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Trabalho dos exploradores de caverna 1

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Introdução
A história começa no ano de 4300, onde 5 homens membros de uma sociedade espeleológica ingressam em uma caverna em Stowfield. Que vem a desmoronar quando estes já se encontravam longe da entrada.
É enviada uma equipe de socorro para o local, quando nota-se que estes haviam desaparecidos. A equipe de socorro perde 10 homens na tentativa de resgate.
Enquanto isso, os exploradores esgotam o estoque de comida que dispunham. É descoberto um rádio transmissor com o grupo, onde o resgate entrou em contato com eles para falar sobre a atual situação deles. Chegaram à conclusão que a situação era de risco grave de morte.
Sr. Roger Wheltmore, um dos exploradores, questiona o médico se eles poderiam sobreviver se consumissem carne humana, recebendo resposta positiva. 
Foi ai que Wheltmore sugere então aos companheiros sortear em lance dados a vítima que serviria de alimento aos demais, e todos concordaram. Antes da realização do sorteio, Wheltmore quis adiar a ideia para mais uma semana, mas seus colegas alegaram a violação do acordo.
Assim Wheltmore teve o dado jogado em seu lugar por um de seus companheiros e não tendo sorte, acabou sendo sorteado para servir de alimento aos demais. E 7 dias após o ocorrido, os 4 exploradores sobreviventes foram resgatados.
Devido ao acontecimento dos fatos os 4 exploradores foram a julgamento no tribunal do júri, no qual foram culpados de homicídio doloso e condenados a forca.
Os Exploradores de Caverna
A acusação traz como pontos Fundamentais o fato, o Valor e a Norma que são elementos importantes para a análise de um delito e para ser criada e respeitada uma lei penal.
Baseando nesses pontos, tem-se que a vida é um bem jurídico que não pode se submeter ao uso e desfruto, porque diz respeito à um direito das pessoas que é garantida constitucionalmente a nós.
Sua interpretação deve ocorrer dentro de um sistema ramificado de ideias, considerando vários fatos históricos e contextuais que deva ser aplicada. 
Abre-se considerações de grande abrangência sobre o fato de exploradores que foram explorar uma caverna e houve um desmoronamento obstruindo a única saída da caverna, onde depois de dias de trabalhos de resgate, viram que não sobreviveriam até um tempo determinado, onde resolveram praticar o canibalismo, com um dos que estavam lá, sendo assim, por uma forma de jogo, Roger Whetmore foi morto e servido de alimento aos outros.
Das considerações que dão suporte ao presente caso:
I. Segundo as regras de condutas e leis estabelecidas no país não há direito algum que autorize o sacrifício da vida do próximo e não há dúvida que os réus praticaram sem pudor o delito de homicídio qualificado, não dando direito a defesa do senhor Roger Whetmore.
II. A vida não é um bem disponível onde pode se dispor no momento oportuno que convier a cada um, ela é um bem indisponível uma garantia dada pela liberdade. 
III. O que poderia acontecer assim como diz Charles Darwin era os mais fortes sobreviverem, os exploradores não morreriam todos ao mesmo tempo e consequentemente o primeiro a morrer serviria de alimento para os outros, assim sendo não teriam infringido a lei alguma e os mais fortes poderiam ter sobrevivido.
Sobre essa consideração, observa-se:
- o caso dos “Sobreviventes dos andes”, onde os tais sobreviventes, se salvaram comendo a carne dos mortos. Vejamos o comportamento dos sobreviventes dos andes e os das cavernas. Lá um por todos e todos por um. Na caverna um para todos e todos contra um, ressaltando que no caso dos Andes os sobreviventes, foram resgatados depois de 72 dias, enquanto no presente caso 31 dias, mostrando que nos Andes, os sobreviventes foram valorosos enquanto os exploradores cruéis assassinos.
- falava-se ali de pessoas com alto grau de conhecimento, pois, se falava de cientistas, e os quais deveriam saber que o mais fraco iria morrer, e eles poderiam se alimentar dele, porem foram frios e impiedosos, escolheram a opção mais fácil ceifando a vida de Whetmore.
IV. Nenhuma vida é mais valiosa que outra, nenhuma se distingue, todos são iguais equivalentes em perfeita harmonia tendo esse direito garantido por lei na própria carta magna em seu artigo 5º garantindo os direitos e liberdades individuais. Matar alguém ainda que seja para sobrevivência própria é homicídio.
Sobre essa consideração observa-se:
- que conforme relato da ONU, milhões de pessoas morrem de fome no mundo. Na China 30 milhões de pessoas morreram de fome. Em 84 e 85 na África subsaariana, 2 milhões de pessoas e na Etiópia 1,5 milhão. No mundo 20 milhões de crianças morrem de fome por ano. Não acompanha estes relatos informações sobre antropofagia.
V. Referente ao estado de necessidade podendo ser alegado como fato de defesa, não estaria configurado, pois as vidas de dez trabalhadores em face da sobrevivência deles não são bem jurídico de menor valor, mas sim de igual valor, já que todos são fins em si mesmos. No caso dos exploradores de cavernas não houve estado de necessidade, eles estavam em sã consciência para realizar um sorteio e assassinar uma pessoa para praticar o canibalismo. O estado de necessidade se daria caso eles tivessem entrado em uma discussão ou briga entre si, e assim terem cometido um ato de violência. Portanto, não agiram em legítima defesa, mas sim, cometerem crime de homicídio. Diante dos relatos acima, dispõe o artigo 24 do código penal brasileiro de 1940:
Art. 24 - Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se.
Observando o descrito artigo, fazemo-nos as seguintes perguntas. Eles não provocaram o perigo? Não estavam cientes, que em uma exploração pode haver vários perigos e leva-los a uma situação catastrófica?
Conclui-se assim as considerações sobre o presente caso sendo emitida a suposta sentença.
Analisando o caso, o julgamento é imediatamente condenatório aos réus. Assassinaram brutalmente um indivíduo sem direito de defesa algum, cometeram um ato qualificado sendo executado por quatro homens contra um. Com base no crime de homicídio qualificado, se encaixando no artigo 121, parágrafo 2º, inciso IV do código penal brasileiro, os réus estão condenados culpados, com pena de reclusão de 6 a 20 anos.
Que justiça seja feita a vida de Roger Whetmore, somente a ele que teve sua vida ceifada injustamente.
 Que se cumpram às exigências cíveis propostas no processo, cabíveis em lei, pois se não for assim a Lei está errada, e se a Lei assim estiver, tem de ser mudada.

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