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Amalgama Dentario Fonte de ContaminacAo por Mercurio para a Odontologia e Para o Meio Ambiente

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Cad. Saúde Colet., 2010, Rio de Janeiro, 18 (4): 509-15 509
Artigo original
Resumo
O amálgama de prata é um material restaurador amplamente utilizado na Odontologia devido a algumas de suas proprie-
dades físicas e mecânicas, ao fácil manuseio e baixo custo. Um dos aspectos negativos é a presença de mercúrio em sua 
composição. O mercúrio é um metal tóxico para os seres vivos e para o meio ambiente, sendo a exposição ocupacional uma 
das principais fontes de contaminação por esse metal. Entre as atividades ocupacionais com risco de exposição ao mercúrio 
destaca-se a Odontologia. Estudos mostram que o armazenamento e o descarte dos resíduos de amálgama também podem 
contribuir para a contaminação por mercúrio dos consultórios odontológicos, das pessoas que neles trabalham e do meio 
ambiente. Para evitar a contaminação por esse metal tóxico, devem ser desenvolvidos programas de vigilância toxicológica 
com objetivo de avaliar esses níveis de exposição e adotar procedimentos para a manipulação do mercúrio que possam 
contribuir na prevenção de agravos à saúde dos profissionais e na preservação do meio ambiente. O objetivo deste artigo 
foi, por meio de revisão de literatura, caracterizar e divulgar a contribuição do amálgama dentário para a contaminação dos 
cirurgiões-dentistas e do meio ambiente por vapores de mercúrio.
Palavras-chave: Amálgama dentário, mercúrio, odontologia, exposição ocupacional, contaminação
Abstract
The silver amalgam is a widely used restorative material in Dentistry because of some of its physical and mechanical proper-
ties, the easy handling and low cost. One of the downsides is the presence of mercury in its composition. Mercury is a toxic 
metal for living organisms and the environment, and occupational exposure a major source of contamination by this metal. 
Among the activities at risk of occupational exposure to mercury stands Dentistry. Studies show that the storage and disposal 
of amalgam waste can also contribute to mercury contamination in dental offices, the people working there and the environ-
ment. To avoid contamination by the toxic metal, programs should be developed for monitoring compliance with toxicological 
limits for this exhibition, besides the adoption of certain procedures in the handling of mercury that could contribute to the 
prevention health protection professionals and the preservation of the environment. The aim of this article was to characterize 
and raise awareness, through a literature review, of the dental amalgam contribution to the mercury vapor contamination of 
dentists and of the environment.
Key words: Dental amalgam, mercury, dentistry, occupational exposure, contamination
Amálgama dentário: fonte de contaminação 
por mercúrio para a Odontologia e para o 
meio ambiente
Dental amalgam: a source of mercury contamination for Dentistry and 
environment
Leda Freitas de Jesus1, Marden Samir Marinha2, Fátima Ramos Moreira3
1 Mestranda em Saúde Pública pela Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca da Fundação Oswaldo Cruz (ENSP/Fiocruz). End: Rua Leopoldo Bulhões, 
1.480, Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana (CESTEH), sala 31, Manguinhos - Rio de Janeiro (RJ), Brasil. CEP: 21041-210 - 
E-mail: leda.dfj@hotmail.com .
2 Mestrando em Saúde Pública pela ENSP/Fiocruz.
3 Doutora em Saúde Pública. Tecnologista Sênior da Fiocruz. Professora do Programa de Pós-graduação da ENSP/Fiocruz.
Cad. Saúde Colet., 2010, Rio de Janeiro, 18 (4): 509-15
Leda Freitas de Jesus, Marden Samir Marinha, Fátima Ramos Moreira
510
Introdução
O amálgama dentário é uma liga composta de prata (Ag), 
estanho (Sn), mercúrio (Hg) e outros metais na qual a per-
centagem de mercúrio varia de 43 a 54%. Devido às suas ca-
racterísticas físicas e mecânicas o amálgama dentário é, até os 
dias atuais, um dos materiais mais utilizados na Odontologia, 
apesar da alta toxicidade do mercúrio em sua forma metálica, 
de seu uso restrito ou proibido em alguns países e da estética 
desfavorável (Anusavice, 2005; Cardoso, 2001; Craig et al., 
2006).
