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Manual Paciente (1)

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MMAANNUUAALL DDOO PPAACCIIEENNTTEE ______________ __________ __ ..
© Copyright 2007, Instituto EnzoAssugeni
www.enzoassugeni.org
11
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22
 
Não existe um código brasileiro de direitos do
paciente. Vários textos legais abordam o assunto, 
incluindo leis, jurisprudências, resoluções e declarações 
de princípios como a seguir: 
• Constituição Federal do Brasil
• Código Civil Brasileiro
• Código Penal Brasileiro
• Código de Defesa do Consumidor
• Estatuto da Criança e do Adolescente
• Lei dos Planos de Saúde e Normas da ANSS
• Código de Ética Médica
• Resoluções do Conselho Federal de Medicina
• Resoluções dos Conselhos Regionais de Medicina
• Declarações Internacionais de Princípios
• Normas de Pesquisa em Seres Humanos
• Normas do Ministério da Saúde
• Legislação esparsa
• Jurisprudência
É da maior importância a conscientização que este manual vai 
proporcionar à nossa sociedade. Pacientes esclarecidos sobre seus 
direitos e deveres tornam-se cidadãos, respeitando e sendo 
respeitados pelo profissional de saúde. Tornam-se também aliados 
importantes para uma melhor compreensão do processo saúde-doença, 
contribuindo assim para um desenlace mais favorável de seu 
tratamento.
Esperamos que, a partir daí, cada indivíduo possa mais 
facilmente exercer os seus direitos, pois a isso chamamos democracia. 
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AGRADECIMENTOS
O Instituto EnzoAssugeni, agradece a todos os 
profissionais que, junto conosco, trabalharam na confecção 
deste Manual.
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“A criação do Manual do Paciente, desenvolvida em 
parceria com Juristas, Médicos, Secretarias de Saúde e 
Especialistas em Direito do Consumidor, traz uma nova 
possibilidade de conhecimento a uma população tão 
carente de informações.”
Rafael Assugeni
Presidente do Instituto EnzoAssugeni
Quando o paciente adquirir o conhecimento sobre seus 
direitos, deixando-o apto a questionar, mais justo será o 
Sistema Nacional de Saúde. “Faço minhas as palavras de 
Francis Bacon: Conhecimento é Poder “
Roberto B. Parentoni
Diretor Jurídico do Instituto EnzoAssugeni
“O objetivo desta obra visa acima de tudo, que os 
pacientes tenham seus direitos preservados e que sejam 
quebrados paradigmas de que atendimentos médicos não 
podem ser questionados.”
Raimundo Abreu
Diretor Médico do Instituto EnzoAssugeni
“A saúde é um direito garantido pela Constituição Federal 
ao cidadão, e foi pensando na preservação desse direito 
que apoiamos O Instituto EnzoAssugeni na elaboração 
do Manual do Paciente”
Célia Destri
Diretora Técnica do Instituto EnzoAssugeni
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SUMÁRIO
Capítulo I: Cartilha da AVERMES..................................... Pág. 6
Capítulo II: Direitos do Paciente..................................... Pág. 9
Capítulo III: Relação Médico-Paciente............................. Pág. 17
Capítulo IV: Código de Ética Médica................................ Pág. 24
Capítulo V: Erro Médico! O que fazer............................... Pág. 50
Capítulo VI: Dicas ao Paciente........................................ Pág. 55
Capítulo VII: Declaração Universal dos Direitos Humanos... Pág. 64
Capítulo VIII: Hospitais! O que pode e o que não pode...... Pág. 66
Capítulo IX: Seus direitos frente ao Plano de Saúde .......... Pág. 70
Capítulo X: Assistência Judiciária Gratuita........................ Pág. 73
Capítulo XI: Modelos de Documentos e Solicitações........... Pág. 76
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CAPÍTULO I
CARTILHA DA AVERMES
VISITA HOSPITALAR
O paciente poderá receber a visita de 
filhos, ou qualquer parente, fora do 
horário normal de visitas. A mãe tem 
direito de permanecer junto a seu filho 
durante todo o período de internação.
LAUDO MÉDICO
O paciente deverá exigir o laudo 
médico, para fins de continuidade do 
tratamento ou de alta médica.
CONSULTA
 O paciente tem o direito de exigir a 
presença de um acompanhante durante a 
consulta médica.
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ATENDIMENTO GRATUITO
O paciente tem direito a atendimento 
hospitalar gratuito, nos hospitais 
públicos. O atendimento gratuito é 
obrigatório, pois é feito com o pagamento 
de impostos de todos nós.
 IDENTIFICAÇÃO
O paciente tem o direito de saber qual o 
médico que o está atendendo, bem como a 
sua especialização.
SIGILO MÉDICO
O paciente deverá contar com o sigilo 
médico.
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ACESSO
O paciente tem direito ao acesso A: 
- seu prontuário
- ficha clínica
- resultado de exames laboratoriais
CLAREZA
O paciente terá que dispor de informações 
claras sobre o diagnóstico médico, 
tratamento e prognóstico. Exigir a receita 
médica com letra legível.
PASTA
- O paciente deve criar sua própria pasta 
(Carteira de saúde)
- Ouvir outra opinião médica
- Recorrer ao CRM (Conselho Regional de 
Medicina) do seu Estado; ou, ao CFM (Conselho 
Federal de Medicina), quando se sentir lesado.
- Tirar cópia de todo o seu material médico.
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CAPÍTULO II
DIREITOS DO PACIENTE
Portaria do Ministério da Saúde nº1286 de 26/10/93 
Art.8º e nº74 de 04/05/94
1. O paciente tem direito a atendimento humano, atencioso e 
respeitoso, por parte de todos os profissionais de saúde. Tem 
direito a um local digno e adequado para seu atendimento.
2. O paciente tem direito a ser identificado pelo nome e 
sobrenome. Não deve ser chamado pelo nome da doença ou do 
agravo à saúde, ou ainda de forma genérica ou quaisquer 
outras formas impróprias, desrespeitosas ou preconceituosas.
3. O paciente tem direito a receber do funcionário adequado, 
presente no local, auxílio imediato e oportuno para a melhoria 
de seu conforto e bem-estar.
4. O paciente tem direito a identificar o profissional por crachá 
preenchido com o nome completo, função e cargo.
5. O paciente tem direito a consultas marcadas, 
antecipadamente, de forma que o tempo de espera não 
ultrapasse a trinta (30) minutos.
6. O paciente tem direito de exigir que todo o material utilizado 
seja rigorosamente esterilizado, ou descartável e manipulado 
segundo normas de higiene e prevenção.
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7. O paciente tem direito de 
receber explicações claras sobre o exame a que vai ser 
submetido e para qual finalidade irá ser coletado o material 
para exame de laboratório.
8. O paciente tem direito a informações claras, simples e 
compreensivas, adaptadas à sua condição cultural, sobre as 
ações diagnósticas e terapêuticas, o que pode decorrer delas, a 
duração do tratamento, a localização, a localização de sua 
patologia, se existe necessidade de anestesia, qual o 
instrumental a ser utilizado e quais regiões do corpo serão 
afetadas pelos procedimentos.
9. O paciente tem direito a seresclarecido se o tratamento ou o 
diagnóstico é experimental ou faz parte de pesquisa, e se os 
benefícios a serem obtidos são proporcionais aos riscos e se 
existe probalidade de alteração das condições de dor, 
sofrimento e desenvolvimento da sua patologia.
10. O paciente tem direito de consentir ou recusar a ser 
submetido à experimentação ou pesquisas. No caso de 
impossibilidade de expressar sua vontade, o consentimento 
deve ser dado por escrito por seus familiares ou responsáveis.
11. O paciente tem direito a consentir ou recusar 
procedimentos, diagnósticos ou terapêuticas a serem nele 
realizados. Deve consentir de forma livre, voluntária, 
esclarecida com adequada informação. Quando ocorrerem 
alterações significantes no estado de saúde inicial ou da causa 
pela qual o consentimento foi dado, este deverá ser renovado.
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12. O paciente tem direito de revogar o consentimento anterior, 
a qualquer instante, por decisão livre, consciente e esclarecida, 
sem que lhe sejam imputadas sanções morais ou legais.
13. O paciente tem o direito de ter seu prontuário médico 
elaborado de forma legível e de consultá-lo a qualquer 
momento. Este prontuário deve conter o conjunto de 
documentos padronizados do histórico do paciente, princípio e 
evolução da doença, raciocínio clínico, exames, conduta 
terapêutica e demais relatórios e anotações clínicas.
14. O paciente tem direito a ter seu diagnóstico e tratamento 
por escrito, identificado com o nome do profissional de saúde e 
seu registro no respectivo Conselho Profissional, de forma clara 
e legível.
15. O paciente tem direito de receber medicamentos básicos, e 
também medicamentos e equipamentos de alto custo, que 
mantenham a vida e a saúde.
16. O paciente tem o direito de receber os medicamentos 
acompanhados de bula impressa de forma compreensível e 
clara e com data de fabricação e prazo de validade.
17. O paciente tem o direito de receber as receitas com o nome 
genérico do medicamento (Lei do Genérico) e não em código, 
datilografadas ou em letras de forma, ou com caligrafia 
perfeitamente legível, e com assinatura e carimbo contendo o 
número do registro do respectivo Conselho Profissional.
