado, com diferentes texturas, cores, estampas e 
acessórios, com mistura ou mescla de tecidos ou até de tecido e persiana. Os tecidos mais 
utilizados em cortinas são: voile, seda, shantung, linho, sarja e richelieu (tecido leve bordado). 
Os tipos mais comuns de pregas são: prega fêmea, prega macho, prega deitada, prega americana. 
Há ainda vários tipos de passante de tecido no varão: lacinhos, ilhoses, argolas, painel, romano 
e rolô.
As persianas são compostas por uma grande variedade de material (tecido, madeira, alumínio, 
PVC, entre outros) e sistema de acionamento (manual ou controle remoto), e podem ser colocadas 
horizontal ou verticalmente. A persiana vertical é indicada para grandes vãos que possibilitem o 
controle da intensidade da luz natural. Seu formato de lâminas na vertical proporciona o uso nas 
fachadas leste e oeste. A persiana horizontal possui os mesmos requisitos do material vertical. Sua 
indicação na forma laminar ocorre na fachada norte.
6.4 Quadros
Um ambiente com paredes, grandes ou pequenas, que não possui quadros, seja pintura, escultura ou 
foto, transmite uma sensação de lugar inabitável, de isolamento, de solidão. A arte é muito importante 
para o homem porque nos remete à reflexão, aos sentimentos mais profundos.Uma obra de arte está 
relacionada com a cultura e com a essência do homem, valoriza o ambiente e proporciona qualidade de 
vida. Para um designer de interiores, é importante conhecer a arte, as técnicas (pintura a óleo, xilografia, 
escultura, fotografia, entre outras) e os movimentos artísticos.
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Unidade III
Quanto aos quadros, deve ser considerado o tamanho do ambiente, a disposição dos móveis 
em relação ao dimensionamento da área de parede, a altura do pé direito, a proporção da obra e a 
quantidade e o tamanho dos quadros, para garantir equilíbrio entre espaços cheios e vazios. Entende-se 
que, em paredes pequenas, quadros pequenos e, em paredes grandes, quadros grandes, mas pode ficar 
interessante uma sequência de quadros menores. Tudo vai depender da proposta da decoração do 
ambiente. Na atualidade, para mesclar diferentes tipos de tamanho, moldura, artesanato e foto, são 
necessários estudos, a fim de que a composição fique harmoniosa com todo o ambiente (figura a seguir).
Figura 59 – Exemplos: distribuição de quadros assimétricos
Para um maior equilíbrio na composição, o ideal é alinhar os quadros, mesmo os de tamanhos diferentes, 
por cima. O centro do quadro não deve ultrapassar a altura de 1,60 m ou 1,70 m em relação ao chão.
(1) (2)
(4) (5)
(3)
Figura 60 – Cinco exemplos: distribuição de quadros simétricos
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DESIGN DE INTERIORES (REPRESENTAÇÃO)
O agrupamento de quadros com estilos e temáticas diferentes cria um ambiente descontraído, 
informal, divertido, estimulando a curiosidade do observador. Quadros pequenos e de 
dimensionamento igual, com distanciamento próximo, mas com altura diferente, também criam 
um estilo irreverente. 
Um espaço retrô pode ser produzido em uma pequena parede, com tinta de cor forte nela e fotos 
com molduras diversas no modelo e no tamanho.
A moldura, aliás, é outro ponto importante na escolha de um quadro. O modelo ou desenho dela 
deve seguir o mesmo estilo da obra: obra elaborada e pintura acadêmica pedem uma moldura com 
detalhes; quadro pequeno e simples, moldura de linha reta. Moldura com formato côncavo ajuda na 
perspectiva sugerida na obra, sendo muito indicada para paisagem. Também existem as pinturas que 
não se utilizam de moldura, conhecidas como painel.
Nos ambientes residenciais, como o hall, geralmente, um espaço pequeno e de transição, os espelhos 
são muito usados, mas também se podem utilizar quadros – indicam-se os pequenos e em composição. 
Um aparador com quadro apoiado ou mesmo um porta-retrato podem ser empregados. Nas 
áreas de circulação, são sugeridos quadros pequenos ou uma galeria de fotos da família. São áreas 
em que se utilizam papel de parede ou, ainda, adesivos. Na sala de jantar, não é uma regra, mas as 
pessoas gostam de quadros de natureza morta, quadros abstratos, espelho ou escultura de parede. 