O mercúrio é uma substância reconhecidamente tóxica, 
tanto para os seres vivos quanto para o meio ambiente. Seu 
potencial tóxico, especialmente para os indivíduos ocupacio-
nalmente expostos, fez com que o mercúrio fosse a primeira 
substância química a ser submetida a uma legislação para 
controle da exposição em ambiente laboral, estando, também, 
na lista elaborada pela U.S. Environmental Protection Agency 
(EPA) que relaciona os poluentes atmosféricos de maior ris-
co para a saúde humana (Schhute et al., 1994). No Brasil, a 
exposição a substâncias químicas é regulada por limites de 
exposição estabelecidos por normas regulamentadoras (NRs) 
do Ministério do Trabalho e Emprego e da Associação Brasi-
leira de Normas Técnicas (NBRs) que classificam o mercúrio 
como substância perigosa para a saúde humana e para o meio 
ambiente e com grau máximo de insalubridade para o tra-
balhador (Brasil, 1978; Grigoletto et al., 2008; Oikawa, et al., 
2007; Pernambuco, 2001). 
O mercúrio é um metal que ocorre naturalmente no meio 
ambiente e existe em uma variedade de formas. Dentre as 
formas em que se apresenta, a metálica ou elementar é a mais 
danosa para a saúde dos trabalhadores, pois, devido à sua 
capacidade de volatilização em temperaturas a partir de 12°C, 
libera vapor metálico inodoro e incolor que é inalado sem 
que a pessoa perceba (ATSDR, 1999; Anusavice, 2005; Péco-
ra, 2003). Dessa forma, a maior parte da exposição humana 
ao mercúrio é de origem ocupacional. Dentre as categorias 
profissionais com exposição dos trabalhadores ao mercúrio 
destaca-se a Odontologia, devido à utilização desse metal na 
confecção do amálgama de prata, material utilizado em res-
taurações de dentes posteriores (Anusavice, 2005; Craig et al., 
2006; Oikawa et al., 2007; Silva et al., 2004).
Outro ponto a ser considerado é a contaminação ambien-
tal pelo mercúrio. Estudos toxicológicos demonstram que o 
armazenamento e o descarte inadequados dos resíduos de 
amálgama dentário contribuem para a contaminação dos 
compartimentos ambientais possibilitando tanto uma expo-
sição ocupacional quanto ambiental pelo mercúrio (Fortes et 
al., 2000; Oikawa et al., 2007; Pécora, 2003) . Esse fato é confir-
mado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) que relata 
despejo anual em torno de 7,41 mil toneladas de mercúrio no 
meio ambiente na forma desse composto (OMS, 2005).
A importância do assunto e o pequeno número de pesqui-
sas realizadas abrem espaço para novas investigações sobre 
o tema. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi realizar 
uma revisão de literatura sobre a contribuição do amálgama 
dentário para a contaminação dos cirurgiões-dentistas e do 
meio ambiente, a qual servirá de base para futuras pesqui-
sas sobre exposição ocupacional ao metal, além de divulgar 
e conscientizar os profissionais que lidam com o mercúrio, 
principalmente os da Odontologia, sobre o potencial tóxico 
desse metal.
Mercúrio 
Características e toxicidade
O mercúrio é um metal que ocorre naturalmente no meio 
ambiente e existe em uma variedade de formas. Tem baixo 
ponto de fusão (-38,87°C) e, por isso, apresenta-se como um 
metal líquido branco-prateado em temperatura ambiente, 
recebendo a denominação de mercúrio ‘elementar’ ou ‘me-
tálico’ - Hg ou Hg0 (Schhute et al., 1994; WHO, 2003). Dife-
rentemente dos metais essenciais à vida, o mercúrio não faz 
parte da constituição normal do organismo dos seres vivos 
e tampouco desempenha funções nutricionais ou bioquími-
cas. Assim, sob qualquer forma em que se apresente, quando 
absorvido de forma continuada, mesmo em baixas concen-
trações, representa um grave risco para o homem e para os 
seres vivos em geral. O mercúrio possui efeito cumulativo, 
tornando-se, assim, causa de perturbação crônica e progres-
siva das funções metabólicase celulares dos indivíduos que a 
ele estão expostos (ATSDR, 1999; Azevedo et al., 2003; Tsalev 
et al., 1983). 
