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RELATÓRIO DA AULA PRÁTICA DE TIPAGEM SANGUÍNEA GOVERNADOR MANGABEIRA – BA 2019 RAFAELA SILVA PEIXOTO RAFAELA SIMÕES DA SILVA RAPHAELA DALTRO DA SILVA SILVEIRA RELATÓRIO DA AULA PRÁTICA DE TIPAGEM SANGUÍNEA Este trabalho foi solicitado pelo Professor Leandro Aragão, com fins avaliativos para a disciplina de Genética e Evolução do curso de graduação de Bacharelado em Enfermagem. GOVERNADOR MANGABEIRA – BA 2019 Sumário 1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 4 1.1 Características dos tipos sanguíneos ...................................................................... 4 1.2 Sobre o Fator Rh ..................................................................................................... 5 1.3 Genética do Sistema ABO ....................................................................................... 5 1.4 Transfusões sanguíneas.......................................................................................... 6 2. OBJETIVO ..................................................................................................................... 7 3.1 Materiais .................................................................................................................. 8 3.2 Métodos ................................................................................................................... 8 4. RESULTADOS ............................................................................................................... 9 5. DISCUSSÃO ................................................................................................................ 10 5.1 Quais os genótipos possíveis para o grupo sanguíneo ABO e para o sistema Rh? Quais seus respectivos fenótipos? ................................................................................... 10 5.2 É possível afirmar que, reciprocamente, o alelo IA é codominante em relação ao alelo IB e que ambos se comportam como dominantes ao alelo i? Explique descrevendo o significado de ser dominante, codominante e recessivo. .................................................. 10 5.3 Em transfusões sanguíneas um tipo sanguíneo é chamado de doador universal, e outro é chamado de receptor universal, devido as suas compatibilidades no sistema ABO. Quais são seus genótipos e fenótipos? ............................................................................ 11 5.4 Você poderia ser doador da sua dupla? Explique. ................................................. 11 6. CONCLUSÃO .............................................................................................................. 12 7. REFERÊNCIAS ............................................................................................................ 13 1. INTRODUÇÃO A classificação ABO dos grupos sanguíneos foi desenvolvida por Karl Landsteiner em torno do ano 1900, que desenvolveu o conceito de sangue compatível e não compatível através de um experimento no qual misturou amostras de sangue de diferentes pessoas. Desta forma descobriu-se os sangues A, B e O. Mas, dois anos depois o grupo AB foi identificado. O fator RH foi descoberto em torno da década de 40, o mesmo representava a incompatibilidade entre os tipos sanguíneos ainda que o sistema ABO fosse compatível. São identificados 8 tipos sanguíneos, sendo estes apresentados abaixo: Quadro 1 Tipos sanguíneos 1.1 Características dos tipos sanguíneos O que diferencia esses tipos sanguíneos é a presença ou ausência de antígenos na superfície das suas hemácias e a sua incompatibilidade se dá devido a presença de aglutinogênios no plasma. Deste forma: O tipo A possui nas hemácias aglutinogênio A e no plasma aglutinina Anti-B; O tipo B possui nas hemácias aglutinogênio B e no plasma aglutinina Anti-A; O tipo AB possui nas hemácias ambos os aglutinogênios (A e B) e no plasma não possuem aglutininas; O tipo O não possui nas hemácias nenhum aglutinogênio (daí a sua designação de zero) e no plasma possuem aglutinina Anti-A e Anti-B. TIPOS SANGUÍNEOS A+ B+ AB+ O+ A- B- AB- O- Na Figura 1 temos tais características supracitadas de uma maneira mais didática. 1.2 Sobre o Fator Rh Descobriu-se que o sangue do macaco Rhesus, quando injetados no coelho, induz a formação de anticorpos capazes de aglutinar não só o sangue desses macacos como também os de uma certa quantidade de pessoas. Os sangues que reagiam foram chamados de Rh+ e os que não reagiam, Rh-. 1.3 Genética do Sistema ABO O gene ABO pode ter 3 tipos de alelos: i, IA ou IB. As combinações entre esses alelos é que dão origem aos grupos sanguíneos. O alelo i é recessivo, enquanto os alelos IA ou IB são dominantes. GENÓTIPO FENÓTIPO i + IA ou IA + IA. A i + IB ou IB + IB B IA + IB AB i + i O Quadro 2 Genótipos dos grupos sanguíneos Figura 1 Características do sistema ABO Cada indivíduo recebe um alelo do pai e outro da mãe, logo, quando analisando os alelos dos pais é possível deduzir possíveis grupos sanguíneos da prole. Tabela 1 Possíveis grupos sanguíneos dos filhos de acordo com o grupos dos pais 1.4 Transfusões sanguíneas Para a realização das transfusões sanguíneas é necessário analisar não só o grupo ABO, mas também o fator Rh. Uma vez que tem-se a presença do Rh- no receptor, ele só poderá receber sangue Rh-. Mas, se o receptor tem Rh+, ele recebe sangue Rh+ e sangue Rh-. Diante dos 8 tipos sanguíneos, detectou-se os chamados doador e receptor universal, sendo estes o O- e o AB+ respectivamente. Tabela 2 Compatibilidade sanguínea 2. OBJETIVO O objetivo principal da atividade prática realizada no dia 28 de fevereiro foi realizar a coleta do sangue de uma parcela dos estudantes da turma e identificar os tipos sanguíneos através da ocorrência de hemaglutinação. 