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Resenha filme Querô

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Resenha filme Querô
O filme Querô conta a história de mais um garoto miserável desde o momento que se nasce, vitima do Sistema Capitalista governamental brasileiro. O jovem Jerônimo é filho de uma prostituta que se mata ingerindo querosene, sendo ele, criado pela dona do bordel em que sua mãe trabalhava, ganhando desta senhora o cínico apelido de Querô em alusão a substancia querosene, que provocou a morte de sua mãe.
Querô sempre procurou se virar na vida, sempre sem perspectiva de futuro, apenas vivendo cada dia como se fosse o ultimo, o meio mais fácil para sobreviver era à pratica de pequenos crimes, o menino Jerônimo chegou a ser recluso da Febem, uma instituição que em tese é de ressocialização do menor infrator, entretanto, na prática não cumpre sua função descrita no Estatuto da Criança e do Adolescente. Querô é um garoto que sempre se pergunta o porquê de ter uma vida tão difícil e o porque de sua mãe ter se suicidado, uma violência psicológica sem precedentes. 
O filme Querô traz à tona a realidade de muitos jovens desassistidos que vivem abaixo da linha da pobreza no Brasil, são jovens que tem de se virar para sobreviver desde cedo e que acham o crime como meio mais fácil e mais acessível para conseguir tais objetivos. Alguns mais conservadores não conseguem enxergar o contexto desta realidade que faz que jovens cada vez mais cedo entrem para o mundo do crime por falta de oportunidades e oportunidades e assistência do Estado. Nesse contexto ocorre a discussão da redução da maioridade penal onde se prefere remediar a “patologia” encarcerando esses jovens do que cortar o mal pela raiz promovendo politicas publicas que garantam o acesso a serviços básicos, como educação, saúde, lazer e cultura, não só garantir o acesso mas também a permanência para que não haja evasão.
A Constituição Cidadã diz em seu artigo Art. 227, inciso 3º :
 “É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão”.
Vê-se que regras claras e taxativas que obrigam o Estado à prestar assistência nas mais diversas áreas a crianças e adolescentes que deles necessitem existem, entretanto, pela omissão da população de bem, pelo silêncio e omissão de quem realmente pode mudar tais contradições, os mais necessitados pagam, e na maioria das vezes com a vida.

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