Dentre as formas em que o mercúrio se apresenta, a me-
tálica ou elementar é a mais danosa para a saúde ocupacional, 
pois sua baixa pressão de vapor (0,0002 mm Hg/L) o torna 
extremamente volátil, sofrendo vaporização em temperaturas 
acima de 12°C e liberando vapor metálico inodoro e incolor 
que não pode ser detectado facilmente por meios simples, 
sendo inalado sem que o sujeito perceba (ATSDR, 1999; 
Anusavice, 2005; Pécora, 2003). Dessa forma, a maior parte 
da exposição humana a quantidades biologicamente significa-
tivas de mercúrio elementar ocorre no ambiente de trabalho, 
sendo a via inalatória a principal forma de contaminação na 
exposição ocupacional (Craig, 2006; OMS, 2005; Schhute, 
1994; WHO, 2003). 
Apesar de ser encontrado em vários tecidos do corpo 
humano, os órgãos críticos da toxicidade do mercúrio são 
o sistema nervoso central (SNC) e os rins. O mercúrio 
Cad. Saúde Colet., 2010, Rio de Janeiro, 18 (4): 509-15
Amálgama dentário: fonte de contaminação por mercúrio para a Odontologia e para o meio ambiente
511
metálico é altamente lipofílico, por isso o vapor inalado é 
rapidamente difundido em todas as membranas alveolares 
do pulmão para o sangue (cerca de 80%) sendo, então, 
distribuído para todo o organismo. Uma vez no cérebro, o 
mercúrio metálico é oxidado ao cátion divalente, perden-
do, então, a característica de lipossolubilidade, o que faz 
com que o íon mercúrio fique retido nesse órgão, onde tem 
meia-vida de um ano, ou seja, depois de um ano, metade 
da concentração do metal que chegou ao cérebro ainda 
está presente no local (ATSDR, 1999). Por esse motivo, 
a exposição repetida, mesmo em baixas concentrações, é 
perigosa para o ser humano, pois essas concentrações vão 
se acumulando e causando danos às células nervosas. Os 
vapores de mercúrio metálico e os compostos orgânicos 
podem afetar diferentes áreas do cérebro e suas funções 
associadas (Tsalev et al., 1983). Alguns estudos relatam a 
ocorrência de degeneração esponjosa do córtex cerebral, 
descrevendo-a como uma sequela tardia de uma exposição 
severa ocorrida no passado (Schhute et al., 1994).
A exposição crônica ao metal causa uma doença neuro-
lógica denominada ‘mercurialismo’ ou ‘hidrargirismo’ que se 
apresenta por meio de uma tríade de sintomas característicos: 
estomatites (gengivite, sialorreia e linha escura na gengiva 
marginal), eretismo (mudanças de comportamento e de per-
sonalidade: neurastenia, aumento de excitabilidade e irrita-
bilidade, depressão, déficit de memória, delírios, alucinações, 
melancolia suicida, psicose maníacodepressiva) e tremores 
(ATSDR, 1999; Schhute et al., 1994).
Nos rins, o mercúrio se distribui entre as células ficando 
a maior parte (54 a 60%) ligada à proteína metalotioneína. A 
presença de compostos mercuriais induz a síntese da meta-
lotioneína, processo que contribui para a bioacumulação do 
metal nos rins. A toxicidade renal aparece quando a meta-
lotioneína tem sua capacidade de ligações saturada (ATSDR, 
1999; Schhute et al., 1994; Tsalev et al., 1983). 
A lipossolubilidade do mercúrio é um fator que também 
favorece a transposição da barreira placentária por esse 
metal. Vários estudos comprovaram essa capacidade, dentre 
eles um que identificou um acúmulo desse metal na placenta 
e nas membranas fetais de cirurgiãs-dentistas grávidas (Gri-
goletto et al., 2008). Pesquisas demonstram, ainda, que al-
guns compostos mercuriais se apresentam no leite materno, 
podendo contaminar a criança que está sendo amamentada. 