Na sala de estar, a procura por quadro com paisagem natural é maior ou podem ser utilizados 
quadros com imagens urbanas e abstratas. Fotografias em preto e branco são um sucesso na 
decoração contemporânea. 
Na área íntima dos dormitórios, os quadros, um único ou vários, devem preencher toda a extensão 
da cabeceira. No quarto infantil, deve-se seguir a temática da decoração.
 Lembrete
A disposição de quadros em conjunto permite múltiplas combinações, 
o que possibilita a disposição livre, assimétrica, de quadros com diversos 
tamanhos e técnicas. A criatividade e o estudo prévio são importantes para 
realizar uma composição equilibrada e irreverente.
Exemplo de aplicação
Faça um estudo do seu dormitório. Primeiro, um levantamento de todas as medidas do 
ambiente e do mobiliário. Segundo, um estudo de cores, a possibilidade de usar cores quentes e 
cores frias. Terceiro, um croqui com o mobiliário existente, propondo uma mudança de material 
(piso, revestimento, gesso e luminária).
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Unidade III
 Resumo
Nesta unidade, abordamos primeiro os materiais de acabamento: o 
piso, o revestimento, o gesso, a cor e a textura. Como sempre há inovações 
nesse campo, é necessário que o profissional se atualize constantemente, 
para poder propor soluções criativas e de qualidade.
Tratamos depois dos elementos de composição, que em conjunto 
formam um ambiente. Consideramos espelhos, anteparos, biombos, 
tapetes, cortinas e quadros, os quais permitem criar espaços funcionais e 
harmônicos, que combinem com a estética e o estilo do cliente. 
Uma composição pensada, elaborada para cada projeto, possibilita 
fazer escolhas adequadas, conscientes, e oferecer um espaço equilibrado, 
confortável e com personalidade.
 Exercícios
Questão 1. (Enade 2015) A temperatura de cor (TC) e o índice de reprodução de cor (IRC) são 
fundamentais para a especificação das lâmpadas. Mensurada em graus Kelvin (K), a TC nos permite 
escolher o melhor clima para cada aplicação. Já o IRC nos permite a perfeita visualização das cores.
Ao projetar um consultório de um dermatologista, o designer de interiores precisou definir a TC e o 
IRC das áreas de recepção, consulta (mesa do médico) e de exames.
Considerando as necessidades dessas três áreas do consultório, assinale, entre as opções a seguir, 
aquela que apresenta o conjunto de lâmpadas a ser escolhido com as especificações técnicas mais 
apropriadas para a iluminação das áreas de recepção, consulta e exames, respectivamente.
A) TC = 5000K, 2000K e 2800K; IRC = 60, 60, 60.
B) TC = 3000K, 3000K e 6000K; IRC = 90, 60, 100.
C) TC = 3000K, 2000K e 6000K; IRC = 90, 100, 60. 
D) TC = 4000K, 5000K e 5000K; IRC = 100, 100, 100.
E) TC = 3000K, 17000K e 5000K; IRC = 100, 80, 100.
Resposta correta: alternativa D.
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Análise da questão
O enunciado pressupõe que você deve ser capaz de avaliar as necessidades de iluminação artificial 
de cada área do consultório para indicar a Temperatura de Cor (TC) e o Índice de Reprodução de Cor 
(IRC) adequados e, a partir daí, escolher as lâmpadas e luminárias que atinjam os valores de reprodução 
de cor e de luminosidade estipulados. 
O IRC de uma lâmpada varia de 0 a 100 e é baseado na comparação entre a cor real de um objeto ou 
superfície e a cor percebida gerada por uma fonte luminosa. A cor real, usada como referência, é aquela 
que percebemos quando no objeto ou na superfície incide a luz solar. Quanto mais próximo de 100 é 
o IRC da lâmpada, maiores são a fidelidade e a precisão das cores dos objetos iluminados. A lâmpada 
incandescente é usada para definir o IRC 100, ou seja, é a lâmpada que mais se aproxima da cor real.