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18. O paciente tem direito de 
conhecer a procedência e verificar antes de receber sangue ou 
hemoderivados para a transfusão, se o mesmo contém carimbo 
nas bolsas de sangue atestando as sorologias efetuadas e sua 
validade.
19. O paciente tem direito, no caso de estar inconsciente, de 
ter anotado em seu prontuário, medicação, sangue ou 
hemoderivados, com dados sobre a origem, tipo e prazo de 
validade.
20. O paciente tem direito de saber com segurança e 
antecipadamente, através de testes ou exames, que não é 
diabético, portador de algum tipo de anemia, ou alérgico a 
determinados medicamentos (anestésicos, penicilina, sulfas, 
soro antitetânico, etc.) antes de lhe serem administrados.
21. O paciente tem direito à sua segurança e integridade física 
nos estabelecimentos de saúde, públicos ou privados.
22. O paciente tem direito de ter acesso às contas detalhadas 
referentes às despesas de seu tratamento, exames, medicação, 
internação e outros procedimentos médicos.
23. O paciente tem direito de não sofrer discriminação nos 
serviços de saúde por ser portador de qualquer tipo de 
patologia, principalmente no caso de ser portador de HIV / AIDS 
ou doenças infecto-contagiosas.
24. O paciente tem direito de ser resguardado de seus 
segredos, através da manutenção do sigilo profissional, desde 
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que não acarrete riscos a terceiros 
ou à saúde pública. Os segredos do paciente correspondem a 
tudo aquilo que, mesmo desconhecido pelo próprio cliente, 
possa o profissional de saúde ter acesso e compreender através 
das informações obtidas no histórico do paciente, exames 
laboratoriais e radiológicos.
25. O paciente tem direito a manter sua privacidade para 
satisfazer suas necessidades fisiológicas, inclusive alimentação 
adequada e higiênicas, quer quando atendido no leito, ou no 
ambiente onde está internado ou aguardando atendimento.
26. O paciente tem direito a acompanhante, se desejar, tanto 
nas consultas, como nas internações. As visitas de parentes e 
amigos devem ser disciplinadas em horários compatíveis, desde 
que não comprometam as atividades médico/sanitárias. Em 
caso de parto, a parturiente poderá solicitar a presença do pai.
27. O paciente tem direito de exigir que a maternidade, além 
dos
profissionais comumente necessários, mantenha a presença de 
um neonatologista, por ocasião do parto.
28. O paciente tem direito de exigir que a maternidade realize o 
"teste do pézinho" para detectar a fenilcetonúria nos recém-
nascidos.
29. O paciente tem direito à indenização pecuniária no caso de 
qualquer complicação em suas condições de saúde motivadas 
por imprudência, negligência ou imperícia dos profissionais de 
saúde.
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30. O paciente tem direito à 
assistência adequada, mesmo em períodos festivos, feriados ou 
durante greves profissionais.
31. O paciente tem direito de receber ou recusar assistência 
moral, psicológica, social e religiosa.
32. O paciente tem direito a uma morte digna e serena, 
podendo optar ele próprio (desde que lúcido), a família ou 
responsável, por local ou acompanhamento e ainda se quer ou 
não o uso de tratamentos dolorosos e extraordinários para 
prolongar a vida.
33. O paciente tem direito à dignidade e respeito, mesmo após 
a morte. Os familiares ou responsáveis devem ser avisados 
imediatamente após o óbito.
34. O paciente tem o direito de não ter nenhum órgão retirado 
de seu corpo sem sua prévia aprovação.
35. O paciente tem direito a órgão jurídico de direito específico 
da saúde, sem ônus e de fácil acesso.
Portaria do Ministério da Saúde nº1286 de 26/10/93- art.8º e 
nº74 de 04/05/94
FÓRUM DE PATOLOGIAS DO ESTADO DE SÃO PAULO -
GOVERNO DO ESTADO DE SÀO PAULO - SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE
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18 DIREITOS FUNDAMENTAIS DO PACIENTE:
Várias listas com direitos do paciente já foram publicadas, 
sendo a maioria delas repetitiva, detalhista e minuciosa. 
Portanto, após longa revisão sobre o assunto, propomos* uma 
relação dos 18 direitos fundamentais do paciente:
1. Ter acesso à saúde;
2. Ter um serviço público com atendimento de qualidade e sem 
custos adicionais;
3. Decidir livremente sobre a sua pessoa ou o seu bem estar;
4. Ter respeitada a privacidade e a integridade física,
psicológica e moral;
5. Não sofrer discriminação de qualquer espécie;
6. Ter atendimento adequado às suas necessidades, sem 
limitações de ordem burocrática, funcional ou de tempo;
7. Ser atendido incondicionalmente em situações de emergência 
e de urgência;
8. Escolher livremente, em qualquer etapa de seu tratamento, o 
estabelecimento de saúde e a equipe médica responsáveis por 
seu tratamento;
9. Ser atendido por profissional capacitado e constantemente
atualizado;
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10. Ser respeitado pela sua 
operadora de saúde complementar;
11. Estar informado pessoalmente ouatravés de seu
representante legal sobre seu diagnóstico e prognóstico; 
12. Consentir, após informação detalhada, com cada uma das 
etapas de seu tratamento; 
13. Ter o seu prontuário médico corretamente preenchido
e de livre acesso à sua pessoa ou ao seu representante legal;
14. Receber laudos médicos quando solicitar;
15. Ter suas vantagens legais respeitadas;
16. Ter o seu segredo médico mantido;
17. Reclamar da qualidade do atendimento;
18. Receber reparação em caso de dano.
*Dr. Jorge R. Ribas Timi (Professor adjunto, Cirurgia Vascular, Universidade Federal do 
Paraná. Doutor em Cirurgia, Universidade Federal do Paraná. Advogado atuante em responsabilidade 
civil na área da saúde.)
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CAPÍTULO III
RELAÇÃO MÉDICO-PACIENTE
Ao atender um paciente, o médico deve vê-lo 
como um paciente, ou seja, como uma pessoa 
que o procurou por motivo de saúde e que 
confia em sua capacidade de resolver o 
problema. O paciente jamais deve ser visto
como um futuro contendor na justiça. 
Entretanto, é sempre útil relembrar algumas 
situações próprias da interface entre a 
medicina e o direito no momento do
atendimento ao paciente:
• O paciente não deve ser discriminado quanto a raça, sexo, 
profissão, religião, ou qualquer outra condição. Ao atender por 
planos de saúde, o médico não pode limitar horários em seu 
consultório para pacientes oriundos dos planos de saúde e para 
pacientes oriundos da clínica privada, pois isso é discriminação 
por condição social.
• O segredo profissional é de responsabilidade do médico. 
Cabe ao médico a criteriosa escolha de seu corpo de 
colaboradores, bem como de quais membros de sua equipe de 
trabalho podem ter acesso aos prontuários e aos demais dados 
do paciente. A quebra do sigilo profissional por qualquer 
membro da equipe é de responsabilidade do médico do 
paciente.
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1188
• Deve ser feito um prontuário 
médico de todos os atendimentos do paciente, 
independentemente de trata-ser de uma consulta ou de um 
longo internamento hospitalar, e esse prontuário deve ser o 
mais completo possível, pois constitui critério essencial da boa
medicina para o acompanhamento
do paciente, além de ser um bom instrumento de prova nas 
demandas judiciais, quando tecnicamente bem formulado.
• Uma vez contratados seus serviços por um plano de saúde, o 
médico não pode cobrar complemento de honorários 
profissionais. Com exceção dos casos de procedimentos 
estritamente estéticos, como, por exemplo, o da escleroterapia 
de telangiectasias, realizado durante cirurgias de varizes, pois 
os planos de saúde não cobrem, em nenhuma hipótese, os
procedimentos estéticos, já que são proibidos pelo artigo 10º da 
lei dos planos de saúde.
• Seus funcionários devem ser 
orientados para que pacientes 
idosos, gestantes e mães com 
crianças de colo tenham prioridade 
de atendimento nos serviços em que 
o atendimento não se dá por hora
marcada. O médico deve procurar 
trabalhar com pacientes agendados 
com hora previamente marcada e 
respeitar os horários.
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• O médico tem a obrigação de 
respeitar a integridade física, psicológica e moral do paciente 
sob seus cuidados. Deve evitar o atendimento de pacientes 
semidespidas sem a presença de um acompanhante, que, 
preferencialmente, deve ser uma enfermeira ou mesmo uma 
secretária do próprio médico. Entretanto, pode ser um 
acompanhante da própria paciente. Isso evita dissabores
futuros de acusações infundadas de assédios físicos ou morais 
feitos pela paciente contra o médico.
• O atendimento ao paciente requer tempo e condições
adequadas. Deve-se evitar atender pacientes na falta de 
condições adequadas tanto materiais quanto de tempo pessoal. 
É importante lembrar que o paciente procurou o médico porque 
quer ser atendido por ele. O profissional deve ser criterioso com
os locais que indica para a efetivação do tratamento de seus 
pacientes, bem como com a escolha dos colegas que o 
auxiliarão no tratamento.