Estudos experimentais com animais e com humanos expos-
tos a baixas doses de mercúrio, ainda na vida intrauterina 
ou logo após o nascimento, apontam para a existência de 
efeitos neuroteratogênicos, havendo déficit de inteligência, 
coordenação motora e outros problemas neurológicos nos 
produtos dessas gestações. Estudos experimentais mostram 
perturbação na função reprodutora de animais; porém, em 
humanos os dados são inconclusivos para tal associação 
(ATSDR, 1999; Azevedo et al., 2003; Pernambuco, 2001; 
Tsalev et al., 1983). 
No Brasil, as principais atividades ocupacionais com risco 
de exposição ao mercúrio são o garimpo do ouro, a indústria 
de produtos químicos, elétricos, automotores e de construção 
e a Odontologia (Câmara et al., 1990; Oikawa et al., 2007; 
Silva et al., 2004). 
O mercúrio metálico e a Odontologia
A Odontologia é uma profissão que apresenta um grande 
risco de contaminação química para a saúde de quem a prati-
ca, pois o mercúrio metálico é um dos principais componentes 
do amálgama dentário, havendo durante todo o processo de 
manipulação desse composto liberação de vapor de mercúrio 
(Oikawa et al., 2007). 
A principal rota de exposição dos profissionais da Odonto-
logia é pela inalação dos vapores de mercúrio dispersos no ar, 
decorrentes de higiene e ventilação inadequadas do ambiente 
de trabalho, falhas na refrigeração durante a remoção de 
restaurações de amálgama, além do derramamento acidental 
de gotas de mercúrio nos consultórios, e a possibilidade de 
contato do metal com a pele (Pécora, 2003; Silva et al., 2004). 
Tendo em vista que o mercúrio é 14 vezes mais denso que 
a água, uma pequena gota de mercúrio contém quantidade 
suficiente desse elemento para saturar o ar de um consultório 
padrão (Anusavice, 2005). 
A presença de fontes geradoras de calor, como estufas e 
autoclaves, no mesmo ambiente onde o amálgama é mani-
pulado ou utilizado, contribui para uma volatilização mais 
rápida do mercúrio, aumentando também a possibilidade 
de contaminação desses profissionais (Oikawa et al., 2007). 
Segundo estimativa da American Dental Association (ADA), 
um em cada dez consultórios odontológicos excede o nível 
máximo permitido de exposição ao mercúrio (Anusavice, 
2005; Craig et al., 2006; Silva et al., 2009). 
A contaminação por mercúrio produz efeitos deleté-
rios à saúde, efeitos esses que podem levar à limitação das 
atividades econômicas e sociais dos indivíduos atingidos, 
resultando em redução de sua qualidade de vida. Apesar 
do reconhecimento desse risco no trabalho dos cirurgiões-
dentistas e demais profissionais que lidam com o amálgama, 
nos últimos 60 anos foram publicados na literatura científica 
mundial menos de 100 relatos documentados sobre conta-
minação por mercúrio relacionada ao amálgama dental 
(Anusavice, 2005), sendo muitos deles sobre os riscos que as 
obturações com esse material oferecem aos pacientes (Gri-
goletto et al., 2008). 
Cad. Saúde Colet., 2010, Rio de Janeiro, 18 (4): 509-15
Leda Freitas de Jesus, Marden Samir Marinha, Fátima Ramos Moreira
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Amálgama Dentário 
Características
Liga é a mistura de, no mínimo, dois metais. Já o amálga-
ma é a liga metálica em que um dos componentes se encontra 
no estado líquido. Amálgama dentário é uma liga de Ag, Sn, 
Hg e outros metais na qual o mercúrio representa cerca de 43 
a 54% da composição (Craig et al., 2006). 
A especificação nº 1 do American National Standards 
Institute (ANSI)/ADA para ligas metálicas (ISO 1559) inclui 
os requisitos para a composição do amálgama dentário. Essa 
especificação determina que as ligas contenham predomi-
nantemente prata (mínimo de 65%), por sua propriedade de 
resistência mecânica, manutenção do brilho e resistência à 
oxidação do material e estanho (máximo de 29%), por faci-
litar a amalgamação da liga com o mercúrio na temperatura 
ambiente e auxiliar na redução da expansão da prata. Quan-
tidades não especificadas de outros elementos como cobre, 
zinco, ouro, índio e platina são permitidas em concentrações 
menores do que o conteúdo de Ag e Sn. Esses metais são 
incluídos na liga para, entre outros objetivos, aumentar a 
resistência à corrosão e diminuir o escoamento da massade amálgama cristalizada. O interesse pelos amálgamas 
contendo de 10 a 15% de índio tem se tornado maior, pois 
a adição desse elemento diminui a quantidade de mercúrio 
necessária para a trituração, aumentando o umedecimento 
e, principalmente, diminuindo a quantidade de vapor de 
mercúrio liberado durante e após a presa do material (Anu-
savice, 2005; Craig et al., 2006). 