3. MATÉRIAIS E MÉTODOS 3.1 Materiais Os materiais utilizados para a realização da atividade prática foram os seguintes: Lâmina Lanceta Álcool 70% Antissoros Anti-A, Anti-B e Anti-D Palitos Papel toalha 3.2 Métodos 1. Divisão da turma em duplas, onde um indivíduo se dispõe a doar o sangue e o outro é encarregado pela coleta e realização da técnica. 2. Higienização das mãos de ambos da dupla e disposição das luvas pelo responsável da coleta. 3. Esterilização da lâmina e do dedo a ser furado. A lâmina então é colocada sobre o papel toalha. 4. O dedo então é perfurado pela lanceta e 3 amostras de sangue são distribuídas diante da lâmina. 5. Atribuir um antissoro para cada amostra e em seguida, mistura-se ambos com diferentes palitos para não haver adulteração do resultado. 6. É feito a identificação de cada gota de acordo com o antissoro recebido enquanto espera-se o tempo para a reação acontecer. 7. Após a reação, identifica-se o tipo sanguíneo diante do que for observado. 4. RESULTADOS As amostras coletadas em questão foram as das aulas Raphaela e RafaelaSimões. Como podemos observar na Figura 2, houve aglutinação apenas na amostra com o Anti-D (Rh), logo, concluímos que o sangue da mesma é O+. Já na Figura 3, observa-se que não houve aglutinação em nenhuma das amostras, logo, conclui-se que o sangue da mesma é O-. Figura 2 Reação dos antissoros no sangue da aluna Raphaela Daltro Figura 3 Reação dos antissoros no sangue da aluna Rafaela Simões 5. DISCUSSÃO 5.1 Quais os genótipos possíveis para o grupo sanguíneo ABO e para o sistema Rh? Quais seus respectivos fenótipos? Os possíveis genótipos para o grupo ABO e para o sistema Rh, assim como seus respectivos fenótipos são: Grupo ABO Os genótipos i + IA ou IA + IA estão atribuídos ao fenótipo A. Os genótipos i + IB ou IB + IB estão atribuídos ao fenótipo B. Os genótipos: IA + IB estão atribuídos ao fenótipo AB. Os genótipos: i + i estão atribuídos ao fenótipo O. Fator Rh Os genótipos RR e Rr estão atribuídos ao fenótipo Rh+. O genótipo rr está atribuído ao fenótipo Rh-. 5.2 É possível afirmar que, reciprocamente, o alelo IA é codominante em relação ao alelo IB e que ambos se comportam como dominantes ao alelo i? Explique descrevendo o significado de ser dominante, codominante e recessivo. Dominância é um tipo de interação de alelos de um mesmo gene, na qual o fenótipo de um de um alelo mascara o segundo alelo no mesmo locus. O alelo mascarado pelo alelo dominante é chamado de alelo recessivo. A codominância ocorre quando um indivíduo heterozigoto apresenta um fenótipo onde há a expressão simultânea de ambos os alelos. Três alelos situados num mesmo locus cromossômico condicionam o tipo sanguíneo em humanos: IA, IB e i. Consideramos os alelo IA e IB codominantes entre si pois a presença de um não afeta a expressão do outro. Mas, ambos são dominantes em relação a i, uma vez que estes podem mascarar suas características. 5.3 Em transfusões sanguíneas um tipo sanguíneo é chamado de doador universal, e outro é chamado de receptor universal, devido as suas compatibilidades no sistema ABO. Quais são seus genótipos e fenótipos? O sangue tipo O- é considerado doador universal, pois é compatível para doar a todos os tipos sanguíneos e o tipo AB+ é chamado de receptor universal pois recebe qualquer tipo de sangue. O sangue de fenótipo O- possui genótipo ii para o grupo ABO e considerando o fator Rh, tem o seu genótipo rr e fenótipo Rh-. Já o sangue de fenótipo AB+ possui genótipo IA + IB para o grupo ABO, sendo seu fator Rh de genótipo RR ou Rr e o seu fenótipo Rh-. 5.4 Você poderia ser doador da sua dupla? Explique. A aluna Rafaela Peixoto, de sangue A+, não poderia doar para as alunas Rafaela Simões de sangue O- e Raphaela Daltro de O+, uma vez que o grupo O só recebe doções do grupo O. Por ter sangue O-, Simões é considerada doadora universal, logo, poderia doar para Raphaela e para Peixoto. Raphaela, de sangue O+, pode doar para todos os grupos de Rh+, logo, poderia doar para Peixoto. Mas, não poderia doar para Simões, pois apesar da mesma ter sangue O, o seu fator Rh é negativo. Quando o receptor tem Rh-, ele só pode receber transfusões de sangue Rh-. 6. CONCLUSÃO Diante dos resultados obtidos – nos quais conseguimos identificar os tipos sanguíneos das alunas voluntárias – pode-se concluir que o objetivo principal deste trabalho foi alcançado. É necessário frisar que esta aula prática foi de suma importância para melhor entendimento sobre o assunto de Grupos Sanguíneos, uma vez que a aplicação do mesmo em laboratório foi realizando. 7. REFERÊNCIAS http://www.scielo.br/pdf/rbhh/v25n1/v25n1a08.pdf Acessado pela última vez no dia 06 de março de 2019. https://www.mdsaude.com/2017/01/tipos-sanguineos-sistema-abo.html Acessado pela última vez no dia 06 de março de 2019. http://www.abfhib.org/FHB/FHB-02/FHB-v02-06-Caroline-Batistete-et- al.pdf Acessado pela última vez no dia 06 de março de 2019. http://www.laboratoriopioledo.pt/artigos/index.php?action=getAnexo&id =1&ficheiro=1 Acessado pela última vez no dia 06 de março de 2019.
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