• O médico que atua como plantonista não deve se afastar do 
hospital, pois não existe plantão à distância. Neste caso, o que 
há é “estar de sobreaviso”. Nos casos de dúvida entre um caso 
de emergência (casos que impliquem risco imediato de vida ou 
lesão irreparável) ou de urgência (casos resultantes de 
acidentes pessoais ou complicações do processo gestacional), 
segundo as definições do artigo 35-D da Lei nº 9.656 de 
03.06.98 – Planos de Saúde, primeiro, deve-se fazer o 
atendimento e, depois, discutir a burocracia, para evitar o crime
de omissão de socorro, que é uma das acusações de defesa 
mais difícil e que, além das sanções penais, pode levar à 
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cassação do diploma profissional
pelo Conselho Federal de Medicina.
• Ao escolher uma especialidade médica 
para exercer a medicina, o médico deve 
buscar a formação profissional e a titulação 
dentro das normas do Conselho Federal de 
Medicina. Deve manter-se
permanentemente atualizado, com um 
programa pessoal de educação médica 
continuada, não só para respeitar o artigo 
5º do Código de Ética Médica, mas também 
para respeitar o paciente que o escolheu 
como especialista para conduzir seu
tratamento.
• Todos os laudos de que o paciente necessitar no momento 
do atendimento devem ser fornecidos. É importante lembrar de 
colocar nestes, apenas o que se pode atestar, evitando tecer 
comentários sobre atendimentos anteriores do paciente ou
sobre situações que não são de sua responsabilidade
profissional.
• Todo paciente deve estar corretamente informado sobre 
diagnóstico, prognóstico e riscos em cada etapa do tratamento. 
Não existe ato médico totalmente isento de risco para o 
paciente, pois a condição aleatória do organismo humano pode 
apresentar reações individualizadas e inesperadas. Portanto,
não existe procedimento sem risco. A correta informação ao 
paciente em linguagem acessível é um dever do médico e 
representa uma profilaxia de complicações legais. Se, em seu 
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julgamento, o médico achar que o 
paciente não tem condições emocionais de receber essas 
informações, então, deve informar seus representantes legais.
• O médico não pode esquecer que o 
paciente tem o direito de decidir 
livremente sobre sua pessoa e sobre o seu 
bem-estar. Esse é um direito constitucional
do paciente e, decorrente deste, o 
paciente tem outros dois direitos 
fundamentais: o da livre escolha e o do 
consentimento prévio.
• Por ter direito à livre escolha, o 
paciente pode, em qualquer fase do 
tratamento, mudar de equipe médica ou de serviço de saúde. 
Portanto, os exames do paciente não devem ser retidos, pois os 
exames pertencem ao paciente. Assim, não haverá o 
constrangimento de o paciente ter que procurar o médico para 
solicitar a devolução de um exame retido em seu poder para 
levá-lo a outro colega. A retenção de exames não garante que o 
paciente continue com o médico e, se o paciente necessitar 
repetir um exame por ventura extraviado, terá mais um motivo 
para reclamar da relação médico-paciente.
• Após ser informado e esclarecido sobre diagnóstico,
prognóstico e sobre o tratamento com todos os aspectos de 
riscos/benefícios, o paciente deve concordar como tratamento. 
Esta concordância é expressa através de um consentimento,
que, ainda hoje, é verbal na grande maioria das vezes. Porém,
quando acontecem quaisquer complicações, mesmo aquelas 
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previamente explicadas, o médico 
tem de enfrentar a surdez seletiva do paciente, já que é
freqüente a alegação de que não havia sido informado da 
complicação. Por isso, o consentimento deve ser impresso e 
individualizado para cada caso, a fim de evitar os chamados 
contratos de adesão. O consentimento deve ser assinado pelo 
paciente ou por seu representante legal, preferencialmente em
duas vias, ficando uma com o paciente e outra no prontuário do 
mesmo.
• O médico deve ouvir todas as reclamações do paciente 
referentes ao seu trabalho, ao de sua equipe e ao da instituição 
em que o paciente está sendo atendido. Pacientemente, o 
profissional deve esclarecer todas as questões até que o 
paciente as entenda, especialmente nos casos em que a 
evolução do tratamento não tenha sido a esperada. Quanto
melhor a relação médico-paciente, menor será o risco de uma 
demanda judicial.
POR FIM, O EXERCÍCIO DOS DIREITOS DO PACIENTE 
GERA VÁRIOS EFEITOS POSITIVOS E NEGATIVOS. 
Entre os efeitos positivos, temos:
• O exercício da cidadania;
• A melhoria da qualidade dos serviços de saúde;
• A desmistificação da relação médico-paciente;
• A reparação do dano;
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2233
• A possibilidade de 
envolvimento de organizações não-governamentais;
• A competitividade das operadoras de planos de saúde;
• A melhoria da qualidade da saúde no Brasil.
Por outro lado, não se pode esquecer que esse exercício 
pode gerar quatro efeitos negativos: 
• A proliferação de processos em que se confunde mau
resultado com erro médico;
• O aumento de custos na saúde;
• A medicina defensiva;
• O desperdício de recursos do Sistema Único de Saúde e de 
instituições privadas e profissionais da área da saúde com 
decisões judiciais equivocadas, baseadas em relações 
emocionais e não em fatos científicos.
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2244
CAPÍTULO IV
CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA
PREÂMBULO
I - O presente Código contém as normas
éticas que devem ser seguidas pelos 
médicos no exercício da profissão, 
independentemente da função ou cargo 
que ocupem.
II - As organizações de prestação de 
serviços médicos estão sujeitas às 
normas deste Código. 
III - Para o exercício da Medicina impõe-
se a inscrição no Conselho Regional do 
respectivo Estado, Território ou Distrito Federal.
IV - A fim de garantir o acatamento e cabal execução deste 
Código, cabe ao médico comunicar ao Conselho Regional de 
Medicina, com discrição e fundamento, fatos de que tenha 
conhecimento e que caracterizem possível infrigência do 
presente Código e das Normas que regulam o exercício da 
Medicina.
V - A fiscalização do cumprimento das normas estabelecidas 
neste Código é atribuição dos Conselhos de Medicina, das 
Comissões de Ética, das autoridades da área de Saúde e dos 
médicos em geral.
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VI - Os infratores do presente 
Código sujeitar-se-ão às penas disciplinares previstas em lei.
TÍTULO I - PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
Art. 1° - A Medicina é uma profissão a serviço da saúde do ser 
humano e da coletividade e deve ser exercida sem 
discriminação de qualquer natureza.
Art. 2° - O alvo de toda a atenção do médico é a saúde do ser 
humano, em benefício da qual deverá agir com o máximo de 
zelo e o melhor de sua capacidade profissional.
Art. 3° - A fim de que possa exercer a Medicina com honra e 
dignidade, o médico deve ser boas condições de trabalho e ser 
remunerado de forma justa. 
Art. 4° - Ao médico cabe zelar e trabalhar pelo perfeito 
desempenho ético da Medicina e pelo prestígio e bom conceito 
da profissão. 
Art. 5° - O médico deve aprimorar continuamente seus 
conhecimentos e usar o melhor do progresso científico em 
benefício do paciente. 
Art. 6° - O médico deve guardar absoluto respeito pela vida 
humana, atuando sempre em benefício do paciente. Jamais 
utilizará seus conhecimentos para gerar sofrimento físico ou 
moral, para o extermínio do ser humano, ou para permitir e 
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acobertar tentativa contra sua 
dignidade e integridade.
Art. 7° - O médico deve exercer a profissão com ampla 
autonomia, não sendo obrigado a prestar serviços profissionais 
a quem ele não deseje, salvo na ausência de outro médico, em 
casos de urgência, ou quando sua negativa possa trazer danos 
irreversíveis ao paciente. 
Art. 8° - O médico não pode, em qualquer circunstância, ou 
sob qualquer pretexto, renunciar à sua liberdade profissional, 
devendo evitar que quaisquer restrições ou imposições possam 
prejudicar a eficácia e correção de seu trabalho.
Art. 9° - A Medicina não pode , em qualquer circunstância, ou 
de qualquer forma, ser exercida como comércio.
Art. 10° - O trabalho do médico não pode ser explorado por 
terceiros com objetivos de lucro, finalidade política ou religiosa.
Art. 11° - O médico deve manter sigilo quanto às informações 
confidenciais de que tiver conhecimento no desempenho de 
suas funções. O Mesmo se aplica ao trabalho em empresas, 
exceto nos casos em que seu silêncio prejudique ou ponha em 
risco a saúde do trabalhador ou da comunidade.
Art. 12° - O médico deve buscar a melhor adequação do 
trabalho ao ser humano e a eliminação ou controle dos riscos 
inerentes ao trabalho.
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Art. 13° - O médico deve 
denunciar às autoridades competentes quaisquer formas de 
poluição ou deterioração do meio ambiente, prejudiciais à saúde 
e à vida.
Art. 14° - O médico deve empenhar-se para melhorar as 
condições de saúde e os padrões dos serviços médicos e 
assumir sua parcela de responsabilidade em relação à saúde 
pública, à educação sanitária e à legislação referente à saúde.