O amálgama de prata é comumente utilizado em obtura-
ções diretas permanentes em dentes posteriores, como base 
para grandes restaurações e para a confecção de núcleos 
precursores de coroas metálicas. Devido a características 
como resistência à corrosão e ao atrito, capacidade de auto-
vedamento marginal com o decorrer do tempo, durabilida-
de, fácil manuseio e baixo custo ele é, até a atualidade, um 
dos materiais mais utilizados na Odontologia (Anusavice, 
2005; Cardoso, 2001; Craig et al., 2006). No entanto, o 
amálgama possui algumas limitações, a saber: presença de 
mercúrio, material sabidamente tóxico; estética deficiente e 
ausência de união à estrutura dental, o que, em cavidades 
amplas com pouca estrutura dental remanescente, pode 
representar um risco de sua posterior fratura, ao contrário 
dos materiais restauradores adesivos que reforçam essa es-
trutura (Conceição, 2007). 
No final do século 20, a preocupação com a toxicidade 
do mercúrio levou ao lançamento de ligas metálicas em 
que há substituição do mercúrio pelo gálio, metal que é 
líquido em temperatura um pouco acima da temperatura 
ambiente (29,8°C), no mercado de materiais dentários. 
Obturações feitas com este tipo de liga apresentam al-
gumas características similares às confeccionadas com 
mercúrio, tais como resistência à compressão, à tração 
diametral, à microinfiltração, boa retenção mecânica nos 
preparos cavitários e fácil manuseio. No entanto, são vul-
neráveis à corrosão e possuem grande expansão de presa 
(Ballester et al., 2001; Cardoso, 2001). A especificação nº 
1 da ADA considera aceitável que, nas primeiras 24 horas, 
os amálgamas dentários tenham uma alteração dimensio-
nal de ± 20 µm/cm, visto que, em média, esse é o tempo 
necessário para que a reação de presa dos amálgamas não 
contaminados se complete. Porém, estudos com a liga de 
gálio mostraram que esse tipo de material tem uma reação 
de cristalização diferente e mais prolongada do que aquela 
que contém o mercúrio em sua composição. Em alguns ca-
sos cita-se uma expansão de presa de 27,38 µm/cm (Samuel 
et al., 1994), sendo esse fator apontado como responsável 
por rachaduras e fraturas nas coroas dentárias. Com base 
nessas caracteríticas negativas, o uso de ligas de gálio 
tornou-se contraindicado, mesmo em preparos cavitários 
conservadores (Ballester et al., 2001), nos quais o contorno 
das cavidades engloba apenas os tecidos comprometidos, 
sem adoção de extensão preventiva e respeitando as estru-
turas de reforço dos dentes tais como: pontes de esmalte, 
vertentes e cúspides (Busato, 1996).
Com a evolução da Odontologia Adesiva, as resinas 
compostas tornaram-se uma alternativa ao amálgama 
de prata, por devolverem aos dentes posteriores não só 
sua capacidade funcional, mas também por permitir sua 
caracterização estética, visto que as resinas compostas 
são de cor clara, ao contrário do amálgama (Conceição, 
2007). Mesmo com toda melhoria na qualidade, as resinas 
compostas apresentam, contudo, algumas limitações, tais 
como contração de polimerização, resiliência dos materiais 
e coeficiente de expansão térmica linear diferente daquele 
das estruturas dentárias, propiciando, assim, falhas no se-
lamento marginal que, por sua vez, permitem a infiltração 
de cáries (Cardoso, 2001). Além disso, embora tenham se 
tornado menos onerosas para os profissionais, o seu custo 
ainda faz com que sejam inacessíveis para uma grande 
parcela da população, especialmente para quem depende 
do serviço público de saúde, onde amálgama de prata, por 
todas as características já citadas, é o material restaurador 
mais utilizado.