A Temperatura de Cor é um dos índices mais utilizados no nosso dia a dia. Tornou-se muito comum 
com a popularização das lâmpadas fluorescentes de cor fria, muito diferente das antigas lâmpadas 
incandescentes, de cor quente. É importante lembrar que a TC não se refere à temperatura do calor 
gerado pela lâmpada em funcionamento, e sim à aparência cromática da luz emitida por uma fonte 
luminosa. Assim, quanto mais alta é a temperatura de cor, medida em Kelvin (K), mais branca é a 
tonalidade da luz emitida. Uma lâmpada com TC de 2700 K (por exemplo, as lâmpadas incandescentes) 
tem uma tonalidade muito quente, indo da cor amarela até quase laranja, enquanto uma com TC de 
6500 K é muitofria (por exemplo, algumas lâmpadas fluorescentes), de tonalidade branca.
Deve ser lembrado que a imensa maioria das lâmpadas utilizadas no nosso dia a dia tem uma 
qualidade de reprodução de cor relativamente baixa, o que se reflete na qualidade da interpretação do 
que vemos. Apesar de haver uma descrição do que é cada um desses índices, essa informação não é 
suficiente para responder à pergunta. Em primeiro lugar, é fundamental identificar qual a necessidade 
de cada um dos ambientes citados.
Recepção: não necessita de qualidade lumínica elevada. É um ambiente mais simples, em que o 
importante é ver o ambiente e os objetos com clareza e permitir a visão de textos, imagens e telas de 
computador sem distorção de cor. É um local de chegada e de espera, que deve ser mais aconchegante, 
menos frio.
Área de consulta (mesa do médico): por se tratar de um consultório de um dermatologista, a 
qualidade lumínica e de reprodução de cor deve ser alta, tanto pela necessidade de perceber os detalhes 
físicos da pele claramente, quanto pela necessidade de visualizar as cores da derme com a melhor 
qualidade possível. Isso se reflete tanto no diagnóstico quanto na escolha, por exemplo, de um produto 
que interfira na cor da pele do paciente.
Área de exame: a leitura de exames também envolve uma qualidade de iluminação elevada, pois 
tanto na realização de exames quanto na leitura destes, a cor é fundamental.
Como resultado, podemos concluir que, na recepção, é melhor uma TC mais quente, mais agradável 
e calma, enquanto nas áreas de consulta e exame, a cor fria é mais adequada, por se tratarem de áreas 
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de trabalho, em que a atenção é muito importante. Quanto ao IRC, as áreas de consulta e exame exigem 
um valor elevado, enquanto na recepção, esse índice é menos importante.
A partir daí, é possível determinar o IRC e o TC adequado para cada área, e assim escolher o tipo de 
lâmpada mais adequado para cada um deles. É claro que estes não são os únicos parâmetros necessários 
para fazer um projeto de luminotécnica, pois se referem apenas às cores. Outros parâmetros devem fazer 
parte da definição do projeto.
Das alternativas apresentadas, a única que utiliza um IRC elevado (entre 90 e 100) nas áreas de 
consulta e exame é a alternativa D. Na recepção, esse índice é menos importante. Observar que a única 
alternativa que poderia ser viável é a E, porém tem uma TC de 17000 K, que é fora da realidade. Além disso, 
na alternativa D, a TC nas áreas de consulta e exame é de 5000 K, ou seja, branca e, portanto, adequada 
a um local de trabalho, enquanto na recepção é 4000 K, um pouco mais quente e aconchegante, correta 
para esse tipo de ambiente.
Questão 2. (Enade 2015) Ecodesign é todo processo que contempla os aspectos ambientais em 
situações cujo objetivo principal seja projetar ambientes, desenvolver produtos e executar serviços que, 
de alguma maneira, reduzirão o uso dos recursos não renováveis ou, ainda, minimizarão o impacto 
ambiental durante o ciclo de vida desses elementos. Isso implica reduzir a geração de resíduos e 
economizar custos de disposição final. 
Disponível em: <http://www.mma.gov.br>. Acesso em: 15 jul. 2015. 
A partir do exposto, verifica-se que, entre os materiais básicos mais utilizados nos projetos de design 
de interiores, os que apresentam a melhor relação entre o desempenho no isolamento térmico e a 
reciclagem/aproveitamento do material são 
A) Os metais, dada a alta energia incorporada. 
B) Os vidros, dada a média energia incorporada. 
C) As placas de fibrocimento, dada a baixa energia incorporada. 
D) As placas de gesso acartonado, dada a baixa energia incorporada. 
E) As placas de aglomerado e chapas de partículas orientadas (OSB), dada a alta energia incorporada.
Resolução desta questão na plataforma.

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