Art. 15° - Deve o médico ser solidário com os movimentos de 
defesa da dignidade profissional, seja por remuneração 
condigna, seja por condições de trabalho compatíveis com o 
exercício ético-profissional da Medicina e seu aprimoramento 
técnico.
Art. 16° - Nenhuma disposição estatutária ou regimental de 
hospital, ou instituição pública, ou privada poderá limitar a 
escolha, por parte do médico, dos meios a serem postos em 
prática para o estabelecimento do diagnóstico e para a 
execução do tratamento, salvo quando em benefício do 
paciente.
Art. 17° - O médico investido em função de direção tem o 
dever de assegurar as condições mínimas para o desempenho
ético-profissional da Medicina.
Art. 18° - As relações do médico com os demais profissionais 
em exercício na área de saúde devem basear-se no respeito 
mútuo, na liberdade e independência profissional de cada um, 
buscando sempre o interesse e o bem-estar do paciente.
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Art. 19° - O médico deve ter, 
para com os colegas, respeito, consideração e solidariedade, 
sem, todavia, eximir-se de denunciar atos que contrariem os 
postulados éticos à Comissão de Ética da instituição em queexerce seu trabalho profissional e, se necessário, ao Conselho 
Regional de Medicina.
TÍTULO II - DIREITOS DO MÉDICO
É direito do médico:
Art. 20 - Exercer a Medicina sem ser discriminado por questões 
de religião, raça, sexo, nacionalidade, cor opção sexual, idade, 
condição social, opinião política, ou de qualquer outra natureza.
Art. 21 - Indicar o procedimento adequado ao paciente, 
observadas as práticas reconhecidamente aceitas e respeitando 
as normas legais vigentes no País.
Art. 22 - Apontar falhas nos regulamentos e normas das 
instituições em que trabalhe, quando as julgar indignas do 
exercício da profissão ou prejudiciais ao paciente, devendo 
dirigir-se, nesses casos, aos órgãos competentes e, 
obrigatoriamente, à Comissão de Ética e ao Conselho Regional 
de Medicina de sua jurisdição.
Art. 23 - Recusar-se a exercer sua profissão em instituição 
pública ou privada onde as condições de trabalho não sejam 
dignas ou possam prejudicar o paciente.
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Art. 24 - Suspender suas 
atividades, individual ou coletivamente, quando a instituição 
pública ou privada para a qual trabalhe não oferecer condições 
mínimas para o exercício profissional ou não o remunerar 
condignamente, ressalvadas as situações de urgência e 
emergência, devendo comunicar imediatamente sua decisão ao 
Conselho Regional de Medicina.
Art. 25 - Internar e assistir seus pacientes em hospitais 
privados com ou sem caráter filantrópico, ainda que não faça 
parte do seu corpo clínico, respeitadas as normas técnicas da 
instituição.
Art. 26 - Requerer desagravo público ao Conselho Regional de 
Medicina quando atingido no exercício de sua profissão.
Art. 27 - Dedicar ao paciente, quando trabalhar com relação de 
emprego, o tempo que sua experiência e capacidade 
profissional recomendarem para o desempenho de sua 
atividade, evitando que o acúmulo de encargos ou de consultas 
prejudique o paciente.
Art. 28 - Recusar a realização de atos médicos que, embora 
permitidos por lei, sejam contrários aos ditames de sua 
consciência.
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CAPÍTULO III - RESPONSABILIDADE PROFISSIONAL
Art. 29 - Praticar atos profissionais danosos ao paciente, que 
possam ser caracterizados como imperícia, imprudência ou 
negligência.
Art. 30 - Delegar à outros profissionais atos ou atribuições 
exclusivos da profissão médica.
Art. 31 - Deixar de assumir responsabilidade sobre 
procedimento médico que indicou ou do qual participou, mesmo 
quando vários médicos tenham assistido o paciente.
Art. 32 - Isentar-se de responsabilidade de qualquer ato 
profissional que tenha praticado ou indicado, ainda que este 
tenha sido solicitado ou consentido pelo paciente ou seu 
responsável legal.
Art. 33 - Assumir responsabilidade por ato médico que não 
praticou ou do qual não participou efetivamente.
Art. 34 - Atribuir seus insucessos a terceiros e a circunstâncias 
ocasionais, exceto nos casos em que isso possa ser 
devidamente comprovado.
Art. 35 - Deixar de atender em setores de urgência e 
emergência, quando for de sua obrigação fazê-lo, colocando em 
risco a vida de pacientes, mesmo respaldado por decisão 
majoritária da categoria.
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Art. 36 - Afastar-se de suas 
atividades profissionais, mesmo temporariamente, sem deixar 
outro médico encarregado do atendimento de seus pacientes 
em estado grave.
Art. 37 - Deixar de comparecer a plantão em horário 
preestabelecido ou abandoná-lo sem a presença de substituto, 
salvo por motivo de força maior. 
Art. 38 - Acumpliciar-se com os que exercem ilegalmente a 
Medicina, ou com profissionais ou instituições médicas que 
pratiquem atos ilícitos.
Art. 39 - Receitar ou atestar de forma secreta ou ilegível, assim 
como assinar em branco folhas de receituários, laudos, 
atestados ou quaisquer outros documentos médicos.
Art. 40 - Deixar de esclarecer o trabalhador sobre condições de 
trabalho que ponham em risco sua saúde, devendo comunicar o 
fato aos responsáveis, às autoridades e ao Conselho Regional 
de Medicina.
Art. 41 - Deixar de esclarecer o paciente sobre as 
determinantes sociais, ambientais ou profissionais de sua 
doença.
Art. 42 - Praticar ou indicar atos médicos desnecessários ou 
proibidos pela legislação do País.
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Art. 43 - Descumprir legislação 
específica nos casos de transplantes de órgãos ou tecidos, 
esterilização, fecundação artificial e abortamento.
Art. 44 - Deixar de colaborar com as autoridades sanitárias ou 
infringir a legislação pertinente.
Art. 45 - Deixar de cumprir, sem justificativa, as normas 
emanadas dos Conselhos Federal e Regionais de Medicina e de 
atender às suas requisições administrativas, intimações ou 
notificações, no prazo determinado.
TÍTULO IV - DIREITOS HUMANOS
É vedado ao médico:
Art. 46 - Efetuar qualquer procedimento médico sem o 
esclarecimento e consentimento prévios do paciente ou de seu 
responsável legal, salvo iminente perigo de vida.
Art. 47 - Discriminar o ser humano de qualquer forma ou sob 
qualquer pretexto.
Art. 48 - Exercer sua autoridade de maneira a limitar o direito 
do paciente de decidir livremente sobre a sua pessoa ou seu 
bem-estar.
Art. 49 - Participar da prática de tortura ou de outras formas 
de procedimento degradantes, desumanas ou cruéis, ser 
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conivente com tais práticas ou 
não as denunciar quando delas tiver conhecimento.
Art. 50 - Fornecer meios, instrumentos, substâncias ou 
conhecimentos que facilitem a prática de tortura ou outras 
formas de procedimentos degradantes, desumanas ou cruéis, 
em relação à pessoa.
Art. 51 - Alimentar compulsoriamente qualquer pessoa em 
greve de fome que for considerada capaz, física e mentalmente, 
de fazer juízo perfeito das possíveis conseqüências de sua 
atitude. Em tais casos, deve o médico fazê-la ciente das 
prováveis complicações do jejum prolongado e, na hipótese de 
perigo de vida iminente, tratá-la.
Art. 52 - Usar qualquer processo que possa alterar a 
personalidade ou a consciência da pessoa, com a finalidade de 
diminuir sua resistência física ou mental em investigação policial 
ou de qualquer outra natureza.
Art. 53 - Desrespeitar o interesse e a integridade de paciente, 
ao exercer a profissão em qualquer instituição na qual o mesmo 
esteja recolhido independentemente da própria vontade.
Parágrafo Único: Ocorrendo quaisquer atos lesivos à 
personalidade e à saúde física ou psíquica dos pacientes a ele 
confiados, o médico está obrigado a denunciar o fato à 
autoridade competente e ao Conselho Regional de Medicina.
Art. 54 - Fornecer meio, instrumento, substância, 
conhecimentos ou participar, de qualquer maneira, na execução 
de pena de morte.
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Art. 55 - Usar da profissão para 
corromper os costumes, cometer ou favorecer crime.
TÍTULO V - RELAÇÃO COM PACIENTES E FAMILIARES
É vedado ao médico:
Art. 56 - Desrespeitar o direito do 
paciente de decidir livremente sobre 
a execução de práticas diagnósticas 
ou terapêuticas, salvo em caso de 
iminente perigo de vida.
Art. 57 - Deixar de utilizar todos os 
meios disponíveisde diagnóstico e 
tratamento a seu alcance em favor 
do paciente.
Art. 58 - Deixar de atender paciente que procure seus cuidados 
profissionais em caso de urgência, quando não haja outro 
médico ou serviço médico em condições de fazê-lo.
Art. 59 - Deixar de informar ao paciente o diagnóstico, o 
prognóstico, os riscos e objetivos do tratamento, salvo quando 
a comunicação direta ao mesmo possa provocar-lhe dano, 
devendo, nesse caso, a comunicação ser feita ao seu 
responsável legal.