Portanto, apesar da reconhecida toxicidade do mercúrio 
metálico, com a proibição ou limitação do seu uso em alguns 
países, e do aumento da procura por materiais de melhor es-
tética, o amálgama ocupa, ainda hoje, um lugar de destaque 
dentro da Odontologia Restauradora.
Cad. Saúde Colet., 2010, Rio de Janeiro, 18 (4): 509-15
Amálgama dentário: fonte de contaminação por mercúrio para a Odontologia e para o meio ambiente
513
O amálgama dentário e o meio ambiente
O armazenamento inadequado das sobras de amálgama 
nos consultórios odontológicos também é um aspecto am-
plamente apontado na literatura científica como importante 
fonte de contaminação ocupacional e ambiental por vapor 
de mercúrio (Fortes et al., 2000; OMS, 2005; Pécora, 2003). 
Outro fator a ser considerado é o descarte de forma inapro-
priada dos resíduos de amálgama que, juntamente com os 
demais resíduos de saúde, tem assumido grande importância 
na geração de passivos ambientais capazes de colocar em risco 
e comprometer os recursos naturais e a qualidade de vida das 
atuais e futuras gerações (Brasil, 2003). Segundo a OMS, os 
resíduos sólidos de saúde, em que se incluem os derivados 
do amálgama dentário, constituem um potencial reservatório 
de contaminação biológica e química, tanto para o paciente 
quanto para o profissional e a população em geral (Ballester et 
al., 2001; OMS, 2005; Silva et al., 2009). 
Pécora (2003) fez cálculos estimando a quantidade de 
mercúrio descartado no meio ambiente na forma de amál-
gama dentário. O autor baseou-se na suposição de que para 
cada obturação são preparadas, em média, 2 g de amálgama, 
havendo uma sobra de 30% (0,6 g) do que é amalgamado. Esse 
resíduo é resultante do excesso manipulado, bem como das 
raspas produzidas pela escultura do amálgama. Como cerca 
de 50% do amálgama é composto de mercúrio metálico, para 
cada obturação há o descarte de 0,3 g de mercúrio. Usando 
esse valor como referência e supondo que um dentista clínico 
confeccione 30 obturações de amálgama por mês, chegou-se a 
valores impactantes. Esse dentista produziria 18 g de resíduos 
de amálgama por mês e 216 g por ano, o que significa 9 g de 
mercúrio mensais e 108 g de mercúrio descartados no meio 
ambiente em um ano. Extrapolando esse valor para 1.000 
dentistas clínicos, o resultado é alarmante: são 216.000 g de 
resíduos de amálgama por ano, ou seja, 108.000 g ou 108 kg 
de mercúrio descartados. Projetando esse valor para 10 anos, 
serão 1.080 kg (1,08 toneladas) de mercúrio despejados no 
meio ambiente como resíduos de obturações de amálgama 
confeccionadas por apenas 1.000 dentistas.
Um estudo sobre o mercúrio feito pela Protection of the 
Marine Environment of the North-East Atlantic Comission 
(OSPAR) relatou que, anualmente, são despejadas em esgotos, 
ar ou solo a impressionante marca de 7,41 mil toneladas desse 
metal como composto do amálgama odontológico. Segundo 
esse mesmo relatório, o mercúrio contido no amálgama den-
tário, juntamente com outros tipos de resíduos de saúde, são 
responsáveis por cerca de 53% das emissões mundiais desse 
metal (OMS, 2005). 
Devido aos avanços conseguidos na qualidade das re-
sinas fotopolimerizáveis, tem aumentado a demanda por 
substituição de obturações de amálgama por esse material 
de melhor estética. Embora essa troca tenha promovido 
uma redução da utilização do mercúrio na Odontologia, 
também tem contribuído para aumentar a contaminação 
ambiental por mercúrio. A remoção das antigas obturações 
gera resíduos que, depois de serem captados por sugadores 
e bombas a vácuo ou de simplesmente escorrerem pelo ralo 
da cuspideira dos consultórios, são despejados na rede de 
esgoto. Dessa forma, chegam às estações de tratamento ou 
diretamente para os rios e oceanos contaminando o meio 
ambiente, pois, apesar de misturado à liga, o mercúrio conti-
do no amálgamapode ser liberado através de reações quími-
cas naturais, calor, agitação e mudanças de pH que ocorrem 
no ambiente (Mota et al., 2004). 
