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A febre amarela é provocada por um vírus que foi trazido da África há

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A febre amarela é provocada por um vírus que foi trazido da África há, pelo menos, três séculos. O vírus, adaptado a primatas (macacos e humanos) é transmitido exclusivamente por algumas espécies de mosquitos. A doença não é transmitida de um ser humano para o outro, do macaco para o homem, ou vice-versa. Como o vírus se instala, principalmente, no fígado, provocando morte das células hepáticas, pacientes em estado grave desenvolvem uma hepatite, que se manifesta na cor amarelada da pele e olhos, donde vem o nome “febre amarela”. A partir da década de 2000 surtos extra-amazônicos da febre amarela começaram a se intensificar, alcançando estados do Centro-Oeste e oeste de Minas Gerais. Entre 2008 e 2009 um grande surto atingiu o sul do Brasil e países limítrofes, resultando na morte de, pelo menos, 2.000 macacos no Rio Grande do Sul, mas foi de baixo impacto para a população humana, com a morte de nove pessoas pela doença.
Com a queda da temperatura em meados de 2017 e consequente declínio das populações de mosquitos, a virose permaneceu silenciosa por alguns meses, deixando dúvidas se retornaria à Mata Atlântica no verão seguinte. A resposta veio em dezembro, quando novas mortes de macacos por febre amarela foram confirmadas em São Paulo, Rio de janeiro e Minas Gerais. Este novo surto, a exemplo de 2017, também traz consigo o paradoxo de ser um ciclo silvestre que atinge regiões metropolitanas, inclusive as grandes capitais do Sudeste. Apesar disso, como a doença envolve macacos e, certamente, mosquitos que ocorrem em matas, consideramos tratar-se do ciclo silvestre.
Enquanto a vacinação é a melhor solução para prevenir a doença nos seres humanos, para a proteção dos macacos precisamos investir na educação da população humana e nas pesquisas que possam ajudar na compreensão desse fenômeno devastador. Com o conhecimento científico, poderemos nos preparar para possíveis surtos futuros e investir na recuperação das espécies da nossa fauna que estão sendo impactadas pela doença.
http://tvweb3.unip.br/player/Transmissao?id=45d2dc15-cd1a-4e43-b478-82c232307107&instituto=ead

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