Art. 60 - Exagerar a gravidade do diagnóstico ou prognóstico, 
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ou complicar a terapêutica, ou 
exceder-se no número de visitas, consultas ou quaisquer outros 
procedimentos médicos.
Art. 61 - Abandonar paciente sob seus cuidados.
 § 1° - Ocorrendo fatos que, a seu critério, prejudiquem o bom 
relacionamento com o paciente ou o pleno desempenho 
profissional, o médico tem o direito de renunciar ao 
atendimento, desde que comunique previamente ao paciente ou 
seu responsável legal, assegurando-se da continuidade dos 
cuidados e fornecendo todas as informações necessárias ao 
médico que lhe suceder.
 § 2° - Salvo por justa causa, comunicada ao paciente ou ao a 
seus familiares, o médico não pode abandonar o paciente por 
ser este portador de moléstia crônica ou incurável, mas deve 
continuar a assisti-lo ainda que apenas para mitigar o 
sofrimento físico ou psíquico.
Art. 62 - Prescrever tratamento ou outros procedimentos sem 
exame direto do paciente, salvo em casos de urgência e 
impossibilidade comprovada de realizá-lo, devendo, nesse caso, 
fazê-lo imediatamente cessado o impedimento.
Art. 63 - Desrespeitar o pudor de qualquer pessoa sob seus 
cuidados profissionais.
Art. 64 - Opor-se à realização de conferência médica solicitada 
pelo paciente ou seu responsável legal.
Art. 65 - Aproveitar-se de situações decorrentes da relação 
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médico/paciente para obter 
vantagem física, emocional, financeira ou política.
Art. 66 - Utilizar, em qualquer caso, meios destinados a 
abreviar a vida do paciente, ainda que a pedido deste ou de seu 
responsável legal.
Art. 67 - Desrespeitar o direito do paciente de decidir 
livremente sobre o método contraceptivo ou conceptivo, 
devendo o médico sempre esclarecer sobre a indicação, a 
segurança, a reversibilidade e o risco de cada método.
Art. 68 - Praticar fecundação artificial sem que os participantes 
estejam de inteiro acordo e devidamente esclarecidos sobre o 
procedimento.
Art. 69 - Deixar de elaborar prontuário médico para cada 
paciente.
Art. 70 - Negar ao paciente acesso a seu prontuário médico, 
ficha clínica ou similar, bem como deixar de dar explicações 
necessárias à sua compreensão, salvo quando ocasionar riscos 
para o paciente ou para terceiros.
Art. 71 - Deixar de fornecer laudo médico ao paciente, quando 
do encaminhamento ou transferência para fins de continuidade 
do tratamento, ou na alta, se solicitado.
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CAPÍTULO VI - DOAÇÃO E TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS E 
TECIDOS
É vedado ao médico:
Art. 72 - Participar do processo de diagnóstico da morte ou da 
decisão de suspensão dos meios artificiais de prolongamento da 
vida de possível doador, quando pertencente à equipe de 
transplante.
Art. 73 - Deixar, em caso de transplante, de explicar ao doador 
ou seu responsável legal, e ao receptor, ou seu responsável 
legal, em termos compreensíveis, os riscos de exames, cirurgias 
ou outros procedimentos.
Art. 74 - Retirar órgão de doador vivo, quando iterdito ou 
incapaz, mesmo com autorização de seu responsável legal.
Art. 75 - Participar direta ou indiretamente da comercialização 
de órgãos ou tecidos humanos.
TÍTULO VII - RELAÇÕES ENTRE MÉDICOS
É vedado ao médico:
Art. 76 - Servir-se de sua posição hierárquica para impedir, por 
motivo econômico, político, ideológico ou qualquer outro, que 
médico utilize as instalações e demais recursos da instituição 
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sob sua direção, particularmente 
quando se trate da única existente no local.
Art. 77 - Assumir emprego, cargo ou função, sucedendo a 
médico demitido ou afastado em represália a atitude de defesa 
de movimentos legítimos da categoria ou da aplicação deste 
Código.
Art. 78 - Posicionar-se contrariamente a movimentos legítimos 
da categoria médica, com a finalidade de obter vantagens.
Art. 79 - Acobertar erro ou conduta antiética de médico.
Art. 80 - Praticar concorrência desleal com outro médico.
Art. 81 - Alterar prescrição ou tratamento de paciente, 
determinado por outro médico, mesmo quando investido em 
função de chefia ou de auditoria, salvo em situação de 
indiscutível conveniência para o paciente, devendo comunicar 
imediatamente o fato ao médico responsável.
Art. 82 - Deixar de encaminhar de volta ao médico assistente o 
paciente que lhe foi enviado para procedimento especializado, 
devendo, na ocasião, fornecer-lhe as devidas informações sobre 
o ocorrido no período em que se responsabilizou pelo paciente.
Art. 83 - Deixar de fornecer a outro médico informações sobre 
o quadro clínico do paciente, desde que autorizado por este ou 
seu responsável legal.
Art. 84 - Deixar de informar ao substituto o quadro clínico dos 
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pacientes sob sua 
responsabilidade, ao ser substituído no final do turno de 
trabalho.
Art. 85 - Utilizar-se de sua posição hierárquica para impedir 
que seus subordinados atuem dentro dos princípios éticos.
TÍTULO VIII - REMUNERAÇÃO PROFISSIONAL
É vedado ao médico:
Art. 86 - Receber remuneração pela 
prestação de serviços profissionais a 
preços vis ou extorsivos, inclusive de 
convênios.
Art. 87 - Remunerar ou receber comissão 
ou vantagens por paciente encaminhado 
ou recebido, ou por serviços não 
efetivamente prestados.
Art. 88 - Permitir a inclusão de nomes de profissionais que não 
participaram do ato médico, para efeito de cobrança de 
honorários.
Art. 89 - Deixar de se conduzir com moderação na fixação de 
seus honorários, devendo considerar as limitações econômicas 
do paciente, as circunstâncias do atendimento e a prática local.
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Art. 90 - Deixar de ajustar previamente com o paciente o custo 
provável dos procedimentos propostos, quando solicitado.
Art. 91 - Firmar qualquer contrato de assistência médica que 
subordine os honorários ao resultado do tratamento ou à cura 
do paciente.
Art. 92 - Explorar o trabalho médico como proprietário, sócio 
ou dirigente de empresas ou instituições prestadoras de 
serviços médicos, bem como auferir lucro sobre o trabalho de 
outro médico, isoladamente ou em equipe.
Art. 93 - Agenciar, aliciar ou desviar, por qualquer meio, para 
clínica particular ou instituições de qualquer natureza, paciente 
que tenha atendido em virtude de sua função em instituições 
públicas.
Art. 94 - Utilizar-se de instituições públicas para execução de 
procedimentos médicos em pacientes de sua clínica privada, 
como forma de obter vantagens pessoais.
Art. 95 - Cobrar honorários de paciente assistido em instituição 
que se destina à prestação de serviços públicos; ou receberremuneração de paciente como complemento de salário ou de 
honorários.
Art. 96 - Reduzir, quando em função de direção ou chefia, a 
remuneração devida ao médico, utilizando-se de descontos a 
título de taxa de administração ou quaisquer outros artifícios.
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Art. 97 - Reter, a qualquer 
pretexto, remuneração de médicos e outros profissionais.
Art. 98 - Exercer a profissão com interação ou dependência de 
farmácia, laboratório farmacêutico, ótica ou qualquer 
organização destinada à fabricação, manipulação ou 
comercialização de produto de prescrição médica de qualquer 
natureza, exceto quando se tratar de exercício da Medicina do 
Trabalho.
Art. 99 - Exercer simultaneamente a Medicina e a Farmácia, 
bem como obter vantagem pela comercialização de 
medicamentos, órteses ou próteses, cuja compra decorra da 
influência direta em virtude da sua atividade profissional.
Art. 100 - Deixar de apresentar, separadamente, seus 
honorários quando no atendimento ao paciente participarem 
outros profissionais.
Art. 101 - Oferecer seus serviços profissionais como prêmio em 
concurso de qualquer natureza.
TÍTULO IX - SEGREDO MÉDICO
É vedado ao médico:
Art. 102 - Revelar fato de que tenha conhecimento em virtude 
do exercício de sua profissão, salvo por justa causa, dever legal 
ou autorização expressa do paciente.
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Parágrafo único: Permanece essa 
proibição: a) Mesmo que o fato seja de conhecimento público ou 
que o paciente tenha falecido. b) Quando do depoimento como 
testemunha. Nesta hipótese, o médico comparecerá perante a 
autoridade e declarará seu impedimento.
Art. 103 - Revelar segredo profissional referente a paciente 
menor de idade, inclusive a seus pais ou responsáveis legais, 
desde que o menor tenha capacidade de avaliar seu problema e 
de conduzir-se por seus próprios meios para solucioná-lo, salvo 
quando a não revelação possa acarretar danos ao paciente.
Art. 104 - Fazer referência a casos clínicos identificáveis, exibir 
pacientes ou seus retratos em anúncios profissionais ou na 
divulgação de assuntos médicos em programas de rádio, 
televisão ou cinema, e em artigos, entrevistas ou reportagens 
em jornais, revistas ou outras publicações leigas. 