No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária 
(Anvisa), por meio da Resolução da Diretoria Colegiada 
(RDC) nº 306, de 07/12/2004, e o Conselho Nacional do 
Meio Ambiente, por meio da Resolução CONAMA nº 358, 
de 29/04/2005, assumiram o papel de orientar, definir regras e 
regular a conduta dos diferentes agentes em relação à geração 
e ao manejo dos resíduos de serviços de saúde. Em 2006, a 
Anvisa elaborou um manual de gerenciamento de resíduos de 
saúde, entre eles os de amálgama, com o objetivo de fomentar 
a priorização da não geração, a minimização da geração e o 
reaproveitamento dos resíduos, a fim de evitar os efeitos ne-
gativos sobre a saúde pública e o meio ambiente (Brasil, 2006, 
2003; Mota et al., 2004). 
Os estudos recentes sobre o amálgama odontológico têm 
buscado uma melhor forma de manipular o mercúrio a fim 
de evitar a contaminação do consultório e do meio ambiente 
em geral (Fortes et al., 2000; Grigoletto et al., 2008; Mota et 
al., 2004; Pécora, 2003). Usualmente, recomenda-se o arma-
zenamento dos resíduos de amálgama em recipientes bem 
tampados contendo água, solução fixadora de radiografias ou 
glicerina em seu interior, sendo essa última substância a mais 
eficiente na contenção dos vapores de mercúrio provenientes 
dos resíduos (Craig et al., 2006). Posteriormente, esses resídu-
os devem ser encaminhados para reciclagem (Brasil, 2003). 
Controle da Exposição ao Mercúrio
Para o controle da exposição ocupacional a materiais 
tóxicos, como o mercúrio, é importante desenvolver um 
programa de vigilância toxicológica (Anusavice, 2005) 
no qual deve ser feita a quantificação da concentração da 
substância química presente no ambiente (monitoramento 
ambiental) e/ou no organismo (monitoramento biológico), 
cujos resultados contribuem para o diagnóstico da situação 
associada à contaminação e à implantação de medidas cor-
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Leda Freitas de Jesus, Marden Samir Marinha, Fátima Ramos Moreira
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retivas (Pécora, 2003; Rocha et al., 2008). O estabelecimento 
de valores-limites para a exposição ocupacional a substân-
cias químicas tem por objetivo manter as concentrações 
aéreas em níveis abaixo dos quais o risco de agravo à saúde 
do trabalhador seja minimizado. A avaliação da exposição 
pode ser feita por meio da utilização de indicadores biológi-
cos, também chamados de biomarcadores, parâmetros que 
refletem o comportamento e as interações ocorridas entre o 
agente tóxico e o sistema biológico (ATSDR, 1999; Moreira 
et al., 2004).
Para testar a exposição crônica ao vapor de mercúrio 
metálico (como na Odontologia) o biomarcador indicado é a 
urina, pois a concentração do metal nesse fluido biológico tem 
relação direta com a concentração ambiental à qual o indiví-
duo foi exposto. O valor de referência (VR) para a população 
em geral, não exposta ocupacionalmente ao mecúrio, é de 5 
µg/g de creatinina. Já o índice biológico máximo permitido 
(IBMP) para o mercúrio metálico, nível a partir dos qual se 
aumenta consideravelmente o risco de adoecimento, é de 35 
µg/g de creatinina (ACGIH, 2009; Brasil, 1978). No entanto, o 
nível mais confiável de correlação entre exposição e excreção 
urinária só pode ser obtido após um ano de exposição contí-
nua a níveis constantes de mercúrio no ar, fator que deve ser 
levado em consideração na análise dos dados (Brasil, 2006; 
Clifton, 2007; Schhute et al., 1994). 