Art. 105 - Revelar informações confidenciais obtidas quando do 
exame médico de trabalhadores, inclusive por exigência dos 
dirigentes de empresas ou instituições, salvo se o silêncio puser 
em risco a saúde dos empregados ou da comunidade.
Art. 106 - Prestar a empresas seguradoras qualquer 
informação sobre as circunstâncias da morte de paciente seu, 
além daquelas contidas no próprio atestado de óbito, salvo por 
expressa autorização do responsável legal ou sucessor.
Art. 107 - Deixar de orientar seus auxiliares e de zelar para 
que respeitem o segredo profissional a que estão obrigados por 
lei.
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Art. 108 - Facilitar manuseio e 
conhecimento dos prontuários, papeletas e demais folhas de 
observações médicas sujeitas ao segredo profissional, por 
pessoas não obrigadas ao mesmo compromisso.
Art. 109 - Deixar de guardar o segredo profissional na 
cobrança de honorários por meio judicial ou extrajudicial.
TÍTULO X - ATESTADO E BOLETIM MÉDICO
É vedado ao médico:
Art. 110 - Fornecer atestado sem ter 
praticado o ato profissional que o 
justifique, ou que não corresponda à 
verdade.
Art. 111 - Utilizar-se do ato de 
atestar como forma de angariar 
clientela.
Art. 112 - Deixar de atestar atos 
executados no exercício profissional, quando solicitado pelo 
paciente ou seu responsável legal.
Parágrafo único: O atestado médico é parte integrante do ato 
ou tratamento médico, sendo o seu fornecimento direito 
inquestionável do paciente, não importando em qualquer 
majoração de honorários.
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Art. 113 - Utilizar-se de 
formulários de instituições públicas para atestar fatos 
verificados em clínica privada.
Art. 114 - Atestar óbito quando não o tenha verificado 
pessoalmente, ou quando não tenha prestado assistência ao 
paciente, salvo, no último caso, se o fizer como plantonista, 
médico substituto, ou em caso de necropsia e verificação 
médico-legal.
Art. 115 - Deixar de atestar óbito de paciente ao qual vinha 
prestando assistência, exceto quando houver indícios de morte 
violenta.
Art. 116 - Expedir boletim médico falso ou tendencioso.
Art. 117 - Elaborar ou divulgar boletim médico que revele o 
diagnóstico, prognóstico ou terapêutica, sem a expressa 
autorização do paciente ou de seu responsável legal.
TÍTULO XI - PERÍCIA MÉDICA
É vedado ao médico:
Art. 118 - Deixar de atuar com absoluta isenção quando 
designado para servir como perito ou auditor, assim como 
ultrapassar os limites das suas atribuições e competência.
Art. 119 - Assinar laudos periciais ou de verificação médico-
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legal, quando não o tenha 
realizado, ou participado pessoalmente do exame.
Art. 120 - Ser perito de paciente seu, de pessoa de sua família 
ou de qualquer pessoa com a qual tenha relações capazes de 
influir em seu trabalho.
Art. 121 - Intervir, quando em função de auditor ou perito, nos 
atos profissionais de outro médico, ou fazer qualquer apreciação 
em presença do examinado, reservando suas observações para 
o relatório. 
TÍTULO XII - PESQUISA MÉDICA
É vedado ao médico:
Art. 122 - Participar de qualquer tipo de experiência no ser 
humano com fins bélicos, políticos, raciais ou eugênicos.
Art. 123 - Realizar pesquisa em ser humano, sem que este 
tenha dado consentimento por escrito, após devidamente 
esclarecido sobre a natureza e conseqüências da pesquisa.
Parágrafo único: Caso o paciente não tenha condições de dar 
seu livre consentimento, a pesquisa somente poderá ser 
realizada, em seu próprio benefício, após expressa autorização 
de seu responsável legal.
Art. 124 - Usar experimentalmente qualquer tipo de 
terapêutica, ainda não liberada para uso no País, sem a devida 
autorização dos órgãos competentes e sem consentimento do 
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paciente ou de seu responsável 
legal, devidamente informados da situação e das possíveis 
conseqüências.
Art. 125 - Promover pesquisa médica na comunidade sem o 
conhecimento dessa coletividade e sem que o objetivo seja a 
proteção da saúde pública, respeitadas as características locais.
Art. 126 - Obter vantagens pessoais, ter qualquer interesse 
comercial ou renunciar à sua independência profissional em 
relação a financiadores de pesquisa médica da qual participe.
Art. 127 - Realizar pesquisa médica em ser humano sem 
submeter o protocolo à aprovação e ao comportamento de 
comissão isenta de qualquer dependência em relação ao
pesquisador.
Art. 128 - Realizar pesquisa médica em voluntários, sadios ou 
não, que tenham direta ou indiretamente dependência ou 
subordinação relativamente ao pesquisador.
Art. 129 - Executar ou participar de pesquisa médica em que 
haja necessidade de suspender ou deixar de usar terapêutica 
consagrada e, com isso, prejudicar o paciente.
Art. 130 - Realizar experiências com novos tratamentos clínicos 
ou cirúrgicos em paciente comafecção incurável ou terminal 
sem que haja esperança razoável de utilidade para o mesmo, 
não lhe impondo sofrimentos adicionais.
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TÍTULO XIII - PUBLICIDADE E TRABALHOS CIENTÍFICOS
É vedado ao médico:
Art. 131 - Permitir que sua participação na divulgação de 
assuntos médicos, em qualquer veículo de comunicação de 
massa, deixe de ter caráter exclusivamente de esclarecimento e 
educação da coletividade.
Art. 132 - Divulgar informação sobre o assunto médico de 
forma sensacionalista, promocional, ou de conteúdo inverídico.
Art. 133 - Divulgar, fora do meio científico, processo de 
tratamento ou descoberta cujo valor ainda não esteja 
expressamente reconhecido por órgão competente.
Art. 134 - Dar consulta, diagnóstico ou prescrição por 
intermédio de qualquer veículo de comunicação de massa.
Art. 135 - Anunciar títulos científicos que não possa comprovar 
ou especialidade para a qual não esteja qualificado. 
Art. 136 - Participar de anúncios de empresas comerciais de 
qualquer natureza, valendo-se de sua profissão.
Art. 137 - Publicar em seu nome trabalho científico do qual não 
tenha participado: atribuir-se autoria exclusiva de trabalho 
realizado por seus subordinados ou outros profissionais, mesmo 
quando executados sob sua orientação.
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4488
Art. 138 - Utilizar-se, sem 
referência ao autor ou sem a sua autorização expressa, de 
dados, informações ou opiniões ainda não publicados.
Art. 139 - Apresentar como originais quaisquer idéias, 
descobertas ou ilustrações que na realidade não o sejam.
Art. 140 - Falsear dados estatísticos ou deturpar sua 
interpretação científica.
TÍTULO XIV - DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 141 - O médico portador de doença incapacitante para o 
exercício da Medicina, apurada pelo Conselho Regional de 
Medicina em procedimento administrativo com perícia médica, 
terá seu registro suspenso enquanto perdurar sua incapacidade.
Art. 142 - O médico está obrigado a acatar e respeitar os 
Acórdãos e Resoluções dos Conselhos Federal e Regionais de 
Medicina.
Art. 143 - O Conselho Federal de Medicina, ouvidos os 
Conselhos Regionais de Medicina e a categoria médica, 
promoverá a revisão e a atualização do presente Código, 
quando necessárias.
Art. 144 - As omissões deste Código serão sanadas pelo 
Conselho Federal de Medicina.
Art. 145 - O presente Código entra em vigor na data de sua 
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publicação e revoga o Código 
de Ética ("DOU", de 11/01/65), o Código Brasileiro de 
Deontologia Médica (Resolução CFM n° 1.154 de 13/04/84) e 
demais disposições em contrário.
Fonte: Conselho Federal de Medicina
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CAPÍTULO V
ERRO MÉDICO! O QUE FAZER. 
Estimam-se, atualmente tramitando em nossos tribunais, cerca 
de dez mil processos contra médicos por alegadas más práticas 
no exercício profissional. Grande parte deles inclui a argüição de 
responsabilidade civil. Se não houver um trabalho bem 
articulado, inclusive da própria sociedade, os médicos, num 
futuro não muito distante, vão trabalhar pressionados por uma 
mentalidade de inclinação litigiosa, voltada para a 
compensação, toda Vez que os resultados não forem 
absolutamente perfeitos.
Antes de tudo, há de se ressaltar dois 
fatos que não podiam passar, 
despercebidos numa discussão como 
essa: primeiro, nem todo mau 
resultado é sinônimo de erro médico; 
segundo, não se deve omitir que a má 
pratica médica exista e que os 
pacientes deixem de ser justamente 
reparados.
É também importante salientar que a boa prática médica é, 
sempre e sempre, decorrente de um equilíbrio entre as 
disponibilidades da técnica e da ciência e a arte do bom 
relacionamento médico-paciente. Nem sempre a solicitação de 
exames de alta complexidade é tudo. Isso não quer dizer que se 
deva deixar para trás o que existe de mais moderno e mais 
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apropriado no atendimento às 
necessidades do paciente. Mas que toda essa "medicina 
armada" quando é exercida sem os devidos cuidados de um 
bom relacionamento profissional - notadamente quando há um 
resultado adverso, não evita que o paciente busque 
compensação nos tribunais. 
Entre outros cuidados, frente às possíveis alegações de má 
prática médica, está a obrigação de o médico registrar os 
eventos e as circunstâncias do atendimento e informar aos 
pacientes ou seus familiares toda vez que alguma complicação 
do tratamento ou da prática propedêutica venha ocorrer, seja 
ou não esse resultado motivado por erro profissional. Manter o 
diálogo amistoso e permanente com o paciente ou seus 
familiares, dando-lhes as informações e as justificativas 
necessárias sobre o dano e sobre as iniciativas que serão 
tomadas em conseqüência do resultado inesperado. 
Se aberto o processo ético ou judicial, mesmo que o seu 
andamento seja demorado, não deve ser negligenciado. A 
situação de revel é muito comprometedora e desfavorável. 
Mais: o médico não pode considerar 
a existência de uma alegação de má 
prática como sinônimo de 
incompetência profissional. Nem, por 
outro lado, deve considerar o 
processo uma coisa sem importância. Deve ter em todos os 
casos um procurador legal, sabendo que as coisas do Direito 
são relativas à especialidade e às atividades do advogado.
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Os depoimentos das testemunhas 
e dos especialistas são muito importantes e constituem-se em 
evidências que certamente serão consideradas no julgamento.
Em alguns paises, como nos Estados Unidos, diante da 
possibilidade de maiores prejuízos emocionais ou financeiros e 
do risco de condenação no julgamento, é comum as partes 
serem motivadas a um acordo fora do tribunal. Consideram que 
nem sempre é recomendável esperar pelo "dia de julgamento" 
para provar que não se cometeu nenhum erro. Mesmo assim, 
isso e uma decisão muito pessoal, devendo ser analisada caso a 
caso e sempre com a orientação de um procurador jurídico. 
Lá, também, dá-se muito valor ao depoimento dos peritos 
médicos, levados por ambas as partes e representado por 
especialistas no assunto em litígio. Ainda que em alguns casos 
surjam os chamados "peritos profissionais" que sempre estão 
testemunhando em tribunais e sejam bastante conhecidos dos 
juizes e advogados -, em tese, podem eles contribuir 
decisivamente nos aspectos técnicos da questão, mesmo que o 
mérito da causa em análise seja da livre convicção do 
magistrado. Entre os experts são chamados de "assistentes 
técnicos", agora disciplinados pelas inovações da Lei n° 8.455, 
de 24 de agosto de 1992. Excluiram-se desses assessores a 
suspeição e os impedimentos, a não ser por "evidentes e 
especiais motivos"; e durante a audiência de instrução e 
julgamento o juiz poderá apenas inquiri-los, optando pelos 
esclarecimentos diretos. 
O pior de tudo é que as possibilidades crescentes de queixas 
contra má pratica já começa a perturbar emocionalmente o 
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médico, e que a sociedade passou 
a entender que isso vai redundar no aumento do custofinanceiro para o profissional e para o paciente. Além disso, 
também se começa a notar, entre outros, a aposentadoria 
precoce, o exagero dos pedidos de exames subsidiários mais 
sofisticados e a omissão em procedimentos de alto risco, 
contribuindo mais e mais para a consolidação da "medicina 
defensiva". Essa posição defensiva além de constituir um fator 
de diminuição da assistência aos pacientes de maior risco, o 
expõe a uma série de efeitos secundários ou o agravamento da 
saúde e dos níveis de vida do conjunto da sociedade. 
Mesmo que a criação dos fundos mutuários coletivos para 
ressarcimento de dano seja uma alternativa viável e honesta, 
isto não contribui para a melhoria das relações médico-paciente 
nem para a qualidade da assistência médica. Apenas protege os 
interesses patrimoniais do médico e do cliente, o que, em parte, 
já é alguma coisa.
Não será também com o protecionismo do chamado "espírito de 
corpo" que tal questão será resolvida. Infelizmente os erros 
existem e os pacientes não podem ser mais vitimas do que são, 
em conseqüência dos danos causados por essa forma de má 
prática, principalmente quando ela traz o traço indelével da 
negligência e da imprudência. É necessário que se enfrente tais 
situações com dignidade e respeito, dentro das regras que 
fundamentam o estado de direito, sem usar de expedientes que 
no fundo estão maculados pela fraude e pela má-fé.
Por fim, não é demais repassar sempre para a sociedade que, 
além da má prática médica, existem outras causas que 
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favorecem o resultado adverso, 
como as péssimas condições de trabalho e a penúria de meios 
indispensáveis no tratamento das pessoas. Afinal de contas, os 
pacientes não estão morrendo nas mãos dos médicos, mas nas 
filas dos hospitais sem leitos, a caminho dos ambulatórios sem 
remédios, nos ambientes miseráveis onde moram e na 
iniqüidade da vida que levam. Nesse cenário perverso de 
trabalho é fácil entender o que vem acontecendo no exercício 
da medicina, onde se multiplicam os danos e as vítimas, e onde
é fácil culpar os médicos. Cabe mea culpa universal.
PODEM RECLAMAR INDENIZAÇÃO POR DANOS 
MATERIAIS:
 A vítima (o paciente); 
 Cônjuge; 
 Os filhos (quando dependentes); 
 Os pais (quando dependentes); 
 Os demais dependentes da vítima; 
 Quando ocorre o dano morte também os herdeiros se os 
fatos concorrem para redução da herança (irmãos, 
sobrinhos etc.); 
 Terceiros que suportaram os ônus com o tratamento. 
PODEM RECLAMAR INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS:
 A vítima (se sobrevivente). 
 Mas em caso de falecimento também: 
 Cônjuge; (pela dor própria)
 Os pais; 
 Os filhos; 
 A noiva / noivo 
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5555
CAPÍTULO V
DICAS AO PACIENTE. 
A ÍNTEGRA DAS INFORMAÇÕES DISPONIBILIZADAS NESTE CAPÍTULO, PODERÁ 
SER OBTIDA COM O DEPTO. JURÍDICO DO INSTITUTO ENZOASSUGENI. 
GRAVAÇÃO:
STJ mantém como prova fita de gravação 
em que médicos reconhecem erro em 
cirurgia:
O ministro, da 3ª Turma do STJ, negou 
seguimento à medida cautelar proposta 
pelo Hospital S.B. contra decisão do TJSP. 
Condenado a pagar indenização para por erro médico, o hospital
contestou a fita gravada pelo paciente, onde os médicos 
reconhecem o erro e apresentou como prova.
O paciente foi submetido à cirúrgica em maio de 2001. 
Contudo, a operação foi feita no lado direito. O correto era o 
esquerdo. 
As explicações dos médicos foram gravadas como prova. 
Conforme os argumentos da defesa, "a gravação não pode ser 
admitida como meio de prova porque foi obtida de forma 
ilícita". O relator esclareceu que o STJ não admite a utilização 
de provas ilícitas. "Contudo, no caso dos autos, segundo o 
acórdão recorrido, não se trata de gravação clandestina".
Fonte: Superior Tribunal de Justiça
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5566
PLANO DE SAÚDE - DOENÇA PRÉ-EXISTENTE:
Resolução CONSU nº 02
(Publicada no DO nº 211 - 04.11.98).
Dispõe sobre a definição de cobertura às 
doenças e lesões preexistentes previstas 
no inciso XII do artigo 35A e no artigo 11 
da Lei n° 9.656/98.
Art. 1º Definir que doenças e lesões 
preexistentes são aquelas que o 
consumidor ou seu responsável, saiba ser 
portador ou sofredor, à época da contratação de planos ou 
seguros privados de assistência à saúde, de acordo com o artigo 
11 e o inciso XII do artigo 35A da Lei n° 9.656/98 e as 
diretrizes estabelecidas nesta Resolução.
Art. 3°. Nos planos ou seguros individuais ou familiar de
assistência à saúde contratados após a regulamentação da Lei 
n.º 9.656/98, fica o consumidor obrigado a informar à 
contratada, quando expressamente solicitado na documentação 
contratual, a condição sabida de doença ou lesão preexistente, 
previamente à assinatura do contrato, sob pena de imputação 
de fraude, sujeito à suspensão ou denúncia do contrato, 
conforme o disposto no inciso II do parágrafo único do artigo13 
da Lei n.º 9.656/98.
Art. 7°. A operadora poderá comprovar o conhecimento prévio 
do consumidor sobre sua condição quanto à existência de 
doença e lesão, durante o período de 24 (vinte e quatro) meses 
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5577
previsto no artigo 11 da Lei n° 
9.656/98, podendo a omissão dessa informação ser 
caracterizada como comportamento fraudulento.
 - § 1° À operadora caberá o ônus da prova.
 - § 7º Não será permitida, sob qualquer alegação, a suspensão 
do contrato até o resultado do julgamento pelo Ministério da 
Saúde.