O limite de exposição ocupacional ao mercúrio recomen-
dado pela NR-15 é de 40 µg/m3 para uma jornada de traba-
lho de até 48 horas semanais (Brasil, 1978). Já a American 
Conference of Governmental Industrial Hygienists (ACGIH) 
preconiza como segura uma exposição média de 25 µg/m3 
para uma jornada de trabalho de até 8 horas/dia e 40 horas/
semana. Recomenda também um valor-teto para essa exposi-
ção de 30 µg/m3, o qual não deve ser ultrapassado em nenhum 
momento da jornada de trabalho, mesmo que a concentração 
média ponderada em 8 horas esteja dentro dos limites de ex-
posição recomendados pelas agências reguladoras (ATSDR, 
1999; ACGIH, 2009; Silva et al., 2009) 
Porém, ainda que existam valores de referência conside-
rados seguros para exposição ao mercúrio, uma avaliação 
mundial sobre esse metal feita em 2005 pelo Programa de las 
Naciones Unidas para El Medio Ambiente (PNUMA) demons-PNUMA) demons-
trou que trabalhadores expostos a níveis atmosféricos prolon-
gados de 20 a 30 µg Hg/m3 ou níveis urinários de 30 a 35 µg 
Hg/g de creatinina já começam a apresentar efeitos adversos 
sutis no SNC e nos rins (PNUMA, 2005). Além disso, vários 
autores argumentam que os limites de exposição não levam 
em consideração fatores individuais que podem influenciar 
na resposta à exposição (Anusavice, 2005; Pernambuco, 2001; 
Schhute et al., 1994; Silva et al., 2009; WHO, 2003). 
Considerações Finais
O estudo sobre metais, entre eles o mercúrio, incluindo 
seu impacto na saúde humana e no ambiente é determinante 
para a prevenção de contaminações de origem ocupacional 
e ambiental. Em alguns países, como o Brasil, os riscos são 
pouco avaliados e controlados. Além disso, as normas bra-
sileiras que regulamentam a exposição ocupacional foram 
elaboradas em 1978 e revisadas na década de 1990, baseadas 
em normas internacionais da época. Ao longo do tempo hou-
ve crescimento da contaminação ambiental e há publicações 
que demonstram que não existem valores de exposição 100% 
seguros, acarretando, assim, mudanças nos limites internacio-
nais, com redução dos valores-limites, alterações essas nem 
sempre acompanhadas pela legislação brasileira. 
Diante do exposto e, considerando-se que a exposição ocu-
pacional ao mercúrio pode resultar em contaminação dos cirur-
giões-dentistas, bem como que os resíduos desse metal contidos 
no amálgama dentário são potenciais fontes de contaminação do 
meio ambiente, fica evidente a importância e a necessidade da 
avaliação regular dos níveis de contaminação por mercúrio dos 
profissionais do setor odontológico e do ar do ambiente onde eles 
trabalham. É fundamental mapear e avaliar o processo de traba-
lho desses profissionais, na tentativa de identificar possíveis falhas 
no manuseio do mercúrio, a fim de eliminá-los ou minimizá-los. 
Os riscos que o mercúrio oferece aos cirurgiões-dentistas 
e aos demais trabalhadores da área odontológica não podem 
ser ignorados. A observância por parte desses profissionais 
de medidas de higiene relativamente simples pode contribuir 
para a redução da contaminação do ambiente de trabalho 
odontológico e da possível contaminação dos diversos ecos-
sistemas, provocada pelos resíduos de mercúrio presentes no 
amálgama e descartados na rede de esgotos e no lixo sólido. 
Agindo dessa forma, contribuirão para a preservação da sua 
própria saúde, a dos pacientes e também para a preservação 
ambiental. Cabe nesse momento citar a observação de que os 
profissionais de saúde, de forma geral, não possuem em suas 
grades curriculares disciplinas que destaquem a avaliação dos 
metais e os possíveis impactos gerados por sua utilização, 
sendo este um hiato necessário de correção.
É fato que, apesar da controvérsia com relação ao mercú-
rio e às possíveis consequências negativas de sua utilização, 
bem como da deficiência estética do amálgama, ainda não 
existe na área da Odontologia desenvolvimento tecnológico 
que permita a suspensão completa do uso desse produto, ou 
seja, não há material que possa combinar a estética das resi-
nas compostas com as propriedades mecânicas do amálgama. 
Dessa forma, o amálgama de prata mantém sua importância 
dentro da Odontologia, sendo mundialmente utilizado no 
tratamento restaurador de dentes posteriores.
Cad. SaúdeColet., 2010, Rio de Janeiro, 18 (4): 509-15
Amálgama dentário: fonte de contaminação por mercúrio para a Odontologia e para o meio ambiente
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