Art. 8°. Às crianças nascidas de parto coberto pela operadora, 
não caberá qualquer alegação de doença ou lesão preexistente, 
sendo-lhes garantida a assistência durante os 30 (trinta) 
primeiros dias de vida dentro da cobertura do plano do titular, 
assim como estará garantida a sua inscrição na operadora sem 
a necessidade de cumprimento de qualquer período de carência 
ou de cobertura parcial temporária ou agravo.
Art. 9º. Aplicam-se as disposições desta Resolução aos 
contratos celebrados na vigência da Lei 9656/98 e aos 
existentes anteriores a sua vigência, a partir das respectivas 
adaptações, bem como, no que couber, aos demais contratos 
vigentes.
Parágrafo único A partir da data de publicação desta Resolução, 
os contratos de que trata o artigo 3º e que contenham cláusula 
de exclusão de doenças ou lesões preexistentes estão sujeitos à 
aplicação dos conceitos definidos nesta Resolução e ao 
julgamento administrativo da alegação por parte do Ministério 
da Saúde, na forma dos parágrafos 4º, 5º, 6º e 7º do artigo 7º.
Art. 10. Esta Resolução entra em vigor na data da sua 
publicação, revogando as disposições em contrário.
Fonte: Procon-SP
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5588
HOSPITAL – ENTEREGA DE EXAMES
Consulta nº 12.135/88 - CRM/SP
Assunto: Se o exame é documento 
que pertence ao paciente
Relator: Cecília S. Marcelino 
Adélia C. Passarelli Villa
Em carta datada de 6 de junho de 
1988, o consulente relata que apenas 
pode obter o material referente a 
cineangiocoronariografia realizada no 
INCOR depositando como caução a via original de sua carteira 
de motorista.
Assim, indaga se tal procedimento é correto tendo em vista, 
outrossim, os contratempos trazidos por tal exigência.
Parecer:
1 - Os exames complementares solicitados pelo médico para 
formação de diagnóstico do paciente constituem documentosque pertencem exclusivamente ao paciente examinado, ou seu 
responsável legal.
Quando muito, estes poderão ficar sob a guarda do médico que 
os solicitou mas que, contudo, não poderá recusar-se a 
entregá-los quando houver solicitação neste sentido 
manifestada pelo paciente ou seus responsáveis legais.
Fonte: CRM-SP
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5599
RELIZAÇÃO DE FILMAGENS E/OU FOTOS:
Consulta nº 1.468/94 - CRM/SP
Assunto: Realização de fotos e/ou 
filmagens de pacientes em ambiente 
hospitalar e/ou domiciliar.
Relator: Conselheiro Cleuriberto 
Venâncio Pereira
A presente consulta, realizada pelo Dr. L.S., versa sobre 
realização de fotos e/ou filmagens, a respeito de ato médico.
Como em consulta anteriores, o assunto já foi tratado, sendo o 
parecer contrário a tal procedimento.
Mesmo em se tratando de filmagem por profissional médico, 
devemos levar em consideração os seguintes artigos do Código 
de Ética Médica:
É vedado ao médico:
“art. 48 - Exercer sua autoridade de maneira a limitar o direito 
do paciente de decidir livremente sobre a sua pessoa ou seu 
bem estar.”
“art. 63 - Desrespeitar o pudor de qualquer pessoa sob seus 
cuidados profissionais.”
“art. 104 - Fazer a referência a casos clínicos identificáveis, 
exibir pacientes ou seus relatos em anúncios profissionais ou na 
divulgação de assuntos médicos em programa de rádio, 
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6600
televisão ou cinema, e em artigos, 
entrevistas ou reportagens em jornais, revistas ou outras 
publicações leigas.”
Portanto, somos de parecer contrário à filmagem e/ou fotografia 
de pacientes em ambiente hospitalar e/ou domiciliar, tanto por 
profissional médico, paramédico ou indivíduo leigo, sem 
autorização expressa.
Para realização de tais procedimentos, deve haver ciência e 
concordância do pacientes e seus familiares, bem como, a 
necessidade de tal fato deve-se levar em conta todos os 
princípios já relacionados do Código de Ética, e acima de tudo o 
artigo 2º: “O alvo de toda a atenção do médico é a saúde do ser 
humano, em benefício da qual deverá agir com o máximo de 
zelo e o melhor de sua capacidade profissional.”
Aprovada na 1.602ª RP em 18/06/94
Fonte: CRM-SP
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6611
RESPONSABILIDADE DE RESIDENTE:
Consulta nº 58.408/97 - CRM/SP
Assunto: Sobre a responsabilidade 
do médico residente.
Relator: Conselheiro Nelson 
Borgonovi
O consulente Dr. F.A.G., solicita 
parecer do CREMESP sobre a 
responsabilidade em Processo Médico, uma vez que os fatos 
ocorrem quando era Residente em Ginecologia e Obstetrícia, o 
qual teve participação como último auxiliar
Parecer:
Todo médico a partir do momento que recebe seu CRM, está 
legalmente apto a exercer a profissão, dentro de seu Estado, 
respondendo dessa forma aos seus atos como médico, podendo 
assim ser arrolado em Processos Ético-Profissionais.
No caso presente, o fato de ser médico residente e atuar sob a 
tutela de outros, no intuito de aperfeiçoamento profissional, 
logicamente deverá ser usado em sua defesa, não o isentando
de qualquer responsabilidade
Fonte: CRM-SP
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6622
DIREITO A INFORMAÇÃO:
Consulta nº 16.241/00 - CRM/SP
Assunto: Se a médica tem a obrigação 
de mostrar e esclarecer todos os 
aspectos técnicos ao paciente.
Ementa: É direito do paciente, como 
ser humano, entender seu estado de 
saúde e o resultado dos exames que 
realizou, além do que esse 
entendimento é fundamental para a 
melhora de qualquer patologia que 
esteja apresentando
Parecer:
Cabe ao médico durante a consulta orientar ao doente com 
relação à sua patologia, tratando com termos simples, ao 
alcance do entendimento do paciente, esclarecer todas as suas 
dúvidas.
É direito do paciente, como ser humano, entender seu estado 
de saúde e o resultado dos exames que realizou, além do que 
esse entendimento é fundamental para a melhora de qualquer 
patologia que esteja apresentando.
Com relação ao fato do paciente querer mudar de médico, 
também é seu direito, cabendo a ele, sempre que possível, 
escolher o médico de sua preferência.
Fonte: CRM-SP
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6633
COBRANÇA INDEVIDA:
Hospital não pode cobrar de paciente despesa 
não coberta por plano de saúde.
5ª Câmara Cível do TJ do Rio negou 
provimento, por unanimidade de votos, ao 
recurso do Hospital Quinta D’or contra 
sentença da 3ª Vara Cível do Méier, que 
julgou improcedente a cobrança de R$ 
4.353,47 a uma paciente por próteses que 
não foram cobertas pelo plano de saúde. 
M.L.R.Gonçalves foi internada no hospital em março de 2003 
para tratamento médico com procedimento cirúrgico por seu 
marido, que assinou um termo de responsabilidade em que se 
responsabilizou pelo pagamento de despesas não cobertas pelo 
plano de saúde, no caso a Unimed. 
Segundo o Quinta D’or, os consumidores foram chamados para 
saldar o débito por cartas e telefonemas. O desembargador Luis 
Felipe Salomão, relator do processo, explica que a questão das 
despesas deve ser resolvida entre o hospital e a seguradora e 
que a liberdade de contratar do consumidor foi cerceada, pois 
seu consentimento foi exigido em momento inoportuno, que 
seria uma emergência de saúde. 
“O plano de saúde e o hospital apelante atuam conjuntamente e 
a conseqüência pela falha na comunicação entre ambos, que 
resultou na utilização de materiais não cobertos pelo primeiro, 
não pode ser imputada ao consumidor”, disse o desembargador.
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6644
CAPÍTULO VI
DECLAR. UNIVERSAL DOS DIREITOS 
HUMANOS.
As normas internacionais e nacionais de direitos humanos, a 
Constituição Federal e os Códigos de Ética das profissões 
ligadas à saúde, consagram os direitos do paciente como 
direitos humanos. 
A Assembléia Geral proclama:
A presente Declaração Universal dos 
Direitos Humanos como o ideal comum a 
ser atingido por todos os povos e todas as 
nações, com o objetivo de que cada 
indivíduo e cada órgão da sociedade, 
tendo sempre em mente esta Declaração, 
se esforce, através do ensino e da 
educação, por promover o respeito a esses 
direitos e liberdades, e, pela adoção de medidas progressivas de 
caráter nacional e internacional, por assegurar o seu 
reconhecimento e a sua observância universais e efetivos, tanto 
entre os povos dos próprios Estados-Membros, quanto entre os 
povos dos territórios sob sua jurisdição. 
O Artigo 25 da Declaração Universal dos Direitos Humanos 
afirma: "Todo homem tem direito a um padrão de vida capaz de 
assegurar para si e para a sua família saúde e bem-estar".
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6655
Já o Artigo 196 da Constituição 
Federal diz: "A saúde é direito de todos e dever do Estado, 
garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à 
redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso 
universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, 
proteção e recuperação".
O paciente tem direito a atendimento de qualidade, atencioso e 
respeitoso. Tem direito a ser identificado pelo nome e 
sobrenome e não deve ser chamado pelo nome da doença.

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